Você está na página 1de 4

CULTIVARES DE FEIJÃO CAUPI (Vigna unguiculata)

T1 - BRS IMPONENTE

A BRS Imponente é superior ao feijão-comum (Phaeseolus vulgaris L.) nas quantidades de


minerais e nutrientes, com teores de ferro e zinco considerados altos. Desenvolvido pela Embrapa,
o feijão caupi - BRS Imponente - tem um outro diferencial, além de altamente produtiva em
cultivo de sequeiro, é permitir a mecanização, com o porte semiereto, ramos laterais curtos e
inserção das vagens acima do nível da folhagem, além do ciclo de maturação precoce.

O feijão possui um ciclo de 65 a 75 dias, facilita a colheita mecanizada e também o pequeno e


médio produtor que não usa tecnologia.
Francisco Rodrigues Freire Filho, pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental explica que é
possível colher o feijão de diversos tamanhos, de 20 a 30 gramas é considerado grande e acima
de 30 é extra grande.

O mercado externo tem essa preferência pelo feijão extra grande, o que é um diferencial. O
Imponente produz 20 a 30 sacas por hectare em decorrência do potencial genético e do manejo.

A cultivar BRS Imponente, porém, lançada pela Embrapa em junho último com recomendação
para o bioma Amazônia e o Cerrado, vai além disso: suas características preenchem exigências
do mercado externo para exportação, como grão claro e grande, hilo marrom claro, menos
brilhoso, mais rugoso e menos oval do que o consumido no Brasil.

T2 – BRS CAUAMÉ

A cultivar BRS Cauamé tem crescimento indeterminado com uma pequena guia e porte semi-
ereto. Tem um bom nível de resistência ao acamamento e é de fácil colheita manual. Também é
adequada para a colheita mecânica com o dessecamento das plantas. A cultivar BRS Caumé tem
grãos médios, bem formados, com boa aceitação comercial nas regiões Norte e Nordeste. Na
região Norte, principalmente nos estados de Roraima e Amapá. Considerando-se às qualidades
nutricional e culinária, tem um bom teor de proteína e é rica em ferro e zinco. Cultivar indicada
para produtores de feijão-caupi das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Hábito de crescimento Indeterminado, Porte Semi-ereto, Tipo de inflorescência Simples, Cor do


cálice Verde, Cor da corola Branca, Número médio de dias para a floração 38, Cor da vagem
imatura Verde, Cor da vagem no ponto de colheita(seca) Amarela clara, Comprimento médio da
vagem 17,2cm Número médio de grãos por vagem 12, Nível de inserção das vagens No nível da
folhagem, Ciclo de 65 a 70 dias.

T3 – BRS ARACÊ

A BRS Aracê é uma cultivar de feijão-caupi com adaptação ao bioma Caatinga pertencente ao
grupo comercial cores, subclasse verde. Apresenta porte da planta semiprostrado, ciclo de
maturação de 70-75 dias, tamanho de grão médio-grande (23 g/100 grãos), alto teor de ferro e
zinco no grão, e uma produtividade média de grãos de 1.246 kg/ha em condições de sequeiro.
Cultivar indicada para produtores de feijão-caupi da região Nordeste.

T4 – BRS PAJEÚ

A cultivar BRS Pajeú tem porte semi-prostrado e inserção da vagem levemente acima da
folhagem de fácil colheita manual. Tem grãos mulato-claros, bem formados, no padrão de
preferência de uma grande faixa de consumidores, rica em ferro e zinco, tem cozimento rápido.
Apresenta ciclo de 70 a 75 dias. Apresenta resistência moderada ao mosaico severo do feijão-
caupi, ao mosaico transmitido por pulgão, ao mosaico dourado, ao Oídio e a mancha café. A
cultivar é indicada para cultivo por agricultores familiares e empresariais, em regime de sequeiro
ou irrigado destacando-se principalmente nos ecossistemas de Caatinga, Cerrado e Tabuleiros
Costeiros da região Nordeste. A produtividade média em cultivo de sequeiro e irrigado foi de
1.109 kg/ha-1 e 1.863 kg/ha-1, respectivamente. Na região Nordeste é indicada para cultivo no
Maranhão, Piauí, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, na região Norte, Roraima, e na região Centro-
Oeste nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

T5 – BRS PONTEGI

A cultivar BRS Potengi apresenta como característica importante o porte semi-ereto vigoroso e a
qualidade do grão, principalmente o tamanho. Apresenta ciclo de 70 a 75 dias. Apresenta-se
moderadamente resistente ao mosaico severo do feijão-caupi, mosaico transmitido por pulgão,
mosaico dourado, mancha café e Oídio. A produtividade média em cultivo de sequeiro e irrigado
foram, respectivamente, de 1.005 kg/ha-1 e 1.766 kg/ha-1. Tem altos teores de proteína e ferro e
tem cozimento rápido. A cultivar BRS Potengi é recomendada para os Estados do Maranhão,
Piauí, Rio Grande do Norte e Pernambuco, na região Nordeste, Amapá, Roraima, Rondônia e
Amazonas, na região Norte, e Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, na região Centro-Oeste.
T6 – BRS TUMUCUMAQUE

A BRS Tumucumaque apresenta ciclo precoce (65 a 70 dias), com arquitetura moderna e com
grãos de grande aceitação comercial. Tem um bom teor de proteína, é rico em ferro e zinco, tem
cozimento rápido e um excelente aspecto visual após o cozimento. A cultivar também apresenta
resistência ao acamamento, característica importante por facilitar tanto a colheita manual quanto
a mecanizada com o uso de dessecante. A cultivar é indicada para cultivo por agricultores
familiares e empresariais, em regime de sequeiro e irrigado tendo uma produtividade média em
torno de 1.100 kg/ha-1 a 1.703 kg/ha-1, respectivamente. É indicada para cultivo na região Norte
nos estados do Amapá, Roraima, Pará, Rondônia e Amazonas, na região Nordeste nos estados do
Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, e na região Centro-Oeste
em Mato Grosso.

T7 – BRS XIQUEXIQUE

Cultivar de porte semi-prostrado, ramos relativamente consistentes, resistência ao acamamento e


inserção das vagens no nível da folhagem. Grãos brancos, bem formados, no padrão de
preferência de uma grande faixa de consumidores do Norte e Nordeste.. Na região Nordeste as
produtividades variaram de 751 kg ha (Alagoas) a 1.547 kg ha (Maranhão). Apresentando boa
produção em uma ampla faixa de ambientes, o que evidencia sua alta capacidade de adaptação.
Ciclo e hábito de crescimento de 65-75 dias; Indeterminado. Suscetível ao Mosaico-severo e à
Mela; moderadamente resistente ao Mosaico-transmitido-por-pulgão, ao Mosaico dourado, ao
Oidio e à Mancha café. Apresenta altos teores de Ferro e Zinco e proteína. Manter a lavoura livre
de ervas daninhas nos primeiros 35 dias.

T8 – BRS NOVAERA

A BRS Novaera é adequada à agricultura familiar e empresarial. Permite a colheita manual,


semimecanizada e totalmente mecanizada, com grãos de alto valor comercial. Suas características
de porte semiereto, ramos laterais curtos, com inserção de vagens acima do nível da folhagem,
alta resistência ao acamamento e uma boa desfolha natural conferem a cultivar um grande
potencial para a colheita mecânica direta com dessecação. Cultivar indicada para cultivo por
produtores de feijão-caupi das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Número de dias para
floração plena – 41 dias, ciclo de 65 a 70 dias.
T9 – BRS GUARIBA

A cultivar BRS Guariba apresenta crescimento indeterminado, tem ramos relativamente curtos e
apresenta resistência ao acamamento, essa característica a torna adaptada á colheita mecânica com
o uso do dessecamento. A cultivar é recomendada para cultivo de sequeiro nos estados do Piauí
e Maranhão, onde apresentou uma média de produtividade de 1.475 Kg/ha e de 1.508 Kg/ha,
respectivamente. Apresenta ciclo de 65 a 70 dias. É resistente ao mosaico transmitido por pulgão
e ao mosaico dourado, moderadamente resistente ao Oídio e à mancha café, e moderadamente
tolerante à seca e a altas temperaturas. Cultivar indicada para cultivo por produtores de feijão-
caupi da região Meio-Norte (Piauí e Maranhão).

T10 – BRS MARATAOÃ

A cultivar BRS Marataoã embora sendo semi-prostada não forma grande volume de ramos, porém
são relativamente consistentes, os quais contribuem para que a cultivar tenha certa resistência ao
acamamento. Possui a inserção das vagens acima da folhagem e uma arquitetura de planta
adequada à colheita mecânica e à realização do dessecamento. Os grãos são de cor esverdeada,
porém baixa persistência, devendo, portanto ser colhidos imediatamente após a secagem.
Apresenta ciclo de 70 a 75 dias. É moderadamente resistente a doenças do solo, à mancha café,
ao mosaico transmitido por pulgão, ao Oídio e ao vírus do mosaico dourado do caupi, e resistente
ao vírus do mosaico severo do caupi. A cultivar é recomendada para cultivo de sequeiro nos
estados do Piauí, Paraíba e Bahia.

T11 – BRS ROUXINOL

A cultivar BRS Rouxinol é recomendada para os diferentes sistemas de produção comumente


utilizados para o feijão macassar na Bahia. Tem como características: crescimento indeterminado,
porte semi-ereto. Apresenta ciclo de 65 a 75 dias. Apresenta resistência moderada ao mosaico
transmitido por pulgão, e resistência ao mosaico dourado. A cultivar é indicada para cultivo por
agricultores familiares e empresariais da Bahia, em regime de sequeiro e irrigado tendo uma
produtividade média em torno de 1.500 kg/ha-1.

T12 – BRS GURGUÉIA

A cultivar do tipo sempre verde, com grãos e vagens compridas, recomendada para plantio de
sequeiro, no primeiro semestre e irrigado, no segundo semestre, produtividade média de 900 kg
a 1500 kg/ha. Ciclo médio, de 75 dias do plantio a primeira colheita, tem hábito de crescimento
indeterminado, porte enramador. É recomendado para estado do Piauí.

Você também pode gostar