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Conversão eletromecânica de Energia

Curso Técnico em Sistemas


de Energia Renovável

Carga horária total: 60h


Carga horária teórica: 45h
Carga horária prática: 15h

Professor: Mateus Andrade Ferreira


mateus.ferreira@ifmg.edu.br
Conversão eletromecânica de Energia
• Objetivos:
• Compreender os conceitos e princípios do eletromagnetismo e da conversão
eletromecânica de energia.
• Conhecer o princípio de funcionamento das máquinas elétricas de corrente
contínua e alternada.
• Identificar as principais características construtivas das máquinas elétricas e
utilizar instrumentos de medida em máquinas elétricas.
• Despertar o interesse pela busca da informação.
• Incentivar a proatividade e a capacidade de realizar trabalho em grupo.
• Estimular a multidisciplinaridade dos conteúdos da disciplina.
• Utilizar os conteúdos da disciplina na resolução de problemas associados a
sistemas de energia renovável
Conversão eletromecânica de Energia

Eletromagnetismo Transformadores Motores elétricos

Ímãs, Campo Transformadores


Máquinas de corrente
Magnético, Lei de monofásicos e
contínua e alternada
Ampère, Lei de trifásicos: princípio de
(síncrona e assíncrona):
Faraday, Lei de Lenz, funcionamento,
princípio de
Força de Lorentz, aspectos construtivos e
funcionamento,
Indutância, Princípios ligações.
aspectos construtivos e
de conversão Transformadores de
ligação.
eletromecânica de medição (TC’s e TP’s).
energia.
Avaliação

Listas de
Práticas Prova 1 Prova 2
exercícios

Lista 1 -> Prova 1.


Avaliação das Lista 2 -> Prova 2.
Magnetismo e Motores
práticas Exercícios em
transformadores. elétricos.
realizadas. sala.
Conversão eletromecânica de Energia

Magnetismo
Magnetismo
Natureza do magnetismo
• O nome de magnetismo é dado a propriedade
que um material possui de atrair metais
ferrosos.
• O fenômeno do magnetismo foi descoberto
pelos chineses por volta do ano 2637 a.C. Os
ímãs usados nas bússolas primitivas eram
chamados de pedras-guias. Hoje sabe-se que
esse material nada mais era do que pedaços
grosseiros de um minério de ferro conhecido
como magnetita.
Magnetismo
Natureza do magnetismo
• Como a magnetita apresenta
propriedades magnéticas no seu
estado natural, esses pedaços de
minérios são classificados como
ímãs naturais. Outro ímã natural
que existe é a própria Terra.
Todos os demais ímãs são feito
pelo homem e por isso são
chamados de ímãs artificiais.
Magnetismo
Ímã
• As propriedades magnéticas dos ímãs
estão relacionadas a estrutura
molecular dos materiais.
• As moléculas formam domínios
magnéticos. Quanto estes estão
alinhados, o material passa a
apresentar características magnéticas
Magnetismo
Ímã
• Os ímãs possuem sempre um polo norte um polo sul.
• Sempre que se divide uma ímã, seus pedaços terão dois polos,
sendo impossível obter-se apenas um polo magnético
Magnetismo
Força entre ímãs
• Um ímã na presença de outro, pode
comportar-se exercendo força de
atração ou de repulsão.
– Atração -> entre polos diferentes;
– Repulsão -> entre polos iguais.
Magnetismo
Linhas de força dos ímãs
• Pode-se dizer que todo ímã possui linhas de força, ou de campo.
– Estas linhas são grandezas vetoriais;
– Têm início no polo norte;
– E vão em direção ao polo sul.
Magnetismo
Linhas de força dos ímãs
• Pode-se dizer que todo ímã possui linhas de força, ou de campo.
– Estas linhas são grandezas vetoriais;
– Têm início no polo norte;
– E vão em direção ao polo sul.
Magnetismo
Linhas de força dos ímãs
• As linhas de campo são invisíveis, mas é possível verificar sua
existência em um experimento simples com limalha de ferro.

• VÍDEO
Magnetismo
A Terra é um grande ímã
• A diferença entre os polos geográficos
e magnéticos e de cerca de 30°.
• A distância chega a 1600 km;
• Na cidade de Eureca no Canada a
inclinação entre a indicação de uma
bússola e a localização do polo chega a
98°.
Magnetismo
Fluxo magnético Φ

• O total de linhas de força de um ímã equivale ao seu fluxo


magnético.
• O símbolo utilizado é o Φ (fi).
• A unidade é o Weber (Wb). 1 Wb equivale a 108 linhas de força.
• Como 1 Wb é um valor muito alto,
geralmente é utilizada a escala de µWb.
Magnetismo
Fluxo magnético Φ

• Exemplo 1:
• a) Se um fluxo magnético Φ tem 3.000 linhas, calcule sua
intensidade em microweber. Transforme o número de linhas em
microweber.
Magnetismo
Permeabilidade magnética, µ

• Se refere a capacidade de um material


de concentrar campo magnético,
qualquer material facilmente
magnetizado tem alta permeabilidade.
• Pode-se entender a permeabilidade
como um tipo de condutividade de
campo magnético.
Magnetismo
Permeabilidade magnética, µ

• No vácuo a permeabilidade magnética tem valor:


µ0 =4.π.10−7(T.m/A)
• Geralmente a permeabilidade dos materiais é dada de forma
relativa:
µ
µ𝑟 =
µ0
Magnetismo
Magnetismo
Permeabilidade magnética, µ
• Materiais paramagnéticos
• são aqueles em que a ação do campo magnético externo a eles aplicado
é a de alinhar os dipolos magnéticos dos seus átomos com o campo
externo. No entanto ficam magnetizados apenas enquanto estão sob a
ação de um campo magnético externo. Esses materiais são fracamente
atraídos pelos ímãs. Geralmente têm permeabilidade relativa
ligeiramente superior a 1. São materiais paramagnéticos:
• o alumínio, o magnésio, o sulfato de cobre, etc.
Magnetismo
Permeabilidade magnética, µ
• Materiais Diamagnéticos
• São materiais que são repelidos quando há presença de um campo
magnético externo. Assim, estabelece-se um campo magnético na
substância que possui sentido contrário ao campo aplicado (são repelidos
por ímãs).
• Também conhecidos como materiais não magnéticos. Têm permeabilidade
relativa inferior a 1.
• São substâncias diamagnéticas:
• água, madeira, a maioria dos materiais orgânicos, o bismuto, o cobre, a prata,
o chumbo, etc.
Magnetismo
Permeabilidade magnética, µ
• Materiais Ferromagnéticos
• Esses materiais se imantam fortemente se colocados na presença de um
campo magnético. É possível verificar, que a presença de um material
ferromagnético altera fortemente o valor da intensidade do campo
magnético.
• São substâncias ferromagnéticas somente o ferro, o cobalto, o níquel e as
ligas que são formadas por essas substâncias. Os materiais ferromagnéticos
são muito utilizados quando se deseja obter campos magnéticos de altas
intensidades.
Magnetismo
Magnetização
• Materiais que possuem substâncias
ferromagnéticas em usa composição
podem ser magnetizados e
transformados em ímãs
permanentes.
• Esse procedimento é muito comum
em pontas de chaves de fenda, para
que os parafusos sejam atraídos por
elas.
Magnetismo
Magnetização
• VÍDEO
Magnetismo
Densidade de Fluxo magnético B

• A densidade de fluxo magnético é o fluxo magnético por unidade


de área de uma seção perpendicular ao sentido do fluxo.
• A equação para o fluxo magnético é:
Φ
𝐵=
𝐴
– B = densidade de fluxo magnético em Teslas (T).
– Φ = Fluxo magnético, Wb.
– A = Área em metros quadrados (m²).
Magnetismo
Densidade de Fluxo magnético B

• A partir da imagem a ao
lado pode-se concluir
que a densidade de fluxo
magnético é maior na
região a que na região b.
Magnetismo
Densidade de Fluxo magnético B
• Exemplo 2:
• a) Qual é a densidade de fluxo em teslas quando existe um fluxo de 600
µWb através de uma área de 0,0003 m2?
• Dado
– Φ = 600 µWb = 6 x 10-4 Wb
– A = 0.0003 m2 = 3 x 10-4 m²
Magnetismo
Densidade de Fluxo magnético B

• Exemplo 2:
• b) Sabendo que 2 Wb é produzido por um ímã natural, calcule a
densidade de fluxo magnético B que atravessa uma chapa em
forma de quadrado de lado 2 cm posicionado
perpendicularmente ao ímã.
Magnetismo
Densidade de Fluxo magnético B

• Exemplo 2:
• b)
Conversão eletromecânica de Energia

Eletromagnetismo
Eletromagnetismo
• Por volta de 1820, o físico dinamarquês Hans Cristian Orsted fez
um experimento simples que certamente foi o ponto de partida
para a evolução tecnológica que alcançamos hoje.
Eletromagnetismo
Sentido do fluxo magnético criado pela corrente elétrica
• Pela regra da mão direita é possível determinar o sentido do campo
magnético criado por uma corrente elétrica.
• O polegar aponta para a direção convencional da corrente enquanto
os demais dedos indicam o sentido das linhas de fluxo magnético.
Eletromagnetismo
Sentido do fluxo magnético criado pela corrente elétrica
• A intensidade do campo magnético em tomo do condutor que conduz uma
corrente depende da intensidade dessa corrente. Uma corrente alta produz
inúmeras linhas de força que se distribuem até regiões distantes do fio,
enquanto uma corrente baixa produz poucas linhas próximas do fio.
Eletromagnetismo
Sentido do fluxo magnético criado pela corrente elétrica

• Pela regra da mão direita é possível determinar o sentido do


campo magnético criado por uma corrente elétrica.
Eletromagnetismo
Sentido do fluxo magnético criado pela corrente elétrica
Eletromagnetismo
Lei de Ampere

• Após o experimento de Orsted, André Marie Ampere elaborou,


em 1826, o que hoje é conhecida com a lei de Ampere.
• Essa lei permite calcular o fluxo/campo magnético criado por
uma corrente elétrica.
Eletromagnetismo
Lei de Ampere
• A experiência de Ampere:
– Condutor longo 1 percorrido por
corrente de módulo constante, I1.
– Condutor 2, de comprimento l, também
conduzindo corrente de valor constante,
I2 em sentido oposto a I1.
– Os condutores encontram-se no mesmo
plano horizontal e estão paralelos entre
si.
Eletromagnetismo
Lei de Ampere
• Neste arranjo verifica-se o surgimento de uma força no
condutor 2, com sentido para a direita, cujo módulo vale:
𝐹 = 𝐼2 . 𝑙. 𝐵[N]
• Em que B vale:
µ𝐼1
𝐵= [T]
2𝜋𝑟
• Onde:
• r é a distância entre os condutores.
Eletromagnetismo
Campo magnético em uma bobina
• Ao dobrar um condutor reto de modo a
formar um laço simples obtêm-se dois
resultados:
– Primeiro, as linhas do campo magnético ficam
mais densas dentro do laço, embora o número
total de linhas seja o mesmo que para o
condutor reto.
– Segundo, todas as linhas dentro do laço se
somam no mesmo sentido.
Eletromagnetismo
Campo magnético em uma bobina
Eletromagnetismo
Campo magnético em uma bobina
• Forma-se uma bobina de fio condutor
quando há mais de um laço ou espira.
• Para determinar a polaridade
magnética da bobina, aplique a regra
da mão direita.
Eletromagnetismo
Campo magnético em uma bobina
• Se colocarmos um núcleo de ferro dentro
da bobina, a densidade de fluxo
aumentará.
• A polaridade do núcleo é a mesma da
bobina. A polaridade depende do
sentido do fluxo da corrente e do sentido
do enrolamento.
Eletromagnetismo
Campo magnético em uma bobina
• Exemplo 3: determine a polaridade magnética das bobinas a
seguir:
Eletromagnetismo
Aplicações de um eletroímã
• Se uma barra de ferro for colocada no campo magnético de uma
bobina a barra ficará magnetizada.
• Se o campo magnético for
suficientemente forte, a barra será
atraída para dentro da bo-bina até
ficar aproximadamente centralizada
no campo magnético.
Eletromagnetismo
Aplicações de um eletroímã
• Uma das principais
aplicações dos eletroímãs
é nos relés.
• Nessa aplicação é possível
acionar cargas de grande
potência por meio de
dispositivos eletrônicos
que suportam poucos
miliamperes.
Eletromagnetismo
Força magnetomotriz
• Quanto maior a corrente que
circula em uma bobina, mais forte
é seu campo magnético. Além 𝒇𝒎𝒎 = 𝒂𝒎𝒑𝒆𝒓𝒆𝒔 𝒙 𝒆𝒔𝒑𝒊𝒓𝒂𝒔 [𝒂𝒆]
disso, quanto mais espiras, mais 𝑭 = 𝑵𝑰 [𝒂𝒆]
concentradas estão as linhas de
força. • Onde:
• F: força magnetomotriz (fmm).
• O produto da corrente vezes o • I: corrente que circula na bobina.
número de espiras da bobina é • N: numero de espiras da bobina.
conhecido como força
magnetomotriz (fmm). Na forma
de uma equação,
Eletromagnetismo
Força magnetomotriz
• Exemplo 4:
• Calcule a fmm de uma bobina 𝒇𝒎𝒎 = 𝒂𝒎𝒑𝒆𝒓𝒆𝒔 𝒙 𝒆𝒔𝒑𝒊𝒓𝒂𝒔 [𝒂𝒆]
com 1500 espiras e uma 𝑭 = 𝑵𝑰 [𝒂𝒆]
corrente de 4 mA. • Onde:
• F: força magnetomotriz (fmm).
• I: corrente que circula na bobina.
𝒇𝒎𝒎 = 𝟏𝟓𝟎𝟎𝒆 𝒙 𝟎, 𝟎𝟎𝟒𝑨 • N: numero de espiras da bobina.
𝒇𝒎𝒎 = 𝟔 𝒂𝒆
Eletromagnetismo
Intensidade de campo magnético H
• A intensidade de campo magnético (H) determina a
concentração das linhas de campo no interior da bobina.
• Ou seja, se uma bobina é esticada até dobrar de tamanho, é
razoável dizer que sua intensidade de campo caiu pela metade.
𝑁𝐼 𝑓𝑚𝑚
𝐻= → [𝑎𝑒/𝑚]
𝑙 𝑙
– onde H = intensidade do campo magnético (Ae/m)
– NI = força magnetomotriz (Ae)e
– l = comprimento do núcleo (m)
Eletromagnetismo
Intensidade de campo magnético H
• Exemplo 5:
• Determine a intensidade de campo (H)
no núcleo ao lado se a força
magnetomotriz é de 40 Ae.
40 𝐴𝑒 • Esse resultado mostra que
–𝐻=
0,2 𝑚 existem 200 A de ‘pressão’
– 𝐻 = 200 𝐴𝑒/𝑚 para estabelecer um fluxo
magnético no núcleo.
Eletromagnetismo
Intensidade de campo magnético H
• Exemplo 6:
a) Calcule a intensidade de campo de uma bobina com 40
espiras, 10 cm de comprimento e uma corrente de 3 A
passando pela mesma
Eletromagnetismo
Intensidade de campo magnético H
• Exemplo 6:
b) Se essa mesma bobina for esticada até atingir 20 cm,
permanecendo constante o comprimento do fio e a corrente,
qual será o novo valor da intensidade de campo
Eletromagnetismo
Intensidade de campo magnético H
• Exemplo 6:
c) Se A bobina de 10 cm da parte (a) com a mesma corrente de 3
A agora está enrolada em tomo de um núcleo de ferro de 20
cm de comprimento. Qual é a intensidade do campo?
Eletromagnetismo
Curva de magnetização BH
• Existe uma relação entre a permeabilidade magnética, a
intensidade de campo e a densidade de campo. Essa relação é
dada pela seguinte equação:
𝐵 = µH
– Onde:
– B = densidade de campo (T).
– µ = permeabilidade magnética do núcleo.
– H = intensidade de campo magnético (Ae/m).
Eletromagnetismo
Curva de magnetização BH
• Por meio da equação entende-se é
possível aumentar a densidade de
campo magnético em um material
apenas aumentando a intensidade de
campo magnético. Ou seja, na figura ao
lado, aumentando-se a corrente da
bobina, a densidade de campo
aumentaria na mesma proporção.
Eletromagnetismo
Curva de magnetização BH
• No entanto, a permeabilidade
magnética dos materiais varia em
função da intensidade de campo.
• Essa variação mostra que a partir
de determinados valores de H, o
núcleo satura e o aumento de H
passa a não ter o mesmo efeito na
densidade de campo B.
Eletromagnetismo
Curva de magnetização BH
• A curva mostra que, para o
ferro doce número 1, B
aumenta rapidamente ao se
aumentar H, antes de formar o
“joelho” e tomar-se saturado
para H = 2.000 Ae/m, B = 0,2 T.
• Após o joelho, qualquer
acréscimo em H produz um
efeito muito pequeno no valor
de B.
Eletromagnetismo
Curva de magnetização BH
• O ferro doce número 2 requer
um valor de H muito maior
para atingir o seu nível de
saturação em H = 5.000 Ae/m,
B = 0,3 T. Obtêm-se curvas
semelhantes para todos os
materiais magnéticos.
Eletromagnetismo
Eletromagnetismo
Curva de histerese
• Considere uma bobina sem magnetismo residual.
• Ao ser magnetizada por uma intensidade de campo H, o campo
aumenta do ponto o para o ponto a.
• Se H continua a subir, B aumentaria
até o ponto b, quando atinge a
saturação.
• A partir desse ponto, o aumento de H
praticamente não causa aumento de
B.
Eletromagnetismo
Curva de histerese
• A partir do ponto b, se a intensidade de campo for reduzia a
zero, o campo não mais retorna ao valor zero, indo para o ponto
c da curva.
• Desta forma conclui-se que o material
permaneceu magnetizado. Ou com
densidade de fluxo residual BR.
• Sendo ela responsável pela
possibilidade de criação de ímãs
permanentes
Eletromagnetismo
Curva de histerese
• A partir desse ponto, se for aplicada uma intensidade de campo
com sentido inverso (-Hd), a densidade de fluxo B será reduzida
até zero (c – d).
• À medida que H aumenta, até que
ocorra novamente a saturação e depois
seja invertida no sentido até que atinja
novamente o valor zero, a curva
descreverá a trajetória def. Se
aumentarmos H no sentido positivo, a
curva descreverá a trajetória de f até b.
Eletromagnetismo
Curva de histerese
• A curva formada pela trajetória bcdef é chama de curva de
histerese para o material ferromagnético.
• esse termo vem do grego hysterein,
que significa ‘estar atrasado’. A
densidade de fluxo B está sempre
atrasada em relação à força
magnetizante H ao longo de toda a
curva.
Eletromagnetismo
Curva de histerese
• A histerese é causada pelo alinhamento dos domínios
magnéticos dos materiais.
• Sempre que é necessário o
realinhamento dos domínios, é gasto
um ponto de energia. Por isso, em
sistemas de corrente alternada a
histerese causa perdas consideráveis,
como será visto futuramente.
Eletromagnetismo
Curva de histerese
Eletromagnetismo
Circuitos magnéticos
• A lei circuital de Ampere permite analisar circuitos
magnéticos de forma bastante semelhante a análise
de circuitos elétricos.
• Nessa análise verifica-se a seguinte equivalência:
• Tensão -> fmm (ℱ)
• Corrente-> fluxo (Φ)
• Resistência -> relutância (ℛ)
Eletromagnetismo
Circuitos magnéticos
• Relutância (ℛ) : É inversamente proporcional à permeabilidade,
ou seja, se o ferro tem alta permeabilidade, logo, possui baixa
relutância. Já o ar possui baixa permeabilidade e alta relutância.
• A relutância é dada pela seguinte equação:
• onde
• ℛ é a relutância,
• l é o comprimento do caminho
magnético.
• A é a área da seção transversal.
Eletromagnetismo
Circuitos magnéticos
• Lei de Ohm para circuitos magnéticos:
𝑓𝑚𝑚
𝛷=

• Onde:
– fmm = força magnetomotriz [Ae]
– Φ = fluxo magnético [Wb]
– ℛ = relutância [Ae/Wb]
Eletromagnetismo
Circuitos magnéticos
• Exemplo 7:
– Uma bobina tem uma fmm de 500 Ae e uma
relutância de 2x106 Ae/Wb. Calcule o fluxo
total Φ.
500
𝛷=
2x106

𝛷 = 250µWb
Eletromagnetismo
Circuitos magnéticos
• Apesar da facilidade no calculo do fluxo
magnético a partir da relutância, esta
depende diretamente da permeabilidade,
que não tem valor fixo, pois depende da
densidade de fluxo (B) e da intensidade de
campo (H).
Eletromagnetismo
Circuitos magnéticos

• Por esse motivo, a maioria dos problemas eletromagnéticos


da área de conversão de energia são resolvidos pela seguinte
relação:

– que significa que a soma algébrica das elevações e das


quedas da força magnetomotriz (fmm) em um circuito magnético
fechado é nula; ou seja, a soma das elevações de fmm é igual à
soma das quedas de fmm na malha fechada.
Eletromagnetismo
Circuitos magnéticos

• Como a relutância não é geralmente utilizada em cálculos de


circuitos magnéticos, as quedas de fmm são determinadas
da seguinte forma:

– Onde H é a intensidade de campo de uma seção do circuito


magnético de comprimento l.
Eletromagnetismo
Circuitos magnéticos

• Nos problemas envolvendo motores e transformadores


geralmente o fluxo magnético necessário é conhecido, e a
partir desse valor e das características de magnetização do
material do núcleo, pode ser calculada a corrente necessária
para estabelecer o fluxo desejado.
Eletromagnetismo
Circuitos magnéticos
• Exemplo 8:
• Considerando o circuito magnético em série visto na
Figura:
a)Calcule o valor de corrente
necessária para gerar um
fluxo magnético de 4x10-4
Wb.
Eletromagnetismo
Circuitos magnéticos
• Exemplo 8:

• 1º determinar a densidade de fluxo magnético B


• 2° pelo gráfico de magnetização determinar a intensidade de
campo H.
• 3° a partir de H, determinar a fmm, e dadas as características
da bobina, calcular a corrente.
Eletromagnetismo
Circuitos magnéticos
• Exemplo 8:
• 1º determinar a densidade de fluxo magnético B
𝛷 4𝑥10−4 𝑊𝑏
𝐵= →
𝐴 2𝑥10−3 𝑚2
𝐵 = 0,2 𝑇
Eletromagnetismo
Circuitos magnéticos
• Exemplo 8:
• 2° pelo gráfico de magnetização determinar a intensidade de
campo H necessária.

• H = 170 Ae/m
Eletromagnetismo
Eletromagnetismo
Circuitos magnéticos
• Exemplo 8:
• 3° a partir de H, determinar a fmm, e dadas as características
da bobina, calcular a corrente.
𝑓𝑚𝑚 𝑓𝑚𝑚
• 𝐻= → 170 =
𝑚 0,16𝑚
• 𝑓𝑚𝑚 = 170 𝑥 0,16 = 27,2 𝐴𝑒
• Como são 400 espiras:
27,2 𝐴𝑒
• 𝑖= = 68 𝑚𝐴
400 𝑒𝑠𝑝𝑖𝑟𝑎𝑠
Eletromagnetismo
Circuitos magnéticos
• Exemplo 8:
• Considerando o circuito magnético em série visto na
Figura:
b) calcule a permeabilidade
relativa do material.
Eletromagnetismo
Circuitos magnéticos
• Exemplo 8:
b) calcule a permeabilidade relativa do material.
𝐵 0,2𝑇
• µ= →
𝐻 170𝐴𝑒/𝑚
−3
• µ = 1,176𝑥10 𝑊𝑏/𝐴. 𝑚
1,176𝑥10−3
• µ𝑟 = = 935,83
4𝜋𝑥10−7
Eletromagnetismo
Circuitos magnéticos
• Exemplo 9:
• O eletroímã mostrado na Figura
atraiu uma barra de ferro fundido.
Determine a corrente I necessária
para estabelecer um fluxo no
núcleo com o valor indicado
na figura.
Eletromagnetismo
Circuitos magnéticos
• Exemplo 9:
• Convertendo os comprimentos:
• 1 pol = 0,0254 m

• 𝑙𝑒𝑓𝑎𝑏 = 0,3048 𝑚
• 𝑙𝑏𝑐𝑑𝑒 = 0,127 𝑚
• 1 pol² = 6,452 x10-4 m²
Eletromagnetismo
Circuitos magnéticos
• Exemplo 9:
• Determinação da densidade de
fluxo magnético B:
𝛷 3,5𝑥10−4 𝑊𝑏
𝐵= →
𝐴 6,452 𝑥10−4 𝑚
𝐵 = 0,542 𝑇
Eletromagnetismo
Circuitos magnéticos
• Exemplo 9:
• pelo gráfico de magnetização
determinar a intensidade de campo H
necessária em cada material.

• Aço laminado -> H = 70 Ae/m


• Ferro Fundido -> H= 1600 Ae/m
Eletromagnetismo
Eletromagnetismo
Circuitos magnéticos
• Exemplo 9:
• pelo gráfico de magnetização
determinar a intensidade de campo H
necessária em cada material.

• Aço laminado -> H = 70 Ae/m


• Ferro Fundido -> H= 1600 Ae/m
Eletromagnetismo
Circuitos magnéticos
• Exemplo 9:
• Determinação das quedas de fmm em cada trecho:
• Fmm = H x comprimento
Eletromagnetismo
Circuitos magnéticos
• Exemplo 9:
• Determinação da fmm total para o núcleo:

224,54 𝐴𝑒
• 𝑖= → 4,49 𝐴
50 𝑒𝑠𝑝𝑖𝑟𝑎𝑠
Eletromagnetismo
Efeitos dos entreferros nos Circuitos magnéticos
• O ar não é um material magnético, portanto em circuitos
magnéticos com entreferros é muito mais difícil estabelecer um
fluxo ou uma densidade de fluxo.
• Isso ocorre devido a queda de fmm no ar.
Eletromagnetismo
Efeitos dos entreferros nos Circuitos magnéticos
• Quando há espaços com ar nos circuitos
magnéticos, estes devem ser considerados
conforme figura ao lado.
• Nos entreferros a queda de fmm é igual a HgLg.
Uma forma de calcular Hg é:
Eletromagnetismo
Efeitos dos entreferros nos Circuitos magnéticos
• Exemplo 10:
• Calcule a corrente necessária
para estabelecer um fluxo de
0,75x10-4 Wb no circuito
magnético a seguir.
Eletromagnetismo
Efeitos dos entreferros nos Circuitos magnéticos
• Exemplo 10:
• Determinação da densidade de
fluxo B:
Eletromagnetismo
Eletromagnetismo
Efeitos dos entreferros nos Circuitos magnéticos
• Exemplo 10:
• Intensidade de campo (H),
para B = 0,5 T no núcleo
• Gráfico: 280 Ae/m
Eletromagnetismo
Efeitos dos entreferros nos Circuitos magnéticos
• Exemplo 10:
• Intensidade de campo (H),
para B = 0,5 T no entreferro
• Hg = (7,96x105)Bg
• Hg = (7,96x105)0,5
• Hg = 3,98x105 Ae/m
Eletromagnetismo
Efeitos dos entreferros nos Circuitos magnéticos
• Exemplo 10:
• Cálculo das quedas de fmm ao longo
do circuito magnético:
Eletromagnetismo
Efeitos dos entreferros nos Circuitos magnéticos
• Exemplo 10:
• Por fim, pela lei circuital de Ampere
tempos:
Eletromagnetismo
Efeitos dos entreferros nos Circuitos magnéticos
• Exemplo 11:
• Repita o exercício para o
mesmo circuito, mas sem o
entreferro.
• Nesse caso, o comprimento
total do núcleo é 102x10-3 m
Eletromagnetismo
Efeitos dos entreferros nos Circuitos magnéticos
• Exemplo 11:
• Como o material é o mesmo, a
intensidade de campo para B =
0,5T é de 280 Ae/m
• E a queda de fmm no núcleo é
de:
• Hnucleo = 280 Ae/m x 102x10-3 m
• Hnucleo = 28,56 Ae
Eletromagnetismo
Efeitos dos entreferros nos Circuitos magnéticos
• Exemplo 11:
• Portanto a corrente necessária
é de:
• I = 28,56 Ae / 200 espiras
• I = 142,8 mA
Eletromagnetismo
Efeitos dos entreferros nos Circuitos magnéticos
• Aplicações:
• Auto falante:
• A onda de corrente que representa o
áudio a ser reproduzido passa pelo
eletroímã, que causa vibração no
cone flexível com a frequência do
som que é reproduzido.
Eletromagnetismo
Efeitos dos entreferros nos Circuitos magnéticos
• Aplicações:
• Chave magnética tipo reed switch
• Utilizada em alarmes para monitoramento
de abertura de portas e janelas.
• Quando a chave se afasta do ímã, a
resistência do circuito muda, permitindo a
verificação da abertura.
Eletromagnetismo
Lei de Faraday
• Em 1831, Michael Faraday descobriu o princípio da indução
eletromagnética. Esse princípio afirma que, se um condutor
atravessar linhas de força magnética ou se linhas de força
atravessarem um condutor, induz-se uma fem ou uma tensão nos
terminais do condutor.
Eletromagnetismo
Lei de Faraday
• Em resumo:
1. Quando as linhas de força são interceptadas por um condutor ou quando as linhas de
força interceptam um condutor, uma fem ou uma tensão é induzida no condutor.
2. É preciso haver um movimento
relativo entre o condutor e as
linhas de força a fim de se induzir a
fem.
3. Ao mudar o sentido da interseção,
mudará o sentido da fem induzida
Eletromagnetismo
Lei de Faraday
Eletromagnetismo
Lei de Faraday
Eletromagnetismo
Lei de Faraday
• O valor da tensão induzida em uma simples espira de fio é proporcional à razão
de variação das linhas de força que passam através daquela espira (ou se
concatenam com ela).
• O valor da tensão induzida gerada pode ser calculada como:
𝛥𝛷
𝑉𝑖𝑛𝑑 =
𝛥𝑡
• Onde:
– Vind é a tensão média gerada em uma única espira [volts/espira]
𝛥𝛷
– é a taxa de variação de fluxo magnético em função do tempo no interior da espira [wb/s]
𝛥𝑡
Eletromagnetismo
Lei de Faraday
• É possível aumentar o valor da tensão induzida com o aumento da quantidade de
espiras do circuito (bobina)
• Nesse caso, o valor da tensão induzida gerada pode ser calculada como:
𝛥𝛷
𝑉𝑖𝑛𝑑 = 𝑁
𝛥𝑡
• Onde:
– Vind é a tensão média gerada em uma única espira [volts/espira]
𝛥𝛷
– é a taxa de variação de fluxo magnético em função do tempo no interior da espira [wb/s]
𝛥𝑡
– N é a quantidade de espiras.
Eletromagnetismo
Lei de Faraday
• VÍDEO
Eletromagnetismo
Lei de Faraday
• Exemplo 10:
• A principal aplicação da Indução Magnética, ou Eletromagnética, é a sua
utilização na obtenção de energia. Podem-se produzir pequenas f.e.m. com
um experimento bem simples. Considere uma espira quadrada com 0,4 m
de lado que está totalmente imersa num campo magnético uniforme
(intensidade B = 5,0 Wb/m2) e perpendicular às linhas de indução. Gira-se
essa espira até que ela fique paralela às linhas de campo.
Eletromagnetismo
Lei de Faraday
• Exemplo 10:
• Espira quadrada com 0,4 m de lado que está totalmente imersa num campo
magnético uniforme (intensidade B = 5,0 Wb/m2) e perpendicular às linhas
de indução. Gira-se essa espira até que ela fique paralela às linhas de
campo.
Eletromagnetismo
Lei de Faraday
• Exemplo 10:
• O fluxo no interior da bobina variará de uma valor inicial até zero.
Primeiramente deve-se determinar o valor inicial do fluxo:
• Φ=B.A
– A = 0,4*0,4 = 0,16
• Φ = 5 Wb/m² * 0,16
• Φ = 0,8 Wb
Eletromagnetismo
Lei de Faraday
• Exemplo 10:
• A partir do valor inicial do fluxo, podemos calcular, pela lei de Faraday, o
valor da tensão induzida:
𝛥𝛷 0,8𝑊𝑏
• 𝑉𝑖𝑛𝑑 = 𝑁 → 1.
𝛥𝑡 2𝑠
• 𝑉𝑖𝑛𝑑 = 0,4𝑉
Eletromagnetismo
Lei de Faraday
• Exemplo 11:
• Uma espira circular está imersa em um campo magnético criado por dois
ímãs, conforme a figura abaixo. Um dos ímãs pode deslizar livremente
sobre uma mesa, que não interfere no campo gerado. O gráfico da figura, a
seguir, representa o fluxo magnético através da espira em função do
tempo.
Eletromagnetismo
Lei de Faraday
• Exemplo 11:
• O intervalo de tempo em que aparece na espira uma corrente elétrica
induzida é de:
a) De 0 a 1 s, somente.
b) De 0 a 1 s e de 3 s a 4 s.
c) De 1 s a 3 s e de 4 s a 5 s.
d) De 1 s a 2 s e de 4 s a 5 s.
e) De 2 s a 3 s, somente.
Eletromagnetismo
Lei de Lenz e o sentido (polaridade) da fem induzida
• A tensão induzida tem polaridade tal que se opõe à variação de fluxo que
causa a indução.
Eletromagnetismo
Lei de Lenz e o sentido (polaridade) da fem induzida
• Devido a lei de Lenz, a equação da lei de Faraday é geralmente escrita com
um sinal negativo.
𝛥𝛷
𝑉𝑖𝑛𝑑 = −𝑁
𝛥𝑡
• Onde:
– Vind é a tensão média gerada em uma única espira [volts/espira]
𝛥𝛷
– é a taxa de variação de fluxo magnético em função do tempo no interior da espira [wb/s]
𝛥𝑡
– N é a quantidade de espiras.
Eletromagnetismo
Lei de Lenz e o sentido (polaridade) da fem induzida
• Exemplo 12:
• Uma espira retangular de lados 5 a) 16 T
cm e 8 cm está imersa em uma b) 16 Wb
região em que existe um campo de c) 1,6 Wb
indução magnética uniforme de d) 1,6 x 10-3 Wb
0,4 T, perpendicular ao plano da e) 1,6 x 10-3 T
espira. O fluxo de indução
magnética através da espira é igual
a:
Eletromagnetismo
Lei de Lenz e o sentido (polaridade) da fem induzida
• Exemplo 12:
• O a densidade de fluxo B equivale ao fluxo concentrado por unidade de
área, ou seja:
𝛷
• 𝐵= , 𝐿𝑜𝑔𝑜:
𝐴
• 𝛷 = 𝐵. 𝐴, 𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑛𝑡𝑜
• 𝛷 = 0,4 𝑥 (0,05x0,08)
• 𝛷 = 1,6𝑥10−3 𝑊𝑏
• Letra D
Eletromagnetismo
Lei de Lenz e o sentido (polaridade) da fem induzida
• Exemplo 13:
• Um ímã, preso a um carrinho, desloca-se a) É sempre nula.
com velocidade constante ao longo de b) Existe somente quando o ímã se
um trilho horizontal. Envolvendo o trilho aproxima da espira.
há uma espira metálica, como mostra a c) Existe somente quando o ímã está
figura adiante. Pode-se afirmar que, na dentro da espira.
espira, a corrente elétrica: d) Existe somente quando o ímã se afasta
da espira.
e) Existe quando o ímã se aproxima e se
afasta da espira.
Eletromagnetismo
Lei de Lenz e o sentido (polaridade) da fem induzida
• Exemplo 13:
• Uma bobina retangular com 4 espiras é colocada numa região onde existe um campo
magnético B perpendicular ao plano da espira e com um sentido para dentro da página.
Inicialmente a densidade de fluxo magnético é de 2 T e, durante um intervalo de tempo
de 1 s, esta intensidade do campo diminui conforme o gráfico. A espira tem 20 cm de
comprimento e 10 cm de largura. A resistência vale 2 Ω.
Eletromagnetismo
Lei de Lenz e o sentido (polaridade) da fem induzida
• Exemplo 13:
• Primeiramente deve-se calcular o fluxo inicial no
interior da bobina:
• Φ=B.A
– A = 0,1*0,2 = 0,02 m²
• Φ = 2 Wb/m² * 0,02 m²
• Φ = 0,04 Wb
Eletromagnetismo
Lei de Lenz e o sentido (polaridade) da fem induzida
• Exemplo 13:
• Como B cai pela metade, o fluxo sofre o mesmo efeito, tendo seu valor final
igual a
• Φ = 0,0002 Wb
• Portanto, pela lei de Faraday, a tensão induzida é de:
𝛥𝛷 0,04−0,02
• 𝑉𝑖𝑛𝑑 = 𝑁 → 4.
𝛥𝑡 1𝑠
• 𝑉𝑖𝑛𝑑 = 0,08𝑉
Eletromagnetismo
Lei de Lenz e o sentido (polaridade) da fem induzida
• Exemplo 13:
• Por fim é possível calcular a corrente na bobina:
• V = Rxi
• i = 0,08 V / 2 Ω
• i = 40 mA
Eletromagnetismo
Lei de Lenz e o sentido (polaridade) da fem induzida
• Exemplo 14:
• Um pequeno corpo imantado está
preso à extremidade de uma mola e
oscila verticalmente na região central
de uma bobina cujos terminais A e B
estão abertos, conforme indica a figura.
Eletromagnetismo
Lei de Lenz e o sentido (polaridade) da fem induzida
• Exemplo 14:
• Devido à oscilação do ímã, aparece entre os
terminais A e B da bobina:
a) Uma corrente elétrica constante
b) Uma corrente elétrica variável
c) Uma tensão elétrica constante
d) Uma tensão elétrica variável
e) Uma tensão e uma corrente elétrica, ambas
constantes
Eletromagnetismo
Regra de Fleming
• Esta regra permite obter-se facilmente o sentido da força
magnética F resultante em um fio condutor de corrente
elétrica I quando imerso em uma região onde há um
campo magnético B.
Eletromagnetismo
Regra de Fleming
• Utilizando-se os dedos indicador, polegar e médio de
forma ortogonal entre si, aponta-se um dos dedos na
direção convencional da corrente, outro na direção do
campo magnético ao qual o condutor está imerso. Feito
isso o terceiro dedo estará indicando o sentido da força a
qual esse condutor será submetido.
Eletromagnetismo
Regra de Fleming
Eletromagnetismo
Regra de Fleming
Eletromagnetismo
Regra de Fleming
Eletromagnetismo
Regra de Fleming
Eletromagnetismo
Indutância
• A indutância é uma dos três
parâmetros gerais da teoria de 𝑁𝛷
𝐿=
circuitos, juntamente com a 𝑖
capacitância e a resistência. • Onde:
• N é o nº de espiras.
• Indutância pode ser definida como a •

𝛷 é o fluxo total de cada espira
i é a corrente envolvida[A]
razão entre o enlace total do fluxo e a • L é a indutância, em Henries [H]

corrente elétrica envolvida.


Eletromagnetismo
Indutância
• Em outras palavras, o nível de
indutância determina a força do 𝑁𝛷
𝐿=
campo magnético em torno da 𝑖
bobina por causa de uma corrente • Onde:
• N é o nº de espiras.
aplicada. Quanto mais alto o nível de • 𝛷 é o fluxo total de cada espira
• i é a corrente envolvida[A]
indutância, maior a força do campo • L é a indutância, em Henries [H]

magnético
Eletromagnetismo
Indutância
• A maioria dos indutores está na faixa
de micro e mili henries.
Eletromagnetismo
Indutância
• Construção do indutor:
• A indutância de uma bobina pode ser calculada por:
• Onde
µ𝑁2 𝐴 • µ = permeabilidade (Wb/A.m)
𝐿= • N = número de espiras
𝑙
• A = seção da bobina (m²)
• l = comprimento (m)
• L = henries (H)
Eletromagnetismo
Indutância
• Exemplo 1:
• Considerando a bobina com núcleo de ar na Figura:
a) Calcule a indutância.
b) Calcule a indutância se um núcleo metálico com µr = 2.000 for
inserido na bobina.

d = 6,35mm
l = 24,5 mm
Eletromagnetismo
Indutância
• Exemplo 1: µ𝑁 2 𝐴
𝐿=
a) Calcule a indutância. 𝑙
4𝜋. 10−7 .1002 . 3,17.10−5
• Área = π.R² 𝐿=
0,0254
• R = 6,35 mm / 2
• R = 3,175 mm 𝐿 = 15,68 µ𝐻
• A = π.0,003175² = 3,17.10-5m²
• l (comp.) = 25,4 mm
Eletromagnetismo
Indutância
b) Calcule a indutância se um núcleo metálico com µr = 2.000 for
inserido na bobina.
• Como a permeabilidade relativa indica apenas quantas vezes a
permeabilidade de um material é superior a do ar, basta multiplicar o
resultado anterior pelo valor de µr.

• L = 2.000 x 15,68 µH = 31,36 mH


Eletromagnetismo
Indutância
• Exemplo 2:
• Na Figura, se cada indutor na coluna da esquerda for transformado no tipo
que aparece na coluna da direita, determine o novo nível de indutância.
Para cada mudança, presuma que os outros fatores permaneceram
os mesmos.
Eletromagnetismo
Indutância
• Exemplo 2:
• a) O número de espiras foi dobrado. Como esse fator entra ao
quadrado na equação, conclui-se que o valor da indutância aumentou
4 vezes.

• L = 20 µH * 4 = 80µH
Eletromagnetismo
Indutância
• Exemplo 2:
• b) O número de espiras caiu pela metade e a área aumentou 3x,
portanto:

• L = 16 µH x 0,5² x 3
• L = 12 µH
Eletromagnetismo
Indutância
• Exemplo 2:
• c) O número de espiras aumentou 3 vezes, o comprimento aumentou
2,5 vezes, e foi adicionado um núcleo de µr = 1200, portanto:

• L = 10 µH x 1200 x 3²/2,5
• L = 43,2 µH
Eletromagnetismo
Indutores em circuitos de corrente contínua
• Se considerarmos um indutor perfeito, em que a resistência do fio usado
no seu enrolamento é nula, conforme sugere a figura, vemos que uma
corrente contínua pode circular através dele sem encontrar resistência
alguma.
Eletromagnetismo
Indutores em circuitos de corrente contínua
• No entanto, pela lei de Faraday, sabemos que variações de fluxo
magnético em bobinas dão origem a tensões induzidas que tendem a
contrariar o fluxo que lhes deu origem.
Eletromagnetismo
Indutores em circuitos de corrente contínua
• Portanto, em circuitos de corrente contínua o efeito do indutor só será
percebido nos momentos de energização e desenergização do circuito, ou
quanto houver variação de corrente.
• No momento em que o interruptor é fechado
uma corrente é estabelecida no circuito. No
entanto, essa corrente não atinge sua intensidade
máxima de imediato. A corrente, ao circular pelas
espiras do indutor, cria um campo magnético
cujas linhas de força, ao se expandirem cortam as
outras espiras do mesmo indutor.
Eletromagnetismo
Indutores em circuitos de corrente contínua
• O resultado é a indução de uma corrente que tende a se opor justamente
àquela que está sendo estabelecida. Com isso, a corrente não pode
aumentar instantaneamente até o máximo permitido pelo circuito.
• O indutor se opõe a uma variação rápida da intensidade da corrente. O
gráfico mostrado na figura mostra que a intensidade da corrente cresce
segundo uma curva exponencial suave.
Eletromagnetismo
Indutores em circuitos de corrente contínua
• Podemos dizer que “os indutores tendem a se opor às variações rápidas de
corrente que neles circular”.
Eletromagnetismo
Indutores em circuitos de corrente contínua
• Quanto maior a indutância, maior o tempo gasto para o circuito entrar na
zona estável de operação.

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