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Introdução
Nas ultimas décadas estamos cada vez mais sentindo a crise hídrica e
sofrendo com sua escassez. Começamos a ter os racionamentos de água, principalmente
na região sudeste, que é algo incomum. Com essa situação campanhas para evitar o
desperdício e incentivar o reuso foram lançadas. Houve um aumento significativo nos
valores custo por m3 de água consumido, e pelas legislações que contribuem para a
manutenção e conservação dos recursos naturais. A SABESP, responsável pelo
fornecimento de água, coleta e tratamento de esgotos de 366 municípios do estado de
São Paulo, publicou no seu site oficial que teve reajuste de 3,14% no ano de 2013, em
2014, no início da crise, o reajuste foi de 6,49 %. Nos anos de 2015 e 2016 os reajustes
foram de 15,24% e 8,45% respectivamente.
TRABALHO DE GRADUAÇÃO – ENGENHARIA QUÍMICA
eletrodos monopolares com células em série é eletricamente igual a uma célula única
compostas de vários eletrodos e interconexões (MOLLAH, 2004).
Figura 1 - Esquema de um reator de eletro-coagulação de bancada com dois eletrodos (MOLLAH, 2004).
Metodologia
O efluente bruto cedido já foi previamente tratado pela indústria com cal
hidratada para estabilizar seu pH. Foram recolhidas amostras durante 5 dias seguidos,
assim foi recolhido uma amostra do efluente bruto em um dia para passar pelo processo
de eletrofloculação, o restante desse efluente seguiu seu fluxo normal passando pelo
tratamento convencional físico-químico (floculação e coagulação) e no final desse
tratamento, no mesmo dia do recolhimento da amostra do efluente bruto, também foi
recolhida uma amostra para ser feito as comparações visuais.
Resultados e Discussão
DQO
DQO - mg/L
4000
3500
3000
2500
2000 BRUTO
1500 CONVENCIONAL
1000 ELETROFLOCULAÇÃO
500
0
Remoção em porcentagem
80,00%
70,00%
60,00%
50,00%
40,00% % REMOÇÃO CONVENCIONAL
30,00%
20,00%
% REMOÇÃO
10,00%
ELETROFLOCULAÇÃO
0,00%
Fazendo a comparação dos dados obtidos com a medição do pH, observamos que
no processo de eletrofloculação houve um pequeno aumento do pH em relação ao
tratamento convencional e até mesmo referente ao apresentado pela amostra bruta, pelo
fato que durante o processo de eletrofloculação ocorre também a formação de íons OH na
água que faz com o pH sofra uma pequena alteração. Essa alteração no pH não influencia
em nada no processo, caso a indústria use esse efluente tratado para fazer a realimentação
no seu processo de produção.
Foi realizada nas amostras dos efluentes a medida da transmitância em específicos
comprimentos de onda que escolhemos para obtermos maiores resultados da quantidade
de luz que estava atravessando as amostras, através do aparelho de espectrofotômetro
UV-Visível, onde foi efetuada a calibração do espectrofotômetro para transmitância para
100 % com uma amostra de água limpa provinda de um poço artesiano que alimenta a
indústria.
Na Tabela 4 pode-se verificar a porcentagem de transmitância no ensaio da
amostra 1 no estado bruto, tratamento convencional e tratamento por eletrofloculação.
80
60 BRUTO %
CONVENCIONAL %
40 ELETROFLOCULAÇÃO %
20
0
400 λ 500 λ 600 λ 700 λ
Fonte: Próprio autor.
60 CONVENCIONAL %
ELETROFLOCULAÇÃO %
40
20
0
400 λ 500 λ 600 λ 700 λ
Fonte: Próprio autor
% % TRANSMITÂNCIA AMOSTRA 4
120
100
80 BRUTO %
60 CONVENCIONAL %
ELETROFLOCULAÇÃO %
40
20
0
400 λ 500 λ 600 λ 700 λ
Fonte: Próprio autor.
% % TRANSMITÂNCIA AMOSTRA 5
100
80
BRUTO %
60
CONVENCIONAL %
40 ELETROFLOCULAÇÃO %
20
0
400 λ 500 λ 600 λ 700 λ
Fonte: Próprio autor.
Comparando os resultados de todas as analises dos dois tratamentos nos quatro
comprimentos de ondas escolhidos, percebe-se um padrão onde a transmitância do feixe
TRABALHO DE GRADUAÇÃO – ENGENHARIA QUÍMICA
de luz pelo efluente bruto é muito baixa e tem um aumento considerável após passar
pelos dois processos de tratamentos, comparando os dois tratamentos a diferença é
pequena, mas existente. Percebe-se que no comprimento de onda de 400 λ a passagem de
luz pelo efluente bruto é quase nula e tem um leve aumento ao aumentar o comprimento
de onda. Há uma diferença pequena, mas significativa na clarificação do efluente tratado
quando é realizada uma análise visual comparando os dois tratamentos. Com isso pode-se
entender que foi obtido uma melhor clarificação pela eletrofloculação quando comparado
com o efluente tratado pelo método convencional.
A partir de alguns dados do experimento realizado, conseguimos obter o custo
de energia e o consumo nos testes realizados. Primeiro calculamos a potência, sabendo
que a corrente da fonte é de 5 amperes e a voltagem é de 220 volts:
O consumo de energia elétrica (P) de um reator durante a eletrólise é quantificado
através da aplicação da Lei de Ohm, onde: Tensão aplicada (V) multiplicada pela
corrente (i) é igual à potência consumida (P) no reator na Figura 3, através da Equação 1.
𝑃 = 𝑖. 𝑉
𝑃 = 5 ∗ 220
𝑃 = 1,1 𝐾𝑊 (1)
𝐸𝑒𝑙
𝑃=
∆𝑡
𝐸𝑒𝑙 = 𝑃 ∗ ∆𝑡
𝐸𝑒𝑙 = 1,1 ∗ 1,5
𝐸𝑒𝑙 = 1,65 𝐾𝑊ℎ (2)
E os consumos foram:
Massa equivalente = 335,6 mg A-1 h-1
Consumo no processo = 335,6 . 5 . 1,5
Consumo no processo = 2,52 gr de Al em cada teste realizado.
Conclusões
Referências Bibliográficas
GE, J.; QU, J.; LEI, P.; LIU, H., New bipolar electrocoagulation – electroflotation
process for the treatment of laundry wastewater. Separation and Purification
Technology, n 36, p. 33-39, 2004.
SHEN, F.; CHEN, X.; GAO, P.; CHEN, G. Electrochemical removal of fluoride ions
from industrial wastewater. Chemical Engineering Science, v. 58, p. 987- 993, 2003.