Denise Gonçalves
Eliane Sgarabotto Pedroni
Fabiane Bento
Gislaine Pitt Bisotto
Junho/2019
RESUMO
INTRODUÇÃO
REFERENCIAL TEÓRICO
Inteligência Artificial
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Recrutamento e Seleção
Nos últimos anos, as organizações passaram por uma mudança de perspectiva com
relação ao protagonismo de seus recursos internos. Há pouco tempo, acreditava-se que o
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patrimônio material (máquinas, patentes, invenções, entre outros), era o seu ativo mais
importante. Contudo, hoje, a situação é outra, e a importância antes dada ao maquinário
passou a ser dos trabalhadores. Prestigia-se, cada vez mais, a qualidade da mão de obra que a
empresa tem à sua disposição e o desenvolvimento de equipes de alto desempenho. Sendo
assim, cada vez mais a área de Recursos Humanos - RH vem assumindo uma nova roupagem:
mais dinâmica, assertiva e complexa. Deixando para trás a visão de que apenas cuidava de
processos burocráticos e sem grande conteúdo decisório e estratégico para o sucesso do
empreendimento. (VB: MEU MUNDO RH Org., 2018). A área de recrutamento e seleção
surgiu no início do século XX. O que hoje se conhece como RH, antigamente, era somente
DP — Departamento de Pessoal.
O recrutamento pode ser definido como a busca de um conjunto de candidatos com
conhecimentos, habilidades e experiências esperadas por uma organização. O objetivo do
recrutamento é captar candidatos suficientes para ter maior probabilidade de encontrar o
talento adequado durante a seleção. O recrutamento é feito a partir das necessidades presentes
e futuras da organização. (DIAS, 2018).
Existem dois tipos de recrutamento, sendo eles:
a) Interno ou fechado ―O recrutamento interno é a procura de candidatos
dentro da própria organização para o preenchimento de uma vaga. Esse
processo estimula funcionários a se aperfeiçoarem, devido a possibilidade de
mudança e de relacionamento com outros setores e pessoas além de criar um
sentimento de justiça pelo oferecimento de oportunidades aos funcionários já
comprometidos e fieis aos objetivos da empresa‖ (FRANÇA, 2006, p. 31).
Esse tipo de recrutamento na maioria das vezes é mais eficaz, pois a empresa já
conhece os colaboradores, facilitando a avaliação para quem melhor se encaixa
na vaga, além de menor custo para a empresa.
b) Externo ou aberto: ―O recrutamento externo, pelo fato de gerar gastos
para a organização e despender tempo de espera, precisa ser feito de forma
adequada ao negócio e ao perfil da vaga‖ (ELGENNENI, 2009, p. 61). Esse
processo pode atrair candidatos por meio de anúncios de jornais, televisão,
internet, panfletos, agências de emprego, entre outros como a indicação feita
por outros colaboradores. O recrutamento externo apresenta algumas vantagens
e desvantagens, conforme Chiavenato (1999, p. 71, 72), como vantagens ―Atrai
pessoas novas para a organização, renova e enriquece os recursos humanos da
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Segundo Crivellaro (2018) tudo indica que as organizações que aderirem as essas
novas ferramentas gozarão uma vantagem competitiva bem significativa o que poderá resultar
em um excelente quadro de colaboradores em um tempo reduzido. Sem contar na
oportunidade que o Setor de Recursos Humanos terá para se dedicar em projetos estratégicos
de desenvolvimento tendo em vista que as atividades operacionais serão designadas para a
Inteligência Artificial.
Gestão Da Mudança
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da organização, (V) as regras do jogo que um colaborador novo deve aprender para fazer
parte do grupo e (VI) o clima e o sentimento de uma organização no trato com as pessoas de
fora, sendo que todos estes itens são reflexos da cultura organizacional. O autor afirma que o
problema na cultura organizacional é distinguir as particularidades daquele grupo social,
dentro de uma cultura mais ampla e por fim define que a cultura é um padrão de pressupostos
básicos inventados, descobertos ou desenvolvidos por um determinado grupo, a medida que
ele aprende a lidar com seus problemas de adaptação externa e integração interna.
No processo de implantação das mudanças nas organizações os indivíduos deparam-se
com o dilema de se posicionar contra ou a favor de determinada mudança proposta. Aceitar
ou resistir à mudança é o dilema de cada membro da organização. E até que se faça essa
escolha, há uma tensão interior, um conflito que pode gerar um estado de stress. (ZANONA,
2011).
Quando se trata de uma mudança de alto impacto se faz necessário a análise das forças
propulsoras e restritivas com o objetivo de minimizar os danos e trazer clareza para o
indivíduo e para a organização. (COIMBRA, 2007).
No momento de implantação de uma mudança, as lideranças possuem papel
fundamental durante o processo. As linhas de pesquisa orientadas por Thomas e Ely (1996,
apud ZANELLI et. al., 2004) sugerem oito pré-condições que ajudam as organizações a
utilizarem as diferenças de grupos de identidade em serviço das organizações e do seu
crescimento e renovação. Em resumo as pré-condições são:
a) A liderança da empresa deve saber que existem mais de uma maneira de obter
resultados positivos;
b) A liderança deve reconhecer as oportunidades de aprendizagem que diferentes
perspectivas podem trazer;
c) A empresa deverá acreditar que todos os seus membros podem e devem
contribuir para a eficácia organizacional;
d) A cultura da empresa deverá estimular o desenvolvimento pessoal. Isso é
possível através de desenho de cargo que permita o crescimento e o
desenvolvimento pessoal;
e) A cultura organizacional deve encorajar a abertura para instigar o debate e dar
suporte a conflitos construtivos;
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MÉTODO DE PESQUISA
Objetivos
Objetivo Geral
Estudar os impactos da Inteligência Artificial no Recrutamento e Seleção através da
percepção dos profissionais de RH e dos Gestores, numa empresa do segmento plástico da
Serra Gaúcha.
Objetivos Específicos:
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DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO
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percebessem que o processo de seleção não é simples, envolve a análise de muitos currículos,
os quais muitas vezes não correspondem ao perfil solicitado.
Por este motivo, é imprescindivel que os gestores envolvidos estejam atentos, segundo
o Entrevistado F, ―a plataforma não faz tudo e deixa pronto‖, é necessário avaliar a
classificação dos selecionados e o que está sendo considerado. Também menciona um
exemplo que aconteceu em uma das vagas abertas através da plataforma: ―[...] percebi que o
sistema colocava no ranking as pessoas mais adequadas à cultura da empresa e não levava
em consideração a graduação concluída que era indispensável‖. Para o Entrevistado B “a
plataforma pode ajudar, por fazer uma pré-análise, mas é necessário a percepção do gestor.
[...] penso que às vezes tem profissional bom operacionalmente, mas não tem uma fala
adequada, ou terá a coragem de fazer um vídeo e isso impacta para gerações mais antigas”.
Para o Entrevistado E, “nesse momento vejo como perda a alta quantidade de pessoas
que não completaram os cadastros ou os processos seletivos, dando a sensação de alto
volume e pouco aproveitamento, pessoas que não atendem os requisitos ou com excessos de
requisitos, por exemplo, vaga de assistente e se candidata um gerente ou um garçom”.
Ainda há opiniões distintas entre os entrevistados, para o Entrevistado C a plataforma
não é adequada para vagas operacionais, as quais exige um conhecimento técnico específico,
ele ressalta que “[...] a agência faz um filtro e vem mais pronto e nesse sentido a plataforma
oferece muitas opções sem algumas perguntas que só uma pessoa, seja da agência ou do RH
poderão fazer pessoalmente”. No entanto, para o Entrevistado D é importante observar que
“a ferramenta oferece alguns processos antes da entrevista presencial” e complementa
dizendo que “o gestor tem que ficar atento, não se deve considerar só os candidatos mais
aderentes, [...] conforme vou utilizando vai “calibrando” a plataforma”.
Na opinião do Entrevistado A para vagas de gestão, “onde o candidato tem que estar
muito mais incorporado no propósito da empresa, o critério, os processos de seleção e a
entrevista presencial é muito importante”. Ainda mais se esta vaga for sigilosa, o qual o
entrevistado resssalta que “a plataforma não abrange e tem que voltar ao antigo processo
moroso e desperdício de tempo, pois há muitos atravessadores (agência, RH)”.
A adesão desta ferramenta tem causado alguns impactos nas equipes de trabalho,
segundo o Entrevistado F, “os impactos causados são normais de qualquer mudança
organizacional: alguns se adaptam, outros saem da empresa e tem os que aguardam mais um
pouco para ver”. O Entrevistado C percebe que na equipe, “algumas pessoas acham ruim ter
que acessar e-mail ou aplicativos, mesmo para acessar o recibo de pagamento, por
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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efetividade dos testes, vídeos e games utilizados pela plataforma como etapas de seleção? Ou
ainda, quais as estratégias que as agências de emprego estão aderindo para driblar as possíveis
perdas de clientes diante da vinda da IA? E mais, qual é a linha de pensamento que irá
assumir o papel de protagonista, aquela que acredita que a inteligência artificial irá tomar o
lugar da força de trabalho humana ou a vertente que acredita que a inovação e a tecnologia
podem ser aliadas do profissional?
Entende-se que esta pesquisa é apenas um start e por isso não se esgota, pois o
tema Inteligência Artificial no R&S além de recente, apresenta uma amplitude de
possibilidades.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTUNES, Gabriela; NASCIMENTO, Carla; TOLEDO, Maicon. Recrutamento e
Seleção. 2016. 9 f. TCC (Graduação) - Curso de Tecnologia em Recursos Humanos, Fasul,
Cascavel - Pr, 2016. Disponível em:
<https://fasul.edu.br/projetos/app/webroot/files/controle_eventos/ce_producao/20161022-
110237_arquivo.pdf>. Acesso em: 23 fev. 2019.
BARRETO, J.M; Inteligência artificial no limiar do século XXI. 1997. Florianópolis: PPP
Edições.
COIMBRA, Alex, Modelo de Análise de campo de força de Lewin, 2007. Disponível em:
<http://alexcoimbra.blogspot.com/2007/10/blog-post.html?m=1>. Acesso em 28 abr. 2019.
DIAS, Mariana. Saiba tudo sobre o conceito, tendências e como fazer Recrutamento e
Seleção. 2018. Disponível em: <https://www.gupy.io/blog/recrutamento-e-selecao>. Acesso
em: 23 fev. 2019.
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ELGENNENI, Sara Maria de Melo. Recrutamento e seleção de pessoal: RH. São Paulo:
Pearson Prentice, 2009.
GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas 2007.
HAUGELAND, John. Artificial Intelligence: The Very Idea. Massachusetts: The MIT
Press, 1985.
ROSA-Garcia Luiz; Psicologia Estrutural em Kurt Lewin, 2 ed. Petropolis: Vozes, 1974.
RUSSELL, Stuart J; NORVIG, Peter; Inteligência artificial. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
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WILSON, Robert A; KEIL, Frank C.; The MIT Encyclopedia of the Cognitive Sciences,
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