3 Considerações finais
A evolução das conquistas dos movimentos populares e da sociedade civil organizada
tem sido alvo de intensos debates. Ainda hoje existem questões que precisam ser
equacionadas no sentido de proporcionar aos Conselhos Gestores paritários condições
para exercerem papel de interventores nas ações governamentais.
Essas questões permeiam seu desempenho, dificultando ou favorecendo o
desenvolvimento de suas funções. Portanto, algumas questões cruciais precisam ser
resolvidas para que os Conselhos sejam efetivos e possam atingir os seus objetivos de
constituição de espaço de controle democrático.
Para esse mister haverá que assegurar-se :
-a definição clara e objetiva da sua autonomia decisória.
-o amparo jurídico para as suas deliberações,
-a superação e ou resistência à tendência da dominação governamental em dividir o poder
com a sociedade,
-o reconhecimento dos Conselhos como instância legítima de exercício do controle social.
Essa nova dinâmica de relacionamento do Estado com a Sociedade poderá garantir a
participação paritária tanto na formação como na concretização das políticas públicas.
Assim, os referidos Conselhos podem ser compreendidos como agentes potenciais para a
efetivação da democracia participativa exercitando as suas prerrogativas para deliberar,
controlar e fiscalizar como instância legítima para a concretização das políticas públicas.
REFERÊNCIAS