Procedimento
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC – 22 CONTEC - Subcomissão Autora.
Equipamentos de Utilidades As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.
Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de
Trabalho - GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas
Subsidiárias), são comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são
aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade,
representando as Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo
(formado pelos representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma
Técnica PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e
deve ser reanalisada a cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas
Técnicas PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1.
Para informações completas sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas
Técnicas PETROBRAS.
1 Escopo
1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a fabricação e montagem de caldeira aquotubular,
em instalações de indústria de petróleo e petroquímica, e em centrais termoelétricas.
1.2 Para os requisitos não referenciados nesta Norma utilizar a PETROBRAS N-268.
1.3 Esta Norma não abrange sistemas elétricos, dinâmicos, de automação e de segurança.
1.4 Esta Norma se aplica aos serviços de fabricação e montagem iniciados a partir da data da sua
edição.
2 Referências Normativas
2
-PÚBLICO-
ABNT NBR 5425 - Guia para Inspeção por Amostragem no Controle e Certificação de
Qualidade;
ABNT NBR 5427 - Guia para Utilização da Norma ABNT NBR 5426 - Planos de
Amostragem e Procedimentos na Inspeção por Atributos;
ABNT NBR 16137 - Ensaios não destrutivos – identificação de materiais por teste por
pontos, espectrometria por fluorescência de raios X e espectrometria por emissão óptica;
API RP 578 - Guidelines for a Material Verification Program (MVP) for New and Existing
Assets;
ASME BPVC - Section VII - Recommended Guidelines for the Care of Power Boilers;
ASME BPVC - Section VIII - Division 1 - Rules for Construction of Pressure Vessels;
ISO 8501-1 - Preparation of Steel Substrates before Application of Paints and Related
Products - Visual Assessment of Surface Cleanliness - Part 1: Rust Grades and
Preparation Grades of Uncoated Steel Substrates and of Steel Substrates after Overall
Removal of Previous Coatings;
ISO ISO/IEC 17024 - Conformity assessment – General requirements for bodies operating
certification for persons.
3 Termos e Definições
3.1
ASME BPVC - Section I
sistema de caldeira sob o escopo da ASME BPVC - Section I.
3
-PÚBLICO-
3.2
ASME B31
sistema da caldeira sob o escopo da ASME B31.1 ou B31.3
3.3
identificação positiva de materiais (IPM)
determinação da composição química do material por um dos métodos definidos na API
RP 578
3.4
balança
qualquer dispositivo de montagem utilizado para elevação ou movimentação de peças esbeltas com
a função de apoiar a peça em vários pontos, a fim de evitar deformações na peça
3.5
painel
conjunto de tubos unidos entre si, ao longo do comprimento, diretamente ou através de aletas por
meio de junta soldada, ou ligados a 2 coletores comuns
3.6
pressão máxima de trabalho admissível (PMTA)
o maior valor de pressão compatível com o código de projeto, a resistência dos materiais utilizados,
as dimensões do equipamento e seus parâmetros operacionais
3.7
ensaio não destrutivo - END
denomina-se END qualquer tipo de ensaio praticado ao material, que não altere de forma
permanente suas propriedades físicas, mecânicas, químicas e dimensionais. Os ENDs implicam em
dano imperceptível ou nulo
Nesta Norma, algumas atividades são citadas repetidas vezes e deve ficar implícito que essas
atividades são executadas de acordo com as prescrições deste Capítulo.
Nota Os inspetores para ensaios não destrutivos devem ser certificados conforme ISO 9712.
Para qualificações no exterior deve ser realizada por entidades internacionais
independentes que atendam aos requisitos da ISO ISO/IEC 17024 e que operem em
conformidade com as ISO 9712 ou DIN EN 473, sendo que neste caso requerida a
aprovação prévia da PETROBRAS.
4
-PÚBLICO-
5 Inspeção de Fabricação
5.1 Deve ser verificada a espessura de parede em todas as regiões de maior grau de conformação
de calotas, partes cilíndricas do tubulão e curvas por dobramento de tubos. Deve ser obedecido o
seguinte critério:
5.2 Deve ser verificada se a ovalização dos tubos dobrados atende as tolerâncias especificadas no
projeto da caldeira.
5.3 Os consumíveis para soldagem devem estar de acordo com a PETROBRAS N-133.
5.4 Deve ser verificado se o número da corrida dos consumíveis para soldagem recebidos coincide
com o número da corrida constante nos certificados e se os certificados estão de acordo.
5.5 Durante a fabricação dos componentes ou subcomponentes da caldeira deve ser realizado a
IPM, nos seguintes casos: aços liga e aços inoxidáveis, de acordo com o especificado na API
RP 578 e ser testemunhado por um representante designado pela PETROBRAS.
5.6 Para definição dos tipos e extensão de inspeção de soldas ver Anexo A.
5.7 Para as estruturas metálicas da caldeira deve ser atendida a PETROBRAS N-279 e N-293.
5.8 Ajustagem
5.8.1 As seções ou peças do equipamento devem ser ajustadas dentro das seguintes tolerâncias:
a) afastamento da linha de centro do tubo que possui apenas 1 plano de simetria, medido
nos pontos extremos do tubo, em relação ao plano de simetria do tubo em sua posição
teórica: 1/100 do comprimento total do tubo, porém, no máximo, 5 mm (ver Figura B.1);
5
-PÚBLICO-
b) afastamento da linha de centro dos tubos extremos do painel, medido nas extremidades
dos tubos, em relação à posição teórica da superfície que contém a linha de centro dos
tubos (ver Figura B.2):
— painéis mandrilados: 1/200 da largura do painel;
— painéis soldados: 1/50 da largura do painel;
c) desalinhamento de juntas para soldagem, exceto chaminé, duto e estrutura metálica
conforme a ASME BPVC - Section I ou ASME B 31.1 e B31.3.
5.9 Marcação
Marcar nas peças as linhas indicativas dos eixos coordenados. A marcação deve ser feita por meio
apropriado, tal como: por punção ou riscador e destacada com tinta.
5.10 Chanfros
5.11 Mandrilagem
5.11.1 Deve ser apresentado um procedimento para mandrilagem dos tubos contemplando no
mínimo as variáveis essenciais do Apêndice HH da ASME BPVC - Section VIII - Division 1.
a) riscos;
b) amassamentos;
c) corrosão;
d) arestas cortantes.
5.11.3 Caso a projeção ultrapasse os limites de tolerância especificada, o excesso de tubo existente
deve ser removido, antes da mandrilagem, fazendo as correções necessárias. Devem ser
observados os cuidados descritos no procedimento do fabricante.
5.12 Soldagem
5.12.1 A soldagem deve ser executada de acordo com a PETROBRAS N-133 e os requisitos
adicionados em 5.12.2 a 5.12.6.
6
-PÚBLICO-
c) por meio de resistência elétrica em juntas com diâmetro nominal maior que 4”, sendo
porém admitido o aquecimento a gás para juntas com diâmetro nominal até 12”, se for
utilizado um anel que envolva toda a junta para este fim.
5.12.3 As soldas dos dispositivos auxiliares de montagem, e demais soldas provisórias, inclusive a
solda de fixação dos termopares, devem ser removidas, sem impactos, após cumprir sua função e o
local deve ser inspecionado por ensaio de Líquido Penetrante.
5.12.4 Devem ser esmerilhadas as juntas soldadas que possuam irregularidades superficiais que
prejudiquem a interpretação de qualquer ensaio não destrutivo. Este requisito é obrigatório para
soldas filetadas.
5.12.5 Para o restabelecimento de espessura do metal base através de solda, devem ser
executados nesta região os mesmos ensaios não destrutivos previstos para a junta soldada de topo
mais próxima, que pertença ao metal base em questão.
5.13 Bocais
5.13.1 Devem ser locados, ajustados e, após soldagem, estar posicionados dentro das tolerâncias
apresentadas abaixo:
5.13.2 A sede de assentamento de junta do tampo e da boca de visita do tubulão, bem como os
parafusos (estojos) devem ser protegidos contra danos mecânicos e corrosão.
5.13.3 O comprimento roscado em conexões roscadas deve atender ao ASME BPVC - Section I,
PG 39.5.
5.14 Conformação
5.14.1 Para peças conformadas avaliar a necessidade de Tratamento Térmico conforme Parágrafos
PG-19 e PG-20 da ASME BPVC - Section I.
7
-PÚBLICO-
5.14.2 Para as peças tratadas termicamente realizar ensaio de Líquido Penetrante na região
conformada.
5.15 Queimador
O queimador e a caldeira devem ser compatíveis de modo a não apresentar as ocorrências listadas
abaixo:
NOTA Os queimadores a serem instalados podem ser avaliados seguindo os pontos de atenção
recomendados pela API RP 535. [PRÁTICA RECOMENDADA]
5.16.2 Os componentes fornecidos com revestimentos anticorrosivos aplicados por aspersão térmica
deve atender os requisitos da PETROBRAS N-2568.
6.2 Deve ser verificado se os conjuntos que compõe a caldeira estão perfeitamente identificados de
acordo com os desenhos de fabricação.
6.3 Para itens fornecidos isoladamente e que sejam submetidos a pressão, verificar se os materiais
utilizados estão identificados de acordo com a especificação e o item do projeto da caldeira.
6.4 No recebimento de painéis de aço liga ou aço inoxidável deve ser realizado ensaio de IPM por
amostragem ABNT NBR 5426 e ABNT NBR 5427. Todos os itens fornecidos isoladamente devem
ser verificados através de ensaio de IPM após montagem no local definitivo.
6.5 Inspecionar os chanfros das partes a serem soldadas conforme o item 5.10 desta Norma.
6.6 Os consumíveis para soldagem devem estar de acordo com a PETROBRAS N-133.
8
-PÚBLICO-
6.7 Deve ser verificado se o número da corrida dos consumíveis para soldagem recebidos coincide
com o número da corrida constante nos certificados e se os certificados estão de acordo com as
especificações.
6.8 Verificar nas partes de apoio do equipamento se a dimensão e disposição dos furos é
compatível com os chumbadores. Deve ser verificado, em especial, se os furos permitem a dilatação
prevista para o equipamento, conforme definido em projeto.
6.9 Verificar se os furos que tem a função de “vent” não estão tamponados.
6.10 Verificar no relatório de fabricação dos tubulões a conformidade com o projeto das seguintes
dimensões:
a) diâmetro do furo;
b) posicionamento da ranhura;
c) profundidade da ranhura;
d) largura da ranhura.
6.11 Todos os furos de mandrilagem e as superfícies interna e externa das extremidades dos tubos
a serem mandrilados, devem ser examinados visualmente e ter o acabamento isentos de defeitos
superficiais, não sendo admitidas as imperfeições abaixo relacionadas:
a) riscos;
b) amassamentos;
c) corrosão;
d) arestas cortantes.
NOTA 1 Proteger os furos e as extremidades dos tubos contra a corrosão; usar tampão plástico
externo nas extremidades dos tubos.
NOTA 2 As superfícies dos tubos a serem examinadas devem se estender a um comprimento igual
à da parte a ser mandrilada mais 50 mm.
6.12 Devem ser verificados, por exame visual e/ou dimensional, todos os tubos e demais peças
submetidas à pressão, os quais devem estar isentos de:
NOTA Os reparos, caso necessários, só podem ser realizados com autorização da PETROBRAS.
6.13 A forma e dimensões de tubos e painéis devem estar de acordo com o 9.6.
6.14 Verificar se os reforços dos dutos do equipamento, utilizados para aumentar a rigidez dos
dutos, estão instalados conforme o projeto.
6.15 Verificar os dutos do equipamento quanto à deformação existente, a qual deve atender às
seguintes tolerâncias:
9
-PÚBLICO-
6.16 Verificar o estado geral do abafador (“damper”), o qual deve se movimentar livremente.
Verificar a folga para dilatação do abafador (“damper”). Verificar se tem ar de selagem no caso de
gases tóxicos.
6.17 Verificar por ensaio visual, se todos os suportes e as travas dos tubos ou serpentinas estão
em bom estado e com bom acabamento, devendo se apresentar isentos de cantos vivos e rebarbas
na região de apoio do tubo.
6.21 Examinar visualmente as faces dos flanges para verificar o estado e padronização da sede de
vedação. Não é admissível qualquer corrosão ou amassamento.
6.22 Deve-se verificar se as peças fabricadas estão sendo entregues com a embalagem adequada
para garantir a sua integridade e no caso de válvulas se atende a PETROBRAS N-12.
6.23 Verificar se as marcações das linhas indicativas dos eixos coordenados das peças foram
executados por meio apropriado.
10
-PÚBLICO-
7 Armazenamento de Materiais
Caso as peças não estejam acondicionadas e protegidas, deve ser providenciado o perfeito
acondicionamento e proteção para armazená-las.
7.1 Os flanges devem estar com suas faces de vedação devidamente protegidas contra danos
mecânicos e corrosão.
7.2 As peças pequenas, tais como: parafusos, grampos, estojos, arruelas e guarnições, devem ser
acondicionadas em caixas e ficar em lugar abrigado das intempéries. As roscas devem ser
previamente protegidas contra a corrosão.
7.3 Cuidados especiais no armazenamento devem ser tomados com o abafador (“damper”),
sopradores de fuligem, painel do soprador de fuligem, ventiladores e silenciadores, que devem ser
protegidos das intempéries.
7.4 As chaminés ou seções devem ser dispostas de modo a evitar a perda de circularidade e
amassamento do casco da chaminé, das aletas antivórtice (antivibração) e dos reforços estruturais.
7.5 As juntas de expansão devem ser armazenadas, travadas, de maneira a evitar qualquer
deformação no fole ou danos no tecido. Devem ser guardadas protegidas das intempéries.
7.6 Os materiais refratários e isolantes térmicos devem ser armazenados de acordo com as
PETROBRAS N-1617 e N-1618.
7.7 Os tubos, painéis e serpentinas devem ser protegidos contra corrosão e danos mecânicos.
Posicionar as peças inclinadas sobre dormentes para evitar o contato com o solo e empoçamento.
Cuidados especiais devem ser tomados na movimentação de peças longas para evitar
empenamentos. Usar balanças na elevação e/ou movimentação de peças esbeltas.
7.8 Para todas as partes do equipamento, em especial as citadas nos 7.4, 7.5 e 7.7, deve-se utilizar
calços adequados de maneira a distanciá-las, no mínimo, 30 cm do solo.
7.9 Os consumíveis para soldagem devem ser armazenados de acordo com a PETROBRAS N-133.
7.10 Todas as válvulas devem ser armazenadas conforme a PETROBRAS N-12. As válvulas
flangeadas devem obedecer também ao especificado no 7.1.
7.11 A chaminé, dutos e demais partes devem ser armazenadas de modo a se evitar danos
mecânicos nos refratários e isolamentos térmicos, previamente aplicados, e protegidas contra
intempéries.
8 Fundações
Antes de iniciar a montagem do equipamento, deve ser feita uma verificação rigorosa da fundação e
base da caldeira.
11
-PÚBLICO-
8.3 Chumbadores
a) os filetes das roscas dos chumbadores devem estar intactos, sem corrosão e sem
qualquer amassamento;
b) o comprimento de rosca de cada chumbador deve ser sempre igual ou maior que o
comprimento nominal;
c) o diâmetro e o tipo da rosca de cada chumbador deve estar de acordo com o
discriminado no projeto;
d) verificar a proteção anticorrosiva quando especificado.
8.3.3 Aplicar graxa nos chumbadores para lubrificação e proteção contra corrosão e instalar proteção
contra danos mecânicos.
O nivelamento da base deve ser executado através da colocação de calços. Os calços devem ser
dimensionados e espaçados de modo a suportar o equipamento, levando-se em conta os seguintes
requisitos:
8.5 Grauteamento
Deve ser feito antes do enchimento do equipamento para o teste hidrostático e de acordo com a
PETROBRAS N-1644.
12
-PÚBLICO-
9 MONTAGEM
9.1.1 Verificar se a saia ou apoios têm os furos dispostos em conformidade com os chumbadores e
se estão com dimensões compatíveis, com os chumbadores.
9.1.2 Verificar, pelo confronto entre as dimensões da base do equipamento e do espaçamento entre
chumbadores, se o equipamento pode dilatar-se conforme previsto no projeto.
9.2 Marcação
Verificar se as tolerâncias em relação às linhas indicativas dos eixos coordenados das peças estão
sendo obedecidas.
9.3.1 Verificar se os componentes não sofreram danos no transporte e/ou movimentação entre o
recebimento e a montagem no campo.
9.3.2 Verificar se as sedes de assentamento da boca de visita do tubulão (corpo e tampa) e flanges
das conexões das válvulas de segurança devem ser examinadas visualmente e devem estar em
bom estado, isentas de qualquer irregularidade, e devidamente protegidas contra efeitos mecânicos
e corrosão. A perpendicularidade das sedes de assentamento em relação ao eixo da boca de visita
ou ao eixo da tampa deve estar dentro da tolerância de ± 1/4°.
Devem ser executados e inspecionados de acordo com a ASME BPVC - Section I ou ASME B 31.1 e
B.31.3. No caso de reparo com solda a inspeção deve ser de acordo com o 9.9.5 desta Norma.
9.6 Ajustagem
9.6.1 As seções ou peças do equipamento devem ser ajustadas dentro das seguintes tolerâncias:
13
-PÚBLICO-
NOTA Caso não haja nenhuma referência do fabricante, utilizar as tolerâncias descritas acima.
9.7 Chanfros
9.8 Mandrilagem
9.8.1 Os furos de mandrilagem e as extremidades dos tubos a serem mandrilados devem ser limpos
de maneira a eliminar quaisquer vestígios de óleo, umidade, graxa, pintura, óxidos, carepas e sujeira
de qualquer espécie. A limpeza deve ser executada inclusive nas ranhuras dos furos e, nos tubos,
deve se estender, no mínimo, numa distância igual a 2,5 vezes a extensão da região de
mandrilagem.
9.8.2 A limpeza deve ser feita de maneira a não reduzir a espessura do tubo ou danificá-lo pela
introdução dos defeitos citados no 9.8.4
9.8.3 A limpeza especificada acima para os tubos aplica-se igualmente às superfícies interna e
externa dos tubos, devendo, porém, na superfície interna, estender-se numa distância igual a 1,5 vez
a extensão da região de mandrilagem.
9.8.4 Todos os furos de mandrilagem e as extremidades, interna e externamente, dos tubos a serem
mandrilados, devem ser examinados visualmente, devendo estar isentos de defeitos superficiais.
Não são admitidos:
a) riscos;
b) amassamentos;
c) corrosão;
d) arestas cortantes.
9.8.5 Os tubos a serem mandrilados devem ser ajustados ao tubulão e coletor dentro das seguintes
tolerâncias:
14
-PÚBLICO-
9.8.6 Caso a projeção ultrapasse a tolerância especificada, o excesso de tubo existente deve ser
removido, antes da mandrilagem, através de corte a frio até ser atingida esta tolerância. Devem
então ser observados os cuidados descritos nos 9.8.1 e 9.8.2.
9.8.7 Devem ser instalados espaçadores de madeira entre as fileiras de tubos, e, instaladas
braçadeiras nos tubos, de modo a impedir a rotação e o deslocamento axial dos tubos, durante a
operação de mandrilagem.
9.8.8 A operação de mandrilagem deve ser executada logo após a limpeza dos tubos e sua
ajustagem ao tubulão e coletor de modo a evitar que as regiões anteriormente limpas se oxidem e
haja necessidade de nova preparação das superfícies de acordo com os 9.8.1 e 9.8.2.
9.8.9 A operação de mandrilagem deve ser executada de acordo com o procedimento de montagem
da executante, o qual deve conter as variáveis essenciais conforme
ASME BPVC - Section VIII - Division 1 - APÊNDICE HH - parágrafo HH- 7.
9.8.10 A lubrificação dos mandris deve ser feita apenas pelo uso de graxas vegetais saponificáveis
ou do tipo solúvel em água.
9.8.11 A expansão dos tubos e seu controle devem ser feitos de maneira gradual de modo a evitar
que a expansão ocorra além dos limites previstos pelo procedimento de montagem da executante.
9.8.12 No caso de tubulão e coletor, os tubos devem ser mandrilados ao longo de toda a extensão
da peça, de modo a eliminar a possibilidade de existência de folga entre o tubo e as peças citadas.
Este requisito não é aplicável quando as peças possuírem um rebaixamento, na sua região mais
extrema, tal que não permita o alargamento. Interromper a mandrilagem 3 mm antes da borda do
espelho.
9.8.13 Nos casos em que for solicitada a solda de selagem dos tubos ao tubulão, a solda deve ser
feita pelo lado interno do tubulão.
9.9 Soldagem
9.9.1 A soldagem deve ser executada de acordo com a PETROBRAS N-133 e adicionalmente aos
itens listados abaixo.
15
-PÚBLICO-
9.9.4 As soldas dos dispositivos auxiliares de montagem devem atender a PETROBRAS N-133.
9.9.5 Reparos devem ser executados e inspecionados de acordo com a ASME BPVC - Section I ou
ASME B 31.1 e B 31.3. No caso de reparos com solda, executar os mesmos ensaios não destrutivos
previstos no Anexo A desta Norma, para a junta soldada de topo mais próxima, que pertença ao
metal base em questão.
9.11 Bocais
9.11.1 Devem ser locados, ajustados e, após soldagem, estar posicionados dentro das tolerâncias
estabelecidas no Anexo A da PETROBRAS N-268.
9.11.2 A sede de assentamento de junta de flange e da boca de visita do tubulão, bem como os
parafusos (estojos) devem ser protegidos contra danos mecânicos e corrosão.
Remover o sistema de travamento das juntas de expansão após a conclusão total da montagem do
sistema de dutos, inclusive suportação, e a execução do teste de fumaça.
9.13.1 Os sopradores de fuligem de lança fixa devem ser montados de forma que a lança gire
livremente sem esforço excessivo para o motor.
9.13.2 Os sopradores de fuligem de lança retrátil devem ser montados de forma que a lança se
movimente livremente sem atritos com os tubos da caldeira.
9.14 Queimador
9.14.2 Deve ser apresentado relatório com laudo atestando conformidade das dimensões verificadas
em campo com aquelas constantes nos documentos de projeto. O ensaio dimensional deve ser
realizado por profissional certificado.
16
-PÚBLICO-
A ajustagem das seções da chaminé e dutos para soldagem deve estar de acordo com os critérios
da ASME STS 1.
9.18.2 As válvulas de segurança soldadas devem ser plugadas com bujão (“plug”), fornecido pelo
fabricante, durante o teste hidrostático da caldeira.
9.18.3 As válvulas de segurança devem ser submetidas a teste real de abertura após o acendimento
da caldeira e antes de estarem alinhadas a rede de distribuição de vapor. O teste real deve atender
a ASME BPVC - Section VII.
9.18.4 Deve ser previsto detalhamento das tubulações de drenagem de condensado do corpo da
válvula de segurança baseado nas orientações do fabricante, com o objetivo de garantir a segurança
pessoal.
9.19.1 A solda de fixação dos termopares deve ser executada de acordo com a PETROBRAS
N-133.
9.19.2 Além dos requisitos desta Norma atender a ASME B 31.1 e B 31.3.
9.19.3 Evitar o contato de peças galvanizadas com peças aquecidas durante o tratamento térmico.
9.19.5 Após o tratamento térmico devem ser realizados os ensaios de acordo com o Anexo A, desta
Norma.
17
-PÚBLICO-
10 Inspeção de Montagem
10.3 Os reparos ou alterações das juntas soldadas devem ser inspecionadas de acordo com o
Anexo A.
10.4 Quando for realizada inspeção por amostragem de juntas soldadas e for detectado algum
defeito, inspecionar adicionalmente 2 juntas do mesmo tipo para cada junta reprovada.
10.5 Para as peças de aços cromo-molibdênio, aços inoxidáveis e liga de níquel é exigido que se
faça ensaio por meio de partículas magnéticas (preferencialmente) ou por meio de líquido penetrante
numa faixa de 200 mm centrada na junta soldada.
10.7 Verificar o balanceamento dos conjuntos rotativos após montagem, conforme recomendações
do fabricante.
11 Teste Hidrostático
11.1 Procedimento
O teste deve ser feito de acordo com o procedimento de teste hidrostático do fabricante, que deve
conter, no mínimo, as seguintes informações:
Para o sistema ASME BPVC - Section I, atender as prescrições descritas nos 11.3 a 11.12. Para o
sistema ASME B 31.1 e B 31.3 deve ser seguida a PETROBRAS N-115.
18
-PÚBLICO-
11.3 Suportes
Todos os suportes provisórios devem ser removidos e todos os suportes definitivos instalados antes
do início do enchimento do equipamento para o teste. Os suportes de mola devem estar travados
durante o teste hidrostático. Em casos especiais, o projetista deve indicar quais suportes não devem
ser travados.
O equipamento deve ser testado antes de aplicar pintura, isolamento térmico e refratamento na
região das juntas soldadas.
Utilizar sempre água doce. As características adequadas de pureza da água devem ser definidas
pelo projetista. Deve ser feito o controle dessas características.
11.5.1 A temperatura da água deve ser maior que 20 °C. Caso a temperatura da água esteja
próxima do limite mínimo, instalar termômetros em região inferior do equipamento.
11.5.2 O teor máximo de cloretos na água permitido para o teste de tubos de aços inoxidáveis
austeníticos é 50 ppm.
Não soldar sobre o equipamento e sobre qualquer parte em contato eletro-condutor com o
equipamento enquanto o equipamento contiver água ou outro fluido.
11.7 Manômetros
11.7.1.1 Pelo menos 1 dos manômetros deve estar situado em posição de fácil acesso ao inspetor
do teste durante todo o tempo de pressurização e teste.
11.7.1.2 Os manômetros devem estar calibrados antes do início do teste, admitindo-se uma validade
de 3 meses para a calibração.
11.7.1.3 O valor máximo da escala deve estar sempre compreendido entre 1,5 e 4 vezes a pressão
de teste e, preferivelmente, ser o dobro da pressão de teste.
11.7.1.4 A menor divisão da escala não deve exceder a 5% da indicação máxima da escala.
19
-PÚBLICO-
11.8.2 A pressão de teste não pode exceder os limites estipulados na ASME BPVC - Section I.
11.9.1 O teste de pressão só pode ser realizado decorridos, no mínimo, 48 horas após a última
soldagem sobre a parte submetida à pressão e parte de sustentação do equipamento.
11.9.3 Prever condições de acesso nas partes a serem inspecionadas durante o teste.
11.11 Duração
12 Teste de Fumaça
NOTA O fabricante deve apresentar um procedimento de Teste de Fumaça e o mesmo deve ser
aprovado pela PETROBRAS.
20
-PÚBLICO-
Deverá ser executada a inspeção de segurança inicial antes da caldeira entrar em funcionamento,
conforme definido no 13.4.4.2 da NR-13.
A montadora deve seguir o procedimento para hibernação da caldeira elaborado pelo fabricante e
aprovado pela PETROBRAS.
21
-PÚBLICO-
Tipo de inspeção
Item Componentes Tipos de junta Tipos de soldas
(ver NOTA 2)
Ultrassom computadorizado
Topo Chanfro - longitudinal com registro = 100 %
Partículas magnéticas = 100 %
Medição de dureza = 20 % (ver
Topo Chanfro - circunferencial NOTA 5)
Chanfro - penetração
Ultrassom convencional =
total, ex. bocais (ver
100 %
De ângulo figuras PW-16.1 e
Partículas magnéticas = 100 %
PW-16.2 do ASME
(ver NOTA 1)
BPVC - Section I)
Chanfro - penetração
Tubulões (“steam parcial, ex. bocais (ver
1 De ângulo figuras PW-16.1 e Líquido penetrante = 100 %
drum, water drum”)
PW-16.2 do ASME
BPVC - Section I)
Em ângulo de bocais
De ângulo (ver figuras PW-16.1 e Líquido penetrante = 100 %
PW-16.2)
Em ângulo, na ligação Líquido penetrante = 100 %
De ângulo tubo - tubulão Critério de aceitação = isento de
(ver NOTA 1) indicação
Em chanfro e em ângulo,
De ângulo de componentes não Líquido penetrante = 20 %
submetidos à pressão
22
-PÚBLICO-
Tipo de inspeção
Item Componentes Tipos de junta Tipos de soldas
(ver NOTA 2)
Radiografia = 10 %
Líquido penetrante = 10 %
Chanfro - Líquido penetrante = 100 %
Topo
circunferenciais para caldeira recuperadora
[Heat Recovery Steam
Tubos das paredes Generators (HRSG)]
da caldeira ou Chanfro e em ângulo, na
4 serpentinas (“boiler ligação tubo - coletor Líquido penetrante = 10 %
tubes, bundles”) De ângulo (ver figuras PW-16.1 e Liquido penetrante = 100 % para
aço carbono PW-16.2 do ASME caldeira recuperadora (HRSG)
BPVC - Section I)
Em chanfro e em ângulo,
de componentes não
De ângulo Inspeção visual = 100 %
submetidos à pressão
(ex. aletas)
Radiografia = 20 %
Mediação de dureza = 20 % (ver
Chanfro -
Topo NOTA 5)
circunferenciais
Líquido penetrante = 100 %
IPM = 100 % (ver NOTA 3)
Tubos da caldeira Chanfro e em ângulo, na
Medição de dureza = 10 % (ver
ou serpentinas ligação tubo - coletor
5 (“boiler tubes, NOTA 5)
De ângulo (ver figuras PW-16.1 e
bundles”) aço Líquido penetrante = 100 %
PW-16.2 do ASME
IPM = 100 % (ver NOTA3)
carbono BPVC - Section I)
Em chanfro e em ângulo,
de componentes não Inspeção visual = 100 %
De ângulo submetidos à pressão Líquido penetrante = 10 %
(ex. travas, suportes IPM = 100 % (ver NOTA 3)
espaçadores)
Radiografia ou ultrassom
Chanfro - computadorizada com registro =
Topo
circunferenciais 100 %
Partículas magnéticas = 100 %
Ultrassom convencional =
De ângulo do Chanfro - penetração
100 %
tipo “corner total ou parcial (ver
Partículas magnéticas = 100 %
joint” NOTA 1)
(ver NOTA 1)
Soldas de materiais
Líquido penetrante = 100 %
dissimilares
Coletores
6 (“headers”) aço Chanfro - penetração
carbono parcial (ex. bocais) (ver
De ângulo figuras PW-16.1 e Líquido penetrante = 100 %
PW-16.2 do ASME
BPVC - Section I)
Em ângulo de bocais
(ver figuras PW-16.1 e
De ângulo Líquido penetrante = 100 %
PW-16.2 do ASME
BPVC - Section I)
Em chanfro e em ângulo,
De ângulo de componentes não Líquido penetrante = 20 %
submetidos à pressão
23
-PÚBLICO-
Tipo de inspeção
Item Componentes Tipos de junta Tipos de soldas
(ver NOTA 2)
Ultrassom computadorizado
com registro = 100 %
De ângulo do Chanfro - penetração partículas magnéticas = 100 %
tipo “corner total ou parcial (ver NOTA 1)
joint” (ver NOTA 1) Medição de dureza = 100 %
(ver NOTA 5)
IPM = 100 % (ver NOTA 3)
Ultrassom convencional =
100 %
De ângulo do Chanfro - penetração
Partículas magnéticas = 100 %
tipo “corner total ou parcial
(ver NOTA 1), após tratamento
joint” (ver NOTA 1)
térmico
IPM = 100 % (ver NOTA 3)
Coletores (“headers”)
aço carbono com Soldas de materiais Líquido penetrante = 100 %
7 tratamento térmico dissimilares IPM = 100 % (ver NOTA 3)
ou aço liga;
Dessuperaquecedores
Chanfro - penetração
parcial (ex. bocais) (ver
De ângulo figuras PW-16.1 e Líquido penetrante = 100 %
PW-16.2 do ASME
BPVC - Section I)
Em ângulo de bocais
(ver figuras PW-16.1 e
De ângulo Líquido penetrante = 100 %
PW-16.2 do ASME
BPVC - Section I)
Em chanfro e em
ângulo, de
De ângulo Líquido penetrante = 100 %
componentes não
submetidos à pressão
ASME B31.1 tabela 136.4 ou
Chanfro - radiografia = 10 %, a que for
Topo
circunferenciais maior
Líquido penetrante = 10 %
Chanfro - penetração
Ultrassom convencional =
total (ex. bocais) (ver
100 %
De ângulo figuras PW-16.1 e
Partículas magnéticas = 100 %
PW-16.2 do ASME
(ver NOTA 1)
Tubulações externas BPVC - Section I)
pertencentes a
caldeira (“boiler Chanfro - penetração
external piping and parcial (ex. bocais) (ver
8 De ângulo figuras PW-16.1 e Líquido penetrante = 100 %
joint” - figuras
PG-58.3.1 a PW-16.2 do ASME
PG-58.3.3 do ASME BPVC - Section I)
BPVC - Section I)
Em ângulo de bocais
(ver figuras PW-16.1 e
De ângulo Líquido penetrante = 100 %
PW-16.2 do ASME
BPVC - Section I)
Aço carbono: inspeção visual =
Em chanfro e em
100 %
ângulo, de
De ângulo Aço liga ou com tratamento
componentes não
térmico: partículas magnéticas
submetidos à pressão
= 100 % (ver NOTA 1)
24
-PÚBLICO-
Tipo de inspeção
Item Componentes Tipos de junta Tipos de soldas
(ver NOTA 2)
Tubulações externas,
não pertencentes a
caldeira (“non-boiler Todas (do topo
9 external piping and Todas Conforme PETROBRAS N-115
ou de ângulo)
joint” - figuras
PG-58.3.1 a
PG-58.3.3 do ASME
BPVC - Section I)
NOTA 1 Para soldas em ângulo, onde não for possível o ensaio de partículas magnéticas, pode-se utilizar o
ensaio de líquido penetrante.
NOTA 2 Para todos os tipos de soldas é mandatória a inspeção visual em 100 % do comprimento da solda.
NOTA 3 A correta aplicação de todos os materiais de aço liga deve ser confirmada após montagem através
de teste por pontos ou analisador de ligas (IPM - Identificação Positiva de Materiais).
NOTA 4 Os critérios de aceitação para os ENDs devem ser conforme código do projeto, exceto onde indicado
em contrário.
NOTA 5 Os seguintes limites de dureza são aceitáveis:
a) aços liga cromo-molibdênio e aço carbono tratados - ver limites conforme PETROBRAS N-268;
b) aços liga cromo-molibdênio, sem tratamento térmico. Dureza compatível com a obtida durante a
qualificação do procedimento de soldagem: tolerância ±30HB/30HV5 ou HV10 em relação aos
valores obtidos na qualificação do procedimento;
c) aços inoxidáveis austeníticos - não requerem teste de dureza.
NOTA 6 Critérios de aceitação para END de acordo com o indicado nesta Tabela, ou conforme o código
quando não houve indicação.
25
-PÚBLICO-
Anexo B – Figuras
(Ver 8.6.1 f)
Superfície que contém a linha de
centro dos tubos
(Ver 8.6.1 c)
Plano de simetria
26
-PÚBLICO-
Duto
Afastamento máximo de 20 mm
27
-PÚBLICO-
ÍNDICE DE REVISÕES
REV. A
Não existe índice de revisões.
REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Revalidação
REV. C
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Todas Revisão
REV. D
Partes Atingidas Descrição da Alteração
IR 1/1