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Lições da EBD

IGREJA PENTECOSTAL VALE DA BENÇÃO


II- DA QUEDA DO HOMEM À LINHAGEM SANTA

TEXTO BASE.
Gn. Cap. 3 ao Cap. 11
TEXTO AUREO.
Rm 5.12-15
ALVO DA LIÇÃO.
O objetivo dessa lição é levar ao aluno a compreensão de como a após a Queda do Homem no
Pecado, o Senhor Deus preparou para a humanidade uma linhagem santa; para que dela
advenha o seu projeto de Redenção.

VERSÍCULO CHAVE.
Gn. 9.8-12
TEMA:
A queda do Homem e o Projeto de Redenção de Deus através da Linhagem Santa.

REFLEXÃO
Já parou para pensar em como você reagiria se fosse traído, ou desrespeitado? Como
você reagiria se alguém a quem você ama, tivesse destruído o melhor presente que você deu a
ele(a)? O que você sentiria se este alguém que você ama e cuida, de repente virasse as costas
para você e o rejeitasse? É pensando nisso que nos surpreendemos ao saber como Deus reagiu
para reparar aquilo que foi perdido e destruído na queda do Homem.

INTRODUÇÃO.
O Ser Humano foi criado por Deus em perfeição e harmonia com Ele, sendo a este,
dado o poder e o domínio sobre toda a criação. Deus deu também ao Homem uma revelação
da sua vontade, a qual deveria ser obedecida para que a Aliança entre Deus e o Homem não
fosse quebrada e o Homem pudesse sofrer as consequências da desobediência. Apesar disso o
Homem caiu em pecado, tendo acometido sobre si, terríveis maldições e Deus em sua infinita
misericórdia, demonstrando grande fidelidade para com a sua Palavra, não desamparou a sua
criação, mesmo apesar de ter sido desrespeitado e traído. O senhor projetou desde a
antiguidade uma maneira de redenção da humanidade, que é; restabelecer a comunhão do
Homem com Deus e extirpar as maldições e consequências desastrosas que o Pecado trouxe
ao mundo.

Nesta primeira lição vamos aprender sobre a origem do Pecado e como ele pode afetar
nosso relacionamento com Deus.

I. A QUEDA DO HOMEM.
1. A violação do mandamento de Deus: da perfeita comunhão e serviço para um medo e
sofrimento paralisante (Gn. 3.1-7).
Assim que Deus havia concluído a obra da Criação, o relacionamento entre Deus e o
Homem era perfeito. Adão juntamente com sua Mulher não tinham pecado contra Deus e
todas as suas ações cooperavam com o Senhor no tocante a administrar a Criação. Tudo o que
eles faziam glorificava a Deus e era, portanto agradável ao Senhor. Em contrapartida todas as
coisas eram bênçãos na vida de Adão e Eva. Mas tudo isso se perdeu, quando o pecado entrou
nos corações deles. Através da queda, o Homem quebrou a Aliança que Deus havia feito e
tudo aquilo que o beneficiava e assegurava seus privilégios e direitos foram perdidos.
1.1. O relato da Queda.
A serpente é apresentada com a mais astuta dos animais que Deus criou, por ser
persuasiva e sagaz. Neste caso em especial era a ação demoníaca operando no intuito de
perverter o ser humano, para que este desobedecesse a Deus e se rebele contra Ele. A serpente
viu em Eva um elo frágil no relacionamento entre Deus e o casal; pois Eva ouviu a Palavra de
Deus através de seu marido Adão, mas aparentemente ela não confiava tanto assim naquilo
que foi dito. Dessa forma, a Serpente pode lançar sobre Eva, insinuações desconcertantes: “É
assim que Deus disse: Não comerei de toda a árvore do Jardim?”. Eva prontamente responde
a serpente com aquilo que lhe foi transmitido; porém, o objetivo da serpente já havia sido
alcançado, pois ao provocar Eva, esta começou a desconfiar das intenções Divinas ao proibir
comer do fruto do conhecimento do bem e do mal. Talvez até pensasse: “Será que Deus é tão
mal assim, que nos mataria?”, ou quem sabe: “O que será que Deus está escondendo só pra
Ele?”.
Como sempre o Diabo, Satanás; deseja a todo o custo nos colocar sempre em oposição
a Palavra de Deus, sempre a distorcendo, para que através do engano, possa seduzir e ceifar as
vidas e destruir o relacionamento com Deus. Veja; por exemplo, como Jesus foi tentado no
deserto por Satanás (Mt 4.1-11; Lc 4.1-13); percebam as semelhanças da tentação que provou
Jesus e a que Eva passou no Jardim. A desobediência humana é não estar de acordo a Palavra
de Deus, por este motivo, devemos orar para que sejamos conforme a Palavra do Senhor em
toda nossa vida (Sl 119.97-105).

2. As trágicas consequências do Pecado sobre uma humanidade amaldiçoada (Gn. 3.14-


19).
Quando o Homem pecou ele caiu da posição que Deus o havia colocado, por este
motivo chamamos esse evento de queda do Homem. Pois em Adão (que significa; Homem,
ou humanidade), toda a raça humana caiu em desgraça (Rm 5.12), ou seja, perderam a Graça
que Deus os havia concedido. Todas as coisas foram dadas a eles gratuitamente, eles não
precisavam merecer, era tudo gratuito, fácil e simples; por isso o nome Graça. A vida deles
era perfeita, não existia nada que atrapalhasse o convívio de Adão e Eva com o mundo ao seu
redor, nem nada que pudesse destruir a harmonia da relação do próprio casal, ou sequer entre
eles e Deus.
A partir de então, todo o tipo de problemas o homem começou a ter entre eles o mais
terrível; a Morte (Gn 2.17), tanto física, quanto espiritual (Ef 2.1-2). O Homem deixou de ser
imortal e passou a ter dificuldades para sobreviver, surgiram então às doenças e a degeneração
do envelhecimento. Os perigos da natureza também os poderiam matar, uma vez que eles
desobedeceram, perderam o privilégio de governarem a natureza e torna-la a seu favor. Foi a
partir desse evento catastrófico que o homem também perdeu o direito a providência
incondicional de Deus e passaram a ter que produzir o seu próprio sustento pelas suas mãos.
As expressões dos versículos 16 ao verso 19 como; “Maldita é a terra”, “com dor
comerás dela”, “no suor do teu rosto” e “com dores dará a luz”, ou “com dor terás filhos”;
quer enfatizar que a vida do homem e da mulher não seria fácil a partir de então. Como o
pecado havia marcado sua natureza, eles não teriam limites para tomar um rumo contrário à
vontade do Senhor e é nesse momento que todo o tipo de sentimentos pecaminosos, paixões
corruptas, conhecimentos rebeldes e práticas imorais surgem, pois o Homem que acabava de
perder os benefícios de andar na presença de Deus; resolve por meio de vontade própria (que
é pecaminosa), dar um rumo a sua vida. Por isso vemos nos nossos dias as pessoas tão longe
de Deus e que não entendem sua posição caída e afastada da Graça do Senhor. Às vezes essas
mesmas pessoas reclamam das calamidades e do Mal no mundo, porém não entendem que
tudo isso é culpa da maldição que a natureza pecaminosa do Homem trás consigo.

3. A providência de Deus para o Homem caído (Gn. 3.22-24).


A primeira coisa que Deus fez em relação ao atual estado de Adão e Eva foi
providenciar vestes para cobri-los. Deus trouxe a eles peles de animais, que logicamente
devem ter sido abatidos e com certeza ter tido o seu sangue vertido. Posteriormente veremos
que para Deus o derramamento de sangue de novilhos simbolizava o feito da providência que
Deus havia concedido a Adão e a Eva. Isto já era um sinal daquele Cordeiro de Deus que
haveria de derramar o seu sangue para purificar o Homem de seus pecados (Jo 1.29).

3.1 Deus providencía (por meio de sacrifício) peles de animais para substituir a tentativa
do homem de parecer justo diante de Deus e declarar-se inocente (3.21).
Quando o homem e a mulher fizeram vestes para si, das folhas que encontraram,
tentando tapar sua nudez perante o Senhor, perceberam sua vergonha. O que eles fizeram é
nada mais do que a natural tendência humana de querer se justificar perante Deus, como se
Ele não percebesse e sondasse os corações dos Homens. O Homem caído quer de todo modo
parecer justo, quando na verdade é um pecador. É inutil querer ser justo diante d’Aquele que
dá a sentença; somente o próprio Deus é quem pode declarar alguém justo, pois é mediante a
sua providência que ele justifica alguém e esta lição Ele ensinou desde cedo a Humanidade.
Hoje é apenas pelo sacrificio de Jesus feito na Cruz e pelo seu sangue; que Deus nos
considera Justo perante Ele.

3.2 Deus toma providências para evitar que o homem pecaminoso tenha acesso à vida
eterna enquanto debaixo de maldição.
Deus havia dito ao Homem que se ele desobedece morreria; então o Senhor tomou
providência para que sua palavra se cumpra e não permitiu que a humanidade pecaminosa
viva eternamente em rebelião contra Ele. Assim ele faz com que a humanidade cumpra sua
sentença e dependa d’Ele para ter novamente acesso as bênçãos da comunhão com o Senhor e
a eternidade.
II. O HOMEM REBELDE E A REMANESCENTE LINHAGEM SANTA
1. Caim e Abel.
Adão e Eva tiveram inicialmente dois filhos, seus nomes eram Caim e Abel, cada um
deles tinha uma profissão. Caim era agricultor e seu trabalho era lavrar a terra e viver daquilo
que da terra era produzido; Abel seu irmão era pastor de ovelhas e seu trabalho era cuidar
delas e as alimentar. Ambos resolveram oferecer a Deus um sacrifício daquilo que eles
produziam com seu trabalho; Caim trouxe do fruto da terra e Abel trouxe dos primogênitos
das suas ovelhas. No entanto o Senhor atentou para a oferta de Abel, ou seja, Deus mostrou
interesse pela oferta do primogênito das ovelhas de Abel, mas ignorou a oferta de Caim. Em
nenhum momento lemos que Deus desagradou de Caim, apenas estava ensinando a eles o que
era importante e preferível para Honrá-lo (Gn. 4 6-7). Eles eram filhos dos primeiros rebeldes
da terra, com certeza sabiam da vida que levaram seus pais antes do pecado entrar, é natural
que eles desejassem também aquela vida que seus pais tiveram e tentavam através do
sacrifício ofertado ao Senhor alcançar misericórdia para suas vidas.

1.2. A oferta do pecado: o primeiro homicídio.


Olhando atentamente, cada oferta possui um significado, o cordeiro primogênito
oferecido ao Senhor teve que ter derramado seu sangue e sabemos que o mesmo ocorreu para
que Adão e Eva pudessem ser cobertos por Deus, simbolizando que era Ele o Senhor quem
providenciaria a redenção do Homem. A oferta de Caim simboliza a prosperidade da terra,
pois era lavrar a terra (plantar e colher), a missão do Homem para sobreviver, ou seja, cada
oferta apresentada revelava o que havia em seus corações. Talvez por este motivo o Senhor
tenha preferido aceitar a oferta de Abel, o que levou a ira do coração de Caim. O resultado
disso foi que Caim matou o seu irmão Abel, pois o sentimento que havia nele é o mesmo que
há em muitos hoje, o sentimento de que merece ser abençoado por seus próprios méritos e que
Deus não tem que escolher entre alguém que guarde suas Palavras, pois pensa que Ele não
tem nada a ver com nossas lutas diárias.
O que podemos aprender com isso é que não adianta ofertarmos a Deus qualquer coisa
com segundas intenções. É necessário que tenhamos um coração puro e sincero e que
consideremos sempre a vontade de Deus e o seu Ser acima de nossas próprias vidas; dessa
forma reconhecendo que Ele é Soberano e é Ele quem nos garante a providência e a salvação.

2. A descendência de Caim e a proliferação do pecado.


Caim foi amaldiçoado por Deus e se tornou errante pela terra, não tinha um rumo certo
e vivia vagando, até encontrar uma esposa e constituir uma descendência (Gn 4.17). A terra
ainda era recente e por isso ainda estava em processo de contaminação por causa do Pecado.
As condições naqueles tempos eram perfeitas para a humanidade e por isso os Homens
tinha uma saúde prolongada e vivia-se muito tempo, mas aos poucos ela foi se desintegrando
até chegar a um momento em que o homem vivesse até no máximo cerca de 120 anos (veja
Gn 5. 25-27; 6.3; 11. 24-25).
Estes homens foram os percussores de todos os tipos de invenções, artes e habilidades
humanas, os quais fizeram que as primeiras civilizações se desenvolvessem. Eles
desenvolveram suas próprias culturas, afastados de Deus e assim o Pecado se tornou norma e
regra de vida e cada vez mais eles se rebelavam contra Deus por não o buscar nem o
conhecer.
3. A esperança de redenção nos remanescentes de Deus.
Em Gênesis, no capítulo 5 vemos uma linhagem sendo descrita e apresentada a partir
de Adão, o interessante é que dessa genealogia os nomes de Caim e Abel não aparecem e é
apresentada a descendência de Adão a partir do seu terceiro filho, chamado Sete (Gn 5.3),
nessa linhagem aparece também um descendente inusitado, chamado Enoque, o qual a Bíblia
enfatiza que “andou com Deus” e que “Deus o tomou para si”. Nesta genealogia não se vê
descrição de habilidades ou de artes que eles produziram, mas apenas o grande período de
tempo que viveram na terra, evidenciando sua longevidade e que eles geraram “filhos e
filhas”.
Essa genealogia se finaliza ao nascimento de Noé, seu nome significa: descanso,
conforto. De acordo o versículo 29 do capitulo 5, esse nome era profético e sinalizava para o
projeto de Deus em separar uma linhagem santa que se apartasse da linhagem maldita que
andava sobre a terra em pecado. Linhagem esta que reconhecia a maldição lançada sobre a
terra e que tinha a esperança de que apenas o Único e Verdadeiro Deus é quem poderia
quebrar a maldição.

III. NOÉ E A PROMESSA DE DEUS PARA ABENÇOAR O SEU POVO.

1. O chamado de Noé (Gn 6. 1-22; 7.1-24).


Noé viveu em um período em que o Homem havia esquecido se do Senhor e as suas
maldades começaram a se multiplicar, porém Noé era um homem que ainda se lembrava do
Senhor e o temia, pois sabia que era o Deus dos seus antepassados, que havia formado a
Adão, Aquele que poderia redimir a terra e a livrar da maldição do Pecado (Gn 6.8).
Por este motivo Deus chamou a Noé para dar continuidade ao seu propósito de
preservar a linhagem que tinha esperança N’Ele, pois seria através dela que Ele abençoaria
novamente a Terra (Gn 6.18; 9.8-10).
Deus mandou então que Noé construísse uma grande Arca, pois traria um Juízo sobre
a Terra em forma de dilúvio (Gn 6.14-16). E que separasse 7 casais de cada animal
considerado por Deus limpo e daqueles não limpos apenas 1 casal de cada espécie. Tomando
cada animal e entrando na Arca, o Senhor fez chover sobre a terra 40 dias e 40 noites e, além
disso, fez com houvesse inundações sobre a Terra de águas que estavam represadas em áreas
subterrâneas, cobrindo toda a superfície durante 150 dias e destruindo toda a população que
estava em rebelião contra Deus na Terra (Gn 6.11-13; 7.17-24).
Dessa maneira Deus preservou a Noé e a sua descendência, para que através deles
pudessem vir uma linhagem que adorasse a Deus e o Honrasse. Da mesma maneira sabemos
que o Senhor apenas tem compromisso com quem tem compromisso com Ele, pois Deus zela
pela sua Palavra e honra a Aliança que Ele estabelece com os Homens.

2. A Aliança de Deus com Noé: um projeto de redenção (Gn 9.1-19).


Após o dilúvio Deus abençoou a Noé e toda a sua geração, ordenando lhes que
crescessem e multiplicassem e que enchessem a terra. Outra vez nós vemos que Deus se
agrada da geração que Honra ao seu nome e respeita a Aliança que Ele faz.
Deus entrega a eles autoridade sobre a terra e sobre a natureza e lhe dá algumas
ordenanças além de povoar a terra que era não derramar sangue humano, cuja pena é sofrer a
retribuição da divida de sangue e que os homens não se alimentassem do sangue animal (Gn
9.4-6).
Para firmar o concerto que Ele estava fazendo com Noé, Deus lhe dá um sinal, que
ficou também para a sua posteridade, a saber, um Arco no Céu, para recordação da
misericórdia de Deus para com a humanidade através de Noé e sua família.

CONCLUSÃO
Temos concluído mais uma lição e entendemos algo precioso da parte de Deus, que é a
sua grande misericórdia para com o ser humano. Pois apesar da queda e do pecado, Deus não
deixa de ser fiel na Aliança que Ele estabeleceu; e nem deixa de cumprir aquilo que promete.
Para Deus suas Palavras são muito importantes e como Ele criou a humanidade com o
propósito de glorificá-Lo, não deixará que o Pecado destrua a sua criação. Antes estabelece
um projeto redentor, no qual purificará o homem dos seus pecados e restaurará a comunhão e
a harmonia, outrora perdidas.

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