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PROBLEMA
O que pode ser descontado da folha de pagamento de acordo com a
legislação?
OBJETIVOS
OBJETIO GERAL
Esclarecer passo a passo os proventos e descontos da folha de pagamento
aos empregados com base na legislação.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Desenvolver os cálculos de proventos e descontos na folha de
pagamento.
Destacar a importância de conferir a folha de pagamento.
Informar e estender o conhecimento a respeito dos proventos e
descontos na folha de pagamento, de acordo com as leis e normas
legais.
JUSTIFICATIVA
Toda e qualquer empresa independente do seu ramo de atividade econômica,
tem por obrigação elaborar a folha de pagamento de seus empregados
mensalmente, através da remuneração paga ou creditada, devendo manter em cada
estabelecimento, uma via em seu poder, de acordo com o art. 225 Regulamentoda
previdência social – Decreto 3048/99 e Decreto Lei n° 5.452 de 1° de Maio de 1943
(CLT- Consolidação das Leis Trabalhistas).
A folha de pagamento tem que ser um documento confiável, preciso e justo, e
que seja paga com a correta retenção de encargos e descontos, e que esses
encargos sejam recolhidos dentro do prazo estipulado pela legislação, para não
acarretar multa à empresa.
METODOLOGIA
Demonstrações de leis e cálculos trabalhistas e aplicações da mesma,
conforme as pesquisas bibliográficas enriquecidas com demais pesquisas virtuais.
PROVENTOS
Provento é o salário adicionado de gratificações, bonificações e dividendo
pago pelo empregador para o empregado que exerce de forma direta ou indireta
alguma prestação de serviço para os fins da empresa contratante, através de um
contrato firmado entre as partes.
O artigo 457 da CLT(consolidações das leis trabalhistas) dispõe que a
remuneração é composta por vários adicionais, concedidos aos empregados devido
as suas atividades exercidas. Como exemplo desses adicionais tem: salário
contratual, horas extras, adicional de insalubridade, adicional de periculosidade,
adicional noturno, comissões, gorjetas, gratificações, prêmios, ajuda de custo e
diárias de viajem, quando excederem 50% do salário percebido; e quaisquer outros
adicionais pagos habitualmente, como o previsto em acordos ou convenções
coletivas e os concedidos pelo empregador espontaneamente.
SALÁRIO CONTRATUAL
O salário contratual é o acordo entre o empregador e o empregado que vai
ser estabelecida em razão da sua qualificação, experiência, pratica e necessidade
da empresa da contratação de certo profissional.
HORA EXTRA
Horas extras são aquelas que se trabalha além da jornada habitual de cada
empregado segundo o contrato de trabalho. Seja a jornada de 4, 6 ou 8 horas diárias
que estejam previstas em contrato, qualquer minuto excedente pode ser definido
como hora extra.
O limite para prorrogação da hora habitual de trabalho só poderá ser de no
máximo 2 horas diárias, exceto nos casos de força maior ou necessidade imperiosa
(serviços inadiáveis). (Artigo 59 da CLT)
A remuneração da hora extra deverá ser no mínimo 50% superior ao valor
normal da hora trabalhada. O que não significa que o empregador deverá pagar
impreterivelmente 150% em cada hora extra, esse percentual poderá ser maior por
força de lei, acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa (Conforme
constituição federal de 1988, artigo 7º inciso XVI).
Em caso de prestação de serviços em dias não habituais (domingos e
feriados), a hora extra, deverá ser no mínimo 100% superior ao valor da hora
normal. Art. 1º a Lei 605/49 “Todo empregado tem direito ao repouso semanal
remunerado de vinte e quatro horas consecutivas, preferentemente aos domingos e,
nos limites das exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de
acordo com a tradição local”.
Há empresas que adotam o chamado “banco de horas”, que consiste em
acumular horas extras de forma que quando alcançar o período de uma jornada de
trabalho diária em horas extras acumuladas, o empregado não receberá em valor
monetário, havendo compensação dessas horas por meio de folga do empregado,
ou até mesmo distribuição dessas horas acumuladas em redução da jornada até a
quitação das mesmas. Tal procedimento deverá ser acordado em convenção ou
acordo coletivo de trabalho. (vigência a partir da lei nº. 9601/1998).
RSR – REPOUSO SEMANAL REMUNERADO SOBRE HORA EXTRA
Quando o empregado possui contrato de trabalho mensal não precisa calcular
o valor do RSR, pois este valor já está inserido no valor do salário mensal, mais
quando excedido as horas extras e outras remunerações variáveis, deve se calcular
o RSR complementando a remuneração do empregado.
Exemplo 1.
Horas extra com acréscimo de 50% usando R$ 1 000,00 como salário
contratual. Valor do salário contratual dividido pelas horas mensais, neste caso 220
horas, então teremos o valor da hora normal de trabalho.
R$ 1 000,00 / 220 horas = R$ 4,5
Acrescentando a este valor 50%, teremos o valor de uma hora extra de 50%.
R$ 4,545454 x 50% = R$ 6,82
Supondo que o empregado trabalhou 20 horas além da sua jornada
contratual, multiplicaremos o valor de uma hora extra pela quantidade de horas
trabalhadas.
R$ 6,818181 x 20 = R$ 136,36
INSALUBRIDADE
Com base na NR 15, o termo insalubridade é usado para definir o
trabalho em um ambiente hostil á saúde.
No Dicionário:
Salubre – Definição dicionário Aurélio: Saudável; higiênico; sadio.
Insalubridade – Definição dicionário Aurélio: Doentio; não salubre.
A constituição Federal estabelece que:
ART. 7° - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou
perigosas, na forma da lei;
O artigo 189 da CLT estabelece que:
“Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua
natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a
agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da
natureza e da intensidade do agente e o tempo de exposição aos seus
efeitos.”
LISTA DE ATIVIDADES INSALUBRES CONFORME NR 15
Anexo 1 – Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente: Exemplo,
trabalhadores que atuam nas proximidades de máquinas, equipamentos e
outros geradores do ruído. (Grau Médio – 20% do salário mínimo);
Anexo 2 – Limites de tolerância para ruído de impacto: Exemplo,
trabalhadores nas proximidades de bate-estaca. (Grau Médio – 20% do
salário mínimo);
Anexo 3 – Limites de tolerância para exposição ao calor: Exemplo,
trabalhadores que trabalham com caldeiras, cerâmicas, fornos, etc. (Grau
Médio – 20% do salário mínimo);
Anexo 4 – Iluminação – Revogado;
Anexo 5 – Radiações ionizantes: Exemplo, Técnicos em radiologia e outros
trabalhadores que laboram nas proximidades. (Grau Máximo – 40% do salário
mínimo);
Anexo 6 – Trabalho sob condições hiperbáricas: Exemplo, mergulhadores.
(Grau Máximo – 30% do salário mínimo);
Anexo 7 – Radiações Não – ionizantes (Grau Médio – 20% do salário
mínimo);
Anexo 8 – Vibrações; Exemplo, trabalhadores que operam máquinas e
equipamentos geradores, etc. (Grau Médio – 20% do salário mínimo);
Anexo 9 – Frio: Exemplo quem trabalha em frigoríficos, supermercados, etc.
(Grau Médio – 20% do salário mínimo);
Anexo 10 – Umidade: Exemplo, todo trabalho em que o empregado exerce a
função encharcada. (Grau Médio – 20%do salário mínimo).
Anexo 11 – Agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de
tolerância e inspeção no local de trabalho;
Anexo 11.1 – Limites de tolerância para poeiras mineiras: Exemplo,
trabalhadores expostos ao amianto. (Grau Máximo – 30% do salário mínimo);
Anexo 11.2 – Agentes químicos. (Graus Mínimo/Médio/Máximo);
Anexo 11.2 A – Benzeno: trabalhadores expostos ao benzeno. (Grau Máximo
– 30% do salário mínimo);
Anexo 12 – Agentes Biológicos. (Grau Máximo – 30% do salário mínimo).
CÁLCULOS PROPORCIONAIS E FALTAS
O afastamento ou desligamento do empregado no decorrer do mês
ocasionará o recebimento do adicional de insalubridade calculado
proporcionalmente ao número de dias trabalhados.
No caso de faltas injustificadas o empregado estará sujeito a sofrer o
desconto do adicional da insalubridade proporcionalmente aos dias faltosos,
além do desconto do salário.
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
O adicional de periculosidade é um valor devido ao empregado a
atividades periculosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério
do Trabalho e Empregado.
São periculosas as atividades ou operações onde a natureza ou os
seus métodos de trabalhos configure um contado com substâncias inflamável
ou explosivo, substâncias radioativas, ou radiação ionizante, ou energia
elétrica, em condição de risco acentuado.
COMISSÕES
O salário comissão e sua alteração correspondem a uma importância
que varia com a quantidade de serviço produzido pelo empregado, sem levar
em conta o tempo gasto na sua execução. Essa modalidade de salário pode
ser usada, unicamente, quando o serviço do empregado for suscetível de
avaliação objetiva (medido, contado ou pesado). Situam-se neste grupo os
empregados que recebem seus salários exclusivamente em proporção ao
número de peças produzidas ou de trabalhos executados. O empregado pode
estar obrigado a cumprir a jornada de trabalho ajustada no seu contrato de
emprego; todavia, o único fator que é computado para o cálculo do salário é o
serviço executado no período concernente ao respectivo pagamento.
A comissão ou premiação é parte integrante da remuneração, porém
tem forma especial de apuração para compor diversas bases de cálculos.
Ela é fixada no contrato de trabalho do vendedor de produtos da empresa
contratante é um salário por unidade de serviço.
O salário comissão, sobre vendas efetuadas pelos empregados foi
regulado pela Lei n. 3.207, de 18.7.57, que adotou diversas regras sobre a
matéria anteriormente disciplinada apenas pelo art. 466 da CLT. O vendedor
terá direito à comissão convencionada sobre as vendas que realizar ou sobre
as que forem feitas diretamente pela empresa ou por preposto desta em zona
cuja exclusividade lhe haja sido expressamente atribuída (art. 2º). Na falta de
ajuste sobre a percentagem da comissão, deve a empresa assegurar ao
vendedor a comissão indicada pelo direito costumeiro consagrado na
localidade.
Art. 142 § 3º. Para o cálculo do 13º salário a média aritmética no ano
de exercício do pagamento. Quando o salário for pago por percentagem,
comissão ou viagem, irá se apurar a média percebida pelo empregado nos 12
(doze) meses que precederem a concessão das férias.
A empresa deve cumprir a exigência do Precedente Normativo 005 do TST.
“Anotação de comissões (positivo): O empregador é obrigado a anotar, na
CTPS, o percentual das comissões a que faz jus o empregado. (Exigência -
PN 05)”.
Súmula - TST - Nº 27 COMISSIONISTA (mantida) - Res. 121/2003, DJ
19, 20 e 21.11.2003. É devida a remuneração do repouso semanal e dos dias
feriados ao empregado comissionista, ainda que pracista (Vendedor que anda
na praça por conta própria ou de alguma casa comercial).
EMENTA - PRÊMIOS. As parcelas alcançadas habitualmente ao
empregado sob o título de “prêmio”, destinadas a complementar o salário-
base percebido, têm inequívoca natureza salarial e, como tal, não podem
sofrer supressão de pagamento, sem risco de configurar-se alteração
contratual unilateral do empregador, lesiva ao empregado e, por isso mesmo,
agressiva à lei. (TRT 4ª R. RO 00398.029/96-2 - 6ª T. Rel. Juiz Milton Varela
Dutra - J. 09.11.2000)
AJUDA DE CUSTO
É o valor atribuído ao empregado, pago de uma única vez, para atender
certas despesas por ele realizadas em razão de trabalho externo.
A ajuda de custo tem caráter indenizatório (nunca salarial), independente do
seu valor. No entanto, o valor pago mês a mês ao empregado que trabalhe
internamente, com a denominação de ajuda de custo, incorpora-se ao salário do
mesmo, não podendo ser suprimida.
DIÁRIAS DE VIAGEM
São valores pagos habitualmente aos empregados para cobrir as despesas
decorrentes da execução de trabalhos externo.
Podem ou não integrar o salário do empregado, conforme veremos a seguir,
com base na Resolução nº 129 do TST, de 05/04/2005 a redação atual da Sumula nº
101 TST assim dispõe.
a) Integrará o salário do empregado, se o valor recebido no mês, a titulo de
diárias, for superior a 50% do seu salário e ainda se não houver a prestação de
contas, integrando o salário pelo valor total concedido e não apenas pelos 50%,
b) Não integrará o salário do empregado se o valor recebido a titulo de diária
for inferior ou igual a 50%,
c) Não integrará o salário do empregado se o valor recebido a titulo de diária
for maior que 50% mais houver a devida prestação de contas.
Incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 292 da SDI-1
Integram o salário, pelo o seu valor total e para efeitos indenizatórios, as
diárias de viagem que excedam a 50% do salário do empregado, enquanto
perdurarem as viagens.
DESCONTOS
Desconto na folha de pagamento são as deduções observadas para proceder
corretamente o que pode e o que não pode ser descontado do salário dos
empregados.
O artigo 462 da CLT (consolidações das leis trabalhistas) dispõe que ‘’Ao
empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo
quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo.
até 1.399,12 8%
TIPOS DE CONTRIBUINTES
Empregado: Se trata da pessoa que trabalha para determinada empresa
mediante remuneração.
Empregado doméstico: quem trabalha em uma residência, para pessoa física
ou família, sem fins lucrativos (ex: babá doméstica).
Trabalhador avulso: É o trabalhador que trabalha para uma ou mais empresas
mediante remuneração das mesmas.
Contribuinte individual: pessoa que trabalha para uma ou mais empresas,
mediante remuneração. Como exemplo pode citar os trabalhadores autônomos.
Segurado especial: pequenos agricultores e pescadores.
Segurado facultativo: aquele que tem mais de 16 anos, não tem renda
própria, mas decide contribuir (não se enquadra nas categorias de segurados
obrigatórios).
PAGAMENTO DE BENEFÍCIOS
Até 1 903,98 - -
Exemplo 1
Um empregado que recebe uma remuneração equivalente a R$ 2 100,00 (sem
dependente) sofrerá um desconto de R$ 0,52, ou seja:
Pegamos o saldo de salário e multiplicamos pela alíquota do INSS (alíquota de
acordo com a tabela do INSS)
R$ 2 100,00 x 9% = R$ 189,00
Após encontrar o valor do INSS deduzir do saldo de salário para encontrar a base de
cálculo
R$ 2 100,00 – R$ 189,00 = 1 911,00
Multiplica a base de cálculo pela alíquota do imposto de renda conforme tabela
acima
R$ 1 911,00 x 7,5% = R$ 143,32
Encontrado o valor de o imposto deduzir a parcela conforme a tabela para encontrar
o valor a ser pago
R$ 143,32 – R$ 142,80 =R$ 0,52
Neste caso não vai ser pago devido à dispensa de retenção quando o valor menor
que R$ 10,00
Exemplo 2
Um empregado que recebe uma remuneração equivalente a R$ 2 100,00 e tem
dependente não sofrerá um desconto, ou seja:
Pegamos o saldo de salário e multiplicamos pela alíquota do INSS (alíquota de
acordo com a tabela do INSS)
R$ 2 100,00 x 9% = R$ 189,00
Após encontrar o valor do INSS deduzir do saldo de salário para encontrar a base de
cálculo
R$ 2 100,00 – R$ 189,00 = R$ 1 911,00
Ao encontrar a base de cálculo deduzir o valor do dependente de acordo com a
tabela vigente
R$ 1 911,00 – R$ 189,59 =R$ 1 721,41
Sendo então isento de pagamento devido a sua base de cálculo ser menor que a
exigida na tabela.
Exemplo 3
Um empregado que recebe uma remuneração equivalente a R$ 2 500,00 (sem
dependente) sofrerá um desconto de 24,07, ou seja:
Pegamos o saldo de salário e multiplicamos pela alíquota do INSS (alíquota de
acordo com a tabela do INSS)
R$ 2 500,00 x 11% =R$ 275,00
Após encontrar o valor do INSS deduzir do saldo de salário para encontrar a base de
cálculo
R$ 2 500,00 – 275,00 = R$ 2 225,00
Multiplica a base de cálculo pela alíquota do imposto de renda conforme tabela
acima
R$ 2 225,00 x 7,5% = R$ 166,87
Encontrado o valor de o imposto deduzir a parcela conforme a tabela para encontrar
o valor a ser pago
R$ 166,87 – R$ 142,80 =R$ 24,07
O valor de R$ 24,07 vai ser descontado na folha de pagamento do empregado.
VALE TRANSPORTE
ADIANTAMENTO DE SALÁRIO
FALTAS INJUSTIFICADAS
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
CONCLUSÃO