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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO,

CIÊNCIAS CONTÁBEIS E CIÊNCIAS ECONÔMICAS

LUANA COSTA CAMPOS


PEDRO HENRIQUE SAÊTA SOUSA
VITÓRIA CRISTINA BATISTA

O ORÇAMENTO ESTÁTICO / TRADICIONAL

GOIÂNIA
2018
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SUMÁRIO

1 AFINAL, O QUE É ORÇAMENTO?...............................................................................3


2 O ORÇAMENTO TIPO ESTÁTICO – O QUE É E DE ONDE VEIO?........................4
2.1 AS CARACTERÍSTICAS DO ORÇAMENTO ESTÁTICO...................................5
2.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS........................................................................5
3 UM EXEMPLO PRÁTICO................................................................................................6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................6
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O presente trabalho visa elaborar uma curta discussão no que tange as


informações a respeito do orçamento estático ou tradicional. Para isto, este foi
dividido em três principais tópicos, que discutem respectivamente: a definição
de orçamento; a definição do orçamento estático; as principais características
desse orçamento; vantagens e desvantagens e, por fim, um exemplo prático do
tipo orçamentário.

1 AFINAL, O QUE É ORÇAMENTO?

Pode-se dizer que orçar nada mais é do que organizar, calcular e


planejar todo o escopo financeiro de uma entidade ou organização, com
objetivo de analisar os lucros, receitas e despesas que este terá em um
horizonte de tempo curto ou longo. O principal objetivo, no fim das contas, ao
se elaborar um projeto orçamentário é estabelecer metas que serão
acompanhadas, a fim de que se possa tomar ações preventivas ou de
continuidade no trabalho, mantendo o máximo aproveitamento dos recursos
financeiros da organização (SILVA, 2015)
Já na visão de Brookson (2000, p. 30, apud SILVA, 2015, p. 16), os
orçamentos “garantem uma estrutura dentro da qual funcionários,
departamentos e a empresa toda podem trabalhar. Estimulam as pessoas a
pensar no futuro e planejar com antecedência”. Para outros autores, como
Catelli (2001, apud FELTRIN e BUESA, 2013), a ideia é que um orçamento
deve refletir quantitativamente os planos de ação de uma organização e isso irá
refletir as diretrizes, objetivos, metas e políticas que estão presentes no
planejamento estratégico da empresa, para determinado período. Ou seja,
funcionam como um instrumento de controle administrativo em três instâncias:

1 - Como meio de organização e direção de um grande segmento do


processo de planejamento administrativo;
2 - Como uma contínua advertência em procurar desenvolver os planos
e programas guiando a administração no dia a dia;
3 - Como avaliador de performance real. (CATELLI, 2001. p. 250, apud
FELTRIN e BUESA, 2013, p. 2)
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Dentro de uma linha evolutiva dos processos orçamentários nas


instituições, é possível atrelar diversas vantagens e desvantagens a cada
determinado tipo. Padoveze (2011, apud VIEIRA, 2015) desta que surgiram, ao
longo do tempo, duas vertentes sobre a evolução dos conceitos e tipos de
orçamento. Enquanto a segunda vertente propõe um orçamento flexível, a
primeira parte, a qual irá ser explorada neste trabalho, parte de um orçamento
dito estático, com intenção de ser mais correto e rígido, tendo afinidade com o
conceito de custo e gestão por atividade.

2 O ORÇAMENTO TIPO ESTÁTICO – O QUE É E DE ONDE VEIO?

O orçamento empresarial é tido como o primeiro tipo existente,


surgindo a partir do orçamento público e tendo sua primeira aplicação em uma
empresa privada em 1919 nos Estado Unidos. Porém esse modelo só ganhou
maior relevância na década de 50 e 60 com a popularização do termo na
literatura e sua ampla utilização nas grandes empresas.

Fonte: Lunkes (2011, p. 39, apud VOSS, 2014, p. 23)

Segundo PADOVEZE (2010) o orçamento estático é o mais comum e o


mais utilizado pelas empresas, principalmente as de grande porte e gestão
centralizadora, devido a necessidade de consolidação de todos os orçamentos
de suas unidades em um único orçamento. Isso só é possível porque o
orçamento estático é uma ferramenta de planejamento e controle financeiro
cuja característica principal é sua inflexibilidade frente às possíveis mudanças,
ou seja, não é permitida qualquer alteração durante seu período de execução.
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PADOVEZE (2010) ainda afirma que é feita a fixação de volumes de vendas e


produção que definem as peças orçamentárias e determinam os volumes de
atividades e setores da empresa. Se houver qualquer divergência nos valores
fixados com o real executado, esse orçamento perde seu valor como
instrumento de controle.

2.1 AS CARACTERÍSTICAS DO ORÇAMENTO ESTÁTICO

No orçamento estático, que é o mais comum, as peças são elaboradas


a partir da fixação de volumes de vendas, que norteiam o volume de atividades
e setores da organização (VOSS, 2014). Nesse caso, a ideia é manter uma
quantidade de dados fixos para o próximo exercício da empresa, que são
impossibilitados de serem modificados. Esta é sua maior característica: não
pode ser alterado.
Além de ser imutável, esse tipo de orçamento estima os recursos
baseando-se nos valores de volumes ou vendas, sendo feito em um período
anual, normalmente. Para Uieda (2005), um dos motivos para a grande
utilização de um orçamento estático por parte das empresas se dá pela grande
necessidade de consolidar os orçamentos de todas as unidades de uma
instituição dispersas geograficamente em um único orçamento mestre do
grupo. Mais ainda pelo fato de pequenas alterações nos volumes em algumas
unidades específicas não atingirem tanto o montante total da organização.
O histórico serve, então, como a base para elaboração desse tipo de
orçamento. Com isso, os custos podem acabar sendo não revistos e pode ser
que ocorra desperdício. Além disso, há ainda uma baixa autonomia, pois não
exige uma tomada de decisão e, caso ocorra diferenças entre o orçado e o
realizado,

2.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS

É considerado um orçamento estático aquele que é gerenciado sem


nenhuma alteração nas peças de orçamento. Abaixo, percebe-se o leque de
aspectos positivos e negativos desse tipo orçamentário.
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Desvantagens: Segundo Padoveze (2010) a ocasião de não atingirem


o volume estipulado por toda a empresa, uma parte das peças orçamentárias
perdem seu proposito como “orientador” no processo de acompanhamento e
determinação de controle, de análise das variações e como simulador dos
dados orçamentários. Sem mais, pela sua estaticidade é um método inflexível.
Na visão crítica de Frezzati (2004, apud LeiteI e Cherobim, 2008) o processo
tradicional é considerado caro e defasado comparado ao ambiente competitivo,
além disso também é centralizado fazendo com que se torne muito difícil a
possibilidade de orçamento anual pelo orçamento estático não acompanhar os
níveis de mudanças de cada área de uma empresa.
Vantagens: Continuando na linha de raciocínio de Padoveze (2010) é
vital para que a organização tenha uma visão ampla de seus negócios, pois em
corporações onde se vê necessário determinar especificamente um orçamento
para todas suas unidades, o orçamento estático permite um orçamento
aproximado para cada uma das mesmas podendo sofrer leves alterações sem
impactar a corporação como toda. Ou seja, quando há pequenas alterações em
cada área a influência dos mesmos é mínima, então não demandam um
planejamento tão exuberante e são mais fáceis de serem acompanhados. Com
isso, é certo que o orçamento estático é mais financeiramente econômico.
Para Marion e Ribeiro (2011, apud Feltrin e Buesa, 2013) “os gastos fixos
continuam sendo apresentados dentro do enfoque tradicional do orçamento,
que é o orçamento estático”. Sendo assim, é possível por meio da
determinação dos gastos fixos saber com maior facilidade como a empresa
deve traçar sua limitação orçamentária.

3 UM EXEMPLO PRÁTICO

Nononononononono
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FELTRIN, Débora; BUESA, Natasha Young. Orçamento Empresarial: Uma


Ferramenta para Tomada de Decisão. Revista Eletrônica Gestão e Negócios,
Volume 4, nº 1, 2013

LEITEL, Rita Mara; CHEROBIM, Ana Paula Mussi. Orçamento empresarial:


levantamento da produção científica no período de 1995 a 2006. Rev. contab.
finanç. vol.19 no.47 São Paulo Mai/Ago, 2008.

PADOVEZE, C. L.; TARANTO, F. C. Orçamento empresarial: novos


conceitos e técnicas. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2010.

PADOVEZE, Clóvis Luís. Planejamento Orçamentário. 2. ed. São Paulo:


Cengage Learning, 2010

MONTEIRO, Luciana Maria Nascimento. Orçamento Empresarial: Uma


Ferramenta para Tomada de Decisão em uma Empresa no Ramo de
Concessionária de Veículos. REPAE - Revista de Ensino e Pesquisa em
Administração e Engenharia 2.1 (2016): 121-146.

UIEDA, André. Padronização do processo de elaboração de orçamento


anual na área de produção. São Paulo, 2005.

VIEIRA, Marcos T. Orçamento Empresarial: um estudo de caso em uma


indústria fabricante de acessórios automotivos. Caxias do Sul: Universidade de
Caxias do Sul, 2015.

VOSS, W. A. M. A percepção das variáveis contingenciais nas críticas à


adoção e ao uso do orçamento. São Paulo: Fundação Escola de Comércio
Álvares Penteado - FECAP, 2014.

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