Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CAPÍTULO 1
SOM, MÚSICA E SEUS ELEMENTOS
1. SOM
Som é toda vibração percebida pelo ouvido humano. O nosso ouvido percebe duas espécies
de sons: musicais e não musicais.
O som musical é resultado de vibrações sonoras regulares, é uniforme e pode ser grafado.
O som não musical, ou som indeterminado, é o ruído, resulta de vibrações sonoras irregulares,
não podemos grafálo.
Altura - é a propriedade que possibilita ao som ser mais grave ou mais agudo.
Duração - é o tempo em que se prolonga o som.
Intensidade - é o volume do som; é o que lhe permite ser mais forte ou mais fraco.
Timbre - é a qualidade do som ou atributo especial de cada som, pelo qual distinguimos a
sua origem, que pode ser a voz humana ou sons de instrumentos.
2. MÚSICA
3. PENTAGRAMA OU PAUTA
Linhas Espaços
5 4
4
3
3 2
2 1
1
2
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
São nessas linhas e espaços onde a música, como regra geral, é escrita.
Muitas vezes estas 5 linhas e 4 espaços não são suficientes para se escreverem todos
os sons musicais, por isso usam-se, quando necessário, as linhas e espaços suplementares
superiores e inferiores:
5
4
3 linhas suplementares superiores
2
1
1
2
3
linhas suplementares inferiores
4
5
5. NOTAS MUSICAIS
Essas notas ouvidas sucessivamente formam uma série de sons a qual se dá o nome de
ESCALA MUSICAL.
3
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
6. CLAVES
Clave é um símbolo colocado no início de uma pauta e serve para determinar o nome
das notas e sua altura na escala. Há três sinais de clave: de sol, de fá e de dó. São elas que
determinam os nomes e as alturas das notas; cada clave dá o seu próprio nome à nota escrita
em sua linha.
4
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
DICA!
5
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
Existe ainda uma outra clave utilizada por percussionistas: a Clave de Percussão.
Essa clave foi criada para os instrumentos de percussão (caixa, bumbo, pratos...), e também
é usada nas partituras de bateria. Ela mostra que as notas não tem uma altura definida.
A clave de percussão também pode ser representada por apenas uma linha, neste caso, o
instrumento sempre virá indicado na partitura, como no exemplo abaixo:
HORA DE EXERCITAR
O QUE APRENDEMOS ATÉ AQUI
( ) Dó - ré - mi - fá - sol - lá - si
( ) Lá - dó - mi - sol
( ) Som
( ) Pauta ou pentagrama
( ) Clave
( ) Harmonia
( ) Música
( ) Notação musical
( ) Mi - sol - si - ré - fá
( ) Clave de Percussão
7
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
CAPÍTULO 2
FIGURAS, DURAÇÃO, PAUSAS E COMPASSOS
Figuras musicais (ou figuras rítmicas) são símbolos utilizados para representar os tempos
de uma música. As figuras são compostas por: haste, cabeça e bandeirola ou colchete.
8
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
Veremos isso agora. Primeiramente, saiba que nós acabamos de mostrar as figuras, em
ordem, utilizando a seguinte lógica: cada figura musical apresentada dura metade do tempo
da figura anterior. Ou seja, a Mínima dura metade do tempo da Semibreve. A Semínima,
por sua vez, dura metade do tempo da Mínima e assim por diante. Vamos exemplificar: se
atribuíssemos valores quaisquer a essas figuras, dizendo, por exemplo, que a Semínima vale 1,
teríamos o seguinte:
9
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
Esse exemplo foi importante para introduzir a ideia de que em uma Semínima cabem 2
Colcheias ou 4 Semicolcheias ou 8 Fusas, etc. Observe abaixo:
Repare que a semibreve é a figura de maior duração e as demais são frações dela, por isso
a semibreve é a figura utilizada como unidade de divisão proporcional dos valores.
Observe no quadro acima que as figuras mais rápidas que a semínima aparecem ligadas,
formando blocos que correspondem a uma semínima. Por exemplo, duas colcheias, uma ao
lado da outra, são ligadas da seguinte forma:
10
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
Para cima, a haste tem que ser do lado direito. E pra baixo, a haste deve estar
no lado esquerdo:
11
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
Cada figura de som tem sua respectiva pausa que lhe corresponde ao tempo de duração.
As pausas são figuras que indicam duração de silêncio. As figuras mais usadas atualmente
são:
Observe que cada pausa ou figura de silêncio possui a mesma duração da sua figura de
som correspondente. Por exemplo, a mínima possui duração de 2 tempos e sua pausa terá a
mesma duração de 2 tempos em silêncio.
12
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
3. COMPASSO MUSICAL
Compasso musical é uma divisão da música em intervalos de tempo iguais, com o objetivo
de organizar a estrutura e facilitar a orientação para o leitor, além de ajudar a definir o ritmo
e o pulso de uma composição musical. Esse intervalo de tempo é representado por barras
verticais, como no exemplo abaixo:
O compasso é representado por uma fração (exemplo: 2/4 – lê se compasso dois por quatro)
o numero do denominador irá indicar em quantas partes uma semibreve deverá ser dividida
para se obter uma unidade de duração. E o número de cima se refere as unidades de tempo.
Cada compasso pode combinar as notas e pausas de forma particular, mas a soma dessas não
pode ultrapassar e nem ser menor que a unidade de tempo indicada. A formula do compasso
será escrita no inicio da composição ou nas seções se há mudanças durante a música.
Observe essa fração abaixo, que aparece no início da partitura que acabamos de analisar:
Essa fração 4/4 (Lê-se: compasso quatro por quatro) foi quem determinou que um
compasso teria 4 semínimas. Vamos descobrir o porquê disso:
a) Quando temos 1 tempo forte seguido de outro tempo fraco (totalizando dois tempos)
dizemos que o compasso é Binário;
b) Quando temos 1 tempo forte seguido de 2 tempos fracos (totalizando três tempos)
dizemos que o compasso é Ternário;
c) Quando temos 1 tempo forte seguido de 3 tempos fracos (totalizando quatro tempos)
dizemos que o compasso é Quaternário.
OBSERVAÇÃO!
O primeiro tempo de qualquer compasso sempre será forte.
Compasso Binário
Possui 2 tempos, sendo o primeiro o tempo forte e o segundo, o tempo fraco. Ele pode
ser representado pelas frações:
14
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
O compasso binário 2/2 também pode ser representado pelo seguinte símbolo:
Compasso Ternário
Possui 3 tempos, sendo o primeiro o tempo forte e o segundo e terceiro tempos fracos.
Ele pode ser representado pelas frações:
Para compreender o compasso ternário podemos tomar a valsa como um bom exemplo,
pois nela este tipo de compasso é bem característico.
Compasso Quaternário
Possui 4 tempos, sendo o primeiro o tempo forte, o segundo tempo fraco, o terceiro
tempo meio forte e o quarto tempo fraco. Ele pode ser representado pelas frações:
O compasso quaternário 4/4 também pode ser representado pelo seguinte símbolo:
4. BARRAS DE COMPASSO
Os compassos são separados no pentagrama por uma linha vertical, chamada barra de
compasso ou barra simples ou travessão.
15
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
16
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
HORA DE EXERCITAR
O QUE APRENDEMOS ATÉ AQUI
2. O que é clave? Em que linha é escrita a Clave de Sol? O que isso significa?
17
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
18
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
19
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
20
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
Agora na clave de Fá
21
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
CAPÍTULO 3
ACIDENTES, TOM E SEMITOM, LIGADURAS, ARTICULAÇÕES,
ORNAMENTOS, DINÂMICAS, REPETIÇÕES E ANDAMENTO
1. ACIDENTES MUSICAIS
Acidente ou alteração é um sinal que se coloca antes de uma nota e serve para modificar-
lhe a altura (a nota poderá ser elevada ou abaixada). Os sinais de alteração ou acidentes e suas
funções são:
Sustenido: # que eleva a altura da nota em um semitom (½ tom). (mais abaixo veremos o
que é um semitom).
Dobrado-sustenido: que eleva a altura da nota em dois semitons (um tom); (mais
abaixo veremos o que é um tom).
Bequadro: anula o efeito de todas as alterações fazendo a nota voltar à altura natural
(pode elevar ou abaixar a altura das notas).
Os acidentes fixos são aqueles que aparecem junto à clave, no início do pentagrama. Ele
altera em todas as oitavas e em todos os compassos. No primeiro exemplo abaixo, toda nota
FA, DÓ, SOL e RÉ, será sustenido.
23
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
Os acidentes de precaução são aqueles que aparecem para evitar um erro provável de
leitura. Isto é comum quando um acidente ocorrente aparece num compasso e tende a se
repetir na mesma nota do compasso seguinte. Por essa razão, usa-se o acidente de precaução.
Também se usa colocar entre parênteses o acidente de precaução para chamar a atenção
do executante.
No exemplo acima, nota-se que mesmo sem o bequadro a nota seria natural, mas o
acidente foi colocado com o intuito de prever o erro.
2. TOM E SEMITOM
Semitom é o menor intervalo entre dois sons que se utiliza na música ocidental. Os semitons
podem ser cromáticos ou diatônicos (1 semitom = ½ tom).
Semitom diatônico - é formado por notas de nomes e sons diferentes (porém sucessivos).
24
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
3. LIGADURAS
Na notação musical, uma ligadura é uma linha curva que conecta duas notas da mesma
altura. A duração das duas notas ligadas fundem-se. Veja os exemplos:
– Na figura ao lado temos uma mínima e uma colcheia com
ligadura, estas duas notas serão tocadas só como uma, com a
duração de ambas somadas. Supondo que a mínima dura duas
batidas, a colcheia dura meia batida, então teremos o equiva-
lente a duas batidas e meia.
De Fraseado - Apresenta-se sobre diversos compassos num trecho musical. Sua função é
separar as frases musicais.
25
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
ATENÇÃO!
4. ARTICULAÇÕES
É a maneira como se pronuncia as notas musicais. Articular é pronunciar com distinção e
clareza (grupos rítmicos ou melódicos) para tornar o discurso musical inteligível.
Cada família de instrumentos ou voz usa recursos distintos para criar as articulações, porém
sem interromper a melodia ou a fala, portanto, não deve haver respiração entre as notas.
Para determinar as diversas articulações utiliza-se pontos de diminuição, sinais ou palavras.
São eles:
- Fermata: Fermata é um sinal que se coloca acima ou abaixo de figuras ou pausas para
aumentar sua duração por tempo indeterminado (não tem valor fixo). Também pode ser
chamado de coroa ou infinito.
26
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
- Acento: é uma marca que indica que uma nota deverá ser reproduzida com maior
intensidade que outras (ou seja, que audivelmente deverá ser destacada das notas não
acentuadas).
5. ORNAMENTOS
- Trinado: A função do trinado é acrescentar mais uma nota à nota principal, sendo que o
valor do trinado é sempre igual ao valor da nota principal. Em suma, é uma repetição de duas
notas por um dado período de tempo, sem interrupção e sem repetir duas vezes consecutivas
a mesma nota.
-> Execução
- Apogiatura: Apogiatura é uma nota acrescentada a uma nota principal, e o valor desta
nota é executada igual ou metade da nota principal.
27
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
- Glissando: É um ornamento representado por uma linha ondulada ligando uma nota
à outra. Geralmente as notas têm um intervalo relativamente grande entre elas e a linha
do glissando fica na diagonal. O glissando é, por vezes, abreviado por “Gliss.”. Além da linha
ondulada, ele pode ser representado pela abreviação entre duas notas. A execução do
glissando é tocar rapidamente todas as notas entre as duas escritas, da primeira a segunda. Se
a segunda nota está abaixo da primeira, o glissando será inferior. Se a segunda estiver acima,
o glissando será superior.
- Tremolo: É uma repetição rápida de uma nota ou uma alternância rápida entre duas ou
mais notas com aproximadamente 7 ou 8 vibrações por segundo. É indicado através de traços
que cortam a haste das notas. Se o trêmulo ocorre entre duas ou mais notas, os traços são
desenhados entre elas.
Escrita Execução
6. DINÂMICAS
A dinâmica trata do colorido musical, isto é, da variação de intensidade dos sons. Estas são
as palavras mais usadas, com as respectivas abreviaturas:
28
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
7. SINAIS DE REPETIÇÃO
- Fine: Fim.
- D.C. al Fine ou Da Capo al Fine: Indica que se deve voltar ao princípio e parar no final
determi-nado.
- D.C. al Coda ou Da Capo al Coda: Indica que se deve voltar ao princípio e seguir o Coda.
- D.S. / D. Segno ou Al Segno: Deve-se voltar ao trecho onde está o Segno.
- D.S. al Fine: Voltar ao trecho onde está o Segno e parar final determinado.
- D.S. al Coda: indica que se deve voltar ao trecho onde está o Segno e seguir o Coda.
29
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
8. ANDAMENTOS
Andamento é o movimento rápido ou lento dos sons, guardando sempre a proporção dos
tempos no compasso. Conforme a movimentação, mais ou menos rápida, considera-se três
tipos de andamentos: Lentos, Moderados e Rápidos.
Os andamentos são indicados por meio de palavras (geralmente italianas) colocadas acima
do pentagrama, no começo do trecho musical.
30
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
HORA DE EXERCITAR
O QUE APRENDEMOS ATÉ AQUI
Agora na clave de Fá
31
TEORIA MUSICAL - BÁSICA
2. Responda:
a) O que são acidentes musicais e para que servem?
32