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DIREITO E DOCUMENTAÇÃO Ano letivo: 2017/2018

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Carlos Ribeiro/ João Pereira


Nº 1503/1549
8.10
OGA
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 Noção de direito comercial

O Direito Comercial pode ser entendido como o conjunto de normas disciplinadoras da


atividade negocial do comerciante e de qualquer pessoa, física ou jurídica, destinada a fins de
natureza económica, desde que habitual e dirigida à produção de bens ou serviços
conducentes a resultados patrimoniais ou lucrativos.

Desta maneira, o direito comercial busca estabelecer parâmetros que devem ser respeitados
por todos aqueles que fazem parte de atividades comerciais com o fim de organizar este tipo
de ação.

 Personalidade Jurídica

Personalidade jurídica é um conceito próprio da área do direito e um elemento essencial dentro


do conjunto das normas jurídicas que regulamentam a organização de uma sociedade ou de
um estado.
O conceito personalidade jurídica serve para explicar os atos jurídicos, já que um ato jurídico
é sempre realizado por uma pessoa jurídica.

Personalidade Jurídica (Singular)


É singular quando referida a pessoa humana. Neste caso, adquire-se no momento do
nascimento completo e com vida e termina com a morte.

Personalidade Jurídica (Coletiva)


É coletiva quando referida a organizações de pessoas e/ou de bens (v. g. associações e
fundações).
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 Capacidade Jurídica (simples e coletiva)

Segundo OLIVEIRA ASCENSÃO, trata-se também de uma “suscetibilidade abstrata”, no


sentido em que ser capaz de ser titular de tais direitos e deveres não implica que o seja na
prática, havendo apenas a “potencialidade de os receber”. Isaac Caliquemala
Dentro da capacidade jurídica podemos distinguir ainda dois conceitos: a capacidade de gozo
e a capacidade de exercício.
A capacidade jurídica enquanto, capacidade de gozo também por vezes apenas chamada de
capacidade jurídica, ou capacidade de direitos (Rechtsfähigkeit), trata-se da aptidão para ser
titular de um círculo, maior ou menor, de relações jurídicas, ou seja, é a capacidade jurídica
na sua forma mais simples, tratando-se da simples imputação de direitos e deveres de que
uma pessoa pode ser titular.
Por outro lado, a capacidade de exercício, também chamada de capacidade de agir
(Handlungsfähigkeit), é, nas palavras de DOMINGUES DE ANDRADE, a “idoneidade
reconhecida pela ordem jurídica para exercitar direitos – ou cumprir obrigações: aqueles
direitos e aquelas obrigações que o respetivo titular adquiriu ou contraiu através da
capacidade de gozo”. No fundo, consiste na possibilidade de alguém praticar atos jurídicos
em nome próprio (ou seja, de modo pessoal e livremente, quer seja por ato próprio ou através
de um representante por si escolhido).
Ainda segundo FERRARA, “enquanto a capacidade de direito é uma simples condição de
gozo, uma posição estática, a capacidade de agir denota uma atividade dinâmica, o poder de
pôr em movimento os direitos, de produzir transformações mediante atuação jurídica própria”.
As capacidades de gozo e de exercício aplicam-se tanto a pessoas coletivas como a pessoas
singulares, com as devidas adaptações.
A capacidade de gozo de direitos encontra-se prevista no Código Civil Português nos artigos
67º e 160º para pessoas singulares e pessoas coletivas, respetivamente.
Dita o artigo 67º que: “as pessoas podem ser sujeitos de quaisquer relações jurídicas, salvo
disposição legal em contrário; nisto consiste a sua capacidade jurídica”. Quer isto dizer que
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no direito português a capacidade jurídica é a regra, sendo os casos em que uma pessoa tem
capacidade jurídica diminuída a exceção (e estando estas previstas por lei).

 Contratos comerciais

Compra e venda e promessa de compra e venda


O contrato promessa de compra e venda é um contrato estabelecido usualmente em Portugal
para acordo da futura da compra de um imóvel ou de um terreno. Não é obrigatório, mas é
importante, para garantir os direitos e os deveres dos envolvidos no negócio, oficializando as
suas condições.

Mútuo
É aquele que trata da transferência de bens móveis, que podem ser substituídos por outros
de mesma espécie, qualidade e quantidade. As partes envolvidas são chamadas mutuante e
mutuário.

Depósito
Um depósito bancário corresponde a uma entrega de fundos a uma instituição de crédito, que
fica obrigada a devolver o montante depositado, de acordo com as condições que tenham sido
contratadas, e, em alguns casos, a pagar uma remuneração.
O recebimento de depósitos em dinheiro e outros valores (como cheques) é uma operação
que em Portugal só pode ser realizada pelas instituições de crédito registadas no Banco de
Portugal.

Leasing
Locação financeira também conhecido pelo termo em inglês leasing, é um contrato através do
qual uma arrendadora (a empresa que se dedica à exploração de leasing) adquire um bem
escolhido por seu cliente para em seguida, alugá-lo a este último, por um prazo determinado.
Ao termo do contrato o arrendatário pode optar por renová-lo por mais um período, por
devolver o bem arrendado à arrendadora ou dela adquirir o bem, pelo valor de mercado ou
por um valor residual previamente definido no contrato.
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Franchising
É uma estratégia utilizada em administração que tem, como propósito, um sistema de venda
de licença na qual o detentor da marca deixa, ao autorizado a explorar a marca o direito de
uso da sua marca, patente, infraestrutura, know-how e direito de distribuição exclusiva ou sem
exclusiva de produtos ou serviços. Por sua vez, investe e trabalha no privilégio e paga parte
do facturamento, sob a forma de royalties.

 Instrumentos de garantia das obrigações


Garantia é utilizado por órgãos da administração direta e indireta, públicos e privados, que
devem exigir garantias de manutenção de oferta (em caso de concorrência) e de fieldade
cumprimento dos contratos.

Penhor
O penhor é uma garantia que se traduz na entrega de uma coisa móvel ou imóvel, material ou
imaterial, ao credor, que se obriga a restituir depois do cumprimento da obrigação garantida.
Pode também ser empenhada uma coisa futura, ou até alheia, embora, nesta hipótese, o
penhor dependa do consentimento do proprietário ou da aquisição posterior da propriedade
pelo fiador.

Fiança
A fiança é o contrato pelo qual um devedor acessório junta-se ao devedor principal, obrigando-
se a cumprir a prestação caso este não o faça.
De modo geral, os três tipos de fiança permitiam disputar uma responsabilidade parcial, de
vários fiadores, e disponibilizavam a ação de regresso “actio de pensi” contra o devedor
principal, caso este não o indenizasse num prazo de seis meses.
Além disso, o fiador poderia exigir do credor principal, a quem pagara, a cessão das ações
que lhe competiam contra o devedor principal.
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Multa contratual
A multa contratual é a promessa de pagamento em dinheiro no caso do de uma obrigação.
Quando o valor da multa é predeterminado, eliminasse a necessidade de provar perdas e
danos para obter indenização.

Hipoteca
A hipoteca é uma garantia que consiste na afetação de uma coisa, móvel ou imóvel, ao
cumprimento duma obrigação.
É a garantia mais recente e assinala-se como seu precedente, provavelmente, a afetação de
animais, escravos e instrumentos à obrigação de pagar a renda.
A jurisprudência começou por não se distinguir da hipoteca do penhor, pois não valorizou o
momento da aquisição da posse de bens: imediato no penhor e proposto na hipoteca.

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