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CRÉDITOS EM
TEOLOGIA
TEOLOGIA
CONTEMPORÂNEA
INTRODUÇÃO
A Teologia Contemporânea trata do estudo acerca da teologia mais particularmente do Século
XX. Esse século esteve comprometido com uma pluralidade de teologias, de caminhos e de muitas
reflexões sobre o mundo, sobre Deus e o homem. Em sentido real, nasceu em 1919. Seu iniciador foi um
jovem pastor, Karl Barth (1886-1968). Segundo Barth, pode-se ler a Bíblia sem ouvir a Palavra de Deus.
A Bíblia é simplesmente um livro, mas, pelo menos, um livro através do qual nos pode chegar a Palavra
de Deus. A relação entre Deus e a Bíblia é real, porém indireta. A Bíblia, diz Barth, “é a Palavra de Deus
enquanto Deus fala por meio dela [...] a Bíblia se transforma em palavra de Deus nesse momento”. Para
ele, até que a Bíblia se torne real para nós, até que ela nos fale da nossa situação existencial, ela não é
Palavra de Deus. Esse é o conceito barthiano de revelação.
ressurreição física dentre os mortos, os milagres do Antigo e Novo Testamentos, de maneira geral, são
todos considerados fatos.
O teólogo liberal, por sua vez, e os neo-ortodoxos fazem distinção entre historie (história, fatos
brutos) e heilsgeschichte (história santa, ou história salvífica), criando dois mundos distintos e não
conectados: o mundo da história bruta, real, factível e o mundo da fé, da história da salvação. Temas
como criação, Adão, queda, milagres, ressurreição, entre outros, pertencem à história salvífica e não à
história real e bruta. Para os liberais e os neo-ortodoxos, não interessa o que realmente aconteceu no
túmulo de Jesus no primeiro dia da semana, mas, sim, a declaração dos discípulos de Jesus que diz que
Jesus ressuscitou. Assim, o que eles querem afirmar com isso é bastante diferente daquilo que a fé cristã
histórica acredita. Na verdade, eles consideram que os relatos bíblicos dos milagres são invenções
piedosas do povo judeu e dos primeiros cristãos, mitos e lendas oriundos de uma época pré-científica,
quando ainda não havia explicação racional e lógica para o sobrenatural.
4º. Salvação - O homem é totalmente pecaminoso e somente poder ser salvo pela graça de Deus.
A Palavra produz uma crise de decisão entre a rebeldia do pecado e a graça de Deus. Somente pela fé a
pessoa pode escolher a graça de deus nessa crise e receber a salvação.Toda a humanidade está eleita em
Cristo (Barth). Não existe nenhum pecado herdado de Adão (Brunner). O homem peca por opção, e não
por causa da sua natureza (Brunner).Pecado é o egocentrismo (Brunner). Pecado é a injustiça social e o
medo (Niebuhr). A salvação é o compromisso com Deus por intermédio de um “salto de fé” às cegas
quando se está em desespero (Kierkegaard). 5º. Escatologia - O inferno e o castigo eterno não são
realidades (Brunner).
Não se pode deixar de reconhecer que, sob vários aspectos, a teologia de Barth foi um retorno,
embora aparentemente, às várias doutrinas bíblicas desprezadas pelo liberalismo, como a Trindade, o
nascimento virginal de Cristo, as duas naturezas de Cristo unidas numa só pessoa, conforme aceita pelo
Concílio de Calcedônia (ano 451) e pela Reforma Protestante, a salvação somente pela graça e a
justificação unicamente pela fé. Mas a teologia de Barth possui falhas seríssimas: “A Bíblia não é a
Palavra de Deus, apenas a contém”. Barth considerava que Jesus Cristo é a Palavra de Deus em
pessoa e, portanto, idêntico a ele, afirmou: “O Deus eterno deve ser conhecido em Jesus Cristo e não em
outro lugar”.
A Bíblia é uma das manifestações secundárias da Palavra de Deus. Ele rejeitava a inerrância
bíblica, pois esta era totalmente humana.
3 TEOLOGIA DO MITO
RUDOLF KARL BULTMANN (1884 -1976) foi um teólogo alemão. Sua teologia, além do
novo método hermenêutico e da desmitologização, caracteriza-se também pela utilização da filosofia
existencialista. Na apresentação teológica do pensamento de Rudolf Bultmann, devemos levar em
consideração três aspectos: método, filosofia e desmitologização.
Bultmann assevera com insistência que uma das funções essenciais da teologia de cada época é
compreender o kerygma (a mensagem revelada) e bem traduzi-lo, tornando-o a cada vez atual para quem
o escuta. A fim de levar a efeito esta tarefa, dedica-se, negativamente, à desmitologização das origens
documentárias bíblicas, ao passo que, positivamente, propõe uma análise existencial da proclamação do
Evangelho.
Os conceitos dele se baseiam em compreender:
1. O Totalmente Outro: Deus é a realidade que infinitamente transcende tudo e
que,paradoxalmente, está ao mesmo tempo relacionada com todas as coisas. Porque Ele é o totalmente
Outro, o Deus Criador não está imanente nas ordenanças do mundo, e nada que se encontra conosco como
fenômeno dentro do mundo é diretamente divino. A realidade de Deus é tão indemonstrável quanto a
realidade do próprio eu humano. Visto que Deus é Espírito, Bultmann supõe que Ele simplesmente não
Se revela milagrosamente no tempo e no espaço.
2. A Desmitologização: Para Bultmann, todos os escritores do Novo Testamento pensavam e
escreviam tendo em vista uma visão global do mundo antigo, no qual havia três divisões: 1. a superior ou
invisível, habitada pelos anjos, o mundo sobrenatural de Deus; 2. o mundo inferior,escuro, habitado pelos
demônios; 3. e o nosso mundo, que fica entre os outros dois.
O que é a Desmitologização? É um método de hermenêutica que procura extrair a noz da
significância compreensiva da casca de uma cosmovisão antiquada. O que faz a desmitolização? É
“eliminar uma falsa pedra de tropeço e trazer ao nítido enfoque a verdadeira pedra de tropeço, a palavra
da cruz”.
Segundo Bultmann, a transformação mítica do mundo também foi utilizada para transformar a
mensagem acerca de Jesus. A pessoa histórica de Jesus se converteu muito cedo, num mito no
Cristianismo primitivo e, por isso, “Bultmann argumenta que o conhecimento histórico acerca de
Jesus não tem importância para a fé cristã.” É este mito que é apresentado no quadro do NT acerca de
Jesus. Afirma-se que os fatos históricos a respeito de Jesus foram transformados numa história mítica de
um ser divino preexistente que se encarnou e expiou com o seu sangue os pecados dos homens,
ressuscitou dentre os mortos, ascendeu ao céu e, segundo se cria, regressaria em breve para julgar ao
mundo e iniciar a nova era. Esta história central se estabeleceu, segundo disse, também com históricas
miraculosas, acerca de vozes do céu, triunfos sobre demônios, e etc..
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São mitos que não tem validade para o homem do século XX, que crê em hospitais e não em
milagres, em penicilina e não em orações.
Bultmann argumenta que se pode crer em Jesus Cristo e aceitá-lo como Deus e Salvador sem a
necessidade de acreditar no nascimento virginal, na encarnação, no túmulo vazio, na ressurreição e na
segunda vinda. Todos estes elementos seriam derivados da mitologia judaica e do gnosticismo
helenístico.
3. Da Inautenticidade para a Autenticidade (ou da perdição para a salvação): A revelação
significa o “abrir daquilo que era oculto, que é totalmente necessário e decisivo para o homem a fim de
que ele possa galgar a ‘salvação’ ou a autenticidade”. “Salvação” é encontrar o nosso “verdadeiro
eu”. E este abrir ocorre quando a igreja proclama a ação de Deus na morte e na ressurreição de Jesus
Cristo “através da pregação da Igreja, que O proclama como sendo a graça de Deus manifestada”.
Outros ensinos de Bultmann: 1. A Escritura não explica a si mesma, conforme ensina a
hermenêutica da Reforma Protestante, mas está sujeita aos métodos modernos da ciência autônoma e às
pressuposições filosóficas; 2. O Cristianismo não é uma religião histórica positiva; 3. O Evangelho de
João está eivado de temas gnósticos, sendo alguns deles a noção do cosmos, a sua cristologia, segundo a
qual Jesus é uma revelação de Deus.
4 TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO
É um movimento supra-denominacional de teologia política, que engloba várias correntes de
pensamento que interpretam os ensinamentos de Jesus Cristo em termos de uma libertação de
injustas em condições econômicas, políticas ou sociais. Ela foi descrita, pelos seus proponentes como
“uma interpretação da fé cristã através do sofrimento dos pobres, sua luta e esperança, e uma crítica da
sociedade e da fé católica e do cristianismo através dos olhos dos pobres”, mas outros a descrevem como
marxismo cristianizado.
Foi a partir do engajamento de grupos cristãos na política que surgiu a Teologia da Libertação,
como uma reflexão teórica das experiências sociais de opressão, retro alimentando este movimento de
busca da mudança para uma sociedade com viés esquerdista.
O termo foi cunhado em 1971 pelo peruano padre Gustavo Gutiérrez, que escreveu um dos
livros mais famosos do movimento, A Teologia da Libertação. Outros expoentes são Leonardo Boff do
Brasil, Jon Sobrino de El Salvador, e Juan Luis Segundo do Uruguai.
A teologia não é vista como um sistema de dogmas e sim como um meio de dar início a
mudanças sociais. Essa noção tem sido chamada “a libertação da teologia”. Essa teologia surgiu a partir
do Vaticano II e das tentativas de teólogos liberais no sentido de enfrentarem as desigualdades sociais,
políticas e econômicas em face de um cristianismo não mais guiado por urna cosmovisão bíblica. Na
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5 O DISPENSACIONALISMO
Este movimento surgiu em meados do século passado na Inglaterra, através do grupo que levou o
nome de Irmãos ou Irmãos de Plymouth, por ter nesta cidade seu quartel general. Seu principal expoente
foi John Nelson Darby (1800-1882), um irlandês que, insatisfeito com a Igreja Anglicana, da qual era
ministro, juntou-se ao grupo dos Irmãos em 1827. Por volta de 1830 Darby já era o principal líder dos
Irmãos, dada a sua capacidade de organização e a sua proficiência em escrever.
I. Características Principais Desse Grupo:
a) Ênfase dada às reuniões semanais de estudo bíblicos e celebração da Ceia do Senhor, associada
a um desprezo por qualquer tipo de organização denominacional ou forma de culto.
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Jardim (consciência do bem e do mal) e terminou com o dilúvio; 3ª) Do Governo Humano, que
começou com o dilúvio e terminou com a confusão das línguas; 4ª) Da Promessa, que começou com
Abraão e terminou com a escravidão no Egito; 5ª) Da Lei, que começou no Sinai e terminou com a
expulsão de Israel e Judá da terra de Canaã; 6ª) Da Graça, a atual, que começou com a morte de Cristo e
terminará com o arrebatamento da Igreja; 7ª) Do Reino, que começará com a Segunda Vinda de Cristo e
terminará com o juízo do Grande Trono Branco - é também chamada de Dispensação do Milênio.
CONCLUSÃO
A Teologia Contemporânea, por mais atraente que seja com sua roupagem linguística ricamente
adornada com nomes de eminentes doutores que ocupam cadeiras em seminários de renome em ambas as
Américas, está em contradição com a revelação divina. A mensagem deles não se dirige à consciência do
indivíduo, mas à coletividade. Sua teoria se funda em que a responsabilidade da Igreja é transformar a
sociedade e, por meio desta, converter o mundo, para inaugurar o reino de Deus na terra. São os pecados
do indivíduo que precisam de perdão.
Tais doutores são "lobos vestidos de pele de ovelha", sobre os quais Jesus preveniu sua Igreja.
São eles que têm conduzido grande massa de cristãos nominais à apostasia que prolifera no Cristianismo
do nosso tempo. A respeito desses, Paulo nos avisou, dizendo: "Mas o Espírito expressamente diz que,
nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de
demônios; pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência" (1
Tm 4.1,2). Os pontos principais dessas discordâncias são: 1. A infalibilidade das Escrituras Sagradas; 2.
A Trindade; 3. O nascimento virginal de nosso Senhor Jesus Cristo; 4. Os milagres operados por Jesus; 5.
A morte substitutiva do Senhor; 6. A deidade do Senhor Jesus Cristo e sua vida imaculada; 7. A
ressurreição corporal do Senhor Jesus Cristo e a sua ascensão; 8. A queda do homem e o pecado original;
9. A salvação do homem pela fé em Cristo Jesus; 10. A segunda vinda pré-milenial de Cristo; 11. A vida
eterna por meio da graça de Jesus Cristo; 12. O eterno castigo dos ímpios no lago de fogo.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ALMEIDA, Abraão de. Teologia Contemporânea. CPAD, 2002.
BATTISTA, Mondin. Os Grandes Teólogos do Século Vinte. Edições Paulinas, Vol. 1 e 2, 1979-1980.
Na página 3 da apostila Barth defende alguns pontos de vista contrários aos ensinos da Bíblia.
Faça uma resenha crítica defendendo cada ponto descrito.
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TRABALHO para os alunos que faltaram à aula de Teologia Contemporânea (17/07/17). Elaborar uma
pesquisa sobre as novas correntes teológicas (Teologia da esperança (Moltmann); teologia evolucionista
(Chardin) e teologia do evangelho sem religião (Bonhoeffer)). Cada corrente teológica deve conter
informações sobre cada corrente teológica, fundador, principais ensinos e um exame crítico. Entregar até
dia 02 de agosto de 2017, por email adellreis195@gmail.com