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LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES

PÚBLICAS - LTFP
(Lei n.º 35/2014, de 20 de Junho)

Um longo itinerário de aproximação ao direito


laboral comum
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Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas

Ponto de partida: uma reforma com cinco anos

 27 alterações a artigos da LVCR

 2 artigos aditados à LVCR

 25 alterações a artigos do RCTFP

 7 aditamentos ao RCTFP
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Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas


 O fecho da cúpula no edifício aproximativo ao direito laboral comum

 A figura do contrato de trabalho em funções públicas como modelo de


vínculo de emprego público, sem deixar de procurar um regime
unitário para as duas grandes modalidades de vínculo de emprego
público (contrato e nomeação)

 Uma intenção sistematizadora e compiladora de legislação dispersa

 Um propósito de harmonização e racionalização de um regime legal


desfigurado e descaracterizado

 O vínculos, as carreiras, as remunerações, o regime do contrato de


trabalho como regime regra e a nomeação, a reafectação de
trabalhadores e o estatuto disciplinar num corpo legislativo único
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Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas

 Uma muito ampla remissão para o Código do Trabalho, abrangendo


matérias genericamente englobadas no artigo 4.º da LTFP e em várias
disposições ao longo do seu articulado

 A densificação do conceito de bases do regime e âmbito da função


pública (artigo 3.º)

 A aplicabilidade do CT em matéria de tempo de trabalho e tempo de não


trabalho (artigo 4.º, n.º 1 alíneas g) e h) e artigo 101.º da LTFP)

 Aplicabilidade do CT em algumas modalidades especiais de vínculo de


emprego público, como sejam o trabalho a tempo parcial e o teletrabalho

 O abandono da perspetiva dualista entre Regime e Regulamento


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A ORGANIZAÇÃO DO TEMPO DE TRABALHO

O período normal de trabalho

As várias tipologias de horário de trabalho


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A organização do tempo de trabalho

 Aplicabilidade do regime do Código do Trabalho em matéria de


organização do tempo de trabalho

 Com as necessárias adaptações

 Sem prejuízo das especificidades consagradas na LTFP

 A importação pela LTFP das modalidades de horário anteriormente


previstas no DL n.º 259/98 (artigo 110.º da LTFP)
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A organização do tempo de trabalho


O período normal de trabalho

 8h/dia – excepto nos casos de horários flexíveis e nos casos


especiais de duração de trabalho

 40h/semana – sem prejuízo da existência de regimes de duração


semanal inferior previstos em diploma especial e no caso de regimes
especiais de duração de trabalho

Pode ser reduzido por instrumento de regulamentação colectiva de


trabalho, mas não pode implicar diminuição da retribuição dos
trabalhadores
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A organização do tempo de trabalho


Várias tipologias de horários de trabalho
 Horários flexíveis

 Horários rígidos

 Horários desfasados

 Jornada contínua

 Horários específicos

 Trabalho por turnos

 Isenção de horário de trabalho

 Trabalho nocturno

 Trabalho suplementar

 Não sujeição a horário de trabalho

 (…)
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A organização do tempo de trabalho


Várias tipologias de horários de trabalho
Horários flexíveis (artigo 111.º LTFP)

 Permite aos trabalhadores gerir os seus tempos de trabalho,


escolhendo as horas de entrada e saída

 A flexibilidade não pode afetar o regular funcionamento dos


serviços

 Devem observar-se plataformas fixas na parte da manhã e na parte


da tarde que não podem ter, no seu conjunto, duração inferior a 4
horas

 Não podem ser prestadas por dia mais de 10 horas de trabalho

 O cumprimento da duração de trabalho deve ser aferido à semana,


à quinzena ou ao mês
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A organização do tempo de trabalho


Várias tipologias de horários de trabalho

Horários rígidos (artigo 112.º LTFP)

 São aqueles que, exigindo o cumprimento da duração semanal de

trabalho, se repartem por dois períodos diários, com horas de


entrada e de saída fixas idênticas, separadas por um intervalo de
descanso
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A organização do tempo de trabalho


Várias tipologias de horários de trabalho

Horários desfasados (artigo 113.º LTFP)

 São aqueles que, embora mantendo inalterado o período normal

de trabalho diário, permitem estabelecer, serviço a serviço ou para


determinado grupo de pessoal e sem possibilidade de opção,
horas fixas diferentes de entrada e de saída
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A organização do tempo de trabalho


Várias tipologias de horários de trabalho
Jornada contínua (artigo 114.º LTFP)

 Consiste na prestação ininterrupta de trabalho, salvo um período de


descanso nunca superior a 30 minutos, que, para todos os efeitos, se
considera tempo de trabalho

 Deve ocupar, predominantemente, um dos períodos do dia e determinar


uma redução do período normal de trabalho nunca superior a 1 hora

 Pode ser adoptada no caso de horários específicos e em casos


devidamente fundamentados, designadamente nos previstos no n.º 3 do
artigo 114.º da LTFP

 O tempo máximo de trabalho seguido não pode ter uma duração superior a
5 horas
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A organização do tempo de trabalho


Várias tipologias de horários de trabalho
A jornada contínua pode ser adotada nos casos de horários específicos
previstos na presente lei e em casos excecionais, devidamente
fundamentados, designadamente nos seguintes:

a) Trabalhador progenitor com filhos até à idade de 12 anos ou,


independentemente da idade, com deficiência ou doença crónica;
b) Trabalhador adotante, nas mesmas condições dos trabalhadores
progenitores;
c) Trabalhador que, substituindo-se aos progenitores, tenha a seu cargo neto
com idade inferior a 12 anos;
d) Trabalhador adotante, tutor ou pessoa a quem foi deferida a confiança
judicial ou administrativa do menor, bem como o cônjuge ou a pessoa em
união de facto com qualquer daqueles ou com progenitor, desde que viva em
comunhão de mesa e habitação com o menor;
e) Trabalhador estudante;
f) No interesse do trabalhador, sempre que outras circunstâncias relevantes,
devidamente fundamentadas, o justifiquem;
g) No interesse do serviço, quando devidamente fundamentado
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A organização do tempo de trabalho


Várias tipologias de horários de trabalho

Trabalho por turnos (artigos 115.º e 116.º LTFP)

 Considera-se trabalho por turnos qualquer organização do


trabalho em equipa em que os trabalhadores ocupam
sucessivamente os mesmos postos de trabalho, a um determinado
ritmo, incluindo o rotativo, contínuo ou descontínuo, podendo
executar o trabalho a horas diferentes num dado período de dias
ou de semanas
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A organização do tempo de trabalho


Várias tipologias de horários de trabalho

Isenção de horário de trabalho (artigo 117.º LTFP)

1.º Trabalhadores titulares de cargos dirigentes e aqueles que chefiem


equipas multidisciplinares (nos termos dos respetivos estatutos)

2.º Outros trabalhadores mediante a observância de duas condições


cumulativas:

 Estar a isenção prevista na lei ou em IRCT


 Celebração de acordo escrito com o empregador público

3.º A isenção de horário de trabalho não dispensa o dever de


assiduidade, nem o cumprimento da duração semanal de trabalho
legalmente estabelecida
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A organização do tempo de trabalho


Várias tipologias de horários de trabalho

Modalidades (artigo 118.º LTFP)

1.º Não sujeição aos limites máximos dos períodos normais de trabalho
(isenção total)

2.º Possibilidade de alargamento da prestação de trabalho a um


determinado n.º de horas, por dia ou por semana (isenção parcial). O
alargamento da prestação de trabalho não pode ser superior a 2 h por
dia ou a 10 h por semana

3.º Observância dos períodos normais de trabalho acordados (isenção


modelada)

Escolha da modalidade de isenção

No caso de acordo escrito, a escolha da modalidade obedece ao


disposto na lei ou em IRCT (n.º 2 da cláusula 9.ª do ACT n.º 1/2009)
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A organização do tempo de trabalho


Várias tipologias de horários de trabalho

Suplemento por isenção de horário de trabalho (artigo 164.º LTFP)

 Apenas aos trabalhadores isentos nas modalidades previstas nas

alíneas a) e b) do artigo 118.º da LTFP, nos termos fixados por lei,


podendo ser regulamentados por IRCT.

 Não é aplicável a cargos em que o regime de isenção de trabalho

constitua o regime normal de


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A organização do tempo de trabalho


Várias tipologias de horários de trabalho
Não sujeição a horário de trabalho (artigo 119.º LTFP)

Não sujeição ao cumprimentos de quaisquer modalidades de horários de trabalho


nem à observância do dever geral de assiduidade e de cumprimento da duração
semanal de trabalho
Regras:

Realização de tarefas Concordância expressa do Fixação de um prazo


constantes do Plano de trabalhador relativamente às para a realização da
Actividades, desde que tarefas e aos prazos da sua tarefa a executar não
calendarizadas e cuja execução superior a 10 dias úteis
execução esteja afecta ao
trabalhador não sujeito a
HT

Não autorização ao mesmo trabalhador deste regime mais do que uma vez por
trimestre. Impossibilidade de utilização do regime pelo prazo de um ano em caso de
incumprimento.
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A organização do tempo de trabalho


Várias tipologias de horários de trabalho
Trabalho nocturno (artigos 223.º a 225.º do Código do Trabalho)

A noção de trabalho noturno e de trabalhador noturno

 1.º critério: o da sua extensão (duração mínima de 7 h e máxima de 11 h)


 2.º critério: localização no tempo do mesmo período (compreendendo o
intervalo entre as 0 e as 5 horas)

Na falta de IRCT o período de trabalho nocturno é o compreendido entre as 22 h de


um dia e as 7 h do dia seguinte

 Diversa é a noção de trabalhador nocturno, como aquele que realiza pelo menos 3 h
de trabalho nocturno não suplementar por dia
 Não tem assim que desenvolver toda a sua atividade no período nocturno, mas uma
fracção significativa desse tempo
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A organização do tempo de trabalho


Trabalho suplementar (artigo 120.º LTFP e 226.º a 231.º do Código do Trabalho)

 Aplicabilidade dos artigos 226.º a 231.º do Código do Trabalho (n.º 1 do artigo


120.º da LTFP):

 Noção de trabalho suplementar (todo aquele que é prestado fora do horário


de trabalho)

 Condições de prestação de trabalho suplementar:

 Acréscimo eventual e transitório de trabalho, que não justifique para tal


a admissão de trabalhador;
 Caso de força maior ou quando seja imprescindível para prevenir ou
reparar prejuízo grave para o órgão ou serviço
 O trabalhador é obrigado a realizar a prestação de trabalho suplementar
 Havendo motivos atendíveis pode solicitar a sua dispensa
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A organização do tempo de trabalho


Trabalho suplementar (artigo 120.º LTFP e 226.º a 231.º do Código do Trabalho)

 Os limites do n.º 2 do artigo 120.º da LTFP:

 2 horas por dia normal de trabalho

 150 horas por ano

 Um número de horas igual ao período normal de trabalho diário, nos dias de

descanso semanal, obrigatório ou complementar, e nos feriados


 Um número de horas igual a meio período normal de trabalho diário em emio dia

de descanso complementar

 O limite máximo permitido por IRCT

 200 horas
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A organização do tempo de trabalho

Como é pago o trabalho suplementar (artigo 162.º LTFP)

É pago de acordo com o valor da retribuição horária da seguinte forma:

a) 25% na 1.ª hora ou fração desta e 37,5% por hora ou fração subsequente, em dia
normal de trabalho
b) 50% por cada hora ou fração, em dia de descanso semanal, obrigatório ou
complementar, ou em feriado
c) A compensação horária que serve de base ao trabalho suplementar é calculado
segundo a fórmula prevista no artigo 155.º da LTFP

 Estes montantes podem ser afastados por Instrumento de Regulamentação Colectiva de

Trabalho

 A norma do artigo 45.º da LOE 2015 para os trabalhadores cujo período normal de

trabalho não exceda 7h/dia, nem 35h/semana (reduz estas percentagens a ½)


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A organização do tempo de trabalho

Como é pago o trabalho suplementar (artigo 162.º LTFP)

A disposição do n.º 7 do artigo 162.º:

a) O descanso compensatório a que se refere o n.º 7 do artigo 162.º da LTFP deve


ser igual ao número de horas de trabalho suplementar prestadas, acrescidas de
uma majoração em tempo igual às percentagens previstas nas alíneas a) (25%) e
b) (37,5%) do n.º 1 e no n.º 2 do mesmo artigo;

b) o trabalho suplementar que ocorra em dia de descanso semanal, obrigatório ou


complementar, dá direito ao trabalhador, que o pretenda substituir por descanso
compensatório nos termos do n.º 7 do artigo 162.º da LTFP, a um dia e meio de
descanso compensatório, pela conversão das majorações remuneratórias em
tempo;
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A organização do tempo de trabalho

Como é pago o trabalho suplementar (artigo 162.º LTFP)

A disposição do n.º 7 do artigo 162.º:

c) Quando o trabalho suplementar ocorrer em dia de descanso semanal


obrigatório, ao descanso compensatório referido no ponto anterior acresce
ainda, por força do disposto nos n.ºs 4 e 5 do artigo do artigo 229.º do Código do
Trabalho (aplicável por via da remissão constante do artigo 4.º da LTFP), mais
um dia de descanso compensatório remunerado a gozar num dos três dias úteis
seguintes que deverá ser marcado por acordo entre o trabalhador e o
empregador público, ou, na falta de acordo, pelo empregador público.
A ORGANIZAÇÃO DO TEMPO DE TRABALHO

A flexibilização do tempo de trabalho


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A flexibilização do tempo de trabalho

Adaptabilidade

Adaptabilidade individual

Adaptabilidade grupal  Convencional


 Grupal
Banco de horas  Individual

Banco de horas individual

Banco de horas grupal


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O regime da adaptabilidade
Artigos 106.º da LTFP e 204.º a 206.º do CT

Limites do PNT
Tipos Fundada em Média em Compensação
Diário Semanal
2 meses
Convencional IRCT 4 horas 60 horas 50 horas Tempo

Acordo
escrito
entre
Individual empregador 2 horas 50 horas ----------- Tempo
e
trabalhador

Grupal Extensão a toda uma unidade funcional do regime da adaptabilidade


assente em IRCT ou na adaptabilidade individual

Em termos médios e no período de referência, não podem ser ultrapassados os


limites máximos dos períodos normais de trabalho
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Banco de horas
Artigos 106.º da LTFP, 208.º, 208.º-A, 208.º-B do CT

Limites do PNT
Fundada
Tipos Compensação
em
Diário Semanal Limite Anual
Convencional IRCT 4 horas 60 horas 200 horas Tempo
Dinheiro
Férias

Acordo
escrito
entre Tempo
Individual empregador 2 horas 50 horas 150 horas Dinheiro
e Férias
trabalhador

Grupal Extensão a toda uma unidade funcional do regime do Banco de horas assente
em IRCT ou na adaptabilidade individual
OS TEMPOS DE NÃO TRABALHO

Férias
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Os tempos de não trabalho


As férias

 Aplicabilidade do regime do Código do Trabalho em matéria de


tempos de não trabalho

 Com as necessárias adaptações

 Sem prejuízo das especificidades consagradas na LTFP


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As férias

O artigo 122.º, n.º 1 da LTFP (princípio geral)

A aplicabilidade do CT

O direito a férias, seu desiderato e a sua duração


Artigo 126.º da LTFP e artigos 237.º e 238.º do CT

Aquisição do direito a férias


Artigo 237.º, n.º 1 do CT

A possibilidade de renúncia do direito a férias


Artigo 238.º, n.º 5 do CT
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As férias

Ano do gozo das férias e acumulação


Artigo 240.º do CT

Marcação do período de férias


Artigo 241.º do CT

Alteração do período de férias por motivo relativo ao empregador


Artigo 243.º do CT

Alteração do período de férias por motivo relativo ao trabalhador


Artigo 244.º do CT
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As férias

Violação do direito a férias


Artigo 130.º da LTFP

Exercício de outra actividade durante as férias


Artigo 131.º da LTFP

Contacto em período de férias


Artigo 132.º da LTFP
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O direito a férias
Artigo 126.º da LTFP e artigos 237.º e 238.º do CT

• O trabalhador tem direito:

 A um período anual de férias remuneradas, nos termos previstos no Código do


Trabalho

 Com duração de 22 dias úteis

 Que se vence no dia 1 de Janeiro

 Ao qual acresce um dia útil de férias por cada 10 anos de serviço efetivamente
prestado

 Marcado por acordo com o empregador público


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O direito a férias
Artigo 241.º do CT

• Na marcação das férias, os períodos mais pretendidos devem ser rateados, sempre
que possível, beneficiando alternadamente os trabalhadores em função dos
períodos gozados nos dois anos anteriores

• Trabalhador, por acordo com o empregador público, pode gozar o período de férias
seguido ou interpolado, desde que goze obrigatoriamente um mínimo de 10 dias
seguidos

• O empregador elabora o mapa de férias, com indicação do início e do termo dos


períodos de férias de cada trabalhador, até 15 de Abril de cada ano e mantém-no
afixado nos locais de trabalho entre esta data e 31 de Outubro
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O direito a férias

Os dias de férias podem ser gozados em meios dias?

 Redacção inicial do artigo 176.º do RCTFP – Não

 Artigo 6.º da Lei n.º 66/2012, de 31 de Dezembro, alterou a redacção do artigo 176.º
do RCTFP – aditou n.º 8 (os dias de férias podem ser gozados em meios dias, no
máximo de quatro meios dias, seguidos ou interpolados, por iniciativa do
trabalhador)

 LTFP e CT – O gozo de meios dias de férias não está previsto


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A remuneração do período de férias


Artigo 152.º da LTFP

 Remuneração correspondente àquela que o trabalhador receberia se estivesse


em serviço efectivo, à excepção do subsídio de refeição

 Subsídio de férias de valor igual a um mês de remuneração base mensal, pago


no mês de Junho de cada ano ou,

 …em conjunto com a remuneração mensal do mês anterior ao do gozo de


férias, quando a aquisição do respectivo direito ocorrer em momento posterior

 A suspensão do contrato por doença não prejudica o direito ao subsídio de


férias

 O aumento ou a redução do período de férias, não implicam o aumento ou a


redução correspondentes na remuneração ou no subsídio de férias
ALTERAÇÃO DO POSICIONAMENTO
REMUNERATÓRIO
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Alteração do posicionamento remuneratório

Artigos 156.º, 157.º e 158.º da LTFP

 Desde 2009 ocorre por aplicação da avaliação do desempenho

 Obrigatória

 Por opção gestionária

 Regras especiais
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Alteração do posicionamento remuneratório


Artigo 156.º da LTFP

 Alteração obrigatória para a posição remuneratória seguinte àquela em que o


trabalhador se encontra quando tenha obtido 10 pontos nas avaliações do
desempenho referido às funções exercidas durante o posicionamento
remuneratório em que se encontra:

 6 pontos por cada Excelente;


 4 pontos por cada relevante;
 2 pontos por cada Adequado;
 2 pontos negativos por cada Inadequado

Produção de efeitos: 1 de Janeiro


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Alteração do posicionamento remuneratório


Artigo 157.º da LTFP

 Regras especiais de alteração do posicionamento remuneratório

 Alteração para qualquer outra posição remuneratória, com o limite da posição


máxima para onde tenha transitado trabalhador ordenado superiormente

 O trabalhador reúne todas as condições para a alteração gestionária e


integra o universo definido;
 Depende de parecer do CCA;
 Depende de fundamentação especial;
 Publicitação da alteração e do parecer do CCA no Diário da República,
por afixação no serviço e divulgação na internet

Produção de efeitos: 1 de Janeiro


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Alteração do posicionamento remuneratório


Artigo 157.º da LTFP

 Regras especiais de alteração do posicionamento remuneratório

 Alteração para a posição remuneratória imediatamente seguinte

 O trabalhador não reúne condições para a alteração gestionária, mas


inclui-se nos universos definidos para a alteração de posicionamento
remuneratório;
 Última menção obtida foi Excelente ou Relevante;
 Condicionada ao cabimento nas dotações orçamentais afectas;
 Depende de parecer do CCA;
 Depende de fundamentação especial;
 Publicitação da alteração e do parecer do CCA no Diário da República,
por afixação no serviço e divulgação na internet
Produção de efeitos: 1 de Janeiro
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Alteração do posicionamento remuneratório


Artigo 31.º e artigo 158.º da LTFP
Alteração do posicionamento remuneratório por opção gestionária

 Compete ao dirigente máximo decidir sobre as verbas orçamentais destinadas a

suportar os encargos com as alterações do posicionamento remuneratório na


categoria;
 Decisão do dirigente máximo tomada no prazo de 15 dias após início da execução

do orçamento;
 Desagregação sucessiva da dotação por carreira e, ou, categoria, por actividade

e, ou, por área de formação académica ou profissional (neste caso, se caracterizar


o posto de trabalho)
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Alteração do posicionamento remuneratório


Artigo 158.º da LTFP

 Alteração do posicionamento remuneratório por opção gestionária – podem


beneficiar dela os trabalhadores do órgão ou serviço, onde quer que se
encontrem em exercício de funções, que tenham obtido, nas últimas
avaliações do seu desempenho referido às funções exercidas durante o
posicionamento remuneratório em que se encontram:

 Um Excelente;
 Dois Relevantes; ou
 Três Adequados
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Alteração do posicionamento remuneratório


Artigo 31.º e artigo 158.º da LTFP
Alteração do posicionamento remuneratório por opção gestionária

 Independentemente do órgão/serviço onde exerce funções ou da


função/cargo que desempenha;
 Ordenação dos trabalhadores, dentro de cada universo, por ordem
decrescente da classificação quantitativa obtida na última avaliação do seu
desempenho;
 Alteração do posicionamento remuneratório é feita em função desta
ordenação;
 Não há lugar a alteração do posicionamento remuneratório quando o
montante máximo dos encargos fixado para o universo em causa se tenha
esgotado com a alteração relativa a trabalhador ordenado superiormente

Produção de efeitos: 1 de Janeiro


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Alteração do posicionamento remuneratório

Artigo 38.º da LOE 2015 (Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro)

 Desde 1 de Janeiro de 2011 encontram-se proibidas as valorizações


remuneratórias pelas sucessivas Leis do Orçamento de Estado
MOBILIDADE

Modalidades
Consolidação
Remuneração
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Requisitos prévios
(artigo 92.º LTFP)

 Conveniência para o interesse público

 Clara, congruente e suficientemente demonstrados

 Razões de economia, eficácia, eficiência do serviço

 Devidamente fundamentada
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Um conceito muito amplo de mobilidade


(artigo 92.º LTFP)
Dentro da mesma modalidade
de vínculo ou entre ambas as
modalidades

Dentro do mesmo órgão ou


serviço ou entre dois
órgãos ou serviços

Abrangendo trabalhadores em
efetividade de funções ou
trabalhadores em
requalificação

A tempo inteiro ou a tempo


parcial
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Modalidades de mobilidade
(artigo 93.º LTFP)
Mobilidade na categoria funções
inerentes à categoria, na mesma
atividade ou em diferente
atividade
Mobilidade intercarreiras ou
intercategorias
Funções não inerentes à
categoria de que o trabalhador
é titular

Inerentes a Inerentes a carreira de grau de


categoria complexidade superior, igual
superior ou ou inferior
inferior

Depende da titularidade de habilitação adequada e não pode prejudicar


substancialmente a posição do trabalhador
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Duração da mobilidade
(artigo 97.º LTFP)

Tem a duração máxima de 18 meses, exceto nos seguintes casos:

 Quando haja acordo de cedência de interesse público para os órgãos e


serviços da AR, bem como aos serviços de apoio aos grupos
parlamentares
(Cedência de interesse público: ver artigo 241.º da LTFP)

 Quando esteja em causa órgão ou serviço, designadamente temporário,


que não possa constituir vínculo de emprego público por tempo
indeterminado

Possibilidade de prorrogação do prazo por um período de 6 meses de estiver a


decorrer procedimento concursal que vise o recrutamento de trabalhador para o
posto de trabalho preenchido com a mobilidade

Impossibilidade, durante o prazo de 1 ano, de nova mobilidade


52

Consolidação da mobilidade na categoria


(artigo 99.º LTFP)

 Na categoria e na mesma atividade, consolida-se por decisão do dirigente


máximo, com ou sem o acordo do trabalhador

 Na categoria e em diferente atividade, dentro do mesmo órgão ou serviço,


consolida-se por acordo entre o dirigente máximo do serviço e o trabalhador

 Na categoria entre dois órgãos ou serviços, por decisão do DM do órgão ou


serviço de destino, desde que, cumulativamente:

 Acordo do órgão ou serviço de origem, quando exigido para a


constituição da mobilidade
 Duração de 6 meses ou a duração do PE exigido para a categoria
quando superior
 Acordo do trabalhador, quando este tenha sido exigido para a
constituição ou quando a mobilidade envolva alteração da
atividade de origem
 Exista posto de trabalho disponível
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Consolidação da mobilidade na categoria


(artigo 99.º LTFP)

 Não é precedida nem sucedida de nenhum período experimental

 É mantido o posicionamento remuneratório devido na situação jurídico-funcional


de origem

 Nas situações excecionais de mobilidade só pode fazer-se mediante acordo


entre as partes

 Verificado o acordo, cessa a atribuição de ajudas de custo previstas na alínea d)


do n.º 1 do art.º 98.º

 A situação particular de consolidação prevista no n.º 9 do artigo 99.º no quadro


da cedência de interesse público (Cap. VIII do Título IV)

 A possibilidade de consolidação da mobilidade intercarreiras do mesmo grau de


complexidade funcional a regulamentar por portaria (n.º 11 do artigo 99.º)
REQUALIFICAÇÃO
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Situação de requalificação
(artigos 258.º e seguintes LTFP)

 A colocação dos trabalhadores em situação de requalificação só pode ocorrer após a


aplicação de um processo de reorganização de serviços (extinção, fusão ou
reestruturação) ou após um processo de racionalização de efetivos

 O processo de requalificação destina-se a permitir que o trabalhador reinicie funções

 Tem duas fases:


 1.ª - decorre durante o prazo de 12 meses, seguidos ou interpolados, após a
colocação do trabalhador em situação de requalificação;
 2.ª fase – sem termo pré-definido, inicia-se decorrido o prazo de 12 meses da 1.ª
fase
56

Situação de requalificação

Pode ser uma causa específica de cessação do contrato de trabalho

Matéria a tratar nas formas de extinção do vínculo de emprego público

Artigo 289.º (n.º 2)

Artigo 311.º
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Situação de requalificação

Procedimento (de cessação do contrato de trabalho)


Artigo 311.º

 Contrato cessa – após o decurso da 1.ª fase do processo de


requalificação, se o trabalhador não abrangido pela 2.ª fase não
reiniciou funções em órgão ou serviço
 Entidade gestora do sistema de requalificação – notifica o trabalhador
da inexistência de outros postos de trabalho com a sua
carreira/categoria ou qualificação profissional
 Cessação do contrato no prazo de 30 dias a contar desta notificação
58

Situação de requalificação

Compensação pela cessação do contrato


Artigo 312.º

 Compensação calculada nos termos do Código do Trabalho – artigo


366.º (redação da Lei n.º 69/2013) – e artigo 12.º da Lei n.º 35/2014
 Com base na remuneração base auferida antes da redução imposta
pela situação de requalificação em que se encontrava
 Paga pela Secretaria-Geral do Ministério das Finanças

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