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vapor
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o 0.1 O ensaio laboratorial efectuou-se em duas fases:
1 Equipamento e Componentes da Instalação Frigorifica
o 1.1 Compressor alternativo semi-hermético
o 1.2 Condensador a água com tubo duplo
o 1.3 Condensador a água multitubolar
o 1.4 Torre de arrefecimento
o 1.5 Evaporador arrefecedor de ar por convecção forçada
o 1.6 Deposito de liquido vertical
o 1.7 Separador de óleo
o 1.8 Filtro exicador
o 1.9 Visor de liquido
o 1.10 Válvula expansora térmostatica com equalização externa de pressão
o 1.11 Válvula eléctrica
o 1.12 Válvula de pressão constante
o 1.13 Válvula de retenção
o 1.14 Válvula de passagem
o 1.15 Válvula de serviço
o 1.16 Pressostato de alta e baixa pressão
o 1.17 Pressostato de baixa pressão
o 1.18 Manómetros
o 1.19 Distribuidor de líquido
o 1.20 Eliminadores de vibrações
2 Descrição dos detectores de Fugas utilizados
o 2.1 Maçarico detector de fugas
o 2.2 Detector de fugas electrónico
3 Principio de Funcionamento da Instalação Frigorifica
4 Processo de descongelação do evaporadores
o 4.1 Descongelação eléctrica
o 4.2 Descongelação por gás quente
o 4.3 Descrição do processo experimental
5 Sugestão para a reparação da instalação frigorifica
o 5.1 Prova de fugas
o 5.2 Purga da parte de baixa pressão
o 5.3 Reparação da fuga
o 5.4 Ligação para funcionamento e regulação
6 Mapa de Medições
7 Comentários ao trabalho realizado
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Este trabalho tem como objectivo, o estudo do
funcionamento de uma instalação industrial de refrigeração por compressão, com condensação a
água com torre de arrefecimento.
Pretende-se ainda o cálculo dos parâmetros de funcionamento, bem como traçar o ciclo
termodinâmico, para diferentes condições de evaporação e condensação.
Como corolário do ensaio laboratorial foi realizado este relatório que descreve e comenta o trabalho
efectuado.
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Este tipo de compressores tem a vantagem de serem mais silenciosos em relação aos compressores
abertos, e não necessitam de bussins nem de qualquer tipo de acopolamento, visto incorporarem a
parte mecânica e eléctrica num corpo constituído por ferro fundido, no entanto permitem uma fácil
manutenção e reparação devido a fácil acesso ao seu interior. Como o fluido frigorigénio é aspirado
através do motor eléctrico, é excluída a possibilidade de comprimir amoníaco pelo facto deste atacar
os enrolamentos em cobre.
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Este condensador é composto por um recipiente cilíndrico de chapa de aço grossa, e tubos interiores
de cobre liso, ou com alhetas, pelos quais circula a água de arrefecimento, sendo a circulação dos
fluidos feita em contra corrente. Estes tubos estão ligados e ajustados hermeticamente a umas
manilhas soldadas nas extremidades do recipiente, o qual está equipado de tampas para a limpeza
dos condutores de água.
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Torre de arrefecimento
Neste equipamento, a água quente proviniente do condensador, é bombeada para o topo da torre, de
onde cai para a base da mesma. A temperatura da água baixa, quando é cedido calor ao ar que passa
pelo interior da torre de arrefecimento por acção de um ventilador. Embora haja alguma transmissão
de calor sencível da água para o ar, o efeito de arrefecimento da torre resulta quase na sua totalidade
da evaporação da quantidade de água que cai no interior da torre. O calor necessário para vaporizar a
quantidade de água que evapora, é absorvido da restante massa de água, que deste modo baixa a
teperatura e posteriormente retorna aos condensadores. Uma vez que tanto a temperatura quanto a
quantidade de humidade do ar aumentam quando este passa pelo interior da torre de arrefecimento, é
evidente que o seu rendimento depende em grande parte da temperatura de bolbo humido do ar que
entra. Quanto mais baixa for esta temperatura, mais eficaz será a torre de arrefecimento.
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Estes evaporadores são compostos por serpentinas de tubos de cobre lisos, sobre os quais são
instaladas alhetas, de forma a ser assegurado um bom contacto térmico entre ambos. As alhetas
servem como superficies secundárias de absorção de calor, que têm a função de aumentar a área de
permuta do evaporador, conseguindo deste modo uma maior eficiencia de arrefecimento. O conjunto
tubos/alhetas está montado dentro de uma caixa metálica com um ventilador que estabelece uma
circulação de ar forçado, aumentando deste modo a capacidade de absorver calor, e reduzir a
superfície do evaporador.
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Este deposito é constituído de chapa de aço, e como o nome indica, serve de deposito para o
refrigerante que é condensado no condensador, armazenando-o a fim de se poder a partir daí,
fornece-lo aos evaporadores, à medida que estes o requeiram. Existe uma válvula de passagem na
saída para a linha de liquido que se dirige para os evaporadores, à qual está acopolado um tubo para
a captação do refrigerante líquido a partir do fundo do deposito.
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Separador de óleo
Este equipamento é aplicado sempre que o retorno do óleo ao cárter do compressor seja inadequado
e difícil de se obter, e/ou quando a quantidade de óleo em circulação é excessiva ou causa uma perda
indevida das superfícies de troca de calor ao longo da instalação.
O separador montado na nossa instalação é do tipo de choque. Este filtro consiste numa série de
placas deflectoras através das quais o vapor refrigerante carregado de óleo deve passar. Na entrada
do separador, a velocidade do vapor refrigerante é consideravelmente reduzida por causa da área
maior do separador em relação à da linha de descarga, em consequência as partículas de óleo tem um
ímpeto maior do que o vapor refrigerante e causam um choque sobre a superfície das placas
deflectoras. O óleo escoa então por gravidade das placas deflectoras para a base do separador, onde
ele é reconduzido para o cárter do compressor.
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Filtro exicador
Os filtros estão instalados imediatamente antes das válvulas expansoras. No seu interior contem
filtros de rede que retém materiais estranhos como sujidade, aparas de metal e pó carbónico,
evitando que circulem com o refrigerante. O filtro contém também um agente secante que absorverá
qualquer humidade presente no fluido. Este equipamento deve ser dimensionado amplamente de
modo que a acumulação de impurezas no mesmo não cause uma queda de pressão excessiva do
refrigerante. Após a substituição do compressor semi-hermético cujas espirais do motor tenham
queimado, este tipo de filtro tem a capacidade de reter ácidos que possam estar presentes nos
resíduos de óleo existentes em partes do sistema
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Visor de liquido
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Válvula expansora térmostatica com equalização externa de pressão
Este tipo de válvulas expansoras térmostaticas são aplicadas com o fim de compensar a excessiva
queda de pressão através dos evaporadores. As válvulas estão montadas à entrada dos evaporadores,
antes dos distribuidores de fluido, para garantir o máximo rendimento do mesmo. O tubo de
equalização externa é montado na linha de aspiração, à saída do evaporador, logo depois do bolbo da
válvula, de modo a permitir o uso efectivo e pleno de toda a superficie do evaporador, ou seja,
quando a queda de pressão no evaporador é grande, a temperatura de saturação do refrigerante à
saída do evaporador será concideravelmente mais baixa do que na sua entrada, deste modo a válvula
de expansão necessita de um grau mais elevado de sobreaquecimento de modo a conseguir manter a
válvula equilibrada. Por este motivo será necessária uma maior área de superficie do evaporador
para satisfazer um maior sobreaquecimento.
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Válvula eléctrica
Válvula comandada electricamente, que consiste essencialmente numa bobine de cobre isolado, e de
um nucleo de ferro ou armadura que é atraído para o centro do campo mágnético da bobine quando
esta está magnetizada. Ao fixar-se a haste da válvula à armação da bobine, o registo da válvula abre
ou fecha consuante a magnetização ou desmagnetização da mesma, obtendo deste modo uma
posição de trabalho normalmente aberta ou fechada. A válvula está montada na linha de descarga,
com ligação directa entre o compressor e os evaporadores, tendo a finalidade de permitir a passagem
do fluido para a descongelação por gás quente.
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Esta válvula mantêm uma pressão invariável a montante. Esta frecha-se instantaneamente quando a
pressão à entrada da mesma se torna inferior a um determinado valor. A sua utilização serve para
controlar a pressão do fluido na instalação, devido ao uso dos dois evaporadores em simultâneo.
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Válvula de retenção
Estas válvulas estão instaladas na tubagem de alta pressão, à saída dos condensadores, e consistem
num disco de aço, que se mantém no respectivo acento devido à acção de uma mola. Quando a
pressão no lado do condensador excede a pressão do lado oposto, abre-se a válvula, dando origem a
que a referida pressão flua em direcção ao deposito de liquido. Durante o período de paragem, a
mola obriga a válvula a fechar-se evitando a entrada de refrigerante proveniente do condensador a
mais alta temperatura.
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Válvula de passagem
As válvulas de passagem são válvulas manuais do tipo de globo com vedação por meio de diafragma
ou fole, não nos foi possível visualizar com exactidão o seu tipo.
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Válvula de serviço
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Consiste num interruptor eléctrico comandado pela pressão de alta e baixa. Este desliga sempre que
a pressão de alta ou a de baixa se torne maior que um determinado valor. É este componente que tem
a função de proteger o compressor de qualquer anomalia que possa comprometer o seu perfeito
desempenho
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À semelhança do de cima, consiste num interruptor eléctrico comandado pela pressão de baixa. Este
desliga quando a pressão de aspiração se torne maior que um determinado valor. É usado como
controlo de temperatura, uma vez que a pressão de aspiração do compressor é regulada pela
temperatura de saturação do refrigerante no evaporador. As mudanças na temperatura do evaporador,
são reflectidas por variações na pressão de aspiração, deste modo, pode controlar-se o ciclo com este
controlo accionado por essas mesmas variações de pressão. Pode ser utilizado indirectamente para
regular a temperatura do espaço, pelo controlo da temperatura do evaporador. As pressões ligada e
desligada do controlo de baixa pressão são as pressões saturadas que corresponden às temperaturas
de um termostato de bolbo remoto emprege para o mesmo fim.
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Manómetros
Os manómetros adoptados têm corpo metálico possuindo no seu interior escalas de temperaturas e
pressões do fluido frigorigénio usado na instalação. A sua função no circuito frigorifico é facultar a
leitura das temperaturas e pressões nos pontos onde se encontram instalados.
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Distribuidor de líquido
O distribuidor consiste num corpo, cujo terminal de descarga é perfurado para receber os tubos que
ligam o distribuidor ao evaporador. O orifício do bocal é dimencionado para produzir uma queda de
pressão que eleva a velocidade do fluido, de modo a misturar homogeniamente o líquido e o vapor
eliminando o efeito de gravidade. Este orificio centraliza o fluxo de refrigerante de modo a este
incida sobre o elemento cónico no interior do corpo do distribuidor. Os orificios de passagem de
descarga são cuidadosamente distanciados em redor da base do elemento conico, de modo a que a
mistura que se separa, se divida igualmente quando entra nestes oríficios, cuja sua dimensão
determina a capacidade do distribuidor. A queda de pressão evita a separação do jacto de gás do
líquido, conseguindo deste modo um fluxo de uma mistura homogenia de liquido e vapor através do
distribuidor.
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Eliminadores de vibrações
Consistem em tubos flexiveis de estanho e bronze, revestidos com uma malha de arame de bronze de
alta tensão, com um casquilho de cobre e extremidade tambem em cobre. Estes tubos flexiveis
agirão como molas que absorverão e amortizarão as vibrações produzidas pelo compressor, evitando
deste modo a sua transmição através das linhas, para outras partes do sistema frigorífico.
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Consiste num pequeno queimador montado no topo de um pequeno reservatório de gás propano. O
queimador contém uma válvula manual e um respirador ou câmara de mistura com uma ligação para
um tubo de exploração. Acima do orifício do queimador há um tubo de cobre através do qual a
chama passa quando o maçarico é accionado.
Quando se acende o maçarico, o ar entra no respirador através do tubo de exploração, e a chama fica
ligeiramente azul ou incolor. Quando algum vestígio de refrigerante se mistura com o ar, a chama
imediatamente logo que o vapor do refrigerante entra em contacto com o tubo de cobre quente. A cor
varia entre verde, uma fuga pequena, e azul escuro, uma fuga grande. Quando o refrigerante se
queima, cria-se uma atmosfera tóxica.
Para testar fugas, o tubo de exploração é passado vagarosamente à volta da área suspeita e, para ser
mais eficaz a máquina deve ser parada.
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Detector de fugas electrónico
É o tipo de detector de fugas mais sensível. Este instrumento funciona a pilhas secas. Quando usado,
o sensor deve ser inspeccionado para verificação de limpeza, as pontas devem estar sempre bem
limpas. Os filtros devem ser regularmente mudados, pois um filtro contaminado causará a resposta
do instrumento tal como se tivesse detectado uma fuga.
Normalmente o instrumento responde ao ar atmosférico com um bip, sinal sonoro a cada segundo.
Quando o refrigerante contacta o sensor, o sinal acelera, dependendo do grau da fuga; uma fuga
grande pode produzir um sinal ou oscilação contínuos. Uma desvantagem é que devido à
sensibilidade do instrumento, este responderá a volumes diminutos de refrigerante, e isso por vezes
impede a localização exacta da fuga. Também responde a isolantes de espuma dilatada, dificultando
assim a detecção de fugas no tubos que passam através das paredes das câmaras frias.
Quando se usa este detector, a velocidade do ar deve ser reduzida ao máximo, isto é, todas os
ventiladores devem ser desligados, e não devem existir correntes de ar. O sensor deve ser aplicado
sob as juntas porque o vapor refrigerante é mais pesado que o ar, e depois movida lentamente à volta
do tubo.
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No outro troço, encontra-se um novo “T” que se divide em duas linhas, onde estão montadas as
válvulas de passagem 1 e 2 que têm como função tirar de funcionamento o respectivo condensador,
sendo a válvula 1 a válvula de passagem para o condensador a água de tubo duplo, e a 2, a válvula
de passagem para o condensador a água multitubolar.
Neste ultimo está montado um manómetro onde é possível ler a pressão do fluido à entrada do
condensador. Os condensadores têm ambos uma linha de saída de água independente, que por
intermédio de uma ligação em “T”, se juntam, e seguem numa linha única em direcção à torre de
refrigeração.
Neste componente, através do processo evaporativo é arrefecida a água, que por intermédio de uma
bomba de recirculação retorna aos condensadores, e recebe calor do fluido frigorigénio. Na tubagem
de liquido refrigerante à saída dos condensadores, estão duas válvulas de retenção que só deixam o
liquido refrigerante a alta pressão fluir na direcção da ligação em “T”, que recebe estas duas linhas e
as junta numa só, encaminhando o fluido para o depósito de liquido.
À saída deste consta uma válvula de passagem manual que tem a função de isolar todo circuito à sua
frente de modo a conseguir recolher o fluido no depósito de liquido sempre que necessário. A seguir
à válvula de passagem, um visor de liquido indica a quantidade de humidade existente no fluido, e
mostra as condições de escoamento (no caso do visor mostrar turbulência no escoamento do líquido,
é sinal de que existe alguma anomalia no sistema).
Continuando a seguir a linha de alta pressão, encontra-se uma nova ligação em “T”, de onde seguem
as válvulas de passagem 3 e 4, que têm a função de tirar de serviço os respectivos evaporadores.
Antes de cada evaporador, está presente no sistema um filtro exicador que retira a humidade e filtra
eventuais impurezas presentes no líquido refrigerante, e uma válvula expansora termostactica com
equalização externa de pressão que vai passar o R134a da alta para a baixa pressão, ao mesmo tempo
que regula a quantidade de fluido que passa pelo distribuidor de liquido imediatamente antes de
entrar no evaporador, onde o refrigerante absorve calor do meio envolvente para assim conseguir
mudar de estado.
À saída de cada um dos evaporadores estão montados um manómetro que permite ler a pressão que
o fluido tem naquele ponto, e um Pressostato de baixa pressão. Por fim o fluido refrigerante é
aspirado pelo e para o compressor no estado vapor e a baixa pressão. O sistema frigorifico em
condições normais de funcionamento, trabalha com os evaporadores em paralelo.
Quando é necessária a descongelação por gás quente é vital a sua colocação em série. Para que fosse
possível realizar esta mudança no circuito foi instalada a válvula de passagem 5. Existe ainda uma
válvula de pressão constante, que do ponto de vista do grupo, serve para controlar a pressão do
fluido na instalação devido ao funcionamento dos dois evaporadores em simultâneo.
Para finalizar a descrição da instalação, é ainda de referir que à saída do compressor, na tubagem de
descarga, e na tubagem de aspiração à entrada do mesmo, estão montados eliminadores de vibrações
para que as vibrações originadas pelo funcionamento do compressor não se propaguem por todas as
linhas suspensas, e possam causar eventuais fugas de fluido frigorigénio, devido à possibilidade das
uniões soldadas ou abocardadas estalarem. A instalação frigorifica que acabou de ser descrita tem
como protecção um pressostato de alta e baixa pressão que em caso de anomalia desliga o
compressor.
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A instalação é descongelada pelo processo forçado, tendo como fontes de calor resistências eléctricas
e gás quente proveniente da descarga do compressor.
O processo da descongelação em parte é automático, onde se usa um relógio regulador para ligar
e/ou desligar o sistema, durante um período fixo em intervalos regulares. No caso experimental
torna-se relativo, visto tratar-se de uma instalação didáctica, mas em casos práticos, este processo é
muito eficiente, tendo em conta que é prejudicial deixar o sistema desligado mais tempo que o
necessário. A duração do período de descongelação deve ser cuidadosamente ajustada de modo a que
o sistema entre em funcionamento o mais cedo possível após a descongelação.
O grupo, após uma cuidada observação da instalação, mas como a cima referido, desconhecendo os
esquemas eléctricos do sistema, deduziu que o ciclo de descongelação é iniciado pelo relógio de
descongelação, e em caso de a descongelação terminar antes do tempo para que o relógio foi
programado, esta é terminada por acção de um pressostato de baixa pressão. Com este método,
obtém-se uma regulação automática do intervalo de tempo exigido pelo período de descongelação, já
que as pressões dos evaporadores, ao aumentarem quando a descongelação está completa, faz
desligar o dispositivo já citado.
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Descongelação eléctrica
Neste caso, supomos, pelos motivos já referidos anteriormente, que o ciclo de descongelação
eléctrica é iniciado manualmente, fechando a válvula de passagem 4, de modo a cortar o fluxo do
fluido ao evaporador. O R134a que se encontra na linha entre a válvula 4 e o evaporador 1, é
aspirado pelo compressor.
Caso o gelo seja completamente fundido antes do tempo previsto pelo relógio, devido ao aumento de
temperatura, causado pelo funcionamento contínuo das resistências, a pressão de baixa aumenta, as
resistências de descongelação são desligadas, e o compressor retorna a aspirar o fluido proveniente
do evaporador que acabou de descongelar. Para que o compressor continue em funcionamento para
este evaporador, é necessário abrir a válvula de passagem 4.
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O evaporador 2 é descongelado por este processo, ou seja, o gás quente que provém da descarga do
compressor, a alta temperatura, entra no evaporador onde o fluido vai ceder calor ás suas alhetas
conseguindo deste modo a desobstrução das mesmas.
Para que a operação se realize, é necessário fechar a válvula 4, e abrir a válvula 5, passando desta
forma , a instalação a operar com os evaporadores em série, em vez de operarem em paralelo, como
na descongelação referida anteriormente.
Criadas as condições necessárias, o relógio de descongelação inicia o ciclo abrindo a válvula
eléctrica na linha de derivação da compressão. No momento apropriado, os ventiladores do
evaporador deixam de funcionar, e inicia-se o funcionamento do evaporador 1.
Como o evaporador 2 está a ser descongelado, tem uma pressão superior à pressão de trabalho do
evaporador 1. Esta diferença de pressões iria originar a entrada indesejada de liquido no compressor,
em vez de este entrar no evaporador 1, para lá evaporar. Para que tal não suceda, foi instalada uma
válvula de pressão constante entre as saídas dos evaporadores. Desta forma consegue-se assegurar a
entrada de fluido no compressor, no estado de vapor.
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Após ter-se iniciado o funcionamento da instalação, foi constatado que esta não tinha um
funcionamento continuo. O compressor arrancava, e punha-se em marcha em intervalos de tempo
muito curtos.
Devido ao funcionamento irregular da instalação, verificou-se que esta poderia estar avariada.
Para diagnosticar a sua causa, foi verificado que o compressor era desligado pelo pressostato, o que
indicava que o motivo da avaria, estaria relacionado com a pressão. Para apurar este facto, foi lida a
pressão à saída dos evaporadores, tendo-se constatando que era de 30 Psig, pressão equivalente a
uma temperatura de evaporação de 1.5 ºC. Por ter sido obtida uma temperatura de evaporação tão
elevada para este tipo de instalação, concluiu-se que esta tinha falta de gás.
Tendo em conta que a instalação é um circuito fechado, a carga de fluido frigorigénio deve ser
constante, se o não é, é porque existe uma fuga de fluido no sistema.
Depois da ineficácia do primeiro aparelho, utilizou-se um detector de fugas electrónico, que repetiu
o procedimento a cima descrito. Mesmo sendo mais sofisticado, obteve os mesmos resultados. Por
terem falhado os processos anteriormente descritos, observou-se cuidadosamente a instalação, onde
se visualizou a cabeça do compressor “babada” de óleo.
Sendo o óleo, uma substância muito mais densa que o R134a, e tendo fluido do interior para o
exterior do compressor, concluiu-se que a fuga de fluido frigorigénio se encontraria neste ponto do
circuito. Em seguida inspeccionou-se a cabeça do compressor com ambos os detectores, mas à
semelhança do que já tinha sucedido, nada foi detectado.
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1º Prova de fugas.
2º Purga.
3º Reparação
4º Limpeza do circuito
5º Operação de vácuo.
6º Carga de refrigerante.
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Prova de fugas
Se a unidade condensadora estiver vazia, sem refrigerante liquido, carrega-se então uma pequena
quantidade para se poder realizar a referida prova. Para isso, realizam-se as seguintes operações:
7º-Carregada uma pequena quantidade, que pode ser 200 gramas, fecha-se a válvula da garrafa e
para-se o compressor, inverte-se a operação de tirar o T, fechando para a esquerda a válvula de
serviço de aspiração, e coloca-se no seu lugar o manómetro de baixa, abrindo novamente a válvula
de serviço para a direita, a fundo.
9º-Com a máquina parada, abre-se então a válvula de saída de líquido do depósito, com a finalidade
de deixar uma pequena quantidade de refrigerante líquido, e fecha-se rapidamente.
A pesquisa de fugas deverá fazer-se do modo como foi descrita na descrição do processo
experimental.
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Procede-se à purga da parte de baixa pressão do sistema, expulsando o refrigerante líquido que foi
introduzido para a realização da operação anterior. Para isso abre-se um pouco a válvula de
passagem de aspiração do compressor à linha de aspiração procedente do evaporador, por onde sai a
mencionada quantidade de refrigerante líquido, assim todo o ar que o sistema contenha, no lado da
baixa pressão, voltando depois a apertar a referida porca.
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Reparação da fuga
Depois de localizada a fuga procede-se à sua reparação, que depende do sitio a reparar. Caso seja um
tubo fissurado, este tem que ser soldado. Se for um equipamento instalado no circuito frigorifico que
não vede, ou que se encontre danificado, terá que se proceder à sua reparação se esta for possível, ou
em último caso, terá de ser substituído. Se a origem da fuga for simplesmente uma conexão mal
apertada, a avaria é solucionada com um simples aperto, de modo a conseguir uma união estanque.
Como foi referido na descrição do processo experimental, suspeitava-se que a origem da fuga estava
localizada na cabeça do compressor. Caso a suspeita fosse confirmada, teria de se apurar, se o fluido
saía da instalação devido á junta da cabeça do compressor se encontrar partida, ou se era por um
motivo mais complexo. Se fosse a junta da cabeça do compressor, bastaria substituí-la por uma nova,
em contrário seria necessário desmontar o compressor e mandar repará-lo numa oficina com
condições para o efeito.
A limpeza do circuito, a operação de vácuo e a carga de refrigerante já foram descritas num relatório
anterior, por este motivo e para não prolongar este trabalho apenas ficam mencionadas e não
descritas pormenorizadamente.
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Ligação para funcionamento e regulação
Com os equipamentos reajustados, deve verificar-se se a instalação funciona dentro das pressões
indicadas. Respeitada esta condição, a instalação está reparada e é dada como concluída a operação.
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Mapa de Medições
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Comentários ao trabalho realizado
É com alguma pena que realizamos este relatório sem termos visto a instalação descrita em
funcionamento, o que nos dificultou a precessão de alguns pontos, que gostariamos de descrever
com maior rigor e exatidão. Um dos casos são os ciclos de descongelação, que não conseguimos
enquadrar nem no tipo automático, nem no tipo manual, visto que as válvulas 3, 4 e 5 deveriam ser
válvulas elétricas comandadas pelo relógio de descongelação para se enquadrarem no primeiro tipo.
Outro ponto que não percebemos com exatidão, é o modo como os pressostatos de baixa pressão
controlam o fim de descongelação, assumindo o controlo que normalmente é realizado por um
termostato de fim de descongelação.
Em relação ao teste de fugas, concluimos que não foi detectada nenhuma fuga devido à pressão de
gás no interior da instalação ser muito reduzida, por este motivo, não houve fluxo suficiente de
fluido do interior para o exterior da instalação, de modo a ser acusado nos detectores de fugas
utilizados.
Para finalizar gostariamos de acrescentar que para localizar a fuga poderia-se ter usado em
alternativa aos métodos utilizados o teste mais comum e económico, o teste da bolha. Uma solução
de água e sabão que pincelada na zona suspeita, denunciaria a fuga com a formação de bolhas.