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05/09/2018

Processo de
Admissão e alta
de Pacientes na
UTI
PROF. ME. EDSON JÚNIOR
E-MAIL: EDSONJUNIOR@UNINTA.EDU.BR

FACULDADES INTA
CURSO: ENFERMAGEM
DISCIPLINA: ENFERMAGEM EM UNIDADE
DE TERAPIA INTENSIVA.

Unidade de Terapia Intensiva

 Área destinada a pacientes graves;


 Pilares do cuidado intensivo:
 Paciente grave;
 Alta tecnologia e;
 Multi/interdisciplinaridade.
 Evolução rápida da organização, estrutura física e equipamentos.
 Custo elevado  Fator limitador para a ampliação da estrutura.
 Enfermeiro como gerenciador do processo assistencial.

Evolução Tecnológica das UTI

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Critérios de Admissão

 Protocolos assistenciais definem as atribuições de cada membro


durante o processo de admissão;
 Quem libera a vaga;
 E como será o contato com a unidade de terapia intensiva.
 Pré-requisitos:
 Concordância pela equipe da unidade;
 Reversibilidade da condição do paciente;
 Pacientes que podem receber assistência adequada na unidade de
internação não devem ser admitidos na UTI.

Critérios de Prioridade para admissão em UTI

 Prioridade 1:
 Paciente grave com grande potencial de recuperação, cujos
tratamento e monitorização não podem ser realizados fora da UTI.
 Ex.: Pacientes com falência de órgãos vitais, com necessidade de
ventilação mecânica e monitoração invasiva.

 Prioridade 2:
 Pacientes com condições potencialmente graves que requerem
monitoração intensiva para identificar, de modo precoce,
complicações que podem ameaçar a vida.

Fonte: Guidelines for ICU admission,


discharge and triage. 1999.

Critérios de Prioridade para admissão em UTI

 Prioridade 3:
 Pacientes que precisam de intervenções específicas de UTI para aliviar ou
reverter situações agudas, mas que estão internados no hospital por doenças
que tornam o prognóstico desfavorável a curto e médio prazos.
 Ex.: pacientes com câncer metastático complicado por infecção, sepse,
disfunção miocárdica e insuficiência respiratória.

 Prioridade 4:
 Pacientes que, a princípio, não tem indicação de UTI, exceto em
circunstâncias particulares. Fazem parte desse grupo aqueles com cuidados
paliativos de doença irreversível nos quais a morte é iminente.
 Ex.: danos cerebrais graves e irreversíveis, câncer metastático que não
responde a quimioterapia e radioterapia, pacientes em estado vegetativo
persistente, entre outros.
Fonte: Guidelines for ICU admission,
discharge and triage. 1999.

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Parâmetros objetivos

 Sinais vitais:
 Pulso < 40 ou >150 bpm;
 PAS <80 mmHg ou 20 mmHg abaixo da pressão normal do paciente;
 PAM <60 mmHg ***
 PAD >120mmHg;
 FR >35 bpm.

 Valores laboratoriais:
 Sódio sérico <110mEq/L ou >170mEq/L;
 Potássio sérico <2,0mEq/L >7,0mEq/L;
 PaO2 < 50mmHg;
 pH <7,1 ou > 7,7;
 Glicose sérica >800mg/dl;
 Cálcio sérico >15mg/dl
 Nível tóxico de droga ou outra substância química em um paciente neurologicamente ou
hemodinamicamente comprometido.
Fonte: Guidelines for ICU admission,
discharge and triage. 1999.

Parâmetros objetivos

 Radiografia/tomografia/Ultrasonografia:
 AVE, hemorragia subaracnóidea, alteração do estado mental;
 Ruptura visceral, varizes esofágicas com estado hemodinâmico
instável;
 Aneurisma dissecante da aorta;

 Eletrocardiograma:
 Infarto do miocárdio com instabilidade hemodinâmica ou insuficiência
cardíaca congestiva;
 Taquicardia ventricular ou Fibrilação ventricular;
 Bloqueio completo do coração com instabilidade hemodinâmica.

Parâmetros objetivos

 Achados Físicos:
 Pupilas anisocóricas em um paciente inconsciente;
 Queimaduras cobrindo > 10% ASC;
 Anúria;
 Obstrução das vias aéreas;
 Coma;
 Convulsões contínuas;
 Cianose;
 Tamponamento cardíaco.

 Obs.: O hospital deve estabelecer uma estratégia de modo que,


enquanto não houver possibilidade de internação na UTI, o paciente
receba assistência até o leito estar disponível.

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Preparação da Unidade

 A equipe deve agilizar a preparação do leito e conferir se todos os


requisitos mínimos estão prontos para assegurar a assistência efetiva.
 O leito básico de UTI deve conter:
 Cama com ajuste de posição;
 Equipamento de ressuscitação manual com reservatório de oxigênio e
máscara facial;
 Estetoscópio;
 Conjunto de Nebulização;
 Bombas infusoras;
 Fita métrica;
 Monitores multiparamétricos;
 Sistema de aspiração a vácuo;
 Ventilação mecânica;
 Entre outros recursos mínimos.
RESOLUÇÃO-RDC Nº 7, DE 24 DE FEVEREIRO DE 2010

Leito básico de UTI

Recebimento do paciente

 Após montagem e liberação do leito, com a entrada do paciente


na unidade, a equipe multidisciplinar prossegue a assistência;
 Ao enfermeiro e sua equipe, competem:
 Monitorizar o pct;
 Identificação do pct (leito, paciente);
 Abertura de impressos conforme política institucional;
 Assistência de Enfermagem (SAE);
 Anamnese, exame físico, diagnóstico, prescrição, evolução.
 Identificação de riscos (queda, flebite, UPP, pneumonia, Infecção de
corrente sanguínea associada a cateter venoso central, infecção
urinária relacionada a dispositivo, etc);
 Aplicação de ESCORES (APACHE, NAS);
 Conversas com familiares.

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Índice APACHE II

 Siginifica: Acute Physiology And Chronic Health Evaluation II é um


sistema de classificação de prognóstico;
 É um índice que pode ser calculado após admissão imediata do
paciente no hospital, principalmente em unidade de terapia
intensiva (UTI);
 Leva em consideração variáveis fisiológicas, idade e doença
crônica;
 É recomendado pelo Ministério da Saúde devido ao seu uso
consagrado em pacientes adultos que precisam de cuidados
intensivos.

Índice APACHE II

 A partir da somatória dos escores, dá-se a classificação de


gravidade da doença. Esse tipo de escore tem a função de:
 Estratificar pacientes de acordo com a gravidade da doença e o
prognóstico;
 Acompanhar a evolução e resposta à terapêutica;
 Avaliar o desempenho da UTI e compará-lo com o de outras unidades;
 Comparar a mortalidade hospitalar observada com a esperada;
 Avaliar indiretamente o custo/benefício de determinados
procedimentos.

APACHE II

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Perfil e gravidade dos pacientes das unidades de terapia


intensiva: aplicação prospectiva do escore APACHE II
(2010)

Perfil e gravidade dos pacientes das unidades de terapia


intensiva: aplicação prospectiva do escore APACHE II
(2010)

Escala do NAS

 Mede a carga de trabalho da equipe de enfermagem, em horas de


assistência, nas 24 horas;
 Fornece o número mínimo de profissionais de enfermagem
necessário para prestar assistência aos pacientes em cada turno
de trabalho;
 Pode ser calculado uma vez ao dia considerando a análise das
atividades realizadas nas últimas 24 horas ou pode ser aplicado a
cada turno;
 O somatório dos pontos do NAS mede o percentual de tempo de
enfermagem dedicado à assistência direta e indireta ao paciente
num período de 24 horas e cada ponto do NAS corresponde a 14,
4 minutos.

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Alta da UTI

 Critérios:
 Estabilização do quadro clínico;
 Resolução substancial do problema responsável pela admissão;
 Suspensão de intervenções e medicamentos destinados a manter
parâmetros hemodinâmicos;

Continuação da assistência fora da UTI

 O paciente deve sair com prescrição médica e dos cuidados de


enfermagem;
 Resumo com dados sobre a história clínica admissional e a
evolução na UTI, com recomendações para assistência da equipe
multidisciplinar, a fim de evitar complicações e necessidade de
reinternações;
 Contato com a unidade de destino, com o intuito de passar
informações sobre o estado atual do paciente e as demandas que
precisam ser atendidas;
 Informar os familiares sobre previsão de alta.

Obrigado!

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