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Ricarpo ANTUNES OS SENTIDOS DO TRABALHO an abalho: A neato da eentralidad: do uabalho, feta pelos apotogisine do ‘eapial ~ yo tema fundamental ern Os sentides do trabully— omnou= ‘se tras proeminente nas 12 ttimas déadas,enincidindo como n= dat crise estatral do apt. As urgens dessa tendéncia datam Aerie tern at. J en 1925 Kael Mannheim, er sex famoss l= ‘to Ideolegia ¢ ulopia,afirmaya que “as classes esta se fundindo a a outra™ porque, ce acondo cons ama iia muito mais amiga {que ele tomeuemprestada de Max Scheler. 16s vives “numa era de equalizacio”-O objetivo de tal projecao ers, desc iio, afastar inconvenient realidae dy eabullo come antagonists do capital. ne ado a pr6pria exist@neia de uma forys sia epee de insttuir uma akemativa hegcaninica para a ordem scabelecita, ‘Sem ddvida, —fuszes de proparyZes monuments, Nio entre classes. mas entre voxponapses ssgantescasquas: monopolistas, Da mesina forma, wana rennléucia real de equiliago esté avangand inesoravelmerte, Max rma teneléncia para criaecomdigdes ce jaldade entre classes sovinis —@ evidénia ressalla exatamente o opota. A tendéncia rel ¢ ‘le uma equalizagao dectesvente da taxa dferencial de explora ‘oma forga de trabalhe senda wns tee « mundo eoloeada de modo cach ver mas intensa sob uma forma de exploracto e marginalizaca0 pelu capital, Assiny apesurd oles us ipes de mistificagdo tedriea. {que procuram deveartaressas problemas coma sendlo “precepts snaerdnieas do século XIX”, a necessidade de desafiar a subordina~ (edo estrutural hierdnpeiica do wabal ao capital continua seme a grande questi de nosso tempo. Eo enfe fa quanto pion se dla centaidade do trabalho. Com sigur lacidez Ricard Anianes ate de tedo umn conjunte cle questies vita, wfletind fielmemte suas complexas ramificagbes. Ele consti emseus feos anteriares—particulannente em Adets 0 trablho? camplia ito em Os sentids clo traball. ure estrat~ ro abrangente na qual problemas parieulares gankam vida e essal- 1s = eatinaganns a nos defn tamento disso, tanto rate |, Gimpensivel som a reafimaedo vigorasa tam o sentido umn do outro por meio de suas eonexdes reciprores. Mostra de forma eoniincente que a “crise de fonts” e a mania ‘pels qual ws*personifcagies lo capital” procuraram superi-la coma reestrataragio da economia — fice niuite acuem do sucesso esp ratlo = soniente so intclighvcis como parte do me erise muito mais profane do sistem com nn tndo, Mest também que elas em ver lace sy manifestagdes das contrauligdes do sistema do rapa. que ven 1a quatidadede “toyotisne” poeleré remediae As teorias que postularam s substituigzo de trabalba pela ‘eléncka camo principal fores procliva” concentraramt-se, om uum “eurocenirisimo” caracteristicn, em alguns pafses capitalistas nangados,desconsilerala fata de que atualmente dois legos dda forea de trabalio da humanidaile vive my chamado Tereeiro Mundo, Aida mais, como 0 autor demonstra numa paste impor: tante dese livros decieaula A anane do que acenteveus na lela tery nas Inés tiltinas deadas. as conclusGes de tas Leorias sobre asubstitaigao do wabalho ea idéia de relegar av séeulo XIX suas ‘eatraiGgias combativas ado desprovidae de qualquer fandamento, mesmo em um pai eapitalista Ho avancado quanto & Inglaterra. (Os sentidos do trabalho expliva as razces de neoliberalisne thatcherista, um projeto que euros dues déeadas, mostranc tam Ixéma tentative do Neve Labour de, com um nove disfaree, reviver sob a vatio ideoldgicu da “Terceira Vis" o desacreditade «falda empreendimente neolibiral Hi ern Os sentides do trabalo wna pesquisa meticuloss, cos insighis tesrieus Uo autor so apoiados em ampla documentagao. 2 dos Antunes consoge com stesso reter complesidade dial rcblemaslisentidos. quando oun periam fice fentados aes cor interpretagies uilaterais. Ele sublinha, po exempl, sao sign Freativo aumento do trabalho feminine ~ que haje constitu 51% da Foga de trabalho ingesa — represenia indiseutvelmente wnat em sipacan parcial das mullieres. Mas ao mesmo tempo sesealia lado regativa desses contecimontos, mostrinds que o capital ineempara.0 traballso Feminino em su divstiosoral e sexual do tras, impor dosebre a forga de rabalho feminins maior intensadk de peoceriea ‘doc exploagao. As eandentos quesifes seciais ¢ plitcas discutidas situam-se dento dos horizontesiesicus mats amples hy Livre, enfatzard sa rerdadeira signifcagio » valdade. O modo como o.antorforsliza os farelamentos noligiens co tabla, asandy de forma imaginativa a Ulima obra magisira le Lukas, the pessbilita articular os pole {us problemas aluais& porspectivs hisses de emaneipagio, Soe {Ses vives, ole agsmenta, so possveis semen por meio da alee sativa hegemdnica do trabalho sobre om estabelecda de contile social metabdlicn, combinant o “sentido da vida” —ito & u busca {das por uma vida cheia de senticla— com 0 “sentido foe allio”. Assim, em nfido contrasie com aque que prcjtarn ues acomodagto utépica como snundo da prodayo.—e imag uma plevitace emancipaléca kia dlaavidade prostutiva, no eeino do “luz insisteem que “wna vida cheia desentdo forado trabalho supoe ue vida dotadar de sete dtr do tease. Nao € posstvel eompa Tibilizar abalh assalarind, fetichizado ¢ estan orn tempo ‘eitideiranicote live Una vida desprovide de sentido traballio & incompativel von uma vida ehwin de sentido fora dy ia Uma vida cheta de sentido somente poe efetivar-se po meio dt dlemoligao das barre tu teanpo de ral ¢ temp de nio-tmbalho,cle modo qua particle uma atividade vical ches de sentido, autoletermiew, yaa am ide divisto hierdnquica que su doctina » trabalho capital hoje vigenter portant, sob nase inte ramente nowns, possa ze desenvolver uma nova socabilidade (..) qua iberdade & nscessdad se realizem mulusnrente. snd p= devia esd dio de moto metho doin pital —manlenrly ss supromacia no Anlunes vorretarmente cesitentes Tetvin Mészros Professce Emerita da Universal de Sasses coLecio Mundo do Trabalho ‘TITULOS PUBLICADOS (0 PODER DA IDEOLOGIA Istvin Mészairos PARA ALEM DO CAPITAL OMENS PARTID08 CCeamanistas¢sindiatos no Brasil Marce Aurélie Santana (© EMPREGO NA GLOBALIZACAD Marcio Pociaans eRITICA A RAZAO INFORMAL ‘Manoel Mateus 0 Novo (2 PRECARIO) MUNDO DO TRABALHO Recstrsturagao predutive ecrise do sindiclismo Giovanni Alves TRANSNACIONALIZACAO, DO CAPITAL E FRAGMENTACAD ‘DOS TRABALHADORES oto Bernardo FORDISMO E TOYGTISMO NA CIVILIZACAO DO AUTOMOVEL Thomas Gonnct A DECADA NEOLIDERAL ‘2 rise des sinicatos no Bris “Adalberto Moreira Cardoso TERCEIRIZAGAO: (DES)FORDIZANDO A FABRICA Maria da Graga Druck DA GRANDE NOITE A ALTERNATIVA, © movimento opcririo europeu em cise Alain Bir NEOLIBERALISMO, TRABALHO & SINDICATOS ‘Roesintntagda pena 3a Tnglterta ¢ a0 Brasil, Huy Beynon, José Ricardo Rametho, Jobs Metros» Ricardo Aatunes (ora) © ROUEO DAFALA ‘Onigensdla deotogia do wabalbismo no Brasil ‘Adalberto Paranhos A CAMARA BSCURA Alienagio © estanhamento em Marx Jesus José Ranier Do coRFORATIVISMO AO NEOLIBERALISMO Estado etrabalvaores ro Brasil aa Inglaterra Angela Araife (org.) NOVA DIVISKG SEXUAL DO TRABALHO? (Um oltar oko para a empresa ea socledade Helena Hirata POBREZA F EXPLORACAO DO TRABALHO NA AMERICA LATINA Pierre Soloma (© MISTER DE FAZER DINHEIRO, Astomatizagio ¢ subtividads te waballo bancéxio Mise Jnkings (© SECULO XX Sovialzon oubarbirie? swan Meszaros ‘Trtbalnadores. sindicaos anova questo social ‘Morco Aurélio Santana ¢ José Ricardo Rammell (orgs) RICARDO ANTUNES OS SENTIDOS DO TRABALHO Ensaio sobre a afirmacao ea negacao do trabalho 78 reimpressio Copyright © 1999, by Ricardo Antunes Mande do Trabalho Coorlenacio Bicarde Antunes Preparagio de texto Maria Cristina C. Cupertino Revisto Denicia fonbings Moria dle Patina C.A. Madeira Vera Dalla rosa cave Ivana fiakings(criagae) e Facto Yalverce (arena GenbroDbatro Indvey, 1952-33 (detalbe panel de Diego Rivera oe Detroit of rs) Diggramagio ZAP Devigit Coordenacio d= produgio ‘Maree! Tha Fotalitos Fost Script Impressio € acabamento seth ISBN 95.85934-48.3, Exa ediglo contow com © spoio do Programa de Mestre em Sociologia © Doutorado «in Citnchs Sociais do Instinvo de Flesofia fe Cigncias Humanss (IFCH) da Unieamp. ‘Todos os dlrekos reservades. Neniwuma paste deste lio pote ser utilizads cou seprocizica com a autorizcio da edltern PF edicZor outubo cle 1999; 1 reimpressio: marzo de 2000 2! reimpressio: agosto de 2000; # reimpressao: absil de 2001 4 reampressio: Setembro de 2001; > reimpressto:julho cle 2002 (@ reimpressio: agosto cle 2003; 78 reimpressio: abil de 2005 BOITENPO EDITORIAL Flings Leones Asrocides Ltda ‘ay. Pompei, 1991 ~ Fealizes (05023.001 ~ Sto Paulo ~ SP ‘Tel. 13) 3865-6947 - Fax (11) 3872.68) ‘Baral: bolempotensinonet SUMARIO APRESENTACAQ, ATRODUGAO «. 1 - 0 SISTEMA DE METABOLISMO SOCIAL DO CAPITAL ‘SEU SISTBMA DE MEDIACOES (co accaagaeaonls (6 Sistema de Mediacdes de Primeira Orde won 10 aaarmaa de Sistema de MedlagSee de Segunda Order ----cuawe 20 Il — DIMENSORS DA CRISE ESTRUTURAL DO CAPITAL [A Crise do Taylorismo ¢ do Fordismo como Sxpressie Fenoménica da Crise Bstrutural 23 Il AS RESPOSTAS DO CAPITAL A SUA CRISE BSTRUTURAL: @ reestruturagdo produtiva ¢ suas repercussées ne 35 pracesso de trabalho... Os Limites do Taylorismo/Fordismo ¢ de Compromise Social-Democriitieg, v--ste 36 40 A Eelosao das Revoltas do Operério-Massa ¢ a Crise da Welfare State.. IV- 0 TOYOTISMO F AS NOVAS FORMAS DE ACUMULAGAO DE CAPITAL... a7 A Falacla da "Quelidade Total” cob a Vigéneta da Taxa de Utilizagao Dearescente do Valor de Uso das Mereadorias . 50 A Lofilzacéo Organizacional ¢ do Trabalho na Fabrica ‘Toyotizada: as Novas Formas de Intensificagao do Trabalho 52 \V— DO NEOLIBERALISMO DA ERA THATCHIsK A “TERCEIRA VIA" DE TONY BLAIR: a experténcia inglesa recente .. el Necliberalismo, Munde de Trabalho e Crise do Sindiealismo na Inglaterra weno o Elementos da Reestruturagde Produtiva Briténieca: Idedrio ¢ Pragmatica As Greves Inglesas nos anos 90: As Formas de Canfrontagao com ‘2 Neoliberaiiome e a Presarizagao do Trabatho 0 © New Labour e a “Terceira Via" de Tony Blair 35 VI — A CLASSE QUE-VIVE-DO-TRABALHO: a forma de ser da classe trabethacdora hoje 101 Por uma Nocio Ampliada de Classe Trabaihialora 101 Dimensées da Diversidade, Heterogeneidade © Complerdade da Classe Trabalhadora Loa Divisao Sexual do Trabalho: Transversalidaies entre a3, Dumensées de Classe ¢ Género hos: Oz Aasalarindos no Setor de Servicos. 0 “Terce:r9 Setor" € 25 Novas Formas de Trabalho em Domcilio... 3 mt Transnacionalizagdo do Capltal « Mundo do Trabatho 5 VII = MUNDO DO TRABALHO E TEORIA DO VALOR: as formas de uigencia do trabatho material ¢ materia... a 119 A tnteragde Crescente entre Trabalho ¢ Conhecimento Cientiteo: Uma Critica A Tese da “Cienela como Principal Forea Produtiva®.... 119. A Interagao entre Trabalho Material ¢ material... 195 ‘As Formas Contemporineas do Estranhamento 130 Vill = EXCURSO SOBRE A CENTRALIDADE DO TRABALHO: 135 a polémica entre Luleies ¢ Habermas VIIL.1 ~ a CeNTRALIDADE DO TRABALHO NA OTOLOGIA, DO SER SOCIAL DE LUKACS 135 ‘Trabalho ¢ Teleologia 136 (© Trabalho como Protoforma da Praxis Socal. wees 189 ‘Trabalho e Liberdade i 14a \VILL2 ~ A CRITICA DE HABERMAS AO "PARADIGM DO TRADALEIO® cscs 146 © Paradigma da Agao Comunicativa e da Esfera da Intersubjetividade a7 © Desacoplamento entre Sistema e Mundo da Vida 14g A Colonizacao de Mundo da Vida ea Critica de Habermas A Teoria do Valor ssi 151 VINL.S - um espogo crinco A crimca DE HaneaMas craacage Subjetividade autentiea ¢ subjetividade inam&nlica .evcnnsnneneene 159 IX - ELEMENTOS PARA UMA ONTOLOGIA DA VIDA COTIDIANA ...... 167 10 X- TEMPO DE TRABALHO E TEMPO LIVRE: por ura vide ‘cheta de senticlo dentio ¢ fora do rabalho asst 173 XI- FUNDAMENTOS BASICOS DE UM NOVO SISTEMA DE METABOLISMO SOCIAL ores etnnsnn i 179 APENDICES. J Fannie, 188: 1A CRISE DO Movmn DO TRABALHO HOJE 1: 05 NOVOS PROLETARIOS DO MUNDO 187 NA VIRADA DO SECULO. 195 Il - AS METAMORFOSES F A CENTRALIDADE DO TRABALHO HOJE 209 TV. SOCIALISMO F MUNDO DO TRABALHO NA AMERICA LATINA: alguns pontos para debate... 205 Y- LUTAS SOCIAIS & DESENHO SOCIETAL SOCIALISTA NO BRASIL RECENTE. - 229 BIBLIOGRAFIA .. mitt BE u Capitulo VIT EXCURSO SOBRE A CENTRALIDADE DO TRABALHO A polémica entre Lukacs e Habermas Nesta ttima parte dtscorro sobre elementos mais acentuadamente tedricos que compéem a centralida- de da categoria trabalho. Faco isso por meto de uma discussao tnictal entre Lukéics ¢ Habermas, procurando explorar alguns pontos de di- ferenciacdo analitica presentes nas respectivas formulacdes desses au- tores, tendo em vista as conexdes cnlre pribds laborativae merativa ou intersubjetiva, entre trabalho e interagao. Pretende recuperar tanto as, conexées existentes entre esses niveis da praxis social como os seus elementos ontolégicos fundantes. Vill, 1 ~ A CENTRALIDADE DO TRABALHO NA ONTOLOGIA DO SER SOCIAL DE LUKACS Inicio com a seguinte indagacdio: per que a categoria irabalho tem estatuto de centralidade na Oniologia de Lukacs?®* Blige postivel aqui. dados oe cbjelivos deste traballo, recupernr os clementes ddeterminativos mass gerais da Oniologiado Ser Social de Luicies. Fare tgo-somente lum excurso'sabre a sua tematizacio acerca do cariter cn‘ologicamente fandanic do trabalho, visando cferecer clementos para accitica de formulagdo habermastana. ‘Como a obra do ultimo Lukes teve publicagao péstuma e estava inconeiusa quan do do seu falecimento, em muitas passagens csse trago transparsee. Prefiro, nao Jndicapses que fare! a seguir, manter essa caracteristica da uluima obra de Lusacs. 195 Quanto se parte de uma perspectiva ontologica “a resposta & mais simples do que pode parecer & primeira vistat isso se da porgue todas ae demais categorias dessa forma ce scr JA tem em sua natureza um Ca- tater social: as Suas propriedades ¢ mados de efetivar-se descnvolve tam-se sornente no ser social ja consittuido”. E Lukiées acrescents ‘Somente 0 trabalho tem na sua natureza ontologica wm carater cla mente transiterio. Ele & em sua natureza uma mter-relagae entre homer {rociedacle) natureza, tanto com a natureza inorganics (J. quanto com 2 orfinica, inter-Telacao (..} que ee caractertza acima de tudo pela Pas” agem do hemem que trabalha, partindo do ser puramente Lielgieo ay aecoofal _), Todas as delermunacdes que, conforme veremes. esto Pre- sentce na easentcia do que € novo no ser social esido contidas truce no Gabaiho. 0 tinbalho, portanto, pode ser visto como um fendmene onii- vray. como modelo, protoforma do ser social (..] Culeaes. 1980: 'V-¥) Embora seu aparecimento seja simultaneo ao trabalho, @ socia: bitidadle, a primeira divisto do trabalho, a inguagem etc. encontran pia ongem partir do proprio ato laborativo. O trabalho consti aetomp calegorta iniermediaria que possibilita o salto ontologico das formas pré-humanias para o ser social. Ele esta no centro do proces ge de humanizeeao do omem (idea: V ¢ 1). Para apreencer a sua cecencialidade ¢ preciso, pois, vé-le tanto coma momento de Surzimento do por feleoldgico quanto como pro.oforma cla praxis co- tial, Comecemos pelas conexdes existentes entre trabalhe ¢ teleoiogia. Trabalho e teleologia G fate de buscar a produgao e a reprodueae da sua vida societal por meio Go trabalho ¢ luta por sua existeneia. 0 ser social cra € Fmova as préprias condigdes da sua repraducao. Q trabalho ¢, por tanto, resultado de um por feleologico que (previamente] 0 ser soctal tem ideado em sua constiéncia, fendmeno este que nao esta essen- ‘Galmente presente no ser biolégico dos animais. E bastante conhe (ida a distincao marsiana entre @ abellta € 0 arquiteto. Pela capaci- Glade de prévia ideacao, o arquiteto pode imprimir ao objeto a forma que melhor Ihe aprouver, algo que é teleologicamente, conecbido ¢ que € uma impessibilidade para a abelha. Desse mado, a categoria ontologicamente central, presente no processo de trabalho, @ anunciada: “através do trabalho, uta pos Tiline neste eatada SeiGao inglesa The Onioiogy of Suctat Being Labour (1980) tija raducio € os bavi Fertbach, Em vars momentos 2 coef! com a iia Mae erat Lakes, 1981, 1-1), traduzida por Alberto Searpont. Urn quadro gral seeefatorio de conjunto da Oniologia do Ser Social pode ser cacontrsdio

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