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A DIVISÃO QUE PROMOVE DILTHEY ENTRE CIÊNCIAS COMPREENSÍVEIS E CIÊNCIAS EXPLICATIVAS

A divisão das ciências compreensíveis e ciências explicativas segundo Wilhelm Dilthey


é a separação necessária, mas não demasiada profunda acerca do entendimento
individual e generalizante das duas ciências.
A fixidez das interpretações das ciências naturais ou explicativas não contempla o todo
de um ser individual, não possibilita a analise individual que é necessária para que se
compreenda a fundo a vida, suas particularidades, não abandona a perspectiva
reducionista e mecânica das ciências explicativas e assim não encontra uma
abordagem adequada á plenitude dos fenômenos.
Há a ideia de se regressar a plenitude da experiência vivida, sem a presença das
formas estáticas das ciências explicativas, a ideia de que as ciências humanas
deveriam compreender a vida por categorias intrínsecas a ela e não a mecanicidades
das ciências naturais está presente na obra de Dilthey, como citado pelo autor:

“nas veias do sujeito cognoscente construído por Locke, Hume e Kant não corre
verdadeiro sangue”.

Havia para ele nesses autores a separação da cognição do contexto histórico da vida
interior do homem, mas para Dilthey há uma necessidade óbvia de regresso às
unidades significativas presente na experiência vivida.

Há na interpretação de Dilthey a necessidade de se criar nas ciências humanas e nos


estudos humanísticos novos métodos onde se interpretam os fenômenos humanos, e
estes deveriam estar baseados nas categorias de Sentido e não de Poder, o
importante é a experiência vivida.

A possibilidade de encontro de realidades humanas dá-se na transposição dos


pensamentos e na vivencia de cada um, aprofundar-se no outro através dessa relação
é aprofundar-se em sim mesmo.

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