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Instituto Tecnológico y de Estudios Superiores de Occidente

Repositorio Institucional del ITESO rei.iteso.mx

Publicaciones ITESO PI - Historia

1988

El terremoto: una versión corregida

Orozco, Jesús; Núñez-DelaPeña, Francisco J.

Núñez-de-la-Peña, F. J., & Orozco, J. (1988). El terremoto: una versión corregida. Tlaquepaque,
Jalisco: ITESO.

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7
PROLOGO

INTRODUCCION 13

TIERRA FIRME 17
La tierra está viva 19
Temblor sui generis 21
Algunas mediciones 26
Las estructuras 31

LA RESPUESTA CIUDADANA 35
La ciudad 36
El desastre 39
El cielo extrañamente azul 41
El heroísmo 43
La solidaridad 48
Los días de ira 62
La sociedad civil 70
Los ciudadanos del mundo 77

LAS F A L L A S HUMANAS 87
Un plan en el papel 88
La otra cara del desastre 91
México.. . construida cual ciudad 98
Y las aguas se secaron 114
Corruptelas y abusos (públicos y privados ) 121
La falta de confianza y el beneficio de la duda 126

L A RECONSTRUCCION, ENTRE L A REALIDAD Y


E L DESEO 133
Los planteamientos generales 138
La reforma urbana 154
Los predios expropiados 157
La democratización del Distrito Federal 172
Pagar o no pagar 176
LA TAREA CENTRAL: DESCENTRALIZAR 187

EL TERREMOTO: ¿OPORTUNIDAD? ¿PARTEAGUAS? 203


La historia no se ve 208

A N E X O 1: DISPOSICIONES L E G A L E S R E L A C I O -
N A D A S C O N LOS SISMOS 211

BIBLIOGRAFIA 221
PROLOGO

L a c r ó n i c a es u n g é n e r o de larga historia en nuestro p a í s . N o


es difícil reconocer en H e r n á n C o r t é s , Bernal D í a z del Casti-
l l o y sus c o n t e m p o r á n e o s , a los primeros cronistas de nuestro
devenir. H o r a c i o Guajardo define este g é n e r o como " e l relato
detallado, principalmente en t i e m p o , de u n suceso reciente-
mente o c u r r i d o . La propia r a í z de la palabra l o indica: e r ó n o s
es tiempo. Lleva la c r ó n i c a en sí, noticia y declaraciones, pero
su sello distintivo se encuentra en la r e l a c i ó n c r o n o l ó g i c a y
pormenorizada del suceso". Por su parte, Carlos Monsiváis l o
considera "una r e c o n s t r u c c i ó n literaria de sucesos o figuras,
g é n e r o donde el e m p e ñ o formal domina sobre las urgencias
informativas (. . .) E n la c r ó n i c a , el juego literario usa a dis-
c r e c i ó n la primera persona o narra libremente los aconteci-
mientos como vistos y vividos desde la i n t e r i o r i d a d ajena.
Tradicionalmente —sin que eso signifique ley alguna—, en la
c r ó n i c a ha privado la r e c r e a c i ó n de a t m ó s f e r a s y personajes
sobre la t r a n s m i s i ó n de noticias y denuncias".
E l suceso de referencia de este l i b r o es el terremoto mexi-
cano de 1985, sobre el cual se han publicado ya miles de pági-
nas. Pero desde el p r i n c i p i o , los autores advierten querer "es-
cribir una c r ó n i c a m á s , aunque distinta". L a i n t e n c i ó n de

7
"abrir un espacio entre los acontecimientos de la tragedia y la
visión que alrededor de ellos se ha venido f o r m u l a n d o , o las
visiones para ser precisos", superpone el sentido c r í t i c o e i n -
tercala a la reflexión y la p r e o c u p a c i ó n p o r el futuro de nues-
tra sociedad al afán i n f o r m a t i v o y al e m p e ñ o literario: "nos
hemos propuesto sembrar inquietudes, lanzar preguntas a
quien quiera escucharlas, en el sentido de que una obra será
siempre parte de otra obra".
El l i b r o fue terminado m u y pocos meses d e s p u é s del te-
r r e m o t o . Es evidente que p o r ello n o toma en cuenta l o que
ha sucedido (y lo que no lia sucedido) desde entonces. Pero
t a m b i é n por ello, q u i z á s , su valor aumente, ahora que es pu-
blicado. Las inquietudes y preguntas sugeridas no han perdido
actualidad ni pertinencia y es posible que, a tres a ñ o s de dis-
t a d a del suceso, su vigencia sea mayor.
El trabajo de Francisco J. N ú ñ e z de la P e ñ a y J e s ú s Oroz-
co, mediante el rigor y consistencia empleados para analizar
sobre t o d o textos p e r i o d í s t i c o s y descubrir en ellos distintas
versiones sobre el t e r r e m o t o y sus consecuencias, se convier-
te también (sin p r o p o n é r s e l o e x p l í c i t a m e n t e ) en u n estudio
de las mediaciones informativas del acontecer social, u n o de
los campos de m a y o r i n t e r é s actual entre los investigadores
de la c o m u n i c a c i ó n y la cultura.
D e s p u é s de muchos a ñ o s de estudio de la prensa y su m í -
tica " o b j e t i v i d a d " , comienza a reconocerse c r í t i c a m e n t e en el
m u n d o a c a d é m i c o c ó m o operan los medios informativos. L o s
estudios sobre la i n f o r m a c i ó n y el i m p a c t o p o l í t i c o de la " o p i -
n i ó n p ú b l i c a " han evolucionado conforme han i d o desarro-
l l á n d o s e los medios de difusión masiva y las formaciones so-
ciales en que se inscriben. L a n o c i ó n clásica de Walter Lipp¬
m a n n , que parte de la creencia en u n y o colectivo dentro del
cual se g e n e r a r í a u n n ú m e r o l i m i t a d o —e identificable cuanti-
tativamente— de opiniones diversas c o n respecto a cualquier
acontecer tematizado p o r los medios, es t o d a v í a una de las
claves para indagar las relaciones entre c o m u n i c a c i ó n p ú b l i c a
y democracia. Sin embargo, dejando a t r á s u n buen n ú m e r o de
limitaciones funcionalistas y mecanicistas, las investigaciones
m á s recientes han refinado sus instrumentos y , sobre t o d o ,
sus puntos de partida t e ó r i c o - m e t o d o l ó g i c o s . Muchos de los

8
análisis actuales parten de postulados como el de que "los
acontecimientos sociales existen s ó l o en la medida en que los
medios de c o m u n i c a c i ó n masiva los constituyen c o m o tales"
(Eliseo V e r ó n ) o el de que "los medios de c o m u n i c a c i ó n de
masas intervienen en la selección del acontecer p ú b l i c o y me-
dian una r e p r e s e n t a c i ó n institucionalizada y objetivada de lo
que acontece, realizando una tarea mitificadora y ritualizado-
ra" (Manuel M a r t í n Serrano).
A u n q u e en el periodismo c o n t e m p o r á n e o no son tan n í t i -
das c o m o a n t a ñ o las fronteras entre los g é n e r o s " n o t i c i o s o s "
y los "de o p i n i ó n " , el discurso p e r i o d í s t i c o tiene que conside-
rarse sujeto a ciertas normas de p r o d u c c i ó n específicas, a par-
t i r de cuya o p e r a c i ó n " l a noticia imparte a los casos que ocu-
rren su carácter público, en cuanto transforma meros sucesos
en acontecimientos p ú b l i c a m e n t e abiertos a la d i s c u s i ó n "
(Gaye T u c h m a n ) . La i n f o r m a c i ó n p e r i o d í s t i c a se caracteriza
por seguir u n m é t o d o institucionalizado, por las relaciones
que mantiene con otras instituciones sociales legitimadas y
por ser el p r o d u c t o de profesionales especializados, que expo-
nen sus propios intereses, valores y significaciones.
Con base en la T e o r í a de la M e d i a c i ó n , Manuel M a r t í n Se-
rrano ha propuesto u n m o d e l o y u n m é t o d o para analizar la
c o n t r i b u c i ó n de los medios masivos a la p r o d u c c i ó n del acon-
tecer p ú b l i c o y a la e l a b o r a c i ó n de representaciones del entor-
no en su obra La Producción Social de Comunicación. (Alian-
za Universidad, M a d r i d , 1986). E l proceso se inicia cuando,
"de determinados emergentes que acontecen en determinado
grupo social, determinadas instituciones comunicativas, a tra-
vés de determinados medios de comunicación de masas, por
el concurso de determinados emisores, seleccionan determina-
dos objetos de referencia, a p r o p ó s i t o de los cuales ofrecen
determinados datos de referencia sobre l o que acontece, que
ponen en r e l a c i ó n con determinados valores de referencia, a
p r o p ó s i t o de los cuales ofrecen determinados datos de evalua-
ción de lo que acontece".
Los "emergentes" son todos aquellos sucesos que, al afec-
tar a algún grupo social, se convierten en "aconteceres", pero
que deben ser seleccionados p o r las instituciones comunicati-
vas para constituirse en "aconteceres p ú b l i c o s " que serán di-

9
fundidos por los medios. Hasta a q u í , en este proceso de selec-
c i ó n , las instituciones comunicativas realizan una primera me-
d i a c i ó n entre el cambio del e n t o r n o y su c o n o c i m i e n t o social.
El terremoto fue u n "emergente" de tal m a g n i t u d , que la co-
bertura p e r i o d í s t i c a , aun en el extranjero, se o r i e n t ó a inter-
pretarlo, como el "acontecer p ú b l i c o " , en m ú l t i p l e s dimen-
siones y con diversos sentidos.
E l proceso de p r o d u c c i ó n , según M a r t í n Serrano, conti-
n ú a cuando "los datos de referencia y los datos de e v a l u a c i ó n
se integran en u n repertorio de temas, desarrollados en unos
relatos concretos que ocupan determinado espacio y / o tiem-
po y se confeccionan o m o n t a n de determinada forma en un
producto comunicativo que se trata de hacer llegar a determi-
nadas audiencias; p r o d u c t o que Hega a ser c o n o c i d o p o r de-
terminados receptores efectivos, quienes seleccionan determi-
nados datos (de referencia y de e v a l u a c i ó n ) pertinentes para
sus intereses y necesidades y los relacionan con otros datos
procedentes de otras fuentes de i n f o r m a c i ó n y de e v a l u a c i ó n ,
o procedentes de la propia experiencia, en una representación
subjetiva, concerniente a los mismos o a otros datos de refe-
rencia. Esta r e p r e s e n t a c i ó n eventualmente puede orientar los
comportamientos del agente".
En la forma de p r e s e n t a c i ó n del p r o d u c t o comunicativo
se encuentra en o p e r a c i ó n una segunda m e d i a c i ó n : entre la
imprevisibilidad del acontecer y las rutinas de p r o g r a m a c i ó n
del medio. Una de las conclusiones-postulados del m o d e l o de
M a r t í n Serrano es que "los productos comunicativos son el
resultado de procesos de p r o d u c c i ó n (de i n f o r m a c i ó n a pro-
p ó s i t o de l o que acontece) y de procesos de r e p r o d u c c i ó n (de
las instituciones comunicativas). E n consecuencia, en los pro-
ductos comunicativos se van a encontrar puntos de vista y va-
lores que responden al encuentro de intereses generales y de
intereses particulares".
N o es este, por supuesto, el lugar para exponer m á s exten-
sa o detalladamente h i p ó t e s i s , t e o r í a s o modelos de análisis
c o m o los mencionados. Hay una extensa bibliografía al respec-
t o . L o que se quiere resaltar es que este l i b r o , sin necesidad
de recurrir a densos marcos t e ó r i c o - m e t o d o l ó g i c o s , explora
los procesos de c o n s t r u c c i ó n de las versiones, las i n t e r p r é t a -

lo
ciones, las representaciones socio-culturales del significado
del acontecer social, de la forma en que tales versiones se su-
perponen y muchas veces se contradicen entre sí, de las inten-
ciones y condiciones que e s t á n d e t r á s (y dentro y delante) de
cada una de ellas, y de l o que finalmente una lectura c r í t i c a
puede sustraer de t o d o este c o n j u n t o de discursos puestos en
c i r c u l a c i ó n en la sociedad por los medios de difusión.
La d e s c r i p c i ó n o n a r r a c i ó n de hechos sociales o el registro
y análisis de los debates suscitados por ellos y convertidos así
en nuevos hechos sociales, susceptibles a su vez de ser analiza-
dos y debatidos, y a s í hasta el i n f i n i t o , puede parecer a m u -
chos u n ejercicio inútil. Pero el c o n o c i m i e n t o , esa d i m e n s i ó n
esencial de la vida, no está hecho sino de versiones —en perpe-
tua formación— sobre esos hechos. Darle significación y sen-
tido a nuestras versiones, cuestionarlas y corregirlas, sobre
t o d o cuando se trata del presente y el f u t u r o de nuestra na-
ción, es una p r á c t i c a intelectual necesaria. Francisco N ú ñ e z
y J e s ú s Orozco nos ofrecen en estas p á g i n a s una a p o r t a c i ó n
l ú c i d a de ese ejercicio y una cordial invitación a reflexionar
sobre ella; el I T E S O , al editar la obra, una o p o r t u n i d a d , con
sentido profundamente universitario, de extenderla.

R a ú l Fuentes Navarro

11
INTRODUCCION

Las heridas e s t á n cicatrizando lentamente. L a tragedia de los


d í a s 19 y 20 de septiembre de 1985 q u e d a r á grabada para
siempre en la memoria colectiva. Nada p o d r á borrarla, pero
el d o l o r tiende a diluirse cuando recomienza la vida.

Entre las ruinas humeantes, en medio del estupor inmen-


so de la c a t á s t r o f e , se p e n s ó que este p a í s nunca volvería a ser
el mismo. T a l vez en efecto no l o sea. Pero t a m b i é n se p e n s ó
que la tragedia era justamente la mejor o p o r t u n i d a d para em-
prender un nuevo camino, para mejorar el dibujo de nuestro
destino como pueblo. El d o l o r y la muerte empujaban hacia
nuevos horizontes. Las aspiraciones colectivas se h a c í a n o í r
por todos los medios. L a palabra r e c o n s t r u c c i ó n s i n t e t i z ó los
deseos comunes, el ansia gigantesca p o r emprender una nueva
vida.

Desde los d í a s inmediatamente posteriores al gran estre-


mecimiento, pensamos en escribir un l i b r o sobre el terremo-
to, q u i z á c o m o parte de las tareas de rescate de un p a í s pro-
fundamente golpeado, sobre t o d o en el t e r r i t o r i o que sirve de

13
asiento a su capital. Pensamos en rescatar ideas, mientras o t r o s
continuaban rescatando vidas.

En poco t i e m p o comenzaron a surgir los libros que han


venido configurando la literatura del t e m b l o r . E n unas sema-
nas t e n í a m o s ya entre manos El temblor, 19 de septiembre,
Esto pasó en México, Ciudad quebrada. D e s p u é s v i n o Zona
de desastre. Se trata en general de recopilaciones de material
p e r i o d í s t i c o . Son las c r ó n i c a s del d o l o r y la denuncia, i n t e n -
tos p o r dar voz a quienes no la tienen, c r ó n i c a s del i m p a c t o
de la tragedia sobre la i n t i m i d a d de los seres.

A ú n estamos lejos de emprender la i n v e s t i g a c i ó n h i s t ó r i c a


sobre hechos tan recientes. Seguramente h a b r á quienes la
realicen, con la perspectiva del t i e m p o y las herramientas ne-
cesarias.

Entre lo ya hecho y l o que h a b r á de hacerse, decidimos


escribir una c r ó n i c a m á s , aunque distinta. Nos propusimos
abrir u n espacio entre los acontecimientos de la tragedia y la
visión que alrededor de ellos se ha venido f o r m u l a n d o , o las
visiones, para ser precisos. Para ello fue necesario i n t e n t a r l o
de siempre: clasificar la realidad. Tarea que d i f í c i l m e n t e se
cumple a p l e n i t u d pero que n o deja de ser necesaria. D e s p u é s
h a b í a que intentar el trabajo a n a l í t i c o , la d e s m i t i f i c a c i ó n de
los t ó p i c o s , así estuviera de por medio la muerte.

L a idea central de este l i b r o es, pues, la c r ó n i c a de las v i -


siones elaboradas sobre la tragedia. En esas visiones hay diver-
sos ingredientes: d o l o r y muerte, ira, clamor en el desierto,
lugares comunes, actitudes oportunistas, demagogia, lucha
p o l í t i c a , debate i d e o l ó g i c o , etc. Pretendemos exhibir esos i n -
gredientes, tomar distancia frente a ellos, analizarlos con el
m a y o r sentido c r í t i c o posible dada la frescura de los aconte-
cimientos.

Se dijo que el terremoto c o n s t i t u í a u n h i t o en la historia


de M é x i c o . Por l o p r o n t o no lo sabemos. De l o que sí estamos

14
ciertos es de que se trata de una o p o r t u n i d a d , una o c a s i ó n
macabra que la naturaleza nos ha brindado para repensar al-
gunos de los problemas de un p a í s golpeado antes y d e s p u é s
del 19 de septiembre. Volver a pensar en las g r a v í s i m a s conse-
cuencias del centralismo, por ejemplo. La tragedia l o e x h i b i ó
q u i z á como el peor de nuestros demonios interiores. Pensar
en las posibilidades de un pueblo que sabe hacerle frenar al
d o l o r y a la muerte, con gallardía, con h e r o í s m o .

Si el d o l o r d i l u i d o significa d i l u i r t a m b i é n las soluciones


a los problemas, sirva este trabajo c o m o llamada de a t e n c i ó n ,
recordatorio de que no p a s ó cualquier cosa, sino una de las
peores que hemos sufrido. Quienes vivimos la experiencia del
t e r r e m o t o sabemos que nunca habremos de olvidarla.

U n t e x t o enfrenta siempre limitaciones, imputables a sus


autores y a las fuentes del conocimiento. Si no podemos ir
m á s allá de la c r ó n i c a , a s í la hayamos recreado con un orden
t e m á t i c o y con el aguijón de la c r í t i c a cada vez que se puede,
nos hemos propuesto sembrar inquietudes, lanzar preguntas a
quien quiera escucharlas, en el entendido de que una obra
será siempre parte de otra obra.

En el primer c a p í t u l o del libro se plantea l o que es un tem-


blor, o u n t e r r e m o t o , como el que sufrimos. Recogimos la
o p i n i ó n de los expertos, para describir lo que o c u r r i ó en las
e n t r a ñ a s de la tierra aquella trágica m a ñ a n a de septiembre.

Con el c a p í t u l o siguiente comienza propiamente la c r ó n i -


ca de las visiones. Primero la respuesta ciudadana, con sus
luces y sombras, sobre t o d o con sus luces. Enseguida la otra
cara, la de las fallas humanas, minimizadas o magnificadas, fa-
llas al f i n .

La r e c o n s t r u c c i ó n , c o m o d e c í a m o s , es la síntesis de los
deseos y las aspiraciones. A l l í encontramos tareas concretas,
ya iniciadas, l o mismo que deseos elevados al rango de pro-
puesta.
La tarea central es justamente la d e s c e n t r a l i z a c i ó n . Sobre

15
el tema se ha d i c h o y escrito l o innumerable. A l parecer se ha
hecho poco, a pesar de la tragedia. T a l vez los terremotos eco-
n ó m i c o s posteriores a septiembre de 1985 han i m p e d i d o ma-
yores avances. N o l o sabemos. L a d e s c e n t r a l i z a c i ó n es la
columna vertebral de la r e c o n s t r u c c i ó n nacional y si persisti-
mos en emprender esta ú l t i m a , n o podemos olvidar a q u é l l a .

E l t e r r e m o t o visto c o m o o p o r t u n i d a d de r e f l e x i ó n , en
contraste con la visión que de él se tuvo c o m o parteaguas his-
t ó r i c o , constituye el c a p í t u l o final de este l i b r o . L o presenta-
mos a manera de e p í l o g o porque nos resistimos a creer que la
tragedia sea desaprovechada c o m o una de las grandes leccio-
nes que hayamos recibido en los ú l t i m o s decenios. L a con-
c l u s i ó n de esta obra, las palabras que cierran el ciclo de las
consideraciones, es i n v i t a c i ó n y propuesta de u n ejercicio de
inteligencia colectiva, aprovechando la m e m o r i a , recreando
los hechos, suturando las heridas. . . Q u i z á M é x i c o sea distin-
t o d e s p u é s del t e r r e m o t o , pero tendremos que hacerlo dife-
rente nosotros mismos y quienes vengan d e s p u é s de nosotros.

Las fuentes utilizadas en este l i b r o son variadas: desde


una abundante cantidad de material p e r i o d í s t i c o (noticias, re-
portajes, c r ó n i c a s , a r t í c u l o s ) , hasta los estudios especializados
que sirven de c o n t r a p u n t o en la c r ó n i c a de las visiones. Hay
t a m b i é n informes oficiales, recurso al Diario Oficial de la Fe-
d e r a c i ó n y , p o r supuesto, acceso a la literatura, sin la cual no
puede escribirse n i n g ú n l i b r o sobre acontecimientos cuya ma-
teria p r i m a es el dolor.

Una ú l t i m a noticia para el lector. Hemos i n c l u i d o al final


del l i b r o u n anexo que contiene las disposiciones legales rela-
cionadas con los sismos, aparecidas en el Diario Oficial del 20
de septiembre de 1985 al 6 de mayo de 1986.

Ciudad de M é x i c o / G u a d a l a j a r a , j u l i o de 1986.

16
TIERRA FIRME

Su país México, está en una área


del planeta con gran actividad
sísmica, pero aún así no existe
la posibilidad de que un terremoto,
por fuerte que sea,
sumerja la capital mexicana
1
C.F. Richter

Temblor. Sismo. T e r r e m o t o . Pareciera que ésta es la escala de


la violencia. S e g ú n el diccionario de la Academia, t e m b l o r (de
tierra), sismo y terremoto son la misma cosa, sólo que las raí-
ces del sismo son griegas y las de terremoto latinas. E n el len-
guaje popular n o son l o mismo, y l o que o c u r r i ó en septiem-
bre de 1985 fue u n terremoto. Esta visión c o m ú n es adoptada
en una cartilla popular del I n s t i t u t o Panamericano de Geogra-
fía e H i s t o r i a : Temblores de tierra. A h í se lee, con t o d o y ma-
y ú s c u l a s , como en e d i c i ó n p e r i o d í s t i c a de la tarde:

" T o d o estremecimiento de la tierra con m a y o r o me-


n o r violencia se llama SISMO . Si es m u y fuerte se dice
TERREMOTO, si es p e q u e ñ o , TEMBLOR".

Sigamos con la cartilla:

" [ . . . ] Esta tierra que llamamos ' F i r m e ' , no l o es tan-


to y a veces se desquicia y nos sacude terriblemente.
Puede que t o d o empiece p o r u n r u i d o sordo, p o r
u n crujir de vigas, p o r bramidos y m u r m u l l o s c o n t i -
nuados como estruendo de armas o trepidar de camio-
nes, a c o m p a ñ a d o de brincos, p o r u n v i o l e n t o c o l u m -

17
piarse de la tierra, p o r u n ladeo a la izquierda o a la
derecha que marea, y que n o deja a nadie en pie.
Si el sismo adquiere proporciones c a t a s t r ó f i c a s de
t e r r e m o t o , entonces es u n h u i r sin t i n o de hombres y
animales que abandonan sus moradas, aturdidos p o r la
novedad, sin saber d ó n d e parar n i a d ó n d e seguir [. . . ]
En medio de la tragedia, se agrietan y se caen las v i -
viendas, se desploman los templos, se derrumban los
montes y se represan los r í o s . Se levantan nubes de
polvo y envuelven los edificios que crujen al caer y
acallan los gritos y gemidos de las v í c t i m a s . T o d o ello
en u n m i n u t o . . . "

Este es lenguaje vulgar. Sigamos con el técnico."

" L a tierra vibra al perturbarse su equilibrio c o m o u n


bloque de gelatina al sacudir el plato en que descansa,
y m á s a ú n transmite sus vibraciones en t o d o sentido.
[. . . ] el t e m b l o r de tierra es para u n habitante del
planeta el paso de las ondas elásticas de la corteza te-
rrestre que viajan p o r debajo de nuestros pies. V i e n e n
siempre de una región de m a y o r o menor p r o f u n d i d a d
donde se ha p r o d u c i d o una p e r t u r b a c i ó n transitoria
del equilibrio e l á s t i c o de las rocas y llegan sembrando
sustos, d e s t r u c c i ó n y m u e r t e , y se alejan perdiendo
fuerza y poder destructor. Cuando m á s cerca e s t á u n o
del sitio de origen o h i p o c e n t r o , t a n t o m á s fuertemen-
2
te las siente".

Esa m a ñ a n a el Aviso O p o r t u n o de El Universal n o l o fue tan-


t o . T a l vez ya n o u r g i r í a n costureras competentes dispuestas a
trabajar a destajo "sobre salario profesional, prestaciones, se-
mana inglesa". A l menos en algunas zonas de la ciudad de M é -
x i c o . Q u i z á algunas mujeres se d i r i g í a n , a las 7:19 horas de
ese jueves, hacia las estaciones del M e t r o "Tacuba", "Tacuba-
y a " , "Portales", " A r a g ó n " , " N o r m a l " en busca de u n empleo.
E n el centro, en la colonia Guerrero y en la Morelos se solici-
taban costureras. T a m b i é n p o r Mixcoac, Azcapotzalco, la co-
l o n i a Roma, la Prado-Coapa, la Granjas M é x i c o , la A g r í c o l a
Oriental, la Observatorio. Y en el Estado de M é x i c o h a b í a
ofertas: en Neza, en A t i z a p á n de Zaragoza, en Xalostoc.

18
A las 7 de la m a ñ a n a del 19 de septiembre de 1985 t o d o
p a r e c í a n o r m a l . Algunas personas se d i r i g í a n a sus ocupacio-
nes cotidianas, otras ya estaban en ellas, otras m á s salían de la
ciudad de M é x i c o . Pero a las 7 horas, 17 minutos, 4 4 segun-
dos, en la provincia, a 30 kms. de la costa de Guerrero y M i -
c h o a c á n , se o r i g i n ó u n terremoto de m a g n i t u d sin precedente,
según los informes preliminares del I n s t i t u t o de I n g e n i e r í a de
la Universidad Nacional A u t ó n o m a de M é x i c o ( U N A M ) . 3

S e g ú n Tamez, el foco del sismo se localizó a unos 20 kms.


de la costa del P a c í f i c o , frente a L á z a r o C á r d e n a s , M i c h o a c á n ,
y a unos 350 k m s . al suroeste del Valle de M é x i c o ; " S u pro-
fundidad no ha sido precisada a ú n , pero puede asegurarse que
se encuentra bajo la Trinchera de Acapulco, donde se ha ge-
nerado la m a y o r parte de los sismos de gran m a g n i t u d que
han afectado a la capital del p a í s y de los que se tiene algún
registro desde fines del siglo pasado".
La Trinchera de Acapulco es una d e p r e s i ó n del fondo ma-
r i n o ; forma parte de la Fosa del P a c í f i c o (12 a 15 kms. bajo
el nivel del m a r ) , extendida a lo largo de la costa, desde Alaska
hasta la Tierra del Fuego. Esta fosa "es el resultado de los
desplazamientos relativos que experimentan, por una parte,
la corteza terrestre submarina que penetra debajo de la gran
placa de corteza que constituye t o d o el continente america-
n o " . L a placa continental cabalga sobre la placa del P a c í f i c o ,
una de cuyas fracciones se llama placa de Cocos, desde el
estado de C o l i m a hasta C e n t r o a m é r i c a . Ambas placas se des-
plazan a u n a velocidad que v a r í a de 5 a 10 cms. por a ñ o , desa-
rrollada en f o r m a brusca, generando cada vez la l i b e r a c i ó n de
una gran cantidad de e n e r g í a acumulada por d e f o r m a c i ó n
elástica; así se producen movimientos s í s m i c o s como los de
4
septiembre.

L A T I E R R A ESTA VIVA

Los temblores y la actividad de los volcanes en 1985 fueron


u n recordatorio de la vitalidad de la Tierra. Pero m u c h o se ig-
nora de ella. A pesar de la r e v o l u c i ó n c i e n t í f i c a que represen-
t ó la t e c t ó n i c a de placas (parte de la g e o l o g í a que estudia la
corteza terrestre) en el decenio de 1960, la Tierra sigue sien-

19
do una gran desconocida. A p r o p ó s i t o de los terremotos de
septiembre de 1985, la geóloga M a r í a Fernanda Campa dice:

"Se ha p r o d u c i d o m á s bien c o n f u s i ó n y angustia, de-


bido a que los especialistas [. . . ] no logran dar una v i -
sión global del f e n ó m e n o , sus causas, mecanismos de
t r a n s m i s i ó n y efectos. Hay c o n f u s i ó n t e ó r i c a produc-
t o de la urgencia de dar respuestas, así como del esta-
do actual de c o n o c i m i e n t o acerca de los sismos en
general, de la t e c t ó n i c a activa del P a c í f i c o , y de la ac-
tividad t e c t ó n i c a y la e v o l u c i ó n g e o d i n á m i c a del te-
r r i t o r i o mexicano. L a c o m p r e n s i ó n cabal del terremo-
t o y sus trágicos efectos [. . . ] sólo se logrará en la
medida que se avance en estos campos del saber, se
analice la actividad s í s m i c a posterior a ese d í a [ 1 9 de
septiembre], se e v a l ú e n los d a ñ o s y enriquezcan los
conocimientos t e ó r i c o s previos al f e n ó m e n o " .

Según ella, no se entiende el fondo de la t e o r í a de la t e c t ó n i -


ca de placas, n i se aplica con p r e c i s i ó n al análisis de las causas
del sismo. Por ejemplo:
"desde tiempo a t r á s se observaron una serie de frac-
turas en los fondos o c e á n i c o s que chocaban con el
t e r r i t o r i o nacional; antes se pensaba que la fractura
Clarión [. . . ] continuaba directamente por tierra has-
ta cerca del D i s t r i t o Federal. A h o r a , a la luz de la tec-
t ó n i c a , dichas fracturas, que en sentido estricto no l o
son, se reconocen c o m o fallas de desplazamiento la-
teral que cumplen u n papel dentro de la d i n á m i c a de
la corteza o c e á n i c a ; su curso a la parte c o n t i n e n t a l n o
se produce m e c á n i c a m e n t e , m u c h o menos en el caso
de la falla Clarión porque t e n d r í a que atravesar p o r el
complejo de las placas de Cocos, P a c í f i c a y Rivera, an-
tes de meterse a la fosa y entrar en la de N o r t e a m é r i c a .
E n el sismo del 19 de septiembre, fue u n fragmen-
to de cerca de 200 kms. de la placa de Cocos entre fa-
llas de este t i p o el que a v a n z ó m á s que los otros en la
d i r e c c i ó n de la fosa; r o z ó y r o m p i ó con respecto a los
otros fragmentos de la placa de Cocos; c h o c ó contra
la de N o r t e a m é r i c a , se h u n d i ó cerca de dos metros en
la fosa de s u b d u c c i ó n y p r o v o c ó el sismo".

20
Otra c o n f u s i ó n se refiere al t é r m i n o de foco s í s m i c o , pues se-
g ú n la t e c t ó n i c a , " l a e n e r g í a s í s m i c a n o se libera en u n p u n t o
sino en u n plano donde i n t e r a c t ú a n las dos placas". A f i r m a la
5
doctora Campa:

"Es impresionante que las explicaciones a los sismos


de septiembre pasen p o r alto la placa Rivera que, j u n -
to con la Farallón (frente a las costas de Estados U n i -
dos), juegan u n papel central en la e v o l u c i ó n d i n á m i c a
del P a c í f i c o . E l l o es imperdonable y sólo se explica
por la i n c o m p r e n s i ó n del significado de las placas ac-
tuales dentro de la t e c t ó n i c a activa y de la necesidad
de su r e c o n s t r u c c i ó n en el pasado y su d e s t r u c c i ó n en
el f u t u r o . E l análisis de sus efectos en M é x i c o reviste
consecuencias trascendentes".

Una cosa queda clara: la Tierra c o n t i n ú a viva.

T E M B L O R SUI G E N E R I S

E l t e m b l o r del 19 de septiembre fue excepcional p o r su mag-


n i t u d , intensidad y c a r a c t e r í s t i c a s , y aunque "cada t e m b l o r es
diferente a todos los d e m á s , éste fue particularmente sui gè-
neris". He a q u í algunas peculiaridades mencionadas p o r E m i -
6
lio R o s e n b l u e t h , experto mexicano en i n g e n i e r í a s í s m i c a :

" B á s i c a m e n t e intensidad, regularidad y d u r a c i ó n


[ . . . ] A la luz de ciertos efectos, como la a p a r i c i ó n
de grietas notorias en el terreno y el pandeo de rieles,
cabe asignar a este sismo, en la z ò n a de m á x i m o s da-
ñ o s en la ciudad de M é x i c o , la intensidad I X de la es-
cala de Mercalli modificada, que es la que m á s se em-
plea en nuestro p a í s . E n la m a y o r parte del resto de
la zona blanda llegó a V I I I , y q u i z á a V en Ciudad
Universitaria. E n L á z a r o Cárdenas, t a m b i é n a l c a n z ó
I X . Con el mismo criterio cabe asignar V I I en su i n -
tensidad m á x i m a , en la capital [ del p a í s ] , al t e m b l o r
de 1957 y a algunos anteriores a é l , y nuevamente
I X al temblor de la é p o c a de M a d e r o " .

Los efectos de los terremotos suelen describirse en las llama-

21
das escalas de intensidad. Intensidad "es la violencia o fuerza
del m o v i m i e n t o de la t i e r r a en una región particular en t é r m i -
nos de los efectos que el t e m b l o r produce en las gentes o en
las cosas mismas, i n c l u y e n d o los muebles, edificios y otras
estructuras y la tierra m i s m a " . L a magnitud, en cambio, " i n -
dica el t a m a ñ o de u n t e m b l o r y de a h í se puede tener idea de
7
la fuerza o e n e r g í a desarrollada p o r u n sismo en su f o c o " .
A l producirse u n t e r r e m o t o v i o l e n t o , a d e m á s del espan-
t o , nos asalta la idea de los destrozos causados. Veamos una
escala de intensidades simples: I Detectado sólo p o r instru-
mentos. I I Sentido p o r personas en reposo. I I I Sentido den-
t r o de u n edificio. I V Sentido fuera. V Casi todos l o sien-
ten. V I Sentido p o r todos. V I I D a ñ o moderado en estructu-
ras. V I I I D a ñ o considerable. I X P á n i c o general. Grave d a ñ o .
X D e s t r u c c i ó n seria en edificios bien construidos. X I Casi
8
nada queda en pie. X I I D e s t r u c c i ó n t o t a l . C a t á s t r o f e .
Desde el siglo x i x se han hecho esfuerzos por clasificar
estos efectos. E n los a ñ o s 7 0 , el italiano Rossi y el suizo Fo-
rel, basados en datos de experiencias, propusieron sus escalas
y les asignaron 10 grados. Luego se f o r m ó la escala Rossi-Fo-
rel. E n 1902 o t r o italiano, Mercalli, p e r f e c c i o n ó la escala
i n t r o d u c i e n d o 12 grados y en 1931 é s t a fue corregida. Desde
entonces se llama escala de Mercalli modificada. Otras m á s se
han desarrollado. E l cuadro 1 considera el grado de intensi-
dad de u n sismo según sus efectos en el h o m b r e , las obras ar-
tificiales y la naturaleza.
A p r o p ó s i t o del t e m b l o r de septiembre de 1985, afirma Ro-
senblueth:

" L a t u b e r í a francesa de fierro fundido de tres c e n t í -


metros de espesor, que c o l o c ó Porfirio D í a z para traer
agua de X o c h i m i l c o , l i b r ó el t e m b l o r de 1911 y todos
los posteriores; estaba intacta antes del 19 de septiem-
bre ú l t i m o . Este sismo la d e g o l l ó en varias secciones.
L o cual sugiere que el macrosismo de septiembre su-
p e r ó en intensidad al de 1 9 1 1 . Digo 'sugiere' porque
las condiciones no son estrictamente comparables, ya
que partes de la ciudad de M é x i c o se han h u n d i d o va-
rios metros desde entonces p o r e x t r a c c i ó n de agua del
subsuelo y porque los detalles de ambos macrosismos

22
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24
pueden haber hecho que bajo algún p u n t o de vista
u n o hubiera sido peor que el ot ro y no así desde otros
puntos de vista. Por la complejidad del f e n ó m e n o no
hay un p a r á m e t r o ú n i c o . Sobre la a c e l e r a c i ó n h o r i -
zontal m á x i m a del terreno, en Acapulco, p o r ejemplo,
hemos registrado, sin d a ñ o s significativos, aceleracio-
nes horizontales m u y superiores al 20 p o r ciento de la
gravedad; similares a las que h u b o ahora en las inme-
diaciones del edificio de la S e c r e t a r í a de Comunica-
ciones y Transportes. Pero en Acapulco esas acelera-
ciones han estado asociadas a periodos de v i b r a c i ó n
m u y cortos. Desde que hay acelerógrafos en el m u n -
do, es decir desde hace poco m á s de medio siglo, no
se h a b í a registrado n i n g ú n t e m b l o r en ninguna parte
que tuviera aceleraciones tan elevadas en a s o c i a c i ó n
con periodos tan largos. A s í , la tercera peculiaridad
del macrosismo fue su d u r a c i ó n , del orden del doble
de l o que d u r ó el de 1957, que ya era excepcional-
mente largo. Fue u n terremoto a n ó m a l o desde todos
9
los puntos de v i s t a " .

L a clasificación de los efectos de los temblores según la inten-


sidad es subjetiva y da ú n i c a m e n t e una idea somera e i n c o m -
pleta de l o que es u n terremoto. Las escalas tienen sus l i m i t a -
ciones. Supongamos que u n terremoto m u y fuerte hubiera
tenido lugar en una selva o en u n remoto mar, sin testigos que
pudieran verificar sus efectos. Para nosotros hubiera pasado
inadvertido y , p o r consiguiente, d e b e r í a m o s asignarle una i n -
tensidad nula, l o cual equivale a decir que no h u b o temblor.
E n cambio, u n t e m b l o r superficial, p e q u e ñ o , c u y o epicentro
sea una ciudad, pudiera aparecer como algo c a t a s t r ó f i c o ,
cuando s í s m i c a m e n t e n o hubiera tenido m a y o r significado.
Se h a c í a imperioso u n m e d i o para conocer mejor los terremo-
tos y poder catalogarlos, desde los m á s fuertes hasta los m á s
débiles. Este deseo hizo nacer la escala de magnitudes.
Charles Francis Richter, quien t r a b a j ó con centenares de
terremotos o c u r r í a o s en la región de California, en Estados
Unidos, hizo la r e f l e x i ó n siguiente: " S i dos temblores suce-
den en el mismo sitio, el m á s fuerte dejará u n trazo m a y o r en
el papel de registro de una e s t a c i ó n sismológica. Se puede, por
lo tanto, tener una a p r e c i a c i ó n de la fuerza y e n e r g í a de los

25
temblores comparando los trazos de las amplitudes de las
ondas registradas".
Si se dispone de estaciones diseminadas en una vasta re-
g i ó n , con instrumentos i d é n t i c o s que respondan de la misma
manera a las distintas clases de ondas generadas p o r los sis-
mos, se p o d r í a hacer una c o m p a r a c i ó n entre los trazos regis-
trados. Todas las estaciones, a ú n las m á s alejadas, r e g i s t r a r á n ,
proporcionalmente, una onda de m a y o r a m p l i t u d con u n
t e m b l o r m á s fuerte que con u n o d é b i l . C o n el f i n de que las
estaciones tengan u n p u n t o de referencia para comparar la
e n e r g í a o fuerza de los sismos en su foco, es necesario estable-
cer u n temblor patrón al que se a t r i b u y a u n valor cero. Cuan-
do la m a g n i t u d aumenta u n grado, la fuerza del t e m b l o r se
m u l t i p l i c a p o r 32 aproximadamente.
L a m a g n i t u d n o m i d e directamente la e n e r g í a , pero evi-
dentemente u n trazo m a y o r en u n m i s m o s i s m ó g r a f o fue es-
crito p o r u n t e m b l o r m a y o r , a igual distancia. C o n la magni-
t u d se puede deducir la e n e r g í a liberada: " U n o de m a g n i t u d
igual a ocho, equivale a una e x p l o s i ó n s i m u l t á n e a de 12 m i l
bombas a t ó m i c a s T i p o A , de 20 k i l o t o n e s de T N T cada una,
1 0
como las lanzadas en la Segunda Guerra M u n d i a l " .
E l que " c o n o c í a t o d o l o que se h a b í a escrito sobre tem-
blores" n o p u d o saber m u c h o de nuestro t e r r e m o t o de sep-
tiembre de 1985. Ritcher, el m á s notable s i s m ó l o g o del m u n -
do, el de la escala de Richter, m u r i ó d í a s d e s p u é s , ese mismo
septiembre. H a b í a nacido el 26 de abril de 1900 en O h i o , Es-
tados Unidos. A ñ o s antes, el 16 de octubre de 1979, Cinna
L o m n i t z , s i s m ó l o g o investigador en la U N A M , exalumno de
Richter, h a b í a estado en Pasadena, California, cuando "sona-
r o n las campanillas del l ab o r a t o r i o : acababa de registrarse u n
i m p o r t a n t e t e m b l o r en el Valle Imperial, j u n t o a la frontera
mexicana. A l poco rato llegó R i c h t e r . E n t r ó sonriendo, fro-
t á n d o s e las manos y m u r m u r a n d o para sus adentros: 'Business
is g o o d '

ALGUNAS MEDICIONES

Antes de la c o n s t r u c c i ó n i n f o r m a t i v a del acontecer, tres testi-


gos mudos, tres aparatos digitales localizados en la Ciudad

26
Universitaria en el D i s t r i t o Federal, registraron la acelera-
c i ó n del terreno; según los a c e l e r ó g r a f o s , en "los tres casos
el registro d u r ó 60 segundos o m á s , y en el laboratorio llegó
casi a tres m i n u t o s . Esto indica que durante tales lapsos la
a c e l e r a c i ó n del terreno se m a n t u v o fluctuando entre valores
iguales o superiores a cinco gals, cifra cercana al nivel de dis-
paro de los a c e l e r ó g r a f o s " . Nunca antes se h a b í a n registrado
a h í aceleraciones m á x i m a s mayores que las del 19 de septiem-
bre. A las 14:30 horas de ese d í a , investigadores y t é c n i c o s
del I n s t i t u t o de I n g e n i e r í a de la U N A M , encabezados por el
doctor Prince, daban cuenta de los registros de esos instru-
12
mentos.
S e g ú n el lenguaje t é c n i c o , la a c e l e r a c i ó n m á x i m a absolu-
2
ta se m i d e en gals ( c m / s e g ) . Para darse una idea cuantitativa
del terremoto del 19 de septiembre, vale la pena comparar los
registros en la Ciudad Universitaria de sismos anteriores:

CUADRO 2

Aceleración máxima
absolu ta
Fecha (gals)

29.11.78 24
14.03.79 18
24.10.80 25
19.09.85 34*

* Dirección este-oeste; jardín del Instituto de Ingeniería.


Fuente: Prince et al., 20 de septiembre de 1985, pp. 4 y 6.

Setenta y cinco a ñ o s antes, Mariano B á r c e n a h a b í a instalado


un sismógrafo en el Observatorio M e t e o r o l ó g i c o de Tacubaya
—los sismos no son f e n ó m e n o s m e t e o r o l ó g i c o s — ; el 5 de sep-
tiembre de 1910, p o r decreto de Porfirio D í a z , se h a b í a crea-
d o e inaugurado el Servicio S i s m o l ó g i c o Nacional, aunque la

27
m e d i c i ó n i n s t r u m e n t a l de los sismos se h a b í a iniciado en M é -
xico a finales del siglo x i x . T a l evento se e n m a r c ó en los fes-
13
tejos del C e n t e n a r i o . E n 1985, cuando t o d a v í a r e c o r d á b a -
mos los 175 a ñ o s del inicio de la Independencia, se i n t e r r u m -
pieron abruptamente las austeras fiestas.
Los primeros c á l c u l o s de la m a g n i t u d del terremoto seña-
laron 7.0 ( M C ) . E l mismo 19 de septiembre, Paul B o d i n ,
investigador en la Universidad de San Diego, c o m u n i c ó al
I n s t i t u t o de I n g e n i e r í a los datos del National Earthquake
I n f o r m a t i o n Service, de Estados U n i d o s ; la m a g n i t u d : 7.8
(Ms); 8.1 fue la cifra del 26 de septiembre. Ese jueves, en el
norte del p a í s , El Heraldo de Baja California informó así:
"Pavoroso t e m b l o r en la capital de la n a c i ó n , esta m a ñ a n a " ;
"se cree que la intensidad del t e m b l o r fue similar al que se
r e g i s t r ó en 1957, cuando incluso c a y ó de su pedestal el Angel
de la Independencia", [sic].
Esta vez el Angel no v o l ó , como en la madrugada del do-
mingo 28 de j u l i o de 1957. Entonces l o reconstruyeron en la
colonia Buenos Aires, según cuenta Elena Poniatowska: "los
habitantes de D o c t o r Liceaga y de D o c t o r Barragán estaban
m u y orgullosos de que el nuevo Angel m á s grande y m e j o r
14
dorado surgiera de los andrajos de su c o l o n i a " . A h o r a , tal
vez por respeto a las conmemoraciones independentistas, el
Angel se aferró en sus alturas. Pero en la Buenos Aires, c o m o
en muchas otras colonias o barrios de la ciudad de M é x i c o , se
derrumbaron construcciones menos angelicales. Cerca, en la
Roma, en la Doctores, la naturaleza fue i m p í a . E l parque de
b é i s b o l del Seguro Social se c o n v i r t i ó en enorme morgue. Por
a h í , en el Hospital General, nacieron o m u r i e r o n muchos an-
gelitos.
Los diarios de la capital del p a í s del d í a 20 calificaron el
t e r r e m o t o : "Desastre n a c i o n a l " (La Jomada); " L a ciudad
de M é x i c o , zona de desastre; miles de v í c t i m a s . Devastador
terremoto del octavo grado" (Excélsior); "Earthquake's le¬
gacy: devastation" [Legado del t e r r e m o t o : d e v a s t a c i ó n ] (The
News). Por su parte, The San Diego Union dijo: "Earthquake
doesn't make big waves here"; "Tsunami: quake doesn't
make big waves"[El terremoto no hace a q u í grandes olas;
Tsunami: el t e r r e m o t o no hace grandes olas]. Los Angeles

28
Times, en su e d i c i ó n del 22 de septiembre, a p o y á n d o s e en el
US Geological Center, a f i r m ó que el terremoto h a b í a tenido
una magnitud de 7.8 en la escala de Richter. L a portada de la
revista Proceso del d í a 23 fue l a c ó n i c a : "Desastre".
En el sur del continente, en P e r ú , donde son frecuentes
los temblores, los titulares de primera plana de los diarios l i -
m e ñ o s del 20 de septiembre le dieron vuelo a la i m a g i n a c i ó n :
" T e r r e m o t o de 4 m i n u t o s deja en escombros a capital azte-
ca" (El Comercio); " T e r r e m o t o d u r ó quince m i n u t o s [. . . ] "
(Ojo); " T e r r e m o t o de 8.1 grados l o d e s t r u y ó t o d o " (La Re-
pública); " T e r r e m o t o de 8.1 grados d e s t r u y ó el 50% de la ciu-
d a d " (El Popular).
C o m o afirma u n investigador de la c o m u n i c a c i ó n : "Para-
d ó j i c a m e n t e , el mismo hecho que c e n t r ó la a t e n c i ó n m u n d i a l
sobre M é x i c o i n c o m u n i c ó totalmente al p a í s por u n largo pe-
r i o d o , al afectar la torre de telecomunicaciones de la Secreta-
r í a de Comunicaciones y Transportes en la colonia del Va-
1 5
lle". A h í , en el p a t i o oeste del antiguo Centro S C O P , en la
esquina de X o l a y A v . Universidad, donde se ubica la Secre-
t a r í a de Comunicaciones y Transportes ( S C T ) , donde los
edificios e s t á n asentados en suelo compresible, t í p i c o del área
central de la ciudad de M é x i c o , t a m b i é n se r e g i s t r ó la acele-
r a c i ó n de la tierra.

CUADRO 3

Aceleración máxima absoluta (gals)


Valor máximo de
Dirección 19.09.85 sismos anteriores

NS 98 34
EO 168 30
Vertical 36 15

Fuente: Mena et al, 21 de septiembre de 1985, p. 7.

29
Asimismo, se dispararon los a c e l e r ó g r a f o s localizados en la
Central de Abastos, situada en u n á r e a de suelo altamente
compresible de la zona del lago (a 8 kms. S E del Centro de la
ciudad de M é x i c o ) , de los Viveros de C o y o a c á n (zona de tran-
s i c i ó n ) y del Observatorio de Tacubaya (tierra firme). Estos
son algunos resultados comparativos:

CUADRO 4

Aceleración máxima absoluta (gals)


Estación NS EO Vertical

SCT 98 168 36
Central de Abastos ( F ) 81 95 27
Central de Abastos ( O ) 69 80 36
Viveros 44 42 18
CU(MV) 37 39 20
Tacubaya 34 33 19
C U (LP) 32 35 22
CU (01) 28 33 22

Fuente: Prince et al., lo. de octubre de 1985, p. 7.

S e g ú n Tamez, la e n e r g í a liberada p o r el terremoto del d í a 19


es 4 0 veces m a y o r que la del t e m b l o r de j u l i o de 1957 y unas
6 m i l veces la de la bomba a t ó m i c a de H i r o s h i m a . "Las ondas
s í s m i c a s viajaron a t r a v é s de la placa c o n t i n e n t a l y alcanzaron
al Valle de M é x i c o s a c u d i é n d o l o durante dos m i n u t o s y cau-
sando grandes destrozos y p é r d i d a de vidas en la zona central
de la ciudad. L l a m a la a t e n c i ó n el hecho de que los d a ñ o s a
las construcciones y los servicios p ú b l i c o s hayan sido m í n i -
mos o nulos fuera de esta zona; este hecho e s t á estrechamen-
te relacionado con las c a r a c t e r í s t i c a s de los suelos del Valle,
1 6
las cuales son una consecuencia de su origen g e o l ó g i c o " .

30
Los d a ñ o s cubrieron una e x t e n s i ó n m u y amplia, aunque
los m á s graves se concentraron en u n radio relativamente re-
ducido, especialmente en el Distrito Federal. Esto ú l t i m o se
explica por una c o m b i n a c i ó n de factores: p o r ejemplo, tal
vez muchas edificaciones entraron en resonancia debido a la
larga d u r a c i ó n del sismo; asimismo, la resonancia de los sue-
los —especialmente los del centro del Valle de M é x i c o donde
existen d e p ó s i t o s lacustres— c o i n c i d i ó con la frecuencia de las
ondas s í s m i c a s , y las normas de c o n s t r u c c i ó n vigentes pre-
v e í a n amplitudes m u y inferiores a las registradas en esta oca-
sión. Fuera del Distrito Federal, sin embargo, los d a ñ o s a las
grandes estructuras y edificios fueron de mucha menor grave-
dad debido a que la d u r a c i ó n del sismo fue m e n o r —por la
m a y o r c e r c a n í a al e p i c e n t r o - y p o r la existencia de suelos
distintos a los de la capital del p a í s . T a l vez p o r esta misma
r a z ó n , las zonas de la capital a l e d a ñ a s a los d e p ó s i t o s lacustres
1 7
tuvieron d a ñ o s m í n i m o s .

LAS ESTRUCTURAS

Durante los d í a s posteriores al 19 de septiembre varias briga-


das de la U N A M , apoyadas por voluntarios, hicieron u n levan-
t a m i e n t o exhaustivo de los efectos s í s m i c o s y de sus correla-
ciones con las c a r a c t e r í s t i c a s de los edificios en la zona de
d a ñ o s del D i s t r i t o Federal. La i n f o r m a c i ó n se c o m p l e m e n t ó
con la suministrada p o r otras fuentes, principalmente p o r las
constructoras del M e t r o y p o r la C o m i s i ó n Federal de Electri-
cidad. Hay u n cuadro razonablemente c o m p l e t o de la distri-
b u c i ó n de los d a ñ o s . Fue especialmente alto el porcentaje de
edificios gubernamentales que fallaron, pero ello n o j u s t i f i -
ca c o n c l u s i ó n alguna sobre la c o r r u p c i ó n . Muchos de tales
edificios eran rentados o se h a b í a n a d q u i r i d o del sector pri-
18
vado.
Cuando ocurre u n sismo, el terreno donde se cimentan las
estructuras tienen desplazamientos cuya m a g n i t u d , velocidad
y a c e l e r a c i ó n dependen de las c a r a c t e r í s t i c a s del sismo y del
suelo. L o s m o v i m i e n t o s del terreno se transmiten a la estruc-
tura a t r a v é s de la c i m e n t a c i ó n , p r o d u c i é n d o s e t a m b i é n des-
plazamientos o deformaciones y esfuerzos en los miembros

31
que la constituyen. C o m o las estructuras y las cimentaciones
de los edificios no tienen rigidez i n f i n i t a , se deforman p o r la
acción del sismo absorbiendo parte de la e n e r g í a que éste le
transmite.
Es posible calcular con una p r e c i s i ó n razonable los despla-
zamientos de una estructura cuando es sometida a cierto m o -
v i m i e n t o del terreno, así c o m o determinar los esfuerzos que
a c t ú a n en los elementos estructurales: columnas, vigas, losas,
muros, etc. Estos esfuerzos, sumados a los producidos p o r las
cargas verticales como el peso de los ocupantes, de los mue-
bles y de la propia estructura, p e r m i t e n d i s e ñ a r los elementos.
Se puede visualizar en forma e s q u e m á t i c a el efecto de los
sismos sobre algunos factores importantes de las estructuras.
U n o de ellos es la altura del edificio; mientras m a y o r sea é s t a ,
mayores serán los desplazamientos y los esfuerzos que a c t ú a n
en los elementos estructurales. E l sismo será sentido con ma-
y o r fuerza p o r los ocupantes del edificio, especialmente de
los pisos superiores, y pueden o c u r r i r mayores d a ñ o s en ele-
mentos n o estructurales tales c o m o agrietamientos de los m u -
ros y roturas de vidrios.
O t r o factor es el peso del edificio y de los objetos y per-
sonas que e s t é n en él: a m a y o r peso, mayores desplazamientos
y mayores esfuerzos en los elementos estructurales. Por esto
es i m p o r t a n t e que n o se exceda la carga supuesta en los c á l c u -
los estructurales, la cual se especifica en los reglamentos de
c o n s t r u c c i ó n según el destino del edificio.
T a m b i é n es fundamental el supuesto acerca de la acelera-
c i ó n del terreno al desplazarse, pues a m a y o r a c e l e r a c i ó n , ma-
yores desplazamientos de la estructura. Esta a c e l e r a c i ó n suele
especificarse en los reglamentos de c o n s t r u c c i ó n y se basa en
la experiencia acumulada.
Por ú l t i m o , e s t á la rigidez de la estructura, es decir, la re-
sistencia que opone al desplazarse horizontalmente. Esta r i -
gidez depende del t a m a ñ o de los elementos estructurales y
de la presencia de algunos elementos rigidizantes (v.gr. las
diagonales que se ponen en los marcos o los muros de cortan-
te). E l t i e m p o que tarda una estructura en completar una os-
cilación se denomina su periodo fundamental de v i b r a c i ó n ,
y es u n p a r á m e t r o i m p o r t a n t e en su respuesta a la a c c i ó n del

32
sismo. Cuando este periodo coincide con el de v i b r a c i ó n de
las ondas s í s m i c a s , aumentan m u c h o las fuerzas de inercia.
Una estructura sujeta a movimientos regulares del terreno cu-
y o periodo de v i b r a c i ó n coincida con el de la estructura, po-
d r í a estar sujeta a fuerzas de m a g n i t u d infinita. En la realidad
no se presenta: los movimentos sísmicos son irregulares y la
estructura tiene cierto grado de amortiguamiento p r o p i o .
Pero el efecto s í s m i c o aumenta m u c h o si el periodo funda-
mental de v i b r a c i ó n del edificio coincide o se aproxima a los
periodos de v i b r a c i ó n dominantes del terreno. Por eso al dise-
ñ a r una estructura se busca que su periodo fundamental de
v i b r a c i ó n de la estructura se aleje l o m á s posible de los perio-
19
dos de v i b r a c i ó n del terreno registrados en sismos anteriores.
A l diseñar una estructura resistente a la a c c i ó n de los sis-
mos, se pretende que soporte las fuerzas laterales de inercia
que se desarrollan. Es posible, pues, evitar o disminuir los
efectos s í s m i c o s en las estructuras. Pero los terremotos de
septiembre rebasaron las previsiones p r á c t i c a s del d i s e ñ o sís-
mico. A f i r m a Rosenblueth:

" R e b a s ó l o que p r e v e í a n nuestros reglamentos. No


que u n reglamento cifre sus disposiciones en t é r m i n o s
de intensidad. Especifica coeficientes, dimensiones
m í n i m a s , propiedades de los materiales de construc-
c i ó n , m é t o d o s de análisis, criterios de d i s e ñ o y mane-
ras de c o n t r o l a r la calidad durante la e j e c u c i ó n ; pero
esos conceptos suponen una gama determinada de
perturbaciones: intensidades sísmicas, velocidades del
viento, cargas vivas. Nuestros reglamentos n o c u b r í a n
20
la gama del macrosismo de s e p t i e m b r e " .

33
NOTAS

1. Robles Martínez, p. 50.


2. Instituto Panamericano, pp. 6-7.
3. Prince et al, 20 de septiembre de 1985, p. 1.
4. Tamez, p. 5.
5. Bermúdez, pp. 17-20.
6. Rosenblueth, p. 40.
7. Instituto Panamericano, p. 8.
8. Ibid., p. 16.
9. Rosenblueth, p. 41.
10. Instituto Panamericano, pp. 18-19.
11. Lomnitz. pp. 51-52.
12. Prince et al, p. 4.
13. Galindo, pp. 73 y 75.
14. Poniatowska, p. 39.
15. Fuentes, pp. 7 y 20.
16. Tamez, p. 5.
17. Comisión Económica, pp. 7-8.
18. Rosenblueth, p. 41.
19. González Cuevas, pp. 10-12.
20. Rosenblueth, p. 39.

34
L A RESPUESTA C I U D A D A N A

L a m o v i l i z a c i ó n e s p o n t á n e a de los ciudadanos ante la tragedia


del 19 de septiembre de 1985 —agravada p o r el p á n i c o del d í a
s i g u i e n t e - , p r o v o c ó solidaridad y h e r o í s m o . Miles de perso-
nas salieron a la calle, sin ser llamadas, para emprender el res-
cate de sus semejantes atrapados entre los escombros. Esto
o c u r r i ó en la ciudad de M é x i c o . Seguramente t a m b i é n suce-
d i ó en otras localidades afectadas p o r los sismos de esos d í a s ,
pero la prensa nacional no se o c u p ó de ello y carecemos de la
m í n i m a i n f o r m a c i ó n para configurar la materia prima de
aquellas otras microhistorias. Fue tan grande el golpe en la
m e g a l ó p o l i s que a c a p a r ó todos los recursos, incluso los infor-
mativos.
Solidaridad y h e r o í s m o , d e c í a m o s , fueron la respuesta i n -
mediata. Los hechos quedaron consignados en miles de pági-
nas de p e r i ó d i c o s , revistas y libros; en miles de palabras que
cruzaron los aires para anidarse en aparatos de radio y televi-
sión. De los hechos se desprendieron las visiones, las construc-
ciones intelectuales que i n t e n t a n dar forma a la realidad pri-
vilegiando algunos elementos, o m i t i e n d o otros.
El desbordamiento e s p o n t á n e o de la p o b l a c i ó n , con su
cauda de h a z a ñ a s , fue objeto de una visión inmediata, casi al
mismo t i e m p o en que los hechos se p r o d u c í a n . Y sobre esta

35
visión de lo heroico y solidario, de la actitud que conmueve
la almas, se erigió otra visión, o mejor dicho, el n o m b r e c o n
que se b a u t i z ó al h e r o í s m o : el despertar de la sociedad civil
Con el t i e m p o sabremos si, en efecto, el p u e b l o de la capi-
tal del p a í s se c o n v i r t i ó por unos m o m e n t o s en gobierno. Por
ahora consignamos la c r ó n i c a de las visiones, e m p e ñ a d a s en
abrir la brecha de la c r í t i c a para tener una mejor idea de lo
ocurrido en aquel t r á g i c o mes, cuando apenas t e r m i n á b a m o s
de celebrar las fiestas patrias.

LA CIUDAD
Intentemos hablar de la ciudad
que me obsesiona, que me vive,
que me traga. La ciudad.
1
Josefina Morales

Que la ciudad sea principio y fin


porque no hay soplo
que la hurte de su sitio;
cimiento la sangre de quienes la habitaron
modulando su espeso fundamento.
Oyeme decir que no me iré.
Que parta el solitario
y se hunda en el viento
entre los pájaros perdidos;
que parta el hombre común de cara lisa
que todavía cree en la salvación
y el robusto padre de familia
que busca dominar al sol.
Oyeme a mí decir que no me iré.
La ciudad se morirá conmigo,
yo estaré en su fundamento.
2
Alejandro Aura

E n 1970, cuando era cronista de la ciudad de M é x i c o Salva-


dor N o v o , el Departamento del D i s t r i t o Federal p u b l i c ó una
3
Guía de la ciudad de México, que agrupaba "los puntos
[. . . ] de m a y o r i n t e r é s para el visitante [ a ñ a d i r í a al residente],
de acuerdo c o n su u b i c a c i ó n , en 26 recorridos que pueden

36
hacerse dentro de la c i uda d". Desde entonces, se ha alterado
notablemente su f i s o n o m í a . Constantemente se ha alterado.
Por ejemplo, en 1940 la habitaban casi dos millones de perso-
nas; en 1950 y a eran 3 millones y en 1960 m á s de 5; en 1985
m á s de 16 millones. C o n ese dinamismo poblacional, es natu-
ral que la ciudad y sus alrededores se hayan transformado no-
tablemente. Las fuerzas humanas l o han hecho con gran rapi-
dez. Pero el paisaje fue transformado abruptamente en 1985
por las fuerzas de la tierra. Muchos "puntos [. . . ] de m a y o r
i n t e r é s " quedaron intactos; otros y a n o existen m á s ; otros se-
r á n restaurados. Se lee en las etiquetas post-sismo del I N A H :
" M o n u m e n t o h i s t ó r i c o . Debe ser restaurado". ¿Y los muer-
tos? E n septiembre de 1985 m u r i e r o n varios miles —residen-
tes y visitantes— de personas en M é x i c o , muchas m á s de las
que s o l í a n morirse d í a tras d í a .
" E l Z ó c a l o y sus alrededores" a ú n tiene la Plaza de la
C o n s t i t u c i ó n , el Palacio Nacional, la Suprema Corte de Jus-
ticia de la N a c i ó n , el Museo de la Ciudad de M é x i c o (donde
d e s p u é s del t e r r e m o t o se h a b l ó de la eternidad de la ciudad),
el t e m p l o y el H o s p i t a l de J e s ú s , el Portal de Mercaderes, el
Nacional M o n t e de Piedad, la Catedral M e t r o p o l i t a n a , la Aca-
demia de San Carlos. Es cierto, ya no existen p o r el r u m b o
muchos talleres de c o n f e c c i ó n de ropa, pero é s t o s antes n o
h a b í a n sido sitios de i n t e r é s ( t u r í s t i c o ) . E l recorrido de la
"Plaza de Santo D o m i n g o " a ú n puede hacerse; a h í e s t á n la
plaza, los portales y el t e m p l o de Santo D o m i n g o , la Biblioteca
Iberoamericana, la S e c r e t a r í a de E d u c a c i ó n P ú b l i c a , E l Cole-
4
gio Nacional, entre otros atractivos.
E l recorrido de la "Alameda C e n t r a l " incluye la avenida
J u á r e z , existente desde la Colonia,
"cuando fueron desecados los terrenos y pantanos
que ocupaban el lugar [. . . ] Se l l a m ó calle de Corpus
Christi, nombre que le v i n o del convento de esta de-
s i g n a c i ó n , frente a la Alameda. Presentaba de trecho
en trecho capillas que marcaban los pasos del V í a
Crucis, a p a r t i r del convento de San Francisco. De
este p u n t o a la ú l t i m a ermita, estaba medida en varas
castellanas, la misma distancia que Jesucristo r e c o r r i ó
5
en la V í a D o l o r o s a " .

37
S e g ú n la Guía de 1970, v a l í a la pena conocer la Alameda
Central, el Museo de Artes e Industrias Populares, la Avenida
J u á r e z , el Palacio de Bellas A r t e s , la D i r e c c i ó n General de Co-
rreos, el Banco de M é x i c o , el edificio Guardiola, la Torre L a -
tinoamericana, la Casa de los Azulejos, San Francisco, San
Felipe de J e s ú s , el claustro de San Francisco el Grande, el Pa-
lacio de I t u r b i d e , la casa de d o n J o s é de la Borda, el Colegio
de N i ñ a s , la Biblioteca Nacional, la casa de los condes de San
Mateo de V a l p a r a í s o , la de los condes de Miravalle, la d e l
m a r q u é s de Prado Alegre, la de los condes de Fieras S o t o ; la
Profesa, la C á m a r a de Diputados, la Biblioteca del Congreso,
la antigua calzada de Tacuba, el museo de la Paz y el conven-
t o de Betlemitas, el Palacio de M i n e r í a , el ex-Palacio de Co-
municaciones, la C á m a r a de Senadores, el t e m p l o y la plaza
de la C o n c e p c i ó n , la plaza de Garibaldi y el m o n u m e n t o a
6
Aquiles S e r d á n . Por estos r u m b o s ha cambiado el panorama.
" N o me acuerdo q u é h a b í a a q u í " , o í decir en octubre de
1985 al pasar p o r J u á r e z y Balderas, aunque a ñ o s a t r á s el poe-
ta A u r a h a b í a cantado a s í : " N i m o d o de arrancarme u n p i e /
para olvidar a la ciudad. / E l l a me tiene para siempre, soy su
7
vicio".

En los d í a s 19 de septiembre y siguientes, p o r estas calles


y avenidas h u b o una v í á dolo rosa (profana). T a m b i é n p o r
otras partes. Algunos de los edificios mencionados sufrieron
d a ñ o s por el t e r r e m o t o ; otros n o , c o m o la Torre L a t i n o a m e r i -
cana —edificio m o d e r n o , comparado con el resto—, que y a
h a b í a mostrado su resistencia en j u l i o de 1957.
E l recorrido 4, llamado en 1970 de " E l C a b a l l i t o " , p o r q u e
por a h í estaba la estatua de Carlos I V , i n c l u í a al H o t e l del
Prado (y su m u r a l de Diego Rivera, " S u e ñ o de una tarde de
d o m i n g o en la A l a m e d a " , con una de sus figuras centrales:
la muerte), la L o t e r í a Nacional, la Plaza de San Fernando, la
8
Pinacoteca V i r r e i n a l , el Teatro H i d a l g o . Esta fue zona de de-
sastre en septiembre de 1985.
L o s recorridos 5 a 10 ("Plaza de la R e p ú b l i c a " , " L a C i u -
dadela", "Salto del Agua y T l a x c o a q u e " , " L a Merced y San
L á z a r o " , " T l a t e l o l c o y N o n o a l c o " y "Paseo de la R e f o r m a " )
9
y el 21 ("Unidades Sociales, J u á r e z - i M M S - s c o p " ) n o p o d r á n

38
hacerse durante muchos a ñ o s sin recordar el t r á g i c o septiem-
bre. A u n q u e muchos puntos de i n t e r é s seguirán a h í , con
cicatrices o no, algunos lugares ya no e s t a r á n y otros t e n d r á n
resonancias distintas (Jamaica, " Y llueve. Y llueve. Jamaica
1 0
no se m u e v e " ; T e p i t o , Tlatelolco, P R I , Centro M é d i c o ) . Y
aunque n o consignadas en la Guia c o m o sitios de i n t e r é s para
los visitantes, las colonias Roma, Buenos Aires, Doctores y
otras m á s , d e b e r á n incluirse en la v í a dolorosa del terremoto
del 85.

EL DESASTRE

Y todo esto pasó con nosotros.


Nosotros lo vimos,
nosotros lo admiramos.
Con esta lamentosa y triste suerte
nos vimos angustiados.
"Los últimos días
11
del sitio de Techochtifian"

Y al mismo tiempo que faltó la luz,


cayeron las aves que iban volando.
Aullaban los perros.
Gritaban las mujeres y los muchachos.
Estaban desamparadas las indias que vendían
frutas y legumbres en la plaza.
12
Ciudad de México, 1692

Para hacer la c r ó n i c a de la tragedia b a s t a r í a t o m a r algunos


relatos publicados en la prensa del D i s t r i t o Federal a partir
del 20 de septiembre. S e r í a suficiente tal vez la c r ó n i c a perso-
nal. Esta no es la primera tragedia en la ciudad y el p a í s . Tam-
poco es la ú l t i m a .
H a y u n vocabulario p r o p i o de la c r ó n i c a , aunque son vo-
cablos comunes. Esta vez adquirieron nuevos significados:
albergues, archivos, atrapados, ayuda, brigadas, b ú s q u e d a ,
c a d á v e r e s , centralismo, comunicaciones, c o n s t r u c c i ó n , costu-
reras, crisis, damnificados, defunciones, demoliciones, de-
rrumbes, desaparecidos, desastre, d e s t r u c c i ó n , deuda, edifi-
cios, e j é r c i t o , entierros, escombros, escuelas, j ó v e n e s , heridos,

39
hoteles, Iglesia, industria, inhumaciones, muertos, n i ñ o s , par-
teaguas, presidente, provincia, r e c o n s t r u c c i ó n , rescate, ser-
vicios p ú b l i c o s , sismo, sobrevivientes, sociedad-civil, solidari-
dad, t e r r e m o t o , turismo, v í c t i m a s , vivienda. T a m b i é n algunos
nombres propios se oyeron de o t r o m o d o : Centro M é d i c o ,
Ciudad de M é x i c o , Ciudad G u z m á n , Colonia Roma, H o s p i t a l
General, H o s p i t a l J u á r e z , Jamaica, L á z a r o C á r d e n a s , M é x i c o
86, P l á c i d o D o m i n g o , T e p i t o , Tlatelolco. L a palabra nueva
fue tragedia. Pero antes hablemos de calamidades y desastres.
S e g ú n la t e r m i n o l o g í a s i s t è m i c a , el desastre es el estado
del sistema afectado (cualquiera integrado por el hombre y
los elementos que éste necesita para subsistir, v.gr. la ciudad)
que resulta de la i n t e r a c c i ó n eventual de éste con u n sistema
perturbador, es decir, aquel capaz de p r o d u c i r calamidades:
terremotos, huracanes, epidemias. A s í que " u n a calamidad,
p r o d u c t o del sistema perturbador, transforma el estado nor-
m a l del sistema afectado, en o t r o conocido como desastre".
Y con el p r o p ó s i t o de aminorar la magnitud de u n desastre se
13
suelen d i s e ñ a r sistemas de p r o t e c c i ó n y r e s t a b l e c i m i e n t o .
E n septiembre de 1985 la calamidad se l l a m ó terremoto, u n
desastre fue el estado de la ciudad de M é x i c o y hubo que i m -
provisar u n sistema de p r o t e c c i ó n y restablecimiento.
E l terremoto del 19 de septiembre tuvo efectos graves en
una superficie cercana a los 800 k i l ó m e t r o s cuadrados, siendo
m á s intensos cuanto m a y o r era la distancia del epicentro de-
bido a la m a y o r d u r a c i ó n correlativa del m o v i m i e n t o . E n el
D i s t r i t o Federal y en diversas localidades de los estados de
M é x i c o , Jalisco, Guerrero, C o l i m a y M i c h o a c á n , hubo nume-
rosos desplomes y d a ñ o s de c o n s i d e r a c i ó n en estructuras de
gran envergadura, seguidos de escapes del gas e incendios. Se
i n t e r r u m p i ó el flujo de electricidad hacia las regiones o zonas
m á s afectadas. A l desplomarse o d a ñ a r s e edificios y estacio-
nes repetidoras, se d i s l o c ó el servicio de telecomunicaciones,
i n t e r r u m p i é n d o s e completamente el sistema de t e l e f o n í a i n -
ternacional, y entre la capital y el resto del p a í s . Las l í n e a s
que llevan el agua potable hacia el D i s t r i t o Federal fueron
cortadas en varios tramos y h u b o numerosas rupturas en las
redes de d i s t r i b u c i ó n . H u b o muchas v í c t i m a s y heridos. Si
bien los d a ñ o s materiales fueron m u y elevados d e s p u é s del

40
primer terremoto, al ocurrir el segundo, 36 horas m á s tarde,
la s i t u a c i ó n se t o r n ó m á s c r í t i c a . Muchos edificios que h a b í a n
sido afectados con los primeros estremecimientos se derrum-
baron o se d a ñ a r o n a ú n m á s . U n m a y o r n ú m e r o de personas
q u e d ó atrapado entre los escombros, sembrando c o n f u s i ó n y
1 4
desaliento entre la p o b l a c i ó n .

E L CIELO EXTRAÑAMENTE AZUL

La c r ó n i c a de Angeles Mastretta b a s t a r í a para saber de la tra-


15
gedia.

¿Quién dormiría en ese colchón? ¿Cómo era la risa de la mu-


'er que anoche entró al cuarto del hotel que el temblor apre-
tujó en un piso? El Regis arde, echa lumbre por las ventanas
que le quedan, una lumbre incansable que llena de humo el
cielo extrañamente azul.
Los bomberos volvieron a la esquina de avenida Juárez y
Balderas, una sirena tras otra sobre la calle apretujada de po-
licías, militares, marinos, boy scouts, adolescentes empeña-
dos en servir de algo, sorpresa y conversaciones privadas.
Arde frente a nosotros el hotel y en la esquina de atrás es-
tán atrapados los niños de la guardería de Gobernación y
unos estudiantes de Conalep.
Atrás, junto al viejo edificio de la Lotería Nacional, se
desplomó un edificio con 200 habitaciones ocupadas. . . Esta-
mos todos mirando sin querer imaginar que tras los pedazos
de cortina que jala una muchacha cubierta con un mandil de
cruces rojas, bajo los 12 pisos reducidos a un montón de con-
creto por el que asoman sillas, vidrios, camas, trapos y casca-
jo, hay gente. Negándose a registrar nada que no sea la suce-
sión de cosas caídas por las que atravesamos.
[...]
Caminamos por entre gente que corre para ayudar a quién
sabe quién, a solucionar una urgencia que no solucionan, a
sentirse otra vez necesarios.
Por los escombros de un edificio trepan un muchacho y
un policía.

41
— Todavía hay gente ahí.
— ¿Cómo cuántos?
— Como diez.
— ¿Vivos?
— Se oyen. Unos de por enmedio ya salieron. Otros de
por atrás gritan a veces.
— ¿Usted aquí trabajaba?
— No. Pero tengo mi hermano allí abajo. Trabaja en la la-
vandería, en el sótano. Ahí ya no se oye a nadie.
— Llegó la señora de Galeana.
— ¿Quién es?
— Yo —dice una mujer metida en su mejor traje sastre,
con los ojos a medio despintar, temblando sobre los tacones.
— Salió su marido —le dicen. Lo sacaron hace ratito. Ya
hasta se fue.
— Bendito sea Dios. ¿ Y no sabe para dónde se fue?
— No, nomás se fue.
En San Juan de Letrán un edificio de media cuadra yace
en el piso como demolido. La gente lo mira. ¿Qué había ahí?
Una llamita empieza a crecer en el suelo y segundos des-
pués ya es una llamarada: humo, gritos, empujones, sirenas.
— Había gas, se va a prender el edificio de junto. Nos va-
mos a prender nosotros.
— Si quieren ayudar quítense —grita un soldado.
— ¿Y tú dónde estabas cuando el temblor?
— Aquí, pues si aquí vivo. Estaba acostada.
— ¿Y cómo se oyó cuando se cayó el edificio de enfrente?
— No sé. Uno como está afligido pensando en uno, no
oye nada. Yo no oí.
— ¿También tu oficina se cayó?
— Pues eso dijeron en las noticias, que todo Pino Suárez.
Yo no sé. Yo lo que quiero es irme pa'mi casa en Poza Rica.
Allá no tiembla, siquiera me estoy unos tres días.
— ¿Y como cuántos han sacado de aquí enfrente?
— Como a 15. Pero nomás un muerto. ¿Tú crees?
— Lo que pasa es que los muertos pa'qué los sacan. Si son
hartos, y abajo de tanto escombro se van a tardar semanas.
— Semanas.
Una mesa de bar viene montada en la pala mecánica que

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maneja un soldado.
— Arrímense, arrímense, que ahí les va.
La mesa y la tierra cae junto a nuestros pies. En esa mesa
la gente ponía anoche su copa y conversaba.
— ¿Qué no hay agua? ¿Nadie tiene un poco de agua?
— Allá hay, pero es destilada para las heridas, aunque se
la andan tomando.
Un adolescente de tenis y playera aparece cargando una
olla de peltre llena de agua. Se le acercan las bocas de hom-
bres blanqueados por la tierra de los escombros. Les da vasos
y les sirve, beben de prisa. Uno de ellos se detiene y protesta:
— Oye, este vaso estaba sucio.
Frente al edificio de la Secretaría de Marina se agrupan
unos jóvenes uniformados como si fueran a meterse a una lan-
cha.
— Pensar que yo tenía salida y me quedé arrestado.
— Pos ora sí ni para cuándo.
Cerca del cine Metropolitan descansan y platican marinos.
Platican incansables como toda la ciudad porque los temblo-
res acrecientan el habla. Cada quien tiene su historia, su ine-
ludible catástrofe. . .

E L HEROISMO

La energía del dolor está hecha de sombras,


de oscuridades suavemente marcadas por una
extrañísima claridad. Es lo que ha tenido de
pie a quienes, en jornadas extenuantes y
heroicas, han contribuido en las tareas de
rescate. Es lo que mantiene viva a la ciudad,
a pesar de todo: el hilo de fuerza del que de-
pende el sentido de la sobrevivencia.
16
David Huerta

Los hechos heroicos son incontables. Basta con algunos cuan-


tos. E n Tlatelolco, informaba la prensa al d í a siguiente del te-
r r e m o t o , miles de j ó v e n e s se ofrecieron como voluntarios
para remover escombros, utilizando para ello cubetas, tinas,
ollas y todo tipo de implementos. Largas colas de vecinos se

43
pasaban de mano en mano las cubetas para ayudar a quienes
posiblemente a ú n estaban vivos.
Unomásuno resalta en su editorial del 20 de septiembre:
" L a solidaridad ciudadana pudiera ejemplificarse con u n solo
dato: la S e c r e t a r í a de Salud, que puso tres m ó d u l o s en diver-
sos puntos de la ciudad para quienes quisieran donar sangre,
t u v o que pedir a los medios de c o m u n i c a c i ó n que avisaran
que ya n o se necesitaban voluntarios, porque é s t o s excedie-
r o n la capacidad de las instalaciones".
Tal vez nadie r e s u m i ó mejor que Carlos Monsiváis el e s p í -
r i t u de los primeros d í a s de la tragedia:

"Taxistas y peseros transportan gratis a damnificados


y a familiares afligidos; plomeros y carpinteros apor-
tan seguetas, picos y palas; los m é d i c o s ofrecen p o r
doquier sus servicios; las familias entregan v í v e r e s , co-
bijas, ropa; los donadores de sangre se m u l t i p l i c a n ; los
buscadores de sobrevivientes d e s a f í a n las m o n t a ñ a s de
concreto y cascajo en espera de gritos o huecos que
alimentan esperanza. A l lado del valor y la constancia
de bomberos, socorristas, soldados, choferes de la R u -
ta 100, m é d i c o s , enfermeras, p o l i c í a s , a b u n d ó un he-
r o í s m o nunca antes tan masivo, y tan genuino, el de
quienes ante la escasez y la falta de recursos, y p o r de-
cisión propia, inventaron como pudieron m é t o d o s
funcionales de salvamento, el p r i m e r o de ellos, una
indiferencia ante el peligro, si ésta se t r a d u c í a en vidas
hurtadas a la tragedia. Basta recordar las cadenas h u -
manas que rescatan u n n i ñ o , entregan u n gato h i d r á u -
lico o un tanque de o x í g e n o , alejan piedras, abren bo-
quetes, sostienen escaleras, tiran de cuerdas, trepan
por los desfiladeros que el t e m b l o r e s t r e n ó , instalan
los 'campamentos de refugiados', cuidan de las per-
tenencias de los vecinos, remueven escombros, aguar-
dan durante horas la maquinaria pesada, izan cuerpos
de v í c t i m a s , se enfrentan consoladoramente en histe-
17
rias y d u e l o s " .

E n un mensaje dirigido a la N a c i ó n el d í a 20 de septiembre, el


Presidente Miguel de la M a d r i d m a n i f e s t ó : "Frente al sinies-
t r o se han p r o d u c i d o no s ó l o actos de extraordinaria solidari-

44
dad p o r parte de los distintos sectores de nuestro pueblo, sino
inclusive actos que merecen plenamente el calificativo de ac-
tos de h e r o í s m o que m u c h o h o n r a n al pueblo de M é x i c o [. . . ]
Es conmovedora la a c t i t u d de fraternidad y de solidaridad
que está mostrando el pueblo de M é x i c o [. . . ] Y o me siento
profundamente orgulloso del pueblo que gobierno, me sien-
t o profundamente orgulloso de su sentido de fraternidad, de su
e s p í r i t u de servicio, de la v o l u n t a d con la que e s t á n concu-
rriendo las gentes, alojando en sus casas a los vecinos, a sus
familiares, a proporcionar alimentos, a i r a los lugares de los
derrumbes para ver en q u é pueden ayudar. Hay gente que ha
ido a comprar a las t l a p a l e r í a s palas y zapapicos para cola-
borar en las labores de salvamento. Esto es una muestra de
grandes valores del pueblo de M é x i c o " .
Ese mismo d í a los p e r i ó d i c o s s e ñ a l a b a n que en la colonia
Guerrero, 60 brigadas de j ó v e n e s r e c o r r í a n las vecindades
para realizar labores de apuntalamiento. A d e m á s , ante la i n -
suficiencia de elementos policiacos, cerca de 15 m i l volunta-
rios dirigían el t r á n s i t o en diversas zonas de desastre.
E l d í a 2 1 , el m i l i t a r Isidro Meneses G u t i é r r e z , cabo de
Materiales de Guerra, e n t r e g ó a los socorristas del E s c u a d r ó n
de Rescate y Urgencias M é d i c a s m á s de 100 millones de pesos
sn cheques al p o r t a d o r y documentos cobrables, encontra-
dos en u n edificio de la calle San A n t o n i o A b a d .
U n d í a d e s p u é s , El Nacional i n f o r m a que m á s de 30 m i l
estudiantes y profesionales de universidades p ú b l i c a s y priva-
das del p a í s , e s t á n auxiliando de manera eficiente, responsa-
ble y urgente a los damnificados del terremoto.
E l 24 de septiembre, en la colonia Morelos, ochenta de las
v í c t i m a s sepultadas bajo los escombros, fueron rescatadas "a
mano pelona", sin picos n i palas, n i maquinaria. Los propios
vecinos encabezaron el rescate ante la falta de ayuda.
I n f o r m a Carlos C a n t ó n Zetina, en Excélsior, que m á s de
m i l campesinos abandonaron m o m e n t á n e a m e n t e sus parcelas
en los estados de Veracruz, Puebla, Oaxaca y N a y a r i t , para in-
tegrarse a las brigadas de rescate en el D i s t r i t o Federal, sin
más herramienta que picos y palas.
En la medida en que los hechos se suceden, se van p r o d u -
ciendo declaraciones sobre esos acontecimientos. A s í , el d í a

45
25, el director de O r i e n t a c i ó n Vocacional de la U N A M , doc-
t o r Jorge del Valle, m a n i f e s t ó que la solidaridad popular ha
sido m á s grande que los desmanes cometidos durante el res-
cate de v í c t i m a s , si bien, p o r desgracia, se ha dado m á s p u b l i -
cidad en los medios de c o m u n i c a c i ó n a los hechos negativos.
T a m b i é n s e ñ a l ó : "De l o que estoy persuadido es de que este
p a í s va a ser diferente d e s p u é s del t e m b l o r . Para bien o para
mal, m u y probablemente, en los p r ó x i m o s veinte a ñ o s se mar-
que u n antes y u n d e s p u é s del sismo: las consecuencias y l o
que logró no ser afectado".
A l siguiente d í a : " L o s j ó v e n e s mexicanos dieron la lec-
c i ó n m á s grande de altruismo y solidaridad de que se tenga
m e m o r i a en los ú l t i m o s 50 a ñ o s " , a f i r m ó el director del
C R E A , Heriberto Galindo. " L a de ahora ha sido una a c c i ó n
que i m p r e s i o n ó a toda la sociedad, p o r la destacada participa-
c i ó n de los j ó v e n e s que ganaron la calle para servir a los dam-
nificados. . . "
E l C R E A publica el d í a 29 u n desplegado en el que señala
que a r a í z del siniestro, "hemos sido testigos de la que, q u i -
zá, es la m a y o r m o v i l i z a c i ó n social solidaria desde marzo de
1938 [. . . ] Esta p a r t i c i p a c i ó n c o m p r o m e t i d a de la sociedad
civil, es, m u c h o m á s que generosidad individual, el fermento
de las nuevas formas de consenso activo que son u n o de los
mejores sustentos de la R e n o v a c i ó n Nacional a la que con
tanta vehemencia y p a t r i o t i s m o ha convocado el Presidente
de M é x i c o . . . "
C o n respecto a las actitudes heroicas, el g é n e r o que mejor
refleja el clima en el m o m e n t o de la tragedia es a nuestro j u i -
cio la c r ó n i c a ; en ocasiones ésta se c o m b i n a con la entrevista.
Resulta comprensible: el reportero va al lugar de los hechos,
observa y escribe sus impresiones. L a i n f o r m a c i ó n se transpa-
renta, no la vemos retorcida por los tradicionales intereses
creados. En cambio, cuando el h e r o í s m o se convierte en ma-
teria de propaganda, vemos desafortunadamente otra cara de
la moneda. La r e t ó r i c a , que convierte la solidaridad en h i m n o
autocomplaciente, n o hace m á s que mostrar nuestras debili-
dades. E l h e r o í s m o n o tiene l í m i t e y n o necesita ostentarse;
existe y con eso basta, le sobra la p r o c l a m a c i ó n . C o m o dijera
Carlos Monsiváis, " . . . si t o d o el esfuerzo se va a petrificar en

46
1 8
u n conjunto e s c u l t ó r i c o estamos j o d i d o s " .
El relato escueto es m u c h o m á s aleccionador que la orato-
ria. Recordaba el l o c u t o r Juan J o s é Bravo M o n r o y el 28 de
septiembre, como si l o estuviera viviendo nuevamente: "Nos
llamaron de diferentes gasolineras para donar combustible;
otros, como laboratoristas, ofrecieron medicinas; el vocero de
la embajada de Australia d o n ó cien m i l d ó l a r e s , u n desconoci-
do 2 0 m i l pesos, pero n o quisimos recibir el dinero; l o que sí
informamos es donde d e b e r í a n acudir para hacerlo. Nos di-
mos a la tarea de proporcionar i n f o r m a c i ó n sobre albergues,
heridos, c a d á v e r e s . . . " Bravo M o n r o y estuvo pegado al m i c r ó -
f o n o de radio, i n i n t e r r u m p i d a m e n t e , hasta la media noche del
19 de septiembre.
El 30 de septiembre relata Carlos M a r í n en Proceso:
" . . . p o r entre pedazos de librero, jirones de c o l c h ó n y discos
i n c r e í b l e m e n t e intactos en sus fundas de c a r t ó n y p l á s t i c o
que enmarcan la entrada de una ratonera, emerge una brigada
de seis obreros de la F o r d y de Transautos, S.A., convertidos
en fantasmas sudorosos que salpican polvo y huelen a muerto
fumigado. Salen a comer algo indescifrable sobre el cofre de
u n a u t o m ó v i l aplastado. Beben café frío en el frío de las tres
de la m a ñ a n a y u n o comenta que acaban de perforar a punta
de cincel la losa de u n piso derrumbado, el colado que servía de
piso y techo a la vez. . . N o han pasado n i siquiera ocho m i n u -
tos y vuelven hacia los escombros".
Por su parte, Carlos Monsiváis escribe, t a m b i é n en Proceso:

" C o m o en m u y escasos momentos de M é x i c o , la vida


humana se eleva al rango de bien absoluto. U n n i ñ o o
n i ñ a , mujer o u n hombre salvados desatan u n j ú b i l o
colectivo sin precedente. E n Tlatelolco o en el Hospi-
tal J u á r e z , la fiesta de aplausos y llantos que recibe a
cada sobreviviente, indica una nueva v a l o r a c i ó n ética
en u n medio que h a b í a confundido la deshumaniza-
c i ó n del capitalismo con la d e s h u m a n i z a c i ó n a secas y
que ha cultivado la leyenda del amor insaciable del
Mexicano p o r la M u e r t e . Se suspende la habitual indi-
ferencia ante las c a t á s t r o f e s y durante unos d í a s , la
ciudad ( y presumiblemente gran parte del p a í s ) ensal-
1 9
za las m í n i m a s victorias sobre la d e s t r u c c i ó n " .

47
Si la r e t ó r i c a n o hace falta al h e r o í s m o , el chovinismo tampo-
co. Preguntar a quienes vinieron del exterior a prestar su
c o l a b o r a c i ó n en las tareas de rescate su o p i n i ó n sobre la
conducta del pueblo mexicano (de la ciudad de M é x i c o ) ante
la tragedia, es algo que está de m á s ; la sola pregunta i m p l i -
ca inmodestia, s u p o s i c i ó n anticipada y autocomplaciente de
virtudes propias. A partir de actitudes c o m o éstas, el h e r o í s -
m o se vuelve m i t o , sustancia e t é r e a de d e c l a m a c i ó n . A s í , u n
grupo de bomberos e s p a ñ o l e s m a n i f e s t ó su grata i m p r e s i ó n
por la " v a l e n t í a y coraje de los mexicanos". L o s socorristas
israelíes quedaron "impresionados p o r la conducta de la gen-
te que trabaja en el á r e a de desastre. . . Fue i n c r e í b l e . . . "
P e n s a r í a m o s que, cuando menos, u n reportero n o debe for-
m u l a r una pregunta cuya respuesta conoce de antemano. N o
hay por q u é pedir a otros —extranjeros— que ratifiquen l o
que estamos viendo. E n t o d o caso que l o difundan en sus p a í -
ses de origen, como seguramente lo h a b r á n hecho.
Chovinismo t a m b i é n es la e x a l t a c i ó n de nuestras habili-
dades sensoriales casi supremas, p o r encima de la t e c n o l o g í a
de los p a í s e s industrializados, que ya perdieron el sentido del
tacto. . . y el del o í d o . Blanche Petrich, de La Jornada, entre-
vista a u n o de los topos del edificio Nuevo L e ó n : "Somos es-
pecialistas para meternos en cualquier h u e q u i t o , haciendo
malabares. Debemos aguantar dos horas dentro de los t ú n e l e s
que se van cavando. A p u r o o l f a t í m e t r o y r a s q u í m e t r o hemos
tenido m á s eficacia que los aparatos de sonar y los perros
entrenados para detectar gente". Para ser t o p o "se necesita
un solo requisito: ser h u m a n o , sensible, desinteresado, pa-
ciente. Que tenga fuerza de v o l u n t a d [. . . ] A q u í la a r t i m a ñ a
mexicana ha superado a la t e c n o l o g í a extranjera y hasta al
instinto animal. E n muchas ocasiones los perritos suizos y
franceses nada m á s anduvieron dando vueltas y vueltas y n o
encontraron nada y en esos mismos lugares nosotros encon-
tramos gente horas y hasta d í a s d e s p u é s " .

LA SOLIDARIDAD

A l igual que el h e r o í s m o , la solidaridad es una v i r t u d que n o


necesita publicidad. Cuando se hace a c o m p a ñ a r de ella, el ac-

48
t o solidario se vuelve sospechoso. Si con la difusión del al-
t r u i s m o se pretende hacer de la fraternidad u n f e n ó m e n o de
dimensiones nacionales, no hace falta la foto y el nombre del
altruista, basta con señalar los hechos.
L a verdadera c r ó n i c a de la solidaridad, o por l o menos la
que m á s pudiera ajustarse al perfil de u n pueblo que hace de
la fraternidad una v i r t u d revivida, sin necesidad de consignas y
por medio de miles de actos, de innumerables y p e q u e ñ o s ac-
to que cumplen con la c o n d i c i ó n m á x i m a de la eficacia, esto
es, resolver uno o varios problemas a quienes han c a í d o en
desgracia, t a l vez nunca será escrita. H a b r á q u i z á una recrea-
c i ó n , una é p i c a de los d í a s de la tragedia y sin duda el perso-
naje central será el h é r o e a n ó n i m o .
Por ahora nos limitamos a escribir la crónica de la solida-
ridad proclamada, que de cualquier forma constituye una
e x p r e s i ó n de la respuesta ciudadana, consagrada ya como u n
hecho h i s t ó r i c o en este f i n de siglo.

Septiembre
D í a 19. E l Consejo Coordinador Empresarial hizo u n urgente
llamado a todos los empresarios del p a í s para que presten au-
x i l i o a las autoridades y las instituciones de socorro. Igual ac-
t i t u d asumieron los partidos de o p o s i c i ó n ( P A N , P S U M , P P S ,
P S T , P M T , P S D , P R T y P D M ) , que convocaron a sus c o m i t é s
municipales y estatales a sumarse a las labores de rescate y
solidaridad. Asimismo, varios hospitales privados abrieron sus
puertas para atender a los heridos.
E l cardenal Ernesto Corripio A h u m a d a giró instrucciones
a todos los sacerdotes de la A r q u i d i ó c e s i s de M é x i c o para
ayudar m o r a l y materialmente a la p o b l a c i ó n afectada p o r los
sismos.
La C á m a r a de Diputados a n u n c i ó que sus m i e m b r o s dona-
r á n u n mes de dietas de sus 399 miembros (200 millones de
pesos) para auxiliar a los damnificados, en t a n t o que el P R I
del Distrito Federal i n s t a l ó unidades de auxilio en cada uno
de sus c o m i t é s distritales.
Por su parte, la Cruz Roja d e s p l e g ó u n gigantesco disposi-
tivo de urgencia para el salvamento y rescate de miles de per
sonas atrapadas entre los escombros. Sin i m p o r t a r amenaza;

48
de estallido de gas, m á s de tres m i l voluntarios acudieron al
llamdo en los lugares c r í t i c o s .
Es digno de observarse c ó m o , mientras la p o b l a c i ó n se
volcaba a las calles (la escueta nota sobre la Cruz Roja n o
es m á s que u n o entre miles de hechos), las instancias de poder
m á s importantes: empresarios, partidos, Iglesia C a t ó l i c a , anun-
ciaban su decisión de participar en la magna labor de salva-
m e n t o y auxilio, sin ocupar realmente u n lugar preponderan-
te. A esto se refieren quienes hablan del "desbordamiento"
de la sociedad civil en esos d í a s . T o d o parece indicar que n o
hay duda sobre este f e n ó m e n o . Una simple c r o n o l o g í a toma-
da de los principales diarios de la capital del p a í s , basta para
darse cuenta de estos hechos que sin duda son, y sobre t o d o
serán, materia de estudio para quienes quieran conocer de
cerca la c o m p o s i c i ó n real de fuerzas en el m á s grande de los
microcosmos nacionales: el D i s t r i t o Federal.

D í a 20. Se a n u n c i ó la c r e a c i ó n del F o n d o de A y u d a C a t ó -
lica para ofrecer techo y comida a quienes se quedaron sin
hogar en la ciudad de M é x i c o . Por su parte, el arzobispo de
Guadalajara i n d i c ó que en todas las parroquias de la a r q u i d i ó -
cesis se solicitará ayuda para los damnificados del estado de
Jalisco.
La C A N A C I N T R A c o n v o c ó a los empresarios para que en-
treguen voluntariamente l á m p a r a s , equipo de r e m o c i ó n de
escombros, mascarillas contra el polvo y o x í g e n o . A d e m á s
p r o m e t e n sus afiliados ofrecer a r t í c u l o s para la c o n s t r u c c i ó n
a precios de fábrica.
E l Sindicato Revolucionario de Trabajadores Petroleros
de la R e p ú b l i c a Mexicana a n u n c i ó que pone a d i s p o s i c i ó n de
las autoridades 50 millones de pesos en v í v e r e s , así c o m o sus
hospitales ubicados en el D i s t r i t o Federal. A su vez, los traba-
jadores telefonistas acordaron realizar jornadas extraordina-
rias en sus labores para reparar aparatos y eventualmente for-
mar cuadrillas para prestar a u x i l i o a los damnificados.
E l gobierno federal dispuso la c r e a c i ó n del F o n d o de A y u -
da para la R e c o n s t r u c c i ó n Nacional, que estará destinado a la
r e h a b i l i t a c i ó n de hospitales, centros educativos y viviendas.
Salvo la a c c i ó n concreta de los telefonistas, sigue la t ó n i c a
de la convocatoria y el anuncio. Llama la a t e n c i ó n que las

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grandes fuerzas organizadas, ausentes en el m o m e n t o m á s crí-
t i c o , han dicho en m á s de una o c a s i ó n que representan a la
sociedad. T a l vez esto sea verdad. . . en las p á g i n a s de los pe-
riódicos.
D í a 2 1 . Comienza h o y la solidaridad organizada, la de las
instituciones que muestran t o d o su poder y recursos en favor
de los damnificados, aunque sea con u n p o c o de retraso.
El E j é r c i t o y la Fuerza A é r e a donaron tres d í a s de sueldo,
equivalente a 555 millones de pesos para la ayuda a los dam-
nificados.
L a gente del fútbol se d a r á cita h o y en el Centro de Capa-
c i t a c i ó n para llevar medicinas, alimentos, cobijas, ropa y t o d o
lo que pueda ser ú t i l para ayudar a quienes t o d o lo perdieron
con el t e r r e m o t o .
La C o n f e d e r a c i ó n de Trabajadores de M é x i c o puso a dis-
p o s i c i ó n de las autoridades capitalinas m i l 200 viviendas del
I N F O N A V I T para que sean asignadas a las familias que perdie-
ron sus hogares. A d e m á s , la C T M asegura que h a b r á empleo,
en los sindicatos afiliados a esta o r g a n i z a c i ó n , para todos los
que lo perdieron como consecuencia del t e r r e m o t o . T a m b i é n
se han formado cuadrillas de cetemistas para auxiliar en las
tareas de rescate.
L a A r q u i d i ó c e s i s de M é x i c o afirma que las puertas de las
iglesias e s t á n abiertas para quienes se quedaron sin techo y
comida.
El P S U M informa que cuenta con brigadas para auxiliar
a la p o b l a c i ó n afectada p o r los sismos y que pone a disposi-
c i ó n sus locales para familias damnificadas.
Los gobiernos de los estados de Morelos, Guanajuato, Ta-
maulipas y M é x i c o , a s í como diversas organizaciones sociales
y la Cruz Roja de esos estados, enviaron provisiones, medici-
nas y ropa para los damnificados del D i s t r i t o Federal.
D í a 2 2 . E l parte del d í a es sin novedad: las instituciones
intensifican su presencia.
El Sindicato U n i c o Nacional de Trabajadores Universita-
rios hace u n llamado a todas las universidades del p a í s para
formar brigadas de rescate y auxilio a los damnificados, y
anuncia que se p r o p o n d r á la d o n a c i ó n de tres d í a s de salario
"para nuestros hermanos en desgracia". El C o m i t é Ejecutivo

51
del sindicato de la U A M , por su parte, promueve la d o n a c i ó n
de u n d í a de salario entre sus afiliados.
Asociaciones de profesionales —ingenieros, arquitectos,
abogados, p r i n c i p a l m e n t e - afiliadas a la C N O P , iniciaron labo-
res de ayuda en forma coordinada para auxiliar a la p o b l a c i ó n .
E l Hospital Humana, el m á s caro del D i s t r i t o Federal,
a b r i ó sus puertas para prestar servicio g r a t u i t o a personas
afectadas p o r el t e r r e m o t o .
La U N A M y la U A M han decidido mantener suspendidas
sus actividades a c a d é m i c a s habituales para seguir p r o p o r c i o -
nando ayuda, p o r medio de centenares de brigadas, a la po-
blación.
Se i n f o r m a que todas las instalaciones del P R Í en el Dis-
t r i t o Federal han sido habilitadas como albergues, y los d i p u -
tados p r i í s t a s realizan recorridos p o r los barrios capitalinos
a fin de recolectar medicinas, alimentos, ropa y herramientas.
D í a 23. Mexicana de A v i a c i ó n anuncia que pone a dispo-
sición del p ú b l i c o u n sistema de m e n s a j e r í a internacional para
informar a los residentes en el exterior sobre el estado en que
se encuentran sus familiares en la zona m e t r o p o l i t a n a de la
ciudad de M é x i c o .
Nacional Financiera a b r i ó la Cuenta N o . 1 para recibir los
donativos destinados al F o n d o Nacional de R e c o n s t r u c c i ó n .
Por lo p r o n t o , el P R I del D i s t r i t o Federal e n t r e g ó 5 millones
de pesos, mientras que el Congreso del Trabajo c o n t i n ú a
aceptando ayuda para los damnificados y la C T M pone a su
d i s p o s i c i ó n locales y m e r c a n c í a s para el auxilio necesario.
El Universal comenta en su editorial de h o y : "Hemos for-
j a d o casi u n m i t o en t o r n o a la supuesta indiferencia de los
mexicanos para comprometerse en causas colectivas. Se ha
llegado a pensar que la a p a t í a , el individualismo, d o m i n a n en
la a c t i t u d de nuestros conciudadanos. Pero y a se h a visto que
n o es a s í " . E n el n ú m e r o que aparece h o y de la revista Proce-
so, Carlos Monsiváis entra en detalles: " S i n previo aviso, es-
p o n t á n e a m e n t e , sobre la marcha, se organizan brigadas de 25
ó 100 personas, p e q u e ñ o s ejércitos de voluntarios listos al es-
fuerzo y al transformismo: donde h a b í a tablones y s á b a n a s
surgirán camillas; donde cunden los curiosos, se f u n d a r á n h i -
leras disciplinadas que trasladan de mano en m a n o objetos,

52
tiran de sogas, anhelan salvar siquiera una v i d a " .
Es importante establecer una vez m á s el contraste entre
las actitudes e s p o n t á n e a s de una p o b l a c i ó n dispuesta al auxi-
l i o y la solidaridad organizada, institucional, casi d i r í a m o s
solemne. N o es que esta ú l t i m a n o sea ú t i l , sino que está te-
ñ i d a p o r el color de intereses ajenos al acto mismo de ayudar.
Por algo se busca la d i f u s i ó n , la e x h i b i c i ó n del a l t r u i s m o . Fe-
n ó m e n o p o l í t i c o , ciertamente. En u n p a í s en el que la p o l í t i -
ca pasa p o r m a l m o m e n t o , la r e s e ñ a de la solidaridad institu-
cional es ilustrativa de actitudes, base de comentarios, susten-
to de orgullos, m o t i v o de propaganda, causa de suspicacias.
L a p o l í t i c a es u n cristal m u y fino y la menor impureza le ha-
ce perder b r i l l o .

D í a 24. L a F e d e r a c i ó n de Sindicatos de Trabajadores al


Servicio del Estado d o n ó 10 millones de pesos al F o n d o de
R e c o n s t r u c c i ó n ; los jugadores del equipo de f ú t b o l "Cruz
A z u l " donaron 15% de su sueldo; l o e n t r e g a r á n directamente
a los necesitados.
E n Nuevo L e ó n se c o n s t i t u y ó , c o n la p a r t i c i p a c i ó n de t o -
dos los sectores sociales, el C o m i t é de Solidaridad, que acor-
d ó el e n v í o inmediato de bienes, equipo, dinero y servicios
por m i l 300 millones de pesos a los damnificados de la capital
del p a í s .
L a c e n t r a l i z a c i ó n de la solidaridad salta a la vista, al me-
nos la que es objeto de i n f o r m a c i ó n p o r parte de la prensa del
D i s t r i t o Federal, t a m b i é n llamada prensa nacional. Es m u y
probable que una investigación y a n o digamos minuciosa sino
elemental, nos d a r í a cuenta de la a c t i t u d solidaria hacia otras
localidades afectadas p o r los sismos, pero el hecho mismo de
que no se informe es s i n t o m á t i c o .
D í a 25. Dice A d o l f o Gilly en La Jomada: " A la solidari-
dad, déjenla que en paz cumpla su obra. Ella no necesita
juglares n i jilgueros: aparece infaltable e inagotablemente en
cada desastre natural o social como antiguo recurso de los de
abajo, quienes bien saben que al final la principal ayuda sólo
v e n d r á de entre ellos mismos". Sin embargo, esta sugerencia
de trasfondo cristiano n o parece haber sido tomada en cuen-
ta cabalmente. Por ejemplo, la Conferencia Episcopal M e x i -

53
cana, el cardenal Ernesto C o r r i p i o A h u m a d a y el cardenal de
Boston, R o b e r t L a w (a nombre de los obispos norteamerica-
nos), iniciaron una "cruzada" de ayuda a los damnificados.
Por l o p r o n t o reunieron y a 3 0 0 millones de pesos y se infor-
m ó que el F o n d o de A y u d a C a t ó l i c a cuenta y a con ocho
centros de auxilio y otros tantos de r e c e p c i ó n de ayuda. L a
c a m p a ñ a se dio a conocer p o r todos los medios.
Hay t a m b i é n hechos menos espectaculares: las ligas agra-
rias de varios estados colaboran con alimentos y m a n o de
obra en la r e m o c i ó n de escombros. L o s trabajadores de la
Refrigeradora Tepepan organizaron brigadas de auxilio a la
p o b l a c i ó n . L a C T M anuncia que 15 m i l de sus afiliados co-
laboran en tareas de retiro de escombros. Colonos de San
L o r e n z o Tezonco donan terrenos para construir casas provi-
sionales para alojar damnificados.
Fernando Irala escribe en El Día, de h o y :

" S i una parte de la ciudad fue transformada en su f i -


s o n o m í a p o r el desastre, su c o n j u n t o m o s t r ó u n a
t r a n s f o r m a c i ó n social: se puso en marcha, de manera
p r á c t i c a m e n t e a u t o m á t i c a , u n mecanismo de supervi-
vencia que, presente entre los instintos del individuo,
n o siempre en la historia de las sociedades ha operado
de manera colectiva. E l proceso de u n ente colectivo
trabajando sin descanso y sin flaqueza para salvar su
parte d a ñ a d a ha mostrado una fuerza v i t a l para m u -
chos insospechada, pero que indudablemente forma
parte i m p o r t a n t e entre las cualidades que definen a
nuestro p u e b l o " .

¿ D í a 26. L a U N A M hace extensivos sus servicios a los dam-


nificados, en materia de peritajes, r e c o l e c c i ó n de ayuda, apo-
yo psicológico y médico.
En La Jornada se publica una carta en la que se i n f o r m a
de u n hecho i n s ó l i t o : voluntarios de Las Lomas ofrecieron
sus servicios en las tareas de auxilio, y fueron aprovechados
nada menos que p o r el P S U M .
E l F o n d o de R e c o n s t r u c c i ó n i n f o r m a que l o recaudado
hasta el m o m e n t o suma 3 m i l 347 millones de pesos m á s 2 m i -
llones 35U m i l d ó l a r e s . E l F o n d o será administrado p o r u n co-

54
m i t é m i x t o para vigilar la correcta d i s t r i b u c i ó n de los recur-
sos aportados.
D í a 27. E n el Estado de M é x i c o se c o n s t i t u y ó el C o m i t é
de Solidaridad Mexiquense, con p a r t i c i p a c i ó n de los diversos
sectores de la entidad.
G a s t ó n G a r c í a C a n t ú hace en Excélsior u n comentario
que a nadie se le h a b í a o c u r r i d o c o m o resultado de la a c t i t u d
solidaria de la j u v e n t u d : " E n el c o m p o r t a m i e n t o social puede
advertirse el alcance de la escuela mexicana. H a sido mejor de
l o que se ha aceptado hasta ahora".
D í a 28. L a Escuela Superior de I n g e n i e r í a y A r q u i t e c t u -
ra del P o l i t é c n i c o proporciona a s e s o r í a t é c n i c a a varias colo-
nias.
Los productores a g r í c o l a s del Valle de C u l i a c á n anuncia-
r o n que gravarán exportaciones para ayudar a daminificados;
esperan recaudar m i l 500 millones de pesos en dos a ñ o s .
N o todo el m u n d o parece estar de acuerdo en las formas
de la solidaridad institucionalizada, pero no porque se sugiera
la espontaneidad absoluta, sino porque se pretende u n grado
m a y o r a ú n de institucionalidad, sustituyendo la solidaridad
por el pago de impuestos. A s í l o sugiere en Novedades Ernes-
t o de la P e ñ a C :

"Somos u n pueblo digno y activo. . . Sabemos afron-


tar nuestras desgracias. . . hemos derramado suficiente
sangre en los campos de batalla c o m o para formar una
estructura social. N o necesitamos mendrugos de cier-
tas clases sociales para subsistir, sino a p l i c a c i ó n acer-
tada, de nuestras contribuciones. Estamos dispuestos
a pagar. Exigimos soluciones p o l í t i c a s de t i p o institu-
cional. Sabemos que l o que p a s ó tiene u n costo, ejer-
cerlo y cobrarlo es la o b l i g a c i ó n " .

D í a 29. La F u n d a c i ó n Dolores Okhuysen de Johnson, S.C.


y el Colegio Superior de Ciencias J u r í d i c a s , S.C, informan
que c o n t i n u a r á n prestando a s e s o r í a j u r í d i c a gratuita a las per-
sonas de escasos recursos que resultaron damnificadas.
L a C o m i s i ó n Episcopal de Pastoral Social a n u n c i ó que ha
iniciado la o r g a n i z a c i ó n de cooperativas de c r é d i t o , consumo

55
y vivienda, a d e m á s de que c o n t i n ú a la ayuda m é d i c a , alimen-
taria y legal a damnificados.
Campesinos de T o r r e ó n , Coahuila, donan 25 millones de
pesos para los damnificados de la capital. Campesinos de
A y o t z i n t e p e c , m u n i c i p i o de Tuxtepec, Oaxaca, enviaron a l a
ciudad de M é x i c o u n c a m i ó n con alimentos, c o n d u c i d o p o r el
p r o p i o presidente m u n i c i p a l de esa localidad.
En Chiapas se c o n s t i t u y ó el C o m i t é Coordinador de las
Acciones Pro R e c o n s t r u c c i ó n de M é x i c o y en tres d í a s se co-
lectaron 116 millones de pesos. E n Durango, grupos de traba-
jadores otorgaron u n d í a de sueldo para ayuda a los afectados
por los terremotos.
D í a 30. L o s radioaficionados mexicanos han e m i t i d o has-
ta hoy m á s de 100 m i l comunicados por medio de sus estacio-
nes, sobre t o d o en el D i s t r i t o Federal, donde 2 0 0 elementos
vienen trabajando en varios turnos las 24 horas del d í a para
auxiliar en labores de rescate, m o v i l i z a c i ó n de personal, en-
v í o de m é d i c o s a los lugares de desastre, maquinaria para re-
mover escombros, etc.
U n grupo de empresarios e n t r e g ó al presidente de la Ma -
d r i d , para el F o n d o de R e c o n s t r u c c i ó n , donativos p o r 150
millones de pesos, u n terreno en Jurica ( Q u e r é t a r o ) para que
en él pueda instalarse cualquier oficina p ú b l i c a que se preten-
da descentralizar, 100 m i l d ó l a r e s p o r parte de la empresa j a -
ponesa Yamaha; en Baja California, ejidatarios y p e q u e ñ o s
propietarios a p o r t a r á n m i l millones de pesos en tres a ñ o s pa-
ra el F o n d o mencionado.
Hasta el m o m e n t o , en Nuevo L e ó n se han recaudado
3 m i l 500 millones de pesos para la ayuda a los damnificados,
i n f o r m ó el gobierno estatal.
C o m o todos recordamos, la entrega de los cheques m i l l o -
narios para el F o n d o de R e c o n s t r u c c i ó n era transmitida a
t o d o el p a í s p o r medio de los canales de televisión. Por allí
desfiló la élite de los donantes, la filantropía en red nacional.
Insistimos: n o es que sea inútil ese t i p o de aportaciones, p o r
el c o n t r a r i o . L o que pretendemos subrayar, c o m o c o n d i c i ó n
indispensable de una c r í t i c a de las visiones elaboradas (en este
caso sobre el acto solidario), es esa arista i n c ó m o d a (para
quien forma parte de la gran cauda de espectadores) del exhi-

56
bicionismo. E l m i t o de la solidaridad no puede construirse sin
difusión, se requiere la p r o c l a m a c i ó n urbi et orbi de esa sin-
gular v i r t u d .

Octubre
D í a l o . E l F o n d o de R e c o n s t r u c c i ó n s u p e r ó los 4 m i l 500 m i -
llones de pesos y se dispuso la entrega de 2 m i l 500 para la
c o n s t r u c c i ó n de escuelas y hospitales.
Se c r e ó el C o m i t é Chihuahuense de Solidaridad, bajo la
d i r e c c i ó n del gobierno estatal que se propone aportar 2 m i l
millones de pesos a los damnificados; el gobierno del estado
de Aguascalientes a n u n c i ó que r e c a u d a r á 350 millones de pe-
sos; en Tamaulipas se c o n s t i t u y ó u n patronato que espera co-
lectar 200 millones para los afectados por los sismos en el
Distrito Federal.
Los productores de trigo de Sonora donaron 150 m i l l o -
nes de pesos al F o n d o .
J o s é Francisco Ruiz Massieu escribe en La Jornada:

" E l caudal de solidaridad que d e s e n c a d e n ó el sismo


p r o n t o se v e r á mermado, y su p r e s i ó n t a m b i é n c e d e r á
en breve lapso, a no ser que el gobierno y las organiza-
ciones sociales sostengan y la trasladen del sentimien-
to al m u n d o de los hechos concretos y permanentes.
L a r e a c c i ó n popular, d r a m á t i c a y , en momentos, he-
roica, será de amargura, d e s á n i m o y belicosidad, si la
r e c o n s t r u c c i ó n no da resultado en el c o r t í s i m o plazo".

Por su parte, Gonzalo M a r t r é , en las p á g i n a s de El Universal,


refleja d e c e p c i ó n a sólo unos d í a s del t e r r e m o t o : " L a ú n i c a
solidaridad real, efectiva, conmovedora, que se sigue dando,
es la del d e s p o s e í d o hacia el d e s p o s e í d o . ¿ A p r e n d e r á este no-
ble e ingenuo pueblo mexicano la l e c c i ó n ? L o m á s probable
es que n o " .
D í a 2. L o s reporteros de la " f u e n t e " de la Presidencia en-
tregaron al Presidente de la M a d r i d u n m i l l ó n de pesos para
el F o n d o de R e c o n s t r u c c i ó n . Aeropuertos y Servicios A u x i -
liares d o n ó 52 millones. E l Presidente m a n i f e s t ó que agradece
por igual la ayuda cuantiosa que la p e q u e ñ a .
L a industria f a r m a c é u t i c a nacional a p o r t ó 4 0 0 millones

57
de pesos en medicamentos durante los m o m e n t o s de crisis,
a f i r m ó el presidente de la C á m a r a Nacional de la Industria
Farmacéutica.
D í a 3. L a Iglesia C a t ó l i c a ha recibido m á s de m i l millones
de pesos de ayuda de t o d o el m u n d o y se d e s t i n a r á n , "hasta
el ú l t i m o centavo" en favor de los damnificados. E l F o n d o de
A y u d a C a t ó l i c a d a r á p r i o r i d a d a la c o n s t r u c c i ó n de viviendas
populares.
D í a 4 . L o s refugiados guatemaltecos de la selva chiapane-
ca enviaron al Presidnete de la R e p ú b l i c a u n d o n a t i v o p o r
350 m i l pesos. A su vez, b u r ó c r a t a s y empresarios hicieron
entrega de 2 m i l millones de pesos para el F o n d o de Recons-
t r u c c i ó n . L o s empleados de N A F I N S A entregaron 107 m i l l o -
nes de pesos.

G a s t ó n G a r c í a Can t ú escribe h o y en Excélsior:

" E l c o m p o r t a m i e n t o de los j ó v e n e s v o l u n t a r i o s de-


muestra sus cualidades morales y conciencia del de-
ber inmediato. Fue la o r g a n i z a c i ó n e s p o n t á n e a de los
vecinos de los barrios de. la ciudad, del pueblo que le-
vanta a quienes m á s padecen; no acto improvisado
sino respuesta m o r a l . De t a l conducta n o puede espe-
rarse p o l í t i c a alguna porque se corresponde con la v o -
luntad marginada de su desamparo, su falta de educa-
c i ó n , de trabajo, de esperanzas activas. H a sido una
a c t i t u d que debiera avergonzarnos p o r l o que p o d r í a n
ser y l o que la sociedad y el poder han hecho con
ellos".
D í a 5. E l gobierno del estado de Jalisco ha erogado 4 0
millones de pesos en ayuda para los daminificados del sur de
la entidad. [ I n c l u i m o s esta nota n o porque se trate de u n acto
solidario. Finalmente esa e r o g a c i ó n forma parte de las obliga-
ciones gubernamentales. L o que e x t r a ñ a es l o r e d u c i d o de la
cantidad, a pesar de cualquier p r o p o r c i o n a l i d a d posible en el
sur de Jalisco, zona severamente d a ñ a d a . ¿ D a m n i f i c a d o s de
segunda?]
D í a 6. L a Iglesia C a t ó l i c a puso en marcha el p r o y e c t o de
solidaridad y fraternidad, t i t u l a d o " V a m o s j u n t o s " , para ha-

58
cer frente a las secuelas del terremoto, a f i n de que el pueblo
exprese en forma organizada su solidaridad y administre los
recursos que han llegado a la Iglesia.
Más allá de la c u a n t í a y o r g a n i z a c i ó n de la ayuda p r o m o -
vida por la Iglesia C a t ó l i c a , llama t a m b i é n la a t e n c i ó n el cui-
dado con que esa labor ha sido difundida en los medios infor-
mativos.
La subasta de obras de arte convocada p o r el I N B A en
favor de la r e c o n s t r u c c i ó n , que c o n g r e g ó a pintores, fotógra-
fos y escultores, l o g r ó recaudar 157 millones de pesos, algo
sin paralelo en la historia de este t i p o de subastas. Dolores
O l m e d o a d q u i r i ó u n cuadro de Siqueiros en 14 millones de
pesos y de inmediato lo d o n ó al I N B A .
D í a 7. L a burocracia del estado de Chiapas a p o r t ó 11 m i -
llones en pro de los damnificados del D i s t r i t o Federal; los tra-
bajadores de la C e r v e c e r í a Mo c t e z u m a acordaron donar u n
d í a de salario; la c á m a r a de transportes e n t r e g ó 300 millones
de pesos al F o n d o .
D í a 8. E l gobernador de Baja California, X i c o t é n c a t l Ley-
va M o r t e r a e n t r e g ó al presidente Miguel de la M a d r i d u n do-
nativo de 2 m i l millones de pesos como a p o r t a c i ó n de los sec-
tores productivos de la entidad y a n u n c i ó que se realizará una
a p o r t a c i ó n global de 6 m i l millones de pesos m á s en los p r ó x i -
mos tres a ñ o s para las tareas de r e c o n s t r u c c i ó n .
Los trabajadores c a ñ e r o s entregaron al Presidente 500 m i -
llones de pesos para el F o n d o de R e c o n s t r u c c i ó n .
D í a 1 1 . Los gobiernos de Tabasco, Oaxaca y Sinaloa y
varias empresas privadas entregaron al presidente de la M a d r i d
m i l 4 3 0 millones de pesos para el F o n d o de R e c o n s t r u c c i ó n .
D í a 23. Los trabajadores del m u n i c i p i o de Durango entre-
garon 2 millones 500 m i l pesos a la Cruz Roja. E l gobernador
G u i l l e r m o Rosell de la Lama e n t r e g ó 156 millones 624 m i l
pesos para el F o n d o de R e c o n s t r u c c i ó n , a nombre del estado
de H i d a l g o .
D í a 25. Funcionarios de las S e c r e t a r í a s de G o b e r n a c i ó n y
P r o g r a m a c i ó n y Presupuesto entregaron 106 millones de pe-
sos al F o n d o de R e c o n s t r u c c i ó n .

59
D í a 26. E l radiotón organizado p o r la C á m a r a Nacional
de la Industria de Radio y Televisión, e n l a z ó a t o d o el p a í s a
través de 560 estaciones de radio, c o n la p a r t i c i p a c i ó n de cer-
ca de 4 0 artistas y se recaudaron 120 millones de pesos.
D í a 28. Los diversos sectores del estado de Veracruz en-
tregaron 357 millones de pesos al F o n d o de R e c o n s t r u c c i ó n .
E n el caso de la ayuda proporcionada por los c o m i t é s de
solidaridad que se han formado en diversos estados de la Re-
p ú b l i c a , encabezados p o r los gobiernos locales, llama la aten-
c i ó n , c o m o grata sorpresa, su c a r á c t e r de organismos m i x t o s ,
l o cual habla de una p a r t i c i p a c i ó n social que incluye a los dis-
tintos sectores y n o sólo al gobierno. Sin embargo, la forma
en que se produce la entrega de aportaciones, tiene s i m i l i t u d
con mecanismos tradicionales de a d h e s i ó n p o l í t i c a en t o r n o
a la figura del Presidente. Vol ve m os a lo ya s e ñ a l a d o : se trata
de hechos p o l í t i c o s que se producen cuando los bonos de la
p o l í t i c a tienden a la baja, si es que nos atenemos a los comen-
tarios que se escuchan en las calles, en las bancas de los par-
ques, en los cafés y en todos los tradicionales sitios de r e u n i ó n
de los mexicanos que habitan en las ciudades. Q u i z á algo se-
mejante ocurra en las plazas de los p e q u e ñ o s poblados, en los
comercios y atrios de las iglesias. Intentar ganar batallas p u -
blicitarias exhibiendo ante las c á m a r a s de televisión la genero-
sidad de las distintas entidades federativas, en sutil competen-
cia p o r las magnitudes de lo aportado, es algo que p o r l o me-
nos hiere sensibilidades. A nuestro j u i c i o esto es politizar las
calamidades, en el peor sentido que pueda atribuirse a ese t é r -
mino.

D í a 30. Los organismos empresariales y otras agrupaciones


privadas como el C l u b R o t a r i o , varias universidades privadas
y la Cruz Roja, c o n s t i t u y e r o n el Centro C í v i c o de Solidaridad
para distribuir entre la p o b l a c i ó n afectada p o r los sismos, los
recursos que se capten. A l frente de la i n s t i t u c i ó n q u e d ó
como presidente J o s é Barroso C h á v e z .
L a f o r m a c i ó n de este organismo fue, d i r í a m o s , una expre-
sión p ú b l i c a y organizada de las suspicacias escuchadas p o r
todos lados en t o r n o al posible m a l uso o d e s v í o de los recur-
sos canalizados a las tareas de auxilio y r e c o n s t r u c c i ó n . ¡ Q u é

60
lamentable tener que plantear eso! E n verdad n o sabemos si,
en efecto, se produjeron esos actos de c o r r u p c i ó n de que se
hablaba en tantos lados. L o grave de este caso es que n o s e r í a
de dudarse, y n o porque el mexicano sea u n pueblo c o r r u p t o ,
sino porque la estructura del aparato b u r o c r á t i c o , a nuestro
j u i c i o , escapa ya a los controles tan estrictamente necesarios
en estos casos. Cuidar el c o m p o r t a m i e n t o de funcionarios me-
nores, h o y en d í a , es tarea casi imposible; allí tenemos u n au-
t é n t i c o hormiguero de corruptelas, de p e q u e ñ o s poderes casi
m í t i c o s , d e s p ó t i c o s y enraizados como u n c á n c e r en el tejido
de la burocracia. Por desgracia, la crisis e c o n ó m i c a fomenta
los e g o í s m o s rastacueros y mezquinos de los p e q u e ñ o s feu-
dos. Frente a ellos, u n pueblo entero duda, hace chistes, le-
vante la voz sin que rebase las paredes de u n café, se resigna.
Tema vital el de la m o r a l p ú b l i c a . L o seguirá siendo, sin du-
da, durante m u c h o t i e m p o en nuestro p a í s .

Noviembre
D í a 4. E n Jalisco, la Iglesia r e u n i ó cerca de 50 millones de pe-
sos para ser enviados a la diócesis de Ciudad G u z m á n en bene-
ficio de los afectados p o r los sismos.
D í a 6. Hasta el m o m e n t o , el F o n d o Nacional de Recons-
t r u c c i ó n ha recaudado 2 4 m i l millones de pesos, de los cuales
se han canalizado cinco m i l para rehabilitar escuelas y hospi-
tales.
Más allá de cualquier suspicacia y a pesar de t o d o , la cro-
n o l o g í a nos revela u n alto grado de solidaridad, m e d i d o m á s
que nada en actitudes (los 24 m i l millones de pesos captados
por el F o n d o hasta el 6 de noviembre, tal vez sean m u y poco
para los 1.3 billones que calcula la C E P A L que c o s t a r í a n las
tareas de r e c o n s t r u c c i ó n ) . H u b o ciertamente m o v i l i z a c i ó n
ciudadana, formas de o r g a n i z a c i ó n , e s p í r i t u de ayuda. . . en
f i n : u n cierto modus vivendi de los d í a s posteriores a la tra-
gedia.
Por desgracia, el centralismo a c a p a r ó t a m b i é n la solidari-
dad, como hemos visto. L o s damnificados preferidos fueron
los capitalinos. Por l o menos la prensa c e n t r a l i z ó la informa-
c i ó n : c o n s t r u y ó la realidad de una capital damnificada, he-
rida en el centro m i s m o , con repercusiones para el resto del

61
p a í s . Ciertamente el peso e s p e c í f i c o de la capital es tan gran-
de que la tragedia, medida en costos de r e c o n s t r u c c i ó n , tiene
repercusiones significativas para la e c o n o m í a del p a í s , pero
d e b e r í a m o s precisar con m u c h a claridad en q u é sentido la re-
c o n s t r u c c i ó n adquiere, efectivamente, u n c a r á c t e r nacional.
L a visión de l o nacional es o t r a de las que debemos ana-
lizar c o n cuidado, ahora que tenemos la o p o r t u n i d a d de re-
plantear cuestiones importantes para el f u t u r o de M é x i c o .

LOS DIAS DE IRA

C o m o parte de la respuesta ciudadana, se produjo en los d í a s


posteriores a los sismos u n intenso m o v i m i e n t o de organiza-
c i ó n vecinal que en la m a y o r í a de los casos hizo patente su
descontento y exigió soluciones al gobierno en tanto que re-
presentante de la sociedad.
E l respeto que merecen el d o l o r y la angustia, las caren-
cias lacerantes de quienes m á s sufrieron p o r u n golpe artero
de la naturaleza, queda a salvo en cualquier c r ó n i c a . E n la
nuestra pretendemos cuestionar las formas de o r g a n i z a c i ó n , el
estilo tradicional de las relaciones sociedad-Estado, la ances-
tral y compleja compulsión peticionaria de una sociedad casi
siempre desvalida a la que, usando las palabras del Presidente
de la R e p ú b l i c a , "le llueve sobre m o j a d o " . Pero d e t r á s del
d o l o r y la carencia hay t a m b i é n intereses; el descontento es
u n r í o revuelto en el que t o d o co n f l u y e y del que todos quie-
ren sacar provecho. L a o r g a n i z a c i ó n ciudadana es, sin duda,
u n terreno l e g í t i m o de la a c c i ó n p o l í t i c a . E n este p u n t o n o se
trata de exhibir sensibilidades heridas, como l o hicimos antes
a p r o p ó s i t o de otros temas, sino de observar el desarrollo y
c a r a c t e r í s t i c a s de sucesos eminentemente p o l í t i c o s , con la
m a y o r lucidez posible —si es que somos capaces—, sin auto-
complacencias, sin rubores i d e o l ó g i c o s .
Alguien dijo que en M é x i c o el Estado es u n m a l padre y la
sociedad una hija malcriada. Esta es exactamente la imagen
obtenida cuando se lee la c r ó n i c a del tema referido a la orga-
n i z a c i ó n ciudadana. L a sola c r ó n i c a muestra la idea que se tie-
ne, al menos en el D i s t r i t o Federal, de l o que significa la solu-
c i ó n de los problemas: se trata de organizarse para pedir,

62
exigir al gobierno que tienda su m a n t o benefactor. A u n aque-
llos que deciden organizarse p o r propia cuenta, construir sus
casas o reparar los d a ñ o s sufridos, piden ayuda al Estado, por
m í n i m a que sea: c r é d i t o s , apoyo en la compra de materiales,
a s e s o r í a , etc.
En m o d o alguno pretendemos sugerir que el Estado deba
quedar a salvo de asedios, eludiendo responsabilidades inevi-
tables. L o que salta a la vista es este hecho singular de depen-
dencia paterno-filial en gran escala.
En estricto sentido, hay casos en los que el gobierno está
desligado de cualquier responsabilidad j u r í d i c a . Si se caen las
vecindades, l o m á s que el Estado d e b e r í a hacer —legalmente—
s e r í a promover las investigaciones correspondientes para des-
lindar las responsabilidades de los caseros. Pero ante el desam-
paro colectivo, se pide la i n t e r v e n c i ó n total de las autoridades.
Ciertamente es f u n c i ó n del Estado, particularmente del
mexicano, ejercer tutelaje cuando se ven afectados los intere-
ses de los menos favorecidos p o r la sociedad. A d e m á s , este
papel tutelar es u n o de los mayores proveedores de clientela
política.
Subyace en el á n i m o colectivo una idea m e s i á n i c a del
Estado, m o d e r n o dispensador de la gracia —material—, que
irremisiblemente ha venido a ocupar el papel que a n t a ñ o
t u v i e r o n las instituciones coloniales y la Iglesia C a t ó l i c a , en
especial esta ú l t i m a , que ahora sólo dispone de la gracia es-
p i r i t u a l (y de u n considerable poder i d e o l ó g i c o ) .
Invariablemente se organizan los grupos afectados para
determinar, como primera a c c i ó n , la r e a l i z a c i ó n de una mar-
cha al Z ó c a l o o a L o s Pinos. Todos quieren ser recibidos por
el Padre c o m ú n para presentarle su pliego: queremos casas,
indemnizaciones, peritajes honestos, c r é d i t o s blandos para
edificar con solidez; queremos que se resuelvan los problemas
de la capital, pero "de i n m e d i a t o " ; no m á s dinero al pago de
la deuda externa, sino a la r e c o n s t r u c c i ó n ; que n o se constru-
yan jardines donde h a b í a casas; que sí se construyan jardines
pero en otros lados, etc. Es como pedir al N i ñ o Dios, sólo que
los modos n o son los de la candorosa esperanza, sino la pre-
sión p ú b l i c a de la p r o c e s i ó n p o r las calles de este Valle de lá-
grimas.

63
Generalmente no i m p o r t a el signo i d e o l ó g i c o que p ú b l i c a
mente se ostente, para pensar y esperar que en M é x i c o las co-
sas deben resolverse, necesariamente, de arriba hacia abajo
por medio de la c o n c e s i ó n del Estado que da para que le den
Durante muchos a ñ o s , éste ha sido sin duda u n o de los secre-
tos de la estabilidad p o l í t i c a . E l l l a n t o y el crujir de dientes
viene ahora y cada vez con m a y o r intensidad, en la medida en
que es m á s difícil dar, simplemente porque n o hay.
Los estatistas s u e ñ a n con u n Estado o m n i p o t e n t e , omni-
presente y omnisciente, d u e ñ o de vidas y haciendas, dirigido
-naturalmente— p o r ellos mismos. L o s antiestatistas s u e ñ a n
con una sociedad libre del tutelaje del Estado, s ó l o que n o pa-
san del s u e ñ o , o mejor d i c h o , prefieren el s u e ñ o , porque ante
los problemas concretos, ellos son los primeros en pedir la
i n t e r v e n c i ó n estatal, puesto que para eso se pagan los impues-
tos al gobierno; se pide que desaparezcan los subsidios esta-
tales, pero cuando las cosas amenazan i r en serio, los enemi-
gos del estatismo son los primeros en rebelarse: la industria
necesita e s t í m u l o s , n o se puede desalentar la p r o d u c c i ó n , al-
gunos subsidios son indispensables, etc.
Nuestra imagen del Estado es, pues, bastante ambigua y a
veces deformada. A h o r a que la sociedad civil e s t á de moda, al
grado de exaltarla como el nuevo e inimaginado protagonista
de la historia, l o p r i m e r o que ocurre es pedirle al Estado que
le d é su p r o t e c c i ó n , que la siga consintiendo pero sin autori-
tarismo, d e j á n d o l a flotar libremente p o r los confines del
deseo, de la l i b e r a c i ó n , del derecho i l i m i t a d o , de la u t o p í a ca-
llejera, de la a n a r q u í a si no es m u c h o pedir.
Y nuevamente, la o r g a n i z a c i ó n ciudadana es privilegio de
la capital de M é x i c o . Estado y sociedad a c t ú a n y chocan y ne-
gocian y se confunden en el Valle de M é x i c o . E n el espacio
exterior al valle no pasa nada o n o se sabe q u é pasa. T a m b i é n
debe de haber problemas de vivienda en o i r á s zonas afectadas
por los sismos; hay problemas generados p o r la afluencia de
"descentralizados" a otras ciudades. ¿Será acaso que las i n -
vestigaciones de los a c a d é m i c o s no llegan a esas ciudades?
¿ Q u é éstas no son objeto de estudio?
Finalmente, no e s t a r í a p o r d e m á s considerar la posibili-
dad de que el Estado mexicano goce con su paternalismo au-

64
toritario (como ahora se le llama), en la inteligencia de que le
conviene mantener una r e l a c i ó n con la sociedad en t é r m i n o s
de dependencia vertical y j e r á r q u i c a . Y , en efecto, n o faltan
casos en que las iniciativas e s p o n t á n e a s son bloqueadas p o r
los aparatos de gobierno. Los problemas tienen que canalizarse
generalmente a las organizaciones p o l í t i c a s (de izquierda o
del P R I ) , para que allí puedan ser manejables en u n i n t e r m i -
nable estira y afloja, para deleite de hábiles negociadores.
Cuando n o se pude negociar, para eso está la p o l i c í a . Por eso
resultan i n c ó m o d o s los grupos ecologistas de las clases medias
independientes, que s u e ñ a n con u n ideal de ciudadano a la
norteamericana, que no digieren n i admiten la t r a d i c i ó n de
nuestra picaresca p o l í t i c a .
E l tema de la o r g a n i z a c i ó n ciudadana es una de las mejo-
res visiones elaboradas, en esta tierra de criollos irredentos y
marrulleros, de mestizos ladinos, de masas d ú c t i l e s y malea-
bles, de profesionales del m i t i n y la componenda, de Estado
mal-padre y sociedad mal-criada. Entendemos que no siempre
la a u t o c r í t i c a puede ser constructiva.

Septiembre
D í a 23. Miles de habitantes de Tlatelolco comenzaron a orga-
nizarse para obtener de las autoridades una respuesta a sus
demandas. E n L o s Pinos, decenas de personas realizaron un
m i t i n en el que denunciaron irregularidades en la r e u b i c a c i ó n
de damnificados, y culpan de ello al t i t u l a r de la S E D U E , G u i
l l e r m o Carrillo Arena.
D í a 24. L o s tlatelolcas se reunieron p r i m e r o en la expla-
nada de la Plaza de las Tres Culturas, d e s p u é s en el Teatro
" C i n c o de M a y o " , a r r e b a t á n d o s e la palabra, con vehemencia
y coraje. I n t e n t ó hablar frente a ellos (que n o con ellos) el di-
rector del F o n d o Nacional de Habitaciones Populares, Enri-
que Ortiz Flores y casi n o lo dejaban. A la diputada del P R I
E l b a Esther G o r d i l l o se le i m p i d i ó el uso de la palabra. L a ira
e s p o n t á n e a fue el c o m ú n denominador, según la nota de Car-
los A . Medina, de Excélsior.
Ese m i s m o 24 de septiembre, organizaciones populares
(subrayamos sin mala i n t e n c i ó n , sólo p o r la a m b i g ü e d a d del
t é r m i n o ) , sindicales, estudiantiles y de profesionales anuncia-

65
r o n la i n t e g r a c i ó n de u n frente amplio que coordine la ayuda
ciudadana, impulse una p o l í t i c a de defensa del suelo urbano,
controle el precio del material de c o n s t r u c c i ó n y el abasto
popular. L a r e u n i ó n fue convocada p o r la Coordinadora Na-
cional del M o v i m i e n t o U r b a n o Popular y la Facultad de A r -
quitectura A u t o g o b i e r n o de la U N A M . [ E l t é r m i n o de coor-
dinadora, tan en boga en ciertas corrientes p o l í t i c a s de iz-
quierda, tal vez sea calificativo de c o m i s i ó n o de instancia].
D í a 26. Vecinos de T e p i t o y de la U n i d a d T l a t e l o l c o reali-
zaron una m a n i f e s t a c i ó n frente al Palacio Legislativo para
demandar ayuda de las autoridades. L o s t e p i t e ñ o s aclararon
que l o que piden de las autoridades es apoyo en l o relativo
a los materiales para construir sus casas; advierten que ellos
mismos pueden construirlas.

D í a 27. Miles de damnificados realizaron una marcha de


protesta p o r la falta de ayuda oficial y en demanda de que se
ponga freno a la c o r r u p c i ó n de caseros y peritos que determi-
nan arbitrariamente desalojos masivos, ayudados incluso p o r
la fuerza p ú b l i c a . A c u d i e r o n en comisiones a L o s Pinos a so-
l i c i t a r la i n t e r v e n c i ó n del Presidente de la M a d r i d para que
cese la d e s o r g a n i z a c i ó n y la indiferencia oficial a sus proble-
mas. A c u d i e r o n colonos de T e p i t o , la colonia Morelos, Tlate-
l o l c o y la U n i d a d J u á r e z .
D í a 28. Habitantes de las colonias Morelos, Valle G ó m e z ,
Puebla, C e n t r o , R o m a , T e p i t o y la U n i d a d Tlatelolco, recha-
zan el posible desalojo de sus viviendas y la c r e a c i ó n de j a r d i -
nes en las construcciones que se vinieron abajo. T a m p o c o
quieren edificios de departamentos en lugar de vecindades y
piden a las autoridades que se realicen peritajes serios. L o s ve-
cinos de T e p i t o y la Morelos solicitan que se expropien las
vecindades y se inicie u n proceso de a u t o c o n s t r u c c i ó n .
Dicen los t e p i t e ñ o s : " N o nos vamos a i r de T e p i t o , es
nuestro b a r r i o , a q u í nacimos y a q u í moriremos. . . n o i m p o r -
ta que las autoridades nos tengan en el abandono, nosotros
podemos levantar las viviendas con nuestras propias manos".
" ¿ I r n o s de a q u í ? . . . ¡ni madres!", se t i t u l a u n reportaje de
L e o n o r Coral publicado en El Día. Hablan R o d o l f o M a r t í n e z ,
ex-boxeador; Juanito Guevara, zapatero; Raquel Olivares, ac-

fifi
tiva participante en el Frente Mexicano Pro Derechos H u m a -
nos (la ayuda es toda para el gobierno y "para el j o d i d o , ¡na-
d a ! " ) ; Max Ocampo, escultor y p i n t o r ; brigadistas de la U A M ,
etc.

D í a 29. Moradores de T e p i t o , L a M o r e l o s , Guerrero y Tla-


telolco insisten en entrevistarse con el t i t u l a r de la S E D U E y
con el Secretario Particular del Presidente de la R e p ú b l i c a ,
a d e m á s de las autoridades del Departamento del D i s t r i t o Fe-
deral. Quieren vivienda segura, rechazan los c r é d i t o s blandos.
E n la colonia Morelos, los vecinos piden que les e n s e ñ e n
c ó m o hacer sus casas para levantarlas.
Los residentes de T l a t e l o l c o extienden su pliego p e t i t o -
r i o : investigación exhaustiva en el caso del desplome del edi-
ficio " N u e v o L e ó n " , ayuda a los sobrevivientes, peritajes con-
fiables, con el apoyo de t é c n i c o s extranjeros ( n o c o n f í a n en
los nacionales), indemnizaciones, etc. Peticiones justas, sin
duda, en los dies irae.
D í a 3 0 . Unos 300 comerciantes de T e p i t o e s t á n rehabili-
tando, "sin ayuda del gobierno c a p i t a l i n o " , las vecindades da-
ñ a d a s . Crearon u n f o n d o para t a l efecto y la ayuda del D D F
se reduce a dos ingenieros y unos cuantos camiones para re-
coger el cascajo. Caso de e x c e p c i ó n de l o que hemos señala-
do. Loable, a d e m á s , s e g ú n nos parece.
Los colonos de Santa Julia t a m b i é n se sumaron a la pro-
testa generalizada de estos d í a s , enviando su carta al Presiden-
te de la R e p ú b l i c a .

Octubre
D í a 2. Adriana M a l v i d o , de La Jornada, publica u n reportaje
sobre T e p i t o , su gente y sus vecindades. Dicen los entrevista-
dos (la reportera respeta sus expresiones, según dicta la moda
literaria del m o m e n t o ) : "las vecindades son la columna verte-
bral de nuestra cultura, la de T e p i t o . Gracias a ellas, como j o -
didos, somos mano en plantear alternativas de vida urbana. Se
necesita ser cabrones para sobrevivir así en el centro de esta
ciudad generando nuestras propias formas de vida y de traba-
j o [. . . ] T e p i t o es ejemplo preciso de autogobierno, autoges-
t i ó n , a u t o d e t e r m i n a c i ó n , y t o d o eso descansa sobre la base de

67
las vecindades".
Si el discurso corresponde a los hechos, ¡ e n h o r a b u e n a !
Pero no olvidemos que la fascinación que produce T e p i t o en
la c o m u n i d a d intelectual puede llevar a la p r o y e c c i ó n de de-
seos, al m i t o y a ú n a la d e f o r m a c i ó n de la realidad.
D í a 3. Nidia M a r í n , de Excélsior, comienza a s í su n o t a :
" E n los suburbios citadinos, c o m o en B o n d o j i t o y la Marte-
R í o Blanco, tierra de gente que l u c h ó , los bravos habitantes
sin esperar paternalismos del gobierno pero sí ayuda [ s i c ] , se
organizan para realizar simulacros y para establecer u n banco
de material de c o n s t r u c c i ó n , porque c o n sus propias manos,
pero con a se sorí a l e v a n t a r á n nuevas viviendas".
D í a 5. Rodeados p o r derrumbes, al lado de edificios res-
quebrajados, cerca de 4 0 0 romanos (habitantes de la colonia
R o m a ) decidieron organizarse "en forma totalmente indepen-
diente, sin i n t e r v e n c i ó n de partidos p o l í t i c o s n i autoridades",
"para negociar con funcionarios del D D F y de SU d e l e g a c i ó n
y acudir, en masa, a las oficinas del regente R a m ó n Aguirre
V e l á z q u e z a entregarle u n pliego p e t i t o r i o " (estas ú l t i m a s co-
millas son nuestras). Piden r e p a r a c i ó n de viviendas p o r parte
de propietarios y del D D F , investigación exhaustiva para des-
lindar responsabilidades, castigo a culpables, r e p r e s e n t a c i ó n
de damnificados en la C o m i s i ó n Nacional de Reconstruc-
ción "para garantizar su correcto f u n c i o n a m i e n t o " (comillas
nuestras), que el pago de intereses de la deuda se canalice a la
r e c o n s t r u c c i ó n , p u b l i c a c i ó n inmediata del Plan D N - I I I ( " y a
que hasta ahora s ó l o hemos tenido problemas con los solda-
dos y p o l i c í a s " ) , s o l u c i ó n inmediata a los problemas de vivien-
da de la capital, c r e a c i ó n urgente de empleos y elección p o p u -
lar del regente de la capital del p a í s .
C o m o se ve, esta ú l t i m a nota es de las m á s representativas
de l o que hemos afirmado. Es de hecho una s í n t e s i s ejemplar.
N o olvidamos, desde luego, el respeto que merecen los colo-
nos ante tan difícil s i t u a c i ó n .
Q u e d ó formalmente co n s t i t u i d a la U n i ó n de Vecinos
y Damnificados por el t e r r e m o t o del 19 de septiembre. Co-
m o primer acto, acordaron emprender una marcha al Z ó c a l o
para demandar del D D F la s o l u c i ó n al problema de vivienda.

68
Le e n t r e g a r á n , dicen, u n pliego p e t i t o r i o en el que solicitan
la e x p r o p i a c i ó n de predios en los cuales d e b e r í a n construir-
se espacios habitacionales para los damnificados.
D í a 6. Costureras de la calle San A n t o n i o A b a d bloquea-
r o n la calzada de Tlapan para presionar a que se solucionen
sus problemas. Sin duda fue este uno de los m á s graves pro-
blemas que afloraron el 19 de septiembre. L a injusticia que
se v e n í a cometiendo, la muerte de quienes trabajaban en los
edificios, la preferencia de los d u e ñ o s de las fábricas p o r res-
catar sus pertenencias en lugar de las vidas humanas, fueron
hechos que estremecieron, que erizaron la piel de la sociedad
capitalina y q u i z á del p a í s entero. E l d í a 11 se c o n s t i t u y ó la
U n i ó n de Costureras en Lucha, con la p a r t i c i p a c i ó n de traba-
jadoras de varias fábricas ubicadas en el centro de la ciudad
de M é x i c o . D e s p u é s las autoridades a c t u a r í a n r á p i d a m e n t e
para legalizar la lucha de las costureras y negociar sus legíti-
mas demandas.

D í a 19. Con la p a r t i c i p a c i ó n de 12 organizaciones popula-


res se c o n s t i t u y ó la Coordinadora Unica de Damnificados que
se propone hacer causa c o m ú n frente a las " p o l í t i c a s polariza-
doras del Estado". P r e s e n t a r á n al presidente de la M a d r i d u n
pliego de demandas y r e a l i z a r á n una marcha a L o s Pinos.

D í a 29. E n una m a n i f e s t a c i ó n al Z ó c a l o , cinco m i l perso-


nas cruzaron la explanada gritando: " ¡ Y a expropiaron. . .!
¿Y ahora q u é ? " . Otras consignas eran: " S e ñ o r Presidente. . .
atienda a su gente"; " e l pueblo que calla, j a m á s será escucha-
d o " ; " s e ñ o r Presidente: t u enemigo es el regente".

Noviembre

D í a de muertos. Miles de damnificados se dieron cita por


la noche, en el Z ó c a l o para llorar a sus muertos. La Plaza
M a y o r se l l e n ó de flores y veladoras. H u b o t a m b i é n ofrendas
y sahumerios. S ó l o h a b í a una pancarta: " A nuestros herma-
nos d i f u n t o s " . Gente de la Roma, la Doctores, Tlatelolco, la
U n i d a d J u á r e z , etc., se c o n g r e g ó para celebrar, en el c o r a z ó n
de la ciudad de M é x i c o , el d í a de los muertos.

69
LA SOCIEDAD CIVIL

Para m a y o r c o m o d i d a d , simplifiquemos p r i m e r o los hechos:


tras el terrible sacudimiento del jueves 19 de septiembre, el
pueblo de la capital de la R e p ú b l i c a se v o l c ó a las calles, en
los lugares c r í t i c o s , para organizar las tareas d é rescate y au-
x i l i o de quienes quedaron atrapados entre los escombros,
ante la insuficiencia, ineficiencia, parálisis, i n m o v i l i d a d , inca-
pacidad (las versiones son variadas y q u i z á todas sean parcial-
mente válidas) de las autoridades para hacer frente al desastre.
M á s allá de las sutilezas de los expertos, nos resulta p r á c -
tico entender que hay una l í n e a divisoria, m á s o menos clara
o definida, entre el Estado y la sociedad, o bien que el prime-
ro se llame sociedad p o l í t i c a y la segunda sea denominada so-
ciedad civil, en una r e l a c i ó n de partes diferentes aunque no
necesariamente a n t a g ó n i c a s . T a m b i é n resulta fácil aceptar
que en las sociedades d e m o c r á t i c a s , el Estado es el represen-
tante de la sociedad, p o r decisión expresa de esta ú l t i m a . Asi-
m i s m o , a nadie repugna la c o n s i d e r a c i ó n de que a m a y o r
o r g a n i z a c i ó n y presencia de la sociedad civil, m a y o r desa-
r r o l l o social, p o l í t i c o y c u l t u r a l de u n p a í s . De a h í que se
piense c o m o a s p i r a c i ó n l e g í t i m a la o r g a n i z a c i ó n creciente de
la sociedad civil a t r a v é s del fortalecimiento de sus instancias
tradicionales: partidos p o l í t i c o s , agrupaciones sindicales, aso-
ciaciones culturales, religiosas, de defensa del m e di o ambien-
te, etc. Suponemos, pues, que el perfeccionamiento de la so-
ciedad civil implica que el Estado se perfecciona t a m b i é n y
a s í , t o d o el conjunto tiende a la a r m o n í a . Esta s e r í a , n o sin
o p t i m i s m o , una visión simplificada del asunto.
Que h u b o presencia notable de la sociedad en las tareas
de rescate, durante los d í a s aciagos en la ciudad capital, nadie
l o duda. Y a el d í a 21 de septiembre d e c í a u n articulista ( B o -
l í v a r H e r n á n d e z , en La Jornada): " C o m o siempre en situacio-
nes en donde el drama h u m a n o está presente, la sociedad civil
se organiza solidariamente para auxiliar a sus semejantes". L o
que v i n o a ser tema de debate fue: p r i m e r o , que la sociedad
civil r e b a s ó al Estado en la o r g a n i z a c i ó n del rescate y a u x i l i o ,
y segundo, que esa sociedad civil, integrada sobre t o d o p o r
j ó v e n e s voluntarios, realizó una " t o m a de poderes" m o m e n -

70
t á n e a en la ciudad capital del p a í s .
Nos encontramos frente a u n tema que como n i n g ú n o t r o
constituye una visión elaborada, una c o n s t r u c c i ó n intelectual
de los acontecimientos, q u i z á la m á s sorprendente y maravi-
llosa p r o y e c c i ó n de los anhelos libertarios, de la u t o p í a de la
libertad absoluta c om o n o r m a de vida.
N o puede haber una c r ó n i c a de la sociedad civil, como la
hay de h e r o í s m o . L o que consignamos es u n debate, p o r or-
den c r o n o l ó g i c o . T o d o c o m e n z ó con u n a r t í c u l o publicado
por Carlos Monsiváis en la revista Proceso el 23 de septiem-
bre. Monsiváis d i o la voz de arranque. Es probable que de no
haber sido p o r ese a r t í c u l o , la sociedad civil hubiera pasado
c o m o u n t ó p i c o m á s , q u i z á intrascendente, de los que se des-
vanecieron en unos cuantos meses.
A f i r m ó Carlos Monsiváis en el a r t í c u l o mencionado, al re-
ferirse a la actitud de los voluntarios en la ciudad de M é x i c o :
" N o ha sido ú n i c a m e n t e , aunque p o r el m o m e n t o t o d o se
condense en esta palabra, u n acto de solidaridad. L a h a z a ñ a
absolutamente conciente y decidida de u n sector importante
de la p o b l a c i ó n que con su impulso desea restaurar a r m o n í a s
y sentidos vitales, es, moralmente, u n hecho m á s valioso y
significativo. La sociedad civil existe c o m o gran necesidad la-
tente en quienes desconocen incluso el t é r m i n o , y su primera
y m á s insistente demanda es la r e d i s t r i b u c i ó n de poderes".
Los voluntarios que participaron de las m á s diversas maneras
en las labores de rescate, "reivindicaron poderes cívicos y po-
l í t i c o s ajenos a ellos hasta entonces". Ese sector de la pobla-
c i ó n que salió a las calles, "pretende apropiarse de la parte de
gobierno que a los ciudadanos l e g í t i m a m e n t e les correspon-
de", a sí sea ahora de manera e f í m e r a . L a c o n c l u s i ó n no pue-
de ser m á s audaz: " E l 19, y en respuesta ante las v í c t i m a s , la
ciudad de M é x i c o c o n o c i ó una toma de poderes, de las m á s
nobles de su historia, que t r a s c e n d i ó con m u c h o los límites
de la mera solidaridad, la c o n v e r s i ó n de un pueblo en gobier-
n o y del desorden oficial en orden c i v i l " .
E l d í a 25 de septiembre escribió Lorenzo Meyer en Ex-
célsior: " L a sociedad civil mexicana está forzando su entrada
en los c á l c u l o s y esquemas oficiales, y en bien de todos con-
viene que tal hecho sea aceptado sin temor, c o m o un reto que

71
encierra grandes potencialidades y que, a f i n de cuentas, es
irreversible".
En una nota informativa del d í a 2 7 , los s o c i ó l o g o s R a ú l
Rojas Soriano y Delia Selene de Dios, el a n t r o p ó l o g o Ricar-
do Pozas y la c o m u n i c ó l o g a Florence Toussaint, c o i n c i d i e r o n
en afirmar que el m o m e n t o que vivimos es una gran o p o r t u n i -
dad para que el sistema, a t r a v é s del actual gobierno, asuma
u n a responsablidad h i s t ó r i c a que permita la p a r t i c i p a c i ó n de
la sociedad civil en la t o m a de decisiones que le a t a ñ e n direc-
tamente. Sin embargo, la a c t i t u d general es de escepticismo.
Para R a ú l Rojas es lamentable que por u n lado se elogie la parti-
c i p a c i ó n de la sociedad en los m o m e n t o s posteriores al terre-
m o t o y , por el o t r o , se socaven las bases para la c o n s t i t u c i ó n
de una sociedad civil efectiva. Ricardo Pozas recuerda que
son los mismos hombres del sistema los que e s t á n al frente de
la t o m a de decisiones y poco se puede esperar de ellos. Para
Delia Selene de Dios, la solidaridad es u n mecanismo de de-
fensa de los marginados y ese hecho les permite sobrevivir.
H e b e r t o Castillo advierte en El Universal: " T o d a v í a es
t i e m p o de entender que ese pueblo que ha rescatado a sus
muertos y a sus sobrevivientes casi con las u ñ a s es el sujeto
de l a historia, no el objeto de m a n i p u l a c i ó n de las a u t o r i -
dades. T o d a v í a " .
E l d í a 29 (seguimos en el mes de septiembre), A d o l f o
Aguilar Z í n s e r comenta que para la t o m a de las grandes de-
cisiones nacionales, como las relacionadas con el d i s e ñ o de la
p o l í t i c a e c o n ó m i c a , la sociedad es ignorada y conviene a los
p o l í t i c o s que sea "pasiva, sacrificada, creyente, confiada. . . "
" E n cambio, para rescatar semejantes que han quedado atra-
pados entre escombros y aliviar el d o l o r de los sobrevivientes,
los ciudadanos n o sólo han de sacrificarse, sino de suplir t a m -
bién las carencias inmediatas e insuperables del g o b i e r n o " .
De manera i m p l í c i t a , el Presidente de la R e p ú b l i c a se re-
firió al tema cuando d e c l a r ó (el d í a 3 0 ) que en M é x i c o el go-
bierno no p r e t e n d é estatizar, n i monopolizar, n i controlar el
gran dinamismo y vitalidad del pueblo y de la N a c i ó n , y rati-
ficó que el gobierno es d e m o c r á t i c o , respeta las libertades y
estimula la espontaneidad social. A d v i r t i ó que debemos ser
capaces de canalizar y organizar "esta enorme fuerza v i t a l que

72
ha mostrado el pueblo m e x i c a n o " .
Este mismo d í a se publica o t r o a r t í c u l o de Carlos Monsi-
váis en Proceso; y en él refuerza su visión original sobre la
presencia de la sociedad civil :

" D e l jueves 19 al domingo 22, l o m á s vivo en la ciu-


dad de M é x i c o fue la presencia de u n nuevo protago-
nista, c u y o n o m b r e m á s adecuado es 'sociedad c i v i l ' ,
pero que antes que nada, exige descripciones. Son las
m u l t i t u d e s que en la primera jornada de solidaridad se
vieron forzadas a organizarse por su cuenta, la auto-
g e s t i ó n que suplió a una burocracia pasmada y sólo
preparada durante d é c a d a s en las conducciones de
adhesiones, y el encomio del Pueblo obediente, al que
se c o n c e b í a en funciones rituales: el p a t r i o t i s m o anual
(15 de septiembre), la masificación opresiva (las horas
pico del m e t r o ) , la elocuencia de la anomia (los veci-
nos que, en el mejor de los casos se saludan). A l r i t m o
impuesto p o r la tragedia, se prodiga la ayuda, y la an-
gustia p o r la suerte de los d e m á s se vierte demostra-
tivamente. Una sociedad inexistente o pospuesta se
conforma de golpe: son las brigadas de voluntarios,
los n i ñ o s que acarrean piedras asumiendo la tarea con
disciplina r í g i d a , los estudiantes de Medicina, el grupo
de T e c n o l o g í a Alternativa de la U A M que prepara le-
trinas, los chavos-banda que por miles descienden de
los ghettos a colaborar, las decenas de miles de adoles-
centes en pleno 'estreno de c i u d a d a n í a ' , las organiza-
ciones de colonias populares, las enfermeras e s p o n t á -
neas, los grupos religiosos c a t ó l i c o s y protestantes, las
s e ñ o r a s que preparan comida y hierven agua, los m é -
dicos que ofrecen sus servicios de u n lado a o t r o , los
ingenieros que integran brigadas de peritaje, los h é -
roes de los escombros. . . "

La p o b l a c i ó n , en el desarrollo de las tareas de rescate, se ha


enfrentado "a soldados, granaderos, p o l i c í a s y b u r ó c r a t a s " ,
en defensa de la vida. Esto c o n s t i t u y ó , afirma Monsiváis,
" u n a enorme r e b e l d í a c i v i l " .
A l calor de los hechos se registra una p o s i c i ó n diferente a
la de Monsiváis (diametralmente opuesta si l o vemos con r i -
g o r ) . Es la p o s i c i ó n de Sergio de la P e ñ a quien afirma t a m b i é n

73
el d í a 30 en Excélsior.

"Sin duda p o r la m a g n i t u d de la tragedia presente, la


renuncia m o m e n t á n e a del Estado para ordenar, orien-
tar, encabezar, dirigir, a b r i ó p o r cuatro o cinco d í a s
un espacio que d e b í a haber llenado la sociedad civil.
Pero la respuesta de ésta fue casi exclusivamente la
m o v i l i z a c i ó n masiva, entusiasta y maravillosa de miles
de v o l u n t a r i o s . . . T o d o l o cual tampoco fue, como su-
gieren algunos, una t o m a del poder p o r el pueblo. Se
t r a t ó simplemente de miles de iniciativas para empren-
der la tarea elemental y humana de ayuda en una l u -
cha desesperada contra el t i e m p o . F u e r o n acciones
específicas que n o extendieron su o r g a n i z a c i ó n y coor-
d i n a c i ó n m á s allá del logro de los objetivos que se
plantearon".

Reconoce de la P e ñ a que la a c c i ó n i n s t i t u c i o n a l del Estado


fue m u y reducida, "pero t a m b i é n brilló por su ausencia
la a c c i ó n i n s t i t u c i o n a l de la sociedad civil que se l i m i t ó ca-
si exclusivamente a la a c c i ó n de la Cruz Roja y de los B o y
Scouts. Desde luego siguieron operando u n gran n ú m e r o
de instituciones p ú b l i c a s y privadas, incluso a j u s t á n d o s e a las
condiciones de urgencia, pero este es precisamente el p u n t o
central de m i a r g u m e n t a c i ó n porque fue una c o n t i n u i d a d de
su g e s t i ó n rutinaria, n o la respuesta i n s t i t u c i o n a l frente al de-
sastre para asumir c o n t r o l , dirigir, encauzar esfuerzos y resol-
ver los infinitos problemas que b r o t a r o n " . El Estado, sigue de
la P e ñ a , n o fue suplido " p o r los sindicatos y centrales obre-
ras, los partidos p o l í t i c o s , la Iglesia y sus organizaciones so-
ciales, la U N A M , el I P N o las asociaciones de colonos de em-
presarios o de comerciantes".
L a diferencia es clara: para M o n s i v á i s la presencia de la
sociedad civil se da en la masa solidaria que se v o l c ó a las ca-
lles. Sergio de la P e ñ a , en cambio, concibe la sociedad civil
c o m o conjunto de organizaciones, no c o m o la sola m u l t i t u d .
A d o l f o G i l l y escribe en Proceso, t a m b i é n el d í a 3 0 : "Esa
m o v i l i z a c i ó n [. . . ] n o e s p e r ó el llamado de los sindicatos (que
nadie sabe si l o h u b o ) , n i de la C N O P , n i los innumerables
aparatos corporativos que dicen o r g a n i z a r í a . O c u p ó la ciudad,
hizo cuanto p u d o , se r e c o n o c i ó y se r e c o n f o r t ó a sí misma,

74
p r o b ó su presencia cálida y m u l t i t u d i n a r i a en los mismos m o -
mentos de peligro en que otros p r o b a r o n su ausencia t a m b i é n
m u l t i t u d i n a r i a . Esa diferencia entre la i r r u p c i ó n solidaria de
la sociedad y la d e s o r g a n i z a c i ó n de las iniciativas del r é g i m e n ,
es l o que se llama u n espacio de crisis, la crisis de la r e l a c i ó n
de ese r é g i m e n con su pueblo. Esto no significa que se vaya a
caer: significa s ó l o , por ahora, que y a todos m i d i e r o n ese es-
pacio".
John S a x e - F e r n á n d e z avanza u n p u n t o m á s en la visión
optimista, cuando afirma en Excélsior que de la tragedia sur-
gió " c o m o respuesta vital a la muerte y a la d e s t r u c c i ó n gene-
ralizada, una 'conciencia colectiva' (para decirlo en t é r m i n o s
durkheimianos) intensamente consciente de sí misma y del
vigor y la vigencia de la 'sociedad civil' " .
En la medida del paso de los d í a s , la d i s c u s i ó n se va pola-
rizando. Abraham G a r c í a Ibarra, columnista de El Día, se
pregunta el 2 de octubre:

" A l margen de nomenclaturas a c a d é m i c a s ¿es posible


disociar el uso de sociedad civil del concepto pueblo?
¿Es c i e n t í f i c a m e n e admisible aislar la tipificación de
sociedad civil de la existencia de los partidos p o l í t i -
cos, organizaciones obreras y campesinas, colegios
profesionales, asociaciones empresariales, clubes so-
ciales o c o m i t é s de barrio, e t c é t e r a , para aceptar
entonces que sociedad civil es sólo aquella que se
moviliza bajo los impulsos del e s p o n t a n e í s m o y la
d i s p e r s i ó n , a u t ó n o m a y a u t o m á t i c a m e n t e ? La socie-
dad civil, se afirma, ' t o m ó la calle', ' t o m ó el poder'.
¿ N o es esta una forma de alentar expectativas e r r ó -
neas que m á s temprano que tarde puedan conducir
a la f r u s t r a c i ó n , m á s que de la sociedad civil, de los
suscriptores de esa h i p ó t e s i s ? "

Carlos Pereyra no ve la presencia vigorosa de la sociedad civil


(organizada) en el despliegue de solidaridad y la m o v i l i z a c i ó n
e s p o n t á n e a de miles de personas en la capital. S e ñ a l a : " . . . por
masiva y vigorosa que haya sido esa p a r t i c i p a c i ó n e s p o n t á -
nea, no p u d o ir m á s allá de la suma de voluntades individuales
[. . . ] E n estos ajetreados d í a s se ha insistido en forma abusiva

75
en que h u b o la presencia firme de la sociedad c i v i l " . Pereyra
t o m a u n o de los aspectos del planteamiento de Monsiváis, ale-
j á n d o s e a nuestro j u i c i o de la tesis central, para matizar el
f e n ó m e n o : " E n t o d o caso, parece m á s correcta la tesis de
Carlos Monsiváis: ' L a sociedad civil existe c o m o gran necesidad
latente en quienes desconocen incluso el t é r m i n o , y su prime-
ra y m á s insistente demanda es la r e d i s t r i b u c i ó n de poderes'.
E n efecto, si p o r sociedad civil se hace referencia al entrama-
do institucional a t r a v é s del cual la sociedad organiza su par-
t i c i p a c i ó n en la cosa p ú b l i c a , debe admitirse que la moviliza-
c i ó n masiva m o s t r ó m á s la necesidad que la presencia de ta]
sociedad c i v i l " .
Tenemos sin duda una i n t e r p r e t a c i ó n polarizada de los
acontecimientos. Si aceptamos que los hechos se vuelven rea-
les en la medida en que adquieren u n significado, es decir,
que se ajustan a u n m o d e l o coherente de i n t e r p r e t a c i ó n , la
visión original de Monsiváis p a r e c í a p a r a d i g m á t i c a por la fuer
za de su consistencia. Sin embargo, surgieron d e s p u é s visio-
nes distintas con la misma consistencia. T e n d r í a m o s en el
p r i m e r caso lo que l l a m a r í a m o s una visión o p t i m i s t a de la
presencia de la sociedad civil en los d í a s de la tragedia, par-
tiendo de que el pueblo o la m u l t i t u d se constituye en u n de-
t e r m i n a d o m o m e n t o en sociedad civil por la fuerza de un
liderazgo colectivo y a n ó n i m o que suple m o m e n t á n e a m e n t e
las funciones del Estado. E n el o t r o caso, e s t a r í a m o s ante una
visión e s c é p t i c a del papel de la sociedad civil, en la inteligen-
cia de que ésta, como "entramado i n s t i t u c i o n a l " , t u v o esca-
sa presencia en los primeros d í a s de desastre.
Jorge H e r n á n d e z Campos parece inclinarse a la interpre-
t a c i ó n optimista cuando dice: " . . . la sociedad, el pueblo, se
l a n z ó a ocupar los espacios que d e b e r í a n haber ocupado los
responsables de las instituciones. T o d a v í a m á s , se d i r í a que la
sociedad, si n o d e s c u b r i ó , e s t á descubriendo que los espacios
abiertos por manifiesta l i m i t a c i ó n del sistema esclerotizado
son, precisamente, los espacios institucionales" (Unomásuno,
8 de octubre). A casi u n mes del terremoto, Heberto Castillo
r e c o b r ó la frialdad: " L a o r g a n i z a c i ó n e s p o n t á n e a surgió. Se
dio la t o m a del poder por el pueblo, se dijo m á s con el cora-
z ó n que con la cabeza. Pero el poder permanente está en el

76
gobierno. L a heroicidad pasa. Vuelve la calma" (Proceso, 14
de octubre).
Finalmente, sectores ajenos a la c o m u n i d a d intelectual
participaron t a m b i é n en el debate sobre la sociedad civil. He-
cho i n s ó l i t o en el discurso p o l í t i c o mexicano: en su x v m
asamblea, la C O P A R M E X a f i r m ó el d í a 20 de octubre en voz
de u n o de sus dirigentes que la sociedad civil reclama espacio,
presencia, p a r t i c i p a c i ó n y libertad cada vez m á s amplios, toda
vez que las estructuras del p a í s , en general, e s t á n siendo reba-
sadas y se requiere "de u n nuevo enfoque en la p a r t i c i p a c i ó n
social de la sociedad c i v i l " . L a c o n s t r u c c i ó n de una nueva so-
ciedad implica el establecimiento de mecanismos de media-
c i ó n entre la sociedad p o l í t i c a y la sociedad civil, que abran
espacios para la i n t e g r a c i ó n de los distintos sectores sociales
"medios y subalternos". Concluye la C O P A R M E X en la nece-
sidad de "hacer de la empresa el actor d i n á m i c o y estratégi-
co de la e c o n o m í a , de las relaciones sociales, de la cultura, de
la dignidad nacional y de las posibilidades de M é x i c o c o m o
sociedad".
E n suma, la p o l é m i c a e s t á abierta. Si se sigue analizando
con rigor, entre la visión optimista y la e s c é p t i c a p o d r í a sur-
gir una síntesis. Por lo p r o n t o , el pueblo de la capital del p a í s
c u m p l i ó con una j o r n a d a heroica. Rebautizar ese h e r o í s m o ,
en beneficio del pensamiento sociológico, de la historia, es
t a m b i é n i m p o r t a n t e : contar con u n significado u n í v o c o para
los acontecimientos es al menos una de las fuentes para la
t r a n s f o r m a c i ó n de la realidad. Y el cambio para mejorar es
algo que todos deseamos.

LOS CIUDADANOS D E L MUNDO

En los d í a s de ira t a m b i é n se inició la e v a l u a c i ó n del m o n t o y


las repercusiones de los d a ñ o s . Brigadas de funcionarios gu-
bernamentales y miembros de los colegios de ingenieros y ar-
quitectos hicieron una i n s p e c c i ó n preliminar de la zonas afec-
tadas del Distrito Federal; se identificaron las edificaciones
que d e b í a n evacuarse por razones de seguridad, a s í c o m o las
que sería necesario derrumbar. E l gobierno de M é x i c o infor-
m ó a la comunidad internacional acerca de la magnitud de la

77
tragedia y la c o o p e r a c i ó n extranjera fluyó r á p i d a y generosa-
mente hacia el p a í s . C o m o parte de la respuesta a la tragedia,
los ciudadanos del m u n d o estuvieron t a m b i é n presentes.
E l Coordinador de Naciones Unidas para el Socorro en
Casos de Desastre se t r a s l a d ó a M é x i c o a f i n de que, j u n t o con
u n equipo de especialistas, colaborara con el gobierno en eva-
luar los requerimientos de c o o p e r a c i ó n externa para encarar
las tareas de emergencia. A s i m i s m o , la Asamblea General
de las Naciones Unidas a d o p t ó , el 24 de septiembre, una reso-
l u c i ó n en la que se hizo u n llamado para intensificar la ayuda
a M é x i c o , y se p i d i ó al Secretario General que canalizara y
coordinara la ayuda m u l t i l a t e r a l y que colaborara con el go-
bierno en la d e t e r m i n a c i ó n de las necesidades de la recons-
2 0
trucción.
S e g ú n u n informe de la C o m i s i ó n M e t r o p o l i t a n a de Emer-
gencia, hasta el 13 de octubre se h a b í a n recibido 237 vuelos
provenientes de 4 0 p a í s e s , cuyos destinatarios fueron:

Cruz Roja Mexicana 95


G o b i e r n o Federal 80
Embajadas 39
Particulares 23

Esta ayuda i n c l u y ó apoyo e c o n ó m i c o , medicamentos, alimen-


tos, vestido, personal especializado, equipo t é c n i c o y perros
entrenados para la d e t e c c i ó n de vida; en t o t a l , m i l 4 6 2 tone-
ladas, cuya d i s t r i b u c i ó n p o r t i p o de a r t í c u l o es la siguiente:

Medicamentos 401
Ropa, mantas y equipos de campamento 342
Alimentos 258
E q u i p o de rescate 151
Herramientas y accesorios 119
Instrumental y equipo m é d i c o 109
Maquinaria y v e h í c u l o s 69
Otros equipos 13
1,462 '

78
E l arribo de la ayuda a la ciudad de M é x i c o c o m e n z ó el mis-
m o 19 de septiembre procedente de muchos p a í s e s que se so-
lidarizaron con M é x i c o : Arabia Saudita, Argelia, Argentina,
Australia, Austria, Bélgica, Belice, Brasil, C a n a d á , C o l o m b i a ,
Cuba, Checoslovaquia, Dinamarca, Ecuador, E s p a ñ a , Estados
Unidos, Finlandia, Francia, Gran B r e t a ñ a , Grecia, Guatemala,
Holanda, Israel, Italia, J a p ó n , Nicaragua, Noruega, P a n a m á ,
Paraguay, P e r ú , Polonia, Puerto R i c o , R e p ú b l i c a D e m o c r á t i c a
de Alemania, R e p ú b l i c a Dominicana, R e p ú b l i c a Federal de
Alemania, Suiza, T u r q u í a , U n i ó n Soviética, Venezuela y Y u -
21
goslavia.
Sin embargo, queremos hacer notar que la a l g a r a b í a de las
cifras oculta las dimensiones reales de las necesidades. Cierta-
mente fueron muchas las toneladas de materiales recibidos y
muchos los p a í s e s solidarios con M é x i c o ; el m o n t o recibido
fue significativo para el auxilio a las v í c t i m a s , pero fue apenas
s i m b ó l i c o para las tareas de la r e c o n s t r u c c i ó n . Para éstas, h a r í a
falta la solidaridad de los organismos financieros internacio-
nales, pero c o m o bien se pudo ver, son ios menos indicados
p o r q u e desconocen esa palabra (solidaridad) cuando va m á s
allá de las declaraciones. Tales instituciones nadan en las frías
aguas del i n t e r é s simple y compuesto.
En la c r ó n i c a de la solidaridad internacional, resalta la
ayuda recibida del p u e b l o norteamericano, t a l vez por la gran
cantidad de mexicanos y de chicanos radicados en Estados
Unidos. La solidaridad de A m é r i c a Latina y E s p a ñ a fue tam-
b i é n notable y v e n d r í a a confirmar su aprecio por nuestro
p a í s . Pero, sobre t o d o , hay que destacar la solidaridad de los
ciudadanos del m u n d o , los que se sumaron a la colecta de ob-
j e t o s y dinero, y aun de la propia sangre.
Por o t r a parte, conforme pasaban los d í a s , se fue presen-
t a n d o el f e n ó m e n o de la c a n a l i z a c i ó n de la ayuda por medio
de entidades privadas. E l gobierno t e r m i n ó p o r aclarar, y nos
parece j u s t o que lo haya hecho, que sólo la tercera parte de la
ayuda recibida del exterior fue entregada a las autoridades.
Finalmente, en este r u b r o se hizo notar t a m b i é n el cen-
tralismo i n f o r m a t i v o . E n m u y pocas ocasiones se i n f o r m ó de
la ayuda enviada a lugares que n o fueran la capital del p a í s .
Veamos la c r ó n i c a de la solidaridad internacional:

79
Septiembre

Desde el mismo d í a 19, c o m e n z ó a fluir la ayuda. El gobierno


b r a s i l e ñ o o r d e n ó de i n m e d i a t o las medidas necesarias para
canalizar ayuda a M é x i c o . De Argentina llegó u n avión c o n
los primeros elementos de a u x i l i o (alimentos, medicinas y
m é d i c o s ) . Costa Rica ofreció su ayuda. L a Cruz Roja C o l o m -
biana e n v i ó una brigada de a u x i l i o . Cuba ofreció plasma san-
guíneo y médicos.
P r á c t i c a m e n t e todos los gobiernos de los p a í s e s l a t i n o -
americanos enviaron ese d í a condolencias al pueblo y gobier-
no de M é x i c o p o r la tragedia. Posteriormente llegarían mensa-
jes de casi t o d o el m u n d o .
E l d í a 20, el gobierno n i c a r a g ü e n s e a n u n c i ó el e n v í o de
sangre a M é x i c o . Suiza, R e p ú b l i c a Federal de Alemania y
Francia enviaron equipos y personal especializado en tareas
de rescate.
E l presidente b r a s i l e ñ o , J o s é Sarney, llegó a M é x i c o el d í a
2 1 ; se e n t r e v i s t ó 45 m i n u t o s con el presidente Miguel de l a
Madrid y e x p r e s ó la solidaridad de su pueblo c o n M é x i c o . A l
d í a siguiente, el p r i m e r mandatario peruano, A l a n G a r c í a
hizo l o m i s m o .
E l presidente norteamericano, R o n a l d Reagan, c o n v e r s ó
t e l e f ó n i c a m e n t e con Miguel de la M a d r i d para expresar su dis-
p o s i c i ó n de ayudar a nuestro p a í s . Fidel Castro se c o m u n i c ó
t a m b i é n t e l e f ó n i c a m e n t e con el Presidente de M é x i c o para
expresar su solidaridad y anunciar el e n v í o de 12 toneladas de
sangre, funcionarios cubanos llegaron a M é x i c o y ofrecieron
voluntarios para las tareas de rescate. De Alemania Federal
llegaron grúas de gran tonelaje; de Francia e Italia, equipos de
ultrasonido para d e t e c c i ó n de personas; de E s p a ñ a , m a t e r i a l
m é d i c o , sanitario, de i l u m i n a c i ó n , equipos contra i n c e n d i o ,
etc.; de Argentina, bomberos voluntarios.
En Los Angeles, California, una radioemisora r e c a u d ó
120 m i l d ó l a r e s . De Francia llegaron 130 bomberos. Italia,
Alemania Occidental y Francia enviaron perros amaestrados
en tareas de rescate; Inglaterra y Belice, personal experto en
salvamento.
E l d í a 2 3 , el gobierno de C a n a d á d o n ó u n m i l l ó n de d ó l a -

80
res en efectivo para las tareas de emergencia, y la Cruz Roja
de ese p a í s a b r i ó u n a cuenta especial para canalizar la ayuda a
M é x i c o . L a Cruz Roja de Estados Undos r e c a u d ó 250 m i l d ó -
lares y 13 toneladas de m a t e r i a l m é d i c o y suero para enviar a
nuestro p a í s .
E l Banco M u n d i a l , el F o n d o M o n e t a r i o Internacional y el
Banco Interamericano de Desarrollo, anunciaron su i n t e n c i ó n
de ofrecer ayuda financiera a M é x i c o .
Argelia e n v i ó 19 socorristas y de esta n a c i ó n se han recibi-
do m á s de ocho toneladas de medicamentos; de Nicaragua lle-
g ó una brigada m é d i c a ; Italia e n v i ó material sanitario; Israel
m a n d ó personal especializado en rescate, en t a n t o que Gran
B r e t a ñ a 5 0 ingenieros.
Particularmente abundante en materiales, ha resultado la
ayuda norteamericana de diversas ciudades. L a esposa del Pre-
sidente de Estados U n i d o s , Nancy Reagan, a r r i b ó a la ciudad
de M é x i c o y estuvo en algunos puntos de la zona de desastre;
a d e m á s , e n t r e g ó al presidente de la M a d r i d u n cheque p o r u n
m i l l ó n de d ó l a r e s . E l embajador norteamericano J o h n Gavin
a s e g u r ó que la ayuda proveniente de Estados Unidos supera
ya los 4 0 0 millones de pesos.
De Inglaterra se recibieron 715 m i l d ó l a r e s en medica-
mentos, ropa y m a t e r i a l sanitario; H o l a n d a a p o r t ó 300 m i l
d ó l a r e s ; la URSS e n v i ó tiendas de c a m p a ñ a , frazadas, medica-
mentos y otros materiales; 50 m i l d ó l a r e s e n v i ó Israel y Nica-
ragua h i z o llegar 5 0 0 bolsas de sangre; de Puerto R i c o llegó
ayuda m é d i c a .
E l presidente M i g u e l de la M a d r i d p i d i ó el d í a 24, a la co-
m u n i d a d financiera internacional, " c o m p r e n s i ó n extraordina-
r i a " para M é x i c o , ante la difícil s i t u a c i ó n p o r la que atraviesa
el p a í s a r a í z de los terremotos. H a y —dijo— d i s p o s i c i ó n para
c u m p l i r c o n las obligaciones, pero es necesario que se observe
el i m p a c t o de la tragedia en la e c o n o m í a nacional. A g r a d e c i ó
la solidaridad internacional hacia M é x i c o y s e ñ a l ó que las
tareas de r e c o n s t r u c c i ó n llevarán varios a ñ o s .
En la O N U , el canciller Bernardo S e p ú l v e d a s o l i c i t ó el
a p o y o para M é x i c o y a g r a d e c i ó la ayuda internacional presta-
da c o n m o t i v o de los sismos. Por u n a n i m i d a d , la ONU a p r o b ó
una iniciativa presentada p o r Nicaragua y Brasil, a f i n de que

81
la c o m u n i d a d internacional coopere en las tareas de rescate y
r e c o n s t r u c c i ó n en M é x i c o .
E l gobierno de J a p ó n a p o r t ó u n m i l l ó n 250 m i l d ó l a r e s ;
P o l o n i a r e a l i z ó u n p a r t i d o de f ú t b o l a beneficio de las v í c t i -
mas; Uruguay e n v i ó medicamentos; E s p a ñ a , ayuda de varios
tipos, al igual que Argelia y los p a í s e s centroamericanos.
E l d í a 25, el Papa Juan Pablo I I o r ó p o r las v í c t i m a s del
t e r r e m o t o y e n v i ó 100 m i l d ó l a r e s de ayuda a M é x i c o (algunos
cables señalan que fueron 500 m i l d ó l a r e s ) . Francia e n v i ó m á s
expertos en tareas de rescate, l o m i s m o que Brasil. E s p a ñ a h i -
zo llegar 48 bomberos. Portugal d o n ó seis m i l d ó l a r e s , China
50 m i l y Grecia 150 m i l , a d e m á s de medicamentos y plasma
s a n g u í n e o . Italia e n v i ó especialistas en d e m o l i c i ó n de edifi-
cios, Brasil, u n a v i ó n - h o s p i t a l . E n P a r í s se a b r i ó una cuenta
bancaria pro-damnificados, l o m i s m o que en la U R S S . La
a p o r t a c i ó n e c o n ó m i c a de Estados U n i d o s llega a 3.5 millones
de d ó l a r e s .
Trece brigadas de socorristas de otros tantos p a í s e s , aban-
d o n a r o n la ciudad de M é x i c o , tras haber prestado sus servi-
cios.
E l d í a 27 el equipo francés de rescate se r e t i r ó de las r u i -
nas del H o s p i t a l J u á r e z ante la falta de c o o r d i n a c i ó n ; p o r la
m i s m a r a z ó n , se afirma que los alemanes decidieron irse del
p a í s . E l e s c u a d r ó n f r a n c é s r e s c a t ó 38 personas y t r a b a j ó a
marchas forzadas con 15 perros entrenados. L o s alemanes
—según o t r a versión— afirman estar satisfechos con su labor y
s e ñ a l a n que su salida y a estaba planeada; rescataron 15 per-
sonas.
L a c o m u n i d a d mexicano-norteamericana a p o r t a r á 15 m i -
llones de d ó l a r e s , al decir de sus dirigentes, y c o n t i n ú a abierto
el puente de ayuda. E l embajador de J a p ó n en M é x i c o entre-
g ó a l a S e c r e t a r í a de Salud treinta resucitadores y r e i t e r ó su
a p o y o i n c o n d i c i o n a l a M é x i c o ; este p a í s ofrece su experiencia
en materia de r e c o n s t r u c c i ó n .
Hasta el d í a 27 se h a b í a n r e c i b i d o 10 m i l l o n e s de d ó l a r e s
de ayuda del exterior. E n R e p ú b l i c a D o m i n i c a n a se c o n s t i t u -
y ó u n C o m i t é Pro-Damnificados de M é x i c o ; o t r o t a n t o se
h i z o en Chile.

82
E l d í a 28 los rescatistas franceses abandonaron el p a í s ;
lloraron al salir. Llegan cuatro aviones con materiales de Gran
B r e t a ñ a , Estados Unidos, Checoslovaquia y P e r ú . T a m b i é n
enviaron ayuda E l Salvador, H u n g r í a , Polonia, E s p a ñ a , Francia
y Yugoslavia. L a televisión venezolana realiza una amplia
c a m p a ñ a de solidaridad. E n Chile se intensifica la ayuda.
P l á c i d o D o m i n g o d e c l a r ó el d í a 29 que le i m p o r t a hacer
valer su fama para pedir auxilio internacional.
Exiliados chilenos, uruguayos y argentinos instalaron un
albergue.
E l d í a 3 0 , por medio de programas de t e l e v i s i ó n , en Los
Angeles se recaudaron m á s de 5 millones de d ó l a r e s , en Puer-
to Rico m á s de u n m i l l ó n y medio y 155 m i l d ó l a r e s en Santo
D o m i n g o ; t o d o esto en favor de los damnificados mexicanos.
Llegaron h o y tres m i l toneladas de ayuda en medicamen-
tos, ropa, alimentos, equipos de d e m o l i c i ó n , etc., provenien-
tes de P a n a m á , Estados Unidos, E s p a ñ a , Alemania Federal y
Japón.

Octubre
E l d í a l o . , el embajador Gavin p i d i ó a los gobernadores de
Estados Unidos ayuda para la r e c o n s t r u c c i ó n de m á s de 130
escuelas mexicanas d a ñ a d a s p o r los sismos. Los fondos serían
administrados p o r la C á m a r a Americana de Comercio de Mé-
xico.
Una brigada de asistencia m é d i c a n i c a r a g ü e n s e o p e r ó en
a u x i l i o de los colonos en la Morelos. Para los damnificados de
esta colonia, se i n f o r m a que la ciudad de Quebec e n t r e g ó u n
m i l l ó n 200 m i l d ó l a r e s .
A la e s t a c i ó n de ferrocarriles de Pantaco llegó u n con-
voy con ayuda. E n todos los paquetes se l e í a : " A nuestros
hermanos mexicanos, con u n abrazo fraternal de sus herma-
nos estadunidenses". Eran 37 plataformas cargadas con todo
t i p o de materiales, i n c l u y e n d o maquinaria pesada.
L a brigada m é d i c a de la Fuerza A é r e a Brasileña ha pro-
porcionado asistencia a cerca de ocho m i l damnificados, he-
ridos o enfermos, en s ó l o siete d í a s , según se i n f o r m ó .
En 141 vuelos especiales, M é x i c o h a b í a recibido ayuda de
t o d o el m u n d o hasta el d í a 9. Sobresalen 7 1 operaciones

83
aéreas realizadas p o r naves norteamericanas.
De Suecia y E g i p t o llegaron equipos t e l e f ó n i c o s especia-
les, que a y u d a r á n al restablecimiento del servicio en t o d o el
país.
L a O r g a n i z a c i ó n Regional Interamericana del Trabajo
( O R I T ) y la C o n f e d e r a c i ó n Internacional de Sindicatos L i -
bres han aportado m á s de cinco millones de d ó l a r e s en ayuda
para los damnificados mexicanos. Ecuador envió 33 toneladas
de ropa, víveres y medicamentos. U n avión soviético descar-
g ó , p o r su parte, 25 toneladas de medicinas y alimentos.
L a S e c r e t a r í a de la C o n t r a l o r í a aclaró el d í a 8 que el go-
bierno sólo ha recibido la tercera parte de la ayuda externa.
L a m a y o r destinataria del a u x i l i o ha sido la Cruz Roja M e x i -
cana. E l resto ha sido recibido p o r embajadas, iglesias y parti-
culares, entre ellos P l á c i d o D o m i n g o .
L a c o m u n i d a d b r i t á n i c a en M é x i c o r e u n i ó u n f o n d o de
500 m i l libras esterlinas que será destinado a los damnifica-
dos, se i n f o r m ó el d í a 10.
L a Iglesia C a t ó l i c a señala que cuenta con recursos envia-
dos p o r el V a t i c a n o y p o r iglesias de diversas partes del m u n -
do, que maneja por su cuenta. Ha logrado reunir u n m i l l ó n
100 m i l d ó l a r e s de ayuda externa.
E l d í a 16, el presidente Miguel de la M a d r i d a g r a d e c i ó h
solidaridad internacional. Fue instalado el C o m i t é de C o o r d i
n a c i ó n del A u x i l i o Internacional; p r o m o v e r á el apoyo exter
n o y c o n t r i b u i r á a su transparente y racional manejo.
E l d í a 18, el presidente argentino R a ú l A l f o n s í n d o n ó el
m o n t o del Premio P r í n c i p e de Asturias (dos millones de pese-
tas) que r e c i b i ó en E s p a ñ a , al F o n d o Nacional de Reconstruc-
c i ó n de M é x i c o .

El d í a 28, J a p ó n d o n ó al D I F 2 m i l 500 unidades de ter-


m ó m e t r o s digitales. E l Banco Centroamericano de I n t e g r a c i ó n
E c o n ó m i c a e n t r e g ó al F o n d o Nacional de R e c o n s t r u c c i ó n 10
m i l dólares.
El Club R o t a r i o Internacional r e u n i ó 100 m i l d ó l a r e s para
los damnificados; se d e s t i n a r á n 40 m i l d ó l a r e s para C i u d a d
G u z m á n , se i n f o r m ó el d í a 29.
Los damnificados de T e p i t o siguen recibiendo ayuda de

84
organizaciones privadas norteamericanas que e n v í a n agua po-
table, alimentos y medicinas.
Los empresarios n i c a r a g ü e n s e s donaron 10 m i l d ó l a r e s al
F o n d o Nacional de R e c o n s t r u c c i ó n el d í a 30. P a n a m á y Co-
l o m b i a enviaron ayuda p o r la v í a aérea. E l d í a 31 la organiza-
c i ó n religiosa norteamericana Saint Joseph e n t r e g ó a la Cruz
Roja Mexicana m á s de u n m i l l ó n de d ó l a r e s .

Noviembre
P l á c i d o D o m i n g o r e u n i ó 100 m i l d ó l a r e s en su p r i m e r con-
cierto pro-damnificados mexicanos, realizado en Italia el d í a
4. Este concierto forma parte de una serie que el tenor pien-
sa dedicar a ese p r o p ó s i t o .
L a Iglesia C a t ó l i c a ha recibido ya dos millones de d ó l a r e s
en ayuda del e x t e r i o r y ha destinado 4 0 millones de pesos a
los damnificados de Ciudad G u z m á n , Jalisco y L á z a r o Cár-
denas, M i c h o a c á n .
E n la c r ó n i c a de la solidaridad internacional podemos dis-
tinguir sin dificultad dos clases de ayuda: la que se da p o r
parte de los gobiernos y la que tiene su origen directo en la
colecta p ú b l i c a que se organiza de manera e s p o n t á n e a , es de-
cir, la que se da fraternalmente entre los ciudadanos del m u n -
do. E n ú l t i m a instancia, ambos tipos de ayuda provienen de
pueblos solidarios, pero en el primer caso se trata fundamen-
talmente de hechos p o l í t i c o s que tienen que ver m á s con los
intereses inmediatos de la c o r r e l a c i ó n de fuerzas en el plano
internacional que con la fraternidad de la especie humana.
C o m o hecho p o l í t i c o , la solidaridad recibe t a m b i é n trata-
m i e n t o p o l í t i c o . N o f a l t ó quien hiciera la c o m p a r a c i ó n entre
los v o l ú m e n e s de ayuda provenientes de las dos grandes po-
tencias.
Sin embargo, de los nombres y cifras de esta c r ó n i c a , nos
interesa destacar la d i m e n s i ó n humana de la ayuda, su carác-
ter de valor m o r a l en m e d i o del agobiante pragmatismo que
distingue a nuestro f i n de siglo. Las colectas p ú b l i c a s , los
radiotones y telefones, los e n v í o s de sangre y plasma, los cáli-
dos mensajes solidarios inscritos en los cajones de ropa y me-
dicinas, t o d o esto da cuenta de u n f e n ó m e n o pocas veces to-
mado en cuenta: entre los pueblos, m á s que f ó r m u l a s huecas

85
de internacionalismo, se dan v í n c u l o s concretos de solidari-
dad cuando alguno es afectado p o r calamidades y desgracias.
Es el f e n ó m e n o de c o n m i s e r a c i ó n p r o p i o de nuestra espe-
cie, que convive con las formas de d a ñ o y e x t e r m i n i o que a l o
largo de la historia los hombres se han impuesto a sí mismos,
dando lugar al conocido aserto de que el peor enemigo del
h o m b r e es el hombre mismo (el homo homini lupus de H o b -
bes). Luces y sombras de la c o n d i c i ó n humana. E n este caso
ponemos en relieve el lado positivo, ése que refulge cuando
recibimos ayuda de pueblos con mayores carencias que las
nuestras.
E n la hora de la desgracia, hemos o b t e n i d o finalmente
l o que estamos acostumbrados a dar al exterior: respeto y
ayuda solidaria. Y esto sin duda es bueno para nuestra propia
identidad.

NOTAS

1. Morales, p. 17.
2. Aura, p. 9.
3. Guia, p. 3.
4. Op. cit, pp. 15-105.
5. Ibid., p. 114.
6. Ibid., pp. 107-138.
7. Aura, p. 30.
8. Guía, pp. 139-152.
9. Op. cit., pp. 153-210 y 315-324.
10. Así se oía en el Zócalo el 22 de octubre de 1985.
11. León-Portilla, p. 166.
12. De un guión radiofónico de Emma Yanes sobre el tumulto popular de 1692,
en Reencuentros, p. 27.
13. Gelman y Montano, "Planteamiento. . .", p. 2.
14. Comisión Económica, pp. 7-8.
15. Mastretta, La Jornada, 20 de septiembre de 1985, pp. 15-17.
16. David Huerta, Proceso, 30 de septiembre de 1985, p. 58.
17. Carlos Monsiváis, Proceso, 23 de septiembre de 1985, p. 6.
18. Carlos Monsiváis, Proceso, 30 de septiembre de 1985, p. 10.
19. Proceso, 30 de septiembre de 1985, p. 6.
20. Comisión Económica, p. 9.
21. Comisión Metropolitana.

86
LAS F A L L A S H U M A N A S

Cuando se estremecen las e n t r a ñ a s de la tierra, l o hacen igual-


mente las de quienes en ella viven. E l d o l o r desborda los áni-
mos, i n c l u y e n d o los de quienes escriben sobre el dolor.
E l terremoto p r o v o c ó n o sólo reacciones de h e r o í s m o y
solidaridad. T a m b i é n hizo aflorar descontentos, algunos de
los cuales se han visto ya como parte de la respuesta ciudada-
na. L a prensa del D i s t r i t o Federal dio cabida a m ú l t i p l e s ex-
presiones de denuncia ante ineficiencias y abusos, ante l o que
d e b i ó hacerse y n o se hizo. Esta es la otra cara que c o n v i v i ó ,
no sabemos en q u é medida, con la del buen comportamien-
t o . Es la sombra que siempre nos persigue, en la b ú s q u e d a
diaria de nuestra identidad. E l ser del mexicano sigue arras-
trando u n lastre c u y o peso n o acabamos de conocer.
Las fallas g e o l ó g i c a s son obra de la necesidad, pero las
fallas humanas, se dijo en los dies irae, agrandan una tragedia
que n o deja de parecer m a l d i c i ó n .
El principal objeto de la ira p ú b l i c a fue el gobierno. Tam-
bién llevaron su parte, aunque menor, constructores y comer-
ciantes. Se entiende que las autoridades son las directamente
responsables de encabezar las tareas de rescate y auxilio en
casos de desastre. L a idea de que t o d o se h i z o m a l , por parte

87
del gobierno, es s i n t o m á t i c a : refleja d e s c r é d i t o y q u i z á renco-
res acumulados. N o sabemos l o que el p a í s entero pensaba de
su gobierno en septiembre de 1985, pero sí conocemos el
c o m p o r t a m i e n t o de la prensa en esos d í a s . Se dio amplia ca-
bida a la denuncia, casi siempre dirigida a las autoridades;
pero en varios casos f a l t ó objetividad (la m í n i m a que pueda
existir en estos casos: cotejar versiones, p o r ejemplo) y se lle-
g ó incluso al amarillismo. Se p o d r á decir que era necesario
dar voz a quienes no la t e n í a n , abrir los espacios p e r i o d í s t i c o s
a la denuncia y al d o l o r de quienes m á s sufrieron. N o obstan-
te, en la c r ó n i c a de la tragedia se percibe ( y l o apuntamos
como u n c o m p r o m i s o con la idea general de este l i b r o ) u n
cierto afán autodenigratorio, presente, c o m o bien l o sabemos,
en nuestra c u l t u r a nacional.
Veamos p r i m e r o l o que d e b i ó hacerse y n o se hizo.

UN PLAN E N E L PAPEL

E l lunes 4 de marzo de 1986, durante una r e u n i ó n en la Se-


c r e t a r í a de G o b e r n a c i ó n , se i n s t a l ó el Sistema Nacional de
P r o t e c c i ó n Civil. Su o b j e t i v o : "proteger a las personas y a la
sociedad, ante la eventualidad de u n desastre, a través de ac-
ciones que reduzcan o eliminen la p é r d i d a de vidas humanas,
la d e s t r u c c i ó n de bienes materiales, el d a ñ o a la naturaleza y
1
la i n t e r r u p c i ó n de las funciones esenciales de la sociedad".
Casi ocho a ñ o s antes, en el i v Congreso de la Academia Na-
cional de I n g e n i e r í a (Mérida, Y u c , 1978), Ovsei Gelman y
J o s é Luis M o n t a ñ o , investigadores del I n s t i t u t o de I n g e n i e r í a
de la U N A M , h a b í a n hecho u n "Planteamiento general del
d i s e ñ o e i m p l a n t a c i ó n de u n sistema de p r o t e c c i ó n y restable-
cimiento de asentamientos humanos en casos de desastre". Y
en agosto de 1980 el I n s t i t u t o de I n g e n i e r í a , con el patroci-
n i o del Departamento del D i s t r i t o Federal ( D D F ) , h a b í a i n i -
ciado u n p r o y e c t o "dedicado a determinar las medidas para
fortalecer y atender al D i s t r i t o Federal frente a desastres". E l
informe global del p r o y e c t o e s t á en 39 tomos. Cuatro etapas
se h a b í a r e c o r r i d o :

E l d i s e ñ o conceptual del Sistema de P r o t e c c i ó n y Resta-


blecimiento de la Ciudad de M é x i c o frente a desastres

88
2
(SIPROR).
— E l d i s e ñ o de la C o m i s i ó n Coordinadora del S I P R O R , su
estructura, facultades y organigrama, y la e l a b o r a c i ó n de
algunos instrumentos legales (Acuerdo de C r e a c i ó n de la
C o m i s i ó n Coordinadora, su Reglamento I n t e r i o r y la L e y
de P r o t e c c i ó n y Restablecimiento del D i s t r i t o Federal
frente a Desastres). A s i m i s m o , el inicio de la e l a b o r a c i ó n
del Plan General de P r o t e c c i ó n y Restablecimiento, con
sus tres planes parciales: el de P r e v e n c i ó n y M i t i g a c i ó n , el
de A t e n c i ó n de Emergencias y el de R e c u p e r a c i ó n .
— L a c o n t i n u a c i ó n del desarrollo del Plan General de Pre-
v e n c i ó n y M i t i g a c i ó n y el d i s e ñ o del Sistema de I n f o r m a -
ción del S I P R O R .
— E l desarrollo del Plan General de R e c u p e r a c i ó n .

Los resultados del p r o y e c t o , a d e m á s de haberse discutido en


3
diversos foros nacionales e internacionales, fueron aproba-
dos por el D D F . A s í que en febrero de 1983 e m p e z ó a fun-
cionar, dentro del D D F , la D i r e c c i ó n del S I P R O R " c o n el f i n
de crear o formalizar, a s í como de integrar en u n sistema, a
los diferentes componentes de la Ciudad que tienen trascen-
dencia en la p r o b l e m á t i c a de desastres". T o d o esto c o n t ó Gel-
4
m a n , director del p r o y e c t o , en el seminario " E l riesgo sísmi-
co de Jalisco y la i n g e n i e r í a de desastres", efectuado en Gua¬
dalajara el 18 y 19 de septiembre de 1984.
U n a ñ o d e s p u é s , es claro que n o e x i s t í a p l a n alguno en
funcionamiento para el Distrito Federal n i para el resto del
p a í s , excepto el tantas veces mencionado a p a r t i r del 19 de
septiembre de 1985: el D N - I I I . Ese d í a , p o r ejemplo, el Presi-
dente de la R e p ú b l i c a t u v o que ordenar la i n t e g r a c i ó n de la
C o m i s i ó n M e t r o p o l i t a n a de Emergencia. E l Plan de Mitiga-
c i ó n de la E d i f i c a c i ó n del D i s t r i t o Federal ante Sismos (del
S I P R O R ) h a b í a estado c o n s t i t u i d o , en el papel, p o r nueve
programas principales: el de e v a l u a c i ó n (permanente) del pe-
ligro s í s m i c o , el de levantamiento del inventario de la edifica-
c i ó n , el de e v a l u a c i ó n de la vulnerabilidad de la e d i f i c a c i ó n ,
el de reforzamiento de la e d i f i c a c i ó n , el de revisión y actuali-
z a c i ó n ( c o n t i n u a ) del Reglamento de Construcciones, el de
la revisión de normas p r á c t i c a s de uso del suelo, el de desarro-

89
l i o e i m p l a n t a c i ó n de medidas funcionales de m i t i g a c i ó n , el
de f o m e n t o de la p a r t i c i p a c i ó n de la c o m u n i d a d y el de capa-
c i t a c i ó n del personal.
E l 3 de octubre de 1985, en u n o de los testimonios ante
el Senado norteamericano, Paul Flores, del Southern Califor-
nia Earthquake Preparedness C o m m i t t e e , quien o b s e r v ó en
la ciudad de M é x i c o los aspectos operativos de la emergencia
y del soporte v i t a l , a f i r m ó :

" [ . . . ] creo que los programas para educar a la pobla-


c i ó n r e q u e r í a n m a y o r a p o y o antes del t e r r e m o t o . E l
departamento establecido para desarrollar tales pro-
gramas fue eliminado p o r la actual a d m i n i s t r a c i ó n ,
m u y probablemente p o r razones de austeridad.
" E n l o que toca a los programas de r e d u c c i ó n de
riesgos, con toda justicia para M é x i c o , los programas
de este t i p o son difíciles de d i s e ñ a r y complicados de
ejecutar. Pero n o es cuestionable que tales programas,
d e s p u é s de u n t e r r e m o t o c a t a s t r ó f i c o , sean efectivos
5
en t é r m i n o s de costos".

Poco d e s p u é s de o c u r r i d o el p r i m e r t e r r e m o t o , el gobierno
dispuso la entrada en o p e r a c i ó n de los planes de rescate y au-
x i l i o a la p o b l a c i ó n que la S e c r e t a r í a de la Defensa Nacional y
la S e c r e t a r í a de Marina tienen previstos. Igualmente, se pusie-
r o n en marcha los dispositivos de diversos organismos priva-
dos dedicados al salvamento y a u x i l i o durante las emergencias.
Pero fundamentalmente miles de habitantes, especialmente
j ó v e n e s , se organizaron e s p o n t á n e a m e n t e y con u n gran senti-
do de solidaridad para colaborar en las labores de rescate y
auxilio. E n los d í a s de la emergencia, Carlos Monsiváis, en su
collage de voces, impresiones y sensaciones de u n largo d í a , se
a t r e v i ó a decir, c o m o y a s e ñ a l á b a m o s , que la "solidaridad de
6
la p o b l a c i ó n en realidad fue t o m a de p o d e r " . L o s medios de
c o m u n i c a c i ó n social i n f o r m a r o n a la p o b l a c i ó n , c o m o pudie-
7
r o n , sobre el alcance de l o acaecido.
A pocas horas de la calamidad, el gobierno c r e ó dos comi-
siones intersecretariales de emergencia para afrontar la si-
t u a c i ó n ; una, encabezada p o r el Departamento del D i s t r i t c
Federal, para atender los problemas de la capital del p a í s ; la

90
otra, p o r la S e c r e t a r í a de G o b e r n a c i ó n , para las necesidades
del resto de la zona afectada. C o m o se puede ver, la tragedia
nos t o m ó desprevenidos.

LA OTRA CARA D E L DESASTRE

Ciertamente, las primeras acciones en la capital del p a í s se


centraron en la a t e n c i ó n a los heridos y en el rescate de las
personas atrapadas entre los escombros; paralelamente, se i m -
provisaron hospitales que de alguna manera reemplazaron a la
infraestructura de salud d a ñ a d a . L o s respectivos organismos
p ú b l i c o s se dedicaron a restablecer los servicios básicos—agua,
electricidad, comunicaciones— que se h a b í a n i n t e r r u m p i d o .
Las escuelas n o afectadas, así como algunos parques, estadios,
albergaron a los damnificados en f o r m a temporal. Los turis-
tas —especialmente extranjeros— que estaban alojados en ho-
teles afectados en la ciudad de M é x i c o fueron ayudados para
reubicarse, desplazarse hacia zonas del p a í s o para regresar a
sus lugares de origen.
Asimismo, y en vista de los d a ñ o s en las telecomunicacio-
nes, se p r o p o r c i o n ó servicio g r a t u i t o para i n f o r m a c i ó n y co-
m u n i c a c i ó n p o r m e d i o de v í a s o medios alternos, t a n t o públi-
cos c o m o privados. Las escuelas suspendieron temporalmente
las clases-, p o r instrucciones de la S e c r e t a r í a de E d u c a c i ó n P ú -
blica, para p e r m i t i r una i n s p e c c i ó n del estado de las edifica-
ciones y su u t i l i z a c i ó n c o m o albergues temporales. Se p r o v e y ó
a la p o b l a c i ó n con servicio g r a t u i t o de salud tanto en centros
p ú b l i c o s como privados y se b r i n d ó i n f o r m a c i ó n acerca de la
8
manera de prevenir enfermedades y epidemias.
E n su "Plaza P ú b l i c a " del 2 0 de septiembre Miguel Angel
Granados Chapa e s c r i b í a :

" C o n f o r m e pasaron las horas, fuimos cobrando con-


ciencia de la avasalladora, inabarcable d i m e n s i ó n de
este desastre. L o que c o m e n z ó siendo u n susto perso-
nal y p a r e c i ó ser, en seguida, u n mero c o n t r a t i e m p o ,
fue mostrando su verdadero rostro: E l de la m a y o r
tragedia nacional sufrida j a m á s por este p a í s , al que
han asolado inundaciones y otros sismos, pero nunca

91
en la m a g n i t u d de esto que apenas empezamos a pa-
9
decer".

Sin embargo, la o t r a cara del desastre se h i z o visible t a m b i é n


m u y p r o n t o . E l d í a 21 de septiembre, el presidente de la Ma-
d r i d d e c l a r ó : " L a a c c i ó n será m á s organizada en los p r ó x i m o s
d í a s , cuando la capital de la R e p ú b l i c a empiece a cobrar nor-
malidad y los servicios se restablezcan l o m á s p r o n t o posible.
E l m o v i m i e n t o que actualmente se realiza es enorme. Tene-
mos muchos frentes que atacar y reconozco que no existe
una c o o r d i n a c i ó n adecuada pero conforme avanza el tiempo
las cosas se n o r m a l i z a r á n " .
I n f o r m a El Heraldo de México el 22 de septiembre que
existe d e s c o o r d i n a c i ó n en la U n i d a d Nonoalco-Tlatelolco por
parte del F o n d o Nacional de Habitaciones Populares, que sin
tener evaluaciones serias y estudios r a d i o g r á f i c o s del deterio-
ro de los edificios ha indicado a los residentes que "pueden
ocupar sus departamentos", ya que a simple vista no tienen
nada.
Notas como la anterior son frecuentes. N o se precisa la
fuente informativa o solamente se recogen las quejas de los
vecinos quienes, por m u y dolorosa que sea su s i t u a c i ó n , ofre-
cen su propia v e r s i ó n de los hechos, que n o es la ú n i c a n i
siempre será la m á s fundada.
D í a 24. L í d e r e s del sindicato de la industria de la cons-
t r u c c i ó n afirman que ha faltado c o o r d i n a c i ó n en las labores
de rescate y a u x i l i o : hay lugares en los que cientos de h o m -
bres permanecen inactivos porque n o se les asignan tareas es-
p e c í f i c a s . Hay varios edificios en ruinas a los que n o se ha
prestado a t e n c i ó n y en los que debe de haber muchas v í c t i -
mas. T a l sería el caso del H o s p i t a l J u á r e z , donde los diversos
criterios sobre las t é c n i c a s a seguir en las labores de rescate
entre los grupos de especialistas franceses, estadunidenses, de
PEMEX y del E j é r c i t o , han ocasionado torpeza en el salva-
mento.
Empleados de la P r o c u r a d u r í a de Justicia del D i s t r i t o Fe-
deral se quejan de que el n ú m e r o de voluntarios en las tareas
de rescate se ha reducido en las ruinas de l o que fuera el edi-
ficio de esa dependencia, debido a las actitudes de algunos

92
funcionarios, quienes han dado p r i o r i d a d al rescate de m á q u i -
nas, archivos y equipos.
A l d í a siguiente, según u n reportaje de Excélsior, los so-
corristas extranjeros se quejan de que n o hay condiciones
para el rescate, piden silencio y parece que a las autoridades
mexicanas les i m p o r t a m á s mantener la c i r c u l a c i ó n de ve-
h í c u l o s que salvar vidas, según afirman. H a y ó r d e n e s de u n
grupo y c o n t r a ó r d e n e s de o t r o . Se abren calles a la circula-
c i ó n y luego se vuelven a cerrar. E n el H o s p i t a l J u á r e z siguen
las quejas, la o r g a n i z a c i ó n entre los diversos grupos de rescate
es p r á c t i c a m e n t e inexistente.
Juan M o l i n a r Horcasitas firma en La Jornada:

" L o s habitantes del D i s t r i t o Federal pudimos cons-


tatar que n i el gobierno n i el e j é r c i t o tuvieron capaci-
dad para enfrentar con eficacia el desastre que se les
p r e s e n t ó . E l famoso plan D N I I I fue claramente insu-
ficiente para hacer algo efectivo en auxilio de los heri-
dos y damnificados. Las comisiones intersecretariales
urgentemente creadas t a m b i é n resultaron p a t é t i c a -
mente insuficientes. S ó l o la acciói} e s p o n t á n e a de la
p o b l a c i ó n t u v o efectos pertinentes. [ . . . ] E l m o v i m i e n -
to t e l ú r i c o del 19 de septiembre m o s t r ó la precarie-
dad de cientos de estructuras a r q u i t e c t ó n i c a s y la es-
trechez de las estructuras p o l í t i c a s de la ciudad. E n
c u e s t i ó n de horas la p o b l a c i ó n se hizo cargo de sí mis-
ma y condujo a sus gobernantes en las acciones de res-
cate mientras el e j é r c i t o acordonaba y vigilaba. Esto
no puede minimizarse".

D í a 26. Frente a la C á m a r a de Diputados R. H e r n á n d e z ,


de Excélsior, da cuenta de la ira de los t e p i t e ñ o s que deman-
dan ayuda. E n su c r ó n i c a le da voz a G o y o , u n velador tepite-
ñ o : " c o m o no queremos salimos nos han aislado. N i una ayu-
dadita nos han dado. Hace una semana, y n i una casita de cam-
p a ñ a de esas que han llegado del extranjero. (. . . ) Neta que
somos broza, peladitos, pero t a m b i é n somos p u e b l o " , termi-
na G o y o .
Vecinos de T l a t e l o l c o t a m b i é n se congregaron frente al
Palacio Legislativo, para denunciar que no h a b í a n recibido
ayuda de la que ha llegado del exterior.

93
E l d í a 29, la U n i ó n Mexicana de Asociaciones de Ingenie-
ros hizo u n llamado a la solidaridad de los gremios profesio-
nales para brindar ayuda organizada, pues debido a la anar-
q u í a generada p o r la buena v o l u n t a d de miles de personas,
el a u x i l i o se d i l u y e y no se canaliza debidamente a los afec-
tados y a las zonas de desastre.
E n una n o t a publicada en Proceso, Francisco Ortiz Pin-
c h e t t i afirma el d í a 3 0 , que el Plan D N - I I I de auxilio a la
p o b l a c i ó n civil en caso de desastre no fue aplicado tras el
terremoto del jueves 19 de septiembre. " L a o r g a n i z a c i ó n gu-
bernamental de la ayuda y las tareas realizadas difieren del
esquema b á s i c o establecido en el t e x t o del mismo p l a n " , se-
ñala.
En esa misma e d i c i ó n de Proceso, Carlos M o n s i v á i s sos-
tiene: " L a p a r t i c i p a c i ó n de las fuerzas gubernamentales es
m u y i m p o r t a n t e , y en muchos casos memorable, pero la coor-
d i n a c i ó n es p o r l o menos deficiente, y triste la e x h i b i c i ó n de
limitaciones". Agrega: " U n descubrimiento de los d í a s del sis-
m o : disponemos no de u n o , sino de varios gobiernos, q u i z á s
en m a g n í f i c a s relaciones entre s í , y prestos a la unidad en la
emergencia, pero sin h á b i t o de trabajo en equipo. Males del
crecimiento irracional de la burocracia, o del afán c o m p e t i -
t i v o de u n gabinete del aparato p ú b l i c o , l o que sea, porque
la i n t e r p r e t a c i ó n elegida no d i s m i n u i r á el efecto de la falta
de c o o r d i n a c i ó n " .
A d o l f o G i l l y señala, t a m b i é n en Proceso:
" F i n a l m e n t e , el gobierno ha p o u i u o controlar en esta
hora la inercia de sus propios aparatos: el autoritaris-
m o , la d e s o r g a n i z a c i ó n , las ó r d e n e s sin sentido, la
m o r d i d a . Esos aparatos p a r e c e r í a n estar formados p o r
enemigos del gobierno e m p e ñ a d o s en irritar al pueblo
de la capital cuando t o d o m u n d o tiene los nervios a
flor de piel. N o d u d o que los altos mandos del Estado
no quieren que eso ocurra en estos m o m e n t o s ; pero
ellos no son d u e ñ o s del aparato en el cual se asientan
y que, siendo tan servicial y ú t i l con esos mismos m é -
todos para mantener la rutina del poder en los d í a s
normales, es incapaz de afrontar serena y limpiamente
las horas c r í t i c a s , c o m o sí l o hizo, en cambio, el pue-
blo m e x i c a n o " .

94
E n una nota de la r e d a c c i ó n de Excélsior se informa el l o .
de octubre que " u n grupo de estudiantes de la U N A M , del
I P N y de la Universidad Iberoamericana se quejan de que
a pesar de haber colaborado como voluntarios en el rescate de
v í c t i m a s de los sismos y estar d i s t r i b u y e n d o alimentos y
medicinas a los damnificados en u n puesto de socorro, fun-
cionarios del Departamento del D i s t r i t o Federal tratan de de-
salojarlos de allí violentamente".
J o s é G. V i u r q u i s , reportero de El Universal, escribe l o
siguiente: "Cuando a ú n quedan entre 800 y m i l atrapados
en el Hospital J u á r e z , el E j é r c i t o , P E M E X y la S S ( S e c r e t a r í a
de Salud) r e t i r a r o n , bajo amenazas para que n o i n f o r m e n de
los posibles sobrevivientes, a los cerca de m i l voluntarios
que i n t e r v e n í a n en el rescate de los cuerpos, que los b u r ó c r a -
tas despojan de cualquier objeto de identidad para evitar el
pago de indemnizaciones. . . Personal de la S e c r e t a r í a de Salu-
bridad tapona los t ú n e l e s del primer y segundo pisos, en don-
de fueron localizados aproximadamente 1,000 cuerpos. E l
99.9% de los hallazgos se ha realizado p o r los grupos volun-
tarios, pese a que los elementos de la S e c r e t a r í a de la Defensa
Nacional, funcionarios de P E M E X y de la ss, no les prestan
herramientas, y les niegan el acceso de la maquinaria que con-
siguen para las labores de rescate".
Temerarios, por n o decir que amarillistas, resultan las afir-
maciones de la nota anterior. Seguramente el reportero, en el
mejor de los casos, r e c o g i ó denuncias en el lugar de los he-
chos, pero la gravedad de las denuncias amerita u n trabajo
m í n i m o de i n v e s t i g a c i ó n . Detalles como el uso de la sigla ss
para referirse a la S e c r e t a r í a de Salud, implican ignorancia o
mala fe, toda vez que la sigla sigue siendo S S A . Esto da cuen-
ta del t o n o p e r i o d í s t i c o .
E l d o c t o r J e s ú s Aguilar R o d r í g u e z , del Hospital J u á r e z ,
afirma: "Se hubieran salvado muchas vidas m á s , pero la ayuda
al hospital llegó doce horas d e s p u é s del t e r r e m o t o del jueves
19; nadie encontraba la entrada. Tuvimos que hacer una
provisional p o r el cine (en Fray Servando Teresa de Mier)
para que entraran las m á q u i n a s . . . D e s p u é s llegó ayuda de
sobra que tuvimos que mandar a otros lugares d a ñ a d o s , pero
y a h a b í a n pasado muchas horas".

95
Heberto Castillo escribe en El Universal: " L a descoordi-
n a c i ó n es evidente en las tareas de rescate. H a y sitios de de-
rrumbe donde se trabaja con p i c o y pala mientras las g r ú a s ,
plumas y trascavos son apenas testigos. U n a g r ú a t a r d ó 82 ho-
ras en llegar al sitio p o r la falta de c o o r d i n a c i ó n elemental.
H a y lugares donde escasea t o d o : agua, leche, pan, medicinas,
en tanto que en otros t o d o sobra. He visto j ó v e n e s mujeres
manejando a u t o m ó v i l e s con ropa, catres, colchonetas, pre-
guntando d ó n d e se pueden entregar sin que haya quien les i n -
dique el sitio. Hay ingenieros civiles luchando porque se atien-
da a sus instrucciones y militares de alta g r a d u a c i ó n i m p i d i e n -
do que trabajen".
M a n ú Dornbierer, p o r su parte, señala en Excélsior: "Las
propias brigadas de rescate extranjeras se dieron cuenta de la
d e s o r g a n i z a c i ó n y v a c í o de poder en la ciudad, según infor-
maciones e s p e c í f i c a s proporcionadas a los periodistas y como
l o demuestra la d e c i s i ó n de los alemanes y de u n grupo fran-
cés de retirarse antes de l o previsto p o r dicha r a z ó n " .
Publica El Universal, el d í a 4 de octubre p o r medio de su
reportero Roberto R o c h L . : "Cientos de toneladas de ropa y
alimentos r e c i b i ó el D I F durante los ú l t i m o s d í a s como dona-
c i ó n a los damnificados p o r el t e r r e m o t o , pero una tarea desa-
forada para distribuir tales productos con la m a y o r premura
ha generado falta de o r g a n i z a c i ó n e injusticias, a d e m á s de sus-
picacias entre los trabajadores v o l u n t a r i o s que participan en
esa labor [. . .] El Universal. . . p r e s e n c i ó c ó m o los volunta-
rios r e h u í a n repartir entre la gente que se q u e d ó sin hogar n i
pertenencias, ropa que era u n verdadero despojo".
Q u i z á como en pocas ocasiones, los reporteros se dieron
a la tarea de brindar sus p á g i n a s a la i n d i g n a c i ó n que p r o d u -
j e r o n algunas actitudes. Se hicieron eco del descontento, asu-
m i é n d o l o como p r o p i o . Esta a c t i t u d , aparentemente loable,
muestra t a m b i é n las carencias de u n periodismo como el nues-
t r o , que oscila entre el halago y la n o t a espectacular. T a m b i é n
el d o l o r puede ser objeto de venta, de p r o m o c i ó n editorial.
El Universal, c o m o se puede ver, resalta entre los d e m á s p o r
el c o m p o r t a m i e n t o que comentamos.

D í a 6. Reporteros de El Universal s e ñ a l a n que los v o l u n -

96
tarios que se presentaron en diversos sitios tuvieron que reti-
rarse ante el celo profesional de los u n i f o r m a d o s , quienes
acordonaron las zonas e i m p i d i e r o n que se prestara ayuda es-
p o n t á n e a . D e s p u é s se p i d i ó ayuda pero ya nadie a c u d i ó .
D í a l o . de noviembre.Guillermo Cervantes Abarca, direc-
t o r de la C o m i s i ó n Nacional de Emergencia, organismo de-
pendiente de la F e d e r a c i ó n Nacional de Radiocomunicacio-
nes, afirma que las tareas de auxilio luego de los sismos de
septiembre, " f u e r o n u n verdadero desorden; nadie c o o r d i n ó
nada; n o existen buenas relaciones entre las diversas organiza-
ciones de ayuda v o l u n t a r i a ; los servicios de rescate no e s t á n
coordinados p o r una autoridad competente. Por eso, los vo-
luntarios "fueron los ú n i c o s que trabajaron".
Insistimos: m á s allá de las deficiencias en el rescate, que
las hubo y al parecer en abundancia, l o i m p o r t a n t e para el
caso es que esto se c o n v i r t i ó en una p o s i c i ó n asumida, en
u n lugar c o m ú n que h a b r á de repetirse una y otra vez en las
p á g i n a s de los p e r i ó d i c o s y revistas. Eso n o significa que
demos p o r buena la visión contraria: se hicieron las cosas l o
mejor que se p u d o . Será probablemente la investigación h i s t ó -
rica la que d é cuenta, c o n m a y o r objetividad, de l o ocurrido
en esos d í a s aciagos.
L a tragedia fue tal que en u n p r i m e r m o m e n t o la sensibi-
lidad estuvo a flor de piel. L o s reporteros denunciaban cons-
tantemente la a n a r q u í a , la falta de o r g a n i z a c i ó n , el desorden
en las dependencias oficiales. Igual hicieron los articulistas. E l
hecho, grave ciertamente, es que no e s t á b a m o s preparados pa-
ra enfrentar el desastre, y cuando éste se produce, el a u x i l i o
se p r o p o r c i o n a con l o que la gente encuentra a la m a n o . Q u i -
zá nuestra conciencia estaba adormilada, o bien nuestros p r o -
blemas e c o n ó m i c o s son tan graves en los ú l t i m o s a ñ o s que a
nadie se le o c u r r i ó destinar algunos de los pocos recursos exis-
tentes para hacer frente a u n hecho que p o d r í a ocurrir. Se
gasta para remediar los males reales, n o los posibles. Esta
s e r í a una lógica implacable. A h o r a bien, la necesidad de estar
preparados era u n problema al que se h a b í a n aplicado miem-
bros de la c o m u n i d a d c i e n t í f i c a , c o m o hemos visto en p á g i n a s
anteriores. N o siempre el avance del c o n o c i m i e n t o encuentra
correspondencia en las posibilidades e c o n ó m i c a s y sociales

97
concretas de cada m o m e n t o de la historia. H i c i m o s a u n lado
la previsión en casos de desastre. T é n g a s e en cuenta que en
1979 u n grupo de s i s m ó l o g o s mexicanos y extranjeros reuni-
dos en u n congreso en Tijuana, consideraba c o m o m u y alta la
posibilidad de que ocurriera u n t e r r e m o t o en la ciudad de M é -
x i c o ( c o n intensidad de 8 a 8.5 grados en la escala de R i c h t e r )
en los p r ó x i m o s 10 a ñ o s contados a p a r t i r de ese m o m e n t o .
Se pensaba incluso que t a l calamidad p o d r í a ocurrir en 1982.
O c u r r i ó en 1985, d e n t r o del lapso del p r o n ó s t i c o (si así se le
puede llamar). Las consecuencias previstas, en caso de terre-
m o t o en la ciudad, fueron ciertamente exageradas. Se p e n s ó
que toda la ciudad se q u e d a r í a sin agua horas d e s p u é s del
sismo y que se b l o q u e a r í a n los sistemas de drenaje. A d e m á s
se pensaba que u n tercio de las edificaciones p o d r í a venirse
abajo.
En f i n , la otra cara del desastre es sobre t o d o la que dibu-
j a r o n los medios p e r i o d í s t i c o s en medio del d o l o r y la trage-
dia. E l lado oscuro de nuestra identidad se hizo presente en
los hechos, pero q u i z á se e n s o m b r e c i ó m á s a ú n con la ayuda
de las palabras. E l t i e m p o l o dirá. Por ahora pretendemos ade-
lantarnos u n poco a ese t i e m p o , sembrando preguntas, abrien-
d o inquietudes, en la b ú s q u e d a de u n rostro p r o p i o .

M E X I C O . . . CONSTRUIDA CU AL CIUDAD

E l t ó p i c o de las fallas en la c o n s t r u c c i ó n de los edificios, par-


ticularmente de algunos que se c o n v i r t i e r o n en s í m b o l o s de la
tragedia (el Nuevo L e ó n y el H o s p i t a l J u á r e z ) , fue tratado p o r
la prensa c o m o muchos otros, con i n f o r m a c i ó n contradicto-
ria. E l material p e r i o d í s t i c o refleja ante t o d o estados de áni-
m o , m á s que j u i c i o s t é c n i c o s sobre el asunto.
E l p u n t o de arranque es una c o n s i d e r a c i ó n que a primera
vista se i m p o n e p o r la fuerza del sentido c o m ú n : los edificios
que se cayeron estaban m a l construidos. Por ende, la tragedia
se v i o magnificada p o r actos de c o r r u p c i ó n , faltas en el apego
a los reglamentos de c o n s t r u c c i ó n vigentes. . . fallas humanas
en ú l t i m o t é r m i n o . A p a r t i r de esto y entre las ruinas h u -
meantes, comienzan a vertirse opiniones de t o d a clase; igual
surgen expertos, que hablan los verdaderos especialistas. E l

98
resultado es ciertamente c o n f u s i ó n o m a y o r ignorancia de la
que se t e n í a .
Los lugares comunes no se hacen esperar, particularmente
dos: en el peor de los casos, t o d o e s t á m a l hecho; en el mejor,
t o d o l o que construye el gobierno se cae. D i c h o sea de paso,
la C E P A L i n f o r m a que 70% de los edificios que albergan ofi-
cinas gubernamentales son rentados.
Otras voces afirman que el porcentaje de d e s t r u c c i ó n , t o -
m a n d o en cuenta el t o t a l de edificaciones en la ciudad de
M é x i c o , es m u y bajo. E l p r o p i o Heberto Castillo, tenaz disi-
dente pero ingeniero al f i n (con suficiente autoridad, p o r cier-
t o ) suscribe lo anterior.
E n m o d o alguno menospreciamos el hecho de que algunos
casos de negligencia o de c o r r u p c i ó n que llevaron al parecer
a una mala edificación de ciertos inmuebles, sea suficiente
para encender el á n i m o colectivo. Sin duda será m u y difícil
borrar la imagen del edificio Nuevo L e ó n y del H o s p i t a l Juá-
rez. E l asunto es cosa juzgada para el sentir colectivo, que no
c a m b i a r á su j u i c i o con el resultado de peritaje alguno. Que un
edificio caiga c o m o regla, con u n giro de 90 grados, hace su-
poner que algo andaba m a l . A d e m á s , fue el ú n i c o , entre m i l l o -
nes, que se d e r r u m b ó a s í . D i f í c i l m e n t e puede una colectivi-
dad presenciar u n e s p e c t á c u l o de dol or cuya gravedad guarda
r e l a c i ó n con el descuido.
A h o r a bien, haciendo de abogado del diablo, q u i s i é r a m o s
imaginar u n cuadro (en el sentido teatral): para las reparacio-
nes que el edificio Nuevo L e ó n r e q u e r í a , desde hace varios
a ñ o s , se h a c í a necesario desalojar el inmueble, enfrentando
los argumentos tradicionales de una clase media cada vez m á s
resentida (el costo es demasiado alto, el gobierno está obliga-
do a realizar p o r su cuenta las reparaciones; no confiamos en
los peritos del F O N H A P O ; la c i m e n t a c i ó n puede hacerse sin
desalojo, etc.) que cavó su p r o p i a tumba. Si algo similar hu-
biera o c u r r i d o , de nada serviría, para la conciencia colectiva,
conocerlo ahora. L a herida seguirá allí como muestra, si lo ve-
mos con una cierta frialdad a n a l í t i c a , de la negligencia social
(responsabilidades no cumplidas, derechos no ejercidos, desi-
dia t é c n i c a , m a r a ñ a b u r o c r á t i c a ) .
El caso del H o s p i t a l J u á r e z es t a m b i é n grave. L a prensa

99
p u b l i c ó fotos obtenidas p o r especialistas de la U N A M en las
ruinas de l o que fuera el hospital. Las varillas de la estruc-
tura eran de diferentes grosores, la soldadura dejaba huecos
en las junturas. E l edificio ya h a b í a tenido problemas en 1980
con m o t i v o de u n t e m b l o r y al parecer n o se h i z o nada. Negli-
gencia criminal que c o s t ó la vida a muchas personas. Por ello
en este caso, al igual que en el del Nuevo L e ó n , el j u i c i o de la
gente ya está formado.
A s í c o m o a veces basta u n solo delito (menor o mayor,
probado o presumible) para acabar con el prestigio de una
persona, los casos mencionados son suficientes para que la
memoria de la p o b l a c i ó n (de la capital del p a í s ) guarde q u i -
z á para siempre la idea de que la tragedia se agravó p o r fallas
humanas, de constructores y de autoridades, pero sobre t o d o
de estas ú l t i m a s , que son finalmente las encargadas de aplicar
las leyes y reglamentos en materia de c o n s t r u c c i ó n , es decir,
velar por la seguridad de la p o b l a c i ó n .
A l igual que en otros temas, en é s t e se aprecia el centralis-
m o informativo, centralismo valorativo, a final de cuentas.
Los edificios que cayeron en Ciudad G u z m á n o L á z a r o C á r d e -
nas no debieron ser altos, q u i z á de una sola planta, pero tam-
bién produjeron v í c t i m a s en su c a í d a .
Pareciera que la prensa del D i s t r i t o Federal n o tiene regis-
tros abiertos para otros lugares del p a í s , a los que d e s t i n ó po-
q u í s i m o espacio informativo. E l viejo dicho es m á s cierto que
nunca: fuera de M é x i c o t o d o es Cuautitláfl, es decir, inexis-
tente.
Pasemos a la c r ó n i c a :
Carlos A . Medina, reportero de Excélsior, publica el 20 de
septiembre una n o t a sobre los sobrevivientes del edificio Nue-
vo L e ó n , quienes "enfurecidos, p r á c t i c a m e n t e t o m a r o n por
asalto las oficinas de la A d m i n i s t r a c i ó n I n m o bi l i a r i a y del
F o n d o Nacional para Habitaciones Populares. A sus directi-
vos, los acusaron de 'asesinos morales' porque j a m á s les hicie-
r o n caso cuando se les dijo, hace unos cinco a ñ o s , que el edi-
ficio Nuevo L e ó n t e n í a los cimientos deficientes y mostraba
debilidad en toda su estructura". Una mujer, c o m o de 4 0
a ñ o s , a f i r m ó : "Por su negligencia, p o r la burocracia y p o r los
miles de t r á m i t e s , son ustedes, los de A I S A y los del F O N H A -

100
P O los responsables del derrumbe del edificio. Sobre sus con-
ciencias, sobre sus corazones, p e s a r á la muerte de nuestros
vecinos".
E l ingeniero J o s é Gustavo Barrera Villarreal, quien des-
p e r t ó el 19 de septiembre entre los escombros del Nuevo
L e ó n , s e ñ a l ó : "Que no se diga que fue una desgracia, porque
desde hace m á s de cinco a ñ o s B A N O B R A S , A I S A , F O N H A P O
y Pilotes, S.A., s a b í a n que el edificio estaba d a ñ a d o en la es-
t r u c t u r a y superestructura, pero a pesar de nuestras quejas
y denuncias ante la P r o c u r a d u r í a Federal del Consumidor
nunca hicieron caso. ¡ S o n unos criminales, unos bandidos!
A h í e s t á n las consecuencias. . . " A f i r m a Barrera Villarreal que
entre 1981 y 1982 los inquilinos del Nuevo L e ó n fueron de-
salojados para la r e c i m e n t a c i ó n del edificio, pero los trabajos
n o p u d i e r o n corregir una i n c l i n a c i ó n de u n m e t r o siete cen-
tímetros.

E l d í a 2 1 , Oscar M a u r o R a m í r e z Ayala, dirigente de la


C o n f e d e r a c i ó n Nacional de Inquilinos y Colonos, afirma que
las c o m p a ñ í a s aseguradoras son las responsables de l o ocurri-
do en T l a t e l o l c o , debido a que desde 1983 debieron entregai
las indemnizaciones correspondientes para la realización de
los trabajos en los edificios con problemas y n o lo hicieron.
Las autoridades del D i s t r i t o Federal i n f o r m a r o n que peri
tos oficiales y privados revisan minuciosamente —en forma
conjunta— todos los inmuebles d a ñ a d o s y en caso de descu-
brir fallas de c o n s t r u c c i ó n o uso de materiales n o adecuados
- c o n f o r m e a las especificaciones reglamentarias vigentes en el
momento de haberse hecho la obra—, serán consignados pe-
nalmente por el gobierno capitalino, el cual será inflexible en
la materia.
J o s é Francisco G o n z á l e z Prado, director general del Ins-
t i t u t o Mexicano de C o n t r o l de Calidad, a s e g u r ó que en el
Distrito Federal hay aproximadamente 13 m i l edificaciones
de m á s de cuatro niveles, de las que cerca de cinco p o r cien-
to r e s u l t ó afectado p o r el terremoto del 19 de septiembre,
por lo cual es necesario actualizar el c ó d i g o de c o n s t r u c c i ó n
de la ciudad de M é x i c o , cuya ú l t i m a revisión o c u r r i ó en la d é -
cada de los sesenta. S e ñ a l ó que hay muchas irregularidades,
a d e m á s , en la a p l i c a c i ó n del reglamento.

101
Escribe B o l í v a r H e r n á n d e z , en La Jornada: "Es evidente
la i m p u n i d a d con que a c t ú a n los constructores en M é x i c o ,
que basta observar los locales que albergan algunos servicios
p ú b l i c o s masivos, para darse cuenta que n o disponen de la
m á s m í n i m a medida de seguridad en caso de emergencia".
El diputado Pedro P e ñ a l o z a , del P R T , a f i r m ó el d í a 22
que el terremoto m o s t r ó las " g r a v í s i m a s deficiencias y la ne-
gligencia de las autoridades del D i s t r i t o Federal, sobre t o d o
en materia de c o n s t r u c c i ó n y seguridad".
Eduardo S á n c h e z A n a y a , presidente de A r q u i t e c t o s Re-
volucionarios de M é x i c o , a s e g u r ó que de los 4 1 1 edificios que
se derrumbaron totalmente, cerca de 56 se encontraban en
malas condiciones estructurales.
E l d í a 2 3 , el senador H u g o B. Margáin p i d i ó que se revi-
sen las normas de c o n s t r u c c i ó n en el D i s t r i t o Federal, para
evitar la edificación o r e c o n s t r u c c i ó n en lugares inadecuados,
y actualizar las especificaciones t é c n i c a s .
Mientras que el d o c t o r E m i l i o Rosenblueth, investigador
del I n s t i t u t o de I n g e n i e r í a de la U N A M y m i e m b r o de E l Co-
legio Nacional, d e c l a r ó que el reglamento de c o n s t r u c c i ó n del
Distrito Federal, elaborado a r a í z del t e m b l o r de 1957, n o
p r e v é especificaciones t é c n i c a s para sismos de la m a g n i t u d del
o c u r r i d o el 19 de septiembre, p o r l o cual es necesario realizar
estudios para la e l a b o r a c i ó n de nuevas normas, el arquitecto
Ricardo Ricaud, de la Universidad del Valle de M é x i c o , ase-
gura que el reglamento anterior i n c l u í a especificaciones para
prevenir sismos hasta de ocho grados ( m á s de l o registrado el
19 de septiembre: 7.8 grados en la escala Richter, según R i -
caud). E l arquitecto Ricaud m a n i f e s t ó igualmente que "resul-
ta s i n t o m á t i c o " que los principales edificios afectados p o r el
sismo del pasado jueves 19 hayan sido los del gobierno fede-
ral (escuelas y hospitales, sobre t o d o ) , que d e b e r í a n tener u n
m a y o r í n d i c e de seguridad. Ricaud afirma, sin embargo, que
n o es el reglamento lo i m p o r t a n t e , sino las irregularidades en
su a p l i c a c i ó n .
Rogelio H e r n á n d e z , reportero de Excélsior, escribe: " E n
Tlatelolco, t a m b i é n a c a b ó el letargo. E l m i e d o se hizo furia.
Por l o menos 42 grandes edificios debieron recimentarse en
1980. L a certeza de que h u b o negligencia y c o r r u p c i ó n enar-

102
d e c i ó a muchos y las asociaciones se unieron. Reclaman jus-
ticia, t o m a r o n , unas horas, las oficinas administrativas (de
F O N H A P O ) . H o y b u s c a r á n al Presidente y c o m e n z a r á n j u i -
cios formales contra quienes resulten responsables por sus
muertos, por sus p é r d i d a s , 'por las absurdas pesadillas que
provoca la irresponsabilidad' " . Con coraje, surgen los recla-
mos: "Nosotros padecemos dolor p o r nuestros muertos, ra-
bia porque se p u d o evitar, impotencia ante la necesidad de
u n r á p i d o rescate e incertidumbre por el f u t u r o de nuestras
viviendas y nosotros mismos. T l a t e l o l c o ha sido la v í c t i m a de
la conquista sangrienta, de los vergonzosos hechos del 2 de
octubre y de los sismos. Pero estas ú l t i m a s muertes se pudie-
r o n evitar. . . no h u b o m a n t e n i m i e n t o a la c i m e n t a c i ó n . La
P r o c u r a d u r í a Federal del Consumidor falló a nuestro favor, se
o r d e n ó darle m a n t e n i m i e n t o en agosto y n o se hizo. Esto es
negligencia c r i m i n a l " .
C o m o t é c n i c o , Heberto Castillo d i j o : " M é x i c o resistió
m á s allá de l o que se p o d í a esperar. Pero ahora h a b r á que
cambiar los criterios de c o n s t r u c c i ó n , realizar una reforma ur-
bana profunda y sacar oficinas p ú b l i c a s de la ciudad". Como
p o l í t i c o , a f i r m ó : " N o es hora de buscar culpables. E l P M T de-
m a n d a r á peritajes para determinar c u á l e s edificios pueden se-
guir siendo habitados, que se expropien las zonas afectadas y
se conviertan en áreas verdes". R e c o n o c i ó que "eso sí, hubo
desidia, falta de a t e n c i ó n y 'descuido c r i m i n a l ' en algunos ca-
sos c o m o los multifamiliares Nuevo L e ó n , de Tlatelolco y el
del c o n j u n t o J u á r e z , en los que los vecinos p e d í a n que se re-
pararan y nunca fueron o í d o s " . E l ingeniero Castillo partici-
p ó en los c á l c u l o s para la c o n s t r u c c i ó n del edificio de la
C á m a r a de Diputados en la calle de Lafragua, que r e s u l t ó
d a ñ a d o . El caso, dice, se d e b i ó al m o v i m i e n t o del hotel Casa-
blanca, que estaba a u n lado. R e c o n o c i ó : " Y o mismo soy u n
caso. S a b í a que el edificio del Partido, en Bucareli 20, no era
seguro. L e e c h é n ú m e r o s , pero d e c i d í que p o d í a m o s seguir
allí, s ó l o haciendo algunos arreglos. Trasladarnos sería m u y
caro para nosotros, que estamos en la miseria. Y ahora lo
perdimos t o d o . Se cayeron los pisos en que e s t á b a m o s " .
Por su parte y al d í a siguiente, el dirigente del P S U M ,
A m o l d o M a r t í n e z Verdugo, dio lectura en la C á m a r a de D i -

103
putados a las demandas de los habitantes de T l a t e l o l c o : resti-
t u c i ó n de vivienda, pago de indemnizaciones p o r d a ñ o s , rea-
c o m o d o de las familias que habitaban los cuartos de servicio
y apoyo de los t é c n i c o s y peritos extranjeros que e s t á n en el
p a í s para que c o n t r i b u y a n a la e l a b o r a c i ó n de los d i c t á m e n e s
correspondientes a los 103 edificios de la U n i d a d .
Destaca entre las peticiones anteriores la que se refiere a
los peritos extranjeros. ¡Hasta q u é p u n t o se llega! Para nadie
es u n secreto que M é x i c o cuenta con especialistas en materia
de c o n s t r u c c i ó n , reconocidos internacionalmente.
A l parecer ocurre que la i r r i t a c i ó n es tal que no se c o n f í a
en los peritos designados p o r las autoridades. De cualquier
forma, el hecho es m u y s i n t o m á t i c o p o r l o que se refiere a
nuestra identidad como pueblo.
G i l b e r t o Herrera Medina afirma en El Universal: " A q u e
líos p o l í t i c o s asombraron a la n a c i ó n con sus obras habitacio
nales, con sus complejos hospitalarios; en cortos espacio;
edificaban la historia, su grandeza personal y la vanidad de
sexenios enteros. L o s resultados e s t á n a la vista. E l desastre
de la ciudad de M é x i c o es obra de la naturaleza, pero t a m b i é r
u n milagro de la e c o n o m í a m i x t a , en donde unos encargabar
hacer y edificar, mientras otros h a c í a n las cosas a medias, con
c á l c u l o s precarios, acaso con materiales marginales, aproxima-
tivos, para sacarle t o d o el j u g o a la i n v e r s i ó n p ú b l i c a y dejar
una m e m o r i a en placas y en edificios".
Por su parte, Jaime Labastida escribe en Excélsior: "Hay
quienes exigen la investigación de expertos, el establecimien-
to de las responsabilidades, civiles y penales, para delimitar la
c o m i s i ó n o n o de posibles delitos. Creo que puede hacerse;
pero que nada de eso r e s t a ñ a r á la herida, que nada de eso nos
devolverá a los muertos n i r e e n c a u z a r á al p a í s p o r la senda
que debe t o m a r ahora".
E l arcoiris de las opiniones es ilustrativo. C o n la misma
vehemencia se sostiene una o p i n i ó n que su contraria. L o s t o -
nos cambian, sobre el fondo negro del dolor.
Este m i s m o d í a 2 4 de septiembre, la C á m a r a de Diputa-
dos a c o r d ó iniciar el proceso para modificar las leyes respec-
tivas sobre c o n s t r u c c i ó n en el D i s t r i t o Federal, a f i n de ade-
cuarlas a la s i t u a c i ó n creada por los sismos recientemente

104
ocurridos.
E l arquitecto J o s é Mirafuertes G a l v á n , de la Facultad de
A r q u i t e c t u r a de la U N A M , tras u n recorrido por varias zonas
afectadas por los sismos, d e c l a r ó que M é x i c o debe adaptar
los d i s e ñ o s a r q u i t e c t ó n i c o s a las necesidades sísmicas y dejar
de i m p o r t a r modelos que, si bien son funcionales en otros
p a í s e s , en el nuestro no lo son. De este y otros conceptos, El
Universal d e r i v ó la siguiente cabeza: " L a m a y o r í a de los edi-
ficios en el D i s t r i t o Federal e s t á n m a l hechos".
Varios arquitectos de la U N A M declararon algo que se ha
vuelto lugar c o m ú n : el reglamento de c o n s t r u c c i ó n elaborado
con m o t i v o del sismo de 1957, resulta ya obsoleto; hay m á s
p r e o c u p a c i ó n p o r la e s t é t i c a que p o r la seguridad.
En t o n o gris sobre el fondo negro, aparece el d í a 25 u n
a r t í c u l o de A r t u r o Warman publicado en La Jornada. Dice,
entre otras cosas:

"Vale recordar con c u á n t o orgullo y arrogancia se


i n a u g u r ó la unidad habitacional de Nonoalco-Tlatelol-
co, la m a y o r de A m é r i c a Latina y prueba de la solu-
ción oficial al problema de la vivienda, que luego se
c o n v e r t i r í a en infierno urbano y ahora en cementerio.
L o mismo los centros hospitalarios, m o n u m e n t o s a la
grandiosidad y a la c o n c e n t r a c i ó n i n ú t i l , copia enaje-
nada de l o que se p e r c i b í a como l o mejor y m á s m o -
derno para u n p a í s c o n servicios de salud precarios e
insuficientes y con u n suelo que se mueve. Nuestra ar-
quitectura moderna, cajitas de cristal tan iguales a las
de otras partes, que q u e r í a m o s mostrar como nuestra
nueva y cosmopolita cara. Las costras de modernidad
falsificada aportan h o y la m a y o r í a de los escombros".

T a m b i é n sobre el reglamento de c o n s t r u c c i ó n se p r o n u n -
c i ó el d í a 26 la C á m a r a Nacional de la Industria de la Cons-
t r u c c i ó n , s e ñ a l a n d o la necesidad de m o d i f i c a r l o , ya que "den-
t r o de 50, 100, 200 ó 500 a ñ o s , u n m o v i m i e n t o t e l ú r i c o de
igual o de m a y o r intensidad h a b r á de repetirse".
Expertos de la U N A M que realizan recorridos p o r diversas
colonias afirmaron: la constante de los edificios derrumbados
es que se trata de aquellos construidos durante los pasados
30 años.

105
E l presidente Miguel de la M a d r i d dispuso el d í a 28 que se
elaboren d i c t á m e n e s periciales confiables sobre el estado de
los edificios de Tlatelolco para deslindar responsabilidades.
Los vecinos se quejan de la c o r r u p c i ó n en la que participaron
empresarios y funcionarios que, con argucias legales, rehuye-
r o n su responsabilidad en la c i m e n t a c i ó n de edificios.
E l secretario de Desarrollo U r b a n o y E c o l o g í a , G u i l l e r m o
Carrillo Arena, d e c l a r ó que la dependencia a su cargo realiza-
r á en el c o n j u n t o habitacional Nonoalco-Tlatelolco, de mane-
ra inmediata, los d i c t á m e n e s t é c n i c o s que p e r m i t i r á n deslin-
dar las responsabilidades correspondientes. L o s peritajes de-
b e r á n terminarse a l o sumo en u n plazo de diez d í a s .
E l arquitecto A g u s t í n H e r n á n d e z Navarro, constructor
del edificio nuevo del Colegio M i l i t a r , afirma en entrevista pu-
blicada p o r Proceso el d í a 3 0 , que debe realizarse una investi-
g a c i ó n a f o n d o para saber si se c u m p l i ó c o n la a p l i c a c i ó n de
los reglamentos de c o n s t r u c c i ó n , porque "cuando la arqui-
tectura se convierte en m e r c a n c í a , se transforma en una p r o -
fesión peligrosa y c r i m i n a l " .
Oscar de Buen, p r e m i o nacional de I n g e n i e r í a y D i s e ñ o de
Estructuras y Enrique del Valle C a l d e r ó n , ex-presidente de la
Sociedad Mexicana de S i s m o l o g í a y D i s e ñ o E s t r u c t u r a l , afir-
man que la c o n s t r u c c i ó n se da en t é r m i n o s concretos. N o se
construye con fundamento en la e x c e p c i ó n ; construir algo
pensando en l o que p o d r í a o c u r r i r en el curso de m i l a ñ o s ,
i r í a contra el p r i n c i p i o de realidad. Ciertamente ha habido fa-
llas en c i m e n t a c i ó n y estructuras; esto debe mejorarse, pero
siempre partiendo de situaciones concretas. L o s reglamentos
de c o n s t r u c c i ó n existentes se elaboraron de acuerdo con la ex-
periencia que se t e n í a . A h o r a tenemos nuevas experiencias
que servirán para la f o r m u l a c i ó n de nuevos reglamentos.
Los l í d e r e s de los residentes de T l a t e l o l c o denuncian que
desde 1983 se realizaban trabajos de r e p a r a c i ó n de cimientos
en 2 0 edificios. L o s trabajos se suspendieron y los residentes
presentaron innumerables quejas ante la P r o c u r a d u r í a Federal
del Consumidor.
E l l o . de octubre, escribe Jorge A l b e r t o Manrique en La
Jornada:

106
" O t r o s zopilotes planean. Los que e s t á n tratando de
formar la o p i n i ó n de que en los derrumbes n o hay res-
ponsabilidad alguna, sino sólo la desgracia. Por desgra-
cia sí hay responsables. Y los que perdieron q u i z á a
sus deudos, y todos sus enseres de casa, y sus casas pa-
gadas a veces con t a n t o esfuerzo deben buscarlos y se-
ñ a l a r l o s . Y los que n o t u v i m o s p é r d i d a s personales
debemos ser solidarios con ellos. E l t e m b l o r estuvo
fuera de l o previsible, ciertamente, pero es u n hecho
que de una manera general se c a y ó l o que no estaba
bien c o n s t r u i d o " .

Por su parte, Fernando B e n í t e z , en Unomásuno, dice:

"Ninguna c o n s t r u c c i ó n colonial ha c a í d o y en cambio


los nuevos edificios del centro, sobre t o d o los oficia-
les, yacen c o m o gigantescas m o n t a ñ a s de escombros.
Seguramente estaban m a l construidos, seguramente
se dieron contratos a base de cohechos en algunos ca-
sos; son hijos n o del e s p í r i t u fundador de ciudades si-
no de la c o r r u p c i ó n " .

En El Universal, G i l b e r t o Herrera Medina publica l o siguiente:

" E n la c o n s t r u c c i ó n de u n edificio i m p o r t a n m á s la
cantidad de pisos con que se vaya a m u l t i p l i c a r la ren-
t a b i l i d a d privada o p ú b l i c a que la seguridad y la dura-
c i ó n de los inmuebles. En estas condiciones, el capital
fijo i m p o r t a n t e , es sólo el que garantiza el m o n o p o l i o
de la propiedad y n o el de su seguridad g e o l ó g i c a , que
i n f l u y e sobre la p l u s v a l í a y la rentabilidad a obtener.
De tal manera, que pretender que se escarbe y se p i l o -
tee hasta 50 o m á s metros para anclar el edificio en
terreno macizo, eso ya de plano es una necedad, ade-
m á s de que encarece los costos de los materiales, aba-
te la cuota de ganancia de los constructores y va en
contra de los tiempos electorales, del prestigio y el ca-
rrerismo p o l í t i c o de los funcionarios".

E l d o c t o r en derecho penal, J e s ú s Zamora Pierce, afirma el


d í a 2 que es obsoleta la legislación penal sobre c o n s t r u c c i ó n
de edificios. H a b r í a dos formas de ver el problema: la cons-

107
t r u c c i ó n se a p e g ó al reglamento de 1957 y p o r tanto n o ha-
b r í a responsabilidad penal, o bien, la i n g e n i e r í a cuenta con
elementos tan avanzados, que h u b o falla humana en la cons-
t r u c c i ó n y p o r t a n t o responsabilidad penal. E l d o c t o r Zamora
se inclina p o r la segunda o p c i ó n .
E l director del H o s p i t a l J u á r e z , J e s ú s Aguilar R o d r í g u e z ,
dice que el edificio estaba agrietado p o r sismos anteriores,
por lo que d e b e r í a realizarse una investigación exhaustiva.
E l d i p u t a d o A d r i á n M o r a Aguilar, coordinador de la d i -
p u t a c i ó n p r i í s t a del D i s t r i t o Federal, a f i r m ó que h a b r á peri-
tajes rigurosos en t o r n o a la responsabilidad de los construc-
tores de los edificios que se vinieron abajo durante los terre-
motos. A s i m i s m o , diputados de la C o m i s i ó n de E d u c a c i ó n de
la C á m a r a expresaron su p r e o c u p a c i ó n p o r el alto n ú m e r o
de escuelas afectadas y p e d i r á n una investigación para deter-
minar las responsabilidades del C o m i t é A d m i n i s t r a d o r del
Programa Federal de C o n s t r u c c i ó n de Escuelas ( C A P F C E ) .
A n t e u n grupo de sobrevivientes del edificio " N u e v o
L e ó n " , el subsecretario de Vivienda de la S E D U E , Gabino
Fraga, a s e g u r ó que el Presidente de la R e p ú b l i c a o r d e n ó rea-
lizar una minuciosa investigación de las causas del desplome
de ese inmueble y determinar responsabilidades penales p o r la
negligencia incurrida en el m a n t e n i m i e n t o del edificio.
Si bien la sobrecarga de personal, m o b i l i a r i o y equipos,
así como los cambios arbitrarios de destino a las modificacio-
nes estructurales, son algunas de las causas del desplome de
muchos edificios durante el t e m b l o r del 19 de septiembre, n o
es el m o m e n t o de buscar culpables n i de hacer j u i c i o s preci-
pitados, d e c l a r ó el arquitecto Pedro R a m í r e z V á z q u e z el d í a
cuatro.
Este m i s m o d í a , el secretario de Desarrollo U r b a n o y Eco-
logía, G u i l l e r m o Carrillo Arena, a c e p t ó haber intervenido en
la e d i f i c a c i ó n del destruido H o s p i t a l J u á r e z y r e i t e r ó que se
fincarán responsabilidades, aunque n e g ó culpabilidad de su
parte. " L o ú n i c o que tengo que decir de eso - p u n t u a l i z ó -
es que es i m b é c i l , es u n planteamiento p r o s t i t u t o e i m b é c i l .
Y a n ó t e l o por favor".
U n o de los m á s claros tonos de la c r í t i c a proviene precisa-
mente de u n o de los c r í t i c o s m á s s i s t e m á t i c o s de nuestro sis-

108
tema p o l í t i c o , H e b e r t o Castillo, quien e s c r i b i ó en El Univer-
sal el d í a 16:

" L a desconfianza hacia el Gobierno predomina. Es d i -


fícil hacer entender al pueblo que p o r ahora, en esta
o c a s i ó n , aunque hubiera estado pura gente honrada al
frente de este p a í s desde hace muchos a ñ o s , los da-
ñ o s hubieran sido parecidos a los registrados. N o ha-
b r í a n o c u r r i d o , es cierto, los desplomes de los hospita-
les, del General, del J u á r e z y del Centro M é d i c o n i
tampoco los desplomes del M u l t i f a m i l i a r J u á r e z n i del
edificio Nuevo L e ó n . Pero el resto de los desplomes se
h a b r í a n dado. Es i m p o r t a n t e deslindar responsabili-
dades y aplicar la ley. Pero es i m p o r t a n t e t o m a r con-
ciencia de que l o que q u e d ó fallado a consecuencia
del sismo del 19 de septiembre fue el subsuelo de la
ciudad de M é x i c o , que, por desgracia, n o se v e " .

De manera contundente, el dirigente del P A N , Bernardo Bátiz


V á z q u e z , e x p r e s ó el d í a 20 que " p o r d e c o r o " y para p e r m i t i r
que se investigue su corresponsabilidad en las fallas de cons-
t r u c c i ó n del Hospital J u á r e z , debe renunciar el titular de la
S E D U E , G u i l l e r m o Carrillo Arena. A ñ a d i ó que el funcionario
es el menos indicado para estar al frente de las tareas de la re-
c o n s t r u c c i ó n , porque y a d e m o s t r ó ineficacia o cuando menos
e s t á en entredicho su capacidad como constructor.
El d í a 30 de octubre, la D i r e c c i ó n de Servicios Periciales
de la P r o c u r a d u r í a de Justicia del D i s t r i t o Federal i n f o r m ó
que 8 0 p o r ciento de los peritajes en edificios afectados por
los sismos ya se c o n c l u y ó . A d e m á s de t o m a r f o t o g r a f í a s de
las estructuras, se recogieron muestras de las construcciones y
se obtuvieron algunos de los m á s importantes planos de los
proyectos. Toca ahora al Ministerio P ú b l i c o proseguir las i n -
vestigaciones.
E n f i n , la ciudad de M é x i c o e s t á construida como, cual-
quier o t r a de las que se asientan en terreno movedizo. Sufrió
u n d u r o golpe en sus e n t r a ñ a s y los casos lamentables de m u y
posibles fallas en la c o n s t r u c c i ó n han estremecido la concien-
cia p ú b l i c a y las propias e n t r a ñ a s de la p o b l a c i ó n .
Suturar las heridas implica n o sólo acciones prolongadas y

109
cuidadosas, sino t a m b i é n c o n o c i m i e n t o previo, desmitifica-
c i ó n . U n a sociedad es madura en la medida en que identifica
de manera clara los elementos que la componen y la m í n i m a
a r m o n í a posible entre ellos. E l antagonismo, antes de explo-
tar en las calles, nace y se desarrolla en las conciencias.
Para intentar de alguna manera la labor de d e s m i t i f i c a c i ó n .
la i d e n t i f i c a c i ó n m á s o menos aproximada de los problemas,
ofrecemos al lector las consideraciones siguientes.
E n 1980 la revista Comunidad Conacyt p u b l i c ó una en-
trevista a Jorge Prince A l f a r o , investigador del I n s t i t u t o de
I n g e n i e r í a de la U N A M . Entonces a s e g u r ó "que en M é x i c o
contamos con u n o de los reglamentos de c o n s t r u c c i ó n más
avanzados del m u n d o , que a d e m á s está sujeto a continuas re-
novaciones, a u n proceso de i n c o r p o r a c i ó n de los nuevos
resultados que se obtienen a q u í o en el extranjero; esta preo-
c u p a c i ó n de tener buenos reglamentos n o es privativa del Dis-
t r i t o Federal, esta p r á c t i c a se ha hecho extensiva a t o d o lo
que puede considerarse la zona s í s m i c a del p a í s " . A ñ a d i ó :
" L a s normas existentes hacen que las estructuras tengan u n
nivel adecuado de resistencia [. . . ] L a selección natural de las
construcciones coloniales y a t u v o lugar, Palacio Nacional, Ca-
tedral, Palacio de M i n e r í a y muchas otras ya han resistido
temblores sin sufrir el m e n o r d a ñ o durante este siglo [. . . ] la
selección natural en construcciones m u y antiguas y la mejo-
r í a constante en los reglamentos de c o n s t r u c c i ó n que se apli-
can al d i s e ñ o de nuevas estructuras, dan una resistencia ade-
cuada en r e l a c i ó n con la intensidad de los sismos que son de
esperarse en los diferentes lugares". L a primera parte de la
p r o f e c í a casi se c u m p l i ó ; la referente a la intensidad espera-
1 0
da, no.
L o s terremotos de septiembre de 1985 causaron graves y
numerosos d a ñ o s en muchos edificios de la ciudad de M é x i c o .
A u n q u e otros sismos han causado m á s v í c t i m a s (China, 1976;
P e r ú , 1970), nunca antes se h a b í a n derribado totalmente tan-
tos edificios de gran t a m a ñ o . Las causas de las fallas son d i -
versas; sería menester estudiar cada caso para conocer la o las
causas específicas.
Para fines de d i s e ñ o estructural, el Reglamento de Cons-
trucciones del D i s t r i t o Federal especifica la a c e l e r a c i ó n que

110
debe considerarse, la cual depende fundamentalmente del pe-
r í o d o de v i b r a c i ó n del edificio, del uso previsto y de la capa-
cidad de d e f o r m a c i ó n de su estructura. Las especificaciones
son mayores para edificios c u y o periodo de v i b r a c i ó n se en-
cuentra entre u n o y tres segundos, destinados a servicios
p ú b l i c o s como escuelas y hospitales y que tienen poca capaci-
dad de d e f o r m a c i ó n . Las mediciones preliminares de las acele-
raciones del terreno del 19 de septiembre son m u c h o mayores
que las especificadas p o r el Reglamento. Por ello es posible
que edificios d i s e ñ a d o s de acuerdo con lo reglamentado ha-
yan fallado al someterse a acciones s í s m i c a s mayores que las
supuestas. E n las modificaciones de emergencia hechas al Re-
11
glamento d e s p u é s del s i s m o , se i n c r e m e n t ó la aceleración
especificada en algunos casos hasta el doble.
L a m a y o r í a de los edificios d a ñ a d o s severamente o que se
derrumbaron eran de altura media; la m i t a d de los destruidos
totalmente t e n í a entre seis y 10 pisos, q u i z á debido a que su
p e r i o d o de v i b r a c i ó n c o i n c i d i ó con el p e r i o d o de v i b r a c i ó n
dominante del terreno, l o cual es m u y desfavorable. H u b o po-
cos casos de edificios m u y altos (v.gr. la torre de Pino Suá-
rez) con periodos m u y largos, que debieron de exceder al del
terreno.
Por o t r a parte, se encontraron muchas fallas de edificios
localizados en esquinas, donde e x i s t í a n muros en las dos co-
lindancias interiores y marcos abiertos en los dos lados que
dan a la calle, l o cual n o es recomendable. Asimismo, muchos
edificios se utilizaban para fines distintos de los supuestos en
el d i s e ñ o p o r ejemplo, a q u é l l o s que albergaban fábricas de
ropa en el centro de la ciudad de M é x i c o , d i s e ñ a d o s para ofi-
cinas, t e n í a n bodegas de tela con u n peso m u c h o m a y o r al su-
puesto, l o cual p r o v o c ó fuerzas horizontales mayores que las
del d i s e ñ o y la falla de la estructura. Finalmente, tal vez algu-
nas fallas se debieron a errores de d i s e ñ o estructural o en la
c o n s t r u c c i ó n , así c o m o al uso de materiales de resistencia in-
12
ferior a la especificada en los d i s e ñ o s .
L a historia de los reglamentos de c o n s t r u c c i ó n en el Dis-
t r i t o Federal ilustra sobre la p r e v e n c i ó n de sismos. En 1942
se p r o m u l g ó el p r i m e r reglamento e x p l í c i t o en este sentido.
Cuenta E m i l i o Rosenblueth:

111
"Para su é p o c a no es en exceso criticable. Reflejaba l o
que entonces era la p r á c t i c a en otros p a í s e s y la expe-
riencia del t e m b l o r de Jalisco en 1 9 4 1 . E x i m í a de
d i s e ñ o s í s m i c o a construcciones de menos de cinco p i -
sos y para la m a y o r í a de las d e m á s p e d í a que se supu-
siera la a c c i ó n de una a c e l e r a c i ó n h o r i z o n t a l e s t á t i c a
como si se aplicara m u y lentamente y u n i f o r m e igual
a un cuarentavo de la gravedad. Pero n o es lógica la
h i p ó t e s i s de una a c e l e r a c i ó n u n i f o r m e pues durante el
t e m b l o r la estructura se deforma y son mayores las
aceleraciones en la parte superior que cerca de la base.
Sin embargo, h a b í a el antecedente de que los edificios
d i s e ñ a d o s p o r Tachu N a i t o en T o k i o (para una acele-
r a c i ó n u n i f o r m e u n d é c i m o de la gravedad) resistieron
excepcionalmente bien el t e r r e m o t o de 1923 que segó
directamente 4 0 000 vidas y con el incendio subse-
cuente 140 0 0 0 . C o m o la ciudad de M é x i c o e s t á me-
nos expuesta a sismos que la de T o k i o , p a r e c í a j u s t i f i -
cado calcular u n cuarentavo en lugar de u n d é c i m o de
la gravedad. A la vez, dado el t i p o de c o n s t r u c c i ó n
prevaleciente, la m a y o r parte de la fuerza lateral era
resistida p o r muros de m a m p o s t e r í a , cuya c o n t r i b u -
c i ó n se despreciaba, r e c o n o c i é n d o s e s ó l o la de los m u -
ros estructurales. Por ello n o t e n í a demasiada impor-
tancia para q u é fracción de la gravedad se d i s e ñ a b a , y
la h i p ó t e s i s de que la a c e l e r a c i ó n era u n i f o r m e c a r e c í a
de consecuencias graves ya que en p r o p o r c i ó n los m u -
ros c o n t r i b u í a n m á s en los niveles superiores. E l tem-
b l o r de 1943, que fue moderado, i n s p i r ó confianza en
la a p l i c a c i ó n de este reglamento pues c a u s ó pocos da-
ños".

Entre 1941 y 1957 se c o n s t r u y ó m u c h o en áreas hasta enton-


ces carentes de edificios. L a p o b l a c i ó n de la ciudad de M é x i c o
era en 1957 m a y o r de 4 millones de habitantes; se h a b í a m á s
que duplicado en ese lapso.

"Las construcciones nuevas fueron m á s altas. E n t r ó


en boga u n t i p o de edificios casi desprovistos de m u -
ros, en que la m a y o r parte y a veces la totalidad de las
fuerzas laterales h a b í a n de ser resistidas por marcos
estructurales. Se adoptaron materiales m á s d é b i l e s pa-

112
ra muros de relleno. Frecuentemente a p a r e c í a n fuertes
torsiones y efectos de esbeltez hasta entonces p r á c t i -
camente ignoradas y , no obstante, las estructuras se
comportaban razonablemente pues no o c u r r í a n gran-
des temblores. Se c o b r ó tanta confianza que se acu-
ñ ó la frase 'el concreto es tan noble que no falla aun-
que l o calcules'. L a calidad de la c o n s t r u c c i ó n se dete-
r i o r ó sin graves consecuencias. E l 28 de j u l i o se des-
t r u y ó el m i t o de esa nobleza [. . . ] "

U n mes d e s p u é s se promulgaron normas de emergencia. El


temblor avivó la m e m o r i a de terremotos anteriores.

"Estaba claro que n o p o d í a ya confiarse en los muros


de m a n i p o s t e r í a , en ocasiones inexistentes, en otras de-
masiado d é b i l e s y frágiles y , en otras, colocados desfa-
vorablemente. Se p i d i ó asimismo que se revisara la
estabilidad de los edificios. Estaba claro que las ace-
leraciones que experimentaban las plantas superiores
de los edificios eran mayores que las que obraban cer-
ca de su base [. . . ] Se v e í a a d e m á s el ejemplo de la
Torre Latinoamericana, u n o de los primeros edificios
del m u n d o d i s e ñ a d o s con base en u n análisis d i n á m i c o
[. . . ] que h a b í a liberado el t e m b l o r sin sufrir d a ñ o al-
guno [. . . ] N o e s t á b a m o s listos para especificar análi-
sis d i n á m i c o pero se e s t i p u l ó una d i s t r i b u c i ó n de ace-
leraciones e s t á t i c a s que c o n d u c í a sensiblemente a los
mismos resultados. H u b o otras innovaciones. L a m á s
importante fue la l o c a l i z a c i ó n detallada de zonas en el
Distrito Federal, pues era palpable que los d a ñ o s ha-
b í a n sido m á x i m o s sobre la arcilla m á s deformable,
m í n i m o s en terreno duro e intermedios en la zona de
t r a n s i c i ó n . N o se ha encontrado m o t i v o para enmen-
dar esa l o c a l i z a c i ó n contenida en las Normas de Emer-
gencia de 5 7 , a s í que se conserva hasta la fecha [. . . ]
E n 1959 se instalaron los primeros medidores de ace-
l e r a c i ó n en M é x i c o . Por primera vez comenzamos a
saber c ó m o eran los m o v i m i e n t o s —o algunos de los
movimientos— para los que d e b í a m o s diseñar. Se ob-
t u v o experiencia m u y variada con los temblores m o -
derados de 1962 y 6 4 y sus efectos en construcciones
de la ciudad de M é x i c o y de Acapulco [. . . ] Se dispu-

113
so de a ñ o s en vez de semanas para elaborar u n regla-
m e n t o de construcciones. En 1966 se p r o m u l g ó el
nuevo. Presentaba m u l t i t u d de mejoras con respecto
al de 1957 [. . . ] El reglamento hecho en 1976 es fran-
camente avanzado (aunque n o contiene cláusulas que
aseguren su c u m p l i m i e n t o ) . Pero no p u d o preveer, sin
13
embargo, u n gran t e m b l o r como el de s e p t i e m b r e " .

Pero u n t e m b l o r es u n f e n ó m e n o m u y complejo; reducir su


d e s c r i p c i ó n a la intensidad l o simplifica enormemente. E l de
septiembre fue m u y selectivo en cuanto al á r e a de la ciudad
de M é x i c o y los tipos de estructura m á s afectados. Es i n d u -
dable que en muchos casos r e b a s ó l o previsto p o r los regla-
mentos. L a d i s t r i b u c i ó n de los d a ñ o s l o atestigua.

CUADRO 5
Uso del suelo en las delegaciones del Distrito Federal
más afectadas por el sismo

Gustavo A. Venustiano Benito


Madero Carranza Cuauhtémoc Juárez
2
Uso Km 2
% Km 2
% Km 2
% Km . %

Habitacional 42.3 58.0 16.7 49.0 6.5 20.6 19.6 71.3


Industrial 3.7 5.0 1.0 3.0 1.5 4.8 0.8 2.9
Servicios 9.1 12.5 6.1 18.0 12.0 38.2 6.6 24.0
Mixtos
Otros
8.8
9.1
12.0
12.5
9.7
0.5
28.5
1.5
11.0
0.5
34.9
1.5

0.5 -
1.8
Total 73.0 :100.0 34.0 100.0 31.5 100.0 27.5 100.0

Fuente: Plan parcial de desarrollo urbano, DDF, Secretaría de Obras y Servicios,


Dirección General de Planeación, 1983.

Y LAS AGUAS SE SECARON

Los crujidos del subsuelo, asociados a la d e s e c a c i ó n del Valle


de M é x i c o , hacen pensar en fallas hurmnas. Por ello, u n tema
c o m o é s t e , se presta a controversias en las que intervienen
factores c o m o la impotencia ante las denuncias nunca escu-
chadas, d e c e p c i ó n p o r la falta de c o n t r o l sobre las aguas sub-
t e r r á n e a s en d e t r i m e n t o del equilibrio g e o l ó g i c o , ira que ali-

114
menta las visiones sobre la cara oscura de u n pueblo que tira
por la borda sus m á s preciados recursos ante la complacencia
(o el c o n t u b e r n i o ) de los guardianes de la seguridad colectiva.
L a s e n s a c i ó n de desamparo se presenta en casi todos los
t ó p i c o s del t e r r e m o t o . Pareciera que nadie vela nuestro sue-
ñ o , tras la fatiga de una vigilia dedicada a la difícil sobrevi-
vencia. Los profetas claman en el desierto, poblado p o r m i -
llones de o í d o s sordos.
Una cosa es cierta: la nueva grandeza mexicana se pre-
t e n d i ó edificar en u n valle generoso con el que no se tuvo m i -
sericordia. Aguas, bosques y aires han soportado la misma
embestida conocida con el nombre o la ilusión de progreso.
A l despertar del s u e ñ o nos damos cuenta de que n o hay
tal grandeza, los espejismos nos i m p i d i e r o n ver con claridad.
Pero tampoco podemos desconocer la realidad c o n v i r t i é n -
dola en pesadilla. E l esfuerzo acumulado, que t a m b i é n es
grande a l o largo de decenios y tal vez de siglos, es e n e r g í a pa-
ra alumbrar otros caminos.
L a dolorosa raspadura de la d e s m i t i f i c a c i ó n nos impone
pensar en M é x i c o como p a í s , como pueblo, como sociedad.
Los errores sociales son colectivos. A l g o pasa en la estructura
de una n a c i ó n cuando se permite atentar impunemente con-
tra el medio ambiente del que todos somos (idealmente) due-
ñ o s . L a falta cometida es igualmente imputable a quien hace
y a quien deja hacer. Pecado de las élites, se d i r í a , pero tam-
b i é n inquieta la m o d o r r a social de los sectores medios (medio
acomodados, medio ilustrados, la m a y o r í a ) que apenas des-
piertan del s u e ñ o con el aguijón clavado en el centro de sus
intereses inmediatos. ¿Y q u é decir de la gran masa, del pue-
blo a secas que al parecer n o dispone de t i e m p o n i e n e r g í a s
para otra cosa que n o sea sobrevivir?
Reconocer y exhibir lacras es u n p r i n c i p i o de c u r a c i ó n .
L o difícil es hacerlo sin excesos, con la m í n i m a lucidez que
permite la escasa lejanía de la tragedia.
Vayamos a la c r ó n i c a que denuncia la e x t r a c c i ó n de aguas
en este valle reseco que antes, como lo cuenta H e r n á n C o r t é s ,
14
fuera l a g o .
El d í a 22 de septiembre, el G r u p o de los Cien, la Asocia-
ción de C o y o a c á n , la Alianza Ecologista Nacional, la Asocia-

115
c i ó n Ecologista de Tlalpan y el Grupo Supervivencia, coinci-
dieron en afirmar que los efectos devastadores del terremoto
del d í a 19 se debieron en parte a la s o b r e e x p l o t a c i ó n de man-
tos a c u í f e r o s en el D i s t r i t o Federal. Manifestaron que ya
desde hace 4 0 a ñ o s Nabor Carrillo h a b í a advertido sobre el
h u n d i m i e n t o del suelo a causa de la e x p l o t a c i ó n de mantos
freáticos. Otros especialistas han denunciado d e s p u é s estos
riesgos pero las autoridades han seguido autorizando la per-
f o r a c i ó n de pozos y la r e h a b i l i t a c i ó n de otros. " L a naturaleza
es sabia —dijo Fernando C é s a r m a n - y pone l í m i t e s hasta
donde puede soportar".
S e g ú n i n f o r m a c i ó n de la C o m i s i ó n del Valle de Texcoco,
existen en el Valle de M é x i c o ocho m i l pozos profundos, m u -
chos de ellos clandestinos; de ellos se extrae m á s del doble de
agua de la que logra recargarse, l o q u e ocasiona h u n d i m i e n t o s
que en el centro superan los nueve metros. E l abatimiento del
manto a c u í f e r o ha provocado la c o n t r a c c i ó n y c o n s o l i d a c i ó n
de las capas arcillosas superiores, debilitando el soporte de los
inmuebles, l o que j a n t o con los grandes acomodamientos de
las placas de miles d t millones de toneladas que conforman la
corteza, m o t i v ó los efectos desastrosos de los m o v i m i e n t o s te-
l ú r i c o s ocurridos la semana pasada.
T é c n i c o s del Departamento del D i s t r i t o Federal manifes-
taron el d í a 30 que la ciudad de M é x i c o padece h o y las con-
secuencias de la irresponsable e x p l o t a c i ó n de sus mantos
a c u í f e r o s ; la e x t r a c c i ó n excesiva, que p o r desgracia se sigue
haciendo, ocasiona el h u n d i m i e n t o paulatino de la ciudad y el
resquebrajamiento del sistema h i d r á u l i c o . Por si fuera poco,
la capa del subsuelo (fangosa) que sirve de amortiguador, de-
s a p a r e c i ó y , p o r l o m i s m o , el sismo del 19 de septiembre
c a u s ó d a ñ o s inimaginables y d e j ó a gran parte de la m e t r ó p o l i
sin agua.
Miguel Angel Salinas Duarte, presidente del Consejo C o n -
sultivo de la C á m a r a Nacional de la Industria de la Construc-
c i ó n y de la C o m i s i ó n de Infraestructura, D e s c e n t r a l i z a c i ó n y
E c o l o g í a de la C O N C A M I N , s e ñ a l ó el l o . de octubre, en po-
cas palabras, que la e x t r a c c i ó n del agua en la zona del Valle de
M é x i c o , al no reponerse, ocasiona que el suelo quede como
esponja seca.

116
T a m b i é n hay, empero, una visión optimista sobre este
asunto: el vocal ejecutivo del Plan Nacional H i d r á u l i c o , inge-
niero H é c t o r G a r d u ñ o Velasco, a f i r m ó el d í a 7 que n o hay
evidencia de que la s o b r e e x p l o t a c i ó n del m a n t o a c u í f e r o del
Valle de M é x i c o influye directamente en el efecto de u n sismo
en el á r e a m e t r o p o l i t a n a . N o es que pretenda ser simplista,
a c l a r ó el ingeniero: el problema de la s o b r e e x p l o t a c i ó n com-
prende muchos factores que deben estudiarse a f o n d o antes
de e m i t i r una o p i n i ó n aventurada. A f i r m a t a m b i é n que hay
e s p l é n d i d o s planes para abatir la s o b r e e x p l o t a c i ó n y se e s t á n
llevando a cabo: r e u b i c a c i ó n y c a n c e l a c i ó n de pozos, recarga
artificial, r e f o r e s t a c i ó n , uso eficiente del agua.
N o t o d o , sin embargo, es agua en el subsuelo del Valle de
M é x i c o . E n u n esfuerzo de claridad sobre u n tema tan com-
plejo, veamos l o que dicen los t é c n i c o s , al margen de la c r ó -
nica.
E l Valle de M é x i c o es una cuenca cerrada rodeada de m o n -
t a ñ a s : al norte la Sierra de Pachuca, al este las sierras Nevada
y de R í o F r í o , al oeste las de las Cruces y de T e p o t z o t l á n y al
sur la del Chichinautzin. Esta ú l t i m a está c o n s t i t u i d a por vol-
canes que hicieron e r u p c i ó n hace 500-600 m i l a ñ o s y se ex-
tiende desde el Ajusco hasta el P o p o c a t é p e t l ; es la m á s j o v e n
de las cadenas m o n t a ñ o s a s que l i m i t a n a la cuenca. Según F .
Mooser, antes de la a p a r i c i ó n del Chichinautzin la cuenca era
abierta y drenaba hacia el Valle de Cuernavaca; la f o r m a c i ó n
de la sierra en el sur c r e ó una gran presa natural que fue azol-
vada p o r las cenizas v o l c á n i c a s provenientes de las mismas
erupciones que originaron el Chichinautzin. L o s sedimentos
depositados en el gran lago formado al cerrarse la cuenca pro-
dujeron suelos m u y compactos y permeables, de varios cente-
nares de metros de espesor, los cuales se cubrieron finalmente
por capas de arcilla impermeable y m u y blanda, c u y o espesor
es m a y o r de 80 m hacia el centro de l o que fuera el Lago de
15
Texcoco, antes de su actual d e s e c a c i ó n .
A l hacer u n corte p o r el centro de la ciudad de M é x i c o
en d i r e c c i ó n este-oeste, se observa que el espesor de la capa
de suelo arcilloso m u y blando v a r í a desde n u l o en las lomas
del oeste, donde hay suelos duros y m u y compactos (tepeta-
tes), aumentando hasta superar los 80 r a e n el centro del lago,

117
para reducirse a cero hacia el e x t r e m o este. Para tener una
idea de las c a r a c t e r í s t i c a s de las arcillas lacustres que forman
esta capa blanda basta mencionar que, en la zona virgen del
lago, su v o l u m e n llega a estar f o r m a d o por 7% de p a r t í c u l a s
sólidas y 93% de agua; en sus partes m á s consolidadas el agua
ocupa 80%. A esto se deben la baja resistencia, la alta com-
presibilidad y la gran elasticidad de estos suelos; su compor-
t a m i e n t o es semejante al de una gelatina.
Cuando las ondas s í s m i c a s provenientes de la Trinchera
de A c a p u l c o llegan al Valle de M é x i c o - a f i r m a Tamez—, los
suelos m u y compactos del fondo y las orillas oscilan con una
o n d u l a c i ó n cuya a m p l i t u d d e p e n d e r á de la e n e r g í a del tem-
b l o r ; al ser transmitida esta o n d u l a c i ó n al d e p ó s i t o de arcilla
m u y blanda la a m p l i t u d del m o v i m i e n t o se amplifica conside-
rablemente, según el espesor y la consistencia de la capa de
arcilla. A esto se atribuye, en buena parte, que tanto en el sis-
m o de 1957 c o m o en el de septiembre de 1985, los mayores
d a ñ o s ocurrieran en el centro de la ciudad, denominada en el
Reglamento de Construcciones del D i s t r i t o Federal zona de
lago ( I I I ) , donde el espesor de los suelos blandos excede a
4 0 m . En las zonas de lomas y de transición ( I y I I ) los d a ñ o s
fueron nulos o de m u y p e q u e ñ a importancia.
E n la zona m á s afectada se observaron algunos casos de
h u n d i m i e n t o brusco de la c i m e n t a c i ó n de edificios a c o m p a ñ a -
d o de i n c l i n a c i ó n i m p o r t a n t e de la estructura: en u n solo ca-
so, ubicado en la colonia Roma, hubo falla t o t a l del suelo de
16
la c i m e n t a c i ó n y el volcamiento c o m p l e t o del e d i f i c i o .
Para Rosenblueth es posible "que las rupturas de la roca
hayan progresado grosso modo con d i r e c c i ó n a la ciudad de
M é x i c o y que ello explique l o desproporcionadamente alto
de la intensidad en este sitio, pero a ú n no lo sabemos. T a m -
p o c o está claro per q u é las ondas que llegaron al Valle de M é -
x i c o t e n í a n un contenido de e n e r g í a tan concentrado en tor-
n o a los dos segundos de periodo de v i b r a c i ó n " .

"Aquellas partes de la ciudad que descansan sobre ar-


cilla m u y deformable, con u n periodo dominante de
dos segundos o m u y p r ó x i m o a él, sufren un f e n ó m e -
no de resonancia que amplifica enormemente las osci-
laciones justamente con este periodo. Ciertos edificios

118
experimentan a su vez vibraciones en resonancia con
las del terreno. A l deformarse y d a ñ a r s e su estructura
se alargan sus periodos de v i b r a c i ó n a c e r c á n d o s e a los
dos segundos y la resonancia se vuelve m u c h o m á s
marcada; llegan a experimentar aceleraciones m u c h o
mayores que las del terreno. De allí que hayan sido
principalmente construcciones de 7 a 15 pisos las que
fallaron en la zona de m o v i m i e n t o m á s intenso, pues
es en este rango de alturas que el periodo fundamen-
tal suele estar en el intervalo que m e n c i o n é . E n cam-
bio, en zonas de la ciudad en que los periodos d o m i -
nantes son apreciablemente m á s cortos, c o m o en te-
rreno d u r o , o apreciablemente m á s largos, como en
las inmediaciones del Lago de Texcoco, n o se presen-
ta la resonancia del terreno con el t e m b l o r y n o crece
t a n t o la a m p l i t u d de oscilación. L o s d a ñ o s allí son
m u y menores".

Pero a d e m á s hay ciertos f e n ó m e n o s locales en la zona blanda,


c o m o los determinados por la presencia de viejos canales, cal-
zadas y pesadas construcciones aztecas, cuya c u a n t i f i c a c i ó n
requiere análisis m á s complejos. Una gran d u r a c i ó n del movi-
m i e n t o , sobre t o d o en la zona blanda, trae consigo una mayor
vulnerabilidad de ciertos elementos estructurales y tipos de
17
estructura.
Poco a poco los estudios a c l a r a r á n las peculiaridades del
sismo, particularmente en r e l a c i ó n con algunas zonas del Va-
lle de M é x i c o . Se han planteado diversas h i p ó t e s i s sobre las
causas de los d a ñ o s ; las m á s mencionadas han sido la " a m p l i -
ficación de las ondas p o r efecto de resonancia" y las "propie-
dades del subsuelo gelatinoso o acuoso". Pero grandes regio-
nes d e l poniente de la ciudad de M é x i c o , asentadas en terreno
de subsuelo acuoso, p r á c t i c a m e n t e no t u v i e r o n d a ñ o s ; p o i
otra parte, en algunos casos la d e s t r u c c i ó n sobrevino en for-
ma repentina e inesperada, y n o d e s p u é s de que las ondas au-
m e n t a r o n su a m p l i t u d localmente, lo que i m p l i c a r í a la reso-
nancia.
R o m á n Alvarez, investigador del I n s t i t u t o de Investiga-
ciones en M a t e m á t i c a s Aplicadas y Sistemas de la U N A M , tie-
ne algunas conclusiones, basadas en observaciones de aproxi-
madamente 650 inmuebles d a ñ a d o s en las colonias Roma

119
N o r t e y Sur, Doctores, Buenos Aires, Centro, J u á r e z , C u a u h
t é m o c y San Rafael:

" 1 ) Gran cantidad de d a ñ o s muestran alineamien-


t o , con distancias que v a r í a n desde cientos hasta miles
de metros, a d e m á s de que presentan cierta curvatura.
2) Las l í n e a s de d a ñ o son m u y estrechas, es decir,
que a l e j á n d o s e de ellas unos cuantos metros los d a ñ o s
disminuyen r á p i d a m e n t e . Se vuelven a encontrar m á s
d a ñ o s a distancias m u y variables, en la d i r e c c i ó n de
p r o p a g a c i ó n de las ondas [. . . ]
3) Con frecuencia pueden identificarse h u n d i m i e n -
tos sobre unas l í n e a s o elevaciones sobre otras. Estos
hundimientos o elevaciones f l u c t ú a n desde unos cuan-
tos c e n t í m e t r o s hasta u n m e t r o [. . . ]
Las formas y orientaciones de estas l í n e a s de d a ñ o s
sugieren el encuentro de latidos s í s m i c o s (olas) que
viajaron en direcciones contrarias y sumaron sus am-
plitudes en aquellos lugares en donde ambas perturba-
ciones se encontraron s i m u l t á n e a m e n t e .
Los latidos o impulsos s í s m i c o s [. . . ] parecen haber
sido reflejados por una sierra cubierta de sedimentos,
que va de la sierra del Tepeyac al cerro del P e ñ ó n de
los B a ñ o s , p r ó x i m o al aeropuerto de la ciudad y que
constituye, p o r lo t a n t o , la p r o l o n g a c i ó n de la propia
sierra del Tepeyac hacia el sur. [. . . ] La presencia de
esta sierra cubierta p o r sedimentos es m u y i m p o r t a n -
te, ya que si ella no actuara c o m o reflector de las on-
das n o se p r e s e n t a r í a n los f e n ó m e n o s de interferencia
observados. Esta sierra es sensiblemente perpendicular
a la d i r e c c i ó n entre el D i s t r i t o Federal y el epicentro
del t e m b l o r frente a M i c h o a c á n , p o r lo que resulta u n
efectivo reflector de ondas provenientes de la región
M i c h o a c á n - C o l i m a , n o a s í de otras zonas de su educ-
c i ó n localizadas al sur de la costas de M i c h o a c á n .
A l interaccionar, los disturbios provenientes direc-
tamente del foco del t e m b l o r , con los reflejados en la
zona T e p e y a c - P e ñ ó n , provocaron deformaciones t i p o
ola en la superficie de los sedimentos saturados de
agua. T a m b i é n los provocaron en otras zonas al sur de
la l í n e a cerro de C h a p u l t e p e c - P e ñ ó n , pero a h i l a direc-
ción de las ondas reflejadas ya no fue igual a la de las

120
ondas incidentes y su i n t e r a c c i ó n tuvo c a r a c t e r í s t i c a s
menos d a ñ i n a s . Hemos comparado los mapas estrati-
gráficos de la ciudad con las zonas de d a ñ o s , y la coin-
cidencia entre estas ú l t i m a s y las zonas lacustres es
muy grande en el área definida por los cerros de Cha-
pultepec, del Tepeyac y del P e ñ ó n . Cabe destacar que
en la zona lacustre al oriente de la l í n e a que une la
sierra del Tepeyac con el cerro del P e ñ ó n , los d a ñ o s
fueron considerablemente menores que al poniente de
la misma, l o que está de acuerdo con las ideas a q u í
18
presentadas".

CORRUPTELAS Y ABUSOS (PUBLICOS Y PRIVADOS)

Cuando los abusos e s t á n asociados al d o l o r humano, q u é difí-


cil h a b r á de ser relatarlos sin que el cronista sienta sus entra-
ñ a s removidas. Se tocan los terrenos de la rabia, la impotencia,
la vejación a los m á s humildes, etc. Estar ante el rostro desnu-
do de la tragedia, agravada con el ingrediente de la a b y e c c i ó n
humana, debe ser u n o de los m á s desagradables e s p e c t á c u l o s
que pueda presenciar cualquier hombre.
D e b i ó ser aterrador escribir una c r ó n i c a p e r i o d í s t i c a cuan-
do se v e í a que las m á q u i n a s de rescate sólo se dedicaban a sal-
var equipos y maquinaria, rollos de tela, ropa, mientras el he-
dor denunciaba la presencia de la muerte humana en el
interior de los edificios.
Los abusos en la venta de agua y alimentos, a s í c o m o las
corruptelas de funcionarios, forman parte de u n c á n c e r social
exhibido en los peores momentos. U n o de los m á s socorridos
lugares comunes de nuestro p a í s identifica c o r r u p c i ó n con go-
bierno, con s u s t r a c c i ó n indebida de los recursos del erario.
Los aumentos arbitrarios de precios, la e s p e c u l a c i ó n , el acapa-
ramiento, son rasgos del mexicano acostumbrado a transar,
c a r a c t e r í s t i c a no siempre vista como defecto. C o n esto que-
remos decir que n o acabamos de tomar conciencia de las d i -
mensiones y peculiaridades de u n o de los f e n ó m e n o s m á s la-
cerantes de nuestro tejido social.
Desde luego, la mala conducta de funcionarios corruptos
n o se salva porque existan otros mexicanos que sin estar al
servicio del gobierno se c o m p o r t e n igual o peor. E n ú l t i m a

121
instancia, la c o r r u p c i ó n es u n delito. En el sustrato p r o f u n d o
del c u l t o por la ley d e b e r í a m o s buscar o r í g e n e s de males tan
generalizados. Entre la realidad y la ley, sigue habiendo, por
desgracia, un abismo. Pareciera que constituimos u n pueblo
escurridizo, moldeado en la lucha por la vida con la fisono-
m í a del individualismo sagaz y marrullero, desconfiado de to-
d o l o que signifique i n t e r v e n c i ó n de la autoridad. Gran parte
de nuestras formas comunales de vida fueron destruidas por
los imperativos de un desarrollo e c o n ó m i c o salvaje, arrollador
y opresivo. Quedamos en competencia unos frente a otros,
deslumhrados por el é x i t o de los encumbrados que nos hacen
saber de las ventajas de su c o n d i c i ó n privilegiada hasta en el
viacrucis del transito citadino. En M é x i c o , los vicios y las vir-
tudes tienen u n c a r á c t e r p ú b l i c o y en ocasiones se confunden.
Los tribunos de la prensa se afanan en la denuncia. T a l
vez no haya visión elaborada en el centro de sus intenciones.
Acaso la visión del d o l o r , d i f í c i l m e n t e desmitificable, pero
que debe exhibirse, c o m o hacemos enseguida.
Informa Unomásuno que el mismo d í a 19 de septiembre
algunas tiendas de autoservicio del sur de la ciudad de M é x i c o
incrementaron sus productos en 30 p o r ciento, p o r medio de
r e e t i q u e t a c i ó n , en t a n t o que la S e c r e t a r í a de Comercio y Fo-
m e n t o Industrial a d v i r t i ó que i m p o n d r á severas sanciones a
los comerciantes que especulen con productos f a r m a c é u t i c o s ,
alimentos y a r t í c u l o s de primera necesidad en general. Las
sanciones p o d r í a n i r de la requisa de m e r c a n c í a s para poner-
las a d i s p o s i c i ó n del Departamento del D i s t r i t o Federal con el
f i n de que éste realice una d i s t r i b u c i ó n adecuada, hasta el
arresto de quienes violen los precios.
A l d í a siguiente, este m i s m o diario i n f o r m a sobre especu-
l a c i ó n y alzas de precios hasta en ciento p o r ciento en los p r o -
ductos b á s i c o s , según denuncia realizada p o r la S E C O F I N . E l
hecho o c u r r i ó principalmente en el centro y sur de la capital
y en la delegación Iztapalapa, donde h u b o o c u l t a m i e n t o de
víveres. Por su parte, la A s o c i a c i ó n Nacional de Estudios para
la Defensa del Consumidor d e t e c t ó el cierre injustificado de
numerosos establecimientos comerciales.
En algunos mercados del sur de la capital del p a í s se ven-
dieron productos como la leche y la t o r t i l l a con incrementos.

122
de precio hasta el ciento p o r ciento, no obstante las disposi-
ciones oficiales al respecto, se i n f o r m ó el d í a 2 1 .
La Jomada afirma que de la noche a la m a ñ a n a las gran-
des cadenas de tiendas de autoservicio y el p e q u e ñ o comercio
reetiquetan las m e r c a n c í a s y aumentan los precios a su arbi-
t r i o , en tanto miles de capitalinos realizan compras de p á n i c o
ante el temor de la escasez de alimentos. Esto ocurre a pesar
de los llamados de las organizaciones de comerciantes y de las
autoridades para evitar la e s p e c u l a c i ó n .
En el Valle de C u a u t i t l á n - T e x c o c o se ha detectado u n sin-
n ú m e r o de abusos en la venta de alimentos y otros productos
de primera necesidad, según denuncias registradas en la Pro-
c u r a d u r í a Federal del Consumidor el d í a 22.
Vecinos de la d e l e g a c i ó n Gustavo A . Madero se quejan de
las a n o m a l í a s p o r parte de varios sujetos en el suministro de
agua, cuya escasez se ha hecho patente con m o t i v o del terre-
m o t o . E n algunos sitios cobran hasta m i l 5 0 0 pesos ( ¡ ! ) por
u n tambo de 200 litros, se dijo el d í a 23.
U n grupo de empleados del I S S S T E asegura que en la de-
legación C u a u h t é m o c hay una "escandalosa e i n m o r a l especu-
l a c i ó n con las v í c t i m a s del t e r r e m o t o " , puesto que se e s t á n
"cobrando hasta ocho m i l pesos p o r el rescate y entrega de
cada c a d á v e r " . Dijeron que tal vez esto ocurre t a m b i é n "en
otras partes". Se presentaron en Los Pinos para denunciar e'
hecho ante el Presidente de la R e p ú b l i c a .
Amordazado, vendado de los ojos, atados de los pies y
manos con cadenas m e t á l i c a s y dentro de la cajuela de u n ve-
h í c u l o que a p a r e c i ó bajo los escombros del edificio de la Pro-
c u r a d u r í a de Justicia del D i s t r i t o Federal, fue encontrado el
c a d á v e r del conocido penalista Saúl Ocampo. Esta informa-
c i ó n fue proporcionada por G u i l l e r m o Valencia, reportero
de El Universal. E l litigante h a b í a desaparecido el 12 de
septiembre.
En Ciudad N e z a h u a l c ó y o t l llevan ya cinco d í a s sin agua
a causa de las a v e r í a s en los sistemas h i d r á u l i c o s , s i t u a c i ó n
que ha sido aprovechada " p o r vivales que venden las pipas en
10 y hasta 20 m i l pesos", según denuncia de u n grupo de la
colonia Las Flores.
Angel Granados Velasco, reportero de El Día, recoge el

123
d í a 25 la queja de Dolores S o l í s : los d u e ñ o s de algunas em-
presas de la industria del vestido emprendieron el rescate de
maquinaria y materias primas, o l v i d á n d o s e de los empleados
atrapados. "Se presentaron con una orden m i l i t a r que les au-
torizaba a efectuar ese tipo de trabajos".
L a F e d e r a c i ó n de A q u i t e c t o s Revolucionarios de M é x i c o ,
encabezada p o r Eduardo S á n c h e z Anaya, d e n u n c i ó el d í a 26
que el Departamento del D i s t r i t o Federal o t o r g ó a la empre-
sa I C A contratos de d e m o l i c i ó n bien remunerados, p o r l o
cual se apresura la d e m o l i c i ó n , sin los peritajes debidos. Sán-
chez A n a y a afirma que así o c u r r i ó en u n edificio de Tlate-
lolco, en el cual se p r e s e n t ó personal de I C A para iniciar de
inmediato la d e m o l i c i ó n .
La Jornada publica el d í a l o . de octubre una nota en la
cual se afirma que la madre de u n trabajador de Televisa de-
n u n c i ó que las cuadrillas de rescate n o e s t á n sacando a los
empleados sepultados entre los escombros. " H a b l é con u n
funcionario de seguridad en las obras y me dijo que n o e s t á n
p e r m i t i e n d o que colaboren voluntarios, porque antes tienen
que sacar muchas cosas de valor".
L a U n i ó n Nacional de Padres de Familia señala c a t e g ó r i -
camente que h u b o c o n t u b e r n i o de constructores y autorida-
des supervisoras de obras. Con rigor acusa la U n i ó n Nacional
de Padres de Familia ( U N P F ) : "en la tragedia ocasionada por
el sismo son corresponsables el gobierno con su e d u c a c i ó n po-
sitivista, amoral, deficiente, y algunos malos constructores sin
e s c r ú p u l o s " . La conducta antisocial, "es resultado de que no
se e n s e ñ a m o r a l en el sistema educativo o f i c i a l " , remata la
UNPF.
Q u i s i é r a m o s acotar que para la anterior denuncia n o se
t u v o el m í n i m o cuidado de consultar el Diccionario biográfi-
co del gobierno mexicano, y m u c h o menos de leer el curri-
culum vitae de los hombres que dirigen las empresas privadas
de nuestro p a í s . Por l o t a n t o , nos queda la i m p r e s i ó n de que
s ó l o se trata de pescar en r í o revuelto.
A n t o n i a S e b a s t i á n , alias " L a D o ñ a " , jefa de taller de una
empresa de c o n f e c c i ó n , d e n u n c i ó el d í a 4 que h u b o 25 atra-
padas y quienes estaban fuera se cansaron de pedir ayuda
para rescatarlas de una m o n t a ñ a de escombros. Cuenta: "Las

124
dejaron m o r i r . T o d a v í a anoche se escuchaban quejidos. Ape-
nas h o y se hizo cargo una empresa contratista. Ha y c o m o 35
atrapadas. Es que eran obreras".
Locatarios del mercado de Jamaica se quejan el d í a 5 de
que p o l i c í a s u n i f o r m a d o s les han saqueado sus pertenencias,
c o m o b á s c u l a s y otros instrumentos de m e d i c i ó n .
D í a 7. A s í comienza el reportaje firmado p o r V í c t o r Pa-
yan, Rafael Medina, H é c t o r A d o r n o y E m i l i o V e l á z q u e z ,
todos de Excélsior: "Mi e nt ra s los cuerpos de casi u n centenar
de costureras c o n t i n ú a n sepultados bajo los derrumbes del
edificio de 12 pisos de la fábrica de ropa A m a l —en San A n -
t o n i o Abad 150— y el hedor es p r á c t i c a m e n t e insoportable,
las grandes maquinarias c o n t i n ú a n rescatando ropa, rollos de
tela, muebles y t o d o t i p o de valores, ante la impotencia de
cientos de familiares de las v í c t i m a s que permanecen en los
alrededores de las ruinas desde hace 19 d í a s " . Y los relatos de
los dolientes, parados frente al edificio, son desgarradores: "a
pesar de que los d u e ñ o s de las fábricas saben que los cuerpos
de nuestros familiares permanecen sepultados, han dado fuer-
tes cantidades de dinero a los jefes de las cuadrillas de trabajo
y a los operadores de las m á q u i n a s , para que toda la labor se
concentre en el rescate de sus valores, sin importarles el d o l o r
h u m a n o " . " S i quieren, hacemos una m a n i f e s t a c i ó n de rodillas
para que alguien nos haga caso y nos comiencen a entregar los
c a d á v e r e s de nuestros seres queridos para darles cristiana se-
pultura". Y así c o n t i n ú a n . . .
E l secretario del Trabajo y Previsión Social, Arsenio Fa-
rell Cubillas, d e c l a r ó el d í a 15 que se ha p r o d u c i d o una mons-
truosa c o l u s i ó n entre inspectores de trabajo, autoridades y
sindicatos, en perjuicio de las trabajadoras de la industria del
vestido. A d v i r t i ó que a quienes han entrado en esta c o l u s i ó n
se les debe procesar legalmente.
A l d í a siguiente, dirigentes del P A N , P S T , P A R M y P S U M
s e ñ a l a r o n que la d e c l a r a c i ó n de Farell Cubillas sobre la co-
r r u p c i ó n no constituye ninguna sorpresa; l o novedoso sería
que se castigara a los culpables de ese crimen.
El d í a l o . de noviembre, en una de sus c r ó n i c a s Elena Po-
niatowska entrevista al c a p i t á n Gustavo Barrera, quien h a b i t ó
en el edificio Nuevo L e ó n y c o l a b o r ó intensamente en el res-

125
cate de v í c t i m a s . Barrera dice a la cronista que cuenta con las
m á s irrefutables pruebas sobre la c o r r u p c i ó n y negligencia en
t o r n o a las reparaciones que necesitaba el edificio Nuevo
L e ó n ; las autoridades s a b í a n de la gravedad de la s i t u a c i ó n y
nada hicieron, dice: "nuestra desgracia n o fue solamente pro-
d u c t o del sismo, sino de la i n e p t i t u d y la c o r r u p c i ó n de nues-
t r o gobierno y sus instituciones". Considera que l o del Nuevo
L e ó n fue u n genocidio del cual es culpable la c o r r u p c i ó n .
Ocho presidentes de las j u n t a s especiales de C o n c i l i a c i ó n
y Arbitraje del Distrito Federal fueron cesados el d í a 5 p o r
instrucciones del regente R a m ó n Aguirre, p o r retrasar la i m -
p a r t i c i ó n de justicia laboral, en algunos casos hasta p o r 15
años.

LA FALTA DE CONFIANZA Y E L BENEFICIO DE LA DUDA

Una de las fallas humanas que afloraron a p r o p ó s i t o del terre-


m o t o tiene que ver con apreciaciones colectivas, con la duda
sobre la honradez en el manejo de los fondos recibidos para
ayudar a los damnificados y emprender la r e c o n s t r u c c i ó n . L a
falla n o tiene que ver con hechos consumados y legalmente
probados. A l menos n o en la m a y o r í a de los casos. Se dice en
los m á s diversos tonos que la ayuda fue desviada. Se ofrece,
por parte de las autoridades, vigilancia escrupulosa.
Queremos insistir en el beneficio de la duda para subrayar
el c a r á c t e r relativo (y preocupante) de una visión generalizada.
Pocos asuntos hay tan delicados c o m o éste de la ayuda: los
objetos adquieren u n valor s i m b ó l i c o porque representan el
v í n c u l o entre la actitud solidaria de quien da y el beneficio
real de quien l o recibe. Cualquier desviación resulta n o sólo
irritante sino criminal.
Es tal el clamor de la gente de la calle sobre el supuesto
mal uso (concedamos que a s í sea) de la ayuda recibida, sobre
t o d o del exterior (se dice que las tiendas de c a m p a ñ a , los
cobertores, la ropa, fueron a parar a tiendas de lujo), que
se i m p o n e n algunas reflexiones: n o dudamos de la buena
fe de las autoridades superiores y en especial del Presidente
de la R e p ú b l i c a , para que los recursos sean honestamente
canalizados. Pero salta a la vista que contamos con u n apara-

126
to administrativo altamente burocratizado, d i f í c i l m e n t e con-
trolable. N o e x t r a ñ a r í a que funcionarios menores aprovecha-
ran la s i t u a c i ó n en su beneficio. Es u n hecho altamente pro-
bable. De a h í los rumores y las dudas.
Q u i z á falta una efectiva a r t i c u l a c i ó n entre grupos sociales
organizados y autoridades, para verificar necesidades y entre-
gar ayuda. Los mecanismos de s u p e r v i s i ó n , tal como están
planteados, d i f í c i l m e n t e pueden llegar a los espacios concre-
tos: el a l m a c é n o el c o m p o r t a m i e n t o de algunos funcionarios.
P o d r í a t a m b i é n ocurrir (y es m u y probable) que los recur-
sos no sean suficientes, que no alcance para todos, pero esto,
ciertamente, debe ser i n f o r m a d o , sin que esta a c t i t u d atente
contra los dictados del pragmatismo p o l í t i c o . Por el contra-
r i o , se g a n a r í a en transparencia y en c r é d i t o p o l í t i c o .
Tal vez las altas autoridades se pregunten q u é m á s pueden
hacer para controlar situaciones semejantes. Si la c o r r u p c i ó n
en los niveles inferiores es irrefrenable, p o d r í a n ellos conside-
rarse ajenos a la responsabilidad. Sin embargo, n o puede ha-
ber una j u s t i f i c a c i ó n en tal sentido, toda vez que en u n apara-
to j e r á r q u i c o , las atribuciones son precisas y no hay forma de
rehuirlas.
Cualquier fisura ahonda el d o l o r de una herida c o m o la
que se produjo el 19 y 20 de septiembre de 1985. De a h í la
visión elaborada sobre el m a l uso de la ayuda. Basta u n solo
caso, entre los miles de acciones que necesariamente se pre-
sentan cuando se distribuye el auxilio, para que nazca la duda
y la suspicacia; u n solo caso de uso indebido tal vez sea inevi-
table, pero si, p o r desgracia, llegaran a ser muchos, así n o fue-
ra la m a y o r í a , la voz popular e n c o n t r a r í a m o t i v o s para la des-
esperanza, el resquemor, el rechazo a otorgar a sus gobernan-
tes, al menos, el beneficio de la duda.
L a siguiente es la c r ó n i c a de la falla que se pregona, que
se deja sentir en el ambiente, abultando la desgracia.
Tras subrayar que de los miles de toneladas de material
que han llegado del exterior no han recibido m á s que 10 mas-
carillas y unas cuantas palas y picos, socorristas de la Cruz
Roja Mexicana precisaron el d í a 24 de septiembre que es v i t a l
la d i s t r i b u c i ó n del material de salvamento enviado p o r varios
p a í s e s , debido al avanzado estado de d e s c o m p o s i c i ó n de los

127
cuerpos atrapados entre los derrumbes.
E l d í a 30, Excélsior publica una carta suscrita p o r la s e ñ o -
ra Elena H e r n á n d e z Palacios y 137 firmas m á s , dirigida al Pre-
sidente de la R e p ú b l i c a . Le piden que se forme u n c o m i t é su-
pervisor del uso y destino de las donaciones, integrado p o r
personas honorables, de reconocida é t i c a y de todos los secto-
res, que a c t ú e n sin recibir honorarios. T o d o ello porque " e l
pueblo necesita recuperar la confianza" y se le debe informar
sobre las aportaciones provenientes del exterior y de los p r o -
pios mexicanos.
J e s ú s G o n z á l e z Schmall afirma en El Universal: " l a C á m a -
ra de Diputados d e b e r á vigilar todos y cada u n o de los ingresos
que el Gobierno e s t á recibiendo a nombre de la n a c i ó n c o m o
donativos y ayudas p o r el desastre del 19 de septiembre. Este
r e n g l ó n es particularmente i mp o r t a n t e para el pueblo que,
con r a z ó n , n o tiene t o d a la confianza en el honrado manejo
de estos fondos y su demanda, que debe llegar a los o í d o s de
todos los diputados, es que conforme a la ley positiva y a la
m o r a l , la C á m a r a de Diputados debe fiscalizar rigurosamente
dichos fondos para que, para bien de M é x i c o , no haya la me-
nor duda de nadie, de que cada centavo que se o t o r g ó , llegue
a su destino sin menoscabo n i riesgo alguno de d e s v i a c i ó n " .
A n t e la conveniencia de establecer u n mecanismo de su-
pervisión que asegure el manejo responsable, honesto y trans-
parente de las aportaciones recibidas t a n t o del extranjero co-
m o del interior, el presidente Miguel de la M a d r i d e x p i d i ó el
d í a 2 de octubre el A c u e r d o p o r el que se crea el C o m i t é Su-
pervisor de los Donativos Destinados a la A t e n c i ó n de D a m n i -
ficados y R e c o n s t r u c c i ó n de las Zonas Afectadas p o r el Sismo
del 19 de septiembre de 1985. E l C o m i t é e s t a r á presidido por
el secretario de la C o n t r a l o r í a General de la F e d e r a c i ó n y
c o n t a r á con representantes de la S e c r e t a r í a de Relaciones E x -
teriores, el Congreso del Trabajo, el sector empresarial, el
Consejo Consultivo de la Ciudad de M é x i c o , la Cruz Roja Me-
xicana, el Colegio de Contadores P ú b l i c o s de M é x i c o y el
director de la Facultad de Derecho de la U N A M . Personajes
distinguidos como A n t o n i o Rocha Cordero y A n t o n i o Carri-
l l o Flores fueron convocados p o r el presidente de la M a d r i d
para formar parte del C o m i t é . E l Presidente de la R e p ú b l i c a

128
a f i r m ó que el manejo de los fondos recibidos se sujetará a la
m á s escrupulosa honestidad y el pueblo será i n f o r m a d o del
destino de las aportaciones.
En nombre del llamado G r u p o de los C i e n , el poeta H o -
mero Aridjis a f i r m ó que es necesaria la c r e a c i ó n de u n c o m i t é
del sector civil de la sociedad —como u n p r i n c i p i o de apertu-
ra d e m o c r á t i c a — , formado por personajes de reconocida ho-
nestidad, representantes de grupos universitarios, así como
personas damnificadas p o r los sismos, para colaborar con el
C o m i t é T é c n i c o M i x t o en el manejo del F o n d o Nacional de
Reconstrucción.
Heberto Castillo afirma en El Universal: "Todo mundo
pregunta d ó n d e e s t á n los bienes que se han recibido del ex-
tranjero, y aunque se ha formado u n llamado F o n d o de Re-
c o n s t r u c c i ó n , nadie sabe a ciencia cierta c u á n t o se ha recibido
n i c ó m o se d i s t r i b u y e " . Agrega: " L a s o l u c i ó n posible parece
ser u n organismo m i x t o integrado p o r funcionarios del Go-
bierno, miembros de la iniciativa privada y universitarios y
p o l i t é c n i c o s de reconocido prestigio. De o t r a suerte, t o d o
m u n d o creerá, aunque n o sea cierto, que los recursos que han
llegado del exterior y los que ha entregado generosamente el
pueblo de M é x i c o , han i d o a parar a los bolsillos de algunos
vivales é m u l o s de L ó p e z P o r t i l l o y socios".
L a C o n t r a l o r í a General de la F e d e r a c i ó n afirma el d í a 5
que en el aeropuerto de la ciudad de M é x i c o donde se han re-
cibido ya miles de toneladas de ayuda, no ha habido desvia-
ciones y se ejerce u n c o n t r o l estricto para que e l auxilio (ropa,
medicinas, tiendas de c a m p a ñ a , equipos, etc.) llegue directa-
mente a los damnificados.
E l diario Unomásuno i n f o r m a el d í a 8 que las cifras pro-
porcionadas p o r Aeropuertos y Servicios Auxiliares, la C o m i -
sión M e t r o p o l i t a n a de Emergencia y la S e c r e t a r í a de la Con-
t r a l o r í a , no coinciden y se observan serias discrepancias en
cuanto al m o n t o de la ayuda extranjera recibida. Este m i s m o
diario publica u n reportaje en el que varios damnificados se
quejan de n o haber recibido ayuda y preguntan d ó n d e e s t á l o
que llegó del exterior. Miles de personas u t i l i z a n hules y man-
tas para formar viviendas provisionales, sin que aparezcan por
n i n g ú n lado las tiendas de c a m p a ñ a recibidas del extranjero.

129
U n o de los entrevistados afirma que la ayuda internacional se
conoce " s ó l o p o r los p e r i ó d i c o s " . O t r o se queja del raciona-
m i e n t o en la c o m i d a y n o se explica d ó n d e e s t á n las toneladas
de alimentos que han llegado, de acuerdo con los medios i n -
formativos.
E n Ciudad G u z m á n , Jalisco, el d í a 9 se acusa al alcalde
Miguel Morales Torres de d e s v í o s o p é r d i d a de la ayuda nacio-
nal y extranjera para los m á s de 30 m i l damnificados de la
r e g i ó n (cifra publicada p o r La Jornada). Estudiantes de la U n i -
versidad de Guadalajara afirman haber visto llegar trailers, ca-
miones y camionetas cargados con ropa y alimentos; pero " l a
ropa nueva no se ve p o r n i n g ú n lado, s ó l o nos dan la que e s t á
usada y a veces la peor", afirman varias amas de casa.
E l C o m i t é Supervisor i n f o r m ó con detalle de la ayuda del
exterior y a s e g u r ó que se mantiene una vigilancia adecuada a
su manejo.
Carlos Pereyra escribe en La Jornada el d í a 1 1 :
" A s í pues, a los m o t i v o s tradicionales de desconfianza
se a ñ a d e n ahora los que a r r o j ó el t e r r e m o t o . Se tiene
u n í n d i c e de la gravedad del asunto en las decisiones
adoptadas p o r el Sindicato M e x i c a n o de Electricistas
y el Sindicato de C e r v e c e r í a M o c t e z u m a . A m b o s orga-
nismos acordaron en asamblea general manejar ellos
mismos los salarios donados.
" A nadie se le escapa el significado p r o f u n d o de l o
anterior: la gente e s t á dispuesta a formas directas de
solidaridad, pero se niega a utilizar los canales oficia-
les p o r desconfianza. N o sorprende, entonces, la creen-
cia — t a m b i é n m u y extendida— de que medicinas y
otros p r o d u c t o s enviados del extranjero son acapara-
dos. A l g ú n diario p u b l i c ó en p r i m e r a plana la foto de
u n albergue donde los damnificados tienen una manta
con la pregunta ' ¿ D ó n d e e s t á la ayuda internacional?'
N o i m p o r t a si esos rumores son falsos o n o ; l o decisi-
vo es que tienen credibilidad masiva. L a conducta
gubernamental durante largos a ñ o s ha dado m o t i v o s
m á s que suficientes para p r o d u c i r esa desconfianza, la
cual a d e m á s es p r o m o v i d a por la i d e o l o g í a empresarial
y cierto periodismo que confunde la tarea i n f o r m a t i -
va y c r í t i c o - a n a l í t i c a con el amarillismo y la denuncia
per se".

130
A n t e u n grupo de damnificados, el presidente Miguel de la
M a d r i d a f i r m ó el d í a 12: " Y o ofrezco m i vigilancia, personal
y como Presidente de la R e p ú b l i c a , para asegurar el honesto
manejo de los fondos p ú b l i c o s y privados que se u t i l i z a r á n en
el financiamiento de las obras para beneficio de los vecinos de
las zonas populares".
A l concluir el d í a 22 la i n s t a l a c i ó n del Consejo Consultivo
del F o n d o Nacional de R e c o n s t r u c c i ó n , encargado de vigilar
la honestidad y transparencia en el manejo de las aportacio-
nes depositadas en la cuenta n ú m e r o uno de N A F I N S A , el es-
critor Fernando B e n í t e z dijo: "Este Consejo ha sido creadc
ante la desconfianza de la p o b l a c i ó n frente a la a c c i ó n de las
autoridades". Frente a los secretarios de Hacienda y Progra-
m a c i ó n y Presupuesto, a d e m á s de los otros miembros del Co-
m i t é T é c n i c o del F o n d o Nacional de R e c o n s t r u c c i ó n , Bení-
tez agregó: "Resulta penoso andar mendigando 400 millones
de d ó l a r e s para reconstruir, cuando el [ p a í s ] tiene que pagai
de 10 a 12 m i l millones de d ó l a r e s al a ñ o p o r intereses de la
deuda". D e n u n c i ó : " E l campo y los trabajadores e s t á n desde
hace muchas d é c a d a s en s i t u a c i ó n de desastre, n o desde los
terremotos, por l o que y a es hora de reconstruir en favor de
esos sectores". E n f á t i c a m e n t e se ñ a l ó : " E l desastre abarca ala
e c o n o m í a nacional en su c o n j u n t o " .
A n t o n i o Carrillo Flores m a n i f e s t ó el d í a 4 de noviembre
que hay u n manejo l i m p i o de la ayuda extranjera en especie
que a él corresponde supervisar.

131
NOTAS

1. Excéhior, 25 de marzo de 1986.


2. Protección incluye prevención y mitigación; restablecimiento, rescate y recu-
peración.
3. Por ejemplo, en el "Natural hazard research and applications workshop"
(Boulder, Coló., E.U.A., 1984 y 1983), en la "Conferencia mundial de siste-
mas" (Caracas, Venezuela, 1983), en el "Primer congreso internacional sobre
la aplicación de planes de emergencia en los asentamientos humanos" (Can-
cán, Q.R., 1982).
4. Gelman, "Organización. . .", 1984.
5. Flores. "Hearings", U.S. Senate.
6. Monsiváis, Proceso, 23 de septiembre de 1985, p. 6.
7. Una primera reflexión sobre su papel en la emergencia se publicó en La Jor-
nada el 20 de septiembre.
8. Comisión Metropolitana de Emergencia.
9. La Jornada, 20 de septiembre de 1985, p. 2.
10. Guerra Díaz, p. 53.
11. Diario Oficial, 18 de octubre de 1985.
12. González Cuevas, pp. 13-14.
13. Rosenblueth, pp. 39-40.
14. "Y desde que vimos tantas ciudades y villas pobladas en el agua, y en tierra
firme otras grandes poblazones, y aquella calzada tan derecha y por nivel co-
mo iba a México, nos quedamos admirados y decíamos que parecía a las co-
sas de encantamiento que cuentan en el libro de Amadís, por las grandes
torres y cues y edificios que tenían dentro en el agua, y todos de calicanto
[. . .]" (Bernal, p. 9).
15. Tamez, p. 6.
16. Ibid, p. 8.
17. Rosenblueth, p. 41.
18. Alvarez, pp. 48-49.

132
LA RECONSTRUCCION,
E N T R E L A R E A L I D A D Y E L DESEO

En el tema de la r e c o n s t r u c c i ó n nacional sobresalen en primer


t é r m i n o las reflexiones expresadas p o r el Presidente de la Re-
p ú b l i c a , quien parte de la s i t u a c i ó n grave a que nos ha condu-
cido el centralismo, s i t u a c i ó n d r a m á t i c a m e n t e expuesta a los
ojos de la N a c i ó n entera a r a í z del terremoto que s a c u d i ó
principalmente a la capital del p a í s . E l hecho tiene repercu-
siones nacionales y de a h í el c a r á c t e r nacional de la recons-
t r u c c i ó n , entendida b á s i c a m e n t e como r e n o v a c i ó n de pautas
de c o m p o r t a m i e n t o , c o m o necesidad inaplazable de una real
y profunda d e s c e n t r a l i z a c i ó n .
Los ingredientes de una visión elaborada sobre la recons-
t r u c c i ó n , incluyendo las actitudes oportunistas a su costa,
plagan t a m b i é n este tema.
Para empezar, el costo de la r e c o n s t r u c c i ó n se c o n v i r t i ó
en apuesta con tendencia al alza. A b r i ó el embajador John
Gavin, hablando de m i l millones de d ó l a r e s ; le siguió Julio A .
Millán con cinco m i l millones, t a m b i é n de d ó l a r e s ; d e s p u é s , el
s e ñ o r Gavin p a s ó de m i l a cuatro m i l millones; la C E P A L , por
medio de u n estudio riguroso, c a l c u l ó en cuatro m i l millones
de d ó l a r e s el costo de la r e c o n s t r u c c i ó n , pero a los economis-
tas del Partido Socialista Unificado de M é x i c o les p a r e c i ó que

133
estos ú l t i m o s c á l c u l o s son en extremo conservadores, puesto
que no se t o m ó en cuenta la d e v a l u a c i ó n constante del peso
n i el costo de los enseres d o m é s t i c o s que h a b í a en las casas
derrumbadas.
O t r o p u n t o de d i s c u s i ó n es el origen del financiamiento
requerido para las tareas de la r e c o n s t r u c c i ó n . Mientras J o s é
Carral, directivo del Bank o f A m e r i c a , opina que debe redu-
cirse m á s el gasto p ú b l i c o , es decir, que se deben usar recursos
internos ( a p r e t á n d o s e m á s el c i n t u r ó n , a g r e g a r í a m o s ) , el res-
t o , es decir, empresarios, funcionarios p ú b l i c o s y partidos po-
l í t i c o s , considera que se deben pedir recursos complementa-
rios al exterior o, de una buena vez, declarar la m o r a t o r i a de
la deuda.
La p a r t i c i p a c i ó n de los diversos sectores sociales en la
obra de la r e c o n s t r u c c i ó n , sirvió t a m b i é n de t e l ó n de fondo
para fijar posiciones. La o p o s i c i ó n p o l í t i c a se queja de no ha-
ber sido tomada en cuenta y por ello considera que la C o m i -
sión Nacional de R e c o n s t r u c c i ó n carece de una base real de
s u s t e n t a c i ó n , lo cual a c a b a r á p o r convertirla en u n organismo
burocrático más.
T a n t o el sector empresarial c o m o la Iglesia C a t ó l i c a decla-
r a r o n estar dispuestos a colaborar con el gobierno, sólo que,
en el caso de la Iglesia, sus dirigentes piden que el Presidente
de la R e p ú b l i c a declare e x p l í c i t a m e n t e que el gobierno reco-
noce la labor de los c a t ó l i c o s mexicanos, terminando a s í con
el " m o d o de v i v i r " que el Estado y la Iglesia adoptaron desde
1929 para convertirlo en " m o d o de ser". L a Iglesia se consi-
dera, según u n o de sus l í d e r e s , u n o de los tres pilares de la
N a c i ó n , j u n t o con el gobierno y el sector privado; el resto, i n -
c l u y e n d o al P R I , son actores de segunda fila.
Con la r e c o n s t r u c c i ó n ocurre q u i z á lo mismo que con la
d e s c e n t r a l i z a c i ó n : se emprende la tarea desde el centro. E l
centralismo implica t a m b i é n c o n c e n t r a c i ó n del conocimien-
t o : se concibe al p a í s desde su capital, con la perspectiva del
gobierno federal, con ciertas herramientas (en particular la i n -
f o r m a c i ó n e s t a d í s t i c a ) . Esta r e d u c c i ó n gradual del p u n t o de
m i r a , forzosamente produce deformaciones en todo aquel
que quiera ver la realidad nacional. Fuera de la perspectiva es-
trecha hay u n p a í s m u c h o m á s complejo, en constante m o v i -

134
m i e n t o , al margen (cuando puede, y cada vez puede m á s ) de
restricciones. Es como pensar en dos M é x i c o s : u n o oficial, en
el que participan los diversos sectores que han sellado alianzas
en el proyecto de m o d e r n i z a c i ó n (gobierno, partidos, obre-
ros, empresarios, ¿ c a m p e s i n o s ? ) y o t r o que p o d r í a m o s consi-
derar extraoficial, el de la e c o n o m í a informal, el de las insti-
tuciones independientes, el de la solidaridad e s p o n t á n e a , el de
los c r é d i t o s personales conseguidos fuera de los bancos, inclu-
so el del contrabando y otras actividades delictivas. Este M é -
x i c o n o cabe en las e s t a d í s t i c a s y por l o mismo n o sabemos si
es tan grande o m á s que el o t r o M é x i c o , el oficial.
L a visión central implica t a m b i é n que las grandes tareas se
inician y se conducen p o r medio de u n poder omnipresente,
surgido del centro mismo. Se dice, y t a l vez c o n la mayor
c o n v i c c i ó n y buena fe, que vamos a emprender la reconstruc-
c i ó n nacional con el establecimiento de un organismo ad hoc,
pero es probable que ya se haya iniciado si, en efecto, se trata
de modificar pautas de c o m p o r t a m i e n t o , cambiar usos y r u t i -
na, distribuir mejor los recursos, etc. Es decir, probablemente
desde antes del 19 de septiembre la p o b l a c i ó n mexicana esté
emprendiendo, p o r debajo —en el subsuelo de la vida cotidia-
na—, su propia r e c o n s t r u c c i ó n . Este pueblo p o d r í a estar
aprendiendo a vivir de o t r o m o d o , fortaleciendo así a la socie-
dad, tal vez sin que el Estado o la misma sociedad se den
cuenta. E l Presidente de la R e p ú b l i c a d e c l a r ó que n o sólo se
trata de reponer l o perdido en unos cuantos instantes, sino de
cambiar actitudes. E n este sentido, c a b r í a pensar si la recons-
t r u c c i ó n se inició antes y ahora t e n d r í a m o s la conciencia ne-
cesaria para reforzarla.
N o se p o d r í a negar la validez del esfuerzo declarado del
gobierno federal para emprender los cambios que implican re-
n o v a c i ó n de sus propias esferas de competencia, en relación
obligada con otras instancias de gobierno (estatal y m u n i c i -
pal), con otros poderes, con la sociedad entera. Pero tratemos
de ver: el gobierno federal, ese que t u v o que fortalecerse para
que nos i n t e g r á r a m o s c o m o N a c i ó n , n o es, y menos en este
m o m e n t o , el ú n i c o resorte de la sociedad: sentimos que sigue
siendo el m á s i m p o r t a n t e , pero ya no estamos tan seguros de
saberlo.

135
Con m o t i v o de u n t e r r e m o t o , nos estamos asomando a u n
M é x i c o que tal vez n o c o n o c í a m o s . H a n pasado muchas cosas
en los ú l t i m o s 60 a ñ o s y t a m b i é n en los ú l t i m o s meses. Baste
decir que fuera de la capital, apenas han f l u i d o (octubre de
1985) m i l millones de pesos en ayuda al sur de Jalisco, c o m o
a p o r t a c i ó n federal a las tareas de r e c o n s t r u c c i ó n . Debemos
intentar, por tanto, u n ejercicio de r e c o n s t r u c c i ó n intelectual,
tan i m p o r t a n t e c o m o la material a la que hemos sido convo-
cados.
El tema de la r e c o n s t r u c c i ó n nacional comprende plantea-
mientos generales, en los cuales se ve de manera m á s clara el
reflejo de las visiones elaboradas. Pretendemos contrastar de
algún m o d o esa visión presentando la i n f o r m a c i ó n t é c n i c a , es-
pecializada, sobre el c á l c u l o de d a ñ o s y costos de la recons-
trucción.
C o m o parte de la r e c o n s t r u c c i ó n , hay tareas e s p e c í f i c a s
que ya se comenzaron, c o m o es el caso de la e x p r o p i a c i ó n de
predios en el Distrito Federal. Otras tareas existen m á s en el
deseo y en la a s p i r a c i ó n colectiva, en el reclamo de acciones
que deben realizarse, tras largos a ñ o s de denuncias, peticio-
nes, propuestas. E n este ú l t i m o caso agrupamos los temas
concernientes a la reforma urbana, la d e m o c r a t i z a c i ó n del
D i s t r i t o Federal y el problema de la deuda externa (alrededor
deambula u n fantasma convertido en deseo colectivo: la m o -
ratoria).

LOS PLANTEAMIENTOS GENERALES

L a c r ó n i c a comienza pasados los primeros d í a s de miedo y


estupor, cuando l o i m p o r t a n t e era salvar vidas.

Septiembre
E l d o c t o r Fernando C é s a r m a n , del llamado " G r u p o de los
C i e n " , a f i r m ó el d í a 25 que m á s que r e c o n s t r u c c i ó n , la ciu-
dad de M é x i c o necesita una r e s t a u r a c i ó n e c o l ó g i c a , aprove-
chando los espacios que van a quedar v a c í o s a causa de los sis-
mos, para construir en ellos á r e a s jardinadas.
Por su parte, el embajador norteamericano J o h n Gavin
c a l c u l ó en m i l millones de d ó l a r e s el costo de la r e c o n s t r u c c i ó n .
H é c t o r Aguilar C a m í n escribe en La Jornada el d í a 2 6 :

136
" L a ciudad debe ser desmontada y devuelta a su ta-
m a ñ o practicable, lo que no p o d r á hacerse, q u i z á ,
sino a la misma velocidad con que fue t r a í d a hasta
este p u n t o , es decir, a lo largo de varias d é c a d a s . Su
llamada ' r e c o n s t r u c c i ó n ' no puede ser sino el inicio de
ese regreso, que s u p o n d r á para el p a í s u n cambio de
é p o c a , una r e d i s t r i b u c i ó n sustancial de recursos y po-
deres, el p r i n c i p i o —jalonado por la c a t á s t r o f e presen-
te y por las c a t á s t r o f e s que v e n d r á n - de una nueva
o r g a n i z a c i ó n g e o p o l í t i c a de la n a c i ó n " .

J o s é Carral, vicepresidente del Bank o f America, a f i r m ó el


d í a 27 que no es necesario recurrir a p r é s t a m o s de la banca
privada internacional para emprender la tarea de la recons-
t r u c c i ó n . La s o l u c i ó n , afirma, e s t á en la r e d u c c i ó n del gasto
p ú b l i c o . A ñ a d e que no debe mezclarse el sentimiento surgido
de la tragedia con las consideraciones de estricto orden eco-
n ó m i c o . Por ejemplo, dice, " e l impacto e c o n ó m i c o no tiene
la d i m e n s i ó n que se le quiere dar".
Alfredo Sandoval G o n z á l e z , presidente de la C O P A R M E X ,
m a n i f e s t ó que la tarea de la r e c o n s t r u c c i ó n corresponde fun-
damentalmente a la sociedad civil, ya que el gobierno, por
una serie de razones acumuladas no puede p o r sí solo em-
prender esa tarea. D i j o t a m b i é n (siguiendo con el enfoque so-
c i o l ó g i c o ) : " c o n el siniestro hemos logrado apreciar la madu-
r a c i ó n que ha tenido la sociedad mexicana [. . . ] se ha cam-
biado la r e l a c i ó n entre la sociedad y el gobierno [ . . • . ] ahora
la sociedad civil ha comprobado en la vivencia sus enormes
potencialidades, sus valores profundos, su capacidad de res-
puesta positiva y sus responsabilidades".
Nuevamente Aguilar C a m í n , en su serie de a r t í c u l o s sobre
el tema de la r e c o n s t r u c c i ó n , e s c r i b í a en La Jornada el d í a
28: " D a r con esa novedad de la n a c i ó n en medio de la catás-
trofe y medir el j u s t o t i e m p o y medida de las nuevas relacio-
nes con el exterior, son dos de las tareas del cambio h i s t ó r i c o
que el terremoto de septiembre aceleró y a los que la socie-
dad y el gobierno d e b e r á n dar respuestas imaginativas en los
a ñ o s de por venir".
Julio A . Millán, presidente de Consultores Internaciona-
les, c o n s i d e r ó el d í a 29 que, de acuerdo con cálculos prelimi-

137
nares, el costo de la r e c o n s t r u c c i ó n será de cinco m i l millones
de d ó l a r e s durante los p r ó x i m o s tres a ñ o s . Esto i m p l i c a r á
contratar linanciamiento externo para complementar el aho-
rro nacional. S e ñ a l ó que no se puede pensar en obtener recur-
sos mediante incremento de las tasas impositivas o del déficit
presupuestario, "porque sería desatar una inflación que reper-
c u t i r í a severamente en el p a í s , incluso hasta la p r ó x i m a gene-
ración".

Octubre

En Excelsior. R o d o l f o Calvillo escribe el d í a l o . :

" ¿ C u á n t o s funcionarios y c u á n t a s empresas construc-


toras e s t á n f r o t á n d o s e las manos pensando que está
por iniciarse la r e c o n s t r u c c i ó n ? Escuelas, hospitales,
dependencias gubernamentales, cines, c o n d o m i n i o s ; la
lista es interminable. Y si a d e m á s cambia la p o l í t i c a
e c o n ó m i c a —como parece inevitable—, y si hay una
moratoria temporal en los pagos de la deuda externa
—como parece factible—, los recursos financieros flui-
r á n a raudales, p o r los conductos equivocados, hacia
las prioridades e r r ó n e a s : h a b r á u n nuevo auge, el m á s
e n g a ñ o s o de todos, el m á s centralizador, el m á s ries-
goso para el f u t u r o mediato del p a í s " .

E n la U n i d a d X o c h i m i l c o de la Universidad A u t ó n o m a
M e t r o p o l i t a n a se i n a u g u r ó este m i s m o d í a el Primer Encuen-
t r o sobre D e s a f í o s de la R e c o n s t r u c c i ó n . Participan investiga-
dores y funcionarios p ú b l i c o s en el evento. E l rector de la
U n i d a d , Francisco J o s é Paoli, dijo que la r e c o n s t r u c c i ó n debe
darse sobre la base de la justicia, la racionalidad y la democra-
tización.
En este encuentro, Rolando Cordera a f i r m ó el d í a 2 que
la r e c o n s t r u c c i ó n debe evitar la m e d i a c i ó n gobierno-construc-
tores-comerciantes-especuladores, en la cual se centra el po-
der urbano. D i j o que la r e c o n s t r u c c i ó n debe ser justa, segura
y trascendente. Justa para n o afectar a los m á s afectados; n o
debe ser utilizada como legitimadora de la e x p u l s i ó n de los
pobres de la ciudad. Segura n o sólo para evitar que se caigan

138
edificios en el p r ó x i m o t e m b l o r , sino para que c o n t r i b u y a a
desactivar la bomba de t i e m p o en que se ha convertido la ciu-
dad de M é x i c o . ( L a nota p e r i o d í s t i c a , de La Jomada, no i n -
forma sobre el calificativo de "trascendente" que supuesta-
mente otorga Rolando Cordera a la r e c o n s t r u c c i ó n ) .
A l hacer una e v a l u a c i ó n de los d a ñ o s causados por los sis-
mos, el embajador J o h n Gavin dijo que es necesario destinar
entre 2 m i l 500 y 3 m i l 500 millones de d ó l a r e s para la l i m -
pieza, d e m o l i c i ó n de edificios y la r e u b i c a c i ó n de personas y
oficinas, y otros 500 millones de d ó l a r e s para reconstruir la
red de d i s t r i b u c i ó n de agua potable.
El d í a 3 el presidente Miguel de la M a d r i d dirigió al pue-
blo u n mensaje difundido por televisión y , con respecto al
tema de la r e c o n s t r u c c i ó n , a f i r m ó l o siguiente:

"Debemos empezar ahora, de inmediato, la tarea de la


r e c o n s t r u c c i ó n . Esta tarea q u i z á menos agobiante
pero n o menos necesaria es de una m a g n i t u d y de una
complejidad enormes. Los d a ñ o s materiales han sido
muchos; t o d a v í a n o los tenemos suficientemente ana-
lizados y m u c h o menos cuantificados en su valor.
A ú n a s í , la r e c o n s t r u c c i ó n debemos empezarla ahora,
aunque sepamos que su r e a l i z a c i ó n nos llevará necesa-
riamente m u c h o t i e m p o .
Aunque la r e c o n s t r u c c i ó n atienda fundamental-
mente los problemas que se han dado en la capital de
la R e p ú b l i c a , en la ciudad de todos los mexicanos, sus
efectos o defectos t e n d r á n repercusiones en t o d o el
p a í s . L a r e c o n s t r u c c i ó n misma t e n d r á que hacerse
sentir n o sólo en nuestra ciudad c o m ú n , sino en m u -
chas otras partes de la R e p ú b l i c a . Reconstruir n o sig-
nifica simplemente reponer l o que h a b í a , sino en m u -
cho renovar, cambiar las pautas de nuestro crecimien-
to y de nuestro estilo de vida. Por ello, las tareas de
r e c o n s t r u c c i ó n tienen necesariamente u n c a r á c t e r na-
cional y deben involucrar a todos los mexicanos.
La tarea de r e c o n s t r u c c i ó n nacional t e n d r á que ha-
cerse mediante u n esfuerzo solidario y participativo.
A l Gobierno —es cierto— le corresponde regir, orde-
nar, orientar e inducir los trabajos, pero la participa-
ción de todos los grupos, de todos los mexicanos,

139
implica una labor de c o m u n i c a c i ó n , de d i á l o g o y de
participación.

A las viejas carencias y problemas no superados


se agregan ahora los d a ñ o s y las complicaciones deri-
vadas del terremoto. Nos llueve sobre mojado.
La experiencia del desastre nos debe obligar tam-
bién a profundizar y a acelerar los esfuerzos de des-
c e n t r a l i z a c i ó n de los diversos aspectos de la vida na-
cional, tanto del sector p ú b l i c o como del sector social
y privado. Debemos procurar u n desarrollo m á s equi-
librado en el t e r r i t o r i o nacional y la i n t e g r a c i ó n a r m ó -
nica de las regiones. L a d e s c e n t r a l i z a c i ó n es h o y cla-
m o r popular, exigencia de a c c i ó n inmediata."

Oficialmente, la r e c o n s t r u c c i ó n se inició el 3 de octubre


1
de 1 9 8 5 . Esa es la fecha del Decreto del Ejecutivo Federal
que crea la C o m i s i ó n Nacional de R e c o n s t r u c c i ó n . D e s p u é s
hubo que organizar un magno evento —la instalación— en el
Museo Nacional de A n t r o p o l o g í a , el 9 de octubre, bajo el le-
ma " M é x i c o está de p i e " . E n esa o c a s i ó n desfilaron nueve ciu-
dadanos-oradores: siete con r e p r e s e n t a c i ó n nacional y tres con
credencial estatal: Angel Olivo S o l í s (Congreso del Trabajo),
Claudio X . G o n z á l e z (Consejo Coordinador Empresarial), Ma-
rio H e r n á n d e z Posadas ( C o n f e d e r a c i ó n Nacional Campesina),
Fernando Favela ( A s o c i a c i ó n de Ingenieros —así dice en el
programa), Jorge Carpizo McGregor ( U N A M ) , Miguel L e ó n
Portilla ( E l Colegio Nacional), Enrique Alvarez del Castillo
(Jalisco), A l f r e d o del Mazo G o n z á l e z ( M é x i c o ) y C u a u h t é m o c
C á r d e n a s S o l ó r z a n o ( M i c h o a c á n ) . Cuatro de ellos anteponen
a su nombre ingeniero; dos, d o c t o r ; dos, licenciado, y d o n
Angel, nada. N o fueron necesarios en el presidium los repre-
sentantes de los damnificados n i de los estados de C o l i m a y
Guerrero. De la r e u n i ó n se desprendieron seis c o m i t é s : Re-
c o n s t r u c c i ó n del Area M e t r o p o l i t a n a de la ciudad de M é x i c o ,
D e s c e n t r a l i z a c i ó n , Asuntos Financieros, A u x i l i o Social, A u -
2
x i l i o Internacional y P r e v e n c i ó n de Seguridad C i v i l .
L a C o m i s i ó n e s t á encabezada p o r el p r o p i o Presidente de
la R e p ú b l i c a , quien en su discurso r e i t e r ó conceptos acerca
de la r e c o n s t r u c c i ó n . A s í t e r m i n ó : " M é x i c o e s t á de pie. M é -

140
x i c o saldrá adelante m á s fuerte porque e s t á m á s u n i d o " .
E n u n informe oficial enviado p o r la S e c r e t a r í a de Ha-
cienda a la banca internacional, se señala que para los p r ó x i -
mos tres meses se n e c e s i t a r á n , al menos, 150 m i l millones de
pesos para financiar los componentes internos del esfuerzo
de r e c o n s t r u c c i ó n . Por esta r a z ó n se p i d i ó u n d i f e r i m i e n t o en
el pago de 950 millones de d ó l a r e s del servicio de la deuda,
p o r u n lapso de seis meses.
El canciller Bernardo S e p ú l v e d a m a n i f e s t ó que para las
tareas de r e c o n s t r u c c i ó n no será suficiente el ahorro i n t e r n o
del p a í s , por l o que se h a r á necesario recurrir al financiamien-
to externo.
Nicolás M a d á h u a r , presidente de la C O N C A N A C O , dijo
el d í a 5 (como m i l i t a n t e de su causa y , p o r m o m e n t o s , como
ferviente partidario de la R e v o l u c i ó n Mexicana): " L a socie-
dad mexicana tiene damnificados desde antes de los sismos
del 19 y 20 de septiembre pasado. L a n a c i ó n misma es dam-
nificada de su crisis e c o n ó m i c a " . E n el á m b i t o de la a c c i ó n
e c o n ó m i c a , las empresas son el m e d i o , dijo, " n o sólo para au-
xiliar a los damnificados de h o y , sino a los damnificados c o t i -
dianos que carecen de escuela, empleo, vivienda, salud y ves-
t i d o " . A ñ a d i ó : " l a s o l u c i ó n para la r e c o n s t r u c c i ó n e s t á en la
r e e s t r u c t u r a c i ó n de nuestra e c o n o m í a , corrigiendo aquellos
epicentros que derrumbaron el camino del desarrollo por el
que h a b í a m o s iniciado el t r á n s i t o " . C o n c l u y ó : "Penetremos
al f o n d o de los d a ñ o s , removamos los escombros y quitemos
las causas de nuestro estancamiento en el subdesarrollo y así
c o m o la R e v o l u c i ó n Mexicana sirvió para superar la etapa feu-
dal del desarrollo y nos p e r m i t i ó incorporarnos a una nueva
era, en la cual las C á m a r a s de Comercio desarrollaron u n
papel vital, ahora tenemos que asumir nuevamente ese prota-
gonismo con el e s p í r i t u de los fundadores que quisieron aso-
ciarse en la unidad nacional".
E l d í a 8, el F o n d o Nacional de R e c o n s t r u c c i ó n e n t r e g ó
2 m i l 500 millones de pesos para la r e e d i f i c a c i ó n de hospita-
les y escuelas afectados p o r el t e rre m ot o. Durante la primera
etapa, se r e q u e r i r á n 4 0 m i l millones de pesos en esa labor, se-
g ú n se dijo.
La A s o c i a c i ó n Nacional de Economistas Consultores

141
( A N E C ) estima que el gobierno federal h a b r á de gastar alrede-
dor de 5 m i l millones de d ó l a r e s , durante los primeros tres
a ñ o s , en las tareas de r e c o n s t r u c c i ó n . L a A N E C propone que
se utilicen recursos del exterior, renegociando la deuda exter-
na, que se c o n v e r t i r í a , a s í , en deuda para el desarrollo. De
esta suerte, la e c o n o m í a nacional p o d r í a crecer a una tasa de
cuatro por ciento anual, al reactivarse industrias como la si-
derurgia, la de la c o n s t r u c c i ó n y otras ramas.
El d í a 9, en la mencionada i n s t a l a c i ó n de la C o m i s i ó n Na-
cional de R e c o n s t r u c c i ó n , el presidente de la M a d r i d dijo, en-
tre otras cosas, lo siguiente:

" [ . . . ] la C o m i s i ó n Nacional de R e c o n s t r u c c i ó n [. . . ]
será el ó r g a n o de d i á l o g o , consulta y c o n c e r t a c i ó n ,
donde el gobierno r e c o g e r á las aportaciones de los
ciudadanos, los grupos y las organizaciones sociales
para fortalecer en la r e c o n s t r u c c i ó n la democracia, las
libertades y las instituciones de la N a c i ó n .
R e c o n s t r u c c i ó n significa revisar el orden de las
prioridades, profundizar en acciones que ya v e n í a m o s
realizando, modificar otras, y sobre t o d o impulsar la
enorme vitalidad del pueblo mexicano en una renova-
da d i r e c c i ó n . "

A l C o m i t é de R e c o n s t r u c c i ó n del Area M e t r o p o l i t a n a de la
ciudad de M é x i c o ,

" s o l i c i t a r é sugerencias para abreviar la n o r m a l i z a c i ó n


y r e a d e c u a c i ó n de los servicios p ú b l i c o s , atender a los
grupos damnificados, con preferencia a los de l i m i t a -
da capacidad e c o n ó m i c a ; establecer prioridades en los
programas de c o n s t r u c c i ó n , a u t o c o n s t r u c c i ó n , remo-
d e l a c i ó n y r e p a r a c i ó n de viviendas; modificar normas
y procedimientos de c o n s t r u c c i ó n para prevenir ries-
gos; promover nuevos horarios de trabajo, rutas y sis-
temas de transporte; simplificación de t r á m i t e s para
fomentar nuevas inversiones que recuperen empleos
y construcción.
La d e s c e n t r a l i z a c i ó n de la vida nacional requiere
ser apoyada en una r e o r g a n i z a c i ó n de la A d m i n i s t r a -
ción P ú b l i c a Federal, donde se mantengan las sedes de

142
las S e c r e t a r í a s de Estado en la capital, pero se descen-
tralicen recursos, oficinas y , sobre t o d o , facultades,
como parte de u n proceso m á s a m p l i o que incluya la
e d u c a c i ó n superior, la actividad e c o n ó m i c a industrial
y los servicios, el comercio y las finanzas.
Requiere prever las posibilidades de a b s o r c i ó n de
las distintas ciudades de la R e p ú b l i c a e ir a c o m p a ñ a d a
de u n desarrollo regional que sea e s t í m u l o de nuevas
fuerzas d i n á m i c a s de p r o d u c c i ó n , empleo y bienestar
en t o d o el territorio nacional.
Las tareas que tenemos por delante en la descentra-
lización exigen enriquecer el concepto de seguridad
nacional [..•*] para prevenir concentraciones inconve-
nientes de comunicaciones, archivos, i n f o r m a c i ó n e
instalaciones básicas.
Los recursos [para la r e c o n s t r u c c i ó n ] d e b e r á n ser
fundamentalmente internos, y sólo en f o r m a comple-
mentaria y limitada aceptaremos y negociaremos apo-
yos o c r é d i t o s especiales del e x t e r i o r . "

El Presidente h i z o u n llamado respetuoso, para que colaboren


en las tareas de la C o m i s i ó n , a los miembros de los poderes
Legislativo y Judicial, a los gobernadores de los estados y a
los partidos p o l í t i c o s .
Finalmente, c o n c l u y ó con estas reflexiones:

" S e r á indispensable reasignar fondos para las tareas de


la r e c o n s t r u c c i ó n , manteniendo la m á s estricta discipli-
na, postergando t o d o t i p o de actividades que n o sean
estrictamente necesarias y , en algunos casos, aceleran-
do decisiones de cambio estructural o de r e c o n v e r s i ó n
de actividades e c o n ó m i c a s que nos liberen recursos
para las tareas fundamentales y , al mismo t i e m p o , re-
suelvan problemas de eficiencia básica a nuestra econo-
mía.
En esta hora dolorosa y difícil, la sociedad, a través
de su activa p a r t i c i p a c i ó n , ha confirmado libremente
su v o c a c i ó n de llenar el espacio que desde siempre le
ha correspondido.
Toda una g e n e r a c i ó n a b r i ó los ojos a las duras reali-
dades del p a í s que este suceso d r a m á t i c o reveló [..».]
Q u i z á muchas de las m ú l t i p l e s acciones de cada

143
u n o queden s ó l o en el recuerdo í n t i m o o en el anoni-
m a t o ; pero la historia, estoy seguro, h a b r á de recoger
la suma de ellas como una p á g i n a cuya gloria ha esta-
do a la altura de nuestras mejores gestas.
H o y , el reto de r e c o n s t r u c c i ó n y r e n o v a c i ó n nacio-
nal, exige mantener y estimular la p a r t i c i p a c i ó n de la
sociedad civil y la o p o r t u n a y eficaz c o o r d i n a c i ó n y
c o n d u c c i ó n del Gobierno de la R e p ú b l i c a . "

Por su parte, el doctor Miguel L e ó n Portilla dijo en este acto:

"Reconstruir y restaurar con sentido social y h u m a n o


exigirá no posponer ya la respuesta a estos males que
nos agobian y de d í a en d í a se acrecientan. ¿ E s acaso
humano estar en lo que fue esplendente valle, bajo
una capa de miasmas, cruzar calles, avenidas y plazas
p o r las que corren los que llamamos camiones con sus
caudas de h u m o y ruidos que t o d o l o atruenan?
Nuestra presente desgracia hace que los presagios se
agolpen en el pensamiento. D o l á m o n o s sí de nuestros
males pero hagamos de ellos p u n t o de partida, no en
busca de respuestas, sino de la respuesta que abarque
la suma de los problemas. Encontrar la respuesta su-
p o n d r á obrar sin precipitaciones, escuchar los parece-
res de expertos en m ú l t i p l e s disciplinas, para poder
tomar al f i n una d e c i s i ó n mediata y que abarque ati-
nadamente la suma de los problemas que afronta
nuestra c i u d a d . "

Las fracciones parlamentarias del P S U M , P M T y P R T , afir-


m a r o n el d í a 10 que la recién creada C o m i s i ó n Nacional de
R e c o n s t r u c c i ó n dejó sin p a r t i c i p a c i ó n a los propios damni-
ficados, a los partidos p o l í t i c o s y a miles de capitalinos que
expresaron su solidaridad durante el t e rre m ot o. L a C o m i s i ó n ,
dijeron, se i n t e g r ó con el esquema presidencialista, por l o que
será u n organismo b u r o c r á t i c o m á s .
E l obispo auxiliar de M é x i c o , Genaro A l a m i l l a Arteaga,
c o n s i d e r ó que en la tarea de la r e c o n s t r u c c i ó n nacional el go-
bierno no debe ignorar a la Iglesia, para l o cual le parece nece-
sario que el presidente de la M a d r i d se r e ú n a a platicar con los
l í d e r e s de la j e r a r q u í a eclesiástica, quienes e s t á n dispuestos a

144
colaborar. A g r e g ó que 90% de los mexicanos son c a t ó l i c o s , y
que a los participantes en las labores de rescate y auxilio (que
seguramente eran en su m a y o r í a c a t ó l i c o s ) n i siquiera se les
m e n c i o n ó (como c a t ó l i c o s ) . D i o la i m p r e s i ó n , d i j o , que el go-
bierno estaba h a c i é n d o l o t o d o . C o n c l u y ó : " S e ñ o r Presidente,
l l á m e n o s p o r nuestro n o m b r e , estamos dispuestos a trabajar
por nuestra patria, pero l l á m e n o s , no nos ignore".
E m i l i o Goicochea L u n a dijo el d í a 1 1 , en un a r t í c u l o pu-
blicado por Excélsior:

" R e c o n s t r u c c i ó n es r e n o v a c i ó n . Es el m o m e n t o de
romper con dogmas, t a b ú e s , vicios e intereses creados,
como l o es t a m b i é n para realizar muchos otros pro-
gramas necesarios. La o p o r t u n i d a d se da y el presiden-
te de la Madrid tiene mejores bases que en el principio
[. . . ] La sociedad p r o b ó que es adulta, y debe ser con-
siderada así en cada acto de gobierno [•'« . . ] La socie-
dad conoce l o que puede dar y el gobierno aprovechar
esta segunda o p o r t u n i d a d " .

El d í a 14, el obispo Genaro Alamilla volvió sobre el tema:


"Somos la fuerza de este p a í s , m á s que el P R i , P A N O P S U M " ;
propuso al gobierno u n encuentro directo, en p ú b l i c o , "sin
tener que recurrir a escondites". Dijo esto a p r o p ó s i t o de la
necesidad de que el clero participe activamente en las tareas
de la r e c o n s t r u c c i ó n nacional.
E l d í a 2 1 , el presidente Miguel de la M a d r i d hizo entrega
de m i l millones de pesos al gobernador Enrique Alvarez del
Castillo, c o m o a p o r t a c i ó n federal para los trabajos de recons-
t r u c c i ó n en los puntos afectados p o r el terremoto en la zona
sur de Jalisco.
S e g ú n la n o t a publicada p o r Excélsior, al instalarse el Co-
m i t é de Asuntos Financieros de la C o m i s i ó n Nacional de Re-
c o n s t r u c c i ó n , ceremonia a la que asistieron el Presidente de la
R e p ú b l i c a , la actriz Carmen Salinas, los l í d e r e s p o l í t i c o s de
o p o s i c i ó n A m o l d o M a r t í n e z Verdugo y Heberto Castillo, diri-
gentes de medios de c o m u n i c a c i ó n , secretarios de Estado y
Fidel V e l á z q u e z , el secretario de Hacienda, J e s ú s Silva Herzog,
m a n i f e s t ó que la r e c o n s t r u c c i ó n i m p l i c a r á incrementar el d é -
ficit o reducir a ú n m á s los gastos; a n u n c i ó que la obra apenas
se inicia, que " s ó l o habremos de usar el ahorro e x t e m o para

145
complementar recursos p r o p i o s " y que se p o n d r á n en marcha
p o l í t i c a s de c r é d i t o y e s t í m u l o s fiscales agresivos.
E l secretario de Salud, G u i l l e r m o S o b e r ó n , i n f o r m ó el
d í a 23 que " m u y p r o n t o será recuperada la capacidad insta-
lada y contaremos con una infraestructura m á s eficiente, me-
j o r constituida y m á s amplia, para servir a nuestros compa-
triotas".
A p r o x i m a d a m e n t e 26 m i l millones de pesos se i n v e r t i r á n
en la r e p a r a c i ó n de los hospitales General de M é x i c o y d o c t o r
Gonzalo C a s t a ñ e d a (del I S S S T E ) , así como en la c o n s t r u c c i ó n
del Centro M é d i c o Nacional Siglo x x i , se i n f o r m ó al presi-
dente de la M a d r i d el d í a 28.
E l Centro de Estudios para la E c o n o m í a Nacional, del
P S U M , e s t i m ó que el costo de la r e c o n s t r u c c i ó n será "bastan-
te superior" a los 4 m i l millones de d ó l a r e s calculados p o r la
C E P A L , ya que esta i n s t i t u c i ó n no t o m ó en cuenta la constan-
te d e v a l u a c i ó n del peso, " n i i n c l u y ó el p a t r i m o n i o que t e n í a n
las casas destruidas p o r los sismos como televisiones, refrige-
radores, estufas y otros".
E l d í a 30, el secretario de Relaciones Exteriores, Bernar-
do S e p ú l v e d a , p r e s e n t ó en la O N U el Programa Nacional de
R e c o n s t r u c c i ó n y R e h a b i l i t a c i ó n , en el cual se asienta que 3 4
p a í s e s ofrecieron a M é x i c o auxilio e c o n ó m i c o para la recons-
t r u c c i ó n de la infraestructura urbana, hospitalaria, educativa
y de telecomunicaciones destruida p o r los sismos. E l gobier-
no estadunidense o t o r g ó a M é x i c o c r é d i t o s p o r 600 millones
de d ó l a r e s , en condiciones blandas y a largo plazo, l o cual
constituye la m a y o r c o n t r i b u c i ó n individual de ayuda de u n
gobierno. E l informe señala que el p a í s sufrió p é r d i d a s direc-
tas p o r 4 m i l millones de d ó l a r e s (cifra sujeta a cambios),
p é r d i d a s indirectas p o r 4 0 0 millones adicionales, p o r la c a í d a
del turismo y de algunas exportaciones y u n impacto negati-
vo en la disponibilidad de divisas cercano a los m i l 5 0 0 m i l l o -
nes de d ó l a r e s .
Con respecto al financiamiento de la r e c o n s t r u c c i ó n , Ro-
lando Cordera Campos dio su o p i n i ó n , en la revista Punto ( 4
de noviembre):

"Se necesita un serio esfuerzo de financiamiento si es

146
que no queremos llevar a cabo u n trueque terrible-
mente injusto, que sería reponer a la gente l o que per-
d i ó , reponer a la sociedad l o que p e r d i ó (léase salud y
escuelas) a cambio de afectar a quienes n o perdieron
directamente, pero han venido perdiendo en el curso
de la crisis. D i g o que u n trueque injusto, porque si no
se enfrenta el problema del financiamiento no hay
otra manera de reponer lo perdido que sometiendo a
la e c o n o m í a a una m a y o r recesión que la que hemos
observado este a ñ o y el pasado pues t e n d r í a que ha-
cerse una r e a s i g n a c i ó n de recursos que h i p o t é t i c a m e n -
te, no pueden crecer".

Sobre el mismo tema y en el mismo lugar, a f i r m ó Casio L u i -


selli:

" S i y o le cobro mejor el agua a las clases medias, ra-


cionalizo el uso del agua, tengo u n efecto m u y impor-
tante en el uso del agua y genero recursos para la
r e c o n s t r u c c i ó n [. . . ] Sin embargo, dada la enorme
desigualdad del ingreso en la ciudad y la enorme de-
sigualdad t a m b i é n en la p o s i c i ó n de activos y de dere-
chos, estos expedientes sobre t o d o en el plazo c o r t o
que se e s t á n planteando suelen ser regresivos, suelen
recurrir al expediente m á s a u t o m á t i c o del impuesto
regresivo [. . . ] A d e m á s , la v í a fiscal p o r muchas razo-
nes, inclusive administrativas, en el c o r t o plazo n o
creo que pueda operar demasiado eficazmente, por-
que nos llueve sobre mojado, porque estamos en u n
marco de desequilibrios crecientes".

C o m o contra p u n t o de la visión reflejada en algunos aspectos


de la c r ó n i c a , ofrecemos t a m b i é n detalles especializados sobre
los d a ñ o s estimados y el costo, t a m b i é n a p r o x i m a d o , de la
r e c o n s t r u c c i ó n . Hemos i n c l u i d o datos oficiales y n o oficiales,
i n t e n t a n d o cotejar apreciaciones.
Según el informe de la C o m i s i ó n Nacional de Emergencia
del 28 de septiembre de 1985, " l a zona que r e s i n t i ó con ma-
y o r fuerza el f e n ó m e n o [el sismo, se entiende] fue la ciudad
de M é x i c o , principalmente en el Primer Cuadro, delegaciones
C u a u h t é m o c , Benito J u á r e z , Venustiano Carranza y en menor

147
medida C o y o a c á n y Gustavo A . M a d e r o " . A ñ a d e : " E n el inte-
r i o r de la R e p ú b l i c a las zonas m á s afectadas fueron Jalisco, en
los Municipios de G ó m e z F a r í a s y Ciudad G u z m á n ; Michoa-
c á n en los M u n i c i p i o s de L á z a r o C á r d e n a s , Cotija y Coalco-
m á n ; y Guerrero en los Municipios de Chilpancingo de los
Bravo, Iguala de la Independencia, L a U n i ó n , J o s é Azueta y
3
Coahuayutla de G u e r r e r o " . P á g i n a s adelante, con base en
datos provenientes de la S e c r e t a r í a de G o b e r n a c i ó n , la Secre-
t a r í a de la Defensa Nacional y autoridades locales "corres-
pondientes", se da cuenta de los d a ñ o s humanos s ó l o en el in-
terior:

Entidad Personas Personas Afectados en


fallecidas heridas diverso grado

Jalisco 38 191 2,830


Michoacán 6 213 348
Guerrero 2 20 224
Colima 1 0 16

Fuente: Comisión Nacional de Emergencia, p. 24.

Se lee en el informe de la C E P A L , de fecha posterior al de la


C o m i s i ó n Nacional de Emergencia, los " ó r d e n e s de m a g n i t u d " .

"Las estimaciones oficiales, que parecieran ser conser-


vadoras, colocan en cerca de 6 m i l el n ú m e r o de v í c t i -
mas fatales [muertos, se entiende] tanto en el D i s t r i t o
Federal —donde se p r e s e n t ó m á s del 95% del t o t a l -
como en diversas localidades al interior del p a í s ;
a d e m á s , alrededor de 2 m i l personas se encuentran
desaparecidas, habiendo quedado posiblemente atra-
padas entre los escombros [es decir, muertas] de las
edificaciones derrumbadas o d a ñ a d a s . E l n ú m e r o
de heridos se s i t ú a en cerca de los 30 m i l , que han
sido atendidos en los centros asistenciales [. . . ] E n t o -
tal, se estima que m á s de 150 m i l personas resultaron
damnificadas directamente p o r el desastre, 30 m i l de
las cuales fueron alojadas en albergues temporales dis-
4
puestos p o r las autoridades".

148
L a C o m i s i ó n M e t r o p o l i t a n a de Emergencia en su informe co-
rrespondiente al periodo comprendido entre el 19 de septiem-
bre y el 19 de octubre, se refiere a la " i d e n t i f i c a c i ó n de afec-
tados en su c o n d i c i ó n existencial" [es decir, m u e r t o s ] : " A l
t é r m i n o de las labores de rescate, se p o d r á determinar con
p r e c i s i ó n el n ú m e r o de c a d á v e r e s puestos a d i s p o s i c i ó n del
Ministerio P ú b l i c o : al 31 de octubre de 1985 esta cifra era de
s
4 mil 287".
E l anterior es el costo m a y o r , el de las vidas humanas.
T a m b i é n fue grande el de las cosas y a este costo d e b e r á ha-
cer frente la tarea de la r e c o n s t r u c c i ó n .
E l 9 de abril de 1986, el secretario de Hacienda y C r é d i -
to P ú b l i c o , J e s ú s Silva Herzog, d i o a conocer en Washington
el costo t o t a l de las obras de r e c o n s t r u c c i ó n en las zonas afec-
tadas p o r los sismos: 736.8 millones de d ó l a r e s . E l Banco
M u n d i a l f i n a n c i a r í a inversiones p o r 400 millones en vivienda,
salud, e d u c a c i ó n y desarrollo urbano; el resto p r o v e n d r í a de
p r é s t a m o s del Banco Interamericano de Desarrollo y de recur-
sos propios.
E l programa de r e c o n s t r u c c i ó n incluye, entre otras accio-
nes:
— L a r e h a b i l i t a c i ó n de 23 m i l 700 viviendas d a ñ a d a s en el
área m e t r o p o l i t a n a del D i s t r i t o Federal.
— L a c o n s t r u c c i ó n de 34 m i l 300 viviendas en el D i s t r i t o Fe-
deral.
— L a r e n o v a c i ó n o la a d q u i s i c i ó n de 8 m i l viviendas dentro
de las acciones del F o n d o de O p e r a c i ó n y Descuento Ban¬
cario a Vivienda ( F O V I ) y del F o n d o Nacional para la
H a b i t a c i ó n Popular ( F O N H A P O ) dentro de la zona me-
t r o p o l i t a n a del D i s t r i t o Federal.
— L a r e n o v a c i ó n o la a d q u i s i c i ó n de 3 m i l viviendas —me-
diante los fondos m e n c i o n a d o s - fuera del D i s t r i t o Fede-
ral.
— L a d e m o l i c i ó n de edificios afectados.
— L a c o n s t r u c c i ó n y r e h a b i l i t a c i ó n de escuelas.
— La r e p o s i c i ó n de 2 m i l camas hopitalarias.
— L a c o n s t r u c c i ó n de 11 hospitales.
— L a r e c o n s t r u c c i ó n de 13 mercados municipales y servicios
6
afines.

149
CUADRO 7
ESTIMACION DE LOS DAÑOS CAUSADOS POR EL TERREMOTO
(MILLONES DE DOLARES)

Total Directos Indirecto,

Total 4 103.5 3 588.5 515.0


Sectores sociales 1 524.0 1 524.0
Vivienda 563.4 563.4 —
Salud 553.1 553.1 —
Educación 407.5 407.5 —
Infraestructura
de servicios 1 910.4 1 736.7 173.7
Edificios p ú b l i c o s 1 219.7 1 219.7 —
Comunicaciones 328.1 225.0 103.1
Turismo 186.6 161.3 25.3
Acueductos y drenajes 23.8 21.9 1.9
Energía 20.3 9.4 10.9
Transporte 18.1 17.5 0.6
Banca 64.4 63.8 0.6
Recreación 21.3 18.1 3.2
Servicios personales 28.1 — 28.1
Otros sectores 669.1 327.8 341.3
Industria y comercio 448.4 327.8 120.6
—Siderurgia, m e t a l m e c á n i c a
y fertilizantes 22.5 9.4 13.1
- P e q u e ñ a industria
y comercio 425.9 318.4 107.5
P a t r i m o n i o cultural
y religioso — — —
Gastos para la emergencia 74.4 — 74.4
Demolición y remoción
de escombros 146.3 146.3

Fuente: Comisión Económica, Daños causados, p. 26.

150
Los d a ñ o s totales fueron m u c h o mayores a las cifras ante-
riormente mencionadas. L a C E P A L , en su i n f o r m e del 15 de
octubre, c a l c u l ó los d a ñ o s directos e indirectos en m á s de 4
m i l millones de d ó l a r e s (ver Cuadro 7 ) ; en pesos mexicanos,
1.3 billones, equivalentes a 2.7% del p r o d u c t o i n t e r n o b r u t o
estimado para 1985.

De ello, aproximadamente 87% - 3 m i l 589 millones de dóla-


res— corresponde a d a ñ o s directos sobre la infraestructura,
mientras que el resto son d a ñ o s indirectos q u e incluyen pér-
didas de ingresos o p r o d u c c i ó n , mayores gastos para la pres-
t a c i ó n de los servicios y gastos derivados de la emergencia y
r e h a b i l i t a c i ó n temporal. Según el desglose del d a ñ o directo,
los rubros m á s afectados fueron los edificios que ocupaba la
a d m i n i s t r a c i ó n p ú b l i c a (34% del t o t a l ) , la vivienda (15.7%),
las instalaciones de salud (15.4%), la infraestructura educati-
va (11.4%) y la p e q u e ñ a industria y comercio (8.9%). En or-
den de importancia decreciente s e g u i r í a n los rubros de tele-
comunicaciones (6.3%) y turismo (menos de 5%). A l parecer,
cerca de la mitad de las p é r d i d a s corresponden al sector
público.

E n l o referente a las p é r d i d a s indirectas, sobresalen los


gastos relacionados con la d e m o l i c i ó n (28.4%), las p é r d i d a s
de ingreso en la p e q u e ñ a industria y el comercio (21%), las
telecomunicaciones (20%), y la a t e n c i ó n de la s i t u a c i ó n de
emergencia (14.4%). T u r i s m o y servicios personales alcanzan
cerca de 5% y la gran industria y electricidad representa en
cada caso menos de 3% del total de d a ñ o s indirectos. Cabe
s e ñ a l a r que en estos c á l c u l o s n o se incluyeron los ingresos que
muchas empresas no d a ñ a d a s pero localizadas en las áreas
afectadas dejaron de percibir en los d í a s inmediatos d e s p u é s
7
del t e r r e m o t o .

S e g ú n E c o n o m í a Aplicada, el costo t o t a l de los activos


fijos destruidos, a precios de septiembre de 1985, sería de 1.9
billones de pesos, o sea, 3.7% del p r o d u c t o i n t e r n o b r u t o es-
t i m a d o para ese a ñ o , c o n c e n t r á n d o s e en el Valle de M é x i c o
95% del costo. Otros costos serían p o r p a r a l i z a c i ó n de acti-
vidades, albergue y a l i m e n t a c i ó n , medicamentos, hospitali-

151
CUADRO 8
INMUEBLES AFECTADOS

Delegación política
Tipo de daño % donde se ubican %

Menor 47 Cuauhtémoc 56
Fracturas y desplome Venustiano Carranza 18
de la estructura 38 Benito J u á r e z 17
Derrumbe parcial Otras 9
o total 15

Fuente: Comisión Metropolitana, p. 8.

CUADRO 9
USO DE LOS INMUEBLES AFECTADOS Y DERRUMBADOS

Afectados Derrumbados
Uso Número % %

Habitacional 3 745 65 60
Comercial 840 15 26
Educativo 704 12 5
Oficinas 345 6
Hospitalario 41
Recreativo 33 2
Industrial 19
Total 5 728 100 100

Fuente: Comisión Metropolitana, p. 8.

152
z a c i ó n , inhumaciones, rentas adicionales, servicios de ingenie-
8
r í a y a v a l ú o , etc. p o r u n t o t a l de 89 m i l millones de pesos.
Los d a ñ o s a edificaciones en el Distrito Federal fueron
cuantificados por la C o m i s i ó n M e t r o p o l i t a n a ; al mes del te-
r r e m o t o , se h a b í a n registrado 5 m i l 728 inmuebles afectados.
S e g ú n el primer inventario, 196 edificios p ú b l i c o s - 1 . 5 % de
propiedad federal— se destruyeron total o parcialmente y t u -
vieron que desalojarse. L a superficie afectada fue de 1.7 m i -
llones de metros cuadrados de oficinas, donde trabajaban 145
m i l 650 personas.
En l o que se refiere a instalaciones m é d i c a s , cinco sufrie-
ron derrumbe y 22 d a ñ o s mayores. El I n s t i t u t o Mexicano del
Seguro Social tuvo fuertes p é r d i d a s en su capacidad hospitala-
ria, por los d a ñ o s al Centro Medico Nacional. El I n s t i t u t o de
Seguridad y Servicios Sociales de los Trabajadores del Estado
p e r d i ó 28% de su capacidad en hospitales, 27% en camas-hos-
pital, 22% en consultorios y 17% en c l í n i c a s . T a m b i é n resul-
taron gravemente afectados el Hospital J u á r e z y el H o s p i t a l
General.
A d e m á s , h u b o d a ñ o s a la vialidad (Eje Central L á z a r o
C á r d e n a s , A v . J u á r e z , A v . Chapultepec y Dr. R í o de la L o z a )
y a la red h i d r á u l i c a (v.gr. se dejó de captar 7.6 metros cúbi-
cos por segundo, h u b o fugas en las redes primaria y secunda-
ria, d i s m i n u y ó la calidad del agua y h u b o problemas en el dre-
9
naje superficial).
En t é r m i n o s generales hubo grandes dificultades para
detectar y evaluar los d a ñ o s durante la emergencia. D i j o Paul
Flores ante el Senado norteamericano:

" L a e v a l u a c i ó n de los d a ñ o s y las comunicaciones en


la ciudad de M é x i c o fue p r o b l e m á t i c a . L a i m p o r t a n c i a
de las comunicaciones para manejar u n desastre de
gran m a g n i t u d no s ó l o se relaciona con el equipo físi-
co; igualmente importarle es la r e c o l e c c i ó n y el proce-
samiento de la i n f o r m a c i ó n sobre los d a ñ o s . Muchas
decisiones tienen que tomarse durante u n gran desas-
tre y d e b e r í a n basarse en la mejor i n f o r m a c i ó n dispo-
nible al m o m e n t o . E n la ciudad de M é x i c o , incluso va-
rios d í a s d e s p u é s del t e r r e m o t o , t o d a v í a n o era claro

153
que se hubiera f o r m u l a d o una e v a l u a c i ó n completa y
10
que pudieran haberse t o m a d o decisiones".

LA REFORMA URBANA

E l poeta Alejandro A u r a m a l d e c í a a s í a la ciudad de M é x i c o


hace m á s de una d é c a d a :

Que se desmoronen tus piedras,


que el cemento y la cal
se te hagan grumos en la sangre,
que los políticos te despedacen
y que el oxígeno te falte
y las tempestades te derrumben.
Puerca ciudad;
dejaste correr tu historia por la cloaca,
nada te sostiene,
estás colgada de tus vientos.
Engendras podredumbre,
le haces daño a la tierra,
11
ensucias el espacio.
Aquí su verdad antigua permanece,
aquí tienen asiento el amor y el heroísmo,
12
aquí se palpa el rostro que asustados escondimos.

Sin embargo, el poeta declara igualmente su amor por la ciu-


dad, antes de maldecirla:

Aquí su verdad antigua permanece


aquí tienen asiento el amor y el heroísmo
12
aquí se palpa el rostro que asustados escondimos.

C o m o pocos, el tema de la reforma urbana de la capital


del p a í s es m á s que nada u n deseo proyectado, si nos atene-
mos a la i n f o r m a c i ó n p e r i o d í s t i c a . Hojarasca pura en algunos
casos. Y se trata nada menos que de una de las tareas que la
o p i n i ó n p ú b l i c a encomienda, por la v í a de la propuesta, a
la r e c o n s t r u c c i ó n nacional.
Hace dos sexenios y m e d i o se viene hablando de reforma

154
urbana. Se han hecho planes. H u b o hasta u n Plan Nacional de
Desarrollo U r b a n o . Las acciones en la materia parecen disper-
sas y escasas.
A h o r a , la C á m a r a de Diputados anuncia que se v o l v e r á a
estudiar este asunto. Ingenieros y ecologistas quieren áreas
verdes para convertir a la ciudad de M é x i c o en u n inmenso
j a r d í n . (Son grandes las posibilidades del discurso y la imagi-
nación).
Sobre pocas cosas se ha dicho tanto y hecho tan poco.
Los inmensos problemas de la zona metropolitana del Valle de
M é x i c o han sido denunciados desde hace d é c a d a s . E n los a ñ o s
treinta ya se p r e v e í a n las dificultades de u n auge poblacional.
Sin embargo, los s u e ñ o s de grandeza de u n p a í s que quiso (y
l o l o g r ó ) tener p o r capital una de las ciudades m á s grandes del
m u n d o , pudieron m á s que la mesura y la prudencia de unos
cuantos que se arriesgaban a recibir el calificativo de provin-
cianos, enemigos del progreso y del cosmopolitismo.
E l g r a v í s i m o problema del deterioro del ambiente, para
sólo citar u n o , apenas comienza a atenderse. Fue necesario
que estallara San Juan Ixhuatepec y que las inversiones tér-
micas pasaran a formar parte del vocabulario c o m ú n de los
capitalinos.
M u y poco se ha hecho y q u i z á por ello la f a n t a s í a suple a
las soluciones concretas y reales.
Fue necesario u n terremoto para descubrir las e n t r a ñ a s de
nuestro s u e ñ o de grandeza. Quisimos tener una gran capital y
ahora nos urge desmontarla, a fuerza de palabras y de deseo.
La pobre c r ó n i c a de la reforma urbana es muestra m á s
que elocuente de los deseos proyectados, de l o que todos qui-
s i é r a m o s pero n o sabemos c ó m o poner a p u n t o . La visión fan-
tástica es, acaso, e x p r e s i ó n de la impotencia colectiva.
Demos paso a la c r ó n i c a .
E l d í a 25 de septiembre, la C o m i s i ó n Especial Pluriparti-
dista de la C á m a r a de Diputados h a b l ó de reunir los elemen-
tos legales y los estudios t é c n i c o s necesarios para entrar de
inmediato a una d i s c u s i ó n , en el m á s amplio espectro popular
posible, sobre la reforma urbana integral, indispensable en la
ciudad de M é x i c o y en otros centros de p o b l a c i ó n .
Doce grupos ecologistas se p r o n u n c i a r o n el d í a 27 p o r

155
una verdadera reforma urbana que entregue los espacios dis-
ponibles para vivienda a las comunidades afectadas p o r los sis-
mos. Plantearon que n o deben reconstruirse los inmuebles del
sector p ú b l i c o afectados; que los terrenos se destinen a espa-
cios verdes y que los aportes solidarios del p a í s y del e x t e r i o r
se destinen prioritariamente al financiamiento de la autocons-
t r u c c i ó n y de la vivienda popular, con base en criterios eco-
lógicos.
A l d í a siguiente, el presidente del I n s t i t u t o Interdiscipli¬
nario de P l a n e a c i ó n Urbano Regional ( I N P L U R ) , señaló cate-
g ó r i c a m e n t e que los espacios d a ñ a d o s por el terremoto deben
destinarse a la c r e a c i ó n de á r e a s verdes en la zona m e t r o p o l i -
tana de la ciudad de M é x i c o y que la d e s c e n t r a l i z a c i ó n debe
hacerse ahora o nunca. A g r e g ó : "Basta ya de improvisaciones,
etiquetas y contradicciones cada seis a ñ o s " , debe plantearse
de manera s i s t e m á t i c a , para que la ciudad sea "una ciudad
j a r d í n que mejore el deteriorado ambiente".
E l d í a l o . de octubre, Fernando Favela L o z o y a , presiden-
te del Colegio de Ingenieros Civiles de M é x i c o y vicepresi-
dente de Ingenieros Civiles Asociados ( I C A ) , se m a n i f e s t ó
t a m b i é n en favor de las á r e a s verdes. N o debe haber m á s rasca-
cielos, dijo que deben prohibirse los permisos de c o n s t r u c c i ó n
en la zona m e t r o p o l i t a n a al m á x i m o posible y que es urgente
u n nuevo reglamento de c o n s t r u c c i ó n .
Por decreto presidencial se c r e ó el d í a 14 el Programa
Emergente de R e n o v a c i ó n Habitacional Popular y el organis-
m o descentralizado que l o p o n d r á en marcha, denominado
R e n o v a c i ó n Habitacional Popular. Los objetivos del Programa
son: reconstruir y reorganizar las zonas marginadas que fue-
r o n afectadas p o r los sismos en el D i s t r i t o Federal; establecer
una p o l í t i c a de desarrollo social que considere la vecindad, el
arraigo y que garantice la propiedad y el disfrute de una v i -
vienda digna y decorosa; c o m b a t i r la e s p e c u l a c i ó n con el
suelo urbano. A l frente del nuevo organismo q u e d ó el arqui-
tecto J o s é Parcero L ó p e z , q u i e n , m i n u t o s d e s p u é s de t o m a r
p o s e s i ó n dijo a Miguel Reyes Razo que en 12 ó 15 meses ha-
brá acciones concretas en favor de 50 m i l familias damnifica-
das, que n o p e r d e r á n perfil n i c u l t u r a , pues se r e s p e t a r á n sus
formas de vida. Esto implica que d e b e r á n realizarse, con u n

156
presupuesto de 6 0 m i l millones de pesos, 50 m i l acciones de
vivienda en u n a ñ o .
E l d í a 2 1 , Parcero L ó p e z a f i r m ó que p o r l o p r o n t o , las
familias de T e p i t o r e c i b i r á n u n c r é d i t o de u n m i l l ó n de pesos
para reparar sus viviendas.
E l d í a 28 escribió R a ú l Olmedo en Excélsior:

" E l área susceptible de regenerarse se v i n c u l a r í a con el


centro h i s t ó r i c o , que constituye y a u n avance, for-
mando así una fabulosa e x t e n s i ó n donde se mezcla-
r í a n construcciones p r e h i s p á n i c a s , coloniales, p o r f i -
rianas y modernas. E l conjunto que se l o g r a r í a p o d r í a
convertirse en una de las principales atracciones c u l t u -
rales y t u r í s t i c a s del m u n d o y en u n orgullo para to-
dos los mexicanos, y a ú n m á s para los que nacieron y
vivieron allí. M é x i c o o b t e n d r í a para siempre una
fuente de divisas e ingresos, se c r e a r í a u n foco de re-
g e n e r a c i ó n que i r r a d i a r í a sus efectos de manera auto-
m á t i c a y progresiva. L a ciudad v a l d r í a cada vez m á s .
Se e n r i q u e c e r í a M é x i c o en todos los sentidos de la pa-
labra".

Para noviembre de 1986 n o h a b r á n i n g ú n damnificado en la


calle, p r o m e t i ó J o s é Parcero L ó p e z el 29 de octubre.

LOS PREDIOS EXPROPIADOS

La d i s c u s i ó n sobre los planteamientos generales de la reforma


urbana fue pobre y escasa. Algo diferente o c u r r i ó con una de
las acciones concretas emprendidas para ponerla en marcha
como consecuencia del terremoto. Nos referimos a la expro-
p i a c i ó n de predios en el Distrito Federal, decretada el 11 de
octubre. L a p o l é m i c a sobre este asunto fue, p o r l o menos,
abundante.
Pocos temas tan controvertidos como é s t e . A d e m á s , se
trata de una controversia f á c i l m e n t e predecible. Con una m í -
nima i n f o r m a c i ó n sobre las posiciones i d e o l ó g i c a s tradiciona-
les de los distintos grupos de poder, se p o d r í a saber anticipa-
damente c u á l e s s e r í a n sus opiniones.

157
Nada hay tan previsible como la respuesta discursiva de
u n p a r t i d o p o l í t i c o ante una medida de e x p r o p i a c i ó n urbana;
ciertamente no era esperada pero, al producirse, n o h a c í a
falta m á s que echar m a n o de los instrumentos conceptuales y
gramaticales previstos para el caso.
E l hecho ante el cual se t o m ó p o s i c i ó n a diestra y sinies-
tra fue en realidad m u y simple: el Ejecutivo Federal d e c i d i ó
la e x p r o p i a c i ó n de varios miles de predios urbanos ubicados
en el D i s t r i t o Federal d e n t r o de las zonas d a ñ a d a s p o r el te-
r r e m o t o . L a delicada s i t u a c i ó n del p a í s , m á s el poco rigor c o n
que se e l a b o r ó la lista de predios expropiados, provocaron
reacciones airadas, con diversos matices, dentro de las orga-
nizaciones de la iniciativa privada y en general de l o que en
M é x i c o se conoce c o m o corriente p o l í t i c a de derecha.
Por el o t r o lado, en el á m b i t o p o l í t i c o situado a la izquier-
da, la medida c o n t ó c o n la a p r o b a c i ó n general, con el deseo
e x p l í c i t o de que fuera extendida a t o d o l o expropiable y con
m á s de alguna c r í t i c a hacia la p r e c i p i t a c i ó n del proceso que
dio origen a m ú l t i p l e s fallas.
Evidentemente, el Estado y los grupos en que se sustenta
m o s t r a r o n u n apoyo u n á n i m e a la medida. Esto era previsible
en u n ciento por ciento.
Si observamos los extremos, encontramos la sustancia de
la i d e o l o g í a . Quienes ven u n atentado contra la propiedad p r i -
vada, temen irrefrenables deslizamientos al socialismo, dicen
perder la poca confianza que les quedaba, anuncian que h a b r á
nueva fuga de capitales y otra d e v a l u a c i ó n . Encontramos en
esta p o s i c i ó n una especie de reflejo condicionado. L o s juris-
tas p o d r á n decirnos si h u b o alguna falla en el p r o c e d i m i e n t o ;
los afectados en su p a t r i m o n i o p o r u n error debido a falta de
i n v e s t i g a c i ó n previa, m u y probablemente serán tomados en
cuenta o resarcidos; los que escaparon al beneficio p o r o m i -
s i ó n , b u s c a r á n la forma de obtener u n apoyo al que cierta-
mente el Estado n o e s t á obligado. Pero el sentido c o m ú n nos
dice que m á s allá de los intereses p o l í t i c o s , i d e o l ó g i c o s o
p r a g m á t i c o s ( l e g í t i m o s o turbios), la e x p r o p i a c i ó n fue una
medida justa, pues se trataba de favorecer a quienes m á s su-
frieron por una calamidad que nadie esperaba n i p o d í a prever.
Hablemos del o t r o extremo. Quienes abogan porque la

158
e x p r o p i a c i ó n se convierta en ritual c o t i d i a n o , en varita mági-
ca que toque de puerta en puerta para colmar a los deshere-
dados, no saben detener la cuerda, s u e ñ a n c o n el Estado o m -
nipotente, con la " C i u d a d de D i o s " en la que se confunden
todas las sustancias. T a m b i é n se advierte en este caso u n refle-
j o condicionado. Hay una respuesta a u t o m á t i c a frente a los
hechos.
E l o p o r t u n i s m o cabalga a sus anchas cuando se le abren
las avenidas. Nada ocurre cuando se expropia u n ejido para
convertirlo en unidad habitacional; simplemente se indemni-
za de algún m o d o a los ejidatarios y la sociedad entera l o ve
con normalidad. Nada ocurre cuando se expropian predios
para la r e a l i z a c i ó n de obras p ú b l i c a s ; el p r o c e d i m i e n t o es el
m i s m o . E n lo fundamental se trataba t a m b i é n de la realiza-
c i ó n de una obra p ú b l i c a , de beneficio social, que en este caso
e x i g i ó una e x p r o p i a c i ó n de predios. Pero algo no g u s t ó . Tal
vez l o sorpresivo de la medida. R e c o r d ó situaciones pareci-
das que a ciertos sectores de la sociedad parecen desagradar.
Quienes hablan de confianza, q u i z á piensan en t é r m i n o s de f i -
delidad amorosa: u n solo hecho basta para quebrantarla, y no
i m p o r t a que el hecho sea dudoso, que se preste a m á s de una
interpretación.
Por o t r o lado e s t á n los beneficiarios de la medida y pare-
ciera que apenas tienen voz para prestarla a l í d e r e s de o c a s i ó n .
D e l m a y o r i n t e r é s hubiera sido conocer el p u n t o de vista es-
p o n t á n e o y a u t é n t i c o de quienes resultaron favorecidos por
una d e c i s i ó n p o l í t i c a que nada tiene de e x t r a ñ o en nuestra
historia j u r í d i c a . Por desgracia, sólo tuvimos l o de casi siem-
pre: el agradecimiento organizado.
Hemos descubierto, con el terremoto, que hay u n fantas-
ma n o ahuyentado y que tal vez sobrecoja algunos e s p í r i t u s
durante m u c h o t i e m p o : la e x p r o p i a c i ó n . Y l o que para unos
es visión t e r r o r í f i c a , para otros es canto de sirenas. E n cual-
quier caso se impone el exorcismo de la r e f l e x i ó n . D e t r á s de
cada p o s i c i ó n hay, como bien sabemos, una forma de ver cier-
tos problemas b á s i c o s c o m o la propiedad, la riqueza o la po-
breza. Millones de palabras se han escrito sobre esto, de
manera que los arsenales e s t á n a p u n t o para cualquier bando.
N o fue suficiente la sensibilidad erizada de una p o b l a c i ó n gol-
peada p o r la muerte para dejar de velar armas en defensa de

159
creencias e intereses creados. L a sociedad se mueve de acuer-
do con reglas m u y e s p e c í f i c a s y n o hay t e m b l o r que las haga
cambiar. Si acaso esperamos u n m o m e n t o , fue para salir del
estupor y del miedo. D e s p u é s , todos a sus puestos, c o m o lo
muestra la c r ó n i c a de la e x p r o p i a c i ó n .

Octubre
En el Diario Oficial de la F e d e r a c i ó n se p u b l i c ó el d í a 11 lo
siguiente:

"Se declara de u t i l i d a d p ú b l i c a , de orden p ú b l i c o e i n -


t e r é s social, la satisfacción de las necesidades colecti-
vas originadas con m o t i v o de los trastornos interiores
provocados p o r los f e n ó m e n o s [sísmicos] en las á r e a s
a que se refiere el considerando segundo de este orde-
namiento [delegaciones Gustavo A . Madero, Cuauh-
t é m o c , Venustiano Carranza y Benito J u á r e z ] , median-
te la r e a l i z a c i ó n de las acciones de vivienda necesarias
a favor de las personas afectadas por dichos trastornos,
así como el mejoramiento de los centros de p o b l a c i ó n
d a ñ a d o s p o r los mencionados f e n ó m e n o s , la realiza-
c i ó n y c o n s e r v a c i ó n de los servicios p ú b l i c o s necesa-
rios y la a d o p c i ó n de las medidas para evitar los d a ñ o s
que la propiedad pueda sufrir en perjuicio de la colec-
tividad".

A s í reza el A r t í c u l o Primero del decreto e x p r o p i a t o r i o emi-


t i d o p o r el presidente Miguel de la Madrid, mediante el cual
cerca de 7 m i l predios, principalmente vecindades, pasan a
manos del Departamento del D i s t r i t o Federal para beneficiar
a m á s de 180 m i l habitantes, según i n f o r m ó el regente del De-
partamento del D i s t r i t o Federal, R a m ó n Aguirre V e l á z q u e z .
Dijo que se d a r á p r i o r i d a d a la c o n s t r u c c i ó n de viviendas eco-
n ó m i c a s y a la r e a d j u d i c a c i ó n de estos lotes a quienes los ocu-
paban en el m o m e n t o del siniestro.
E l sentir de la A s o c i a c i ó n Nacional de Dirigentes de Em-
presa y de la C á m a r a de Propietarios de Inmuebles del Distri-
to Federal, con respecto a la e x p r o p i a c i ó n , es que "representa
una v i o l a c i ó n a las g a r a n t í a s individuales y al derecho de pro-
piedad garantizados p o r la C o n s t i t u c i ó n . . . H a r á renacer la
desconfianza en el sistema y d e s a l e n t a r á la inversión en u n

160
r u b r o tan i m p o r t a n t e en estos m o m e n t o s como lo es la cons-
t r u c c i ó n de viviendas". Esta medida, a ñ a d i e r o n , es populista
y fue adoptada precipitadamente. L a A N D E señala que "en
M é x i c o debe permanecer i n c ó l u m e el respeto a los bienes de
la sociedad c i v i l " . Por otra parte, la medida frena el proceso
de d e s c e n t r a l i z a c i ó n , ya que "ata a los damnificados a perma-
necer en los sitios que son vulnerables a los sismos".
Los partidos Mexicano de los Trabajadores y Socialista de
los Trabajadores coinciden en que la medida es positiva y ha
de complementarse con la entrega de los terrenos objeto de
e x p r o p i a c i ó n a los damnificados para que con el sistema
de a u t o c o n s t r u c c i ó n tengan vivienda digna.
E l d í a 12, el secretario de Desarrollo Urbano y E c o l o g í a ,
G u i l l e r m o Carrillo Arena, d e c l a r ó que 85 p o r ciento de los
predios expropiados está c o n s t i t u i d o p o r vecindades, en las
cuales el uso del suelo se h a b í a prostituido. L a medida favo-
r e c e r á a 280 m i l personas [supera p o r cien m i l al informe
inicial del regente R a m ó n Aguirre V e l á z q u e z ] .
Dirigentes de diversas organizaciones de la empresa priva-
da insistieron en que la medida es "populista, anticonstitucio-
nal, absurda y arbitraria [. . . ] demuestra una vez m á s que en
nuestro p a í s existe decadencia p o l í t i c a " .
E l Consejo Consultivo de la Ciudad de M é x i c o m a n i f e s t ó
que con el f i n de conservar el orden y la tranquilidad, la ex-
p r o p i a c i ó n de predios puede considerarse c o m o la medida
m á s adecuada. E l M o v i m i e n t o Ecologista Mexicano, a su vez,
s e ñ a l ó que la medida es altamente positiva.
E l asesor de la Coordinadora Nacional del M o v i m i e n t o
Urbano Popular, Sergio A l c á z a r M i n e r o , dijo que la medida es
acertada, aunque " n o resuelve el problema de la vivienda, y a
que se tienen que expropiar t o d a v í a vecindades y edificios
donde los inquilinos han creado derechos". L a U n i ó n de I n -
quilinos y Damnificados del Centro se q u e j ó igualmente de
que la e x p r o p i a c i ó n fue limitada, porque "hay miles de afec-
tados a los que n o l l e g ó " .
Habitantes de la colonia Morelos realizaron una manifes-
t a c i ó n frente a L o s Pinos para expresar al presidente Miguel
de la M a d r i d su reconocimiento p o r la e x p r o p i a c i ó n .
E l P P S y el P R T consideraron h i s t ó r i c o el decreto expro-

161
piatorio, en tanto que el P A N a f i r m ó que ese acto se convier-
te en un elemento m á s de desconfianza p o r tratarse de una
medida populista.
La A s o c i a c i ó n Mexicana de Estudios para la Defensa del
Consumidor señaló el d í a 13 que la rapidez con que se llevó
a cabo la e x p r o p i a c i ó n , ha propiciado desconfianza entre la
p o b l a c i ó n : a d e m á s , los t é r m i n o s en que se pagará la indemni-
z a c i ó n son injustos, dijo A r t u r o L o m c l í , presidente de la
A M I D C : hay muchas familias que t e n í a n como ú n i c o patri-
m o n i o predios que fueron expropiados, c o n c l u y ó .
A n t e cientos de vecinos que le expresaron apoyo por el
decreto expropia torio, el presidente de la M a d r i d a n u n c i ó la
c r e a c i ó n del Programa de R e n o v a c i ó n Habitacional Popular
que atienda las necesidades de vivienda de las grandes mayo-
r í a s de la ciudad de M é x i c o . L o s manifestantes fueron orga-
nizados p o r el Partido Socialista de los Trabajadores a t r a v é s
de Vecindades Insurgentes.
E l Frente de Damnificados de las colonias Morelos ( i n -
c l u i d o T e p i t o ) , E m i l i o Carranza y Valle G ó m e z ; la U n i ó n
de Vecinos y Damnificados 19 de Septiembre, que incluye
habitantes de las colonias Roma, J u á r e z , Doctores, Santa Ju-
lia y Obrera, y la U n i ó n de I n q u i l i n o s y Damnificados del
Centro, afirman que el p a d r ó n de predios expropiados debe
depurarse y ampliarse a otros 3 m i l , para convertirse en el i n i -
cio de una a u t é n t i c a reforma urbana. S e g ú n estas organiza-
ciones, las listas tienen 3 0 p o r ciento de fallas. A Leslie Serna,
abogada, vecina y dirigente de la U n i ó n de Inquilinos del Cen-
t r o , le parece p a r a d ó j i c o el olvido de que el centro de la ciu-
dad, otrora foco principal de la convergencia de mercaderes y
compradores, no haya entrado en el decreto e x p r o p i a t o r i o .
E l decreto es u n buen aliviane, dicen en T e p i t o . E l p i n t o r
Felipe Ehrenberg, dirigente e s p o n t á n e o de t e p i t e ñ o s , dice:
" A l Presidente de la R e p ú b l i c a una medalla, ante la decisión
de expropiar terrenos en los que h a b í a casas. Y c o m o es u n
decreto, es una ley que se tiene que c u m p l i r " .
E l presidente de la j u n t a de vecinos de la D e l e g a c i ó n
C u a u h t é m o c , H é c t o r Manuel R o m e r o , a f i r m ó que la expro-
p i a c i ó n es una o p o r t u n i d a d h i s t ó r i c a para planificar la vida
urbana de la ciudad de M é x i c o , y a que n o sólo será posible

162
proveer de vivienda a quienes la perdieron, sino que a d e m á s
se p o d r á aprovechar mejor el espacio y aumentar las á r e a s ver-
des. T a m b i é n a s e g u r ó que " n o h a b r á paternaJismo", ya que
n o se regalarán terrenos n i viviendas, sólo se p r o p o r c i o n a r á
c r é d i t o y asesoría para construir, p o r m e d i o de u n sistema de
cooperativas.
Miguel Angel Granados Chapa señala en La Jornada el d í a
13: " t o d o el m u n d o e s t á viendo transformaciones saludables
en el c o m p o r t a m i e n t o gubernamental. En a d i c i ó n al hecho
sustantivo, central, de la e x p r o p i a c i ó n , el Presidente r e c i b i ó
a vecinos de las zonas expropiadas, a l o que h a b í a sido re-
nuente. N o faltará quien hable de p o p u l i s m o , para descalifi-
car la a c t u a c i ó n presidencial. A q u í preferimos decir que es u n
gesto realista. Es realista reconocer que los ú n i c o s aliados per-
manentes de u n gobierno que se reputa defensor de la carta
constitucional es el pueblo llano, la gente c o m ú n " .
E l dirigente panista J e s ú s G o n z á l e z Schmall a f i r m ó el d í a
14 que p o l í t i c a m e n t e el decreto es i n o p o r t u n o y " m u y peli-
groso para la N a c i ó n " , porque excluye al sector social de las
tareas de la r e c o n s t r u c c i ó n . Con esas medidas, se p r e g u n t ó
q u i é n p o d r í a estar interesado en invertir en la c o n s t r u c c i ó n
de viviendas.
E l Departamento del D i s t r i t o Federal a c l a r ó que la expro-
p i a c i ó n de 7 m i l inmuebles no constituye una p o l í t i c a general
de gobierno; a d v i r t i ó que las indemnizaciones se p a g a r á n con
base en valoraciones actualizadas para n o afectara los expro-
pietarios, y p r e c i s ó que las nuevas viviendas n o serán entrega-
das gratuitamente a los beneficiarios.
La C O N C A N A C O fijó su p o s i c i ó n al afirmar que el decre-
to e x p r o p i a t o r i o es "regresivo y de orden populista [ . . . ] i n -
siste p o r el camino de la e s t a t i z a c i ó n y dejará a la p o b l a c i ó n
en u n estado de total i n d e f e n s i ó n j u r í d i c a " . Sostiene la
CONCANACO: "las autoridades federales han perdido una
o p o r t u n i d a d m á s de resolver los problemas del p a í s p o r la v í a
de la i n d u c c i ó n y la c o n c e r t a c i ó n de esfuerzos c o n la sociedad
c i v i l " . Por su parte, la C A N A C I N T R A considera que el decre-
to es una medida "inadecuada y precipitada, ajena a situacio-
nes relevantes como la disponibilidad de recursos financieros,
la asignación de responsabilidades, la capacidad para otorgar

163
servicios y , principalmente, los criterios a seguir en t o r n o a las
necesidades específicas de los damnificados". Hay contradic-
ciones y a m b i g ü e d a d en los criterios de selección de algunos
predios, señala.
Alrededor de 700 familias de c o n d i c i ó n h u m i l d e , protes-
t a r o n porque a pesar de que habitan en sus propias casas, fue-
r o n incluidas en el decreto e x p r o p i a t o r i o . Decidieron realizar
una marcha a Los Pinos para plantear su problema.
A l intervenir en la i n s t a l a c i ó n de la C o o r d i n a c i ó n de V i -
vienda, el coordinador de Humanidades de la U N A M , Federi-
co Reyes Heroles, dijo que la medida expropiatoria, de evi-
dente beneficio c o m ú n , no debe ser usada para propiciar des-
confianza. A n t e el Presidente de la R e p ú b l i c a , Reyes Heroles
a f i r m ó que M é x i c o demanda h o y que el acuerdo fundamental
que da origen a la N a c i ó n , reviva y sea evidente para todos:
damnificados, clases mayoritarias, clases medias y sectores del
capital.
El vicepresidente de la C á m a r a de Propietarios de I n m u e -
bles del D i s t r i t o Federal, Diego F e r n á n d e z , m a n i f e s t ó que la
e x p r o p i a c i ó n refleja "una l í n e a estatista, a d e m á s de que es
una a c c i ó n unilateral que crea desconfianza y da u n d u r o gol-
pe a las relaciones iniciativa privada y gobierno". La medida
p r o v o c a r á fuga de capitales y desplome de nuestra moneda,
dijo.
J o s é Parcero L ó p e z , i n f o r m ó el d í a 15 que en los predios
expropiados se c o n s t r u i r á n entre 45 m i l y 50 m i l viviendas.
C o n la medida, dijo, "se t e r m i n a r o n los abusos de los casate-
nientes, los desalojos, los problemas de inseguridad en la te-
nencia de la tierra, los intestados y la i n d e f i n i c i ó n de la p r o -
piedad".
E l presidente de la C á m a r a de Propietarios de Inmuebles
del D i s t r i t o Federal calificó la medida c o m o u n sabadazo y
r e c a l c ó que si esta d i s p o s i c i ó n fuera tan buena, no se explica
c ó m o no se puso a d i s c u s i ó n .
Las uniones de vecinos de las colonias Guerrero, Morelos,
Santa M a r í a y Doctores realizaron una m a n i f e s t a c i ó n frente
a las oficinas d e l Departamento del D i s t r i t o Federal para pe-
dir que se excluyan de la lista los predios que eran propiedad
de sus residentes y la i n c l u s i ó n de los que faltaron.

164
Los 4 0 diputados del Distrito Federal, pertenecientes al
P R I , propusieron la e x p r o p i a c i ó n de todos los lotes b a l d í o ;
del Distrito Federal para que se pueda p r o p o r c i o n a r vivienda
a miles de personas.
E l l í d e r de la m a y o r í a p r i í s t a en la C á m a r a de Diputados,
Elíseo Mendoza Berrueto, a f i r m ó que el decreto expropiatoric
es de utilidad p ú b l i c a incuestionable, no lesiona el l e g í t i m o
derecho de propiedad n i constituye condena o castigo. S e r í a
muestra de insensibilidad pretender paralizar al Estado p o r
tutelar intereses populares, s e ñ a l ó .
E l Partido A c c i ó n Nacional m a n i f e s t ó que el decreto es-
conde incapacidad del Estado para resolver el p r o b l e m a de la
vivienda, agrede derechos individuales, crea desconfianza y
deja indefensas a muchas familias. N o obstante, A c c i ó n Na-
cional p r e c i s ó que no se opone al decreto en s í , sino a la for-
ma y al c ó m o . T a m b i é n c u e s t i o n ó el cómo el Partido D e m ó -
crata Mexicano, si bien p u n t u a l i z ó : " ¿ C ó m o vamos a oponer-
nos a quienes se quedaron sin techo?" E l P P S , el P S T y el
P S U M calificaron la medida como necesaria, una vieja deman-
da de los habitantes de la ciudad de M é x i c o . E l P R T calificó
al decreto como resultado de una hermosa lucha que libraron
los habitantes de diversas colonias y barrios.
La C O P A R M E X r e i t e r ó su deseo de seguir participando
en las labores de r e c o n s t r u c c i ó n , pero l a m e n t ó que para ela-
borar el decreto e x p r o p i a t o r i o " s ó l o se c o n s u l t ó a los voceros
socialistas". Pide esta a g r u p a c i ó n que se deje en suspenso el
decreto y que la C o m i s i ó n Nacional de R e c o n s t r u c c i ó n deci-
da si hay opciones mejores.
Los organismos de la iniciativa privada de M o n t e r r e y p i -
dieron que se d é marcha a t r á s al decreto e x p r o p i a t o r i o y la
d e s t i t u c i ó n del jefe del Departamento del D i s t r i t o Federal
" p o r inepto y p o r m a l i n f o r m a r al Presidente". E n cambio,
Javier Garza S e p ú l v e d a , u n o de los principales accionistas del
consorcio V I S A , sostuvo que las c r í t i c a s de los empresarios
n o tienen sentido porque "fue u n acto bien pensado" que be-
neficia a las m a y o r í a s y n o a las clases altas.
J o s é Francisco Ruiz Massieu escribió (La Jornada, 15 de
octubre):

165
"Con la e x p r o p i a c i ó n decretada el 11 de octubre se
atienden dos grandes c a p í t u l o s de la reforma urbana
de la ciudad de M é x i c o : el derecho a la vecindad y las
viviendas de renta congelada. Se i n t r o d u c e u n elemen-
t o cualitativo, propiamente i d e o l ó g i c o , a la p o l í t i c a
de vivienda popular: n o se sentencia t e c n o c r á t i c a m e n -
te a los grupos sociales marginados a vivir en las gote-
ras de la ciudad n i lejos de Tos lugares de arraigo y se
reconoce que la pertenencia a u n barrio es u n valor
que deben preservar los programas gubernamentales
de vivienda".

E n el diario Unomásuno, Jorge H e r n á n d e z Campos e x p r e s ó l o


siguiente:

" C o n buen sentido, el gobierno escogió eliminar a los


caseros y volverse directamente hacia la parte p o l í t i -
camente m á s atendible. N o sólo se trataba de una
c u e s t i ó n de justicia: la historia abunda en ejemplos
de cruentos derrumbes sociales provocados p o r afanes
puramente de justicia. E n este caso, se trataba de pre-
servar el equilibrio que las sociedades requieren para
sacar adelante sus problemas sin pagar costos desme-
didos. M á s a ú n , se trataba de preservar intactas las
e n e r g í a s que todos los habitantes del p a í s —y n o ú n i -
camente los habitanes de T e p i t o , para mencionar u n
ejemplo— n e c e s i t a r á n invertir en la c o n s t r u c c i ó n del
México futuro".

El contralor del Departamento del D i s t r i t o Federal, Alejan-


dro Posadas, a d m i t i ó el d í a 16 que se c o m e t i e r o n errores en
la e x p r o p i a c i ó n urbana y a s e g u r ó que se rectificará en aque-
llos casos que no se ajustan a l o dispuesto en el decreto.
E l presidente del Centro Empresarial del N o r t e de Sono-
ra, R a m ó n Corral Avila, sostuvo que la e x p r o p i a c i ó n es una
salida oficial que "se da p o r incapacidad e ineficiencia". Otros
dirigentes empresariales manifestaron que era una "bofeta-
da a la c i u d a d a n í a " y " e l p r i n c i p i o del f i n de la propiedad
privada".

Lorenzo Meyer m a n i f e s t ó su o p i n i ó n sobre el tema en Ex-


célsior:

166
" C o n la inesperada reforma urbana iniciada por el de-
creto e x p r o p i a t o r i o , el gobierno ha redescubierto el
valor p o l í t i c o del populismo. Los empresarios han
reaccionado en contra de la medida, pero los habitan-
tes de T e p i t o en favor. Es que la cuenta final r e s u l t ó
en una ganancia neta de capital p o l í t i c o para el gobier-
no y el sistema d e p e n d e r á de la v o l u n t a d y habilidad
con que el Presidente y su equipo manejen esta fase
de la p o l í t i c a de la crisis. Por el bien de todos el resul-
tado debe de ser positivo. E l populismo, d e s p u é s de
t o d o , n o es tan malo como l o p i n t a n " .

E l cardenal Ernesto C o r r i p i o A h u m a d a , el vocero del Epis-


copado, Francisco R a m í r e z Meza y el vocero de la Curia
Metropolitana, Juan Francisco L ó p e z F é l i x , coincidieron en
afirmar el d í a 17 que la e x p r o p i a c i ó n de predios fue una
medida precipitada y que d e b i ó hacerse previa consulta popu-
lar para n o caer en errores que "afortunadamente se e s t á n ya
rectificando".
Dirigentes del P S U M , P R T y P M T s e ñ a l a r o n que la medida
fue precipitada, sin rigor y a la ligera, aunque es positiva. E l
dirigente del P R T , Pedro P e ñ a l o z a , dijo en u n a r t í c u l o en
El Universal: " E l decreto e x p r o p i a t o r i o [ . , . . ] dado a conocer
el pasado viernes, sólo puede ser considerado c o m o una con-
quista h i s t ó r i c a de la o r g a n i z a c i ó n e s p o n t á n e a de la p o b l a c i ó n
afectada en defensa de sus necesidades e intereses".
Francisco J o s é Paoli, en La Jornada, s e ñ a l ó : "Por l o pron-
t o , celebramos la d e c i s i ó n expropiatoria c o m o u n acto p o l í t i -
camente atinado, que si no garantiza toda la s o l u c i ó n del
desastre, la orienta bien [. . . ] L a c o r r u p c i ó n y la burocratiza-
c i ó n pueden dar al traste con la medida o cancelar algunos de
sus efectos positivos para la m a y o r í a de la p o b l a c i ó n " .
Veinte m i l familias que han formado ya 6 0 0 cooperativas
de vivienda, manifestaron el d í a 18, p o r boca de su presiden-
te J o a q u í n M e n d i z á b a l , que los casatenientes exageran el da-
ñ o de las afectaciones, las cuales califican de justas, humanas
e impostergables. Piden que no se d é marcha a t r á s en la ex-
propiación.
L a urbanista Ma r t h a Schteingart, investigadora de E l Co-
legio de M é x i c o , c o n s i d e r ó positiva la e x p r o p i a c i ó n , y a que

167
por primera vez se toma una medida en beneficio directo de
los sectores pobres urbanos. N o obstante, se hacen necesarias
medidas complementarias para que la e x p r o p i a c i ó n sea real-
mente benéfica, dijo.
E l Departamento del D i s t r i t o Federal i n f o r m a a los ciuda
danos que en el decreto del 11 de octubre " h u b o excesos
omisiones e imprecisiones", p o r l o cual el Presidente de la Re
p ú b l i c a a c o r d ó que se "hiciera una revisión lo m á s profunda y
detallada posible para corregir los errores de i n t e g r a c i ó n de k
lista de predios e inmuebles expropiados". A s í , se e x c l u i r á r
los predios de las zonas no afectadas p o r los sismos, se corre-
g i r á n errores derivados de n u m e r a c i ó n oficial equivocada, se
e x c l u i r á n viviendas previamente adquiridas p o r antiguos i n -
quilinos y las de t i p o unifamiliar.

En El Universal, Heberto Castillo p u b ü c ó lo que sigue:

" L o s afectados deben entender que el G o b i e r n o n o


tiene otra alternativa que la e x p r o p i a c i ó n para tratar
- t r a t a r he dicho— de resolver los problemas de los
damnificados. L o que procede es expropiar todos los
terrenos de los edificios y casas d a ñ a d a s gravemente
por el terremoto, y construir viviendas donde sea po-
sible y jardines en m o n t í c u l o s —como es necesario
hacer para n o desequilibrar el suelo de la región— en
las zonas d a ñ a d a s " .

Carlos Pereyra escribió en La Jornada:

" L a e x p r o p i a c i ó n de varios miles de inmuebles en zo-


nas de vivienda popular gravemente afectadas p o r el
t e r r e m o t o es una decisión de la envergadura exigida
por el t a m a ñ o del problema. Cuando ya no p a r e c í a
quedar el menor rescoldo del contenido popular origi-
nario del Estado, de nueva cuenta se puso en eviden-
cia que ante la p r e s i ó n de los acontecimientos el refle-
j o casi instintivo de las autoridades se orienta hacia la
r e c u p e r a c i ó n de los ejes i d e o l ó g i c o s fundamentales de
la r e v o l u c i ó n mexicana. Las circunstancias e c o n ó m i -
co-sociales en las que o c u r r i ó el sismo y el acelerado
desprestigio del r é g i m e n a partir del 19 de septiembre,

168
volvían imprescindible una decisión que atendiera los
intereses de n ú c l e o s populares afectados".
Pereyra se aboca t a m b i é n , como L o r e n z o Meyer, al populis-
mo como tema de r e f l e x i ó n :

"Populismo es, en rigor, una forma de incorporar va-


lores populares en las decisiones p o l í t i c a s . T a l vez esa
forma n o siempre es la m á s adecuada, pero es obvio
que quienes se oponen al populismo no reaccionan
contra formas eventualmente incorrectas, sino contra
el p r o p ó s i t o m i s m o de considerar valores populares en
la lógica de gobierno. En alguna medida el sismo tam-
bién redujo a escombros la mistificación en t o r n o al
populismo".

La C o n t r a l o r í a Interna del Departamento del D i s t r i t o Fede-


ral i n f o r m ó el d í a 19 que hasta el m o m e n t o en 6 9 1 predios
n o procede la a p l i c a c i ó n del decreto e x p r o p i a t o r i o . D o n Da-
niel M o r e n o Bernal, propietario de u n predio expropiado en
la colonia Romero Rubio, dice: " Y ahora que ya estamos
viejos y somos i m p r o d u c t i v o s para la sociedad, el gobierno
pretende despojarnos del ú n i c o p a t r i m o n i o que tenemos, en
donde habitamos con nuestros hijos, yernos y nietos [. . . ] no
es j u s t o " .
U n nuevo decreto publicado en el Diario Oficial (no es fe
de erratas n i modifica al anterior del 11 de octubre), publica-
do el d í a 2 1 , contiene una lista depurada de los predios ex-
propiados. Excélsior informa que de 5 m i l 563 predios la
cifra se redujo a 4 m i l 3 2 3 . Unomásuno afirma que se exclu-
yeron m i l 200 predios de la lista original y se i n c l u y e r o n
otros 500.
E l l í d e r de la d i p u t a c i ó n p r i í s t a en el D i s t r i t o Federal,
A d r i á n M o r a Aguilar y Pedro P e ñ a l o z a , dirigente del P R T ,
exigieron que se aplique la L e y de Responsabilidades para
Servidores P ú b l i c o s a los funcionarios que provocaron "exce-
sos, omisiones e imprecisiones", en el decreto del 11 de oc-
tubre.
Miguel Angel Granados Chapa volvió sobre este tema,
afirmando en el p e r i ó d i c o Punto: " L o s voceros del i n t e r é s pa-
t r i m o n i a l afectado p o r la e x p r o p i a c i ó n [. . . ] practicada p o r el

169
gobierno de la R e p ú b l i c a , se han ocupado de señalar las i n n u -
merables fallas en que se i n c u r r i ó , lamentablemente, al decre-
tar esa h i s t ó r i c a medida. Es imposible pasar p o r alto esos
errores, pero es imposible equipararlos a la i.-ascendencia de
la r e s o l u c i ó n e x p r o p i a t o r i a , y p o r l o t a n t o debe subrayarse el
valor de ésta p o r encima de los dislates perpetrados".
La C O P A R M E X reitera el d í a 22: el decreto " r o m p i ó la
unidad de todos los sectores, es a n t i p o l í t i c o y a n t i m e x i c a n o " .
J o s é Parcero L ó p e z dijo que el gobierno está dispuesto a
comprar los inmuebles no expropiados y que representan u n
peligro para sus moradores. " S i son muchos —precisó— se plan-
t e a r á la necesidad de un nuevo decreto". T a m b i é n d i j o : " S i
es necesario, r e c o r r e r é calle p o r calle de las zonas d a ñ a d a s
por el terremoto a f i n de destacar edificaciones que represen-
tan un peligro para la vida de sus moradores".
El presidente de la Conferencia Episcopal Mexicana, Ser-
gio Obeso Rivera, m a n i f e s t ó una o p i n i ó n distinta a la de otros
dirigentes eclesiásticos. Dijo que el decreto e x p r o p i a t o r i o no
atenta contra la propiedad privada y es una buena medida, si
bien es necesario obrar con justicia en este asunto.

E l d í a 23 de octubre, las asociaciones de Doctores en De-


recho y la de Abogados de Empresas, llegaron a la c o n c l u s i ó n
de que el decreto tiene errores e imprecisiones legales que le
pueden costar su p r o p ó s i t o ; deja abiertas las puertas a la espe-
c u l a c i ó n y g e n e r a r á problemas j u r í d i c o s de t i p o civil y fiscal.
La decisión presidencial, dijeron, tiene u n noble p r o p ó s i t o ,
pero fallas en su p r o c e d i m i e n t o .
Para el P S U M , la e x p r o p i a c i ó n fue u n " t r i u n f o indiscuti-
ble de la o r g a n i z a c i ó n y la m o v i l i z a c i ó n populares".
Tras publicarse el nuevo decreto, L o r e n z o Meyer e s c r i b i ó
en Excélsior: " L a fe de erratas que acaba de publicarse en el
Diario Oficial y que busca corregir algunos de los errores ele-
mentales contenidos en el h i s t ó r i c o decreto e x p r o p i a t o r i o de
predios urbanos del 11 de octubre, es u n a de las muestras m á s
d r a m á t i c a s de que la fe de la tecnocracia en sus propias habili-
dades administrativas y ejecutivas está errada".
A r m a n d o D i p p V á r e l a , director de Inversiones Extranje-
ras de la C A N A C I N T R A , m a n i f e s t ó el d í a 2 4 que la expropia-
c i ó n fue u n acto de seriedad, con fines concretos, bases j u r í -

170
dicas y apego al b i e n social. Ciertamente h u b o p r e c i p i t a c i ó n y
algo de desorden en la selección de predios, pero esto no pue-
de llevarnos a pensar que se pone en entredicho la propiedad
privada o que "se camine hacia la izquierda". " N o seamos tan
extremosos en nuestros j u i c i o s " , sugirió.
E l presidente del C o m i t é Ejecutivo Nacional del P R I ,
A d o l f o L u g o V e r d u z c o , d e c l a r ó que la e x p r o p i a c i ó n urbana
en el D i s t r i t o Federal n o significa u n cambio de p o l í t i c a , pues
el Estado revolucionario mexicano nunca ha sido neutral ante
la injusticia social n i l i m i t a su papel al de simple gendarme.
Las Brigadas Verdes de Ecologistas quieren y piden que
los predios expropiados se conviertan en á r e a s verdes, se i n -
forma el d í a 25.
E n u n programa ampliamente d i f u n d i d o p o r los medios
e l e c t r ó n i c o s de c o m u n i c a c i ó n , el regente R a m ó n Aguirre Ve-
l á z q u e z dijo el d í a 28 que la e x p r o p i a c i ó n n o es una medida
socializante n i estatizante, ya que se da en p a í s e s de orienta-
c i ó n capitalista y de e c o n o m í a m i x t a como M é x i c o , y señaló
que los errores se debieron a la urgencia con que se e l a b o r ó el
decreto. D i j o t a m b i é n que de no haberse e m i t i d o el decreto
se hubiera puesto en peligro la paz social, n o sólo de las co-
lonias populares sino de toda la ciudad.

E l d í a 3 0 , el Consejo Coordinador Empresarial publica u n


desplegado en el que s e ñ a l a que el gobierno tiene facultades
legales para realizar expropiaciones, pero antes de llegar "a
ese e x t r e m o " que "seguramente favorece a algunos casate-
nientes", d e b e r í a haberse explorado el asunto en el seno de la
C o m i s i ó n Nacional de R e c o n s t r u c c i ó n . "Buena parte de la
c i u d a d a n í a [. . . ] l o i n t e r p r e t ó como u n ataque innecesario a
la propiedad privada". Concluye: "Es responsabilidad de
todos los mexicanos resolver no sólo este lamentable y
doloroso problema de c o y u n t u r a , sino todos los d e m á s que
confronta nuestro p a í s " .

Bernardo Bátiz V . escribe en La Jornada:

"Pero expropiar a u n pobre su casa para d á r s e l a a o t r o


pobre o, peor, para programar dársela en u n t i e m p o
m á s o menos largo, n o es justificable. E l gobierno en

171
vez de expropiar (me refiero a la m a y o r í a de los ca-
sos), d e b i ó de auxiliar en la r e c o n s t r u c c i ó n , d e b i ó de
entregar l o recibido a los afectados, habitantes de ve-
cindades y casuchas, para rehabilitar sus viviendas:
d e b i ó poner su aparato de c o n s t r u c c i ó n de habitacio-
nes al servicio del pueblo que l o paga. E l palo de cie-
go de la e x p r o p i a c i ó n sólo d e m o s t r ó falta de imagina-
c i ó n y vigencia del reflejo c o n d i c i o n a d o " .

i E l d í a 3 1 , R a m ó n de Velasco, presidente de la C á m a r a de
Propietarios de Inmuebles del D i s t r i t o Federal, c o n s i d e r ó co-
m o u n "grave atentado a la propiedad privada" el decreto ex-
p r o p i a t o r i o , "que n o t o c ó a los p o l í t i c o s " . Lesiona n o s ó l o
a unos cuantos sino a 78 millones de mexicanos porque con
ello " e l p a í s puede girar r á p i d a m e n t e hacia el socialismo",
dijo.

Noviembre

L a C o m i s i ó n M e t r o p o l i t a n a de Emergencia i n f o r m ó el d í a 3
que no se e x p r o p i a r á n m á s predios en la ciudad de M é x i c o
y que la anterior medida de ese t i p o fue indispensable para
mantener la paz social. Por su parte, la Coordinadora Unica
de Damnificados exigirá al regente R a m ó n Aguirre V e l á z q u e z
que " c u m p l a con la promesa que les hizo en el sentido de ex-
propiar m á s predios para beneficio social".
L a diputada M a r í a E m i l i a F a r í a s , quien preside la C o m i -
sión de I n f o r m a c i ó n , Quejas y G e s t o r í a de ia C á m a r a de
Diputados, a f i r m ó el d í a 6 que se han recibido diversas
peticiones en el sentido de solicitar al Departamento del Dis-
t r i t o Federal la e x p r o p i a c i ó n de otros predios para beneficio
de los inquilinos, pero, a c l a r ó , la decisión de las autoridades
es determinante para n o expropiar nuevamente.

LA DEMOCRATIZACION DEL DISTRITO FEDERAL

Una de las tareas que consideramos parte de la r e c o n s t r u c c i ó n


nacional, p o r el c a r á c t e r de demanda impostergable que le da
la o p i n i ó n p ú b l i c a , es la d e m o c r a t i z a c i ó n del D i s t r i t o Federal,
cuya o r g a n i z a c i ó n m u n i c i p a l fue suprimida en 1928.

172
E x t r a ñ a m e n t e , u n tema que se debate entre ciertos secto-
res p o l í t i c o s como una de las cuestiones vitales que revivió el
terremoto, t u v o u n escaso tratamiento p e r i o d í s t i c o en el lap-
so que abarca nuestra c r ó n i c a . A l menos la prensa diaria regis-
t r ó relativamente pocas referencias al asunto.
Por lo d e m á s , la p o l é m i c a sobre este p u n t o pertenece
t a m b i é n al g é n e r o de las predecibles, sólo que con una varian-
te: a q u í no hay posiciones encontradas, t o d o m u n d o está de
acuerdo en la necesidad de democratizar el D i s t r i t o Federal,
incluso algunos miembros del P R I . La o p o s i c i ó n entera se ad-
hiere a la propuesta b a s á n d o s e en la creencia generalizada de
que la capital del p a í s es terreno fértil para restar poder al go-
bierno. Las elecciones federales para diputados de j u l i o de
1985 m o s t r a r í a n l o contrario, pero la idea persiste. Y aun por
sectores ajenos a la o p o s i c i ó n p o l í t i c a , se percibe la ausencia
de mecanismos de i n t e r a c c i ó n entre gobierno capitalino y ciu-
dadanos. E l t e r r e m o t o e x h i b i ó d r a m á t i c a m e n t e esta realidad.
La historia se encarga de acumular intereses patentados y
al parecer intocables. E n el caso del Departamento del Distri-
t o Federal, los hilos de poder se vuelven una inextricable ma-
deja. Desenredarla significa una enmienda h i s t ó r i c a , con toda
la complejidad que esta tarea trae consigo.
Las opciones sobre la d e m o c r a t i z a c i ó n del D i s t r i t o Fede-
ral son m ú l t i p l e s y la m á s radical de todas tiene que ver con
el p r o y e c t o nacional de la d e s c e n t r a l i z a c i ó n , porque implica
el cambio de sede de los poderes federales y la consecuente
c r e a c i ó n del estado del Valle de M é x i c o . Esto, que parece casi
u n s u e ñ o , está dentro de los m á r g e n e s de l o posible.
Abocarse a problemas como éste implica algo m á s que to-
ma de p o s i c i ó n , para romper el c a s c a r ó n de la superficie y ca-
lar en la p r o f u n d i d a d de las propuestas concretas. Pasar de
la idea preestablecida a las acciones, es una o p o r t u n i d a d ,
como tantas otras que nos ha brindado la tragedia.
Esta es la c r ó n i c a :
Juan M o l i n a r Horcasitas escribió en La Jornada el 25 de
septiembre: " L a p o b l a c i ó n del Distrito Federal no sólo ha
mostrado en esta dura prueba que merece la c i u d a d a n í a que
le ha sido arrebatada durante casi 60 a ñ o s . T a m b i é n m o s t r ó
que sólo con ella pueden las autoridades enfrentar los retos

173
que desde h o y se nos presentan".
E n el mismo diario, H é c t o r Aguilar C a m í n señaló dos d í a s
d e s p u é s : " L a solidaridad y la iniciativa de la p o b l a c i ó n , des-
bordaron ampliamente la capacidad de convocatoria y organi-
z a c i ó n de sus autoridades; evidenciaron, como pocas veces en
la historia de la ciudad, la existencia de una d i m e n s i ó n ciuda-
dana que n o tiene r e p r e s e n t a c i ó n p o l í t i c a directa y sigue re-
gida p o r una d e c i s i ó n circunstancial que a r r e b a t ó a los capita-
linos, en los a ñ o s veinte, sus derechos p o l í t i c o s " .
Pablo Pascual M o n c a y o , dirigente del Partido Socialista
Unificado de M é x i c o , d e c l a r ó el d í a l o . de octubre que no es
posible que en estos m o m e n t o s se d é la r e c o n s t r u c c i ó n de la
ciudad " c o n medidas autoritarias, al margen de la participa-
c i ó n de los ciudadanos cuya o r g a n i z a c i ó n , eficacia y esponta-
neidad s u p e r ó los dispositivos gubernamentales en la hora de la
desgracia nacional [. . . ] Es necesario fincar una nueva socie-
dad sobre bases de democracia y p a r t i c i p a c i ó n de todos los
sectores, n o mediante hechos impositivos".
Fidel Samaniego Reyes, de El Universal, atribuye las si-
guientes declaraciones al senador p o r el D i s t r i t o Federal,
A b r a h a m M a r t í n e z Rivero: "Debe reestructurarse la organiza-
c i ó n del Departamento del D i s t r i t o Federal y las entidades
representativas vecinales, pues ante los sucesos derivados de
los terremotos del 19 y 20 de septiembre, demostraron una
inoperatividad e ineficiencia". La nota corresponde al d í a 3
de octubre.
E l d í a 4, Carlos Pereyra señala en La Jornada:

"Respecto al sistema de gobierno, n o puede sorpren-


der si autoridades que hace 60 a ñ o s sólo rinden cuen-
tas ante s í mismas se encuentran en el m o m e n t o de la
desgracia sin canales efectivos de c o m u n i c a c i ó n con
los (semi) ciudadanos. F u e r o n escasas las tareas que
p u d i e r o n organizarse desde el D D F y sus delegaciones,
pues los habitantes de la m e t r ó p o l i no se reconocen
en ó r g a n o s de gobierno cuya c o n f o r m a c i ó n se decide
desde arriba, sin que los miembros de la sociedad ten-
gan o p o r t u n i d a d de participar en su e l e c c i ó n . En con-
secuencia, en el D F no se discuten programas urbanos,
no hay u n debate p ú b l i c o ordenado sobre c ó m o en-

174
frentar los m i l y u n problemas que azotan a la mons-
truosa c o n c e n t r a c i ó n d e m o g r á f i c a que a q u í se hacina.
Por otra parte, la compleja estructura que va de los je-
fes de manzana al Consejo Consultivo es simplemente
una ficción gubernamental sin m á s sentido que neu-
tralizar formas reales de a r t i c u l a c i ó n social".

E l Partido Mexicano de los Trabajadores fijó su postura so-


bre el p u n t o que tratamos: "queda demostrado una vez m á s
que la c o n c e n t r a c i ó n m á s grande de mexicanos no puede
seguir sin autoridades electas d e m o c r á t i c a m e n t e " . E n el mis-
m o sentido se p r o n u n c i ó el Partido Revolucionario de los
Trabajadores. Iván G a r c í a Solís, del P S U M , d e c l a r ó que sin de-
m o c r a t i z a c i ó n n o hay r e c o n s t r u c c i ó n posible. Estos y otros
partidos, como el P P S , el P A N y el P D M , coincidieron en pro-
poner la c r e a c i ó n de una asamblea constituyente en el Distri-
t o Federal.
E l G r u p o de los Cien d e m a n d ó el d í a 28 el derecho de los
capitalinos a elegir a sus gobernantes, "pues a partir del sismo,
que vino a poner de manifiesto en toda su m a g n i t u d y a costa
de miles de vidas y d a ñ o s materiales en la zona de desastre en
que vivimos, nos vimos obligados a interactuar de manera di-
ferente".
Miguel Angel Granados Chapa e s t a b l e c i ó una especie de
c o n t r a p u n t o (Proceso, 28 de o c t u b r e ) :

" N o somos beatos de la d e m o c r a t i z a c i ó n del gobierno


capitalino; es decir, distamos de creer que si se nos da
la posibilidad de elegir a nuestro gobernante t o d o l o
d e m á s v e n d r á p o r a ñ a d i d u r a . Olvidamos, con frecuen-
cia, cuando alegamos por ganar la capacidad de v o t o
para elegir al gobierno capitalino, que nuestra actual
s i t u a c i ó n n o difiere m u c h o de la que en la p r á c t i c a
afecta, p o r ejemplo, a los sinaloenses: ¿ t u v i e r o n en
verdad derechos a elegir a A n t o n i o Toledo Corro? ¿ D e
verdad la v o l u n t a d de los ciudadanos de Sonora fue
determinante para que hoy su gobernador sea el inge-
niero R o d o l f o Félix V a l d é s ? " .
En fin, la c r ó n i c a es pobre, c o m o bien se ve. Por fortuna,
algunas revistas con cierto nivel de e s p e c i a l i z a c i ó n , se ocupa-
r o n del tema con m a y o r p r o f u n d i d a d , reanudando una vieja

175
d i s c u s i ó n en beneficio de un tema que merece m u c h o m á s de
lo registrado por la prensa tras el sacudimiento de septiembre.

PAGAR O NO PAGAR

L a crisis e c o n ó m i c a del p a í s es sin duda el t e l ó n de f o n d o de


la r e c o n s t r u c c i ó n nacional: d i f í c i l m e n t e se puede pensar en
ella si no se tienen los recursos para ponerla en marcha. Y el
p u n t o focal de la crisis, curiosamente, es la deuda externa del
p a í s . Allí convergen propuestas, deseos, posiciones, banderas
p o l í t i c a s , etc.
Desde la perspectiva de la i n f o r m a c i ó n p e r i o d í s t i c a , el te-
r r e m o t o c o l o c ó el pago de la deuda externa como u n o de los
problemas vitales a decidir, aprovechando la sacudida. De a h í
que la o p i n i ó n p ú b l i c a considere el asunto de la deuda como
una de las tareas que debe afrontar la r e c o n s t r u c c i ó n nacional.
Pretendemos recoger una e x p r e s i ó n colectiva, algo que la
o p i n i ó n p ú b l i c a considera c o m o el p u n t o de arranque de la
r e c o n s t r u c c i ó n . Si n o se resuelve el grave problema del finan-
ciamiento, p a r e c e r í a colegirse, ninguna r e c o n s t r u c c i ó n es po-
sible.
Resulta p o r d e m á s interesante ver c ó m o coinciden en la
misma p e t i c i ó n las m á s diversas —y opuestas- corrientes
i d e o l ó g i c a s . Q u i z á estamos frente a u n o de los m á s t í p i c o s
casos de c o n s t r u c c i ó n de deseos. Desde la perspectiva de los
grupos de izquierda, la m o r a t o r i a s e r í a u n acto m á g i c o de rei-
v i n d i c a c i ó n de u n pueblo que está harto de pagar; ese pueblo,
d e c i d i r í a , de p r o n t o , otorgarse la a b s o l u c i ó n a sí m i s m o , en
un acto r i t u a l proclamado urbi et orbi. Es la u t o p í a , el anhelo
c o m o forma de proselitismo p o l í t i c o . N o cabe, en estos ejer-
cicios de propaganda, al menos una r e f l e x i ó n elemental: la
s u s p e n s i ó n inmediata y t o t a l del pago de la deuda —ni pago
de intereses n i pago de capital— implica una i n y e c c i ó n de
divisas m u y considerable que p o r l o mismo n o es tan fácil
arrojar sobre la e c o n o m í a nacional de u n d í a para o t r o ; po-
d r í a presentarse, m á s fuerte que nunca, una de las siete plagas
de M é x i c o : la fuga de capitales. Desde luego, los grupos en
c u e s t i ó n p e d i r í a n t a m b i é n que se repatriaran, p o r decreto, los
capitales fugados y se metiera a la c á r c e l a los s a c a d ó l a r e s .

176
Nuevamente en el h o r i z o n t e de las u t o p í a s .
Por el lado del capital, las peticiones en t o r n o a declarar
la m o r a t o r i a p o d r í a n tener el signo del i n t e r é s . Sin ser mal-
pensados, p o d r í a m o s suponer que a los empresarios les con-
viene una m a y o r afluencia de d ó l a r e s dentro de nuestra eco-
n o m í a , para p e r m i t i r u n m a y o r crecimiento y p o r t a n t o ma-
yores ganancias. Esto sin considerar a quienes sólo ven en las
divisas extranjeras una m e r c a n c í a que hay que atrapar cuanto
antes para mandarla fuera del p a í s .
Estas reflexiones de economista callejero, sin m á s apoyo
que el sentido c o m ú n (al menos eso creemos), nos hacen ver
que hay demasiado r u i d o en este asunto, que nadie sabe a
ciencia cierta de q u é se trata, que los terremotos hicieron
pensar en la necesidad de t o m a r una de las m á s cruciales de-
cisiones a las que el p a í s pueda enfrentarse. Vemos el deseo
en su m á s pura e x p r e s i ó n , contrastando con realidades cuyos
detalles n o conocemos pero que deben ser enormemente
complejos y m á s fuertes de vencer que u n m o n s t r u o ; realida
des como el comercio y las finanzas internacionales, la geopo-
lítica, la c o r r e l a c i ó n internacional de fuerzas, etc.
Alguna forma de m o r a t o r i a es q u i z á posible, pero n o la
t o t a l y absoluta, la que se piensa c o m o acto de justicia divi-
na. Renegociar, pagar menos intereses, combinar las formas
de pago, alargar los plazos. . . en f i n , en algún m o m e n t o
puede haber cierto t i p o de acuerdo. Nuestra historia está lle-
na de episodios de esta naturaleza. C o m o dice L o r e n z o Me¬
yer: siempre hemos pagado, pero siempre terminamos pagan-
do menos de la cuenta original.
O t r o de los hechos notables de este e n m a r a ñ a d o asunto,
según l o observado en la c r ó n i c a , es la alegría c o n que se ma-
nejan los datos y cifras. Es una verdadera danza de los millo-
nes (de d ó l a r e s ) . Fuentes financieras de todos lados hablan
de la c o n s i d e r a c i ó n de que somos objeto en el m u n d o entero.
C o m o si los bancos y los organismos financieros internaciona-
les s ó l o estuvieran esperando que anotemos la cifra deseada.
Por l o visto hay una m u y escasa d i s c r i m i n a c i ó n , p o r parte de
los p e r i ó d i c o s mexicanos, de los cables provenientes del ex-
terior, y q u i z á hasta errores en las mesas de r e d a c c i ó n y en las
salas de t i p o g r a f í a . E n suma: esta visión elaborada sobre la

177
deuda externa tiene de t o d o : contradicciones, exageraciones,
falacias, absurdos, detalles grotescos, etc. E l material del sue-
ñ o , desde la perspectiva de u n observador en el d o m i n i o de su
y o consciente.
Veamos la c r ó n i c a :

Septiembre
U n cable de la agencia E F E , fechado en Washington el d í a 20,
informa:

" C o m o las desgracias no vienen solas, el F o n d o M o -


netario Internacional ( F M I ) s u s p e n d i ó sus c r é d i t o s a
M é x i c o el mismo d í a que un fuerte terremoto asolaba
al p a í s . La s u s p e n s i ó n afectará a unos 900 millones de
d ó l a r e s que h a b í a n quedado pendientes de un p r é s t a -
mo de 3 m i l 400 millones de d ó l a r e s en tres a ñ o s , que
r e c i b i ó M é x i c o en 1983. Lsto supone el mayor golpe
no s ó l o para M é x i c o sino para toda L a t i n o a m é r i c a ,
que desde hace tres a ñ o s negocia con el F M I y bancos
acreedores la numera de pagar los intereses de su deu-
da, hacer reformas de fondo en sus programas e c o n ó -
micos y volver a la e c o n o m í a de crecimiento. Fuentes
financieras i n f o r m a r o n que la decisión se t o m ó el j u e -
ves debido a que M é x i c o no ha c u m p l i d o los c o m p r o -
misos de su programa de austeridad de tres a ñ o s ,
aprobado p o r el F M I " .

La Jornada d i f u n d i ó esta n o t i c i a en M é x i c o .
Ue i n m e d i a t o , el F M I n e g ó esta v e r s i ó n y a s e g u r ó que se
mantienen las discusiones con M é x i c o , que p e r m i t i r á n que
este p a í s vuelva a utilizar los recursos del F o n d o .
E l Banco Mundial, p o r m e d i o de su presidente A . W . Clau¬
sen, e n v i ó u n télex al presidente Miguel de la M a d r i d , para
i n f o r m a r que la i n s t i t u c i ó n a su cargo está dispuesta a ofrecer
" a p o y o financiero y t é c n i c o a d i c i o n a l " para confrontar la de-
v a s t a c i ó n causada p o r el t e r r e m o t o .
Se sabe el d í a 21 que el Banco Interamericano de Desa-
r r o l l o puso a d i s p o s i c i ó n de M é x i c o 800 millones de d ó l a r e s
en c r é d i t o s , según nota firmada p o r varios reporteros de El
Universal.

178
E l d í a 22, se p r o n u n c i a r o n en favor de la m o r a t o r i a de la
deuda varios miembros del Colegio Nacional de Economistas,
del Centro de Estudios de la E c o n o m í a Nacional y del Cole-
gio de S o c i ó l o g o s de M é x i c o . I n d i c a r o n que los recursos desti-
nados al pago de la deuda se pueden aplicar a los programas
de r e c o n s t r u c c i ó n . En cambio, la C A N A C I N T R A y la C O N C A M I N
s e ñ a l a r o n que el t e r r e m o t o no justifica declarar la moratoria.
Sergio Aguayo Quezada escribe en La Jornada el d í a 23:
" A u n q u e para muchos en el gobierno sugerir es s í n t o m a de
radicalismo, el t e r r e m o t o ya d e b e r í a haberlos sacudido para
que vieran que m á s radical que la m o r a t o r i a es una realidad que
aplasta a u n n ú m e r o cada vez mayor de mexicanos".
E l presidente Miguel de la M a d r i d , en una entrevista con-
cedida a medios de i n f o r m a c i ó n extranjeros el d í a 24, mani-
f e s t ó que el t e r r e m o t o vino a complicar el manejo de la crisis
e c o n ó m i c a mexicana y , p o r ello, p o r conveniencia de todos,
el F o n d o Monetario Internacional, el Banco M u n d i a l , el Ban-
co Interamericano de Desarrollo y , en f i n , la comunidad
financiera internacional, tiene que tomar en cuenta la necesi-
dad de apoyar a M é x i c o , de manera extraordinaria para ayu-
darnos en la tarea de r e c u p e r a c i ó n . E l presidente dijo a un
periodista italiano: " Y o sé que muchas veces los juicios eco-
n ó m i c o s carecen de sentimiento, pero a ú n considerando en
t é r m i n o s estrictamente racionales, estrictamente e c o n ó m i c o s
los problemas por los que atraviesa M é x i c o , creo que se tiene
que reconocer la necesidad, p o r conveniencia de todos, de
apoyar a M é x i c o en t é r m i n o s extraordinarios".
E l presidente de Venezuela, Jaime L u s i n c h i y el presiden-
te del gobierno e s p a ñ o l , Felipe G o n z á l e z , que estuvieron en
M é x i c o casi s i m u l t á n e a m e n t e y se entrevistaron con el presi-
dente Miguel de la M a d r i d , coincidieron en apoyar la postura
que adopte M é x i c o en la O N U y en otros foros internaciona-
les con respecto al manejo de su deuda externa.
En una verdadera feria de cifras, La Jornada informa, ba-
s á n d o s e en "funcionarios de la Casa Blanca y fuentes finan-
cieras", que organismos financieros multilaterales, gobiernos
y bancos acreedores de M é x i c o , e s t á n p r e p a r á n d o s e para ofre-
cer a nuestro p a í s c r é d i t o s de emergencia "que pudieran tota-
lizar" 3 m i l millones de d ó l a r e s . E l F M I p o d r í a desembolsar

179
ele i n m e d i a t o 900 millones de d ó l a r e s "que s u s p e n d i ó tempo-
ralmente la semana anterior tras el fracaso del programa de
ajuste de las finanzas mexicanas". E l Departamento del Teso-
ro de Estados U n i d o s estudia la posibilidad de conceder u n
c r é d i t o de varios millones de d ó l a r e s . E l pago de intereses de
lo que ahora se debe a 6 5 0 bancos privados, se p o d r í a diferir,
según "especialistas financieros". E l Departamento de A g r i -
cultura norteamericano p o d r í a aportar hasta m i l millones de
d ó l a r e s para financiar compras a g r í c o l a s mexicanas. T a m b i é n
el Banco M u n d i a l estudia el o t o r g a m i e n t o de "centenares de
millones de d ó l a r e s " .
T o d o esto p o d r í a documentar el o p t i m i s m o del m á s de-
sesperado. Pareciera como si de p r o n t o nos h u b i é r a m o s sacado
la l o t e r í a internacional.
En la Asamblea General de las Naciones Unidas se a p r o b ó
en u n t i e m p o r é c o r d ( b r e v í s i m o ) una iniciativa para prestar
auxilio e c o n ó m i c o i n m e d i a t o a M é x i c o . La iniciativa fue p r o -
m o v i d a p o r Nicaragua y Brasil.
Carlos Míreles, presidente de la C A N A C I N T R A , d e m a n d ó el
d í a 25 que el p a í s pida un periodo de gracia de u n a ñ o para
pagar intereses de la deuda. Por su parte, el l í d e r del Senado,
A n t o n i o Riva Palacio, d e s p u é s de entrevistarse c o n el presi-
dente Miguel de la M a d r i d , a f i r m ó que "pagaremos en la
medida de nuestras posibilidades".
El d í a 26, p o r instrucciones del presidente de la R e p ú b l i -
ca, el secretario de Hacienda y C r é d i t o P ú b l i c o , J e s ú s Silva
Herzog, viajó a Washington para entrevistarse con funciona-
rios del F M I y del B I D , a f i n de analizar los alcances de los
apoyos financieros ofrecidos a consecuencia del t e r r e m o t o .
T a m b i é n viajará a la ciudad de Nueva Y o r k para tratar este
m i s m o asunto con representantes de la banca privada.
U n d í a d e s p u é s , tras entrevistarse con el secretario del Te-
soro norteamericano, James Baker, y con altos funcionrios de
los organismos financieros internacionales, Silva Herzog ma-
n i f e s t ó que se ha llegado a acuerdos de p r i n c i p i o para orientar
varios p r é s t a m o s ya contratados p o r M é x i c o hacia labores de
r e c o n s t r u c c i ó n . L o s p r é s t a m o s son por "sumas i m p o r t a n t e s " .
En su c o l u m n a de Excélsior, G a s t ó n G a r c í a C a n t ú afirma
el d í a 2 7 : "Debemos pagar, mas en otras condiciones. La si-

180
t u a c i ó n es m u y clara: si d i é r a m o s 12 m i l millones de d ó l a r e s
de intereses anuales, n o p o d r í a m o s reconstruir l o derruido. Es
necesario fijar otros t é r m i n o s y nuevos plazos que sean los de
reducir el i n t e r é s de la deuda conforme la p r o p o s i c i ó n de Kis¬
singer: 2.5 p o r ciento anual, convenir en que el pago fuera de
una parte del capital y otra, moderada, de intereses o que se
reduzca 4 0 p o r ciento o m á s de los mismos, l o cual d a r í a a
M é x i c o capacidad para alentar su desarrollo, aliviar carencias
populares y no l i m i t a r m á s la a c c i ó n del Estado en l o e c o n ó -
mico".
E l 28 de octubre, t o c ó el t u r n o a Rogelio Sada Zambrano,
presidente del consorcio V i t r o y a la C o n f e d e r a c i ó n Regional
Obrera Mexicana, pronunciarse en favor de la m o r a t o r i a ; el
primero aclara que debe plantearse en t é r m i n o s de una nego-
ciación en la que e s t é n de acuerdo acreedores y deudores, pa-
ra evitar una parálisis en la e c o n o m í a mexicana p o r falta de
divisas.
El Presidente de la R e p ú b l i c a , en una r e u n i ó n con los 31
gobernadores de los estados, m a n i f e s t ó el d í a 30 que se han
emprendido negociaciones con organismos internacionales y
con gobiernos de p a í s e s industrializados, para buscar acuer-
dos y n o para confrontarnos n i provocar conflictos.
Proceso i n f o r m a en su n ú m e r o del 30 de septiembre: el
canciller Bernardo S e p ú l v e d a asistió a la Asamblea General de
la O N U en r e p r e s e n t a c i ó n del presidente de la M a d r i d , quien
tuvo que cancelar su viaje a ese foro debido a la s i t u a c i ó n ge-
nerada por los sismos. S e p ú l v e d a d e c l a r ó que para pagar hay
que crecer y que las reestructuraciones de la deuda n o consti-
tuyen s o l u c i ó n definitiva al problema. Más audaz, ante u n
grupo de empresarios m a n i f e s t ó que es inaceptable que M é -
xico destine m á s de 50 p o r ciento de sus exportaciones al pa-
go de la deuda externa.
Fidel V e l á z q u e z a f i r m ó que el gobierno "realiza acciones
en r e l a c i ó n a suspender, p o r el m o m e n t o , sus pagos de la deu-
da", y d e c l a r ó que la C T M las r e s p a l d a r á . Esto r e p r e s e n t a r í a
una pausa para dar paso a la r e c o n s t r u c c i ó n nacional.

R o d o l f o Canto escribe en Unomásuno:

181
" E l gobierno mexicano p e r d i ó la o p o r t u n i d a d h i s t ó -
rica de decretar una s u s p e n s i ó n temporal en sus pagos
al exterior. T a l d e c i s i ó n d e b i ó adoptarse inmediata-
mente d e s p u é s de que se conocieron los devastadores
efectos de la c a t á s t r o f e . Las condiciones para declarar
la s u s p e n s i ó n t e m p o r a l estaban dadas, tanto en el á m -
b i t o i n t e r n o como en el e x t e r n o . H a b í a u n general
m o v i m i e n t o de solidaridad internacional hacia el p a í s ,
al que se sumaron hasta algunos banqueros acreedo-
res, como el Banco Nacional de P a r í s " .

Octubre
R a ú l Olmedo publica l o siguiente (Excélsior, día lo.): " E l
elemento que ha agudizado la crisis estructural de la econo-
m í a nacional es la deuda externa. E n la deuda externa se
concentran y sintetizan los errores del pasado y las imposibi-
lidades actuales y futuras para nuestro desarrollo. Millones de
millones de horas-hombre trabajan para pagar, apenas, los i n -
tereses de la deuda externa, mientras que el m o n t o de capital
que debemos se incrementa d í a con d í a , elevando a su vez el
m o n t o de intereses a pagar y la cantidad de horas-hombre
destinadas a p r o d u c i r el t r i b u t o especulativo que debemos en-
tregar a las grandes potencias acreedoras".
E l d í a 2 se a n u n c i ó oficialmente que M é x i c o diferirá p o r
seis meses el pago de 950 millones de d ó l a r e s del servicio
p o r su deuda, que d e b e r í a n pagarse en los p r ó x i m o s d í a s . E l
columnista Francisco C á r d e n a s Cruz considera decepcionan te
el arreglo. Diversas organizaciones sindicales independientes
convocan a una "Conferencia nacional sindical sobre deuda
externa y r e c o n s t r u c c i ó n del p a í s " . T a m b i é n invitan a parti-
cipar en el " d í a de a c c i ó n c o n t i n e n t a l contra la deuda exter-
n a " , que sería el 23 de octubre.
El d í a 5, el Banco M u n d i a l c o n c e d i ó a M é x i c o u n c r é d i t o
por 255 millones de d ó l a r e s para inversiones prioritarias tras
los terremotos. E l secretario de Hacienda, J e s ú s Silva Herzog,
f i r m ó el acuerdo p o r parte del gobierno mexicano en S e ú l ,
Corea del Sur.
H u b o de inmediato reacciones a la noticia anterior. E l
Congreso del Trabajo, p o r boca de su presidente Angel O l i v o

182
Solís, d e c l a r ó que el m o v i m i e n t o obrero no puede permitir
m á s carga crediticia para el p a í s porque no se puede antepo-
ner el i n t e r é s de la n a c i ó n a los caprichos de los organismos fi-
nancieros mundiales. Los obreros, dijo, n o pueden seguir tra-
bajando para pagar la deuda.
Por su parte, el Partido Socialista de los Trabajadores,
l a m e n t ó que el gobierno no aproveche el m o m e n t o para aglu-
tinar voluntades y pronunciarse por la m o r a t o r i a ; seguir con
la s o l u c i ó n fácil de pedir m á s c r é d i t o s , sólo a c a r r e a r á proble-
mas y hasta una crisis p o l í t i c a . P o s i c i ó n similar manifestaron
dirigentes del P S U M , P R T y P P S .
La C A N A C O de Monterrey t a m b i é n d e c l a r ó sobre el asun-
t o , con la siguiente a r g u m e n t a c i ó n : la s o l u c i ó n n o es pedir
mas p r é s t a m o s , que sólo prolongan la a g o n í a del p a í s , sino
practicar m a y o r austeridad; la deuda no se p o d r á pagar por
las actuales p o l í t i c a s "populistas y de corte izquierdista".
L a fracción parlamentaria panista y representantes del sin-
dicalismo independiente coincidieron en afirmar el d í a 6 que
el gobierno federal ha i n c u r r i d o nuevamente en u n proceso
precipitado de endeudamiento. A su vez, la d i p u t a c i ó n obrera
[suponemos que del P R I , puesto que n i n g ú n o t r o p a r t i d o p o l í -
tico tiene divisiones sectoriales en su r e p r e s e n t a c i ó n en la Cá-
mara de Diputados] señala que el p a í s no tiene capacidad
para pagar nuevos c r é d i t o s y que se debe dar un tratamiento
d i r t i n t o al problema de la deuda, porque hay el peligro de se-
guir afectando a la p o b l a c i ó n de escasos recursos.
El d í a 8, seis partidos de o p o s i c i ó n acusaron a J e s ú s Silva
Herzog de concertar nuevos c r é d i t o s con el exterior e i n i -
ciar la n e g o c i a c i ó n de otra carta de i n t e n c i ó n con el F M I ,
sin contar con la a u t o r i z a c i ó n del Congreso de la U n i ó n . Indi-
caron que "se está hipotecando de nuevo la e c o n o m í a del
p a í s " . L a respuesta del P R I n o se h i z o esperar: a c u s ó de igno-
rantes a los representantes de la o p o s i c i ó n , a quienes atribuye
igualmente mala fe, puesto que las autoridades h a c e n d a r í a s
sólo exploran nuevas opciones.

E l d í a 9, El Día publica una nota en la que se afirma que


la S e c r e t a r í a de Hacienda envió un documento confidencial
(vía t é l e x ) a la banca internacional, en el cual solicita m á s de

183
7 m i l millones de d ó l a r e s para 1986. De esos recursos, 2 m i l
340 millones de d ó l a r e s s e r í a n para el pago de la deuda ya
contratada. E l resto para las tareas de la r e c o n s t r u c c i ó n .
S e g ú n La Jornada, el parlamento europeo exigió a la Co-
m u n i d a d E c o n ó m i c a Europea el d í a 10 que realice gestiones
ante el F M I y otras autoridades financieras para lograr la sus-
p e n s i ó n de pagos de la deuda externa mexicana.
Francisco Báez R o d r í g u e z publica en La Jornada:

"Son m u y significativos los sectores sociales que han


demandado una m o r a t o r i a concertada respecto al
pago de los intereses de la deuda externa (han sido
grupos empresariales, p o l í t i c o s , sindicales, meramente
ciudadanos) y es m á s a m p l i o t o d a v í a el rechazo a la
p o l í t i c a que actualmente se delinea: la de gestionar
t o d a v í a m á s c r é d i t o s (que servirían finalmente para el
pago de intereses). Si esta p o s i c i ó n lleva las de ganar,
a la insensibilidad social de sus costos humanos h a b r í a
que agregar una insensibilidad p o l í t i c a rayana en la i n -
sensatez. Vamos, se han p r o n u n c i a d o por la m o r a t o -
ria desde el P R T hasta C o r r i p i o " .

E l presidente del Consejo Empresarial Mexicano para


Asuntos Internacionales ( C E M A I ) , Pablo G a r c í a Barbachano,
d e c l a r ó el d í a 12 que es necesario u n puente de u n a ñ o en el
pago de la deuda externa para poder emprender las tareas de
reconstrucción.
Y sigue la denuncia p o l í t i c a : P S U M , P M T , P R T , P P S y P S T ,
declararon el d í a 19 que M é x i c o " n o requiere n i de la c o n m i -
s e r a c i ó n n i la caridad de los centros financieros del imperialis-
m o ; t a m p o c o nos c o n f u n d e n n i halagan las declaraciones de
buena v o l u n t a d de quienes nos han demostrado su permanen-
te e s p í r i t u de r a p i ñ a y su irrefrenable a m b i c i ó n por someter-
nos a su d o m i n a c i ó n " .
Por su parte, el I E P E S del P R I , en u n d o c u m e n t o confi-
dencial, recomienda que se analicen las diferentes opciones en
el p r o b l e m a de la deuda externa, a f i n de replantear la carga
financiera. C a b r í a incluso considerar una s u s p e n s i ó n temporal
en los pagos c o m o la de 1982.

184
El 23 de octubre, " d í a de la a c c i ó n continental en contra
del pago de la deuda", diversas organizaciones p o l í t i c a s y sin-
dicales realizaron una m a n i f e s t a c i ó n del Museo de A n t r o p o l o -
g í a al H e m i c i c l o a J u á r e z de la ciudad de M é x i c o . El Día cal-
cula en 50 m i l los manifestantes. Los planteamientos hechos
a l o largo de la marcha y durante u n m i t i n fueron: cubrir los
intereses de la deuda es una a c c i ó n irresponsable; M é x i c o no
puede pagar, t e n d r í a que dar t o d o su t e r r i t o r i o o su p e t r ó l e o
(afirma Heberto Castillo); el ú n i c o camino hacia la libertad
p o l í t i c a y social del p a í s es la moratoria.
V e i n t i o c h o organizaciones de colonos y damnificados que
integran la Coordinadora Unica de Damnificados marcharon
hasta Los Pinos el d í a 26 para presentar u n largo pliego de pe-
ticiones, entre las cuales figura la necesidad impostergable de
" t o m a r la p a t r i ó t i c a decisión de declarar la m o r a t o r i a de la
deuda externa".
La C o m i s i ó n de Hacienda y C r é d i t o P ú b l i c o de la C á m a r a
de Diputados d e c l a r ó el d í a 27 que M é x i c o no compromete
su s o b e r a n í a p o r el hecho de renegociar su deuda externa,
aunque n o se descarta una m o r a t o r i a parcial para llevar a ca-
bo la r e c o n s t r u c c i ó n del p a í s .
Finalmente, Carlos Tello M a c í a s d e c l a r ó l o siguiente en
la revista Punto ( d í a 4 de noviembre):

" ¿ C u á l s e r í a la suerte del F M I si se encontrara a u n


grupo de Cartagena u n i d o , y que haya avanzado m u -
cho m á s en sus planteamientos de n e g o c i a c i ó n ? ( . . . )
Entonces sí h a b r í a algún enfrentamiento; c o m o en
toda n e g o c i a c i ó n que t e n d r í a que resolverse p o r esa
v í a , cediendo las partes, y a lo mejor llegamos a una
s o l u c i ó n ideal. Pero sería m u y favorable para el p a í s
que se cortara a la m i t a d p o r ejemplo el pago de los
intereses. E s t a r í a m o s 6 m i l millones de d ó l a r e s ade-
lante, que n o sería lo ideal, pero ya s e r í a i m p o r t a n t e " .

S ó l o nos resta hacer notar que el " d i a r i o de la m o r a t o r i a " es,


sin lugar a dudas, La Jornada.

185
1. Diario Oficial de la Federación, 4 de octubre de 1985.
2. "Instalación de la Comisión Nacional de Reconstrucción", 9 de octubre de
1985.
3. Comisión Nacional de Emergencia, p. 13.
4. Comisión Económica, p. 11.
5. Comisión Metropolitana de Emergencia, p. 7.
6. La Jornada, 10 de abril de 1986.
7. Comisión Económica, p. 25.
8. Economía Aplicada, pp. 33 y 36.
9. Comisión Metropolitana, p. 8.
10. Flores
11. Aura, p. 36.
12. Ibid., p. 22.

186
LA TAREA CENTRAL: DESCENTRALIZAR

Un día
abandonaremos
la Ciudad de México;
la dejaremos en pie y desierta
para que
las conjeturas
crezcan,
y nos iremos a fundar
en otra parte
nuestras maravillas.

Alejandro Aura

Hablar de centralismo, en M é x i c o , es hablar de muchas cosas:


c o n c e n t r a c i ó n de poderes inmensos, una capital convertida en
gigantesca m e g a l ó p o l i s (el m a y o r activo del p a í s , se dice), in-
justicia en el reparto regional de cargas y beneficios, mala
d i s t r i b u c i ó n de lo que con muchos trabajos hemos logrado
acumular, etc.
A n t e uno de los m á s arteros golpes que ha sufrido la capi-
tal del p a í s , el tema de la d e s c e n t r a l i z a c i ó n se p r e s e n t ó como
el de m á s urgente tratamiento. L a conciencia nacional se vio
estremecida ante los efectos que una calamidad hizo sentir en
el centro de todos los poderes. Si esto ocurre con u n terremo-
t o , se p e n s ó , nuestra vulnerabilidad es absoluta.
La ciudad de M é x i c o , se dice, es el espejo de los podero-
sos. E n ella ven su propia imagen, descontando la miseria y la
m a r g i n a c i ó n . Cuando el espejo se rompe, la imagen autoglo-
rificada se desvanece. De nada sirvió la grandeza de los rasca-
cielos. Por el c o n t r a r i o : ahora se les teme. C o m o el siervo de la
fábula, que contemplaba en el espejo de las aguas la hermosu-
ra de su cornamenta que d e s p u é s fue m o t i v o de su muerte al
enredarse entre las ramas de los á r b o l e s , la ciudad de M é x i c o
v i o que sus ornamentos se c o n v e r t í a n en esqueletos de auto-
destrucción.

187
Pero el terremoto n o s ó l o r o m p i ó i m á g e n e s cuestionando
poderes y grandezas. S e m b r ó la muerte. I n f u n d i ó miedo en la
p o b l a c i ó n entera. Quienes sufrimos la experiencia no la olvi-
daremos nunca. E l s í n d r o m e del t e m b l o r estará presente por
más que q u i s i é r a m o s librarnos de él.
L a primera r e a c c i ó n ante una tragedia c o m o la que v i v i -
mos, es —al menos en m u c h í s i m o s casos— la h u i d a . A s í fuera
sólo por unos d í a s para recobrar el s u e ñ o y el aliento. Cuando
la h u i d a se transforma en a s p i r a c i ó n conceptual colectiva, re-
cibe el nombre de d e s c e n t r a l i z a c i ó n .
El p á n i c o a la c o n c e n t r a c i ó n , las ganas de salir —o por lo
menos de que otros se vayan— se volvió tema de conversacio-
nes interminables, de ponencias a c a d é m i c a s , de anuncios gu-
bernamentales, de p o l é m i c a s , de estudios, de planes, etc. A l
final, nos e n c o n t r á b a m o s en la Torre de Babel. Ninguna entre
las visiones r e s u l t ó m á s compleja y absurda que ésta. Fue u n
verdadero delirio de palabras. Palabras que anunciaban lo que
d e b í a hacerse, l o que se daba p o r hecho, l o que se h a r á en el
futuro. L a i m p r e s i ó n es que t o d o q u e d ó en eso. Salieron de la
capital unas cuantas oficinas gubernamentales y nada m á s . Ter-
minaron las declaraciones, las ponencias, las discusiones. A h o -
ra sólo quedan los estudios y una vaga s e n s a c i ó n de que el te-
r r e m o t o no fue suficiente para poner manos a la obra.
Pocos temas hay tan penosos de leer, c o m o é s t e , en los
medios p e r i o d í s t i c o s . H u b o que depurar la c r ó n i c a para v o l -
verla comprensible, o tan s ó l o menos irritante. En los d í a s
posteriores a la gran sacudida, una feria de cifras h a c í a pensar
en una ciudad que e m p r e n d í a la retirada, perdida la batalla
contra la naturaleza. Los deseos se transformaban en n ú m e -
ro. H a b í a quienes p e d í a n que la ciudad se redujera a la terce-
ra parte de sus dimensiones, otros q u e r í a n s ó l o tres millones
en ella. En esta f a n t a s í a delirante, sólo h a c í a falta el decreto
correspondiente.
Entre d e s c e n t r a l i z a c i ó n y d e s c o n c e n t r a c i ó n , la academia
se disputa las definiciones, las precisiones. E l c o r t o , el media-
no y el largo plazo preocupan p o r igual. La inteligencia de u n
p a í s se vuelve nominalista. Proyectos, costos, escenarios, h o r i -
zontes, t o d o se vuelve m o t i v o de análisis. Son los nombres
que conviene registrar.

188
Tal vez í b a m o s p o r buen camino, sólo que nos esperaoa
o t r o t e r r e m o t o al comenzar 1986, el t e r r e m o t o financiero de
la c a í d a de los precios del p e t r ó l e o . Frente a esto, las p r i o r i -
dades cambian, porque l o ú n i c o p r i o r i t a r i o es sobrevivir. Y a
h a b r á t i e m p o para descentralizar. Sin embargo, n o se puede
olvidar que la d e s c e n t r a l i z a c i ó n es la gran tarea, la tarea cen-
tral. Con crisis o sin ella, el p a í s debe replantearse su forma
de crecer y de vivir. Hacerlo sobre las mismas pautas, nos
parece, significa retar a la fatalidad.
L a conciencia de la necesidad descentralizadora g a n ó te-
rreno en algunos puntos, como consecuencia del desastre. Y a
n o se ve que s ó l o al gobierno compete semejante labor. Es
q u i z á el que m á s posibilidades tiene para comenzar la tarea, y
el que debe poner el ejemplo, c o m o representante de la socie-
da. Pero no es e l ú n i c o . E n una gigantesca c o n c e n t r a c i ó n hu-
mana, los intereses individuales no siempre coinciden con los
de la colectividad; pero cuando la c o m u n i d a d entera tiene
conciencia de los caminos para la s o l u c i ó n de los problemas
comunes, el i n t e r é s individual, si n o cede, queda s e ñ a l a d o
como a n t a g ó n i c o y en ese m o m e n t o corresponde actuar a la
autoridad.
L a d e s p r e o c u p a c i ó n entre l o que se dijo y l o que se h i z o
fue por d e m á s notable. L a c r ó n i c a registra lo dicho y en oca-
siones pone en duda l o que se dice que se h i z o ; esperamos que
cumpla su c o m e t i d o , es decir, ayudarnos a responder por q u é
no hacemos l o que todos vemos que debe hacerse.
Sep tiembre
El regente R a m ó n Aguirre V e l á z q u e z i n f o r m ó el d í a 21 que
los edificios derrumbados que albergaban oficinas p ú b ü c a s ,
no serán reconstruidos y se b u s c a r á reubicar las oficinas que
allí h a b í a en otras ciudades de la R e p ú b l i c a .
La reportera Martha Becerra, de El Sol de México, entre-
vistó a diversas personas en las terminales terrestres y aérea,
dispuestas a salir de la capital del p a í s . S e g ú n ella, el é x o d o se
p r o d u c í a a u n r i t m o de 15 m i l personas p o r hora y los m o t i -
vos de la partida iban del descanso p o r unos d í a s , a la decisión
de cambiar definitivamente de residencia; en ambos casos la
causa de la partida fue el m i e d o creado por los temblores en
el D i s t r i t o Federal.

189
E l secretario de Salud, G u i l l e r m o S o b e r ó n Acevedo, anun-
c i ó el d í a 23 que el gobierno federal b u s c a r á reubicar en los
estados oficinas cuya permanencia en el D i s t r i t o Federal n o
sea indispensable. L a medida se llevará a cabo por instruccio-
nes del Presidente de la R e p ú b l i c a .
El d í a 24 se c o n s t i t u y ó en el Senado una C o m i s i ó n Espe-
cial Transitoria de Emergencia que m a n i f e s t ó , entre otras
cosas, que el sismo c o n v i r t i ó en p r i o r i d a d nacional la descen-
t r a l i z a c i ó n administrativa de la ciudad de M é x i c o .
En Nuevo L e ó n , varias organizaciones empresariales piden
que se descentralice la a d m i n i s t r a c i ó n p ú b l i c a federal, cam-
biando la capital del p a í s a o t r o lado o por l o menos trasla-
dando s e c r e t a r í a s de Estado a otras entidades.
E n una r e u n i ó n en L o s Pinos, el Presidente de la R e p ú b l i -
ca a n u n c i ó la r e a l i z a c i ó n inmediata de varias tareas, entre ellas
la d e s c o n c e n t r a c i ó n del á r e a metropolitana, cometido que
especialmente solicitó al secretario de P r o g r a m a c i ó n y Pre-
supuesto, Carlos Salinas de Gortari.
Fernando G o n z á l e z G o r t á z a r e s c r i b i ó en La Jornada: " e l
t e r r e m o t o m o s t r ó hasta q u é grado el centralismo ha hecho
vulnerable al p a í s . Si t o d o , l í n e a s de comunicaciones de m i l
tipos, canales de servicios, toma de decisiones hasta en los
campos m á s absurdos, t o d o pasa por la capital, una c a t á s t r o f e
(natural o provocada) en ella convierte a la n a c i ó n entera en
una especie de sombra sin m o v i m i e n t o p r o p i o " .
Por su parte, H é c t o r Aguilar C a m í n dijo el d í a 26 en ese
mismo diario:

" E l t e r r e m o t o de hace una semana a j u s t ó cuentas c o n


algunos de los mayores vicios de la civilización mexi-
cana del siglo x x . Primero, con el orgulloso hacina-
m i e n t o urbano, institucionalmente p r o m o v i d o en su
t i e m p o como signo de nuestra modernidad, en los
hoy a p o c a l í p t i c o s multifamiliares J u á r e z y Tlatelolco.
Segundo, con la p r o l i f e r a c i ó n concentrada del com-
plejo b u r o c r á t i c o central, c o n sus grandes instalacio-
nes administrativas y sus vastos complejos m é d i c o -
hospitalarios. Tercero, c o n la inaudita c e n t r a l i z a c i ó n
de los servicios y los recursos, que llegó a poner t o d o
el poder en u n solo par de manos, al igual que puso en

190
u n solo haz de cables, de u n viejo edificio de la calle
de V i c t o r i a , todos los ramales —55 mil— que c o m u n i -
can t e l e f ó n i c a m e n t e al sur con el norte del p a í s y al
p a í s en su c o n j u n t o c o n el e x t e r i o r " .

E l p r o p i o Aguilar C a m í n señala m á s adelante que " n o sólo


s a l t ó en pedazos la sede de la c e n t r a l i z a c i ó n mexicana, sino
que fue arrasado el centro m i s m o de la sede, el asiento real
y ritual de los poderes de M é x i c o , desde su remota entidad
p r e h i s p á n i c a hasta su densa estabilidad posrevolucionaria.
Ha sido devastado el centro antiguo de M é x i c o , el M é x i c o de
siempre que p o c o tiene y a que decir, salvo en sus errores, al
M é x i c o de m a ñ a n a " .
E l secretario de E n e r g í a , Minas e Industria Paraestatal,
Francisco Labastida Ochoa, a n u n c i ó el d í a 27 que en unos
d í a s m á s se iniciará la d e s c e n t r a l i z a c i ó n . Se estudia ya q u é i n -
dustrias s a l d r á n del D i s t r i t o Federal.
Los dirigentes de los p e q u e ñ o s industriales indicaron que
p e d i r á n facilidades para que sus empresas puedan cambiar-
se a zonas a l e d a ñ a s al Distrito Federal. Los industriales del
vestido insisten en que b u s c a r á n coordinarse con las autorida-
des para su r e u b i c a c i ó n .
En su serie de a r t í c u l o s sobre los temas de la reconstruc-
c i ó n nacional y de la d e s c e n t r a l i z a c i ó n , Aguilar C a m í n insiste:
" l a d e s c e n t r a l i z a c i ó n que el p a í s demanda, y ahora la geolo-
g í a i m p o n e , exige desarmar la p i r á m i d e de poder construida
p o r varias generaciones e introducirse paso a paso a u n cam-
bio de é p o c a , a u n nuevo estilo de civilización y convivencia
política".
M á s adelante concluye:
" E l t e r r e m o t o del 19 de septiembre puso d r a m á t i c a -
mente sobre la mesa de las decisiones la urgencia de
profundizar la d e s c e n t r a l i z a c i ó n anunciada y en con-
secuencia la d e s p r e s i d e n c i a l i z a c i ó n de la vida p o l í t i c a
del p a í s . Y esto no sólo por la evidencia física de que
es imposible seguir 'construyendo' la ciudad de Méxi-
co, sino t a m b i é n porque la tragedia de septiembre sa-
c ó a la luz la profunda d e s o r g a n i z a c i ó n p o l í t i c a y civil
de la ciudad, al t i e m p o que la extraordinaria reserva de
p a r t i c i p a c i ó n y solidaridad de sus habitantes".

191
E l subsecretario de F o m e n t o Industrial, Mauricio de M a r í a
y Campos, a f i r m ó el d í a 28 que ninguna industria que haya
sido d a ñ a d a p o d r á reubicarse en el D i s t r i t o Federal. R e c i b i r á n
e s t í m u l o s fiscales para establecerse en otra ciudad.
Se a n u n c i ó el d í a 29 que 13 entidades paraestatales de la
S e c r e t a r í a de A g r i c u l t u r a y Recursos H i d r á u l i c o s s a l d r á n del
D i s t r i t o Federal. Esto forma parte de u n p r o y e c t o m a y o r que
implica trasladar 47 oficinas fuera de la capital e incluso desa-
parecer algunas. (Nunca supimos cuál era el p r o y e c t o n i q u i é n
lo e l a b o r ó . Tampoco supimos que se llevara a cabo).
L a S e c r e t a r í a de E n e r g í a , Minas e Industria Paraestatal
a c l a r ó el d í a 30 que la d e s c e n t r a l i z a c i ó n de empresas p ú b l i c a s
n o será una i m p o s i c i ó n federal a los gobiernos estatales y m u -
nicipales, sino una labor coordinada y de m u t u a convenien-
cia, a d e m á s de gradual.
L a S e c r e t a r í a de Pesca, p o r su parte, inició la desconcen-
t r a c i ó n de la S u b d i r e c c i ó n de Ac ua c ul t ura , Infraestructura
Pesquera y el I n s t i t u t o Nacional de Pesca. Hidalgo, Baja Ca-
lifornia Sur, Colima, Veracruz, Oaxaca y Y u c a t á n son las
entidades elegidas p o r la S e c r e t a r í a de Pesca para su descon-
centración.
L a S e c r e t a r í a de Comercio y F o m e n t o Industrial regiona-
lizará (inició ya el proceso) la D i r e c c i ó n General de Arance-
les. Guadalajara, M o n t e r r e y , Puebla y Veracruz, entre otras
ciudades, c o n t a r á n con oficinas de esa dependencia.

Octubre
E l d í a l o . los gobernadores de Tlaxcala, Hidalgo, Quintana
Roo y M é x i c o c o i n c i d i e r o n en s e ñ a l a r que la descentraliza-
c i ó n n o debe ser precipitada n i de dependencias completas,
p o r q u e s e r í a trasplantar a los estados los problemas de la ciu-
dad de M é x i c o y que ahora se pretende solucionar. T u l i o Her-
n á n d e z , gobernador de Tlaxcala, a f i r m ó : " L o recomendable
es adelgazar las s e c r e t a r í a s de Estado. Es decir, dejar en M é x i -
co al secretario con u n equipo de 3 0 0 personas y desconcen-
trar unidades e s t r a t é g i c a s , archivos, organismos descentraliza-
dos e i n s t i t u t o s de i n v e s t i g a c i ó n " .
J o s é Francisco Ruiz Massieu, funcionario p ú b l i c o y cola-
borador de La Jornada, a f i r m ó que para descentralizar u n

192
aparato p ú b l i c o tan grande y complejo c o m o el asentado en
el D i s t r i t o Federal, " n o r m a l m e n t e n o hay o c a s i ó n propicia.
A h o r a el sismo g e n e r ó las condiciones subjetivas (la concien-
cia de que la zona m e t r o p o l i t a n a se halla en fase de desecono-
m í a s crecientes) y las objetivas (las instalaciones p ú b l i c a s se
han visto severamente mermadas)".
A r t u r o Sotomayor, a su vez, escribió en Novedades:

"Podemos aducir razones incontrovertibles para de-


fender a nuestra ciudad de la amenaza de ser 'llevada'
a otra parte ( e m p e ñ o imposible por r i d í c u l o y esno-
bístico). . . la r e o r g a n i z a c i ó n de nuestra m e t r ó p o l i
debe cimentarse en la r e e s t r u c t u r a c i ó n de la adminis-
t r a c i ó n p ú b l i c a federal [. . . ] en la ciudad de M é x i c o
debe permanecer la Presidencia de la R e p ú b l i c a , la Se-
c r e t a r í a de Hacienda (pero ya n o en plan de rompeca-
bezas c o m o e s t á ahora), la de la Defensa Nacional y el
gobierno del D i s t r i t o Federal. Las otras dependencias
del Poder Ejecutivo Federal deben ser instaladas en
donde su f u n c i ó n y su presencia e s t é n acordes c o n su
naturaleza b u r o c r á t i c a y con la otra Naturaleza: la
que no hemos sabido respetar n i , t a m p o c o , utilizar.
Es decir —a manera de ejemplo—: Marina y Pesca a.
nuestros litorales y costas; Agricultura y Recursos H i -
d r á u l i c o s al centro de la R e p ú b l i c a , la salubridad y la
c o n s e r v a c i ó n de la salud deben multiplicarse, n o con-
centrarse".

S e g ú n se dijo el d í a 2, el sindicato del I M S S estudia la reubica-


c i ó n de 12 m i l trabajadores del Centro M é d i c o Nacional, cu-
yas instalaciones fueron inutilizadas p o r los sismos. Por su
parte, la S e c r e t a r í a de Salud informa que se r e s p e t a r á n las
condiciones laborales de los trabajadores que decidan trasla-
darse a los estados.
Los senadores Patrocinio G o n z á l e z Blanco y J o s é R a m í -
rez Gamero c o i n c i d i e r o n en la a f i r m a c i ó n de que la capital
del p a í s , por razones h i s t ó r i c a s y p o l í t i c a s , debe seguir siendo
la ciudad de M é x i c o . Por su parte, la senadora M i m a H o y o s
de Navarrete m a n i f e s t ó que si se decide enviar fuera de la ca-
p i t a l alguna o algunas s e c r e t a r í a s de Estado, d e b e r í a n irse con
su titular al frente.

193
O t r o senador, J o s é A n t o n i o Padilla Segura, afirma que nc
hay problemas de í n d o l e p o l í t i c a para llevar a cabo la descen-
t r a l i z a c i ó n , sino de c a r á c t e r humano ( ¡ ! ) . Asimismo dijo que
por muchos esfuerzos que se hagan, la d e s c o n c e n t r a c i ó n de la
vida nacional n o será posible antes del a ñ o dos m i l .
El subsecretario de F o m e n t o Industrial, Mauricio de Ma-
r í a y Campos, i n f o r m ó que los empresarios cuyas empresas se
vieron afectadas p o r los terremotos, p o d r á n contar con par-
ques industriales existentes en diferentes puntos del p a í s , en
los cuales existe amplia infraestructura, disponibilidad de ma-
n o de obra calificada, a s í c o m o u n enorme potencial de desa-
r r o l l o . [Vistas así las cosas, nos preguntamos q u é e s t á n espe-
rando los industriales para irse].
E l gobernador de Colima, Elias Z a m o r a V e r d u z c o , se
suma a la a s e v e r a c i ó n de que, p o r razones p o l í t i c a s , los po-
deres de la U n i ó n deben seguir teniendo como sede el D i s t r i t o
Federal.
La C O N C A M I N i n f o r m a que 500 empresas del ramo t e x t i l
del D i s t r i t o Federal se r e u b i c a r á n en varios estados.
L a directora de D e s c e n t r a l i z a c i ó n de la S P P , Alejandra
M o r e n o Toscano, a c l a r ó que la d e s c e n t r a l i z a c i ó n debe ser u n
proceso m u y cuidadoso, pues n o s ó l o comprende el cambio
de espacios físicos, sino nuevas formas de a d m i n i s t r a c i ó n . " E l
problema n o es ú n i c a m e n t e desongestionar, sino modificar las
formas de funcionamiento administrativo. . . "
Enrique Berruga F i l l o y , articulista de Novedades, se pre-
gunta: " ¿ P o r q u é tiene que ser el gobierno el p r i m e r o que se
traslade? Porque es l o m á s viable en u n r é g i m e n de libertades
c o m o el nuestro. A nadie se puede obligar a que se vaya de la
ciudad. A l industrial o al particular se le tiene que convencer
o dar incentivos. A l b u r ó c r a t a se le puede cambiar su centro
de trabajo y su a d s c r i p c i ó n " .
Nos parece pertinente incluir la siguiente a c o t a c i ó n del
columnista de El Día, A b r a h a m G a r c í a Ibarra: " A h o r a m i s m o
observamos c ó m o la s i t u a c i ó n citadina acapara todos los espa-
cios y tiempos p e r i o d í s t i c o s , todos los comentarios y todos
los análisis y a la tragedia y a la grandeza p o r las que se hace
frente al drama de la provincia apenas si se les dedica algunas
l í n e a s " . Sobre este p u n t o , el t a m b i é n columnista Miguel A n -

194
gel Granados Chapa dice: " C o m o se ve, comparativamente los
d a ñ o s en la provincia son m í n i m o s . Es seguro que en u n solo
edificio de la capital hayan m u e r t o m á s personas que en to-
dos los d e m á s lugares afectados j u n t o s . Pero el valor de las v i -
das no se mide en n ú m e r o s , y el duelo n o se pesa".
Nuevamente Mauricio de María y Campos, subsecretario
de F o m e n t o Industrial, m a n i f e s t ó el d í a 5 de octubre que el
gobierno "va a poner el ejemplo" en el proceso de descentra-
lización. Las entidades paraestatales son las que cuentan con
m á s posibilidades en ese proceso, dijo. E n seguida v e n d r í a n
las dependencias centrales, pero t a m b i é n es necesario descen-
tralizar la actividad privada por medio de e s t í m u l o s fiscales y
facilidades fuera del Valle de M é x i c o .
Se informa el d í a 6 que la S e c r e t a r í a de la Reforma Agra-
ria t e n d r á su sede en Cuernavaca al iniciarse 1986. Por l o
p r o n t o , cinco organismos agrarios serán trasladados a esa ciu-
dad este a ñ o , c o n t o d o y sus 9 m i l trabajadores. [Hasta donde
sabemos la sede de la S e c r e t a r í a de la Reforma Agraria no ha
cambiado].
Caminos y Puentes Federales de Ingresos c o m e n z ó a ope-
rar normalmente en Cuernavaca. Es el primer organismo fede-
ral que se desplaza a otra ciudad.
La empresa Fertimex se irá a Irapuato y Q u e r é t a r o , a s í
c o m o Tabamex y la S e c r e t a r í a de Agricultura y Recursos H i -
d r á u l i c o s a Toluca, s e g ú n se lee en la prensa. [Informaciones
c o m o la anterior, al final n o tuvieron el m e n o r fundamento.
N o sabemos si se t r a t ó de e s p e c u l a c i ó n p e r i o d í s t i c a o de caos
i n f o r m a t i v o en las propias dependencias gubernamentales].
Tres filiales de c o N A S U P O se irán a los estados de Guana-
juato y M é x i c o con m i l 3 0 0 empleados.
Puebla ofrece 8 0 0 viviendas para damnificados que quie-
ran trasladarse a esa ciudad.
El senador A n t o n i o M a r t í n e z Báez a f i r m ó que el excesivo
y pesado aparato b u r o c r á t i c o significa una carga para el p a í s ,
que ha i m p e d i d o su sano desarrollo e c o n ó m i c o y social, por
lo que la d e s c e n t r a l i z a c i ó n debe hacerse con medidas drásti-
cas, como cese a quienes se opongan a ser trasladados. S e ñ a l ó
que la verdadera d e s c e n t r a l i z a c i ó n implica delegar atribucio-
nes esenciales.

195
E l director general del I M S S , Ricardo G a r c í a S á i n z , anun-
ció el d í a 8 la c r e a c i ó n de nueve centros m é d i c o s nacionales.
El t i t u l a r de la P r o c u r a d u r í a Federal del Consumidor, Sal-
vador Pliego Montes, a f i r m ó , "a t í t u l o personal", que la ciu-
dad de M é x i c o debe reducir su p o b l a c i ó n a 7 u 8 millones
para que se puedan resolver los problemas de agua, vivienda,
hundimientos, etc. Para ello, la d e s c e n t r a l i z a c i ó n debe reali-
zarse "a marchas forzadas pero con estricta p l a n e a c i ó n " . En
ello deben colaborar los mejores especialistas de la U N A M , el
I P N y otras instituciones.
R a ú l O l m e d o , intelectual y funcionario p ú b l i c o , afirma l o
siguiente en Excélsior: "Esta r e d u c c i ó n de la descentraliza-
c i ó n a la mera d e s c o n c e n t r a c i ó n puede provocar u n efecto fe-
tichista peligroso: el creer que la c a t á s t r o f e urbana derivada
del t e r r e m o t o tiene su causa ú l t i m a en la c o n c e n t r a c i ó n de
oficinas p ú b l i c a s en el D i s t r i t o Federal y que por l o t a n t o , ha
sido el Estado el culpable en ú l t i m a instancia de la tragedia".
T a m b i é n en Excélsior, Rodrigo Calvillo, colaborador de
la s e c c i ó n financiera, se adelanta a los riesgos que puede aca-
rrear el p r o y e c t o de la d e s c e n t r a l i z a c i ó n : " O sea que la re-
c o n s t r u c c i ó n va a ser d o b l e , porque de las s e c r e t a r í a s y d e m á s
dependencias y empresas h a b r á u n 'original' en provincia y
una 'copia' en la capital. O sea que el dinero se d i l a p i d a r á
para hacer m u c h o m á s grande la mancha urbana del altiplano,
m á s subsidiada a costa del resto del t e r r i t o r i o , m á s hostil a las
corrientes del comercio internacional, menos capacitada para
exportar y generar las divisas imprescindibles para crecer y
modernizarnos, pero t a m b i é n con m á s poder p o l í t i c o que
nunca. Una pesadilla".
E l secretario de E n e r g í a , Minas e Industria Paraestatal,
Francisco Labastida Ochoa, a f i r m ó el d í a 9 que cerca de 46
m i l trabajadores (80% de la planta laboral) de las empresas
paraestatales irán a otras ocho ciudades provincianas. Tam-
b i é n señaló la dificultad de que 80 m i l trabajadores de P E M E X
y la C o m i s i ó n Federal de Electricidad salgan de la capital, por
el alto costo que ello i m p l i c a r í a . Definitivamente, dijo, los
empleados de la r e f i n e r í a de Azcapotzalco no saldrán del Dis-
t r i t o Federal.
[Esta dependencia, la S E M I P , es una de las que m á s cuen-

196
tas alegres ha hecho. N o sabemos en realidad c u á n t o de lo
anunciado se hizo pero, finalmente, la afluencia de empleados
y trabajadores a los estados ha sido reducida, en buena medi-
da p o r q u e a la hora de las acciones concretas aparecieron las
dificultades reales de infraestructura en t o d o t i p o de servi-
cios.]
E l procurador general de la R e p ú b l i c a , Sergio G a r c í a Ra-
m í r e z , a n u n c i ó la c r e a c i ó n de nueve delegaciones de c i r c u i t o ,
con l o cual se desconcentra la o p e r a c i ó n de la P G R .
A r t u r o Warman p u b l i c ó en La Jornada: " L a descentrali-
z a c i ó n está en la agenda del p a í s c o m o debate, c o m o refle-
x i ó n , c o m o propuesta y ponencias, n o c o m o consigna de ac-
c i ó n desordenada y , otra vez, centralista y autoritaria. L a des-
c e n t r a l i z a c i ó n es u n clamor que debe atenderse en su sentido
m á s p r o f u n d o : repensar el p a í s todos j u n t o s para actuar en
consecuencia. Los sismos no son la causa de este clamor aun-
que lo amplifique".
Durante la r e u n i ó n del C o m i t é de D e s c e n t r a l i z a c i ó n , ce-
lebrada el d í a 10 en L o s Pinos, el d o c t o r E m i l i o Rosenblueth
m a n i f e s t ó que es el m o m e n t o de mudar la capital del p a í s . Pe-
se al alto costo inicial que ello s u p o n d r í a , el beneficio sería
considerable si se t o m a en cuenta el a l t í s i m o costo de los ser-
vicios que deben ofrecerse en este m o m e n t o a la ciudad de
M é x i c o , a d e m á s de otros problemas ya conocidos. Celaya o
Q u e r é t a r o p o d r í a n ser los lugares i d ó n e o s para el asiento de
los poderes federales.
R a ú l Olmedo abunda una vez m á s en la diferencia que
hay entre d e s c o n c e n t r a c i ó n y d e s c e n t r a l i z a c i ó n : " L a simple
r e u b i c a c i ó n o d e s c o n c e n t r a c i ó n n o a ñ a d e nada extra a la
suma t o t a l de insumos y productos. Se trata m á s bien, con la
d e s c e n t r a l i z a c i ó n , de movilizar a aquellas fuerzas productivas
de la provincia que h o y se encuentran latentes".
Francisco J o s é P a o ü , rector de la U A M X o c h i m i l c o y co-
laborador de La Jornada, afirma que según datos oficiales de
la C o m i s i ó n de C o n u r b a c i ó n del Centro del P a í s , " l a zona me-
tropolitana contaba en 1984 con 17.5 millones de habitantes,
de los cuales 10 millones 816 m i l corresponden al área urbana
del D i s t r i t o Federal. E l Plan Nacional de Desarrollo Urba-
no previo en 1978 una serie de acciones para que el área me-

197
t r o p o l i t a n a n o creciera m á s allá de 16.5 millones de habitan-
tes y para que n o excediera de 18 millones en el a ñ o 2 0 0 0 " .
F r a c a s ó rotundamente la primera previsión, pero es posible
que la segunda se logre, señala Paoli, quien m á s adelante pro-
porciona la siguiente i n f o r m a c i ó n : " T a m b i é n p r e v e í a d i c h o
Plan Nacional en 1978 que en el mediano plazo se d e b e r í a
transferir a 20 por ciento de los empleados del sector central
y a 20 por ciento del paraestatal, radicados en el área m e t r o -
politana de la ciudad de M é x i c o . Si este fuera el caso e s t a r í a -
mos hablando de alrededor de 2 5 0 m i l trabajadores federales.
En p r i n c i p i o parece que la d e c i s i ó n de impulsar la descentra-
l i z a c i ó n a partir de las oficinas y empresas p ú b l i c a s es la ú n i c a
posible. V i v i m o s una sociedad estatizada en alto grado. Las
decisiones fundamentales parece que sólo pueden ser tomadas
con voluntad p o l í t i c a . Preocupa, sin embargo, que ella n o sea
suficiente para hacer bien las cosas. Se requiere una planea-
c i ó n y una o r g a n i z a c i ó n que n o parecen estarse d a n d o " .
E l I S S S T E i n i c i ó el d í a 11 su d e s c o n c e n t r a c i ó n . . . en el
D i s t r i t o Federal, en el cual se c r e a r á n cuatro delegaciones ad-
ministrativas. E l F O V I S S S T E y la D i r e c c i ó n de Tiendas se tras-
l a d a r á n a Jalisco o San Luis P o t o s í .
La C T M r e c a l c ó que los empresarios deben pagar el costo
de sus propios programas de d e s c e n t r a l i z a c i ó n y n o esperarlo
t o d o del gobierno, como siempre ha sucedido.
El oficial m a y o r de la S A R H i n f o r m ó el d í a 12 que 50 p o r
ciento del personal de esa dependencia será enviado fuera del
D i s t r i t o Federal.
E l M o v i m i e n t o Ecologista Mexicano opina que la descen-
t r a l i z a c i ó n se debe dar sobre t o d o en el sector industrial, pues
de las 30 m i l fábricas existentes en la m e t r ó p o l i , 16 por cien-
to son contaminantes y e x p l o t a n 5 m i l pozos clandestinos
que provocan ablandamientos de tierra y huecos en el sub-
suelo.
La F e d e r a c i ó n de Sindicatos de Trabajadores al Servicio
del Estado a n u n c i ó el d í a 14 que de cien a 150 m i l emplea-
dos p ú b l i c o s saldrán del D i s t r i t o Federal durante los p r ó x i -
mos tres a ñ o s . Por l o p r o n t o han presentado solicitud 15 m i l .
E l columnista J o s é Luis Mejías, de Excélsior, se p l a n t e ó
las siguientes reflexiones:

198
" ¿ C ó m o , en una tierra de caciques y c o n o l i g a r q u í a s
propensas a la segregación territorial puede proponer-
se que el Gobierno Federal ceda grandes parcelas de
poder? Y es que la d e s c e n t r a l i z a c i ó n t o t a l s u p o n d r í a
la d e s a p a r i c i ó n del Estado, el anarquismo, en t a n t o
que la demasiada c e n t r a l i z a c i ó n pone en peligro la de-
mocracia y la capacidad del Estado para realizar sus
funciones. Problemas que deben estudiarse antes de
tomar decisiones precipitadas. Para la desconcentra-
ción administrativa, en cambio, nunca h a b r á u n mejor
m o m e n t o que ahora. Existen la necesidad y las condi-
ciones".

El l í d e r de los trabajadores del I M S S a f i r m ó el d í a 5 que a los


empleados de esa i n s t i t u c i ó n que quieran irse de la capital del
p a í s se les d a r á el aguinaldo y u n mes de sueldo adelantados,
a d e m á s de c r é d i t o s para vivienda.
Con ejemplar o p t i m i s m o , la F S T S E afirma el d í a 20 que
t o d o el empleado p ú b l i c o que quiera irse a los estados "ten-
d r á garantizada una vivienda". En el peor de los casos, si n o
hay vivienda disponisble, se le o t o r g a r á u n c r é d i t o para que
construya.
E l M o v i m i e n t o Ecologista Mexicano señala que hay en el
á r e a m e t r o p o l i t a n a de la ciudad de M é x i c o 37 m i l 500 empre-
sas industriales, asentadas en 7 m i l 307 h e c t á r e a s y con u n
m i l l ó n de familias a las que dan empleo. La d e s c e n t r a l i z a c i ó n
de estos recursos humanos y materiales implica u n a l t í s i m o
costo. N o obstante, 87 de esas empresas deben salir del Dis-
t r i t o Federal porque son altamente contaminantes, como es
el caso de la r e f i n e r í a de Azcapotzalco.
E l secretario de P r o g r a m a c i ó n y Presupuesto, Carlos Sali-
nas de Gortari, quien preside el C o m i t é de D e s c e n t r a l i z a c i ó n
de la C o m i s i ó n Nacional de R e c o n s t r u c c i ó n , m a n i f e s t ó el d í a
25 que la d e s c e n t r a l i z a c i ó n de oficinas gubernamentales de la
ciudad de M é x i c o es irreversible, aunque se h a r á con orden y
seriedad. En etapas subsiguientes, se p r o c e d e r á a la descentra-
l i z a c i ó n de la industria y los servicios. C o m o primera decisión,
14 m i l empleados p ú b l i c o s empezaron a reubicarse en los es-
tados. A n u n c i ó Salinas de G o r t a r i que n o se c r e a r á n plazas
federales en los estados, las sedes de las s e c r e t a r í a s de Estado

199
p e r m a n e c e r á n en la capital del p a í s , n o se t r a n f e r i r á n depen-
dencias y organismos a M o n t e r r e y y Guadalajara, se llevarán a
cabo programas de vivienda para los empleados p ú b l i c o s reu-
bicados, como regla general se evitará la d e s c o n c e n t r a c i ó n de
oficinas p ú b l i c a s a ciudades contiguas al área m e t r o p o l i t a n a
de la ciudad de M é x i c o , se d a r á p r i o r i d a d en materia de servi-
cios a las ciudades receptoras, se a m p l i a r á la d e l e g a c i ó n de fa-
cultades financieras y presupuestarias a estados y municipios.
[Sin duda el plan es excelente. Esperemos los resultados]
En trece d í a s , el I M S S r e u b i c ó a 7 m i l de sus trabajadores.
[Parece que esta i n s t i t u c i ó n va a la cabeza, con cierta prisa,
por desconcentrara su personal.]
El regente capitalino R a m ó n Aguirre V e l á z q u e z a n u n c i ó
el d í a 3 0 el inicio de la primera fase de la d e s c e n t r a l i z a c i ó n de
la r e f i n e r í a de Azcapotzalco. [ M u y contradictoria ha sido la
i n f o r m a c i ó n sobre este asunto. A l final parece que o c u r r i ó l o
que era de esperarse: la r e f i n e r í a se q u e d ó . ]
El gobernador de Jalisco, Enrique Alvarez del Castillo,
n o t i f i c ó el d í a 31 a las autoridades del I S S S T E que el m u n i c i -
p i o de Zapopan (conurbado a la ciudad de Guadalajara) n o
cuenta con la infraestructura para recibir a 400 empleados del
FOVISSSTE que se h a b í a decidido enviar allí. Igual o c u r r i ó
con la ciudad de San Luis P o t o s í , pues n o tiene la capacidad
para recibir a 800 trabajadores de esa i n s t i t u c i ó n . E n Cuerna-
vaca, el gobernador L a u r o Ortega m a n i f e s t ó que ya n o se
tiene m á s capacidad para recibir otras dependencias, d e s p u é s
de la i n s t a l a c i ó n en esa ciudad de una entidad paraestatal y
u n organismo agrario. A Saltillo arribaron las primeras 26 fa-
milias damnificadas del D i s t r i t o Federal.

Noviembre
E l d í a 2, Juan M o l i n a r Horcasitas p u b l i c ó lo siguiente en La
Jornada:

" S i se quiere descentralizar la g e s t i ó n p ú b l i c a i m p o r t a


poco d ó n d e esté la sede del G o b i e r n o Federal. L o que
realmente i m p o r t a es redefinir q u é asuntos pueden
decidir los estados y los m u n i c i p i o s y q u é asuntos tie-
ne que decidir la f e d e r a c i ó n . Solamente trasladando

200
facultades de d e c i s i ó n desde la esfera federal hasta el
á m b i t o de los estados y los m u n i c i p i o s se descentrali-
z a r á n los procesos de toma de decisiones y de estable-
cimiento de p o l í t i c a s p ú b l i c a s en nuestro p a í s . Y de
esto poco se ha hablado".

Urbanistas del I N A H o p i n a r o n el d í a 3 que deben salir del Dis-


t r i t o Federal empresas como T e l é f o n o s de M é x i c o y la Co-
m i s i ó n Federal de Electricidad, así como la S e c r e t a r í a de
Marina, Conasupo, el Banco de M é x i c o y las C á m a r a s de D i -
putados y Senadores, puesto que se trata de entidades que
aglutinan una gran cantidad de p o b l a c i ó n flotante.
El exdirector del Banco de M é x i c o , Carlos Tello M a c í a s .
dijo lo siguiente (Punto, 4 de noviembre):

"Pareciera ser que hay una i n t e n c i ó n de descentralizar


al gobierno federal, como si no fuera M é x i c o la sede
de los poderes y como si no existiese en todas partes
del m u n d o , la capital, donde están ubicadas las Se-
c r e t a r í a s . Y o lo que p l a n t e a r í a es hasta q u é p u n t o no
es absurdo que e s t é n las fábricas de cemento y de
vidrio en el Periférico y n o que esté la S e c r e t a r í a de
Turismo en Mazaryk, por ejemplo. L o que sí es gro-
tesco es que esté una parte i m p o r t a n t e de las indus-
trias de la c o n f e c c i ó n , con ínfimas condiciones
laborales en L o r e n z o B o t u r i n i y no la S e c r e t a r í a de
Pesca. Esto forma parte de u n proyecto de desarticu-
lación. Hay u n afán de desmembrar. . . L a ciudad de
M é x i c o debe seguir fungiendo como sede de los pode-
res".

S e ñ a l ó t a m b i é n : " L o que no podemos hacer es robarle cáma-


ra al sismo, como algunos funcionarios, 'que y o me voy a
Cuernavaca, que y o me v o y a Guadalajara'. N o se le puede
robar c á m a r a al sismo, n o se deben hacer planteamientos pre-
cipitados. Y o creo que es u n problema serio t o d o el de la
c e n t r a l i z a c i ó n y d e s c e n t r a l i z a c i ó n , que debe irse con cuidado.
Que se vayan unos cuantos funcionarios y administradores
p ú b l i c o s no es nada, ante 19 m i l l o n e s " .
Finalmente, la S e c r e t a r í a de P r o g r a m a c i ó n y Presupuesto
i n f o r m ó el d í a 5 que de enero a octubre de 1985 se han re-

201
ubicado siete entidades p ú b l i c a s fuera de la capital del p a í s y
está en proceso el traslado de otras doce.
E L TERREMOTO: ¿OPORTUNIDAD? ¿PARTEAGUAS?

Toda ella en llamas de belleza


se arde, y se va, como fénix,
renovando.

Bernardo de Balbuena

Durante el p o c o m á s de mes y medio que abarca esta crónica,


se h a b l ó de que nada v o l v e r í a a ser igual d e s p u é s del terremo-
t o del 19 de septiembre y de su réplica t e r r o r í f i c a del d í a si-
guiente. En los tiempos h i s t ó r i c o s mexicanos, se dijo, h a b r á
u n antes y u n d e s p u é s del temblor. Es decir, se p l a n t e ó la po-
sibilidad de u n parteaguas, de u n h i t o h i s t ó r i c o en el devenir
c o n t e m p o r á n e o de nuestro p a í s .
Lorenzo Meyer plantea que hay u n cierto consenso —aun-
que no unanimidad— en cuanto a los puntos de cambio que
han marcado la historia del M é x i c o independiente. Hay —di-
ce— por l o menos nueve: la Independencia (1810-1821), la
é p o c a de los caudillos y los caciques (1821-1855), la Reforma
(1855-1861), la I n t e r v e n c i ó n (1861-1867), la R e p ú b l i c a Res-
taurada (1867-1876), el Porfiriato (1876-1910), la Revolu-
c i ó n Mexicana (1910-1920), el r é g i m e n de la R e v o l u c i ó n
(1920-1940), y , finalmente, la p o s r e v o l u c i ó n (1940-?). Meyer
sostiene la h i p ó t e s i s de que la p o s r e v o l u c i ó n t e r m i n ó en 1982
y se inicia a partir de entonces la " p o s p o s r e v o l u c i ó n " (Excél-
sior, 11 de j u n i o de 1986).
A partir de la R e v o l u c i ó n Mexicana (suspendiendo el j u i -
cio sobre los distintos cortes que hace Lorenzo Meyer) se han

203
p r o d u c i d o hechos trascendentes que no resulta difícil aceptar
c o m o determinantes para la historia c o n t e m p o r á n e a . Pense-
mos en la f u n d a c i ó n del Partido Nacional Revolucionario
( P N R ) , el reparto agrario y la e x p r o p i a c i ó n petrolera en tiem-
pos de C á r d e n a s , la d e c i s i ó n de industrializar al p a í s d e s p u é s
de la Segunda Guerra M u n d i a l . La o p i n i ó n comienza a dividir-
se sobre hechos m á s recientes. N o es fácil aceptar que el mo-
vimiento estudiantil de 1968 constituya u n o de esos hechos.
Nos parece que no se cuenta t o d a v í a c o n la suficiente investi-
g a c i ó n para llegar a esa c o n c l u s i ó n . De m o m e n t o , nos parece
apresurada la idea de que el t e r r e m o t o de septiembre de 1985
pueda pasar, sin d i s c u s i ó n , a la c a t e g o r í a de los hitos en la
historia reciente del p a í s .
La idea de parteaguas, tan difundida en los primeros d í a s
posteriores al t e r r e m o t o , pudiera ser una m á s entre las visio-
nes. Nuestro p r o p ó s i t o , como parte de la i n t e n c i ó n general de
esta obra, es poner en c u e s t i ó n esa idea, llamar la a t e n c i ó n so-
bre la premura c o n que se a c e p t ó , invitar a una r e f l e x i ó n m á s
sosegada.
Ahora bien, parece indudable que el terremoto es una
o p o r t u n i d a d para volver a pensar en algunos de los graves p r o -
blemas que aquejan a M é x i c o , a s í sea de manera poco riguro-
sa, sin las estrecheces del trabajo a c a d é m i c o , pero con la ter-
quedad de todos los que nacimos en esta tierra y queremos
conservarla como propia.
E l gran t e m b l o r es o p o r t u n i d a d para replantear varias
cosas: la r e l a c i ó n entre la sociedad y el Estado - a u n q u e sea
en t é r m i n o s m u y generales y sin pretender hacer el trabajo de
los sociólogos—, las grandes fallas de la conducta social —la
d e s o r g a n i z a c i ó n , la c o r r u p c i ó n , p o r sólo citar dos de ellas—, el
monstruo de m i l cabezas llamado centralismo, etc.
La i n t e n c i ó n es ambiciosa en t é r m i n o s de e x t e n s i ó n , si
bien es modesta en cuanto a la p r o f u n d i d a d , habida cuenta de
los instrumentos utilizados para exponer las ideas. M á s que
nada, la c r ó n i c a pretende sembrar inquietudes en los cuatro
puntos cardinales, en espera de que el viento de la curiosidad
intelectual las lleve l o m á s lejos posible.
El material noticioso sobre el tema es m u y escaso y he-
t e r o g é n e o : de tres notas que registramos, una es la visión

20 4
3e u n reportero, otra la de u n investigador y la ú l t i m a de Tu¬
lio H e r n á n d e z , el gobernador de Tlaxcala. Por fortuna, el ma-
terial editorial es m á s abundante.
E l d í a 25 de septiembre el reportero de Excélsior, Germán
Ramos Nava, relata c o n nostalgia: " l a capital m á s populosa
del m u n d o y a n o será la misma. M u c h o c a m b i a r á , t o d o se
t r a n s f o r m ó [,.,.«] H a b r á u n vuelco en el palpitar citadino [. . . ]
L a vida a q u í n o será la misma a pesar de que esta capital viva
una larga y buena convalecencia, q u e d a r á adolorida, mientras
supera y sufre, el trastornado metabolismo u r b a n o " . E l perio-
dista repasa los personajes de la ciudad cuya vida h a b r á de
cambiar: los parroquianos que se daban cita en el H o t e l Regis,
las beatas del A l t a r del P e r d ó n , los tinterillos y coyotes, los
desocupados que iban a contemplar a las estrellas en Chapul-
tepec 18, los b u r ó c r a t a s apurados, e t c .
E l columnista Djuka Julius, normalmente ocupado en te-
mas de e c o n o m í a y p o l í t i c a internacional, e s c r i b i ó el d í a 26,
en Excélsior, acerca del tema que ahora tratamos: " E l tem-
b l o r que hace una semana s a c u d i ó y parcialmente d e s t r o z ó
el centro de la ciudad de M é x i c o dejará una huella profunda,
dolorosa y permanente en el rostro de la n a c i ó n . Desde ahora
en adelante el f i n del siglo que vivimos se dividirá en M é x i c o ,
en los a ñ o s antes y d e s p u é s del t e r r e m o t o " .
Eduardo Valle e s c r i b i ó este mismo d í a en El Universal:
" L o s sismos de septiembre son una piedra miliar para la na-
c i ó n . Antes y d e s p u é s del 19 y 20 de septiembre de 1985 las
estructuras p o l í t i c a s y sociales n o van a ser iguales, n o perma-
n e c e r á n sin cambio. A u n q u e sólo fuese por el reconocimiento
de la fraternidad y la solidaridad mostrada en esos d í a s p o r
millones en r e l a c i ó n con la desgracia de otros mexicanos".
Especialista en temas de c o m u n i c a c i ó n , F á t i m a F e r n á n -
dez Christlieb e s c r i b i ó en La Jornada: " H a n surgido necesi-
dades, diferentes banderas de lucha que n o e x i s t í a n , proyectos
para la r e c o n s t r u c c i ó n , no sólo física sino social y p o l í t i c a , de
la ciudad. Presenciaremos muchos f e n ó m e n o s nuevos. N o ca-
be duda que estamos ante u n parteaguas".
L a ciudad de M é x i c o está en la encrucijada de su historia
y n o p o d r á seguir d e s e m p e ñ a n d o los mismos papeles ante el
agravamiento de los problemas, a f i r m ó el d í a 29 el investiga-

205
dor universitario Pedro J o s é Zepeda.
Manuel Fuentes, articulista de Unomásuno, dijo: "Ese te-
r r e m o t o c i m b r ó cimientos, a c a b ó con vidas, d e s g r a n ó estruc-
turas. Nuestro p a í s es diferente antes y d e s p u é s del t e m b l o r ;
ya no será l o mismo en muchas cosas. Desde ese 19 de sep-
tiembre la gente ya no es la m i s m a " .
Carlos Monsiváis e s c r i b i ó en Proceso del d í a 3 0 :

" ¿ D e q u é normalidad hablan? ¿A q u é n o r m a l i z a c i ó n


se puede regresar? T o d o s mencionan el acontecimien-
to definitivo, u n antes y u n d e s p u é s del terremoto y ,
sin embargo, los funcionarios, y los medios de d i f u -
sión a su servicio, sólo hablan de r e s t a ñ a r heridas, y
de la gran tarea de r e c o n s t r u c c i ó n , a s í en el aire. Pero
la gente n o se ha m e t i d o tan a fondo aguardando una
palmadita en la espalda y u n consejo: V á y a n s e a sus
casas, d é j e n n o s gobernar, porque como se p r o b ó , el
Distrito Federal llevaba a ñ o s de no ser gobernado, era
un t u m u l t o observado a prudente distancia y u n ne-
gociazo reglamentado a conveniencia de las partes".

L e o p o l d o Zea e x p r e s ó l o siguiente (Novedades, l o . de octu-


bre): " L a c a t á s t r o f e sufrida y el dol or que la misma ha infligi-
do a los mexicanos, puede ser el hiato que separe el pasado
del futuro. Puede y debe ser el p u n t o de partida para una ac-
c i ó n conjunta nacional, c o m o la que ahora se hace patente.
Solidaridad no sólo en la desgracia sino en la c r e a c i ó n del fu-
turo".
Por su parte, el columnista de Excélsior, L e ó n G a r c í a So-
ler, d i j o : "Quieran o no, d e s p u é s del t e r r e m o t o se inició la
r e d i s t r i b u c i ó n social y p o l í t i c a . Ha de seguirla una m á s justa
d i s t r i b u c i ó n de la riqueza o h a b r á de temblar la tierra en que
se sientan los poderosos de hoy. N o puede volver a la vieja
normalidad".
Luis Javier Garrido e s c r i b i ó el 4 de octubre en La Jorna-
da: " E l 19 de septiembre, con la imagen de la capital, se que-
b r ó definitivamente el ya maltrecho proyecto del 'milagro
e c o n ó m i c o ' , que en vano t r a t ó de resucitar el gobierno dela-
madridista. E l f u t u r o de la ciudad y del p a í s es o t r o y la po-
b l a c i ó n capitalina empieza a comprenderlo: el gobierno no

2 06
tiene ya las manos libres y la i m p u n i d a d será cada vez m á s
difícil".
En el mismo diario, Eduardo Blanquel a f i r m ó el d í a 7:
" F r e n t e a su veloz deterioro, ha llegado para el sistema la
hora de la verdad, el m o m e n t o de hacerse permeable a una ac-
tividad d e m o c r á t i c a evidente e incontenible, para poder acom-
p a ñ a r l a y q u i z á s orientarla; de l o c o n t r a r i o , y c o m o ya suce-
d i ó , el sistema se verá superado definitiva e irreversiblemente
por ese quehacer popular, él sí l e g í t i m a m e n t e d e m o c r á t i c o " .
La Jomada es, según nos parece, fundamentalmente u n
diario de o p i n i ó n . Allí encontramos la siguiente a f i r m a c i ó n
emitida por A r m a n d o Cisneros Sosa: " L a idea de que las
cosas tienen que cambiar, para la ciudad de M é x i c o y para el
p a í s , es ahora m á s fuerte que nunca. La. necesidad se ha he-
cho tragedia y realidad brutal. S ó l o quienes se beneficiaron
del m o d e l o urbano que se d e r r u m b ó pueden ahora convocar
al ave F é n i x para que de las cenizas se levanten las mismas
normas, edificios y p o l í t i c o s que durante t o d o este siglo he-
mos c o n o c i d o " .
Y t a m b i é n la de J o s é Francisco Ruiz Massieu, del d í a 8:
"Pretender que los sismos del 19 y 20 de septiembre queden
reservados al estrecho m u n d o de la g e o l o g í a y n o se m i r e n co-
m o acontecimientos p o l í t i c o s , sería n o advertir que se modi-
ficaron las relaciones entre la sociedad y el poder p ú b l i c o ;
entre el gobierno actual y los que le antecedieron; entre la
capital nacional y los estados y m u n i c i p i o s ; entre el p a r t i d o
en el poder y los partidos de o p o s i c i ó n ; y entre el presente y
el f u t u r o del p a í s " .
El gobernador de Tlaxcala, T u l i o H e r n á n d e z , s e ñ a l ó el
d í a 15 que el p a í s vive u n m o m e n t o crucial en su historia por-
que el terremoto "nos ha servido a todos, a la clase p o l í t i c a ,
a los intelectuales, a los constructores, a la iniciativa privada
y a todos en general, para enfrentarnos a nuestras concien-
cias, a repensar q u é m á s queremos y hacia d ó n d e vamos".
El d í a 27, J o s é Cabrera Parra e s c r i b i ó en Excélsior: "En
efecto, nada es igual en M é x i c o luego del sismo. Tampoco los
mexicanos somos los mismos. N i l o aparente, n i l o profundo
puede juzgarse n i medirse con la antigua vara, t r á t e s e por
igual de la vida personal que del d e s e m p e ñ o p ú b l i c o . Para los

207
mexicanos, el poder —y su consecuencia el gobierno— p e r d i ó
m u c h o de su magia, gran parte de su intocabilidad. Q u e d ó ex-
puesto a los riesgos de la fragilidad humana, al m i s m o t i e m p o
que se e n t e n d i ó que puede ser susceptible de m e j o r a m i e n t o " .

LA HISTORIA NO SE V E

"Nadie hace la historia: no se la ve,


tal como no se ve crecer la hierba ".

Boris Pasternak

Es grande la distancia entre el comentarista que quiere que las


cosas cambien y el historiador que dice: las cosas han cambia-
do. Los terremotos de septiembre produjeron una a s p i r a c i ó n
c o m ú n , u n anhelo c o m p a r t i d o según el cual nada d e b e r í a ser
igual d e s p u é s de semejante tragedia. Regresar a l o que la capi-
tal y aun el p a í s eran antes, ¡ j a m á s ! , fue la consigna, el deseo
que v e n í a de las profundidades del e s p í r i t u , de u n d o l o r tan
hondo como las placas de la tierra que se movieron. Q u i z á to-
dos c r e í m o s en ello c o m o quien n o ve la hierba que crece.
Pero la historia tiene vida y leyes propias. N o se mueve
por telequinesis, por la p r o y e c c i ó n del deseo c o m ú n . L a his-
toria de los pueblos cambia, hasta donde sabemos, cuando se
conjuntan las circunstancias y la v o l u n t a d de los hombres que
convierten el pensamiento en a c c i ó n concreta.
Nuestros hitos h i s t ó r i c o s , si los vemos u n o a uno, son he-
chos sociales ajenos a la simple fatalidad. H u b o la i n t e n c i ó n ,
la conciencia y la a c c i ó n e s p e c í f i c a para llevar a cabo la Inde-
pendencia, la Reforma o la propia R e v o l u c i ó n . L a Interven-
c i ó n , la R e p ú b l i c a Restaurada o el Porfiriato, tampoco fueron
sólo p r o d u c t o del azar, sino hechos complejos que la historia
analiza a la luz del presente, y en los que se encuentra el juego
inevitable del pensamiento y la a c c i ó n , de la v o l u n t a d apli-
cada a u n objeto concreto.
Pensar que u n t e r r e m o t o o cualquier otra calamidad natu-
ral, p o r el solo hecho de sembrar d e s t r u c c i ó n y muerte, em-
puja por necesidad el curso de la historia, nos parece ingenuo.
Los graves acontecimientos de septiembre de 1985, a nuestro
j u i c i o son principalmente o p o r t u n i d a d para replantear algunos

208
de nuestros problemas b á s i c o s y para actuar en consecuencia.
Si la o p o r t u n i d a d no es aprovechada, p o r falla del pensamien-
to o por falta de a c c i ó n (o t a l vez p o r ambos), se c o n v e r t i r á
en u n lamentable desperdicio h i s t ó r i c o . Si, p o r fortuna, las
lecciones son aprendidas, p o d r í a m o s entonces hablar de un
h i t o en la historia de M é x i c o . S ó l o en ese caso. A ú n a s í , apro-
vechar una o p o r t u n i d a d c o m o ésta, implica miles de acciones
diluidas en el t i e m p o : hacen falta varios a ñ o s para ver si, en
efecto, la historia ha cambiado. Por ahora es difícil saberlo.
L o i m p o r t a n t e , en este m o m e n t o , es tener presente que la
o p o r t u n i d a d que nos ha brindado la tragedia para s o ñ a r y
hacer u n p a í s mejor, n o nos va a esperar p o r m u c h o tiempo.

209
ANEXO
DISPOSICIONES L E G A L E S
RELACIONADAS CON LOS SISMOS

Día de
publicación
en el
Diario Oficial Dependencia Disposición

Septiembre
de 1985

20 S e c r e t a r í a de Decreto p o r el que se declaran


Gobernación. tres d í a s de duelo nacional.
23 C á m a r a de Acuerdo por el que el Senado se
Senadores. constituye en sesión perma-
nente c o m o sede alternativa en
el A u d i t o r i o Benito J u á r e z de la
U n i d a d Belisario D o m í n g u e z en
Coapa, y se designa una C o m i -
sión Especial Transitoria de
Emergencia en coordinación
con la C o m i s i ó n del Poder Eje-
cutivo, donde sólo se t r a t a r á n
asuntos relacionados c o n la gra-
vedad de la s i t u a c i ó n .
23 S e c r e t a r í a de Acuerdo p o r el que se autoriza
Salud. al personal de la S e c r e t a r í a de
Salud, así como al que designe
el Departamento del Distrito
Federal, a que adopte las medi-
das indispensables para la pre-
v e n c i ó n y c o n t r o l de problemas
de Salud P ú b l i c a .
23 S e c r e t a r í a del Acuerdo p o r el que se suspen-
Trabajo y den los procedimientos y t é r m i -
Previsión Social. nos laborales.

211
Día de
publicación
en el
Diario Oficial Dependencia Disposición

23 S e c r e t a r í a de Acuerdo p o r el que se autoriza


Hacienda y a los contribuyentes con d o m i -
C r é d i t o P ú b l i c o . cilio fiscal en el D i s t r i t o Fede-
ral, a que las declaraciones y pa-
gos de los impuestos correspon-
dientes al mes de agosto se pre-
senten hasta el d í a 30 del mes
en curso.

24 S e c r e t a r í a de Acuerdo p o r el que se suspen-


Hacienda y den las labores en la Sala Supe-
C r é d i t o P ú b l i c o . r i o r y Salas Regionales Metro-
politanas del 19 al 25 de sep-
tiembre de 1985.
25 S e c r e t a r í a del Informe de la a d m i n i s t r a c i ó n y
Trabajo y a p l i c a c i ó n de recursos de dicho
Previsión SociaL F o n d o , a s í como la entrega al
F o n d o Nacional ciudadano Jefe del Departamen-
de Solidaridad to del D i s t r i t o Federal de la
para Empleo y cantidad que se indica, para la
Desarrollo a t e n c i ó n de zonas afectadas por
Social. el reciente sismo.
25 Junta Federal Acuerdo sobre r e a n u d a c i ó n de
de C o n c i l i a c i ó n procedimientos y d e s g i n a c i ó n
y Arbitraje. de local para la Junta Federal
de C o n c i l i a c i ó n y Arbitraje.

27 S e c r e t a r í a de Acuerdo que prorroga por tres


Comercio y meses los permisos de importa-
Fomento c i ó n que se indican y faculta a
Industrial. a los delegados federales de esta
S e c r e t a r í a para expedir permi-
sos similares.

212
Día de
publicación
en el
Diario Oficial Dependencia Disposición

27 S e c r e t a r í a de Acuerdo p o r el que se comunica


Comercio y que no c o r r e r á n t é r m i n o s del
Fomento d í a 19 al 29 de septiembre de
Industrial. 1985, n i se verificarán las au-
diencias s e ñ a l a d a s en ese lapso.
27 Tribunal Acuerdo p o r el que se comunica
Federal de que no c o r r e r á n t é r m i n o s del
Conciliación d í a 19 al 29 de septiembre de
y Arbitraje. 1985, n i se verificarán las au-
diencias s e ñ a l a d a s en ese lapso.
30 S e c r e t a r í a de Acuerdo p o r el que se da a co-
Hacienda y nocer el cambio de d o m i c i l i o de
C r é d i t o P ú b l i c o . las oficinas federales de hacien-
da n ú m e r o s 1, 3, 4 , 5, 7 y 8 del
D i s t r i t o Federal.

30 Departamento Acuerdo p o r el que se dispone


del D i s t r i t o que el Departamento del Distri-
Federal. to Federal revise l o referente a
normas de c o n s t r u c c i ó n y pro-
ponga lo conducente.
30 Departamento Acuerdo p o r el que se resuelve
del D i s t r i t o que el Departamento del Distri-
Federal. to Federal proceda a realizar
una exhaustiva i n s p e c c i ó n de
los inmuebles con concentracio-
nes humanas, dentro de sus l í -
mites territoriales.
30 Departamento Acuerdo p o r el que se crea la
del D i s t r i t o C o m i s i ó n Evaluadora del sismo
Federal. ocurrido el 19 de septiembre de
1985.

213
Día de
publicación
en el
Diario Oficial Dependencia Disposición

Octubre

S e c r e t a r í a de Acuerdo que prorroga por u n


Comercio y mes los permisos de i m p o r t a -
Fomento c i ó n que se indican.
Industrial.
S e c r e t a r í a de la Acuerdo p o r el que se crea el
Contraloría C o m i t é Supervisor de los Dona-
General de la tivos Destinados a la A t e n c i ó n
Federación. de Damnificados y Reconstruc-
c i ó n de las Zonas Afectadas p o r
el Sismo del 19 de septiembre
de 1985.
S e c r e t a r í a de Acuerdo por el que se crea la
Gobernación. C o m i s i ó n Nacional de Recons-
trucción.
Departamento Acuerdo por el que los inmue-
del D i s t r i t o bles actualmente en construc-
Federal. c i ó n o aquellos que se encuen-
tran en r e p a r a c i ó n para poner-
los en condiciones de uso, c o m o
consecuencia del sismo referido
en los p á r r a f o s de consideracio-
nes del presente acuerdo y que
n o haya sido dictaminada la ne-
cesidad de su d e m o l i c i ó n , se
sujetarán a las disposiciones que
se indican.
S e c r e t a r í a de Acuerdo por el que se delegaron
Hacienda y facultades a servidores p ú b l i c o s
Crédito de diversas unidades administra-
Público. tivas de la S u b s e c r e t a r í a de I n -
gresos de la S e c r e t a r í a de Ha-
cienda y C r é d i t o P ú b l i c o .

214
Día de
publicación
en el
Diario Oficial Dependencia Disposición

9 S e c r e t a r í a de Acuerdo por el que se da a co-


Hacienda y nocer el cambio de d o m i c i l i o de
Crédito la Oficina Federal de Hacienda
Público. de Ciudad L á z a r o C á r d e n a s , M i -
choacán.
10 S e c r e t a r í a de Acuerdo p o r el que se crea el
Gobernación. C o m i t é de P r e v e n c i ó n de Segu-
ridad Civil.
10 S e c r e t a r í a de Acuerdo que establece el C o m i -
Programación y m i t é de D e s c e n t r a l i z a c i ó n como
Presupuesto. ó r g a n o de consulta y participa-
c i ó n , para auxiliar a la C o m i s i ó n
Nacional de R e c o n s t r u c c i ó n .
11 Departamento Acuerdo p o r el que se crea la
del Distrito C o m i s i ó n de Reconstrucción
Federal. del D i s t r i t o Federal.
11 Departamento Decreto por el que se expropian
del D i s t r i t o por causa de u t i l i d a d p ú b l i c a ,
Federal. los inmuebles de propiedad par-
ticular que se señalan.
14 Junta Local de Aviso por el que se comunica la
Conciliación y r e a n u d a c i ó n de labores en todas
Arbitraje del las dependencias de la Junta Fe-
Distrito deral de C o n c i l i a c i ó n y A r b i t r a -
Federal. je del Distrito Federal.
14 Presidencia de Acuerdo por el que se crea el
la R e p ú b l i c a . C o m i t é de A u x i l i o Social, como
ó r g a n o de consulta y participa-
c i ó n de la C o m i s i ó n Nacional de
Reconstrucción.

?15
Día de
publicación
en el
Diario Oficial Dependencia Disposición

14 Departamento Decreto p o r el que se aprueba el


del D i s t r i t o Programa Emergente de Reno-
Federal. v a c i ó n Habitacional Popular del
D i s t r i t o Federal.
16 S e c r e t a r í a de Acuerdo por el que se integra
Relaciones u n C o m i t é de C o o r d i n a c i ó n del
Exteriores. A u x i l i o Internacional como ór-
gano de apoyo a la C o m i s i ó n
Nacional de R e c o n s t r u c c i ó n .
17 Banco de Régimen transitorio para el trá-
México. m i t e de operaciones de c o n t r o l
de cambios.
18 S e c r e t a r í a de Acuerdo por el que se crea la
Salud. C o o r d i n a c i ó n T é c n i c a de Re-
c o n s t r u c c i ó n de la Infraestruc-
tura Hospitalaria en la Zona
M e t r o p o l i t a n a de la Ciudad de
México.

18 Departamento Decreto por el que se establecen


del Distrito las normas de emergencia en
Federal. materia de c o n s t r u c c i ó n para el
D i s t r i t o Federal.
21 S e c r e t a r í a de Acuerdo p o r el que se integra el
Hacienda y C o m i t é de Asuntos Financieros,
Crédito c o m o ó r g a n o de consulta y par-
Público. t i c i p a c i ó n de la C o m i s i ó n Na-
cional de R e c o n s t r u c c i ó n .
21 Departamento Decreto por el que se expropian
del Distrito p o r causa de u t i l i d a d p ú b l i c a ,
Federal. los inmuebles de propiedad pri-
vada que se señalan.

216
Día de
publicación
en el
Diario Oficial Dependencia Disposición

22 Departamento Decreto p o r el que se expropian


del D i s t r i t o por causa de utilidad p ú b l i c a ,
Federal. los inmuebles de propiedad par-
ticular que se s e ñ a l a n .
22 Departamento Fe de erratas al Decreto por el
del D i s t r i t o que se reforma el A r t í c u l o Se-
Federal. gundo del Decreto p o r el que se
expropian por causa de u t i l i d a d
p ú b l i c a , diversos inmuebles de
propiedad privada, publicado el
d í a 21 de octubre de 1985.
23 Departamento Decreto p o r el que se e x p r o p i a n
del D i s t r i t o por causa de u t i l i d a d p ú b l i c a ,
Federal. los inmuebles de propiedad par-
ticular que se señalan (segunda
publicación).
25 Departamento Fe de erratas al Decreto p o r el
del D i s t r i t o que se aprueba el Programa
Federal. Emergente de R e n o v a c i ó n Habi-
tacional del Departamento del
D i s t r i t o Federal, publicado el
14 de octubre de 1985.
Noviembre

25 Departamento Fe de erratas al Decreto p o r el


del D i s t r i t o que se establecen las normas de
Federal. emergencia en materia de cons-
t r u c c i ó n para el D i s t r i t o Fede-
ral, publicado el 18 de octubre
de 1985.

217
Día de
publicación
en el
Diario Oficial Dependencia Disposición

27 S e c r e t a r í a de Acuerdo p o r el que se crea E l


Gobernación. Reconocimiento Nacional 19 de
septiembre que será otorgado a
los nacionales y extranjeros, i n -
dividuos, organizaciones socia-
les, privadas o corporaciones
p ú b l i c a s , que se distinguieron
en las tareas de rescate, a u x i l i o
y salvamento de las personas
28 S e c r e t a r í a de Convocatoria de las Dependen-
Gobernación. cias y Entidades de la A d m i n i s -
t r a c i ó n P ú b l i c a Federal, a los
Gobiernos de los Estados y M u -
nicipios, a las Universidades y
Centros de E n s e ñ a n z a Superior,
a los Sectores Social y Privado,
a las Instituciones Vecinales y a
los mexicanos en general, para
que propongan a quienes deban
ser merecedores a recibir el otor-
gamiento de E l Reconocimiento
Nacional 19 de Septiembre,
que resultaron afectadas por los
sismos.
Diciembre
3 Departamento Acuerdo p o r el que se estable-
del D i s t r i t o cen las reglas para el pago de la
Federal. i n d e m n i z a c i ó n por la expropia-
c i ó n de los predios ordenada
mediante Decreto, a s í como las
c a r a c t e r í s t i c a s de la e m i s i ó n de
los Bonos de R e n o v a c i ó n Urba-
na del D i s t r i t o Federal (Bores-
D . F . ) y p r o c e d i m i e n t o para
efectuar d i c h o pago.

218
Día de
publicación
en el
Diario Oficial Dependencia Disposición

17 S e c r e t a r í a de "Reconocimiento Nacional 19
Gobernación. de S e p t i e m b r e " / I n s t a l a c i ó n de
Jurados.

1986
Enero

10 S e c r e t a r í a de Acuerdo p o r el que se establece


Salud. la unidad ejecutora de la obra
nueva del Programa de Recons-
t r u c c i ó n y Reordenamiento de
los Servicios de Salud de la Se-
c r e t a r í a de Salud, en la zona
m e t r o p o l i t a n a de la Ciudad de
México.

Marzo

10 S e c r e t a r í a de Acuerdo p o r el que se otorga el


Gobernación. " R e c o n o c i m i e n t o Nacional 19
de Septiembre" al " H e r o í s m o
de la J u v e n t u d " , a la "Solidari-
dad Social" y al " V a l o r Heroi-
co".

Abril

23 Departamento Acuerdo p o r el que se exime


del D i s t r i t o p o r una sola vez, del pago del
Federal. impuesto sobre a d q u i s i c i ó n de
inmuebles, a s í c o m o de los de-
rechos de i n s c r i p c i ó n de las es-
crituras correspondientes, a las
personas que perdieron su v i -
vienda a r a í z de los f e n ó m e n o s
s í s m i c o s de septiembre de 1985.

219
Día de
publicación
en el
Diario Oficial Dependencia Disposición

23 Departamento Acuerdo p o r el que se delegan


del Distrito en el ciudadano Tesorero del
Federal. p r o p i o Departamento, la facul-
tad de celebrar y ejecutar los
convenios y contratos relativos
a las obras de emergencia que se
citan.

Mavo

S e c r e t a r í a de Decreto p o r el que se aprueban


Gobernación. las bases para el establecimiento
del Sistema Nacional de Protec-
c i ó n Civil, y el Programa de Pro-
t e c c i ó n C i v i l que las mismas
contienen.

220
BIBLIOGRAFIA

Libros y artículos

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