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A noite � morna

O vento devagante me acha o corpo exausto


Os c�es ladram long�nquamente
e as faias ao longo da alameda farfalham falsidades

a ninfa/fada me procura p�lida e nua


cujo cabelo negro � altura
dos p�s me apavora
como o suicida que a corda em si circunda,
quero asfixiar-me em teus cabelos.

Tu me foges, por�m, sorrindo


(teus brandos p�s no pavimento rude)
Te n�o d�i? como d�i � noite o lume?
Continuas, por�m, rindo-se
e em selva obscura adentras

Ap�s te sigo
s� ou�o apenas o riso
e em prazer meu corpo treme
quero beijar-te a pele doce
eis que alto em �rvore
tu me chamas
e eu logo sobre galho estou

tu me beijas, e pelo pesco�o


teus bra�os me abra�am
meu p� resvala
e por tua gra�a,
eu logo caio, adormecido.

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