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TRABALHO DE GRADUAÇÃO – ENGENHARIA QUÍMICA

TRATAMENTO ELETROQUIMICO APLICADO EM EFLUENTES


ORIUNDOS DA INDÚSTRIA DE FERTILIZANTES FOLIARES

Ana Caroline Bastos Targino1


Tiago Henrique Ceryno2
Prof. Ms. José Pedro Thompson Junior3
Universidade São Francisco
tiagoceryno@gmail.com
1
Aluno do Curso de Engenharia Química, Universidade São Francisco; Campus Swift
2
Aluno do Curso de Engenharia Química, Universidade São Francisco; Campus Swift
3
Professor Orientador, Curso de Engenharia Química, Universidade São Francisco;
Campus Swift.

Resumo. O processo de eletrofloculação não é muito usado no Brasil, e este trabalho


tem o intuito de explicar como este processo é feito, diferenciando o processo de
floculação atualmente utilizado com a proposta do processo de eletrofloculação,
destacando as vantagens e desvantagens teóricas de seu uso, segundo pesquisas feitas. O
efluente escolhido para submetermos a esse tratamento de eletrofloculação foi
proveniente de uma indústria de fertilizantes foliares. Esse efluente foi escolhido devido
à necessidade de uma indústria do ramo estar procurando por um novo tratamento com
maior eficácia se comparado ao atual tratamento utilizado, ao qual não demande a
necessidade de utilização de um grande espaço. Deste modo, esse efluente será doado
para a nossa pesquisa pela indústria citada acima. O eletrodo escolhido para usar em
nossa célula de tratamento foi o alumínio. Os testes e analises foram todos realizados
dentro da indústria de fertilizantes foliares, que nos disponibilizou todos os
equipamentos necessários. As análises realizadas foram a de DQO, pH e transmitância,
e todas atingiram os resultados esperados. Na DQO o efluente tratado por
eletrofloculação teve uma remoção de 58,63%, já o pH apresentou 7,6 mesmo não
sendo neutro esse pH não influencia no processo caso o efluente seja usado na
realimentação do mesmo. Na transmitância conseguimos ver que a passagem de luz foi
maior nas quatro faixas escolhidas.

Palavras-chave: Eletrofloculação; Floculação; Fertilizantes Foliares.

Introdução

Nas ultimas décadas estamos cada vez mais sentindo a crise hídrica e
sofrendo com sua escassez. Começamos a ter os racionamentos de água, principalmente
na região sudeste, que é algo incomum. Com essa situação campanhas para evitar o
desperdício e incentivar o reuso foram lançadas. Houve um aumento significativo nos
valores custo por m3 de água consumido, e pelas legislações que contribuem para a
manutenção e conservação dos recursos naturais. A SABESP, responsável pelo
fornecimento de água, coleta e tratamento de esgotos de 366 municípios do estado de
São Paulo, publicou no seu site oficial que teve reajuste de 3,14% no ano de 2013, em
2014, no início da crise, o reajuste foi de 6,49 %. Nos anos de 2015 e 2016 os reajustes
foram de 15,24% e 8,45% respectivamente.
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As empresas, além da geração do esgoto comum (domésticos) também geram os


chamados efluentes industriais, que é a água contendo poluentes (resíduos) gerados
geralmente na linha de produção. Para que seja destinado a corpos de água receptores, o
efluente tratado devera estar enquadrado nas legislações e exigências estabelecidas pelo
órgão regulamentador CONAMA, resolução de Nº 430, DE 13 DE MAIO DE 2011.
Essa água tratada, além de poder ser devolvida para a natureza, sem oferecer nenhum
risco ao meio ambiente, serve também para reuso, ou seja, lavagem de tanques, lavagem
de piso, uso nos vasos sanitários, entre outros, assim diminuindo o consumo de água
potável. Cada empresa deve analisar o seu efluente bruto para saber quais
contaminantes tem presente, e após esse reconhecimento escolher o(s) processo(s) de
tratamento mais adequado, ou seja, aquele(s) que iram eliminar os resíduos, deixando a
água com os parâmetros exigidos pelo Conama para descarte no meio ambiente, ou que,
em caso de reuso não traga nenhum problema para o fim que lhe for concedido, como
por exemplo, corrosão de equipamentos ou até mesmo a contaminação do solo ou de
corpos de água. Para saber se o tratamento escolhido obteve o sucesso desejado, alguns
parâmetros são medidos antes e depois, entre eles estão o pH, DBO (Demanda
Bioquímica de Oxigênio), DQO (Demanda Química de Oxigênio), cor, turbidez e odor.
Neste trabalho realizamos as analises de DQO, pH e transmitância. A DQO é a
Demanda Química de Oxigênio (DQO) mede a quantidade de oxigênio necessária para
total oxidação do poluente em dióxido de carbono e água (RICHTER, 2002), assim
quanto menor o valor da DQO melhor é o Resultado. O pH indica se o efluente é acido
(menor que 7), neutro (igual a 7,0) ou básico (maior que 7), na Resolução N° 430, de 13
de Maio de 2011, na seção II Art. 16, diz que o é aceito o pH entre 5,0 e 9,0 para
descarte do efluente. A transmitância verifica a fração de luz incidente em um
especifico comprimento de onda que atravessa um determinado corpo.
Hoje no mercado nacional há muitas empresas do segmento de produção de
fertilizantes foliares, que produzem seus fertilizantes compostos por Macronutrientes
primários (N, P, K), Macronutrientes secundários (Mg, Ca, S), Micronutrientes (Mn, Se,
Cu, Co, Mo, B, Ni, Fe, Zn, Cl), alguns aminoácidos essenciais para as plantas e alguns
compostos orgânicos, podendo ser aplicados a diversas culturas por meio da aplicação
via pulverização nas folhas, fertirrigação e no tratamento de sementes. Poucas são de
grande porte e possuem um processo de tratamento completamente eficaz, capaz de
efetuar a remoção de toda a carga de resíduos composta no efluente gerado,
proporcionando uma água de reuso com qualidade para utilização em seus processos de
produção.
Maior parte das ETE (Estação de Tratamento de Efluentes) possuíam uma ótima
eficiência no tratamento dos efluentes gerados, efetuavam basicamente o tratamento
físico-químico composto por (Equalização, Coagulação, Floculação e Filtração)
removendo os Macronutrientes e Micronutrientes presentes no efluente gerado. Ao
decorrer da evolução e buscas para aumento de eficiência na produção das culturas
cultivadas no campo, novos fertilizantes foram sendo desenvolvidos e a eficiência do
tratamento dos efluentes gerados na produção dos fertilizantes foi sendo comprometida
devido ao incremento de novos nutrientes e compostos orgânicos que aumentam a
eficiência e respostas positivas na produção das plantas cultivadas, mas em
contrapartida os efluentes gerados no processo de fabricação dos fertilizantes passam a
ter uma taxa elevada de matéria orgânica e nitrogênio presente, interferindo
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gradativamente no efluente tratado com a finalidade de reuso ou lançamento em corpos


de água receptores.
Hoje existem diversos tipos de sistemas de tratamentos que conseguem efetuar a
retirada da carga orgânica presente e o nitrogênio, eliminando significativamente os
teores de DQO e DBO. Entre esses tratamentos podemos citar alguns como:
- Disposição no solo
- Lagoas de estabilização sem aeração
- Lagoas aeróbias
- Lagoas anaeróbias
- Ar difuso
- EletroFloculação / EletroFlotação
A tecnologia de tratamento físico-quimico pelo processo eletrolítico é uma
alternativa promissora para o atendimento à legislação ambiental. Esta alternativa
possibilita ampliar a capacidade de tratamento dos sistemas físico-químicos
tradicionais, pois utiliza os mesmos fundamentos básicos de coagulação/floculação e
adicionalmente disponibiliza elementos que potencializam o método pela geração de
oxigênio e hidrogênio nas reações de eletrólise, formando um fluxo ascendente de micro
– bolhas que interagem com todo efluente presente no interior do reator eletrolítico,
sendo este, submetido intensamente ás reações de oxidação e redução, facilitando a
floculação e a flotação da carga poluidora existente, aumentando a eficiência do
processo de tratamento (SILVA, 2002).
O sistema de tratamento por eletrofloculação é uma tecnologia pouco explorada,
porém muito promissora onde em diversos estudos já apresentaram resultados muito
satisfatórios no tratamento de efluentes industriais. Várias pesquisas foram estudadas
empregando os tratamentos com o uso de reatores eletroquímicos para o tratamento de
efluentes indústrias de diversas indústrias. O processo baseia-se na eletrofloculação,
onde um reator eletroquímico é utilizado para que as reações de coagulação ocorram. O
processo de eletrofloculação tem chamado bastante atenção, devido à fácil operação do
sistema e emprego em vários tipos de efluentes e água para consumo humano tais como:
descontaminação de águas subterrâneas (POON, 1997), descontaminação de efluentes
de indústria de processamento de coco (CRESPILHO, 2004), indústria de óleo
(MOSTEFA & TIR, 2004; SANTOS, 2006), lavanderias (GE, 2004) e remoção de íon
fluoreto (SHEN,2003), descontaminação de efluentes de curtumes
(MURUGANANTHAN, 2004).
O sistema de eletrofloculação ocorre em um reator, o processo é formado por um
ânodo e um cátodo. Um potencial é aplicado, por uma fonte externa, o material do
ânodo é oxidado, de tal maneira o cátodo passa pelo processo de redução ou deposição
redutiva do componente metálico. Com o processo, ocorre a formação de microbolhas
de hidrogênio no cátodo. As partículas em suspensão são arrastadas para a superfície do
reator pela ação das microbolhas. Na superfície do reator, as partículas em suspensão
(flotado) podem ser removidas pelo processo de raspagem entre outros que consigam
efetuar a remoção desse material (CRESPILHO & REZENDE, 2004). No reator, é
demandado o uso de eletrodos com áreas significativamente grandes. O esquema
(Figura 1) em paralelo consiste na formação de pares de placas de metais condutores,
inseridos entre dois eletrodos paralelos e uma fonte geradora de energia. De outra forma
um arranjo monopolar cada par de “eletrodos de sacrifício” fica internamente
interligado um ao outro, e sem interconexão com os eletrodos externos. O esquema de
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eletrodos monopolares com células em série é eletricamente igual a uma célula única
compostas de vários eletrodos e interconexões (MOLLAH, 2004).

Figura 1 - Esquema de um reator de eletro-coagulação de bancada com dois eletrodos (MOLLAH, 2004).

O desempenho de um sistema de eletrofloculação é obtido através da remoção


de poluentes do efluente, potência elétrica e/ou consumo químico (CHEN, 2004). O
tamanho das bolhas (gases hidrogênio e oxigênio) podem sofrer alterações devido à
variação de alguns parâmetros, tais como densidade da corrente, temperatura e curva da
superfície do eletrodo, mas a maior variação do tamanho das bolhas esta diretamente
ligada ao material do eletrodo utilizado e pelo pH do efluente a ser tratado. (HOSNY,
1996). Os eletrodos mais comuns na utilização no processo de eletro-floculação são os
de alumínio e o de ferro, por apresentarem baixo custo na reposição e um bom
desempenho no processo de tratamento para remoção das impurezas (CRESPILHO &
REZENDE, 2004).
Segundo MOLLAH (2004), as principais vantagens do uso de técnicas
eletrolíticas são:
 Versatilidade;
 Eficiência energética;
 Segurança;
 Seletividade;
 Rápidas reações e sistemas compactos.
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 Ao invés de usar métodos convencionais o sistema de eletro-floculação utilizam


somente elétrons para efetuar o tratamento dos efluentes e águas.
CRESPILHO & REZENDE (2004), apresentam ainda outras vantagens da
utilização dessa técnica:
 Utilização de equipamentos de operação simples, que podem ser automatizadas
os controles das variáveis do sistema como a corrente e potencial aplicado no
processo;
 Maior controle do agente coagulante quando comparado com os métodos
convencionais;
 Formação de flocos maiores e mais consistentes que favorece o processo de
filtração;
 Remoção das de partícula menores (coloides) devido ao campo elétrico que se
forma durante o processo, que torna a coagulação mais fácil dessas partículas;
 Redução de agentes químicos utilizados no tratamento para coagulação como os
polieletrólitos;
 A formação de microbolhas durante o processo contribui para que as impurezas
concentrem na superfície dos reatores favorecendo a remoção;
 Processo requer pouca manutenção;
 A possibilidade de eliminar o cromo hexavalente pelo processo de eletro-
floculação, que faz com que o cromo se torne trivalente, sendo possível efetuar a
precipitação pela ação de hidróxidos de alumínio ou ferro.
Em contra partida, apresenta as seguintes desvantagens:
 Os eletrodos precisam ser substituídos regularmente, caso sofram passivação;
 O uso de eletricidade pode ser caro em alguns lugares;
 Um filme de óxido impermeável pode ser formado no cátodo, conduzindo à
perda de eficiência da unidade;
 É requerida alta condutividade do efluente (CRESPILHO & REZENDE, 2004).
Como muitas empresas possuem dificuldades para efetuar o tratamento de seus
efluentes com os métodos convencionais para obter uma água com qualidade para reuso
em seu processo ou para lançar em corpos de água receptores. O sistema de tratamento
por eletrofloculação tem apresentado resultados muito satisfatórios no tratamento de
efluentes com características diferentes e pelo fato de ser um sistema que não requer
grandes mudanças nas instalações industriais e não requer grande espaço para
implantação. Nesse contexto apresentando, o principal objetivo desse trabalho é estudar
a eficiência da aplicação da técnica de eletro-floculação no tratamento do efluente da
indústria de fertilizantes foliares, utilizando eletrodos de alumínio. O efluente utilizado
no estudo foi fornecido por uma indústria do segmento que apostou na ideia, com
objetivo de estudo e melhoria em seu processo de tratamento de efluentes com base nos
dados e resultados obtidos comparado com o tratamento convencional e o efluente
bruto. Essa indústria produz cerca de 20 a 30 m3 de efluente contaminado por dia, e tem
a pretensão de fazer com que o efluente tratado, que atualmente é usado apenas na
lavagem, volte realimentando o processo, assim diminuindo o consumo de água.
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Metodologia

O efluente bruto cedido já foi previamente tratado pela indústria com cal
hidratada para estabilizar seu pH. Foram recolhidas amostras durante 5 dias seguidos,
assim foi recolhido uma amostra do efluente bruto em um dia para passar pelo processo
de eletrofloculação, o restante desse efluente seguiu seu fluxo normal passando pelo
tratamento convencional físico-químico (floculação e coagulação) e no final desse
tratamento, no mesmo dia do recolhimento da amostra do efluente bruto, também foi
recolhida uma amostra para ser feito as comparações visuais.

Figura 2 – Esquema do processo. (Fonte: Próprio autor).

Na figura 2, observa-se o fluxograma do processo, indicando o sentido do


efluente desde o processo de produção até a análise das amostras.
Antes de ser iniciado o processo de eletrofloculação, foi montada a célula de
tratamento, utilizando os seguintes materiais:
 Recipiente de acrílico transparente;
 Placa de Alumínio;
 Fonte de energia com uma corrente continua de 5 Amperes, e voltagem de 200
volts.
Todo material utilizado na montagem da célula de tratamento foi cedido pela
indústria, juntamente com o efluente bruto. Para a montagem do eletrodo, foi utilizado
10 placas de alumínio medindo 25 centímetros de altura, 5 centímetros de largura e 0,2
centímetros de espessura, com 2 furos posicionados um em cada lado superior das
placas. As placas são posicionadas uma de frente com a outra, formando uma fileira,
presas por duas barras roscada de alumínio que passam pelos furos das placas, separadas
por espaçadores de 0,5 centímetros de espessura cada. A fonte de energia foi liga as
placas de alumínio.
Na Figura 3, podemos observar a célula de tratamento montada e ligada a fonte
de energia. É nessa célula em que ocorre a eletrofloculação, conforme o esquema
ilustrado na Figura 1.
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Figura 3 – Registro fotográfico da célula de tratamento já montada e ligada à fonte de energia.


(Fonte: Próprio autor).

Seguido pela montagem do filtro, utilizando os seguintes materiais conforme a


Figura 4:

Figura 4 – Fluxograma do esquema de montagem do sistema de filtração. (Fonte: Próprio autor).

O recipiente do filtro é aberto nas duas extremidades, na parte superior para a


entrada do efluente após o tratamento por eletro-floculação, e na parte inferior para a
saída da água filtrada. Essa passagem é feita através de uma mangueira ligada do funil
até esse recipiente onde a água fica armazenada, o mesmo é tampado, e tem apenas uma
abertura na tampa do tamanho exato para o encaixe da mangueira, essa medida é
tomada para que não tenha influencia de nenhum agente externo. Para a montagem do
filtro, foram colocados na seguinte ordem os materiais, sendo da parte inferior para a
parte superior: o algodão, o carvão ativado, areia fina e cascalho (pedregulho).
Esse efluente foi colocado no recipiente transparente. O eletrodo é colocado
junto no recipiente, de forma que as placas de alumínio fiquem em contato com o
efluente, sem que a água encoste na fonte de energia. Assim que a fonte de energia é
ligada, a reação acontece como no processo de coagulação, são formados coágulos. Ao
final do processo de eletrofloculação, os coágulos menos densos que se encontram no
topo são retirados pela raspagem, o restante do liquido é passado pelo filtro para a
retirada dos coágulos mais densos.
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Resultados e Discussão

O tratamento de eletrofloculação foi efetuado por um período de 1,5 horas até


a sua conclusão para as cinco amostras que passaram pelos testes. Após a passagem do
efluente pelo processo de eletrofloculação, o mesmo foi passado pelo filtro de areia e
carvão ativado que foi montado conforme a Figura 4 onde obtivemos os resultados
visuais esperados, sendo que em ambos os testes apresentaram uma mudança drástica na
coloração, apresentando a ausência de cor.

Figura 5 – Amostra A: Efluente bruto (recipiente à esquerda), Amostra B: Tratado da maneira


convencional (recipiente no meio) (cedido pela indústria para comparação) e Amostra C: Tratado pelo
método de eletrofloculação (recipiente a direta). (Fonte: Próprio autor).

Amostra A Amostra B Amostra C

A Figura 5 trata-se da amostra A: Efluente bruto, amostra B: Tratado de modo


convencional e amostra C: Tratado pelo método de eletrofloculação. O efluente bruto
apresenta uma cor no tom marrom, e no tratamento convencional, que estava sendo
utilizado pela indústria que cedeu o efluente para nosso estudo, apresenta uma mudança
de cor, porém ainda apresenta uma leve coloração, e no efluente tratado pelo método de
eletro-floculação apresenta a ausência de cor.
Todas as análises das cinco amostras (nos estados bruto, tratada de forma
convencional e tratada por eletrofloculação) foram analisadas pelo laboratório e pela
equipe da indústria de fertilizantes foliares. Na analise de DQO obteve-se os seguintes
resultados conforme a Tabela 1:
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Tabela 1 – Analise de DQO dos efluentes


DQO mg/L TEMPO DO
PROCESSO DE
TRATAMENTO TRATAMENTO TRATAMENTO
AMOSTRA BRUTO
CONVENCIONAL ELETROFLOCULAÇÃO DO EFLUENTE
01 1370 895 884 1,5 HORAS
02 1210 1080 735 1,5 HORAS
03 3580 2510 1050 1,5 HORAS
04 2510 1710 1100 1,5 HORAS
05 2520 1500 860 1,5 HORAS
VALORES
2238 1537 926 1,5 HORAS
MÉDIOS
Fonte: Próprio autor.

Figura 6 – DQO em mg/L

DQO
DQO - mg/L
4000
3500
3000
2500
2000 BRUTO
1500 CONVENCIONAL
1000 ELETROFLOCULAÇÃO
500
0

Fonte: Próprio autor.

Na Tabela 1, a demanda química de oxigênio observa-se que o tratamento


convencional consegue obter bons resultados no tratamento do efluente quando
comparado ao efluente bruto, porém a eletrofloculação tem uma redução superior quando
comparados os resultados. Na amostra 1 a diferença da redução do tratamento de
eletrofloculação para convencional é mínima, e fica evidente ao se observar no Figura 6.
Na amostra 3, onde a demanda química de oxigênio é maior no efluente bruto, podemos
ver uma grande diferença na redução pela eletrofloculação comparado ao método
convencional. Na média dos resultados de todas as amostras para cada tipo de tratamento,
observa-se uma grande diferença entre a remoção pelo tratamento convencional
comparado com o método por eletrofloculação.
Com esses resultados conseguimos calcular a concentração de redução da
demanda química de oxigênio em cada tratamento:
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Tabela 2 – Analise dos efluentes – Remoção mg/L


DQO mg/L
AMOSTRA REMOÇÃO CONVENCIONAL % REMOÇÃO ELETROFLOCULAÇÃO
01 475 486
02 130 475
03 1070 2530
04 800 1410
05 1020 1660
MÉDIA 701 1312
Fonte: Próprio autor.

Conforme a Figura 7 pode evidenciar a % de remoção nas amostras que passaram


pelo tratamento convencional e pelo método da eletrofloculação.

Figura 7 – Remoção em % pelo tratamento convencional versus o tratamento por eletrofloculação

Remoção em porcentagem
80,00%
70,00%
60,00%
50,00%
40,00% % REMOÇÃO CONVENCIONAL
30,00%
20,00%
% REMOÇÃO
10,00%
ELETROFLOCULAÇÃO
0,00%

Fonte: Próprio autor.

Na Tabela 2, novamente observa-se a diferença entre as reduções nos dois


tratamentos, assim como na Figura 7. Mais uma vez a amostra 1 tem uma diferença
mínima na redução enquanto a amostra 3 tem a maior diferença na redução. E na média
temos o destaque mais uma vez do tratamento por eletrofloculação na redução de DQO,
quando comparados os resultados com o tratamento físico-químico convencional.
O fator pH de cada amostra foi medido através de um pHmetro, obtendo os
seguintes resultados conforme a Tabela 3:
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Tabela 3 – Analise do pH dos efluentes


pH
AMOSTRA BRUTO CONVENCIONAL ELETROFLOCULAÇÃO
01 7,53 7,57 8,12
02 7,45 7,67 7,93
03 7,58 7,56 7,79
04 7,21 7,18 7,27
05 7,75 7,59 8,39
MÉDIA 7,50 7,51 7,9
Fonte: Próprio autor.

Fazendo a comparação dos dados obtidos com a medição do pH, observamos que
no processo de eletrofloculação houve um pequeno aumento do pH em relação ao
tratamento convencional e até mesmo referente ao apresentado pela amostra bruta, pelo
fato que durante o processo de eletrofloculação ocorre também a formação de íons OH na
água que faz com o pH sofra uma pequena alteração. Essa alteração no pH não influencia
em nada no processo, caso a indústria use esse efluente tratado para fazer a realimentação
no seu processo de produção.
Foi realizada nas amostras dos efluentes a medida da transmitância em específicos
comprimentos de onda que escolhemos para obtermos maiores resultados da quantidade
de luz que estava atravessando as amostras, através do aparelho de espectrofotômetro
UV-Visível, onde foi efetuada a calibração do espectrofotômetro para transmitância para
100 % com uma amostra de água limpa provinda de um poço artesiano que alimenta a
indústria.
Na Tabela 4 pode-se verificar a porcentagem de transmitância no ensaio da
amostra 1 no estado bruto, tratamento convencional e tratamento por eletrofloculação.

Tabela 4 – Analise da transmitância da amostra 1


% Transmitância - Amostra 1
Comprimento de Onda BRUTO CONVENCIONAL ELETROFLOCULAÇÃO
400 λ 1,7 % 82,0 % 86,1 %
500 λ 4,6 % 90,5 % 91,8 %
600 λ 6,9 % 92,7 % 93,2 %
700 λ 8,9 % 94,4 % 94,8 %
Fonte: Próprio autor.

Na Figura 8 pode-se verificar um pequeno aumento da transmitância na amostra 1


que foi efetuado o processo de tratamento por eletrofloculação.
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Figura 8 – Transmitância Amostra 1


% % TRANSMITÂNCIA AMOSTRA 1
100

80

60 BRUTO %
CONVENCIONAL %
40 ELETROFLOCULAÇÃO %

20

0
400 λ 500 λ 600 λ 700 λ
Fonte: Próprio autor.

Na Tabela 5 pode-se verificar a porcentagem de transmitância no ensaio da


amostra 2 no estado bruto, tratamento convencional e tratamento por eletrofloculação.

Tabela 5 – Analise da transmitância da amostra 2


Amostra 2
Comprimento de Onda BRUTO CONVENCIONAL ELETROFLOCULAÇÃO
400 λ 1,6 % 75,0 % 85,0 %
500 λ 4,5 % 86,9 % 91,8 %
600 λ 6,8 % 89,5 % 93,2 %
700 λ 8,9 % 90,9 % 94,6 %
Fonte: Próprio autor.

Na Figura 9 pode-se verificar que a porcentagem da transmitância na amostra 2


teve um aumento significante pelo processo de tratamento por eletrofloculação, que nos
mostra que a redução de partículas e impurezas pelo método foi superior ao tratamento
convencional.

Figura 9 – Transmitância Amostra 2


% % TRANSMITÂNCIA AMOSTRA 2
100
80
BRUTO %
60
CONVENCIONAL %
40
ELETROFLOCULAÇÃO %
20
0
400 λ 500 λ 600 λ 700 λ
Fonte: Próprio autor.

Na Tabela 6 pode-se verificar a porcentagem de transmitância no ensaio da


amostra 3 no estado bruto, tratamento convencional e tratamento por eletrofloculação.
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Tabela 6 – Analise da transmitância da amostra 3


Amostra 3
Comprimento de Onda BRUTO CONVENCIONAL ELETROFLOCULAÇÃO
400 λ 0,6 % 79,8 % 91,9 %
500 λ 2,8 % 90,9 % 97,4 %
600 λ 5,5 % 94,3 % 97,4 %
700 λ 8,5 % 95,5 % 98,1 %
Fonte: Próprio autor.

Na Figura 10 pode-se verificar que a porcentagem da transmitância na amostra 3


pelo processo de tratamento por eletrofloculação, obteve ainda um resultado superior ao
tratamento convencional.

Figura 10 – Transmitância Amostra 3


% % TRANSMITÂNCIA AMOSTRA 3
120
100
80 BRUTO %

60 CONVENCIONAL %
ELETROFLOCULAÇÃO %
40
20
0
400 λ 500 λ 600 λ 700 λ
Fonte: Próprio autor

Na Tabela 7 pode-se verificar a porcentagem de transmitância no ensaio da


amostra 4 no estado bruto, tratamento convencional e tratamento por eletrofloculação.

Tabela 7 – Analise da transmitância da amostra 4


Amostra 4
Comprimento de Onda BRUTO CONVENCIONAL ELETROFLOCULAÇÃO
400 λ 1,4 % 89,7 % 90,9 %
500 λ 4,2 % 95,9 % 95,0 %
600 λ 5,0 % 91,4 % 95,0 %
700 λ 5,9 % 91,5 % 96,0 %
Fonte: Próprio autor.

Na Figura 11 pode-se verificar que a porcentagem da transmitância na amostra 4


pelo processo de tratamento por eletrofloculação, nos comprimentos de ondas 400 e 500
obteve-se uma transmitância menor e no comprimentos de ondas 600 e 700 obteve-se um
resultado superior ao tratamento convencional. Essa diferença esta associada ao
comprimento de onda selecionado e a qualidade do efluente da amostra 4.
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Figura 11 – Transmitância Amostra 4

% % TRANSMITÂNCIA AMOSTRA 4
120
100
80 BRUTO %

60 CONVENCIONAL %
ELETROFLOCULAÇÃO %
40
20
0
400 λ 500 λ 600 λ 700 λ
Fonte: Próprio autor.

Na Tabela 8 pode-se verificar a porcentagem de transmitância no ensaio da


amostra 4 no estado bruto, tratamento convencional e tratamento por eletrofloculação.

Tabela 8 – Analise da transmitância da amostra 5


Amostra 5

Comprimento de Onda BRUTO CONVENCIONAL ELETROFLOCULAÇÃO

400 λ 1,0 % 53,1 % 75,4 %


500 λ 3,2 % 76,9 % 89,2 %
600 λ 4,7 % 83,9 % 91,9 %
700 λ 5,7 % 88,6 % 94,2 %
Fonte: Próprio autor.

Na Figura 12 pode-se verificar que a porcentagem da transmitância na amostra 5


pelo processo de tratamento por eletrofloculação, obteve ainda um resultado superior ao
tratamento convencional em todos os comprimentos de ondas selecionados.

Figura 12 – Transmitância Amostra 5

% % TRANSMITÂNCIA AMOSTRA 5
100

80
BRUTO %
60
CONVENCIONAL %
40 ELETROFLOCULAÇÃO %

20

0
400 λ 500 λ 600 λ 700 λ
Fonte: Próprio autor.
Comparando os resultados de todas as analises dos dois tratamentos nos quatro
comprimentos de ondas escolhidos, percebe-se um padrão onde a transmitância do feixe
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de luz pelo efluente bruto é muito baixa e tem um aumento considerável após passar
pelos dois processos de tratamentos, comparando os dois tratamentos a diferença é
pequena, mas existente. Percebe-se que no comprimento de onda de 400 λ a passagem de
luz pelo efluente bruto é quase nula e tem um leve aumento ao aumentar o comprimento
de onda. Há uma diferença pequena, mas significativa na clarificação do efluente tratado
quando é realizada uma análise visual comparando os dois tratamentos. Com isso pode-se
entender que foi obtido uma melhor clarificação pela eletrofloculação quando comparado
com o efluente tratado pelo método convencional.
A partir de alguns dados do experimento realizado, conseguimos obter o custo
de energia e o consumo nos testes realizados. Primeiro calculamos a potência, sabendo
que a corrente da fonte é de 5 amperes e a voltagem é de 220 volts:
O consumo de energia elétrica (P) de um reator durante a eletrólise é quantificado
através da aplicação da Lei de Ohm, onde: Tensão aplicada (V) multiplicada pela
corrente (i) é igual à potência consumida (P) no reator na Figura 3, através da Equação 1.

𝑃 = 𝑖. 𝑉
𝑃 = 5 ∗ 220
𝑃 = 1,1 𝐾𝑊 (1)

Sabendo que o tempo gasto para a realização do procedimento é de 1,5 horas, a


energia consumida em cada teste pode ser calculada conforme a Equação 2, onde (P) é a
potência consumida, (𝐸𝑒𝑙 ) é a energia consumida e (∆𝑡) é o tempo gasto em cada teste.

𝐸𝑒𝑙
𝑃=
∆𝑡
𝐸𝑒𝑙 = 𝑃 ∗ ∆𝑡
𝐸𝑒𝑙 = 1,1 ∗ 1,5
𝐸𝑒𝑙 = 1,65 𝐾𝑊ℎ (2)

Considerando que o valor da energia elétrica é de R$ 0,69/KWh, o custo


energético em cada teste foi:

𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 = 𝐸𝑒𝑙 ∗ 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎


𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 = 1,65 ∗ 0,69
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 = 𝑅$ 1,14

A corrente utilizada na eletro-floculação vai determinar a quantidade de metal (Al,


por exemplo) que será oxidada no ânodo. A massa equivalente obtida via eletroquímica
para o alumínio é de 335,6 mg A-1h-1

E os consumos foram:
 Massa equivalente = 335,6 mg A-1 h-1
 Consumo no processo = 335,6 . 5 . 1,5
 Consumo no processo = 2,52 gr de Al em cada teste realizado.

Os gastos com materiais utilizados no tratamento atual são apresentados na Tabela 9:


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Tabela 9 – Custo de tratamento utilizado


Tratamento Convencional
CUSTO CAL HIDRATADA COAGULANTE FLOCULANTE
Por Kg R$ 0,60 R$ 20 R$ 10,00
3
Consumo 2,5 Kg/m 25 g/m3 100 g/m3
Por m3 R$ 1,50 R$ 0,50 R$ 1,00
Fonte: Próprio autor.

Conforme os dados mostrados na tabela 9, sabemos que o custo com os materiais


para o tratamento físico-químico é de R$ 3,00. Considerando a produção média 25 m3 de
efluente por dia e sabendo que o custo com materiais é de R$ 3,00 por m 3, sabemos que
em 1 dia é gasto R$ 75,00. Assim sabemos que no mês tem um gasto médio de R$
2.250,00 (considerando um mês com 30 dias) e no ano R$ 27.000,00.
Para o tratamento proposto de eletrofloculação, o custo varia de R$ 0,50 á R$ 3,00
por m3, se consideramos o valor de R$ 3,00 os custos serão os mesmo do tratamento
convencional. E para a implantação desse sistema de tratamento requer um investimento
médio de R$ 188.500,00.
E em relação à área física, o tratamento convencional ocupa uma área de 77,28 m2
e o tratamento proposto ocupará a mesma área, tentaremos também o aproveitamento dos
equipamentos já utilizados.

Conclusões

A partir dos resultados obtidos, concluímos que o processo de eletrofloculação é


satisfatório diante dos resultados apresentados no tratamento do efluente bruto. Ao
comparado com os resultados do processo convencional que a indústria estava utilizando,
mostra que o processo de eletrofloculação apresenta um melhor desempenho perante os
resultados obtidos no tratamento do efluente de uma indústria de fertilizantes foliares,
requerendo a mesma área física para efetuar o processo, mesmo com o custo se igualando
e a indústria ter que investir um capital para a implantação desse novo sistema de
tratamento.
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