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Resumo: Este artigo consiste numa análise das novas mudanças e necessidades da atividade
turística e suas implicações nos canais de distribuição, discorrendo sobre o crescimento das
agências virtuais no mercado interno. Para esta análise foram utilizadas pesquisas secundárias
através de informações eletrônicas de revistas, artigos e jornais que mencionavam a trajetória
das agências online com o intuito de compreendê-las no segmento turístico. Propõe-se, assim,
gerar novas reflexões acerca das demandas por turismo e a utilização de práticas diferenciadas
pelas agências de viagens online.
INTRODUÇÃO
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A atividade turística vem se lapidando com novos processos evolutivos em suas teorias e práticas.
Três fases fortalecem essa ideia como o pré-turismo, turismo industrial (primitivo e maduro) e
pós-industrial. O pré-turismo teve o seu apogeu com o Grand Tour. Esse turismo elitista
trabalhava com uma demanda requintada que via na educação, o grande motivador para suas
viagens.
Na visão de Molina (2004, p.22) o Grand Tour “consistia em viagens realizadas pelos filhos mais
velhos de famílias nobres e de ricos comerciantes, com a finalidade de melhorar sua educação e de
estabelecer contatos diplomáticos e de negócios nas mais importantes cidades da Europa: Madri,
Paris, Roma e Londres”.
No mundo contemporâneo existe a possibilidade de localizar produtos pré - turísticos disputando
no mercado com outros de natureza turística e pós-turística. A evolução do setor iniciou-se na fase
do turismo industrial primitivo. Essa organização estrutural permitiu um tímido desenvolvimento
da atividade turística, por seus pacotes pouco diferenciados.
O turismo industrial maduro estimula a massificação dos hábitos vivenciados. O turista é
visualizado como um ser homogêneo, desprovido de peculiaridades. O turismo pós-industrial se
originou no início de 1980, desprezando o tradicional como mecanismo de trabalho. Esse modelo
utiliza novos requisitos para concorrer no mercado competitivo como a diferenciação dos
produtos/serviços e alta segmentação.
Essa nova tendência de mundo global passou a produzir uma sociedade com características muito
peculiares e marcantes. Nessa ótica, novas formações estarão ligadas nas sociedades pós-
industriais e pós-modernas.
A sociedade atual é conhecida como pós-industrial. Ela alavancou o setor terciário pela
concentração de um expressivo número de pessoas economicamente ativas no setor e na criação
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de tecnologias que estão em constante evolução. Este fato descarta os setores obsoletos que não se
adaptaram a essa nova realidade do mercado global.
A pós-modernidade influenciou, com suas variações, as artes e a filosofia que foram utilizadas nas
evoluções tecnológicas, prestação de serviços e na produção industrial. Esse período promoveu
também metadiscursos para interpretar a realidade como problemas sociais e científicos, buscando
novas formas de sinergia e soluções para conflitos existenciais (TRIGO, 2003).
O acesso facilitado às novas tendências tecnológicas propiciou uma maior integração entre os
meios sociais, políticos, econômicos e ambientais no mundo globalizado.
Trigo (2003, p.52) chama atenção para o fato de o conhecimento deixar de ser:
um fundamento comum ou uma “ciência primeira”, como era, por exemplo, para
Aristóteles, para se tornar algo intrinsecamente ligado à eficiência do mundo atual. Esse
conhecimento se tornou pragmático, já não se preocupa com a essência do universo, com
a existência do presumível [...]
Nasce então, um novo conceito de consumidor, que aliado à informação, tem consciência de seu
poder como cidadão transformador de seu tempo. E dentro desse universo de conhecimento, a
mídia tem papel fundamental no acesso democrático a essas informações. Para sociabilizar as
possibilidades turísticas no processo de diversificação, utiliza-se a mídia como veículo de
comunicação que se revela imprescindível para a modificação desses conceitos padronizados. O
consumidor, possuidor de tempo e renda discricionária, começa a vislumbrar novas possibilidades que
são disponibilizadas nessa mídia (SWARBROOKE E HORNER, 2002). O usuário principia a se
questionar pelo serviço massificado e sem essência. Suas inquietações antes adormecidas afloram para
uma nova concepção de mercado. A quebra desse paradigma transforma o turista tradicional em um
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consciente e exigente consumidor. Sua percepção mais apurada lhe direciona a buscar novas
experiências e a interagir com elas, visando à busca pelo desconhecido.
Os turistas são sempre diferentes entre si, por isso suas expectativas e necessidades são únicas. Ser
diferente tornou-se um sonho de consumo do qual se pretende alcançar para se chegar ao tão
idealizado hedonismo. Krippendorf (2003, p.116) define esse desejo de Ser antes de Ter “seja
como for, os `alternativos´ não são mais os únicos a desejar uma vida revestida de um sentido
mais profundo. Uma vida em que se tenha tempo para viver e também uma vida mais humana.”
Dessa forma, surge o pós-turista, um turista que visa ao tecnológico e coleciona experiências
através da diversidade, que pode ser encontrada no seu contexto social ou até mesmo em outros
ambientes.
Segundo Molina (2003, p. 51) “as novas realidades são compostas por símbolos (palavras,
imagens, metodologias) que têm lógica e também implicações diferentes, que levam a rupturas
com o tradicional ou convencionalmente compreendido”.
Para se adaptar a essa mudança, a atividade turística pós-industrial permite que seu consumidor
escolha o que realmente deseja. É possível, então, adaptar um destino à sua personalidade, pois
não existe mais uma limitação nos serviços. Suas expectativas e necessidades são prioridades que
deverão ser atendidas pela atividade turística.
O mercado turístico propicia essa nova forma de consumo baseado nas diversidades de escolhas
mediante a busca pelo novo. O novo olhar faz com que um “novo turista” mais exigente, se volte
para as variações turísticas, deixando à margem o destino já previsível, estático no tempo.
(SWARBROOKE; HORNER, 2002).
Por consequência, o mercado necessita encontrar mecanismos para se adaptar a esse meio para não
ser extinto. Esse “Darwinismo“ impulsiona o mercado a se segmentar para não perder espaço para
o mercado global. A resultante desse movimento é a gama de opções que são disponibilizadas a
esses consumidores modernos.
As empresas pós-industriais para se manter nesse espaço competitivo deverão se aprimorar com
formas educacionais contínuas que estimulem a criatividade e promova o fortalecimento do
produto ofertado, através da agregação de valores. Esse respaldo educacional deverá abranger
conhecimentos científicos e tecnológicos, a fim de se manter nesse mercado turístico voraz e
mutante.
O mercado consumidor desse século tem a consciência de ser o agente principal. Ele dita as
normas com as quais as empresas procuram atender para não perder espaço no mundo
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globalizado. Esse dinamismo vem da inquietação do período do pós-moderno que almejava uma
interação social entre as classes que eram desprezadas pela elite no modernismo.
A consciência pós-moderna impulsiona a sair do cotidiano e buscar outras formas de realidade.
Assim, a possibilidade de interagir em outros espaços será um fator positivo para a troca
intercultural, promovendo dessa maneira o autoconhecimento.
Nessa vertente, Burns (2002, p.82) afirma que “o consumismo causa impacto sobre os destinos
quando os turistas trazem com eles as atitudes urbanas da sociedade de consumo na qual vivem.
Isso inclui expectativas quanto ao nível de serviços e ideia de que “tudo tem o seu preço”.
O pós-turista procurará suprir suas necessidades a fim de atender as inquietações de sua alma
como um típico homem contemporâneo. Nessa vertente, a busca pelas experiências
individualizadas recria o mercado fornecedor que antes era padronizado, para um mercado atento
a novas segmentações.
O consumidor pós-moderno substituiu a crença pelo progresso desenvolvida na estrutura racional
pela articulação das ideias, dando margem a escolhas, por uma pluralidade de opções, baseadas na
imagem e cultura.
Na visão de Urry (2007, p. 120) “a cultura pós-moderna afeta os espectadores através de seu
impacto imediato, por meio daquilo que ela faz por alguém, através de regimes de prazer e não das
propriedades formais do material estético”.
Não há mais certezas sobre qual arte é verdadeira ou a mais relevante. Não se sabe se prestigia a
arte voltada para a vanguarda, com predomínio da elite, ou a cultura popular dita comum.
Nesse universo subjetivo surgem diversos questionamentos que emergem no campo social e
simbólico. Dentro desses aspectos, a reflexão sobre problemas humanitários passa a ser uma
ferramenta importante no posicionamento do consumidor perante o produto consumido.
Em uma visão padronizada, o relacionamento entre produto e consumidor tende a se fragmentar.
Na busca pela massificação, os mercados tendem a homogeneizar seus produtos e serviços, para
que sejam vendidos em larga escala e atinjam o mercado global. O pós-turista em busca de uma
autenticidade cultural começa a questionar sobre essa padronização mercadológica que o
direcionava para experiências artificiais. O valor que antes era quantificável passou a ser
qualitativo, ou seja, a qualidade e a singularidade passaram a ter uma maior evidência em relação
ao preço. Com essa nova percepção, o mercado pós-industrial procura interagir com novos
parâmetros de conhecimentos que o leva a pesquisar a atividade turística, desde a sua genuína
essência até os trâmites atuais. (SWARBROOKE; HORNER, 2002).
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Sendo assim, o fenômeno turístico repercute em diversas áreas do mundo globalizado e com essa
expansão da atividade, torna-se essencial o conhecimento do histórico de algumas regiões do
mundo.
A fim de atender aos anseios desse novo turista ávido em conquistar novas sensações, tornou-se
imprescindível a formatação de produtos e serviços desenvolvidos pela atividade. O primeiro a
compor a união de produtos e serviços direcionados a atividade foi Thomas Cook. Thomas foi o
precursor em ofertar pacotes organizados para um determinado público quando o mercado
desconhecia esse nicho que despontava no mercado econômico.
No viés de ANSARAH (2000, p. 17):
Após a construção desse novo conceito de viagens por Thomas Cook, muitas agências foram
criadas pelo mundo. No Brasil, a primeira agência que se tem notícias foi implementada em 1843
e rotulada como Agência Geral de Turismo. Para Rejowski (2000, p.38) apud ANSARAH (2000):
“Agência Geral de Turismo […] na época São Paulo tinha menos de 2 milhões de habitantes, não
havia grandes redes de hotelaria e nem aviação comercial estava desenvolvida no Brasil.”
Através da organização dos serviços realizados pelo terceiro setor no viés da atividade turística, os
serviços se fragmentaram, trazendo diferenciações que tornaram a produção do produto turístico
em algo amplamente direcionado. Os novos conceitos dividiram os serviços e assim, as Agências
de Viagem e as Operadoras, ocuparam-se de um papel específico em sua área.
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O cerne das Operadoras está na confecção dos pacotes através de acordos tarifários com os
equipamentos turísticos. Através do volume considerável de serviços fechados com o trade as
Operadoras podem obter preços menores utilizados na formatação dos produtos por elas
elaborados e, dessa forma, repassam às Agências de Viagem que intermediam os produtos criados
aos consumidores finais.
Para a Associação Brasileira de Operadores de Turismo - Braztoa (2014):
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escolher o caminho que mais lhe apraz nessa cadeia de valor, denotando o trabalho de muitas
organizações.
À luz de ZAGHENI e LUNA (2011, s.p):
Através desse novo caminho digital, algumas empresas se destacam no setor online tecnológico de
forma a alcançar nichos que utilizam a internet como ferramenta de busca e pesquisa para diversos
consumos. Essas Agências de Viagem intituladas online utilizam os verbetes informativos
adaptados para o público com o qual trabalha de forma a facilitar a gama de informação contida e
estática do universo virtual. Exemplos sobre a temática são percebidos em diversos cases de
sucessos observados pela internet. A citar como exemplo, a agência virtual conhecida como
ViajaNet direcionada no segmento de mercado para as classes C e D, implementou serviços de
viagens atingindo esse público, culminando num aumento significativo no volume de vendas da
empresa em R$ 200 milhões em 2011. Através do cenário propício da economia que impulsionou
o crédito e tornou os preços mais acessíveis para outros modais como o transporte aéreo, as
classes C e D em ascensão e com poder de consumo descobriram o acesso nas transações
comerciais no ambiente virtual. Para ESTADÃO PME (2012, s.p) “esse público estava
descobrindo as transações no ambiente virtual e não teve dificuldade para comprar no ViajaNet,
porque o site foi desenhado de forma muito amigável. [...]”
Essa praticidade trouxe inúmeras possibilidades de empreender no espaço virtual e com isso,
diversas empresas a observar o crescimento dos nichos, despontam na internet com produtos e
serviços direcionados a um setor que está em um franco processo de ebulição.
METODOLOGIA
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turística. A pesquisa foi produzida através de abordagem qualitativa, adotando as narrativas dos
sujeitos analisados como o principal meio de aproximação da pluralidade de perspectivas destes
indivíduos. Partiu-se de duas premissas importantes.
A pesquisa tem como objetivo analisar fontes secundárias de veículos midiáticos tais como jornais
eletrônicos, sites, livros, dentre outros, que evidenciem o crescimento de algumas agências online
no mercado turístico, tais como Viajanet e Hotel Urbano com comparativos entre a CVC e
Decolar.com, denotando o seu público alvo no segmento eletrônico. Foram utilizados sites de
reportagens da revista Exame, Jornal Estadão, sites oficiais e artigos para a compreensão da
temática proposta.
O site Viajanet despontou como uma agência virtual bem sucedida que trabalha para o segmento
das classes C e D. Seus sócios, antes colaboradores da empresa Decolar.com, fundaram a Agência
no ano de 2009 com o objetivo de vender pacotes e passagens para consumidores de baixa renda.
Esse segmento ainda trabalhado no país de forma incipiente começa a se estruturar pelo viés
proposto pelos sócios através da experiência adquirida em outras empresas do turismo no ramo
tecnológico. O trampolim para o desenvolvimento do site foi o empréstimo adquirido pelo fundo
americano TravelInvestment Technology no valor de 4 milhões de reais. O diferencial veio na
implementação do site que interpretou, através de um sistema de acesso mais eficiente, as
dificuldades que esse segmento tinha nos acessos a sites concorrentes relacionados à informação.
Assim, as informações foram dispostas de forma fácil e adequadas para atender as necessidades e
expectativas desse público. Dessa forma, o termo e-ticket transformou-se em bilhete, check-in
virou balcão de atendimento, dentre outros termos que foram simplificados, atento a essa demanda
nova no consumo de produtos e serviços turísticos.
Na ótica abordada pela revista EXAME (2013, s.p):
Usamos o dinheiro para investir em tecnologia. Nosso site foi desenhado para se adaptar
às dificuldades comuns dos clientes de baixa escolaridade que começam a fazer compras
na internet. Criamos um sistema que reconhece o nome de uma cidade de destino mesmo
que o cliente digite errado. Era algo que nossos concorrentes não faziam. Tudo isso
custou caro, mas em pouco tempo os resultados apareceram.
O aumento do acesso ao site foi bastante significativo nos primeiros meses e o empreendimento
que iniciou em um espaço de 40 metros quadrados, superou as expectativas dos próprios sócios.
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Outra estratégia relevante para o aumento das vendas veio da observação das vendas não
autorizadas pelas operadoras de cartão de crédito com receio de inadimplência. Quando a venda
era recusada, os clientes eram contatados e novas possibilidades de pagamento eram ofertadas.
Com essa medida, metade das vendas reprovadas pelas operadoras foi revertida. As parcerias com
sites que também trabalham com o segmento de viagens como Yahoo e Saraiva acelerou a
expansão da empresa que fechou o ano de 2010 com 50 milhões de reais em receitas. Para
EXAME (2013): “[...] Fizemos parcerias desse tipo com o Saraiva Viagens e Yahoo! Viagens.
Isso ajudou a acelerar nossa expansão. Fechamos 2010 — praticamente nosso primeiro ano de
operação — com 50 milhões de reais em receitas.”
Com a ascensão da Agência online novos investidores adentraram na sociedade, fomentando
assim, a receita da empresa que faturou em 2012, 400 milhões de reais.
O site oficial da Agência Viajanet possui um layout de fácil acesso onde às informações estão
organizadas para a localização dos hotéis e possibilidades de modais, compondo o pacote turístico.
O hotel urbano caracteriza-se por uma agência de viagens virtual, líder no segmento de
hospedagens no mercado brasileiro.
A marca HU com seu slogan “Viajar é possível” objetiva promover um turismo de forma
sustentável economicamente e socialmente. Visa à diminuição da sazonalidade nos destinos,
promovendo pacotes a preços mais baixos, facilitando assim o acesso a diversos segmentos da
sociedade à prática do turismo.
O hotel urbano surge no início de 2011 e em pouco tempo conquista o mercado, aumenta seu
âmbito de atuação, adquirindo novos parceiros e consumidores. Em 2012, conquista a primeira
posição no ranking das agências virtuais no país.
O Hotel Urbano oferece pacotes nacionais e internacionais, cruzeiros, alguns pacotes
personalizados, somente hospedagens, passeios turísticos, dentre outros serviços.
Como a aposta de influenciar novos adeptos a experiências proporcionadas pelas viagens, a marca
HU lançou o aplicativo móbile para Iphone e Android, objetivando alcançar a marca dos R$ 100
milhões com vendas por meio deste dispositivo ainda neste ano, segundo a revista.
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Essa aposta do Hotel Urbano propicia o acesso rápido a diversos consumidores a 180 mil opções
de hospedagem em mais de 30 mil destinos em 183 países no mundo todo.
No início de 2014, a empresa lançou campanhas na TV, cinemas e ações on-line, divulgando a
marca. O conceito desenvolvido nos vídeos consiste no seguinte slogan: “Não seja um turistão,
seja um viajante hotel urbano (HU)”. Essa proposta denota as diferenças entre o turistão e o
viajante HU e a confiabilidade da prestação de serviços da marca.
Em entrevista ao site administradores. com, João Ricardo Mendes, co-fundador do Hotel Urbano
discursa sobre as pretensões da empresa, mercado e concorrência. O empresário HU afirma que as
empresas Decolar.com e CVC são, de certa forma, concorrentes, mas com posicionamentos
diferenciados no mercado.
A Decolar.com iniciou sua proposta com a venda de passagens aéreas, embora tenda a vender
pacotes englobando diversos serviços. Como afirma Mendes, “mudar o posicionamento de uma
marca talvez seja mais difícil do que construir uma marca nova” (ADMINISTRADORES, 2014,
s.p)
Já a CVC se diferencia da Decolar.com por diversos motivos, dentre eles, consiste em uma
empresa offline, possuindo diversas franquias pelo país, cerca de 800, segundo Mendes. A CVC
também opera online, mas vinculada às suas franquias. O Hotel Urbano aposta na dinâmica virtual
e na facilidade de acesso pelos usuários online.
A empresa CVC pode ser considerada uma concorrente em expansão no e-commerce que vem ao
longo dos anos ampliando seu âmbito de atuação. Iniciou suas operações em 1972 e ao longo de
mais de 40 anos, expandiu seus serviços, atendendo inicialmente, a grêmios de funcionários das
indústrias do ABC Paulista na organização de passeios de 1 dia chegando a passeios
internacionais, cruzeiros, criação de lojas virtuais, dentre outros aspectos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo denota a importância dos canais de distribuição para a comercialização dos
produtos turísticos e a necessidade das empresas do setor a se adequarem a essa nova realidade
tecnológica.
As possibilidades das vendas indiretas, ou seja, necessitando de um intermediador para efetuar a
compra como as Agências de Viagem, evidenciam a importância da revitalização da Agência e,
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principalmente, o desvelar do novo papel do agente, visto que, possui o contato direto com o
consumidor. Sua postura, como consultor, deverá estar atrelada a um aprofundamento das
informações de forma a atender as necessidades e expectativas desse potencial turista.
O surgimento da venda direta através do avanço da tecnologia propiciou aos consumidores
oportunidades de compras diretas com os fornecedores por meio dos sistemas online que foram
democratizados pela internet.
Sites relevantes nos serviços virtuais dentro da concepção turística crescem a passos largos pela
ascensão das classes C e D, antes marginalizadas pela economia. As mesmas, adquirindo o
aumento do seu poder de consumo, buscam preencher os seus anseios através do hedonismo,
concebido pela ótica do Pós-Turista, buscando desbravar novos destinos que promovam a sua
satisfação como agente social.
É essencial que se discutam novas fontes de distribuição de produtos e serviços turísticos através
de canais diretos ou indiretos de forma a facilitar o seu consumo no mercado.
REFERÊNCIAS
ANSARAH. Marilia Gomes dos Reis. Turismo: Como Aprender, Como Ensinar. São Paulo:
Senac, 2000.
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EXAME. NaViajaNet, uma dupla fatura R$ 400 mi com os emergentes. Disponível em:
http://exame.abril.com.br/revista-exame-pme/edicoes/0059/noticias/viagens-para-os-
emergentes?page=2. Data: 11 de abr. de 2013.
_____ Hotel Urbano prevê faturar R$ 100 milhões com novo app. Disponível em:
http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/hotel-urbano-preve-faturar-r-100-milhoes-
com-novo-app. Acesso em 18 abr. 2014.
TOMELIN. Carlos Alberto. Mercado de Agências de Viagens e Turismo. Editora: Aleph. 2001
URRY, John. O olhar do turista: lazer e viagens nas sociedades contemporâneas. São Paulo:
Studio Nobel, 2007
ZAGHENI. Elisete Santos da Silva. LUNA. Mônica Maria Mendes. Canais de distribuição do
turismo e as tecnologias de informação: um panorama da realidade nacional. Revista
Produção Online. Florianópolis, SC, v.11, n. 2, p. 476-502, abr./jun., 2011.
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