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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

KARINA TRES

UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DRYWALL EM UMA EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL:


ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE ALVENARIA EM
BLOCO CERÂMICO E DRYWALL

Tubarão/SC
2017
KARINA TRES

UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DRYWALL EM UM EDIFICIO RESIDENCIAL:


ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE ALVENARIA EM
BLOCO CERÂMICO E DRYWALL

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Engenharia Civil
da Universidade do Sul de Santa Catarina
como requisito parcial à obtenção do título
de Engenheira Civil.

Orientador: Prof. Ricardo Mendes da Silva.

Tubarão/SC
2017
Dedico este trabalho a minha mãe,
Leonice Maria Bolsonello, que
incansavelmente me apoiou, da mesma
forma a Tuani Fortunato Crotti, a meus
familiares e amigos.
AGRADECIMENTOS

Em especial a Tuani, por estar sempre presente, me dando força,


incentivo e acreditando em mim.
Também aos meus familiares que me acompanharam no decorrer de
mais uma etapa de minha vida.
Ao meu amigo Eng. Hélio Soratto, por sua colaboração em minha
formação como profissional e ajuda com este trabalho.
E principalmente ao meu orientador Ricardo Mendes da Silva, por toda
paciência e dedicação, tempo e ajuda que tem despendido para comigo com este
trabalho, pelas leituras, correções e dicas.
“Não importa o que você seja quem você seja, ou que deseja na vida, a
ousadia em ser diferente reflete na sua personalidade, no seu caráter, naquilo que
você é. E é assim que as pessoas lembrarão de você um dia.” (SENNA, Ayrton).
RESUMO

Diante da necessidade de atender uma alta demanda de construção é crescente a


busca e o investimento de sistemas alternativos, visando rapidez e eficácia na
produção. Em consequência, um estudo focado na comparação entre dois métodos,
um habitualmente utilizado que trata da execução de alvenaria convencional, e em
contrapartida a implantação do sistema drywall, que vem tendo aceitabilidade em
nossa região, tendo como principal objetivo apresentar uma comparação sucinta
entre eles. Para isso será descrito e analisado suas características de execução,
planejamento e orçamento, traçando suas vantagens e desvantagens. Para a
elaboração desse trabalho foi utilizado como fonte de pesquisa normas, artigos
técnicos, referenciais de preço e páginas internet que serão referenciadas no
decorrer do estudo. Como conclusão apesar de ambos os métodos serem bem
produtivos e eficazes, as Paredes em drywall são superiores no quesito rapidez.

Palavras-chave: Comparativo. Alvenaria. Drywall.


ABSTRACT

Faced with the need to meet a high demand for construction in search of investments
and investments in alternative systems, aiming at speed and efficiency in production.
As a consequence, a study focused on the comparison between two methods, one
usually used, with the application of conventional masonry, and in contrast,
implementation of the Drywall system, which is having acceptability in our region,
with the main objective of presenting a succinct comparison between They. For this,
its characteristics of execution, planning and budget are described and analyzed,
outlining its advantages and disadvantages. For the preparation of this work with the
research source standards, technical articles, price references and pages that are not
available. As completion of the different methods as well as successful products such
as Drywall are superior in speed.

Keywords: Comparative. Masonry. Drywall.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1– Esquema de vedação vertical em gesso acartonado. ............................... 17


Figura 2– Configuração das paredes em drywall. ..................................................... 18
Figura 3– Placas de gesso acartonado ..................................................................... 20
Figura 4– Tubulação elétrica e hidráulica .................................................................. 20
Figura 5 – Instalação de lã de vidro .......................................................................... 25
Figura 6– Lã de PET ................................................................................................. 26
Figura 7– Lã de rocha ............................................................................................... 28
Figura 8 – Demonstrativo de resistência ao fogo e acústico ..................................... 29
Figura 9– Corte dos perfis. ........................................................................................ 30
Figura 10– Instalação das fitas de isolamento. ......................................................... 30
Figura 11– Fixação das guias. .................................................................................. 31
Figura 12– Fixação das placas.................................................................................. 31
Figura 13– Colocação de isolamento........................................................................... 31
Figura 14– Acabamento. ............................................................................................. 32
Figura 15– Detalhamento de uma parede em Drywall em um local úmido. .............. 33
Figura 16– Placas de drywall instaladas. .................................................................. 36
Figura 17– Bloco cerâmico. ....................................................................................... 38
Figura 18– Alvenaria de vedação. ............................................................................. 38
Figura 19– Marcação da primeira fiada. .................................................................... 40
Figura 20– Elevação da alvenaria de blocos cerâmicos. .......................................... 41
Figura 21 – Aplicação de massa de encunhamento. ................................................. 42
Figura 22 – Tipos de resíduos da construção civil. ................................................... 44
Figura 23 – Armazenagem dos resíduos de gesso. .................................................. 45
Figura 24 – Área de transbordo e triagem (ATTS). ................................................... 46
Figura 25 – Chapisco, emboço e reboco. .................................................................. 50
Figura 26 – Tabela de composição de custos para Orçamentos – TCPO para
Argamassa Mista....................................................................................................... 51
Figura 27 – Tabela de composição de custos para Orçamentos – TCPO para
assentamento de Alvenaria. ...................................................................................... 52
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1–Consumo do sistema drywall no mundo. .................................................. 16


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Modelos e dimensões de perfis metálicos ............................................... 24


Tabela 2 – Características do sistema de Drywall ..................................................... 34
Tabela 3 – Orçamento da estrutura em alvenaria. .................................................... 53
Tabela 4 – Orçamento da estrutura em drywall (conforme anexo A - planta baixa) .. 53
Tabela 5 – Orçamento da estrutura em drywall (conforme anexo B - Cortes) .......... 54
Tabela 6 – Orçamento da estrutura em drywall......................................................... 54
Tabela 7 – Orçamento médio isolamento térmico acústico. ...................................... 54
Tabela 8 – Orçamento médio da estrutura em drywall. ............................................. 54
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 12
1.1 TEMA................................................................................................................. 13
1.1.1 Delimitação do tema ..................................................................................... 13
1.2 OBJETIVO GERAL ............................................................................................ 14
1.2.1 Objetivos específicos ................................................................................... 14
1.3 JUSTIFICATIVA................................................................................................. 14
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO .......................................................................... 15
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................ 16
2.1 HISTÓRICO NO BRASIL ................................................................................... 16
2.2 DEFINIÇÃO ....................................................................................................... 18
2.2.1 Materiais empregados e incorporados........................................................ 19
2.2.1.1 Placa de gesso acartonado .......................................................................... 19
2.2.1.2 Peças, equipamentos e perfis estruturais ..................................................... 21
2.2.1.2.1 Guias e montantes ..................................................................................... 23
2.2.1.2.2 Cantoneiras ................................................................................................ 23
2.2.1.2.3 Canaletas ................................................................................................... 23
2.2.1.3 Materiais para isolamento térmico e acústico ............................................... 25
2.2.1.3.1 Lã de PET .................................................................................................. 26
2.2.1.3.2 Lã de rocha ................................................................................................ 27
2.2.2 Execução e montagem ................................................................................. 29
2.3 AMBIENTES UMIDOS....................................................................................... 32
2.4 VANTAGENS E DESVANTAGENS ................................................................... 34
2.5 MÃO DE OBRA ................................................................................................. 35
2.6 SUSTENTABILIDADE ....................................................................................... 36
2.7 ALVENARIA CONVENCIONAL DE BLOCOS CERÂMICOS ............................ 37
2.7.1 Bloco cerâmico ............................................................................................. 37
2.7.1.1 Face lisa ....................................................................................................... 39
2.7.1.2 Face ranhurada ............................................................................................ 39
2.7.2 Processo executivo....................................................................................... 39
2.7.2.1 Marcação ...................................................................................................... 39
2.7.2.2 Assentamento ............................................................................................... 40
2.7.2.3 Encunhamento.............................................................................................. 41
2.7.3 Vantagens e desvantagens .......................................................................... 42
2.8 RESÍDUOS DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS ............................................... 43
2.8.1 Resíduos de entulhos ................................................................................... 43
2.8.2 Resíduos de Drywall ..................................................................................... 44
3 METODOLOGIA .................................................................................................. 47
3.1 METODOLOGIA DA PESQUISA ....................................................................... 47
4 RESULTADOS E ANALISES .............................................................................. 49
4.1 APRESENTAÇÃO DO PROJETO ..................................................................... 49
4.1.1 Projeto base ................................................................................................... 49
4.1.2 Projeto em Drywall ........................................................................................ 49
4.2 QUANTITATIVOS E SERVIÇOS ....................................................................... 50
4.3 CUSTOS DIRETOS ........................................................................................... 53
5 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 56
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 57
ANEXOS ................................................................................................................... 60
ANEXO A – PLANTA BAIXA ................................................................................... 62
ANEXO B – CORTE A-A’ ......................................................................................... 63
ANEXO C – CORTE B-B’ ......................................................................................... 64
ANEXO D – CUSTOS UNITÁRIOS BÁSICOS DE CONSTRUÇÃO ......................... 65
12

1 INTRODUÇÃO

As tecnologias implantadas na alvenaria apontam para o uso de materiais


que ofereçam uma maior resistência aliado à um custo reduzido. A utilização de
materiais como os blocos de concreto, cerâmico, sílico-calcáreo, concreto celular
etc., indicam um grande avanço na história da alvenaria. A alvenaria de vedação é
constituída por blocos unidos através de juntas de argamassa, formando um
conjunto de características próprias. (TRAMONTIN, 2005).
A atualização dos materiais e das tecnologias implantadas na construção
civil é uma exigência da sociedade. A necessidade de modernização acaba
obrigando as empresas a manterem-se competitivas, constituindo assim um ciclo
favorável para a modernização necessária. (MACIEL et.al. 1998).
A utilização do drywall solicita uma mão de obra técnica qualificada,
planejamento, organização, tornando-se tecnicamente, uma excelente alternativa
construtiva, por se tratar de um processo seco, rápido, leve (cerca de 6 a 7 vezes
mais leve que a alvenaria de tijolos), otimizando as fases de projeto e execução,
além de gerar uma quantidade mínima de entulhos, chegando a 30% quando
comparada a alvenaria convencional, contando com uma precisão na montagem,
mobilidade, acabamento perfeito, bom desempenho acústico, e as instalações
elétricas, hidráulicas e hidrossanitárias são adequadamente embutidas em seu
interior, levando à um fácil acesso em casos de reparos. (KNAUF, 2010).
Diante da ampliação e concorrência no segmento da construção civil as
empresas estão indo ao encontro de tecnologias eficientes de construção com
foco no aumento de produtividade, redução de custos e aprimoramento do seu
resultado final. (BARBOSA, 2015).
A redução dos prazos fez com que a construção civil desenvolvesse
projetos a fim de diminuir custos e ampliar a produção. Fator que corrobora com
esse desenvolvimento é o emprego de produtos e materiais com tecnologia
inovadora, mas infelizmente onde há o menor emprego de tecnologias é na
construção civil. (Viana e Alves, 2013).
Segundo Barros (1998) o processo de mudança pelo qual o setor da
construção civil passa, leva ao aperfeiçoamento da competitividade ampliando a
concorrência. O aumento das tecnologias nos variados seguimentos da construção,
faz com que o resultado da mão de obra, seja pontual dentro do setor, fazendo com
13

que o aprimoramento do produto final se torne ponto principal. E diante disso o


engenheiro tem a obrigação de ir ao encontro de soluções para minimizar os custos
e proporcionar benefícios para suas obras.
Ultimamente, em função da modernização, edificar consiste no
aperfeiçoamento do cronograma, na escolha da qualidade dos materiais, na
diminuição dos desperdícios e redução dos entulhos nas construções e acima de
tudo rapidez (IOPG, 2015).
Este trabalho expõe a comparação entre a utilização da alvenaria em
bloco cerâmico de vedação e o emprego da tecnologia drywall em ambientes
internos.
Adotando essa linha de pensamento, nesse trabalho serão mencionados
alguns benefícios ao utilizar o sistema drywall na construção civil, suas
características e a avaliação de viabilidade de implantação dos mesmos, no âmbito
econômico e ambiental.

1.1 TEMA

Apresentar o sistema construtivo de fechamento do interior de um edifício


em seu pavimento tipo, com paredes executadas no sistema de painéis em estrutura
drywall, uma tecnologia em pleno crescimento em nossa região, por ser considerada
econômica em seu montante e com valores sustentáveis, quando comparada a uma
construção com blocos cerâmicos.

1.1.1 Delimitação do tema

O tema limita-se em abordar o método construtivo de painéis em estrutura


drywall, no interior de um edifício residencial, em seu pavimento tipo, e confrontar ao
método construtivo convencional com o uso de blocos cerâmicos, na cidade de
Criciúma, Santa Catarina.
14

1.2 OBJETIVO GERAL

Esta pesquisa tem por objetivo instruir-se sobre o emprego da tecnologia


drywall em ambientes internos do projeto de um edifício residencial em seu
pavimento tipo, fundamentada na prática de mercado da região e na literatura. Será
apresentada a viabilidade técnica, aliada ao conforto e habitabilidade aos seus
usuários.

1.2.1 Objetivos específicos

Este trabalho tem como objetivos específicos:


 Mostrar o surgimento do sistema drywall;
 Apresentar os materiais envolvidos para a construção de uma obra
residencial no sistema drywall;
 Levantar as principais alternativas existentes para o tratamento térmico
e acústico;
 Apresentar as vantagens e desvantagens com esse sistema construtivo;
 Apresentar os materiais envolvidos para a construção de uma obra
residencial convencional;
 Comparar as etapas construtivas, materiais utilizados e custos de uma
construção com blocos cerâmicos e em drywall.

1.3 JUSTIFICATIVA

A insuficiência de mão de obra qualificada na execução do fechamento em


alvenaria, é um dos maiores obstáculos encontrados hoje em dia. Segundo Renato
da Fonseca, gerente executivo da Unidade de Pesquisas da CNI, “Houve um
crescimento muito forte e um descolamento entre demanda por mão de obra e a
quantidade de trabalhadores qualificados” (PORTAL BRASIL, 2011).

O presidente da Método Engenharia, Hugo Rosa, salienta que a alta taxa


de trabalhadores com experiência inferior a um ano, influenciou na baixa da
produtividade (REUTERS, 2014).
15

Visando o problema apresentado, a falta de mão de obra qualificada, e o


desperdício dos materiais, o sistema drywall surge como uma alternativa que
procura reduzir patologias oriundas dos erros na construção de obras de modo geral,
comparados com sistema construtivo convencional, com blocos cerâmicos. Levando
em conta que a produção do bloco gera na queima poluentes liberados na
atmosfera, dada também a sua maneira artesanal na fabricação, gerando grande
desperdício das matérias primas utilizadas. (PORTAL BRASIL,2011).
Acerca da falta de profissionalização, o presente trabalho justifica-se pelo
desperdício de matéria prima empregada na construção civil, mostrando o sistema
de construção em placas de drywall como uma forma limpa, que traz ganho de
produtividade pela rápida execução, economia, sustentabilidade e tecnologia que
amplia a competitividade no setor da construção civil no mercado nacional.
Com as explanações contidas no trabalho almeja-se sanar dúvidas
quanto à eficiência, aplicabilidade, vantagens, desvantagens e relação custo e
benefício, além da seriedade de seguir as normativas relacionadas a inúmeras
possibilidades que existem no ramo da construção civil.

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO

Este trabalho é segmentado em cinco etapas: introdução, revisão


bibliográfica, metodologia, resultados e análises e conclusão.
A introdução descreverá uma abordagem geral do tema principal do
trabalho e sua limitação, o objetivo geral, os objetivos específicos, e a justificativa.
Em seu segundo segmento, uma revisão bibliográfica. Este capítulo
abrangerá a definição do sistema drywall e da alvenaria convencional na visão de
vários autores. Terá um descritivo sobre seus históricos e seus principais
componentes agregados a construção civil, apresentados gradualmente.
A terceira parte apresentará a metodologia, isto é, a natureza e o tipo de
pesquisa. Esta, por sua vez estabelecida, o quarto capítulo desenvolverá os
resultados e análises pertinentes ao uso do drywall quando comparado ao método
construtivo convencional com blocos cerâmicos.
Finalmente, tem-se a conclusão do trabalho. Esta sucintamente explanará
os resultados das análises e as considerações finais.
16

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Este capítulo consiste em apresentar um histórico prévio sobre o sistema


de vedação drywall, sua criação e adaptações no decorrer de sua utilização,
materiais empregados e aliados a construção, relacionando suas vantagens e
desvantagens com o método construtivo.

2.1 HISTÓRICO NO BRASIL

Segundo SILVA (2002), com o desenvolvimento da chapa de gesso


acartonado, em 1898, nos Estados Unidos por Augustine Sackett, diante da
necessidade de atualização das vedações verticais, trouxe um início de revolução
para a construção civil. O Brasil vem com um atraso tecnológico desde a criação de
cerca de 100 anos, somente após muitas alterações em meados de 1990 teve
aceitação no mercado brasileiro. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL,
2011).
A expressão drywall trazida da língua inglesa significa “Parede Seca”,
consiste em uma técnica diferenciada e competitiva diante da maneira conservadora
da construção convencional utilizada no Brasil. Diante disso a insegurança do cliente
sobre o produto, sua qualidade e eficiência, o que limita a expansão e difusão desse
método construtivo (MITIDIERI, 2009).
Gráfico 1–Consumo do sistema drywall no mundo.

Fonte: (Associação Brasileira do Drywall, 2015)


17

Gráfico 2 - Consumo do sistema drywall no mercado brasileiro.

Fonte: (Associação Brasileira do Drywall, 2015)

A empresa Lafarge Gypsum tem registro da marca Drywall no Brasil, não


devendo ser referenciada pelo sistema de gesso acartonado, pois esta, trata-se
apenas de uma das etapas do sistema.
Segundo (SABBATINI, 1998a)
“um tipo de vedação vertical utilizada na compartimentação e separação de
espaços internos em edificações, leve, estruturada, fixa ou desmontável,
geralmente monolítica, de montagem por acoplamento mecânico e
constituído por uma estrutura de perfis metálicos ou de madeira e
fechamento de chapas de gesso acartonado”.

Figura 1– Esquema de vedação vertical em gesso acartonado.

Fonte:(KNAUF, 2010)
18

2.2 DEFINIÇÃO

Segundo COMAT (2012), o drywall é um sistema utilizado na construção


de paredes e forros para ambientes internos e externos. Constituído por chapas de
gesso, parafusadas em perfis de aço galvanizado, com alta resistência mecânica e
acústica.
O sistema construtivo é composto de chapas de gesso com dimensões
padrões de 120 centímetros de largura e comprimento variando de 180 a 360
centímetros, e espessura de 12,5 milímetros sendo a de uso mais comum.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2011).
As chapas são combinadas com massa de gesso e aditivos, prensadas
entre duas lâminas de cartão. No mercado existem três tipos de chapas principais:
Standard (ST), de uso geral; resistente à umidade (RU), conhecida como “chapa
verde”, para usos em ambientes sujeitos a umidade; e a chapa Resistente ao Fogo
(RF), para áreas que façam exigência maior a resistência a incêndios, conhecidas
como “chapa rosa”. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2011).

Figura 2– Configuração das paredes em drywall.

Fonte: Associação Brasileira do Drywall, (2011).


19

2.2.1 Materiais empregados e incorporados

2.2.1.1 Placa de gesso acartonado

Segundo a NBR 14715:2001, as chapas de gesso acartonado devem ter


as seguintes especificações:
 Marca e/ou fabricante;
 Identificação do lote de produção;
 Tipo de chapa;
 Tipo de borda;
 Dimensões da chapa: espessura, largura, expressas de acordo com
Sistema Métrico Internacional;
 Referências a esta Norma.

Quanto a sua aparência, às chapas devem ser sólidas, ter faces planas,
sem ondulação aparente e sem manchas. O cartão deve estar solidário ao gesso.
Conforme VOITILLE, 2016,
Tipos:
 Chapa Standard – ST (cor cinza/branca) = para uso geral, utilizada
em paredes, tetos e revestimentos de áreas secas. (Indicada para
ambientes internos, não deve ficar exposta ao relento e ação do tempo);
 Chapa Resistente à Umidade – RU (cor verde) = utilizada em áreas
molhadas, como: banheiros, cozinhas, áreas de serviços e lavanderias.
(As chapas de gesso apresentam silicone na composição, o que trará
maior resistência à umidade. Mas as chapas não podem entrar em contato
com a água, pois infiltrações danificarão o gesso);
 Chapa Resistente ao Fogo – RF (cor rosa) = utilizada em saídas de
emergência e em áreas enclausuradas, como: escadas e corredores. (O
gesso é um material que naturalmente resiste ao fogo e para garantir mais
eficiência, as chapas RF apresentam na composição retardantes de
chama);
 Chapa para Áreas Externas – Chapa Cimentícia = conhecida como
Drywall Externo. (A junção das placas deve ser feita com material
compatível, isto é, que seja resistente à umidade e à chuva. Desta forma,
nunca utilizar juntas de uso interno para áreas externas).
20

Figura 3– Placas de gesso acartonado

Fonte: Engenheiro no Canteiro, (2015).

Na estrutura drywall as instalações elétricas devem ser feitas através de


conduítes, no interior da parede, e as caixas elétricas devem ter a fixação de acordo
com projeto (DINIZ, 2015).
Figura 4– Tubulação elétrica e hidráulica

Fonte: Ilumina Gesso, (2016).


Ainda segundo referido autor, em alguns casos existem tubulações da
parte hidráulica, que devem ser instaladas e testadas. No caso da utilização de
tubulações PEX (Polietileno Reticulado), o uso de tubos conduítes permitem reparos
nas tubulações sem afetar a parede.
21

Diniz (2015) ainda ressalva que para a fase de isolamento acústico e


térmico de acordo com projeto:
 Todos os vãos devem ser preenchidos;
 Pontos aonde existem recortes no gesso acartonado são regiões
críticas. Mantenha a distância mínima de 20 cm entre pontos em lados
opostos da parede;
 Cuidar para que todos trabalhem com os equipamentos de proteção,
principalmente quando manusear lã de vidro;
 Tratamento das juntas entre placas: Tratar todas as juntas com no
mínimo “massa + fita de papel micro perfurado + massa”;
 Acabamento final: Depende do que será aplicado sobre o drywall.
Para cerâmicas, por exemplo, o tratamento de juntas é suficiente, por outro
lado, pinturas exigem regularização.

2.2.1.2 Peças, equipamentos e perfis estruturais

A norma técnica da ABNT - NBR 15.217:2005 - Perfis de aço para


sistemas de gesso acartonado – Requisitos, estabelece que os elementos
estruturais devam ser compostos de perfis de aço galvanizado protegidos com
tratamento de zincagem mínimo Z 275, em chapas de 0,50mm de espessura,
acomodados à frio em perfiladeiras de rolete, viabilizando sua precisão dimensional.

Os elementos utilizados para a fixação dos componentes do sistema


Drywall são: buchas plásticas e parafuso com diâmetro mínimo de 6 milímetros e
para sua fixação devem ser utilizadas pistolas para a finalidade à base de “tiros”
(COMAT,2012). A fixação entre os componentes do sistema drywall se divide em
dois tipos:
 Fixação dos perfis metálicos entre si (metal/metal).
 Fixação das chapas de gesso sobre os perfis metálicos (chapa/metal).

Para as juntas e colagens devem ser utilizadas massas e fitas adequadas


para o acabamento, não deve ser feito o uso de gesso em pó ou massa - corrida
para pintura na execução das juntas. Através de projetos e/ou memorais descritivos
devidamente elaborados por profissionais capacitados, tem-se os acessórios
necessários para a montagem do sistema de drywall, que são citados a seguir, por
COMAT (2012):
 Tirante;
22

 Junção H;
 Suporte nivelador (possuir três tipos);
 Peça de reforço;
 Clip;
 Conector;
 Apoio poliestireno (banda acústica);
 Apoio ou suporte metálico;
 Alçapão.

COMAT (2012) ainda faz uma relação de equipamentos utilizados para


montagem do sistema:
 Marcação, medição e alinhamento (nível laser ebola, prumo e
mangueira de nível e linha de náilon);
 Corte das chapas (faca retrátil ou estilete, serrote comum e de ponta);
 Parafusamento automático das chapas nos perfis (parafusadeira);
 Furação (furadeira);
 Desbaste das bordas das chapas (plaina);
 Aberturas articulares (serra copo);
 Corte de perfis metálicos (tesoura);
 Fixação dos perfis entre si (alicate puncionador);
 Posicionamento e ajustes das chapas (levantador de chapa de pé e
levantador manual);
 Tratamento das juntas entre as chapas (espátula metálica, espátula
metálica larga, espátula metálica de ângulo e desempenadeira metálica);
 Preparo das massas (batedor);
 Fixação (pistola finca-pino).

Para Voitille (2012) os perfis de aço galvanizado ou madeira que


formam a estrutura interna, necessitam ser compatíveis com a configuração da
parede, atendendo por inteira as necessidades do ambiente. Os perfis estruturais
apresentam as seguintes espessuras:

 48mm – parede estreita, sem o uso de materiais para isolamento


termo acústico no interior da estrutura – ideal para ganhar mais área útil (o
som passa mais facilmente pela parede);

 70mm - parede comum, perfil mais utilizado;

 90 mm - indicado para quando utilizar algum material isolante no


interior da estrutura.
23

2.2.1.2.1 Guias e montantes

Norma ABNT NBR 15.217:2009 refere-se à fabricação das guias e dos


montantes. São produtos particulares para estruturação e montagem de paredes,
forros, revestimentos e mobiliários integrados de drywall. As guias fazem parte da
estruturação horizontal de paredes, enquanto os montantes são utilizados na parte
vertical da estrutura.

2.2.1.2.2 Cantoneiras

Para a fabricação e utilização das cantoneiras devem ser seguidas as


normativas estipuladas na Norma ABNT NBR 15.217:2009. As cantoneiras são
utilizadas para arremates, reforço e estruturação tanto dos forros, paredes e até
mobiliários integrados de drywall. Podendo ser aplicadas em áreas secas ou
molhadas.

2.2.1.2.3 Canaletas

Em conformidade com a Norma ABNT NBR 15.217:2009 são indicadas


para estruturação horizontal de forros e revestimentos de drywall o uso de canaletas.
Existem duas alternativas de paredes, podendo ser dividas em parede
simples (uma única camada de chapas de gesso acartonado em cada face) e
parede dupla (duas camadas de chapas de gesso acartonado em cada face),
sendo possível a utilização de isolamento acústico através do uso da lã mineral ou
lã de rocha alojada entre as chapas (COMAT, 2012).
24

Tabela 1 – Modelos e dimensões de perfis metálicos

Fonte:Barbosa Gesso,(2017).

Segundo COMAT (2012), as paredes são descritas e definidas através de


uma sequência de até 9 itens, entre números e letras:

 1ª letra – identificação do tipo de parede pelo fabricante;


 1º número–espessura total da parede (mm);
 2º número–largura dos montantes (mm);
25

 3º número–largura dos montantes (mm);


 Detalhe construtivo dos montantes:
 MD – Montante duplo;
 MS – Montante simples;
 DE (L ou S) – Dupla estrutura (ligada ou separada);
 Chapasde1ªface – quantidade e tipos de chapas de uma face;
 Chapas 2ª face – quantidades e tipos de chapas da outra face;
 LM – Presença de lã mineral (de vidro/ de rocha) com quantidade de
camadas e respectivas espessuras.

2.2.1.3 Materiais para isolamento térmico e acústico

Para a composição de uma vedação vertical adequada aos padrões


térmicos e acústicos em lã mineral, existem produtos que são comercializados em
feltros ou painéis, em lã de vidro ou lã de rocha basáltica. Sua utilização é feita
através da instalação destes materiais entre as placas de gesso (figura 6) das
paredes, aumentando assim o desempenho do fechamento consideravelmente,
pois em conluio com a estrutura, juntas absorvem uma grande parcela do som
produzido no ambiente, mantendo uma temperatura uniforme, estabelecendo
desta forma uma sensação de conforto a habitabilidade para os usuários.
(LABUTO, 2014).
Figura 5 – Instalação de lã de vidro

Fonte: Renato Rayol, (2012).

A utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI) são


imprescindíveis na instalação deste tipo de material, para resguardar a pele do
26

profissional com seu contato direto. Isto devido à lã de vidro e a lã de rocha


causarem grande irritação e coceira se entrarem em contato com a pele.
Com o aquecimento global e a suplica pela conscientização, o tema
conforto ambiental em habitações vem sendo debatido com grande intensidade
nos últimos tempos, devido sua importância no conceito de qualidade de vida.
(AMORIM,1998) e (CORREIA, 2009).
Conforme o referido autor, a lã de rocha é um dos materiais mais
utilizados nos dias atuais e na categoria ecologicamente correta facultamos a
utilização da lã de PET.
A normatização para execução de gesso acartonado (drywall) são
delimitadas pelas normas NBR 14715:2010 - Chapas de gesso acartonado –
Requisitos e NBR 15758:2009 – Sistemas construtivos em chapas de gesso para
drywall – Projeto e procedimentos executivos para montagem.

2.2.1.3.1 Lã de PET

Entre os materiais de isolamento térmico e acústico o que tem o melhor


conceito ecologicamente correto é a Lã de PET, por ser oriundo de matéria-prima
reciclada, 100% reciclável, sua comercialização é feita em forma de mantas ou
painéis.
A Sustentabilidade é seu ponto forte, uma vez que sua produção é a partir
da fibra de Poliéster (garrafas PET) recicladas, sem aditamento de resinas, sem a
utilização de água durante o processo e sem emissão e carbono na atmosfera.
(NEOTÉRMICA, 2016).
Figura 6– Lã de PET

Fonte: Neo Térmica, (2016).


27

Além da parte ecologicamente correta, umas das maiores vantagens da


utilização da lã de PET é que este material não causa irritação na pele, e por isso
podem ser manuseados sem perigo algum, retirando a obrigatoriedade de utilização
de alguns equipamentos de segurança.

2.2.1.3.2 Lã de rocha

A utilização de lã de rocha como “enchimento” entre as placas de


drywall tem por objetivo promover uma barreira, evitando deste modo o
alastramento das ondas sonoras e auxiliando da mesma forma o isolamento
térmico, contribuindo para a eficácia energética do ambiente. (ISOLINE, 2017).
Assim como a lã de PET, a lã de rocha é apresentada comercialmente
na forma de painéis aglomerados com resinas especiais (figura 8). O material tem
baixo peso e relativa flexibilidade, tem sua indicação tanto na indústria e
na construção civil para tratamentos termo acústico.

 Densidade 48 kg/m³ – Apresentam melhor desempenho em


temperaturas operacionais máximas entre 250 e 300ºC. Dimensões (mm):
1200 x 600 Espessuras (mm): 25, 40, 51, 75 e 100. Embalagem: pacotes
em plástico retrátil
 Densidade 64 kg/m³ – Apresenta melhor desempenho em
temperaturas operacionais máximas entre 250 e 300ºC. São Painéis
semirrígidos, mas por sua leveza e relativa flexibilidade, são indicados
para tratamentos termo acústico na indústria e na construção civil.
 Dimensões (mm): 1200 x 600Espessuras (mm): 25, 40, 51, 75 e 100
Embalagem: pacotes em plástico retrátil.
 Densidade 80 kg/m³- Semirrígidos, mas por sua leveza e relativa
flexibilidade, são indicados para tratamentos termo acústico na indústria e
na construção civil. Apresentam melhor desempenho em temperaturas
operacionais máximas entre 300 e 350ºC.
 Dimensões (mm): 1200 x 600 – Espessuras (mm): 25, 40, 51, 75 e
100.
 Embalagem: pacotes em plástico retrátil
28

Figura 7– Lã de rocha

Fonte: Isoline, (2017).

Fabricada a partir de rochas basálticas e fibras minerais, a lã de rocha é


o isolante térmico acústico mais utilizado na construção civil, por ser considerado
incombustível e não causar danos ao meio ambiente (PORTAL BIOLÃ, 2016).
A PORTAL METÁLICAS, 2015 ressalta suas características e
aplicações:
Características:

 Incombustibilidade;

 Resistência ao fogo;

 Segurança;

 Proteção pessoal;

 Favorável custo/benefício;

 Absorção acústica.

Aplicações:

 Sob coberturas;

 Sobre forros vazados;

 Sobre forros falsos;

 Entre telhas metálicas;

 Entre alvenarias;
 Entre divisórias.
29

Figura 8 – Demonstrativo de resistência ao fogo e acústico

Fonte: Portal Metálicas, (2015).

2.2.2 Execução e montagem

Segundo Diniz (2015), o responsável técnico deve efetuar o


acompanhamento da série de etapas que compreendem a execução, em especial as
fases iniciais pela equipe de montagem. Sendo que as etapas são as seguintes:
 Locação e marcação: Tomar cuidado com as referências utilizadas e
esquadro;
 Montagem da estrutura: Seguir os detalhes e recomendações de
projeto;
 Fixação das guias: Checar se está sendo usada a fita banda acústica,
que fica entre a estrutura metálica e o substrato (importância fundamental
no isolamento acústico);
 Fixação dos montantes: Checar detalhes estruturais em portas e
janelas;
 Reforços nos pontos indicados em projeto;
 Checar prumo;
 Fixação das placas de gesso acartonado: Prendê-las 1 cm acima do
nível do chão, usando pedaços de placa de gesso como apoio.
Posteriormente será aplicada massa tapando a fresta;

Antes de iniciar a montagem da estrutura, o instalador deve certificar-se que o


acabamento do chão, paredes e teto estão devidamente nivelados e com acabamentos
regularizados.
30

Com o auxílio de instrumentos como: nível, trena e lápis, deve ser executada
a marcação onde ficarão as paredes, inclusive sua espessura, para serem instaladas as
guias.
Após a marcação, utilizando uma tesoura corta perfil, deve-se efetuar o corte
dos perfis e montantes conforme as dimensões registradas, no chão, paredes e teto.
Figura 9– Corte dos perfis.

Fonte: Equipe de Obra, (2014).

A execução da estrutura deve ser seguida da fixação de fita de isolamento na


guia, utilizada entre a alvenaria e a estrutura do drywall, para ampliar a vedação térmica
e acústico.
Figura 10– Instalação das fitas de isolamento.

Fonte: Equipe de Obra, (2014).

Posteriormente, fixa-se as guias no piso, na parede e no teto seguindo as


marcações registradas. Com a furadeira, executam-se nas guias os furos espaçados a
cada 60cm e fixam as mesmas com buchas e parafusos furar as guias até atravessar o
piso, deixando um espaço de 60 cm entre os furos, fixando com buchas e parafusos.
Começando das extremidades para o meio da estrutura.
31

Figura 11– Fixação das guias.

Fonte: Equipe de Obra, (2014).

As chapas com posição vertical, devem ser parafusadas no montante


iniciando de cima para baixo, respeitando 1 cm da borda da chapa. Com distância entre
os parafusos de 25 a 30 cm.
Figura 12– Fixação das placas.

Fonte: Leroy Merlin, (2015).

Após a instalação de um dos lados da parede, executa-se o preenchimento


entre os montantes com placas de isolamento térmico e acústico.
Figura 13– Colocação de isolamento.

Fonte: Leroy Merlin, (2015).


32

Com a manta térmica devidamente instalada, podem-se fixar as chapas do


outro lado da parede. Caso haja emendas nas placas na primeira etapa, tendo sido elas
executadas na parte superior da parede, indica-se fazer a instalação destas na parte
inferior, de modo que as emendas não coincidam em ambos os lados.
Com as placas instaladas, o acabamento se dá passando massa de rejunte
nas emendas das chapas. Em seguida aplica-se a fita microperfurada por cima da
primeira demão de massa. Passa-se outra demão, escondendo a fita. E após a
secagem, aplica-se outra demão para um acabamento liso e uniforme.
Figura 14– Acabamento.

Fonte: Leroy Merlin, (2015).

Para obter um acabamento adequado, após o rejunte secar, pode-se lixar a


parede afim deixa-la pronta para receber o acabamento final.

2.3 AMBIENTES UMIDOS

Para a montagem de paredes drywall em ambientes como banheiros e


demais área molhadas, a Associação Brasileira de Drywall recomenda a utilização
de chapas RU ou “chapas verdes” para facilitar a identificação e uso, o cartão que as
reveste tem essa cor, para caracteriza-las a resistência à umidade.
A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2011, ressalta que na
fabricação da massa de gesso é acrescido um aditivo, denominado hidrofugante,
como o silicone ou a emulsão de parafina, o qual majora sua resistência diante do
contato com a água. Antes do acabamento, de pintura ou revestimento (azulejos,
mármore ou granito, entre outros), é obrigatória a impermeabilização do piso e das
paredes até uma altura de 30 cm, para que resulte em, ao menos, 20 cm de
impermeabilização acima do piso acabado, sendo que o produto deve ser aplicado a
33

frio, evitando a deterioração quando em contato com as placas de gesso,


conforme preconiza a Norma NBR 9574 – Impermeabilização – Execução.
“A impermeabilização deve ser feita com impermeabilizantes a partir de
compostos elastoméricos, que se movimentam de acordo com a contração ocorrida
nas chapas de drywall”, explica Fabrizio Portela, diretor geral da Fast Home.
A e-Construmarket, explica que no mercado existem diversos tipos de
impermeabilizantes para drywall, mas os três mais utilizados na construção civil são:

 Membranas de asfalto elastomérico para aplicação a frio – uma vez


que sistemas para aplicação a quente, com auxílio de maçarico, não são
recomentados para chapas de gesso;

 Membranas acrílicas - proporcionam impermeabilização sem


nenhuma emenda, o que garante ausência de pontos fracos e permite a
aplicação de qualquer tipo de revestimento.
 Cimento polimérico - composto de cimento, aditivos especiais e
agregados minerais, que admite a aplicação de qualquer tipo de
revestimento.

Figura 15– Detalhamento de uma parede em Drywall em um local úmido.

Fonte: AEC Web, (2015).


34

2.4 VANTAGENS E DESVANTAGENS

As fundamentais características sobre as vantagens e desvantagens


sobre o uso de chapas de gesso acartonado quando comparada ao sistema de
alvenaria (bloco cerâmico e bloco de concreto), são descritas na TABELA 2, por:
COMAT (2012), SABBATINI (2003) e MEDEIROS e MIRANDA (2012).

Tabela 2 – Características do sistema de Drywall


CARACTERÍSTICAS-DRYWALL
Vantagens Desvantagens
Rápida execução do sistema, ou seja,
Baixa resistência mecânica.
elevada produtividade.
Imediatamente após a montagem está pronto
Cargas superiores a 35 kg
para receber decoração.
devem ser previstas com
Construção a seco (maior limpeza e antecedência para instalação de
organização da obra). reforços na execução.
Redução de resíduo, por ser um sistema
planejado.
Barreira cultural (construtor e
Ganho de área útil.
consumidor).
Menor peso por m² (25kg/m²), o que permite
reduzir o peso da estrutura e aliviar as
fundações, possibilitando maior espaçamento Menor contraventamento das
entre pilares, a adoção de lajes planas de edificações: necessidade de
concreto armado ou protendido e eliminação de estruturas mais rígidas.
vigas entre pilares.
O comportamento da parede atende aos
critérios de impacto.
Vazamento acidental, este é o
Facilidade de instalação dos sistemas
maior problema que pode
elétricos e hidráulicos.
ocorrer comas divisórias de
gesso acartonado.
Capacidade de atendimento de diferentes
Menor isolamento acústico
necessidades em termos de desempenho
(para valor igual a alvenaria)
acústico, quando realizado com chapa dupla e lã
ou altos custos para fazer o
mineral.
isolamento.

Resistência ao fogo Baixa resistência à alta umidade.


Depende menos da habilidade do profissional.
35

Cuidado com encontros divisória


Desmontabilidade - parede externa, pode
eventualmente umedecer o
gesso acartonado.
Os vazios internos podem se
transformar em ninho e
Sem trincas, por ser feito com juntas de esconderijo de insetos, baratas,
dilatação através de fitas micro perfuradas. cupins e formigas. Os detalhes
construtivos devem impedir
totalmente esta possibilidade.
Perfeito acabamento, resultando em uma
Necessidade de nível
superfície plana, sem trincas ou imperfeições,
organizacional elevado para obter
comuns na alvenaria convencional e pronta
vantagens potenciais.
para receber os acabamentos.
Incremento da velocidade de execução da
obra, com a eliminação de etapas de trabalho Umidade relativa do ar
e liberação para fase de acabamento em permanentemente elevada no
curto espaço de tempo.
ambiente, tende a desenvolver
Maior custo por m², porém, há possibilidade
fungos.
de obtenção de ganhos diversos pela redução
dos prazos de obra - custos globais da
construção em até 15% em relação aos
processos construtivos tradicionais já
registrados por construtores brasileiros que
adotaram o sistema.
Fonte: Ruth, (2017).

2.5 MÃO DE OBRA

Um dos pontos fundamentais desse sistema construtivo é a adequada


capacitação e especialização de mão de obra, começando pelo planejamento e
traçado do projeto, até a execução com a montagem da sua estrutura. O fator
determinante para a execução da obra com os objetivos esperados são os
profissionais que produzem esse sistema: obra sustentável, reciclável, rapidez,
combate ao desperdício de materiais, qualidade e durabilidade do produto final
(PORTAL METÁLICA,2012).
36

Figura 16– Placas de drywall instaladas.

Fonte: Diniz, (2015).

Ainda conforme Portal Metálica (2012), por ser um sistema pouco


utilizado no Brasil, são pouco difundidos nas universidades brasileiras, tendo como
resultado um desinteresse dos profissionais formados na área de atuação. Desta
forma para a utilização deste sistema construtivo, será necessário o
aprimoramento de seus conhecimentos com cursos e especialização para
posteriormente treinar a mão de obra dos seus funcionários.

2.6 SUSTENTABILIDADE

“Na busca de minimizar os impactos ambientais provocados pela


construção, surge o paradigma da construção sustentável. ” (MINISTÉRIO DO
MEIO AMBIENTE,2016).

O Ministério do Meio Ambiente, 2016 recomenda:

Os desafios para o setor da construção são diversos, porém, em síntese,


consistem na redução e otimização do consumo de materiais e energia, na
redução dos resíduos gerados, na preservação do ambiente natural e na
melhoria da qualidade do ambiente construído. Para tanto, recomenda-se:

 Mudança dos conceitos da arquitetura convencional na direção de


projetos flexíveis com possibilidade de readequação para futuras
mudanças de uso e atendimento de novas necessidades, reduzindo as
demolições;
 Busca de soluções que potencializem o uso racional de energia ou de
energias renováveis;
 Gestão ecológica da água;
 Redução do uso de materiais com alto impacto ambiental;
 Redução dos resíduos da construção com modulação de
37

componentes para diminuir perdas e especificações que permitam a


reutilização de materiais.

Segundo o Portal ENGENHARIA VERDE, 2017:


No Brasil, por exemplo, aproximadamente 35% de todos os materiais
extraídos da natureza anualmente (madeira, metais, areia, pedras, etc…)
são usados pela construção civil.
Além dos recursos naturais utilizados, mais de 50% de toda a energia
produzida no Brasil é usada para abastecer nossas casas e condomínios,
muita dessa energia poderia ser facilmente economizada se essas
construções aproveitassem melhor a luz solar natural ou então usassem
lâmpadas e chuveiros econômicos, por exemplo.
Para diminuir esse impacto ambiental, nas últimas décadas do século 20,
os profissionais de Engenharia Civil começaram a desenvolver o conceito
de construção sustentável.

O sistema construtivo em drywall possibilita uma obra seca, limpa e


rápida quando comparada ao sistema construtivo convencional de blocos
cerâmicos, por exemplo.
Esse sistema construtivo se caracteriza pelo levantamento prévio das
quantidades e dos materiais a serem utilizados, tendo como resultado,
racionalização dos recursos, diminuição de resíduos que é um dos maiores
problemas encontrados em obras convencionais nos dias de hoje.

2.7 ALVENARIA CONVENCIONAL DE BLOCOS CERÂMICOS

2.7.1 Bloco cerâmico

De acordo com Azevedo (1997, p.125) alvenaria pode ser classificada


como de vedação ou estrutural, é toda e qualquer obra que contenha sua formação
através de pedras, tijolos ou blocos ligados ou não por uma argamassa, formando
um conjunto monolítico, que transmite resistência, durabilidade e impermeabilidade.
Sendo que para ampliar o quesito impermeabilidade se faz a utilização de aditivos
específicos.
Azevedo 1997, afirma ainda que os tijolos de barro cozido oriundos da
argila misturada com pedra arenosa são os mais utilizados nas construções
civis. Ainda Azevedo explica que para a fabricação deste bloco é misturada a argila
38

com água para obtenção de uma pasta, e posteriormente levada para o forno à
temperatura entre 900 a 1100°C (graus Celsius). A cor dos blocos varia de acordo
com a qualidade da argila e tempo de cozimento. Um teste de sonoridade desvenda
o tempo de cozimento ao qual o tijolo foi exposto, repercutindo um som particular.
Cor uniforme, arestas vivas e reentrâncias são características de um tijolo de boa
qualidade.
As normativas que determinam sobre os requisitos dimensionais, físicos
e mecânicos para o recebimento de blocos cerâmicos e a execução dos ensaios
estruturais e de vedação são encontrados nas ABNT NBR 15270-1, NBR 15270-2 e
NBR 15270-3.
Figura 17– Bloco cerâmico.

Fonte: Aprumando, (2015).

A alvenaria de vedação não tem função estrutural, servindo somente um


divisor de ambientes, entre pilares e vigas. O que não retira a importância do
assentamento de tijolos de boa qualidade, tecnologia e dimensionamento,
atendendo por completo as exigências de cada projeto.
Figura 18– Alvenaria de vedação.

Fonte: Aprumando, (2015).


39

2.7.1.1 Face lisa

Os tijolos cerâmicos de vedação com face lisa tendem a ser mais


robustos, utilizados para execução de paredes mais espessas, remetendo a obras
de alto padrão.

2.7.1.2 Face ranhurada

Tijolos cerâmicos de vedação com face ranhurada são mais leves, mas
possuem alta resistência. São os habitualmente utilizados nas obras, necessitando
de acabamento em chapisco, emboço e reboco, aceitando também gesso.

2.7.2 Processo executivo

Determina-se conforme NBR 8545 três sub etapas na execução de


alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos: marcação
assentamento e encunhamento, com o intuito de originar mais velocidade e
qualidade no processo executivo da alvenaria. Devendo ser respeitados os prazos
de início de cada próxima etapa, evitando futuras patologias.

2.7.2.1 Marcação

O processo de marcação é a fase inicial da execução da alvenaria,


consiste na execução da primeira fiada de tijolos. Esta marcação deve seguir as
indicações do projeto arquitetônico, levando a uma perfeita linearidade dos blocos.
Para auxiliar neste alinhamento, é primordial a execução primária do nivelamento do
piso, retirando ou acrescendo argamassa, caso isso se faça necessário.
É recomendado que o início da marcação seja projetado pelos cantos
das paredes, encontros e aberturas, promovendo o enquadramento perfeito. Cotas
acumuladas tendem a diminuir erros de medição, a fim de finalizar a parede na
altura desejada.
Conforme a NBR 8545 (1984, p.10) as juntas de argamassa devem ser
executadas com no máximo 10 milímetros e não podendo apresentar vazios.
40

Figura 19– Marcação da primeira fiada.

Fonte: KF Comércio, (2012).

2.7.2.2 Assentamento

O assentamento dos blocos cerâmicos deve ser executado em


conformidade com o projeto executivo, obedecendo as suas espessuras e posições.
As fiadas devem ser executadas umas sobre as outras, fazendo com que os blocos
fiquem dispostos com suas juntas verticais descontinuadas. A NBR 8545 (1984, p.6)
recomenda a utilização de armadura longitudinal situadas na argamassa de
assentamento, caso as juntas fiquem contínuas.
A NBR 8545 (1984, p.5) alerta que o assentamento dos blocos
cerâmicos deve ser iniciado com um estudo a fim de planejar a disposição dos
blocos de tal maneira a possuir o maior número de blocos inteiros, diminuindo o
desperdício, garantindo velocidade na execução além de gerar economia e
eficiência.
O assentamento da alvenaria de ser executando no mínimo de 24 horas
após a impermeabilização da viga de baldrame tendo como garantia a
estanqueidade da alvenaria. A cada fiada deve ser utilizada como guia uma linha
esticada para assegurar a horizontalidade (NBR 8545, p.7). A figura 15 mostra a
elevação do assentamento dos blocos cerâmico.
41

Figura 20– Elevação da alvenaria de blocos cerâmicos.

Fonte: KF Comércio, (2012).

A NBR 8545 (1984, p.9) anota que devem ser projetadas vergas e contra
– vergas nos vãos de portas e janelas, ultrapassando 20 cm para cada lado do vão e
com altura mínima de 10 cm. Vão que ultrapassam 2,40 metros estas vergas devem
ser calculadas como vigas.

2.7.2.3 Encunhamento

A maior ocorrência de fissuras nas alvenarias é originária na ligação


entre a alvenaria e a viga estruturada do pavimento superior, devido à diferença de
materiais e a transmissão de esforços. Diante disso é orientada a execução da etapa
de encunhamento, que consiste no preenchimento dessas lacunas com o uso de
concreto, tijolos maciços e argamassas aditivadas com expansor.
Quando se tratar de uma edificação sem a utilização de concreto
armado, deve ser executada uma cinta de amarração no perímetro das paredes, a
fim de garantir a estabilidade da estrutura.
42

Figura 21 – Aplicação de massa de encunhamento.

Fonte: Manduá, (2017).

2.7.3 Vantagens e desvantagens

As paredes de alvenaria de blocos cerâmicos é o método mais utilizado


e aceito pela sociedade, devido à comum utilização e facilidade para a execução. A
Unama (2009, p.3) cita algumas vantagens da alvenaria de vedação com blocos
cerâmicos:
• Bom isolamento térmico e acústico;
• Boa estanqueidade à água;
• Boa resistência ao fogo;
• Durabilidade superior a cem anos, sem proteção e sem manutenção;
• Facilidade de composição dos elementos de qualquer forma e dimensão;
• Sem limitação de uso em relação às condições ambientais;
• Baixa inversão de capital na produção;
• Total disponibilidade de matéria prima;
• Produção não poluente, sem geração de resíduos prejudiciais ao meio
ambiente;
Algumas desvantagens da alvenaria de vedação também podem ser
citadas:
• Como não se utiliza projeto de alvenaria, as soluções construtivas são
improvisadas durante a execução dos serviços;
• Qualidade deficiente dos materiais utilizados e da execução;
• Muitos retrabalhos na execução dos rasgos para passagens das
tubulações hidráulicas e eletrodutos;
43

• Necessidade de revestimentos adicionais para buscar uma textura lisa.


• Requer mão de obra especializada.
• Necessidade de revestimentos adicionais para buscar uma textura lisa.

2.8 RESÍDUOS DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS

A Associação Brasileira do Drywall lançou um manual com o intuito de


alertar as construtoras sobre a gestão de resíduos, também por se tratar de uma
demanda cada vez maior, e para atendimento das exigências da legislação
ambiental brasileira.

Uma correta gestão ambiental no canteiro de obras deve ser executada


não somente pela solicitação da legislação, mas para gerar maior qualidade e
produtividade, fazendo com que os acidentes de trabalho diminuam, da mesma
forma promovendo a redução dos custos de produção. Com a correta destinação e a
diminuição de geração dos resíduos, menor é o uso dos recursos naturais.

Segundo a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2009:


A coleta seletiva ou diferenciada melhora a qualidade do resíduo a ser
enviado para a reciclagem, tornando-a mais fácil. Nesse sentido, o
treinamento da mão de obra envolvida nas operações, incluindo os
prestadores de serviços terceirizados, é fundamental para a obtenção de
melhores resultados.

2.8.1 Resíduos de entulhos

Os restos dos materiais gerados pela construção civil, provenientes de


reformas ou demolições são conhecidos como entulhos.

A Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção


Civil e Demolição – ABRECON cita:
Entulho é o conjunto de fragmentos ou restos de tijolo, concreto,
argamassa, aço, madeira, etc., provenientes do desperdício na construção,
reforma e/ou demolição de estruturas, como prédios, residências e pontes.

Os resíduos gerados pela construção civil são classificados conforme


figura abaixo, para posterior reciclagem dos materiais.
44

Figura 22 – Tipos de resíduos da construção civil.

FONTE: Mão de obra online, 2013.

A Resolução CONAMA 307 tem como intuito “Art. 1º Estabelecer


diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil,
disciplinando as ações necessárias de forma a minimizar os impactos ambientais”.

A destinação dos resíduos Classe A tem um custo médio de R$ 150,00


por caçamba.

2.8.2 Resíduos de Drywall

Conforme a Associação Brasileira do Drywall todos os componentes


utilizados para a execução de uma estrutura em são 100% recicláveis. Tornando os
resíduos gerados pelo drywall, como as chapas de gesso e massas de tratamento
das juntas, perfis estruturais de aço galvanizado, parafusos, fitas de papel para
tratamento de juntas e banda acústica, materiais de destinação correta para o meio
ambiente.

O canteiro de obras deve ser projetado de tal forma que facilite a coleta
e o armazenamento dos resíduos gerados, conforme Figura18. Os materiais devem
45

ser previamente separados de outros materiais com madeira, papéis, restos de


alvenaria (tijolo, blocos, argamassa, etc.) e lixo orgânico.

O ambiente para armazenagem dos resíduos de gesso pode ser feito


com o auxílio de caçambas, e em espaços com piso de concreto, ambos cobertos,
evitando o contato com a chuva (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2011).

Figura 23 – Armazenagem dos resíduos de gesso.

FONTE: Associação Brasileira do Drywall, 2011.

O transporte desses resíduos deve ser estabelecido por um plano


municipal de gestão ou pelo órgão responsável pela limpeza pública da cidade onde
está sendo executada a obra, devidamente cadastrados para circularem até o
destino final (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2011).

Quanto à destinação, os materiais deverão ser encaminhados a Áreas


de Transbordo e Triagem (ATTs), licenciadas pelas prefeituras para receber os
resíduos de gesso, entre outros materiais.

Existem empresas que efetuam a coleta dos resíduos na própria obra,


facilitando o transporte para empresas que não possuem maquinário, ou seja, de
maneira conveniente.

Após a homogeneização dos resíduos as ATTs tem comércio de


revenda para setores que fazem a reciclagem dos materiais resultantes. Através da
reciclagem os resíduos do gesso readquirem as características químicas da gipsita,
minério do qual é extraído o gesso, diante disso, o material devidamente purificado
46

pode ser reutilizado na cadeia produtiva. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO


DRYWALL).

Figura 24 – Área de transbordo e triagem (ATTS).

FONTE: Associação Brasileira do Drywall, 2011.


47

3 METODOLOGIA

A metodologia do trabalho foi realizada através de pesquisas em normas


da ABNT NBR, artigos técnicos, tabelas de composições de preços para orçamento
(TCPO), páginas de internet devidamente referenciadas e trabalhos de conclusão de
curso com temas semelhantes ao estudado. A fim de buscar resultados práticos e
tratar de soluções diferenciadas para a construção civil.
Inicia-se com alguns conceitos principais relacionados ao tipo de
pesquisa e seu desenvolvimento. Por fim, são listados a finalidade e o processo para
elaboração para o comparativo de custos e como foi realizada a coleta de dados.

3.1 METODOLOGIA DA PESQUISA

A presente pesquisa caracteriza-se como exploratória, a qual segundo


GONÇALVES (2014) tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o
problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. A grande
maioria dessas pesquisas envolve: (a) levantamento bibliográfico, (b) entrevistas
com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e (c)
análise de exemplos que estimulem a compreensão.
É de natureza qualitativa, que para GOLDENBERG (1997, p. 34) não se
preocupa com representatividade numérica, mas sim, com o aprofundamento da
compreensão de um grupo social, de uma organização, dentre outros. Os
pesquisadores que adotam a abordagem qualitativa opõem-se ao pressuposto que
defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências, já que as ciências
sociais têm sua especialidade, o que pressupõe uma metodologia própria.
Constitui-se um estudo de caso que, de acordo com Gil (1999), é
definido pelo estudo intenso e detalhado de um assunto com objetivo de
proporcionar um conhecimento vasto e minucioso, sendo caracterizado por um
estudo empírico que busca analisar circunstâncias da realidade em que os limites
não estão abertamente definidos.
Para alcançar os resultados e posteriormente realizar as análises, foram
feitas comparações de execução e variação do custo entre o método construtivo
convencional, este sendo considerado uma obra de alvenaria de blocos cerâmicos, e
o método construtivo em drywall.
48

Para auxiliar no levantamento de custos pelo método convencional foi


utilizado os valores referenciados na TCPO - Tabela de Composições e Preços para
Orçamentos, assim como do CUB, pelo site do SINDUSCON (anexo D) de
Florianópolis. Já para o levantamento de custos do método construtivo em drywall
foram levantados valores através do contato com empresas especializadas na
implantação desta estrutura em fins residenciais.
49

4 RESULTADOS E ANALISES

Neste capítulo são apresentadas as discussões dos resultados obtidos


através da comparação das etapas do sistema construtivo convencional com método
construtivo em drywall.

4.1 APRESENTAÇÃO DO PROJETO

O primeiro passo do estudo em questão se deu na escolha de um


modelo de edifício residencial que se adequasse ao padrão da construção brasileira,
tornando dessa forma possível a adaptação do projeto para ambos os sistemas
construtivos estudados: alvenaria convencional e sistema drywall.

4.1.1 Projeto base

A planta baixa base é composta por cinco apartamentos, sendo dois


deles com três dormitórios e dois banheiros, outros dois com dois dormitórios e dois
banheiros, e um com dois dormitórios e um banheiro. Todos possuem cozinha, sala
de estar, sala de jantar e lavanderia. Complementam o pavimento tipo mais dois
apartamentos de dois quartos, dois banheiros, cozinha, sala de estar, sala de jantar
e lavanderia. Totalizando 515,57 m² (Quinhentos e quinze mil e cinquenta e sete
metros quadrados) de área útil, nos parâmetros construtivos de alvenaria
convencional. Esse projeto pode ser contemplado no Anexo A deste trabalho.

4.1.2 Projeto em Drywall

Utilizando-se da planta baixa da alvenaria convencional, alterou-se a


espessura das paredes para 12 cm, adaptando ao sistema drywall. A estruturação
dos montantes se deu a cada 40 cm, especificação necessária para à vedação em
placas de gesso acartornado. No interior da estrutura entre as placas de gesso
considerou-se a instalação de uma manta térmica e acústica com lã de vidro. Os
demais projetos são os mesmos da alvenaria convencional.
50

4.2 QUANTITATIVOS E SERVIÇOS

Iniciando pela alvenaria convencional, foi considerado como


revestimento das paredes o chapisco, emboço, massa corrida, pintura e cerâmica.
Para levantamento das quantidades utilizou-se o projeto arquitetônico apresentado
no anexo A. O chapisco, emboço serão executados em toda área de parede. A
massa corrida será executada sobre o emboço nas áreas que receberão pintura, nos
demais locais deverá ser assentada cerâmica sobre o emboço, sem necessidade de
massa corrida. Na figura 20 pode ser verificado os serviços de revestimento das
paredes.
Figura 25 – Chapisco, emboço e reboco.

FONTE: Meia colher, 2017.

Para a execução 1,0 m² de alvenaria em blocos cerâmicos de 14cm tem-


se a seguinte composição de insumos:

 12,90 blocos cerâmicos de vedação (14x19x39cm)


 0,0159 m³ de argamassa mista
 0,70 horas de servente
 0,70 horas de pedreiro

Com o preço unitário de cada insumo, tem-se o custo unitário de 1,0 m²


do serviço:

 Blocos cerâmicos de vedação (14x19x39cm) – R$ 1,73/unidade


x 12,90 = R$ 22,32;
 Argamassa mista – R$ 1,55/kg x 0,0159 x 1.000 = R$ 24,65;
51

 Servente – R$ 12,63/h x 0,70 = R$ 8,84;


 Pedreiro – R$ 15,86/h x 0,70 = R$ 11,10;
 Total: (22,32 + 24,65 + 8,84 + 11,10) = R$ 66,91/m² de alvenaria
em bloco cerâmico.

O TCPO - Tabela de Composições e Preços para Orçamentos é a


principal referência de engenharia de custos do Brasil. Lançado há mais de 60 anos,
em 1955, quando reunia 100 serviços de construção anteriormente publicados na
revista "A Construção".

Figura 26 – Tabela de composição de custos para Orçamentos – TCPO para


Argamassa Mista.

FONTE: TCPO, 2013.


52

Figura 27 – Tabela de composição de custos para Orçamentos – TCPO para


assentamento de Alvenaria.

FONTE: TCPO, 2013.

Para finalizar os quantitativos, realizou-se o levantamento do


revestimento do sistema drywall, para este sistema, não há necessidade de
chapisco, emboço e massa corrida, visto que, as placas de gesso acartonado já vêm
prontas para receber pintura, logo só será necessária execução de pintura.
Porém, para esse sistema, há necessidade de colocação de um isolante
térmico e acústico, em toda área de parede, entre as placas.
53

4.3 CUSTOS DIRETOS

Os custos diretos em alvenaria convencional tiveram em sua totalidade


um valor final de R$ 130.536,98 (Cento e trinta mil quinhentos e trinta e seis reais e
noventa e oito centavos). Considerando a área da edificação por andar igual a
515,57(m2), sendo o valor por metro quadrado de área construída de R$ 253,19
(Duzentos e cinquenta e três reais e dezenove centavos).
Tabela 3 – Orçamento da estrutura em alvenaria.
VALOR
ITEM SERVIÇOS UNI QTD VALOR TOTAL
UNIT.
Alvenaria tijolos cerâmicos
1.1 furados - espessura final m² 472,50 R$ 66,91 R$ 31.614,98
15cm
Chapisco traço 1:3 (cimento,
1.2 m² 945,00 R$ 13,55 R$ 12.804,75
areia grossa)
Emboço traço 1:3:12
1.3 m² 945,00 R$ 42,35 R$ 40.020,75
(cimento, cal, areia média)
Reboco traço 1:3:10
1.4 m² 885,00 R$ 27,65 R$ 24.470,25
(cimento, cal, areia fina)
Azulejo 20x20 classe A
Branco, assentado com
1.5 argamassa colante e m² 162,00 R$ 48,00 R$ 7.776,00
rejuntado com rejunte
flexível
1.6 Pintura Acrilica Semi brilho m² 885,00 R$ 15,65 R$ 13.850,25
VALOR TOTAL = R$ 130.536,98
Fonte: A autora, (2017).

O levantamento dos quantitativos das paredes do pavimento tipo do


edifício em estudo foi elaborado para cada ambiente, sendo utilizada desta forma
diferentes chapas de drywall.

Tabela 4 – Orçamento da estrutura em drywall (conforme anexo A -


planta baixa)
MATERIAL UTILIZADO QUANTIDADE
Chapa Standard – ST (cor cinza/branca) 331,90 m
Chapa Resistente à Umidade – RU (cor verde) 108,89 m
Chapa para Áreas Externas e Box do Banheiro – Chapa Cimentícia 163,99 m
Fonte: A autora, (2017).
54

Para obter-se a metragem quadrada considerou-se um pé direito


executado com altura de 2,90 metros.
Tabela 5 – Orçamento da estrutura em drywall (conforme anexo B -
Cortes)
MATERIAL UTILIZADO QUANTIDADE
Chapa Standard – ST (cor cinza/branca) 962,51 m²
Chapa Resistente à Umidade – RU (cor verde) 315,78 m²
Chapa para Áreas Externas – Chapa Cimentícia 475,57 m²
Fonte: A autora, (2017).

Os valores unitários referenciados na tabela abaixo englobam uma


estrutura com sistema de vedação térmica e acústica com lã de vidro, os custos
diretos totais do andar elaborado em drywall totalizam em R$ 218.444,14 (Duzentos
e dezoito mil quatrocentos e quarenta e quatro reais e quatorze centavos). Por metro
quadrado obteve-se um valor de R$ 423,69 (Quatrocentos e vinte e três reais e
sessenta e nove centavos).
Tabela 6 – Orçamento da estrutura em drywall.
EMPRESA EMPRESA EMPRESA VALOR
MATERIAL UTILIZADO
“A” “B” “C” MÉDIO
Chapa Standard – ST (cor
R$ 60,00 R$ 45,00 R$ 50,00 R$ 51,67
cinza/branca)
Chapa Resistente à Umidade
R$ 70,00 R$ 60,00 R$ 85,00 R$ 71,67
– RU (cor verde)
Chapa para Áreas Externas –
R$ 135,00 R$ 180,00 R$ 155,00 R$ 156,67
Chapa Cimentícia
Fonte: A autora, (2017).

Tabela 7 – Orçamento médio isolamento térmico acústico.


MATERIAL EMPRESA EMPRESA EMPRESA
VALOR MÉDIO
UTILIZADO “A” “B” “C”
Isolamento térmico e
acústico em lã de R$ 13,00 R$ 25,00 R$ 15,00 R$ 17,67
vidro
Fonte: A autora, (2017).

Tabela 8 – Orçamento médio da estrutura em drywall.


MATERIAL UTILIZADO QTD VALOR UNIT. VALOR TOTAL
Chapa Standard – ST (cor
962,51 m² R$ 60,00 R$ 49.732,89
cinza/branca)
Chapa Resistente à Umidade – RU
315,78 m² R$ 70,00 R$ 22.631,95
(cor verde)
55

Chapa para Áreas Externas –


475,57 m² R$ 135,00 R$ 74.507,55
Chapa Cimentícia
Isolamento térmico e acústico em lã
1753,86 m² R$ 17,67 R$ 30.990,71
de vidro
Azulejo 20x20 classe A Branco,
assentado com argamassa colante 405,97 m² R$ 48,00 R$ 19.486,56
e rejuntado com rejunte flexível
Pintura Acrílica Semi brilho 1.347,89 m² R$ 15,65 R$ 21.094,48
VALOR TOTAL = R$ 218.444,14
Fonte: A autora, (2017).

Considerando o valor total para o pavimento tipo executado em drywall,


procede o valor total para os 05 pavimentos de R$ R$ 1.092.220,70 (Um milhão
noventa e dois mil duzentos e vinte reais e setenta centavos). Tal edifício sendo
considerada a execução das paredes em alvenaria convencional resulta um valor
global de R$ 652.684,90 (seiscentos e cinquenta e dois mil seiscentos e oitenta e
quatro reais e noventa centavos).
56

5 CONCLUSÃO

O setor da construção civil no Brasil ficou com sua evolução


estacionamento no tempo. Antigamente empilhavam as pedras, agora empilham-se
os tijolos. A sociedade brasileira tem ainda certa barreira cultural quanto a aplicação
de sistemas diferentes do tradicional (alvenaria de blocos). Por este motivo o drywall
não é amplamente empregado no Brasil, porém está aos poucos conquistando o
mercado.
Em relação ao cronograma e velocidade de execução, o sistema drywall
se difere de qualquer outro sistema. Quando utilizado de maneira correta e racional,
traz benefícios significativos que viabilizam sua aplicação, pois é um sistema rápido,
o que reduz o tempo de ciclo na execução de paredes em 30% (trinta por cento)
quando comparada a alvenaria convencional, ou seja, ganho de tempo no
cronograma, trata de uma execução eficiente e limpa, tem perfeito acabamento das
faces, e garante ganho de área útil, pois as paredes são mais esbeltas e leves,
proporcionando otimização da estrutura e alívio nas fundações, reduzindo assim
indiretamente os custos globais da obra, sendo possível também aplicar o
revestimento logo após a fixação dos painéis. Por se tratar de um sistema planejado
e flexível, gera menos resíduos, há mais controle e limpeza, e a flexibilidade atende
a diferentes necessidades do usuário.
Ao analisar a construção de um edifício residencial, elaborado e
executado por uma construtora, que não disponha de todo o recurso financeiro para
a conclusão da obra, dependendo da venda dos apartamentos para a sequência do
cronograma de execução, considera-se que o sistema em drywall não é o mais
indicado, pois seu maior destaque é a rapidez na execução, neste sentido um
adiantamento do cronograma não é favorável.
Já para quem está com a disponibilidade financeira de todo o orçamento,
torna-se a melhor opção, pois terá sua obra concluída com agilidade o e
investimento a seu dispor em um curto prazo.
57

REFERÊNCIAS

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de paredes e tetos de argamassas inorganicas – Terminologia. Rio de Janeiro:
ABNT, 1995.

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Gesso na Construção Civil – Coleta, Armazenagem e Destinação para
Reciclagem – 2ª edição. São Paulo – SP, setembro de 2011.

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preservação do meio ambiente. Disponível em: <
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60

ANEXOS
61
62

ANEXO A – Planta Baixa


63

ANEXO B – Corte A-A’


64

ANEXO C – Corte B-B’


65

ANEXO D – Custos Unitários Básicos de Construção


66

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