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INOVAÇÃO

CENTRO DE FORMAÇÃO CONTINUADA LTDA.


Telefone: 4624-2017
Rua Dr. Mariano J. M. Ferraz, 125 – 2º Andar, Sala 21
Centro – Osasco - SP

Curso: APROVEITAMENTO DE ESTUDOS

Disciplinas: Propostas Curriculares, Planejamento e Avaliação / Estado, Políticas Públicas e Legislação


Nome: Lenara Abreu de Mattos Turma: 19

Polo: Osasco

A Base Nacional Comum Curricular é o documento que determina os direitos de aprendizagem de


todo aluno cursando a Educação Básica no Brasil. A Base possui 10 Competências Gerais que
operam como um “fio condutor”.

Essas competências devem ser desenvolvidas pelos estudantes ao longo de todos os anos da
Educação Básica e, por isso, permeiam cada um dos componentes curriculares, das habilidades
e das aprendizagens essenciais especificados no documento da BNCC, além daqueles que serão
inseridos nos currículos locais.

As Competências Gerais não devem ser interpretadas como um componente curricular, mas
tratadas de forma transdisciplinar, presentes em todas as áreas de conhecimento e etapas da
educação. Elas “foram definidas a partir dos direitos éticos, estéticos e políticos assegurados
pelas Diretrizes Curriculares Nacionais e de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores
essenciais para a vida no século 21”.
Elas indicam o norte para a compreensão das escolhas curriculares, que conta com a
participação das escolas.

Atividade:

Segue link para estudos sobre o tema:

http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/base-nacional-comum-curricular-bncc

 O que pode ser considerado uma competência?

No texto que compõe a Base Curricular Comum Curricular, depois de inúmeras


discussões que perpetuaram durante anos, até seu texto final, tenta superar o conceito de
competência que consistia, por exemplo, em um grupo de habilidades, conhecimentos e atitudes
que os educadores precisam para realizar seu trabalho de forma eficaz. O documento final não
manteve os princípios que a enquadravam em um ensino tecnicista, pois consiste em
conhecimentos e um grupo de habilidades, conhecimentos e atitudes que os educandos precisam
para realizar uma cognição de aspecto operacional.
Para o BNCC, homologado no final de 2017, as competências surgem com outro
caráter, pois em na sociedade do XXI, onde as informações são instantâneas e não possuem
formas definidas, além de não pensarem a longo prazo. O educador se vê em uma encruzilhada,
o conhecimento e a cognição se encontram em forma desordenara, onde a sua autoridade não é
clara, como antecediam no século XX. Logo, para o BNCC as competências são:
Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e
procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores
para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do
mundo do trabalho (BNCC, 2017, p. 8).

Podemos perceber que o BNCC considerou todas as mudanças do século XXI, a


modernidade imediata é “líquida” e “veloz”, mais dinâmica que a modernidade “sólida” que
suplantou. A passagem de uma a outra acarretou profundas mudanças em todos os aspectos da
vida humana, inclusive na vida escolar.

 Quais são as 10 Competências Gerais da Base Nacional Comum Curricular?

Ao reconhecer que o conceito de competências mudou em nosso momento atual, onde


a alta tecnologia, as formas de vida contemporânea, conforme afirma Zigmund Bauman, se
assemelham pela vulnerabilidade e fluidez, incapazes de manter a mesma identidade por muito
tempo, reforçando assim, um estado temporário e frágil das relações sociais e dos laços
humanos. Essas mudanças de perspectivas aconteceram em um ritmo intenso e vertiginoso a
partir da segunda metade do século XX. Com as tecnologias, o tempo se sobrepõe ao espaço.
Podemos nos movimentar sem sair do lugar. O tempo líquido permite o instantâneo e o
temporário, sabendo disso o BNCC define 10 competências gerais da Educação Básica:
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico,
social, cultural e digital para entender e explicar a realidade.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a


investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade.

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita),


corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística,
matemática e científica.

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma


crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares).

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e


experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e
fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e
defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos
humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na


diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e
capacidade para lidar com elas

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se


respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e
valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades,
culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e


determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos,
sustentáveis e solidários.

É possível observar que as competências observadas e reconhecidas no BNCC, vêm


de encontro com as demandas que o século XXI dialoga. A educação não poderia se tornar inapta
a mudanças que imperam nesta sociedade altamente tecnológica.

 Como funciona, na prática, a orientação por competências?

Quem está ativo no ensino público regular pode observar todas as etapas este
documento, podemos tomar de exemplo o Currículo da Cidade de São Paulo. Os educadores do
município participaram ativamente das discussões em nível federal e construíram um currículo
que atendesse as finalidades do BNCC, houve resistência por se tratar de algo novo, mas depois
de treinamentos e leituras do texto, para os municípios podemos observar que as competências
explicitadas no BNCC foram empregadas para um currículo que atende muito bem a demandas
do município de São Paulo.

 Qual sua opinião e sugestões diante desta nova implementação?

A resistência a mudanças é fator humano, o desconhecido é sempre visto como


empecilho. Os processos de mudança que ocorrem internamente nas escolas e nos educadores
nem sempre são aceitos com passividade e tranquilidade pelas pessoas. Não é só porque as
mudanças são naturais e necessárias que serão aceitas, sem contrariedade e reação por parte
dos indivíduos e grupos afetados por elas. Inicialmente tive resistência por desconhecer os
documentos na integra, hoje acho o BNCC necessário, principalmente em escolas demasiadas
legalistas, o BNCC nos assiste nas estratégias pedagógicas libertadores, pois propõe uma
educação crítica, respeitando peculiaridades locais.

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