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ENGENHARIA CIVIL
SÃO PAULO
2019
2
RESUMO
ABSTRACT
The present work aims to present a reliability analysis of the Brazilian standard
equation concerning the shear force in massive slabs without transverse
reinforcement from 81 tests obtained in the literature. The error of resistence models
is determined by comparing experimental results for ultimate loads with predicted
resistences. Reliability analysis is used to evaluate the safety level of this models
provisions. This analysis includes model error and other random problem parameters
like steel and concrete strength, geometry and dead and live loads. Brazilian design
code will be evaluated in terms of sufficient and uniform reliability criteria.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7
2 JUSTIFICATIVA..................................................................................................... 10
3 OBJETIVOS ........................................................................................................... 11
3.1 Objetivos gerais ............................................................................................... 11
3.2 Objetivos específicos ....................................................................................... 11
4 METODOLOGIA .................................................................................................... 12
5 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 17
5.1 Variáveis Aleatórias ......................................................................................... 17
5.2 Média ............................................................................................................... 17
5.3 Variância e Desvio Padrão ............................................................................... 18
5.4 Confiabilidade Estrutural .................................................................................. 18
5.5 O Método de Monte Carlo ................................................................................ 20
5.5.1 Função de Estado Limite .............................................................................. 22
5.6 Cisalhamento Em Seções Retangulares .......................................................... 22
6 NBR 6118:2014 ..................................................................................................... 24
7 RESULTADOS ....................................................................................................... 27
7.1 Índice de Confiabilidade Alvo ........................................................................... 29
8 Conclusões ........................................................................................................... 32
9 Sugestões para trabalhos futuros ...................................................................... 32
10 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 33
APÊNCIDE A ............................................................................................................ 36
7
1 INTRODUÇÃO
Diferentemente das vigas, que devem ter pelo menos uma armadura de
cisalhamento mínima de acordo com os padrões das normas em estudo, as lajes
são tipicamente dimensionadas de forma que nenhuma armadura de cisalhamento
seja necessária, pois a colocação de estribos em lajes é difícil e dispendiosa. Na
concepção de edifícios, as lajes são responsáveis por um consumo concreto
significativo. Portanto, um projeto econômico associado a uma segurança suficiente
se faz necessário. Em experimentos que são realizados para avaliar as incertezas
do modelo de resistências, convencionalmente, as razões de valores observados
nos experimentos e previstos por modelos de cálculo (presentes em normas, por
exemplo), faixas de laje como se fossem vigas chatas são as mais utilizadas.
Estabelecendo uma relação entre o que é feito em laboratório e o que
potencialmente acontece na realidade, o volume de concreto envolvido em uma
placa como um todo é maior, isto é, as faixas não colapsam independentemente
como nos experimentos usuais sem antes haver redistribuição de esforços. Além
disso, a maior parte dos casos práticos consiste em lajes sujeitas a cargas
uniformes, onde a força máxima de cisalhamento não coincide com o momento
máximo, e as taxas de aço são pequenas o suficiente para condicionar a falha por
flexão. Segundo Kani (1966) uma comparação de testes de carga pontual mostra,
que uma carga uniformemente distribuída produz resultados mais favoráveis. Assim,
é conservador se os requisitos de projeto para vigas sob cargas pontuais forem
estendidos para vigas sob cargas distribuídas uniformes (MARQUESI et al, 2014).
erro de modelo. O valor desejável do erro de modelo é que seja 1, porém esse é um
valor utópico pois o valor calculado e o obtido no ensaio devem sempre ser o
mesmo e é sabido que as equações não são perfeitas. Porém, o erro de modelo não
pode ser demasiadamente grande pois tornara-se anti-econômico. Portanto foi
necessário reunir um banco de dados relativamente grande para começar este
trabalho.
10
2 JUSTIFICATIVA
A ruptura por força cortante é frágil, ou seja, ocorre repentinamente sem aviso
prévio como deformações excessivas nas estruturas. O cálculo da resistência a força
cortante em elementos sem armadura transversal é complexo e não existe consenso
internacional sobre este mecanismo de ruptura (COLLINS, 2008). Diferente do
modelo de cálculo de flexão em concreto estrutural, os modelos de cálculo para
resistência a força cortante diferem entre normas internacionais. Desta maneira,
avaliar a segurança destes modelos de cálculo frente a experimentos se faz
importante para se atingir um nível de segurança adequado.
Com o desenvolvimento de ferramentas computacionais mais eficientes,
torna-se cada vez mais necessária a melhoria dos métodos de avaliação dos
coeficientes utilizados em normas. Para tanto, a utilização de ferramentas
estatísticas visando a avaliação da probabilidade de ocorrência de certas situações
que levariam à ruptura as peças avaliadas, sob determinada ótica estrutural (flexão
simples, composta, oblíqua, cisalhamento etc.) tornam-se essencial para o
aprimoramento dos mecanismos de avaliação.
A utilização da ferramenta estatística se restringe, basicamente, a Monte
Carlo. Como será visto adiante, este é um método de cálculo que consiste em gerar
uma quantidade grande de solicitações e resistências. Contudo, torna-se inviável o
cálculo sem a utilização de softwares específicos.
Todo esse processo envolvendo avaliação dos parâmetros por meio de
softwares estatísticos e computacionais, visa calibrar a confiabilidade de
determinadas peças estruturais em relação ao esforço estudado, a fim de obter-se
um gráfico que demonstre tal estudo. A informação do quão confiável é determina
peça em relação a este esforço torna-se um fator indispensável para a calibração
dos coeficientes normativos, e para a verificação do quão eficiente são as equações
definidas pela norma.
11
3 OBJETIVOS
4 METODOLOGIA
Inicialmente, produziu-se um banco de dados com ensaios de lajes rompidas
por força cortante. Este banco de dados baseou-se em ensaios realizados por outros
estudiosos, no total foram obtidos ensaios de 81 lajes, como foi encontrado. E a
partir destes ensaios é que serão obtidos parâmetros para a realização das
simulações em software computacional, como será explicado abaixo.
Fonte: Autoral
Fonte: Autoral
14
Fonte: Autoral
Fonte: Autoral
Fonte: Autoral
16
Fonte:Autoral
Fonte: Autoral
17
5 REFERENCIAL TEÓRICO
5.2 Média
A média é o principal número utilizado para representar uma série de valores.
Para o caso de variáveis discretas, a média pode ser calculada como a soma dos
valores observados dividida pelo número total de observações, como na equação:
18
- Rn e a resistência nominal;
- i e o coeficiente de majoração da i-ésima carga (ou seu efeito); e
- Qin é o valor nominal da i-ésima carga (ou seu efeito).
• Nível 2 – Método do Índice de Confiabilidade: O método emprega dois
valores para variável incerta (usualmente média e variância) e uma medida de
correlação entre parâmetros (usualmente covariância). Uma vez que não se tem
conhecimento das distribuições das variáveis aleatórias assume-se que as variáveis
têm distribuição Normal. As informações disponíveis podem ser suficientes apenas
para avaliar o primeiro e segundo momento (média e variância) das respectivas
variáveis aleatórias, portanto, para encontrar o coeficiente de confiabilidade é
seguida a formulação conhecida na literatura como método de análise confiabilidade
de primeira ordem e segundo momento (FOSM - First Order Second Moment), que
busca satisfazer a seguinte condição:
adm
Onde:
- β é o índice de confiabilidade calculado com FOSM e
- β,adm é o índice de confiabilidade admissível.
• Nível 3 – Método da Probabilidade de Falha: nesse método as distribuições
de probabilidade são especificadas e a probabilidade de falha é calculada devendo
satisfazer a seguinte condição:
Pf Pf adm
Onde:
- Pf é a probabilidade de falha associada ao problema;
- Pf,adm é a probabilidade de falha admissível.
• Nível 4 – Método da Minimização dos Custos Envolvidos ao Longo da Vida
Útil: este método combina a confiabilidade de estruturas com a otimização de
estruturas e tem como objetivo projetar estruturas econômicas tendo como restrição
o nível de confiabilidade desejado.
(1) , sendo:
o esforço resistente
o esforço solicitante
G função estado limite
(1)
Onde,
V – Força cortante atuante na seção
S – Momento estático da seção
B – Base da seção. Em lajes, usualmente adota-se b=100cm
I- Inércia da seção
Na figura 8a, está a representação do estado tensão em dois pontos. No
ponto 1, as tensões oriundas da flexão, indicadas como f, são de compressão
23
Segundo Marquesi (2014), para uma viga ou laje de concreto armado sem
armadura transversal, as fissuras inclinadas que ocorrem a partir de fissuras de
flexão configuram um padrão de fissuração semelhante ao das trajetórias das
tensões principais, como pode ser visto na Figura 9.
6 NBR 6118:2014
≤ (2),
No qual,
: base da laje
d: altura útil
Fonte: Autoral
A equação (2) deve ser verificada a fim de ser determinado o , uma vez
nas lajes (seja isso feito por métodos computacionais ou métodos clássicos). O
diz respeito ao quanto o elemento pode ser carregado sem danos estruturais
relevantes (Estado Limite Último) ou danos ao uso (Estado Limite de Serviço). A
No qual,
0,25*
0,7*
C50: =2,12*ln(1+0,11 )
= / Ac
7 RESULTADOS
Fonte: Autoral
Tabela 5 - Índice de confiabilidade alvo para o estado limite último e para o estado limite de serviço
8 CONCLUSÕES
É notável a falta de consenso entre os mais diversos estudiosos a respeito da
confiabilidade de lajes submetidas ao cisalhamento sem armaduras transversais,
este fato ocorre devido a complexidade do fenômeno e seu difícil equacionamento.
Para esta análise, pode-se dizer que a NBR não apresenta risco à segurança.
Claro, que quando se fala em risco leia-se que a probabilidade de falha é baixa, ela
tem um risco consideravelmente pequeno de falhar, não existe uma equação que
seja perfeita ainda mais quando ela diz respeito a um fenômeno complexo e de
pouco consenso entre os estudiosos. Diferente de outras equações como a de
flexão em vigas, na qual há este consenso e a probabilidade de falha possivelmente
deem valores parecidos quando for comparada as diversas normas.
10 REFERÊNCIAS
AMERICAN CONCRETE INSTITUTE – ACI Committee 318, Building code
requirements for structural concrete (ACI 318-14) and commentary, Farmington
Hills, MI, 2014.
BENTZ, E. C., AND COLLINS, M. P. (2006), Development of the 2004 CSA A23.3
shear provisions for reinforced concrete. Can. J. Civ. Eng., 335, 521–534.
BENTZ, E. C., VECCHIO, F. J., AND COLLINS, M. P., The simplified MCFT for
calculating the shear strength of reinforced concrete elements. ACI Journal,
1034, 614–624, 2006.
KANI, G. N. J., The Riddle of Shear Failure and Its Solution, ACI Journal,
Proceedings V. 61, No. 3, pp. 441-467, 1964.
KANI, G. N. J., Basic Facts Concerning Shear Failure. ACI Journal, Proceedings
V. 63, No. 6, pp. 675-692, 1966.
MELCHERS, R.E., BECK, A.T. Structural Reliability Analysis and Prediction. 3Nd
edition, John Wiley and Sons, 2018.
NOWAK, A.S.; Szerszen, M.M. Calibration of design codes for buildings (ACI
318):
Part 1 – Statistical model for resistance. ACI Structural Journal, V. 100, n. 3,
p. 377-382. New York, 2003.
35
NOWAK, A.S.; Szerszen, M.M. Calibration of design codes for buildings (ACI
318): Part 2 – Reliability analysis and resistance factors. ACI Structural Journal, V.
100, n. 3, p. 383-391. New York, 2003.
SCHLAICH, J., The need for consistent and translucent Models, IABSE
Colloquium Structural Concrete, Proceedings V. 62, Stuttgart, p. 169-184, 1991.
APÊNCIDE A
b- base da laje; h – altura da laje; d – altura útil; As – área de aço; - taxa geométrica de armadura; ag – diâmetro máximo do
agregado; fy – resistencia do aço ( sem fator de segurança); fc – resistencia do concreto ( sem segurança); fc’ – resistencia com
segurança do concreto; S – cisalhamento; - resistência característica a tração do concreto na fibra inferior; k – fator de escala