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ISSN (online): 2525-7323

ISSN (impresso): 2525-5010

Revista trimestral de acesso livre que publica trabalhos revisados por pares SETEMBRO 2018, VOLUME 3, SUPLEMENTO 1 SEPTEMBER 2018, VOLUM 3, SUPPLEMENT 1

18 A 21
DE SET 2018
BAHIA OTHON
PALACE HOTEL
Revista trimestral de acesso livre que publica trabalhos revisados por pares SETEMBRO
JULHO 2017,2018, VOLUME
VOLUME 3, SUPLEMENTO
2, SUPLEMENTO 1 | JULY1 2017,
| SEPTEMBER
VOLUME 2,2018, VOLUM13, SUPPLEMENT 1
SUPLEMENT

Editor institucional
INAFF – Instituto Nacional de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia
Endereço postal: Rua Prof. Carlos Sá, 97/1004 – Pituba – 41810.580 Salvador, Bahia
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CORPO EDITORIAL
Editor chefe Editor científico
Lindemberg Assunção Costa Luiz Carlos P. Romero
Faculdade de Farmácia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) / Chefe Associação do Curso de Pós-graduação em Medicina e Saúde (ACPgMS).
do Setor Terapêutico do Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Brasília, DF.
Santos. Salvador, BA.

CONSELHO EDITORIAL
Alexander Itria José Miguel do Nascimento Jr.
Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Goiás (UFG). Goiânia, GO. Diretor Presidente da empresa JM Consultoria Farmacêutica. Florianópolis, SC.
Ángel Sanz Granda Juceni Pereira de Lima David
Consultor de Farmacoeconomia. Madri, Espanha. Faculdade de Farmácia da Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA.
Cassyano Januário Correr Lisiane da Silveira Ev
Departamento de Farmácia da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Curitiba, PR. Escola de Farmácia da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Ouro Preto, MG.
Charleston Ribeiro Pinto Lúcia Costa Beisl Noblat
Associação dos Cursos de Pós-Graduação em Medicina e Saúde (ACPgMS) / Curso de Faculdade de Farmácia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Salvador, BA.
Farmácia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Jequié, BA. Luciane Cruz Lopes
Denizar Vianna Araújo Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal da Bahia. Salvador, BA.
Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Marcelo Eidi Nita
Rio de Janeiro, RJ. Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). São Paulo, SP.
Djanilson Barbosa dos Santos Márcio Galvão Guimarães de Oliveira
Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Instituto Multidisciplinar em Saúde da Universidade Federal da Bahia (IMS/UFBA).
Santo Antônio de Jesus, BA. Vitória da Conquista, BA.
Gerson Antônio Pianetti Mareni Rocha Farias
Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Belo Departamento de Ciências Farmacêuticas Universidade Federal de Santa Catarina
Horizonte, MG. (UFSC). Florianópolis, SC.
Giácomo Balbinotto Neto Mário Borges Rosa
Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos (ISM  P-Brasil) da Fundação
Sul (UFRGS). Porto Alegre, RS. Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG). Belo Horizonte, MG.
Gisélia Santana Souza Mauro Castro
Faculdade de Farmácia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Salvador, BA. Hospital de Clínicas de Porto Alegre da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Ivonete Batista de Araújo (UFRGS). Porto Alegre, RS.
Hospital Universitário Onofre Lopes, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte Noberto Rech
(UFRN). Natal, RN. Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Florianópolis,
João Pereira SC.
Escola Nacional de Saúde Pública, Universidade Nova de Lisboa (ENSP/UNL). Lisboa, Paulo Sérgio Dourado Arrais
Portugal. Departamento de Farmácia da Universidade Federal do Ceará (UFC). Fortaleza, CE.
John M. Kessler Regina de Jesus Santos
Faculdade de Farmácia da Universidade da Carolina do Norte / Second Story Health, Universidade Federal da Bahia (UFBA). Salvador, BA.
LLC. Carrboro, NC, Estados Unidos da América do Norte.
Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia
Revista de Atención Farmacéutica y Farmacoeconomía
Journal of Pharmaceutical Care and Pharmacoeconomics
Revista trimestral de acesso livre que publica trabalhos revisados por pares
Una revista trimestral de libre acceso que publica trabajos revisados por pares
A quarterly peer-reviewed open-access journal
Vol. 3, Supl. 1 (set. 2018)

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JULHO 2017, VOLUME
VOLUME 3, SUPLEMENTO
2, SUPLEMENTO 1 2017,
1 | JULY | SEPTEMBER
VOLUME 2,2018, VOLUME
SUPLEMENT 1 3, SUPLEMENT 1

EDITORIAL | EDITORIAL

VI Fórum de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia


VI Brazilian Forum on Pharmaceutical Assistance and Pharmaeconomics
Lindemberg Assunção Costa, Charleston Ribeiro Pinto, Luiz Carlos P. Romero

SUMÁRIO SESSÃO DE PÔSTER | POSTER SESSION


SUMMARY
P-01 – A Assistência Farmacêutica (AF) na Planificação da Atenção à Saúde no Estado do
Rio Grande do Sul (RS) - Relato de experiência
Autor(es): Laura Minuzzi Kreutz; Giliane Dorneles Guerin
P-02 – A Importância do Empreendedorismo para o Profissional Farmacêutico Gestor
Autor(es): Larissa Milena de Moura Maia Senna; Larissa Damasceno Assis; Amanda Carvalho
Farias; Lorena Freitas Santos Rodrigues; Bruna Rosário Fontes Santos; Larissa da Cruz Cardoso;
Yana Silva das Neves; Milena Carvalho de Britto
P-03 – A incorporação de tecnologias em saúde para doenças raras no SUS
Autor(es): Tacila Pires Mega; Artur Felipe Siqueira de Brito
P-04 – A integração das atividades da Assistência Farmacêutica na Atenção Primária à
Saúde: a experiência do Projeto QualificaAPSUS no Ceará
Autor(es): Maíra Barroso Pereira; Fernanda França Cabral; Anna Kelly Leitão de Castro; Alisson
Menezes Araujo Lima; Francisco Alisson Paula de França; Jamille de Araujo Félix Duailibe;
Mariana Maia Martins Evangelista; Nathalia Oliveira e Sousa
P-05 – Acesso à Medicamentos Oncológicos Versus Desabastecimento: Desafios para o SUS
Autor(es): Evandro Abreu de Carvalho
P-06 – Acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes internados na enfermaria de
nefrologia em um Hospital Universitário
Autor(es): Laís Silva de Vasconcelos; Regina Meira Lima de Souza; Jordan Carlos Silva de
Medeiros; Érika Michelle do Nascimento Facundes Barbosa; Carolina Barbosa Brito da Matta;
Eliane Leite de Sousa Magalhães; Jose de Arimatea Rocha Filho
P-07 – Ampliação do Acesso da População aos Medicamentos da Assistência Farmacêutica
Básica Através da Adesão Aos Consórcios Intermunicipais
Autor(es): Thamara Miranda Barbosa dos Santos; Marcelo Ney de Jesus Paixão; 
P-08 – Análise dos produtos e da efetividade de reuniões de monitoramento dos processos
licitatórios para aquisição de medicamentos e materiais médico-hospitalares da Secretaria de
Saúde do Recife
Autor(es): Laura Maria de Macedo Araújo; Karinna Moura Boaviagem; Maurilucio Apolinario
Filho; José Orlando Sousa da Silva
P-09 – Análise comparativa das aquisições de Órteses, Próteses e Materiais Especiais
(OPMEs) não padronizados em hospital militar de médio porte com àquelas realizadas por
hospitais públicos no Estado de PE
Autor(es): Jailton Ferreira; Karinna Boaviagem; Marlos José Ferreira; Maurilucio Apolinario
Filho
P-10 – Análise comparativa entre dois períodos de conciliação medicamentosa realizados na
emergência de um hospital do sudoeste baiano
Autor(es): Islane Silva Nascimento; Leandro dos Santos Xavier; Andréia Brito Sousa; Maykelle
Evangelista Santos
P-11 – Análise da Atenção Farmacêutica Prestada aos Clientes Idosos Hipertensos Atendidos
em uma Drogaria na Cidade do Recife
Autor(es): Josiane Vieira dos Santos; José Orlando Sousa da Silva; Maurilucio Apolinário
Filho; Danilo Pontes de Oliveira Barros; João José de Oliveira Filho; Manuella Alexandre Torres
Santos; Karinna Moura Boaviagem; Ray Calazans Silva de Amorim
P-12 – Análise da evolução das taxas de desabastecimento de medicamentos e materiais
médico-hospitalares e suas possíveis causas na Central de Abastecimento Farmacêutico da
Secretaria de Saúde do Recife
Autor(es): Karinna Moura Boaviagem; Laura Maria de Macedo Araújo; Maurilucio Apolinario
Filho; José Orlando Sousa da Silva
P-13 – Análise da incorporação de novos antivirais ao programa de hepatite C crônica de uma
unidade de dispensação da cidade de Salvador BA no ano de 2017
Autor(es): Débora Almeida de Jesus; Rose Meire Dourado Costa Fernandes; Maria Gleide Cunha
Rodrigues; Cintia Farias; Giovana Santana Queiroz; Mila Palma; Jane Meire Magalhães Carneiro
P-14 – Análise das Dispensações de Antibióticos Beta-Lactâmicos em uma Drogaria do
Município de Recife/PE
Autor(es): Elisangela Oliveira de Santana; José Orlando Sousa da Silva; Maurilucio Apolinário
Filho; Josiane Vieira dos Santos; Danilo Pontes de Oliveira Barros; Aldo César Passilongo da
Silva; Manuella Alexandre Torres Santos; Karinna Moura Boaviagem
P-15 – Análise de Custo-Minimização da Troca entre Medicamento Referência e Biossimilar
(Infliximab): Sustentabilidade na Relação Tratamento Vs. Sistema de Saúde Suplementar
Autor(es): Yohanna Ramires; Bruna Mariana Tartari de Oliveira; Fernando Miguel de Sousa;
Jolline Lind; Joy Ganem Longhi; Jaime Luis Lopes Rocha
P-16 – Análise de Prescrições com Polifármacos para Hipertensos e o Perfil Epidemiológico
de uma Unidade Básica de Saúde da Família de Maceió
Autor(es): Dilcy Morgana Barros Maciel Cabral Davino; Sabrina Ambrósio Souza
P-17 – Análise do perfil dos ofícios emitidos pelo Ministério Público de Pernambuco à SESAU
envolvendo a Assistência Farmacêutica nos anos de 2016 e 2017
Autor(es): Maria Cecília de Lima Leal; Karinna Moura Boaviagem; Maurilucio Apolinario Filho;
José Orlando Sousa da Silva; 
P-18 – Análise Econômica do Custo da Utilização de Stents Periféricos em uma Operadora
de Plano de Saúde de Grande Porte
Autor(es): Yohanna Ramires; Fernando Miguel de Sousa; Jolline Lind; Bruna Mariana Tartari de
Oliveira; Priscila Del Pilar Arriagada Gajardo; Jaime Luis Lopes Rocha
P-19* – Atuação do Farmacêutico Clínico em um serviço de Hemodiálise de um Hospital
Universitário
Autor(es): Jordan Carlos Silva de Medeiros; Regina Meira Lima de Souza; Laís Silva de
Vasconcelos; Érika Michelle do Nascimento Facundes Barbosa; Carolina Barbosa Brito da
Matta; Eliane Leite de Sousa Magalhães; Jose de Arimatea Rocha Filho
P-20* – Atuação do Ministério da Saúde nas Políticas de Medicamentos e de Assistência
Farmacêutica, no Período 2015-2016
Autor(es): Débora Almeida de Jesus; Patricia Sodré; Ediná Costa
P-21 – Avaliação da Qualidade Metodológica dos Estudos sobre Judicialização de
Medicamentos
Autor(es): Pollyanna Farias Castro Pereira de Lyra; Patrícia Melo Aguiar; Bárbara Manuella
Cardoso Sodré Alves; Genival Araújo Santos Jr; Letícia Santos Prates; Divaldo Pereira de Lyra
Jr; Lucindo José Quintans Jr
P-22 – Avaliação das Relações Municipais de Medicamentos de uma Região de Saúde do
interior de São Paulo
Autor(es): valeria da cruz oliveira de castro; Natália Moriali; Rubia Caldato
P-23 – Avaliação de indicadores de qualidade da assistência farmacêutica numa unidade de
dispensação de medicamentos do componente especializado
Autor(es): Viviana Freitas do Espirito Santo; Juliete Santos Severino; Herculana Neta Gosmes
de Oliveira dos Santos; Mila Palma Pacheco; Cristiane Maria Sousa Correia; Rosimeire Dourado
Costa Fernandes; Maria Gleide Cunha Rodrigues
P-24 – Avaliação do Efeito dos Cuidados Farmacêuticos em um Grupo de Pacientes com
Hepatite C
Autor(es): Marcos Cardoso Rios; Pollyanna Farias Castro Pereira de Lyra; Barbara Manuella
Cardoso Sodré Alves; Letícia Santos Prates; Alex Vianey Callado Franca; Lucindo José Quintans
Jr; Divaldo Pereira de Lyra Jr
P-25 – Avaliação do Programa Remédio em Casa de um Município do Litoral Sul Pernambucano
como Garantia de Adesão ao Tratamento Farmacológico
Autor(es): Maurilucio Apolinário Filho; José Orlando Sousa da Silva; João José de Oliveira
Filho; Ray Calazans Silva de Amorim; Inês Maria Silva Souza Leão; Josiane Vieira dos Santos;
Karinna Moura Boaviagem
P-26 – Avaliação do Recebimento de Medicamentos na Unidade de Abastecimento
Farmacêutico do Hospital das Clínicas de Pernambuco
Autor(es): Patrícia Magalhães Xavier Silva; Ingrid de Araújo Campos; Jose de Arimatea Rocha
Filho; Maria Gabriela Irineu Carneiro; José Carlos Figueiredo Filho; Ana Paula Bagetti Ramos;
Lilian Cunha Cardoso
P-27 – Caracterização genotípica de Staphylococcus aureus resistentes a meticilina isolada
de manipuladores de alimentos em hospital no interior da Bahia
Autor(es): Samile Rúbia Britto Sousa; Nara Jacqueline Souza dos Santos; Diamille Gomes da
Silva; Gillean Silva Bispo; Gisele da Silveira Lemos; Ana Paula de Oliveira Menezes
P-28 – Comissão Interdisciplinar para Avaliação de Ações Judiciais: Uma Estratégia
para Intervenção no Processo de Judicialização do SUS e Garantia do Uso Racional de
Medicamentos
Autor(es): Gessia Flauzino Kremer; Marcia Freitas de Andrade Derruci; Juliana de Almeida
Machado; Eduardo Tostes; 
P-29 – Complicações da Hipertensão Arterial na Gravidez e a Importância da Farmacoterapia
Autor(es): Manuella Alexandre Torres Santos; José Orlando Sousa da Silva; Aldo César Passilongo
da Silva; Josiane Vieira dos Santos; Inês Maria Silva Souza Leão; Maurilucio Apolinário Filho;
Ray Calazans Silva de Amorim; João José de Oliveira Filho
P-30 – Conhecimento da População do Interior da Bahia Sobre Judicialização da Saúde
Autor(es): Camila Soares Galvão de Oliveira; Ana Carolaine Morais da Silva; Assucena Andrade
Oliveira; Cristiane de carvalho Barreiro; Fabrícia Araújo Silva; Pierre Hipolito Jesus da Cruz;
Vania Rosa santos Araújo; Valeska Franco Ribeiro
P-31 – Conhecimento de Usuários da Atenção Básica Sobre Diabetes Mellitus
Autor(es): Lina Valéria dos Santos Souza; Luana da Cruz de Oliveira; Gizelly Braga Pires; Bruno
Rodrigues Alencar; Tatiane de Oliveira Silva Alencar
P-32 – Cost minimization analysis (CMA) of XELOX versus mFOLFOX6 in the treatment of
colorectal cancer in a public hospital in Brazil
Autor(es): Marcia Regina Godoy; Sara Boscato; Isabela Heineck; 
P-33 – Cost minimization analysis (CMA) of XELOX versus mFOLFOX6 in the treatment of
colorectal cancer in an universitary hospital in Brazil
Autor(es): Sara Boscato; Marcia Regina Godoy; Isabela Heineck
P-34 – Criação de Núcleo de Estudos e Pesquisa na Gestão Estadual da Assistência
Farmacêutica (AF) do Rio Grande do Sul/RS – Relato de Experiência
Autor(es): Giliane Dorneles Guerin; Laura Minuzzi Kreutz; Ana Paula Rigo; Alexandre João
Appio; Paula Stoll; Gracieli Monteiro Pieczkoski; Gabriella Calvi Sampaio
P-35 – Custeio de Eventos Adversos resultantes do tratamento de pacientes com Câncer de
Cabeça e Pescoço recorrente ou metastático que progrediram durante ou em até 6 meses
após tratamento à base de platina
Autor(es): Giselle Vaz Costa; Ana Paula Casagrande Drozda Oliveira; Paola de Souza Marinheiro;
Graziela Dalla Rosa Bernardino
P-36* – Custo-efetividade da introdução precoce de antifúngicos em pacientes de Terapia
Intensiva de um hospital de emergência e trauma: um estudo de modelagem econômica
Autor(es): Carolina Cintra de Queiroz Medeiros; Jamile Porto Almeida; Sóstenes Mistro; Stela
Mares Brasileiro Pessoa; 
P-37 – Descarte de Medicamentos Na Atenção Básica de Saúde Em Feira de Santana-Ba:
Experiências da Extensão Universitária
Autor(es): Lina Valéria dos Santos Souza; Iuri Gomes de Oliveira; Tatiane de Oliveira Silva
Alencar; Bruno Rodrigues Alencar; Gizelly Braga Pires
P-38 – Desfechos Clínicos da Terapia Antifúngica em Pacientes Críticos de Acordo com o
Timing para Início do Tratamento Baseado no Número de Fatores de Risco para Infecção por
Fungos
Autor(es): Jamile Porto Almeida; Stela Mares Brasileiro Pessoa; Carolina Cintra de Queiroz
Medeiros; Sóstenes Mistro
P-39 – Disparidades no Tratamento do Carcinoma de Células Renais no SUS: Padrões de
Tratamento, Uso de Recursos e Custos Relacionados ao Tratamento
Autor(es): Guilherme Silva Julian; Andre Izelli; Gabriela Castilho; Luciaenne Neusquen; André
Ballalai Ferraz
P-40 – Documentação técnico sanitária das farmácias e unidades de dispensação de
medicamentos na atenção Básica das regiões do Brasil
Autor(es): Marcelo Tavares Pereira
P-41 – Elaboração de um jogo de tabuleiro no âmbito acadêmico como ferramenta interativa
de ensino para Estudantes de Farmácia
Autor(es): Gabriel Silva Lima; Denis de Melo Soares
P-42 – Estratégias de Planejamento e Gestão da Assistência Farmacêutica: desafios
evidenciados em Reuniões da Comissão Intergestores Regional
Autor(es): Lucas Gomes Amaral; Adriano Maia dos Santos; Jamille Amorim Carvalho
P-43 – Evidências clínicas da adesão à terapia medicamentosa de pacientes em tratamento
renal substitutivo
Autor(es): Diana Silva Lopes; Jadson Bispo dos Santos; Paulo Henrique Ribeiro Fernandes
Almeida; Nara Jacqueline Souza dos Santos; Gisele da Silveira Lemos
P-44 – Farmacoeconomia para farmacêuticos que atuam em secretarias de saúde – conceitos
e perspectivas com análise de custo-utilidade e impacto orçamentário no tratamento da
fibromialgia no Rio Grande do Sul
Autor(es): Áurea Dias de Farias
P-45 – Fatores de risco para o desenvolvimento de infecções fúngicas sistêmicas em pacientes
internados em Unidade de Terapia Intensiva
Autor(es): Stela Mares Brasileiro Pessoa; Carolina Cintra de Queiroz Medeiros; Jamile Porto
Almeida; Sóstenes Mistro
P-46 – Gestão estadual das insulinas de aquisição centralizada pelo MS, no Estado do Rio
Grande do Sul
Autor(es): Giliane Dorneles Guerin; Laura Minuzzi Kreutz
P-47 – Impacto da Incorporação do Trastuzumabe ao SUS em Um Hospital Oncológico
Público da Região Norte
Autor(es): Celina de Jesus Guimarães; Joana Maria de Oliveira Gall; Kellen Freire Nascimento;
Patricia Pereira de Souza; Bruna Barboza Murada; Janderson Alves Pereira; Katyellen Freitas
de Araújo; Anderson Cavalcante Guimarães; 
P-48 – Impacto de Erros no Uso de Medicamentos relacionados a hipoglicemiantes dentro
das Redes de Atenção à Saúde no Sistema de Saúde Suplementar
Autor(es): Sarah Ramalho Rodrigues; Ligia Ferreira Gomes
P-49 – Impacto econômico no tratamento da Hepatite C no Planserv - Um Resultado da
ação de compra direta de medicamento, e do Compartilhamento de responsabilidades entre
Operadora de saúde e prestadores de saúde
Autor(es): Daniela Xavier de Jesus; Reynaldo Rocha N. Jr; Daniela dos Santos Andrade Mata
Pedra; Nadja N. Rehem
P-50 – Impacto financeiro da criopreservação de alteplase como alternativa para prevenção
de mau funcionamento e desobstrução de cateteres de longa permanência em unidade de
hemodiálise hospitalar
Autor(es): Mônica Lopes Sampaio Silva; Anne Caroline Teixeira Fonseca; Rodrigo Mota de
Oliveira; Ana Cristina Dias; Ivana de Moura Leal Coelho; Gilvania da Silva Santos; Stenio
Ataide; Leonardo Augusto Kister de Toledo
P-51 – Impacto financeiro do medicamento Ranibizumabe para atendimento de demandas
judiciais em uma Secretaria Estadual de Saúde
Autor(es): Wilka Pereira Rocha; Daniela Nunes Vitor; Diana Soares da Paixão Ferreira; Fernanda
de Farias Rodrigues; Isabelita Isandra Brito Nonato; Marcelo Tavares Pereira; Samantha Abreu
de Souza; Thalita Oliveira da Silva
P-52 – Implantação de Centro de Custos em Serviço de Farmácia de uma Unidade de Saúde
da Família do Litoral Sul Pernambucano
Autor(es): Maurilucio Apolinário Filho; João José de Oliveira Filho; Agrinaldo Araújo Junior;
Karinna Moura Boaviagem; José Orlando Sousa da Silva
P-53 – Incidência de Problemas Relacionados a Medicamentos(PRMs) em um Hospital
Terciário em Salvador
Autor(es): Sandra Cristina Hernades; Talita Teles Teixeira Pereira; Denis de Melo Soares
P-54 – Incorporação de Medicamentos para Doenças Raras no SUS entre 2012 e 2018
Autor(es): Pamela Karla Guimarães Santana; Jéssica Nacazume; Guilherme Silva Julian; André
Ballalai
P-55 – Informações sobre assistência farmacêutica nos sítios oficiais das Secretarias de
Saúde das capitais do Brasil: bússola ou labirinto para o cidadão?
Autor(es): Marcelo Tavares Pereira; Patricia Sodré Araujo; Diana Soares da Paixão Ferreira;
Patrícia Chagas Duarte de Meneses; Samantha Abreu de Souza; Thalita Oliveira da Silva; Wilka
Pereira Rocha
P-56 – Intervenções Farmacêuticas na promoção da segurança ao paciente na enfermaria de
Nefrologia em um Hospital Universitário
Autor(es): Laís Silva de Vasconcelos; Regina Meira Lima de Souza; Jordan Carlos Silva de
Medeiros; Érika Michelle do Nascimento Facundes Barbosa; Carolina Barbosa Brito da Matta;
Eliane Leite de Sousa Magalhães; Jose de Arimatea Rocha Filho
P-57 – Investigação do Uso Indevido de Medicamentos e Suas Implicações Toxicológicas
Autor(es): Gustavo Reis Sampaio; Denis de Melo Soares
P-58* – Modelos para previsão de demanda: resultados preliminares da programação
automatizada no Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica (Hórus)
Autor(es): Ivan Ricardo Zimmermann; Ricardo Ronsoni; Anne Caroline Oliveira Bernarde;
Heber Dobis Bernarde
P-59 – Novas Intervenções da Assistência Farmacêutica: um novo olhar sobre o Cuidado
Farmacêutico
Autor(es): Fernanda França Cabral; Maíra Barroso Pereira; Anna Kelly Leitão de Castro; Fabiana
de Oliveira Osterne; Maria do Carmo Aires Ribeiro; Maria do Carmo Xavier de Queiroz; Renata
Oliveira Leorne Dantas; Micael Pereira Nobre
P-60* – O perfil de reações adversas a medicamentos de um hospital sentinela em Salvador-
BA
Autor(es): Mariana Santos Melo; Maria Clara do Nascimento Rodrigues; Laura Catarina Lago
Pereira
P-61 – O Processo de Seleção de Medicamentos da Atenção Primária à Saúde do Estado do
Ceará: Promovendo o Uso Racional de Medicamentos
Autor(es): Ana Kelly Leitão de Castro; Maíra Barroso Pereira; Fernanda França Cabral; Gisele
Reis de Norões; Mayara Magda Furtado de Carvalho; Sávio Helano Ribeiro Sobreira; Jamille de
Araujo Félix Duailibe; Alisson Menezes Araujo Lima
P-62 – Perfil das Demandas Judiciais para Acesso a Medicamentos em um Município da
Bahia
Autor(es): Gabriella dos Santos Andrade; Bruno Rodrigues Alencar
P-63 – Perfil de Consumo de Medicamentos Por Graduandos do Curso de Farmácia de Uma
Instituição Privada
Autor(es): Dilcy Morgana Barros Maciel Cabral Davino; Ianara Acioli de Freitas Melo; Samara
Almeida de Souza Griz; Kilma Gomes Lins; Polyanne Thays Brandão Leite
P-64 – Perfil de Medicamentos Prescritos por Sonda em uma Unidade de Terapia Intensiva
Autor(es): Manoela Santos da Silva; Ionara Vieira Rocha da Mota; Gisele Bomfim Pereira;
Beatriz da Silva Santos; Gisele da Silveira de Lemos
P-65 – Perfil do Idoso Institucionalizado: Análise Socioeconômica, Epidemiológica e
Farmacológica dos Residentes em um Abrigo do Município de Salvador
Autor(es): Inaiara de Jesus Campos; Catarine dos Santos Pereira; Rosa Maria Martinez Castor
de Cerqueira
P-66 – Perfil do uso de antimicrobianos e custos relacionados ao tratamento de Infecção por
cateter no serviço de Hemodiálise de um Hospital Universitário
Autor(es): Jordan Carlos Silva de Medeiros; Regina Meira Lima de Souza; Analú Pedrosa de
Souza Quirino; Laís Silva de Vasconcelos; Erika Michelle do Nascimento Facundes Barbosa;
Carolina Barbosa Brito da Matta; Eliane Leite de Sousa Magalhães; Jose de Arimatea Rocha Filho
P-67 – Perfil dos Farmacêuticos nas Farmácias Comunitárias de Dezessete Bairros em
Camaçari-BA
Autor(es): Elisabeth Nunes de Santana; Rosa Maria Martinez Castor de Cerqueira
P-68 – Perfil dos primeiros usuários do SUS cadastrados no Componente Especializado da
Assistência Farmacêutica na Bahia para tratamento da Hepatite C com o esquema 3D
Autor(es): Rose Meire Dourado; Débora Almeida de Jesus; Jane Magalhães; Cintia Farias
P-69 – Prevalência de Medicamentos Potencialmente Inapropriados para Idosos Na Relação
Municipal de Medicamentos Essenciais de Feira de Santana-BA
Autor(es): Iuri Gomes de Oliveira; Lina Valéria dos Santos Souza; Bruno Rodrigues Alencar;
Tatiane de Oliveira Silva Alencar; Gizelly Braga Pires; 
P-70 – Prevalência do Uso de Medicamentos Potencialmente Inapropriados para Idosos E
Interações Medicamentosas Em Uma Instituição de Longa Permanência para Idosos
Autor(es): Iuri Gomes de Oliveira; Lina Valéria dos Santos Souza; Bruno Rodrigues Alencar;
Tatiane de Oliveira Silva Alencar; Gizelly Braga Pires
P-71 – Programa Saúde na Pele no Estado do RS: Reflexões sobre Avaliação de Programas
em Saúde
Autor(es): Simone Pacheco do Amaral; Laura Minuzzi Kreutz; Giliane Dorneles Guerin
P-72 – Promoção do Uso Racional de Medicamentos em uma Instituição de Longa
Permanência para Idosos: Relato de Experiência
Autor(es): Iuri Gomes de Oliveira; Lina Valéria dos Santos Souza; Bruno Rodrigues Alencar;
Tatiane de Oliveira Silva Alencar; Gizelly Braga Pires
P-73 – Prospecção Tecnológica: Uma Busca por Novos Fármacos Anti-Inflamatório Inibidores
da MPGES-1
Autor(es): Camila Bomfim dos Santos, Thalisson Amorim de Souza, Denis de Melo Soares
P-74 – Regulamentação dos Biossimilares: Comparação entre as Agências Regulatórias
Brasileira, Americana e Europeia
Autor(es): Pamela Karla Guimarães Santana; Ricardo Steffen; Rosângela Caetano
P-75 – Relação Municipal de Medicamentos Essenciais e Descarte Adequado: Um Estudo de
Caso
Autor(es): Lina Valéria dos Santos Souza; Iuri Gomes de Oliveira; Tatiane de Oliveira Silva
Alencar; Bruno Rodrigues Alencar; Gizelly Braga Pires
P-76 – Substituição de medicamentos biológicos no tratamento de pacientes com Artrite
Reumatoide assistidos em um Centro de Infusão de um Hospital Universitário em Salvador-
BA
Autor(es): Priscila Moreira Cerqueira Oliveira; Alline Mikaele Nunes Wildemberg Brauer; Maria
Carmélia Almeida Neta; Aramis Tupina Alcantara de Moreira; Pablo de Moura Santos; Deyse
de Souza Carvalho da Silva; Marcela Miranda Salles
P-77 – Um modelo para Assistência Farmacêutica Municipal
Autor(es): Leandro Zago
P-78 – Uso abusivo de dimenidrinato para fins recreativos
Autor(es): Maria Luiza Souza Oliveira; Gabriel Lima Wanderley; Diego Carneiro Ramos
P-79 – Uso da Quetiapina no tratamento dos sintomas comportamentais e psicológicos em
portadores da doença de Alzheimer
Autor(es): Laís Cardoso dos Anjos; Gilmar Antonio de Carvalho Teles Junior; Anibal de Freitas
Santos Junior; André Lacerda Braga Teles; Daniele Coelho Dourado
P-80 – Vivência na Dispensação de Insumos e Acompanhamento de Pacientes Diabéticos do
Programa de Automonitoramento de Glicemia Capilar por Estudantes de Farmácia
Autor(es): Elaine Costa Santos; Priscila Ribeiro de Castro
P-81 – Associação entre uso de antibióticos macrolídeos e o desenvolvimento de arritmia
cardíaca: uma metanálise
Autor(es): Andressa Santos Viana; Lívia Sousa Ribeiro; Lorena Moura Pontes Araújo; Marina
Campos Magalhães; Nathália Gomes Carvalhaes; Djanilson Barbosa dos Santos
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EDITORIAL VI Fórum de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia


EDITORIAL
Atualmente o Brasil e mundo vêm sofrendo grandes transformações
sociais, políticas e econômicas que impactam diretamente no setor
saúde. O envelhecimento da população com avanço de doenças crôni-
Lindemberg Assunção Costa
Presidente do VI FAFF co-degenerativas e o consequente aumento dos custos representem o
principal desafio do Sistema Único de Saúde, tanto no setor público
Charleston Ribeiro Pinto
Presidente da ACPgMS
quanto privado. Por outro lado, o avanço científico e tecnológico está
permitindo opções de tratamento mais efetivas e seguras, porém com
Luiz Carlos P. Romero frequência trazem um preço elevado pressionando os orçamentos das
Editor científico JAFF
instituições de saúde e, desta forma, podendo restringir o uso de no-
vas tecnologias.

Os preços de muitos novos medicamentos de alto custo represen-


tam um dos maiores desafios aos sistemas públicos de saúde e/ou
aos pacientes que precisam pagá-los (como é a situação na maioria
dos países de baixa e média renda). A recente aprovação de novos
medicamentos de alto custo para muitas condições médicas provo-
cou um novo debate global sobre os custos da medicina e exige um
modelo de preços justo para o desenvolvimento e o fornecimento de
medicamentos. Estratégias para medir, monitorar e gerenciar preços
são essenciais para promover o acesso a medicamentos. Não existe
um único modelo que se adapte a todos os sistemas. Mas todos os
sistemas precisam promover a equidade no acesso a novos produtos,
garantindo que os avanços tecnológicos sanitários sejam acessíveis e
trabalhem com uma indústria farmacêutica de forma a responder às
necessidades de saúde pública. Quase todos os países de alta ren-
da com gastos de medicamentos com recursos públicos em grande
parte, controlam e regulam os medicamentos através de uma série
modelos de acesso e regulação. Estes modelos também são relevan-
tes para países de baixa e média renda, especialmente para sistemas
que trabalham na implementação de cobertura de saúde universal
como do Brasil.

1
O acesso equitativo a medicamentos essenciais, de alta qualidade e acessíveis e outras tecnologias médicas
depende de preços justos e de modelos de financiamento efetivos. Promover o acesso a medicamentos na
área de saúde a preços acessíveis e justos através de intervenções custo-efetivas é fundamental para a ob-
tenção de cobertura de saúde universal. Um preço “acessível e justo” é aquele que pode razoavelmente ser
financiado através de orçamentos dos sistemas de saúde e dos pacientes e, simultaneamente, sustenta a
pesquisa e o desenvolvimento, produção e distribuição de medicamentos dentro de um país.

Neste contexto alguns países desenvolvidos, especialmente na Europa, vêm buscando modelos alternativos
para dar acesso aos pacientes às novas tecnologias efetivas de forma sustentável. No Brasil de hoje, com as
medidas econômicas implementadas pelo governo, como o estabelecimento do teto dos gastos públicos e as
prováveis mudanças nas regras da previdência, há um grande problema de difícil equação: como dar acesso
a medicamentos de alto custo cada vez mais efetivos e seguros? É neste contexto que o VI Fórum de Assis-
tência Farmacêutica e Farmacoeconomia, que será realizado de 18 a 21 de setembro de 2018, na cidade de
Salvador, Bahia, Brasil traz como tema central: MODELOS INOVADORES DE ACESSO A MEDICAMENTOS
NO BRASIL E NO MUNDO. Nesta edição pretendemos debater estes desafios e quais possíveis modelos se-
guir que podem garantir a sustentabilidade de um Sistema Universal à Saúde e atender as necessidades de
saúde da população.

Portanto, convidamos todos debater conosco as soluções para o melhor endereçamento desta problemática.

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 P-01 A Assistência Farmacêutica (AF) na planificação da atenção
à saúde no Estado do Rio Grande do Sul (RS) – Relato de
experiência
Laura Minuzzi Kreutz, Giliane Dorneles Guerin
SES-RS

Introdução: A planificação da Atenção à Saúde configura-se como instrumento de gestão e


organização da Atenção Primária à Saúde (APS) e da atenção ambulatorial especializada (AE)
nas Redes de Atenção à Saúde (RAS). Para a conformação das RAS, a APS deverá estar or-
ganizada de forma a exercer o seu papel resolutivo e coordenador do cuidado dos usuários no
território. Para isso, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) em parceria com
os Estados, propôs a Planificação, entendida como um processo de planejamento da atenção à
saúde que considera todas as suas etapas. A AF como um dos elementos constituintes da RAS,
é descrita como sistema de apoio na estrutura operacional, tornando-se estratégica a adequação
dos serviços de AF, por meio dos serviços de abastecimento de medicamentos e os de Farmácia
Clínica. Objetivos: Relatar a experiência da AF Estadual nas Oficinas de Planificação da Aten-
ção à Saúde realizadas em municípios de Coordenadorias do Estado (CRSs) do RS. Método:
Trata-se de um relato da experiência vivenciado por farmacêuticas da Coordenação Estadual
da Política de Assistência Farmacêutica (CPAF) que participaram do Processo de Planificação
da APS na 4ªCRS e 18ªCRS. A atuação da AF estadual consistiu na condução das Oficinas,
elaboração de material didático, à partir da qualificação de material proposto pelo Conass, caso
clínico aplicado à discussão e proposta de atividade de dispersão. Resultados: O processo de
planificação se utilizou de oficinas que podem ser definidas como espaços para aprendizagem;
um processo ativo de transformações recíprocas entre sujeito e objeto. O material desenvolvido
apresentou os serviços técnico-gerenciais, centrados no medicamento, abordando o Ciclo da
AF, e os serviços técnico-assistenciais, centrados no cuidado ao usuário, além de aspectos re-
lacionados à Segurança do Paciente e a proposta de um caso clínico, com diversos problemas
relacionados a medicamentos a serem resolvidos pelas equipes de saúde. Ao final da oficina, foi
proposto uma atividade de dispersão que consistia na construção de um Fluxo de acesso para os
medicamentos no município, documento que qualifica à orientação do usuário no cumprimento
do seu itinerário terapêutico nas RAS. Conclusão: O processo de planificação contribui para
aproximação dos trabalhadores da saúde com à AF e para problematização/reflexão do processo
de trabalho. Esta experiência demonstrou que apesar da AF ser uma atividade multidisciplinar,
a equipe de saúde sente-se pouco apropriada desta temática, sendo de fundamental importân-
cia que os profissionais estejam capacitados sobre fluxos de acesso aos medicamentos, para
orientação e acompanhamento dos usuários. Os relatos dos profissionais denotam problemas de
adesão ao tratamento na comunidade, com impacto em outras situações de saúde e falhas no
ciclo logístico de medicamentos. Quanto à perspectiva futura, planeja-se expandir a planificação
para as demais CRSs.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.3 3


  P-02 A importância do empreendedorismo para o profissional
farmacêutico gestor
Larissa Milena de Moura Maia Senna, Larissa Damasceno Assis, Amanda Carvalho Farias,
Lorena Freitas Santos Rodrigues, Bruna Rosário Fontes Santos, Larissa da Cruz Cardoso, Yana
Silva das Neves, Milena Carvalho de Britto
Universidade do Estado da Bahia, Faculdade Mauricio de Nassau

Introdução: O mercado farmacêutico no Brasil vem apresentando um desempenho expansivo,


tornando-se cada vez mais inovador, dinâmico e competitivo.  Esse cenário aponta para a ne-
cessidade de farmacêuticos qualificados, proativos e dotados de espírito empreendedor. Com
o advento dos antibióticos, e toda a gama de novos medicamentos a indústria farmacêutica
ganhou visibilidade, e com o intuito de reerguer o farmacêutico como participante ativo na pro-
moção da saúde da população, o Conselho Federal de Farmácia empreendeu mudanças radicais
nas grades curriculares da graduação em Farmácia abolindo habilitações tornando a formação
generalista. Com a reformulação curricular, ocorreu o crescimento dos cursos de Farmácia,
devido à recolocação do Farmacêutico, como um profissional imprescindível e insubstituível na
equipe de saúde, além de tornar obrigatória a presença deste profissional nas farmácias. Obje-
tivo: Analisar as matrizes curriculares dos cursos de bacharelado em farmácia, localizados na
cidade de Salvador/BA, verificando se a matriz contempla a disciplina Gestão Farmacêutica,
e se a ementa direciona para uma formação empreendedora. Métodos: Pesquisa qualitativa
através da análise e revisão de artigos, livros, revistas publicadas pelo Conselho Federal de Far-
mácia, além de consultas online no banco de dados Scielo, site do INEP e pesquisa no E-MEC
de faculdades aptas e com o curso de farmácia ativo em Salvador. Resultados: Salvador possui
11 Instituições, contudo, só foi possível avaliar 7 Instituições, devido a dificuldade em obter a
ementa. Destas, apenas 4 Instituições, denominadas A, B, C e D, possuíam a disciplina Gestão
Farmacêutica como componente curricular. Instituição A, voltada ao gerenciamento e planeja-
mento das atividades farmacêuticas voltadas ao SUS, estimulando a habilidade de gerir recursos
humanos, materiais e físicos. Instituição B direciona a gestão de farmácias comunitárias e hos-
pitalares voltada ao controle de serviços e marketing. Instituição C enfoque em administração/
contabilidade, com a regulamentação de empresa farmacêutica. Inclui ainda o gerenciamento
de indústrias farmacêuticas. Instituição D exercício das funções administrativas e de legalização
das empresas farmacêuticas públicas ou privadas, ressaltando as legislações farmacêuticas e
sanitárias nas farmácias de manipulação, comercial e as distribuidoras de medicamentos. Con-
clusão:  Observou-se que apesar da inclusão de disciplinas voltadas a administração e em-
preendedorismo, o ensino da Gestão Farmacêutica está aquém das necessidades exigidas pelo
mercado atualmente. A exigência é de um profissional diferenciado que consiga imprimir na sua
atividade habilidades técnicas e cognitivas, obtendo resultados duradouros agregando valor a
empresa. Mas, para que isso ocorra se faz necessária a mudança de postura das Instituições
e a inserção de disciplinas voltadas a Gestão Farmacêutica e direcioná-las especificamente ao
desempenho do farmacêutico no mercado de trabalho.

4 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.4


  P-03 A incorporação de tecnologias em saúde para doenças raras
no SUS
Tacila Pires Mega, Artur Felipe Siqueira de Brito 
Ministério da Saúde

Introdução: Desde a vigência da Política Nacional de Doenças Raras, publicada pela Portaria


GM/MS 199/2014 observa-se um crescente interesse do Ministério da Saúde do Brasil na
estruturação de sua rede de cuidado no campo das doenças raras, bem como na avaliação de
tecnologias em saúde nesse tema, visando a inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS) de me-
dicamentos, procedimentos e diretrizes clínicas para o diagnóstico, tratamento e manejo dessas
doenças. Objetivos: Descrever as recentes incorporações de tecnologias em saúde para o trata-
mento de doenças raras realizadas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no
SUS (CONITEC) e o seu impacto orçamentário estimado. Método: Estudo descritivo utilizando
informações sobre os processos de incorporação concluídos e em análise, disponíveis no sítio
eletrônico da CONITEC. Resultados: Até julho de 2018, foram identificadas no site da Conitec
3 avaliações na área de doenças raras com recomendação positiva de incorporação: idursulfase
alfa para mucopolissacaridose tipo II, laronidase para mucopolissacaridose tipo I e tafamidis
para polineuropatia familiar relacionada à idade. O impacto orçamentário médio estimado para
a aquisição desses 3 medicamentos para os próximos 3 anos é de R$ 838,1 milhões. Outras
7 demandas no tema encontram-se em avaliação: nusinersena para atrofia medular espinhal,
evolucumabe para hipercolesterolemia familiar homozigótica, alfa-alglicosidase para Doença de
Pompe, agalsidase alfa e beta na Doença de Fabry, triagem neonatal para deficiência de glicose-
-6-fosfato desidrogenase, eltrompague olamina e romiplostim para trombocitopenia idiopática.
Também foram identificadas publicações de novas diretrizes clínicas ou atualizações nos temas:
Doença de Gaucher, Doença de Wilson, Acromegalia, Fenilcetonúria, Púrpura trombocitopênica
idiopática, Síndrome de Guillain-Barré, Síndrome de Turner, Hepatite autoimune, Deficiência
de Biotinidase, Amiloidoses Hereditárias Associadas à Transtirretina e Mucopolissacaridose I e
II. Conclusão: Observa-se uma crescente e relevante atuação do Ministério da Saúde do Brasil
para qualificar o cuidado e ofertar tratamentos de forma universal e gratuita a fim de reduzir a
mortalidade e a incapacidade por doenças raras, com a incorporação de tratamentos de alto
custo, diretrizes clínicas específicas e avaliações criteriosas pautadas nos princípios da medicina
baseada em evidência.

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  P-04 A integração das atividades da assistência farmacêutica
na atenção primária à saúde: a experiência do projeto
Qualificaapsus no Ceará
Maíra Barroso Pereira, Fernanda França Cabral, Anna Kelly Leitão de Castro, Alisson Menezes
Araujo Lima, Francisco Alisson Paula de França, Jamille de Araujo Félix Duailibe, Mariana Maia
Martins Evangelista, Nathalia Oliveira e Sousa
Secretaria da Saúde do Estado do Ceará

A Assistência Farmacêutica é entendida como um conjunto de ações voltadas à promoção, prote-


ção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo
essencial e visando o acesso e o seu uso racional. Considerando a necessidade de fortalecimento
das Redes de Atenção à Saúde (RAS) e o desenvolvimento do Projeto de Qualificação da Aten-
ção Primária à Saúde (QualificaAPSUS) no Ceará, tornou-se estratégico e oportuno promover
o aprimoramento, a implementação e a integração das atividades da Assistência Farmacêutica
nesse novo contexto. Foi nessa perspectiva que o Projeto QualificaAPSUS, em parceria com a
Coordenadoria de Assistência Farmacêutica (COASF) da SESA/CE, promoveu a “I Capacitação
Complementar em Assistência Farmacêutica na Atenção Primária à Saúde (APS)”, que teve
como objetivo contribuir para o desenvolvimento da capacidade de organização e integração das
ações da Assistência Farmacêutica na APS. Nessa primeira capacitação, foi abordado o contexto
da Assistência Farmacêutica sob o ponto de vista do planejamento e do abastecimento de me-
dicamentos, focando nas etapas de seleção e programação. A capacitação aconteceu nos meses
de novembro e dezembro de 2017, com carga-horária de 16h, através de atividades mediadas
por facilitadores (farmacêuticos da COASF) em pequenos grupos e exposições dialogadas. Fo-
ram formados mais de 200 profissionais, sendo a sua maioria gestores da APS e da Assistência
Farmacêutica das Regionais de Saúde e dos municípios. As competências desenvolvidas foram:
compreensão da estrutura e organização da Assistência Farmacêutica no âmbito das RAS e APS;
compreensão do papel da APS na Assistência Farmacêutica, em especial na execução das eta-
pas do ciclo logístico; utilização das metodologias de seleção e programação dos medicamentos
para a APS; discussão do papel do farmacêutico na RAS e na equipe multiprofissional. No perío-
do de dispersão, os participantes desenvolveram os seguintes produtos: análise da Assistência
Farmacêutica no município; elaboração do plano de ação para integração das ações da AF na
APS; elaboração da curva ABC de medicamentos; seleção e programação dos medicamentos
básicos com base na curva ABC e critérios epidemiológicos. Com essa capacitação, buscou-se
sensibilizar os trabalhadores da APS acerca da importância da Assistência Farmacêutica para
a integralidade do cuidado e resolutividade das ações de saúde. Nas próximas capacitações, o
desafio será o de fomentar a discussão sobre o papel do cuidado farmacêutico nas RAS e APS.

6 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.6


  P-05 Acesso à medicamentos oncológicos versus
desabastecimento: desafios para o SUS
Evandro Abreu de Carvalho
Prefeitura Municipal de Miguel Pereira

Introdução: O desabastecimento de medicamentos é um problema sistêmico que transcen-


de o ciclo logístico da assistência farmacêutica. Ele demostra a vulnerabilidade do Complexo
Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) em garantir o suprimento de medicamentos essenciais
considerando que a oferta destes envolve produtores públicos e privados. No Brasil, esse fenô-
meno tem gerado um grave problema de saúde pública. Objetivos: Analisar o cenário nacional
de descontinuação produtiva definitiva e temporária de antineoplásicos entre 2014 a 2017 e
suas características quanto as motivações para sua descontinuidade e os principais grupos tera-
pêuticos envolvidos. Metodologia: Pesquisa descritiva com abordagem quantitativa de delinea-
mento longitudinal retrospectivo. Foram coletados no site da ANVISA dados das notificações de
descontinuidade de fabricação de medicamentos antineoplásicos apresentadas pelas empresas
farmacêuticas junto à Anvisa no período entre 07/04/2014 a 31/08/2017. As informações que
compõem o banco de dados contêm o nome comercial, princípio ativo, apresentação do produ-
to, classe terapêutica, tipo de interrupção e o motivo da interrupção. Os medicamentos foram
categorizados conforme classificação Anatômico Terapêutico Químico da OMS. Foram utilizadas
ferramentas da estatística descritiva simples para análise. Resultados: Foram selecionados 164
medicamentos oncológicos com interrupção produtiva entre 2014 a 2017, sendo 28,6% de
forma definitiva. A maior motivação para interrupção tanto do tipo definitiva quanto temporária
foi devido a razões comerciais. O grupo ATC mais frequente foi dos antimetabólitos (21,89% dos
itens), seguido dos alquilantes (20,8% dos itens). Conclusões: A superioridade da motivação
econômica para interromper a produção demonstra a frágil relação entre as necessidades de
saúde e as forças de mercado. O Estado deve explorar mecanismos de indução e de regulação
que permitam a garantia de acesso e a sustentabilidade das ações em saúde em simultâneo a
uma maior autonomia tecnológica nacional no âmbito do CEIS. Mais estudos sobre a temática
são necessários para auxiliar no enfrentamento do problema.

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  P-06 Acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes
internados na enfermaria de nefrologia em um hospital
universitário 
Laís Silva de Vasconcelos, Regina Meira Lima de Souza, Jordan Carlos Silva de Medeiros, Érika
Michelle do Nascimento Facundes Barbosa, Carolina Barbosa Brito da Matta, Eliane Leite de
Sousa Magalhães, Jose de Arimatea Rocha Filho 
Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC/UFPE)

Introdução: O acompanhamento farmacoterapêutico, no ambiente hospitalar, realizado


pelo serviço de farmácia clínica, tem por objetivo qualificar a assistência aos pacientes,
identificando precocemente os possíveis problemas relacionados ao medicamento. Pacientes
com comprometimento renal estão frequentemente associados a imunossupressão, tratamentos
medicamentosos complexos e comprometimento sistêmico com alterações da biotransformação
e da eliminação dos medicamentos. Objetivo: Descrever o acompanhamento farmacoterapêutico
realizado pelo Farmacêutico Clínico e demonstrar sua relevância na melhoria da assistência aos
pacientes internados na enfermaria de nefrologia de um Hospital Universitário. Métodos: Trata-
se de um estudo descritivo transversal, desenvolvido no mês de junho de 2018 na enfermaria
de nefrologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC/UFPE).
O acompanhamento farmacoterapêutico foi realizado diariamente por meio das seguintes
Atividades Farmacêuticas Clínicas (AFC): anamnese farmacêutica, conciliação medicamentosa,
validação dos medicamentos de uso próprio, análise da prescrição, visita diária, evolução no
prontuário, orientação farmacêutica ao paciente e intervenções farmacêuticas. Os dados foram
registrados em banco de dados eletrônico da instituição. As AFC executadas foram quantificadas
e submetidas à análise estatística descritiva. Resultados: Foram atendidos neste período um
total de 14 pacientes com comprometimento renal na enfermaria de nefrologia do HC/UFPE com
prevalência de 71,43% do sexo feminino. Realizadas 511 atividades farmacêuticas clínicas,
tendo uma média de 17,06 AFC/dia e 36,57 AFC/paciente/mês. Dentre essas atividades as mais
prevalentes foram: análise da prescrição (n= 127; 24,85%) e visita diária (n= 94; 18,40%).
Seguidas de: intervenção farmacêutica (n= 29; 5,68%); orientação farmacêutica ao paciente
(n=17; 3,33%); evolução no prontuário (n= 15; 2,94%); anamnese farmacêutica (n= 14;
2,74%); conciliação medicamentosa (n= 14; 2,74%); orientação de alta (n= 14, 2,74%)
e validação dos medicamentos de uso próprio (n= 14; 2,54%). Conclusão: Os resultados
apresentados demonstram que a atuação do farmacêutico clínico com o acompanhamento
farmacoterapêutico proporcionam a qualificação da assistência dos pacientes internados
contribuindo para o uso seguro dos medicamentos. Essas atividades demonstraram ainda,
significativa melhora na interação do farmacêutico com a equipe multidisciplinar e com o
paciente, contribuindo para a responsabilização compartilhada da terapêutica.

8 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.8


 P-07 Ampliação do acesso da população aos medicamentos da
assistência farmacêutica básica através da adesão aos
consórcios intermunicipais
Thamara Miranda Barbosa dos Santos, Marcelo Ney de Jesus Paixão
DASF

Introdução: O medicamento é um insumo importante para o bem-estar da população, usado


tanto para prevenir agravos, como para recuperar a saúde. O Brasil é um dos poucos países em
que o acesso gratuito aos medicamentos essenciais é direito dos cidadãos, o que se concretiza
por meio de políticas e estratégias, como o Sistema Único de Saúde (SUS), sendo a Assistência
Farmacêutica fundamental na efetiva implementação das ações de promoção e melhoria das
condições da assistência à saúde da população. Se, por um lado, o acesso aos medicamentos
é um direito da população, por outro, os recursos são limitados e, por isso, há necessidade de
se otimizá-lo de forma que se possa garantir o acesso ao maior número possível de pessoas. Os
Consórcios de Saúde vêm se configurando como dispositivos úteis para promover a aquisição de
medicamentos para Atenção Básica em vários estados do Brasil, como uma alternativa raciona-
lizadora para a redução de custos, com potencial de se preservar a qualidade dos medicamentos
adquiridos, além de se mostrar como instrumento de promoção da equidade de acesso aos bens
e serviços de saúde, por conta da grande cobertura populacional do consórcio, especialmente
dos pequenos municípios. Na Bahia, os consórcios ainda não foram pensados como possibili-
dade para promover a ampliação da oferta de medicamentos essenciais para Atenção Básica,
mesmo prevista no Protocolo de Intenções de Consórcio do Estado da Bahia. Objetivos: este
trabalho consiste em um projeto de intervenção que tem como propósito elaborar um plano de
ação para promover a adesão dos municípios baianos aos Consórcios Intermunicipais, com o ob-
jetivo de ampliar o acesso da população a medicamentos essenciais de qualidade, com preços
competitivos de forma a maximizar os recursos financeiros da Assistência Farmacêutica Básica.
Metodologia: Este estudo se propôs a construção de um Projeto de Intervenção para incentivar
os municípios do Estado da Bahia a adesão aos Consórcios Intermunicipais para aquisição de
medicamentos para Assistência Farmacêutica Básica. Para construção deste projeto foi adotada
a metodologia do Planejamento Estratégico Situacional de Saúde (PES). Resultado: Com a im-
plantação da gestão consorciada na Assistência Farmacêutica esperamos: Garantir o acesso a
medicamentos de qualidade e a compra a preços competitivos de forma a maximizar os recursos
financeiros destinados à sua aquisição, aplicação correta dos recursos da Assistência Farma-
cêutica Básica, diminuição da burocracia para os municípios e maior transparência no processo
de aquisição de medicamentos, viabilizar de forma efetiva a universalização e regionalização da
Assistência Farmacêutica, possibilitando uma melhorar a resolutividade da Atenção à Saúde.
Conclusão: A opção dos Consórcios parece um dos caminhos apropriados para se garantir uma
maior acessibilidade aos medicamentos essenciais, e de equacionar necessidades e viabilidades
nesta diversificada e complexa realidade baiana.

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 P-08 Análise dos produtos e da efetividade de reuniões de
monitoramento dos processos licitatórios para aquisição de
medicamentos e materiais médico-hospitalares da Secretaria
de Saúde do Recife 
Laura Maria de Macedo Araújo, Karinna Moura Boaviagem, Maurilucio Apolinario Filho, José
Orlando Sousa da Silva 
Secretaria de Saúde do Recife, UFPE, Prefeitura Municipal do Ipojuca 

Introdução:  O processo de aquisição de medicamentos e materiais médico-hospitalares no


setor público é complexo e envolve um conjunto de exigências legais e administrativas que
devem ser cumpridas. Uma dessas exigências é a licitação – a qual é regida pelos critérios
estabelecidos na Lei n. 8.666/1993 – constituindo etapa crucial para garantia das aquisições e,
consequentemente, do abastecimento farmacêutico no âmbito público municipal. A significativa
demora na realização dos processos licitatórios de aquisição destes insumos levou a uma
necessidade de um monitoramento mais efetivo por parte da Secretaria de Saúde do Recife
(SESAU). Para isso, foram instituídas reuniões intersetoriais semanais com os diversos atores
envolvidos – secretarias executivas de atenção à saúde e de administração e finanças, gerência de
assistência farmacêutica e de assessoria jurídica, além de representação da comissão permanente
de licitação vinculada à Secretaria de Administração, visando o acompanhamento contínuo e
melhoria dos processos de trabalho com foco na redução do tempo dos processos de licitação.
Objetivos: Analisar os produtos e a efetividade de reuniões intersetoriais de monitoramento dos
processos licitatórios para aquisição de medicamentos e materiais médico-hospitalares (MMH) da
SESAU. Métodos: Estudo descritivo de modalidade exploratória com abordagem quantitativa. O
período analisado foi de abril de 2016 a abril de 2018. Os instrumentos utilizados foram
planilhas em Excel. Resultados: Foi construída uma linha do tempo detalhada contendo todas as
etapas desde a solicitação de abertura de processo até homologação, resultando em 17 etapas
detalhadas e 08 setores envolvidos. Este instrumento foi crucial, pois permitiu que pactuações
acerca dos prazos limites de permanência de cada processo nos setores fossem estabelecidas o
que possibilitou o monitoramento e cobrança do cumprimento dos deadlines. Os prazos variaram
entre 2 a 10 dias, dependendo da complexidade da etapa. Todos os processos licitatórios
acompanhados foram conduzidos na modalidade pregão eletrônico. Foram monitorados, em
média, 10 processos licitatórios de aquisição de medicamentos e 12 de MMH. Em 2016, o
tempo médio de realização dos processos licitatórios de medicamentos foi de 402 dias. Após
a instituição das reuniões de monitoramento, este tempo, mensurado em abril de 2018, foi
de 122 dias. Em relação aos processos de aquisição de MMH, o tempo médio de realização
dos processos licitatórios teve uma evolução de 414 para 183 dias. Este ainda apresentou-se
maior em relação ao de medicamentos devido ao tempo necessário para emissão de parecer
técnico, já que, para MMH, é necessário testagem da amostra. Conclusão: O monitoramento e a
avaliação dos processos são fundamentais para aprimorar a gestão. Neste contexto, vê-se que as
reuniões geraram resultados positivos, já que possibilitaram uma maior articulação intersetorial
e melhoria dos processos de trabalho, culminando na diminuição do tempo de aquisição dos
produtos farmacêuticos na SESAU.

10 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.10


 P-09 Análise comparativa das aquisições de órteses, próteses e
materiais especiais (opmes) não padronizados em hospital
militar de médio porte com àquelas realizadas por hospitais
públicos no Estado de Pernambuco
Jailton Ferreira, Karinna Boaviagem, Marlos José Ferreira, Maurilucio Apolinario Filho 
Hospital da Polícia Militar de Pernambuco, UFPE 

Introdução: Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPMEs) estabelecidos como produtos para


saúde, são utilizados na assistência em intervenções cirúrgicas, nas áreas médicas, odontológi-
cas e/ou reabilitação, terapêutica ou diagnóstica, sendo ela transitória (Órteses) ou permanente
(Próteses). Por se tratar de insumos de alta complexidade e relevância social e financeira, é
necessária a comunicação efetiva entre a equipe médica responsável pela solicitação do mate-
rial e todos setores da instituição envolvidos nos processos de programação e aquisição, como
farmácia, setor de compras, de planejamento, de licitação, de contratos e financeiro. Dentro do
contexto público, tal articulação é imprescindível para garantir economicidade, a efetiva dispo-
nibilidade do material e, consequentemente, qualidade de vida ao paciente. Objetivos: Analisar
e comparar as aquisições de OPMEs não padronizados em hospital militar de médio porte com
àquelas realizadas por hospitais públicos no Estado de PE. Métodos: Estudo retrospectivo das
aquisições de OPMEs não padronizados realizadas nos anos de 2016 e 2017. Foram utilizados
os históricos de compras através de memorandos recebidos, notas de empenhos emitidas e
sistema estadual de procedimentos fiscais (site E-fisco). Resultados: Em 2016 e 2017 foram
adquiridos 14 e 15 tipos de OPMEs não padronizados, respectivamente. As especialidades que
mais solicitaram em 2016 foram Vascular (71,42%), seguida por Cirurgia Geral (21,42%) e
Urologia (7,14%). Já em 2017, as especialidades Vascular e Geral apresentaram percentuais
menores (20 e 6,66%, respectivamente) e outras especialidades foram registradas – Endosco-
pia (26,66%) e Hepatologia (46,66%). Para 42,85% dos itens analisados de 2016 não foram
localizadas atas de registro de preço estaduais (ARP) no E-fisco. Em 2017 este percentual foi
de 33,3%. Em 2016, os gastos foram de R$ 32.800,86 e, em 2017, este gasto foi de R$
54.006,89, correspondendo a um aumento financeiro de 39,26%.  Conclusão:  O aumento
nos gastos com a aquisição de OPMEs não padronizados sinaliza a necessidade de definição
de padronização destes materiais no hospital visando minimizar a necessidade de aquisição
emergencial e garantir ARPs para todos os materiais. Além disso, a criação de um protocolo para
solicitação de OPMEs não padronizados pode sistematizar e organizar o fluxo para aquisição.
Tais ações garantirão uma melhor gestão de custos com economicidade, além de prestação
adequada de assistência à saúde.

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 P-10 Análise comparativa entre dois períodos de conciliação
medicamentosa realizados na emergência de um hospital do
sudoeste baiano
Islane Silva Nascimento, Leandro dos Santos Xavier, Andréia Brito Sousa, Maykelle Evangelista
Santos
Hospital Geral de Vitória da Conquista

Introdução: A conciliação medicamentosa consiste na comparação entre os medicamentos


de uso crônico do paciente com os prescritos no ambiente hospitalar. Objetivo: Este trabalho
objetiva comparar o perfil de discrepâncias encontradas durante a conciliação realizadas no ano
de 2016 e 2017 e reforçar a importância da atuação do farmacêutico clínico na otimização
da farmacoterapia. Método: Foi realizada a comparação dos dados da conciliação obtidos
entre setembro e novembro do ano de 2016 ao período de abril a setembro do ano de 2017. A
lista de medicamentos de uso contínuo foi coletada em até 48h após admissão dos pacientes na
emergência de um hospital público do interior da Bahia. Após comparar à prescrição hospitalar,
foram identificadas se havia discrepâncias, classificando-as em intencionais ou não-intencionais
(como de omissão, inclusão inadequada, posologia incorreta, duplicidade e via de administração
incorreta).  Resultado: No ano de 2016 foram realizadas 490 conciliações. Destes, 310
(63,26%) referiram uso de medicamentos de uso contínuo. O total de discrepâncias encontradas
foram 217. Sendo que 154 (70,96%) destas foram classificadas como não intencionais. Dentre
as discrepâncias não intencionais 117 (75,97%) foi do tipo omissão, 11 (7,14%) relacionada 
a frequência da administração incorreta, 10 (6,49%) relacionada a duplicidade de administração
e 8 (5,19%) relacionada a inclusão inadequada de medicamento não utilizado pelo paciente.
Já no período de 2017 foram entrevistados 646 pacientes. Destes, 285 (44,1%) usavam
medicamentos de uso contínuo. Foram encontradas 259 discrepâncias, destas 128 (49,5%)
como não intencionais. Em relação aos tipos de discrepâncias não-intencionais observadas,
110(86%) caracterizaram-se como “omissão de medicamento em uso pelo paciente”, 8 (6,25%)
por inclusão inadequada, 8 (6,25%) com posologia incorreta, 2 (1,5%) por duplicidade na
administração. Conclusão: Foi observada uma redução no percentual das discrepâncias não in-
tencionais ao comparar o período de 2016 ao período de 2017. Entretanto as discrepâncias não
intencionais continuam prevalentes, reforçando a importância desse serviço e o empoderamento
do farmacêutico clínico nesta atuação, afim de promover otimização dos desfechos clínicos.

12 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.12


  P-11 Análise da atenção farmacêutica prestada aos clientes
idosos hipertensos atendidos em uma drogaria na Cidade do
Recife
Josiane Vieira dos Santos, José Orlando Sousa Da Silva, Maurilucio Apolinário Filho, Danilo
Pontes de Oliveira Barros, João José de Oliveira Filho, Manuella Alexandre Torres Santos, Karinna
Moura Boaviagem, Ray Calazans Silva de Amorim
UNINASSAU, Prefeitura Municipal do Ipojuca, UFPE, Faculdade Estácio de Sá, FAINTVISA

Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) constitui um grave problema de saúde pú-
blica de alta prevalência e de causas multifatoriais. Em 95% dos casos, não possui uma causa
identificável. Os indivíduos que apresentam a doença são frequentemente assintomáticos, o que
a define como uma patologia de característica silenciosa e perigosa. Desta forma, é caracteriza-
da como fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Atualmente, a HAS
é responsável por 9,4 milhões de óbitos no mundo, chegando a 30% em adultos brasileiros.
Os idosos são os mais diagnosticados com HAS, correspondendo a 50% dos casos no Brasil.
Objetivo: O interesse da pesquisa é analisar o serviço de atenção farmacêutica oferecida, atra-
vés do consultório farmacêutico aos idosos hipertensos atendidos em uma drogaria na cidade
do Recife. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa, na qual
se propôs a avaliar o serviço de atenção farmacêutica. O estudo utilizou dados secundários
dos clientes idosos hipertensos com 60 anos ou mais atendidos no consultório farmacêutico,
no período de fevereiro a abril de 2018.  Resultados: O trabalho teve sua importância, pois,
quando não tratada, a hipertensão arterial sistêmica pode levar a complicações como infarto
agudo do miocárdio, acidente vascular encefálico, insuficiência renal, maiores taxas de hospi-
talização e mortalidade. Esta pesquisa mostrou que: dos 200 idosos avaliados, 136 (68%) são
do sexo feminino; em relação aos anti-hipertensivos mais utilizados, a losartana potássica teve
o maior percentual com 64%; demonstrou ainda que 80,5% não praticam atividades físicas
regularmente; e o consumo de bebidas alcóolicas está presente em 13% dos idosos. Um dos
maiores desafios está relacionado ao seguimento da terapia prescrita, pois, apesar de possuírem
conhecimento sobre a patologia, 119 (59%) não fazem acompanhamento contínuo no serviço
de atenção farmacêutica. Conclusão: Os achados indicam a necessidade de controle da HAS
através da mudança no estilo de vida com práticas regulares de atividades físicas e aderência
ao tratamento prescrito. Portanto, o serviço de atenção farmacêutica ofertado em drogarias se
faz de suma importância, uma vez que o profissional farmacêutico poderá fornecer subsídios,
por meio de ações educativas e orientações sobre o regime terapêutico, através do acompanha-
mento e incentivo, quanto aos hábitos saudáveis e ao uso correto dos medicamentos prescritos
pelo profissional médico.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.13 13


  P-12 Análise da evolução das taxas de desabastecimento de
medicamentos e materiais médico-hospitalares e suas
possíveis causas na Central de Abastecimento Farmacêutico
da Secretaria de Saúde do Recife
Karinna Moura Boaviagem, Laura Maria de Macedo Araújo, Maurilucio Apolinario Filho, José
Orlando Sousa da Silva
Secretaria de Saúde do Recife, UFPE, Prefeitura Municipal do Ipojuca

Introdução:  O desabastecimento de medicamentos nas farmácias públicas municipais está


atrelado a uma série de questões sejam políticas, econômicas, de determinantes sociais de
saúde, assim como derivadas da falta de planejamento e programação, processos de compra
não articulados ao orçamento, ao financeiro e à assistência farmacêutica. A significativa taxa
de desabastecimento de medicamentos e materiais médico-hospitalares (MMHs) na Central de
Abastecimento Farmacêutico (CAF) do Recife levou a uma necessidade de monitoramento mais
efetivo. Para isso, foram instituídas reuniões semanais com os diversos setores envolvidos – se-
cretarias executivas de atenção à saúde e de administração e finanças, gerência de assistência
farmacêutica (AF) e de assessoria jurídica – vinculados à Secretaria de Saúde, além de represen-
tação da comissão permanente de licitação vinculada à Secretaria de Administração, visando o
acompanhamento contínuo e melhoria dos processos de trabalho com foco na redução do de-
sabastecimento destes insumos. Objetivos: Analisar a evolução das taxas de desabastecimento
de medicamentos e MMHs e suas possíveis causas na CAF da Secretaria de Saúde do Recife.
Métodos: Estudo descritivo de modalidade exploratória com abordagem quantitativa. O período
analisado foi de abril de 2016 a abril de 2018. Os instrumentos utilizados foram planilhas
em Excel. Resultados: Foram monitorados 308 medicamentos e 257 MMHs. Em abril/2016,
partiu-se de uma taxa de desabastecimento de medicamentos de 36% e de 28% de MMHs.
Após implantação das reuniões de monitoramento, as taxas registradas de desabastecimento
em abril/2018 caíram para 21%, tanto para medicamentos quanto para MMH. Possíveis cau-
sas que influenciaram positivamente na evolução (diminuição) da taxa de desabastecimento:
manutenção das reuniões semanais, envolvimento intersetorial, detalhamento das etapas de
aquisição, redução do tempo dos processos licitatórios, definição do orçamento anual para a AF
e consequente melhor programação financeira, gestão dos fornecedores e maior controle nos
débitos junto a estes, notificações e aplicações de sanções jurídicas. Já as possíveis causas que
influenciaram negativamente na evolução da taxa de desabastecimento foram a crise orçamen-
tário-financeira, aumento generalizado no preço dos itens farmacêuticos, aumento no número
de pedidos de cancelamento de empenhos e de reequilíbrio financeiro por parte dos fornecedo-
res, elevado número de itens fracassados e desertos devido às cotas reservadas e exclusivas às
microempresas e empresas de pequeno porte. Conclusão: Vê-se o impacto positivo provocado
pelo monitoramento na melhoria dos processos de aquisição de medicamentos e materiais
médico-hospitalares. Além disso, a importância da articulação intersetorial e do planejamento
financeiro é inegável, possibilitando a definição conjunta de prioridades e mitigação das causas
que estão dentro da governabilidade da gestão.

14 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.14


  P-13 Análise da incorporação de novos antivirais ao programa
de Hepatite C crônica de uma unidade de dispensação da
Cidade de Salvador BA no ano de 2017 
Débora Almeida de Jesus, Rose Meire Dourado Costa Fernandes, Maria Gleide Cunha Rodrigues,
Cintia Farias, Giovana Santana Queiroz, Mila Palma, Jane Meire Magalhães Carneiro 
FIMAE, SESAB/SAFTEC, MS, SESAB/DASF 

Introdução: A infecção crônica pelo vírus da Hepatite C (HCV) atinge aproximadamente 170
milhões de indivíduos no mundo (3% da população) e representa uma das maiores causas de
transplantes hepáticos no mundo. No Brasil, estima-se que existam entre 1,4 a 1,7 milhão de
portadores deste vírus. O tratamento visa a erradicação do vírus a fim de melhorar a expectativa
e a qualidade de vida do paciente, diminuir a transmissão do vírus e evitar a evolução mais grave
da doença. Em 2016, foi incorporado ao SUS, a partir da aprovação dos Protocolos Clínicos
e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), os novos medicamentos capazes de atuarem diretamente no
vírus, com vantagens significativas em relação ao tratamento com o alfapeguinterferona. Desta
forma, este trabalho tem por objetivo avaliar a eficácia do tratamento e  caracterizar o perfil
dos pacientes portadores de hepatite C crônica após tratamento com os antivirais Sofosbuvir,
Daclastavir, Simeprevir e Ribavirina, atendidos no ano de 2017 em uma unidade de dispensa-
ção de medicamentos do componente especializado da assistência farmacêutica na cidade de
Salvador- BA. Materiais e metodos:Foi feito um estudo retrospectivo e quantitativo a partir da
análise de prontuário e dos resultados de exames laboratoriais entregues pelos pacientes pós
fim de tratamento, atendidos por uma unidade de dispensação de medicamentos do compo-
nente especializado da atenção farmacêutica da cidade de Salvador- BA. Os dados coletados
foram compilados em planilhas do Excel e organizados na forma de gráficos e tabelas a partir
da determinação de frequência relativa e absoluta. Resultados: Do total de 198 pacientes que
entregaram os exames pós fim de tratamento, 185 (93,5%) apresentaram-se com carga viral
indetectável para o HCV, sendo estes em sua maioria, pacientes do sexo masculino, na faixa
etária entre 60-69 anos, que já haviam feito tratamento prévio com outros antivirais, porém
sem resposta. Tendo a maior parte destes, sido tratados segundo o esquema terapêutico So-
fosbuvir + Daclastavir + Ribavirina, tendo alguns referido o aparecimento de sintomas como
cefaleia, prurido, náusea e alteração do apetite durante o tratamento. Conclusão:O alto índice
de pacientes que obtiveram a resposta positiva ao tratamento proposto, nos permite sugerir que
a incorporação destes novos medicamentos ao programa de Hepatite C, constitui-se como uma
medida do Ministério da Saúde satisfatória e eficaz.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.15 15


  P-14 Análise das dispensações de antibióticos beta-lactâmicos em
uma drogaria do município de Recife/PE 
Elisangela Oliveira de Santana, José Orlando Sousa da Silva, Maurilucio Apolinário Filho, Josiane
Vieira Dos Santos, Danilo Pontes De Oliveira Barros, Aldo César Passilongo da Silva, Manuella
Alexandre Torres Santos, Karinna Moura Boaviagem 
UNINASSAU, Prefeitura Municipal do Ipojuca, UFPE, UNINASSAU, Faculdade Estácio De Sá

Introdução: A prescrição de antimicrobianos exerce papel fundamental no tratamento medica-


mentoso. Os antimicrobianos compõem uma das classes terapêuticas mais prescritas e dispen-
sadas pelas farmácias e drogarias. As doenças infeciosas causadas por bactérias representam
um grave problema de saúde pública. Seu uso contribui para uma significativa redução da
mortalidade provocada pelas doenças transmissíveis e infecciosas. Os antibióticos β-lactâmicos
dividem-se nas subclasses penicilinas, cefalosporinas, carbapenêmicos e mono β-lactâmicos.
A utilização inadequada desses fármacos tem implicações no aumento das taxas de resistência
microbiana acarretando o surgimento de microrganismos multirresistentes, gerando custos adi-
cionais aos serviços de saúde e aumentando a morbidade dos pacientes. Objetivo: O presente
estudo teve como objetivo analisar o perfil de dispensação de antibióticos β-lactâmicos em uma
drogaria no município do Recife. Metodologia: Tratou-se de um estudo descritivo com aborda-
gem quantitativa em uma drogaria localizada na cidade de Recife. Foram analisados relatórios
da comercialização dos antibióticos β-lactâmicos constantes no Anexo I da RDC 20/11, dis-
pensados na farmácia, no período julho a dezembro de 2016. Resultados: De um total de 590
antibióticos β-lactâmicos, 58,30% foram penicilinas e 41,69% cefalosporinas. Vale ressaltar
que a combinação de β-lactâmicos não é recomendada devido à possibilidade de ocorrência de
antagonismo pela clivagem do anel β-lactâmico.  Verificou-se através do presente estudo que o
medicamento mais consumido foi a cefalexina (37,79%), seguido de Amoxicilina (34,23 %) e
Amoxicilina + Clavulanato (23,38%). Analisando isoladamente, a subclasse terapêutica mais
utilizada, foi às penicilinas (58,30%), considerada uma subclasse bastante tolerada no con-
texto dos antimicrobianos. A segunda subclasse mais consumida foram as cefalosporinas com
41,69%, possivelmente, em decorrência de infecções do trato respiratório superior. Conclusão:
Portanto, o uso irracional de antimicrobianos dentre eles os β-lactâmicos, poderá acarretar
resistência bacteriana, superinfecção pela erradicação da flora normal, aumento do risco de
toxicidade e dos custos do tratamento, elevação do número de óbitos, além da possibilidade de
antagonismo quando combinados dois antimicrobianos que irão competir pelo mesmo sítio de
ação. Ressalta-se desta forma, a necessidade de ações multidisciplinares para o uso racional e
controle dos antimicrobianos, através da realização do seguimento farmacoterapêutico, perpas-
sando pela educação continuada, e análise da prescrição até a administração ao usuário, bem
como, análise e intervenção pelo profissional farmacêutico nas situações que indiquem proble-
mas relacionados ao medicamento.

16 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.16


  P-15 Análise de custo–minimização da troca entre medicamento
referência e biossimilar (infliximab): sustentabilidade na
relação tratamento vs. sistema de saúde suplementar
Yohanna Ramires, Bruna Mariana Tartari De Oliveira, Fernando Miguel de Sousa, Jolline Lind,
Joy Ganem Longhi, Jaime Luis Lopes Rocha
Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde, Unimed Curitiba

Introdução: Infliximab (IFX) é um anticorpo monoclonal, amplamente empregado no tratamento


de doenças autoimunes.  No entanto, seu elevado custo é um fator limitante de acesso à tera-
pia. Com o advento dos biossimilares (BSM), cópias autorizadas de medicamentos biológicos
referência, e seus custos reduzidos, esta realidade pode ser modificada. A partir da troca entre
um medicamento referência pelo seu BSM é esperada economia significativa, com a mesma
resposta clínica, contribuindo para uma relação sustentável entre o sistema de saúde e o acesso
ao tratamento. Objetivo: avaliar o impacto financeiro a partir de análise de custo-minimização,
das versões referência e biossimilar do IFX em uma operadora de plano de saúde com mais de
500.000 vidas em Curitiba, Paraná. Metodologia: estudo retrospectivo e descritivo, seguido
de análise de custo-minimização entre os beneficiários que fizeram uso de IFX, de 1 de janeiro
de 2016 a 31 de dezembro de 2017, através de dados secundários extraídos do sistema
informatizado da operadora. Avaliou-se possível permuta entre as drogas a fim de descrever a
economia da hipotética substituição. Estabeleceram-se como critérios de exclusão o pagamento
indevido da tecnologia, não pagamento e glosas justificadas. Após exclusão, calcularam-se
despesas individuais e totais do IFX através dos custos das apresentações. Custos diretos e
indiretos de materiais e profissionais envoltos no cuidado não foram incorporados ao cálculo.
As análises econômicas foram conduzidas através do software Excel®, versão 2007. Resul-
tados:  evidenciou-se que 185 pacientes, totalizando 1.441 liberações, fizeram uso de IFX
referência no período avaliado. Destas, 31 liberações foram excluídas devido aos critérios
devidamente estipulados. Por fim, 1.410 liberações foram incluídas no estudo. A análise de custo
identificou utilização de 5.354 frascos de IFX referência, por 13 especialidades, totalizando R$
22.937.911,30 de despesas, que incluem valores pagos pela tecnologia e taxas de infusão, e
média de R$ 16.268,02 (±R$ 4.257,91) por liberação e R$ 123.988,71 (±R$ 84.855,52) por
paciente. Quando aplicada a mudança hipotética, o custo ajustado passa a R$ 16.099.739,66,
média de R$ 11.418,26 (±R$ 2.975,37) e R$ 87.025,62 (±R$ 59.419,06) por liberação e
beneficiário, respectivamente. Perfazendo um valor diferencial de R$ 6.838.171,64 na suposta
economia de recursos. Conclusão: a análise econômica no tratamento com imunobiológicos
mostra-se extremamente relevante, pois contribui com o melhor uso da terapêutica de custo
elevado garantindo a sustentabilidade do sistema de saúde. Medicamentos BSM apresentam-se
como uma opção custo-minimizatória em comparação com o tratamento referência para saúde
suplementar.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.17 17


 P-16 Análise de prescrições com polifármacos para hipertensos e
o perfil epidemiológico de uma Unidade Básica de Saúde da
Família de Maceió
Dilcy Morgana Barros Maciel Cabral Davino, Sabrina Ambrósio Souza
UFAL

Introdução: As doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de mortalidade no


Brasil, um terço desses óbitos acometem adultos na faixa etária de 35 a 64 anos e a hipertensão
arterial sistêmica (HAS) faz parte desse quadro de morbimortalidade e com envelhecimento do
indivíduo há o aumento do consumo de medicamentos. A polifarmácia é definida como o uso de
cinco ou mais medicamentos e apesar de não ser um problema atual, aumentou de modo signi-
ficativo nos últimos anos. Os pacientes da Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) Dídimo
Otto Kummer, localizado no VI distrito sanitário da periferia da capital Maceió/AL, pertencem à
comunidade Carminha que é bastante carente, e observa-se condições precárias de saúde,se-
gurança, educação e lazer. Objetivo: Evidenciar a polifarmácia em prescrições para hipertensos,
relatando que pode existir a possibilidade de interferir na adesão do tratamento da hiperten-
são. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo transversal através de amostra de pacientes
com idades compreendidas entre 35 e 75 anos, em sua grande maioria, residentes da comunida-
de, de acordo com o sistema de registro da UBSF. Os dados foram coletados retrospectivamente
pela equipe PRO/PET Saúde, a partir de 118 prescrições médicas dos meses de janeiro a março
de 2014 e prontuários de acordo com as seguintes variáveis: diagnóstico, sexo, ingestão regular
de bebidas alcoólicas e tabagismo, renda, escolaridade, e opinião sobre a inclusão no território
de um aterro sanitário. Resultados: Da população de mais de 7,5 mil moradores da comunidade
Carminha, 228 foram diagnosticados com problemas hipertensivos, destes com 72,8% de mu-
lheres e 18,8% fazem tratamento para diabetes e hipertensão. A partir das 118 prescrições mé-
dicas analisadas no período de janeiro a março desse ano, constatou-se que 47 são consideradas
polifarmácia, e destas, 40 foram prescritas para pacientes do sexo feminino. Verificou-se que 26
são tratados com 5 medicamentos; 12 pacientes com 6; 6 pacientes com 7; e 3 pacientes com
8. Conclusão: A prescrição medicamentosa de diversas patologias concomitante ao tratamento
anti-hipertensivo, com maioria de pacientes idosos, necessita de uma avaliação terapêutica
mais rigorosa frente as possíveis interações medicamento-medicamento/medicamento-alimento
e fatores de riscos podem afetar consideravelmente a adesão ao tratamento dos hipertensos.

18 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.18


  P-17 Análise do perfil dos ofícios emitidos pelo Ministério
Público de Pernambuco à sesau envolvendo a assistência
farmacêutica nos anos de 2016 e 2017.
Maria Cecília de Lima Leal, Karinna Moura Boaviagem, Maurilucio Apolinario Filho, José Orlando
Sousa da Silva 
Secretaria de Saúde do Recife, UFPE, Prefeitura Municipal do Ipojuca

Introdução: A utilização da máquina do Poder Judiciário com enfoque no fornecimento pontual


de medicamentos é tema bastante polêmico que envolve, por um lado, o direito individual à
saúde e, por outro, o direito coletivo à organização dos serviços de saúde e definição das li-
nhas de cuidado e dos medicamentos essenciais acessíveis por toda a população. O Ministério
Público (MP) é uma instituição autônoma do Estado que não está subordinada aos Poderes
Legislativo, Executivo ou Judiciário. Seu papel é zelar pela ordem jurídica e fiscalizar a execução
das leis em diversas esferas. Neste contexto, a Secretaria de Saúde do Recife (SESAU), mais
especificamente a Assistência Farmacêutica municipal enquanto prestadora de serviço de saúde
é uma área que tem sido bastante pautada pelo MP de Pernambuco (M  P-PE). Tal situação tem
sido cada vez mais recorrente devido, principalmente, ao fenômeno da judicialização da saúde.
Objetivos: Analisar o perfil dos ofícios emitidos pelo M  P-PE à SESAU envolvendo a Assistência
Farmacêutica nos anos de 2016 e 2017. Métodos: Estudo descritivo, retrospectivo, de modali-
dade exploratória com abordagem quantitativa. Foram revisados todos os ofícios recebidos pela
AF em 2016 e 2017 e observados: o tipo de instrumento jurídico -  inquérito civil (IC), notícia
de fato (NF), procedimento preparatório (PP) ou procedimento administrativo (PA); categoria de
solicitações de acordo com o objeto – medicamentos, materiais médico-hospitalares (MMH), su-
plementos alimentares (SA) e outros (quando não há especificação do objeto, a demanda não é
de responsabilidade da AF ou usuário oriundo de outro município); caráter da ação -  individual
ou coletivo; número de itens pautados por ofício; e perfil do medicamento - componente básico
(CBAF), componente estratégico (CESAF) e componente especializado (CEAF). Os dados foram
organizados em planilha Excel. Resultados: Em 2016 a AF recebeu 43 ofícios. Destes, 65,12%
foram do tipo NF, 20,93% PP e 13,95% IC. Em relação ao tipo de ação, 69,76% dos ofícios
tiveram caráter individual enquanto 30,24% coletivo. Constaram em média 2,08 itens por ofí-
cio, sendo que em 49,53% dos ofícios houve solicitação de SA, em 37,21% de medicamentos
e em 23,25% de MMH; 18,6% dos ofícios foram categorizados como “outros”. Em relação ao
perfil dos medicamentos, 10 ofícios constavam itens que faziam parte do CBAF, 1 do CEAF e 1
do CESAF. Já em 2017, a AF recebeu 57 ofícios, um aumento de 32,55% em relação a 2016.
Destes, 62,07% eram NF, 36,21% PA e 1,72% foram do tipo IC; não houve ofício de PP. Em
relação ao caráter da ação, 82,76% dos ofícios tiveram caráter individual e 17,24% coletivo.
Constaram em média 2,17 itens por ofício, sendo a maioria dos ofícios solicitações de medica-
mentos (72,4%), seguido de SA (24,18%) e MMH (22,41%). Apenas um ofício foi categorizado
como “outros”. Em relação aos medicamentos, 33 ofícios constavam itens do CBAF, 4 do CEAF.
Conclusão: Percebe-se aumento significativo de ações, sendo estas majoritariamente individuais
e do tipo NF e a AF como referência para solicitação de suplementos alimentares. Ressalta-se
a importância da construção de uma relação de diálogo e parceria entre o M  P-PE e a SESAU
diante do fenômeno da judicialização da saúde.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.19 19


  P-18 Análise econômica do custo da utilização de stents
periféricos em uma operadora de plano de saúde de grande
porte
Yohanna Ramires, Fernando Miguel de Sousa, Jolline Lind, Bruna Mariana Tartari de Oliveira,
Priscila Del Pilar Arriagada Gajardo, Jaime Luis Lopes Rocha
Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde, Unimed Curitiba

Introdução: A Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) é uma manifestação da aterosclerose


sistêmica que acomete cerca de 10 a 25% da população acima de 55 anos, aumentando com
o avançar da idade. Sabe-se, também, que cerca de 70 a 80% dos pacientes com a doença são
assintomáticos. Em pacientes sintomáticos, o tratamento é direcionado ao alívio das manifesta-
ções clínicas e adoção de medidas preventivas das complicações cardiovasculares secundárias
(exercícios físicos e hábitos saudáveis). Já para pacientes não responsivos ao tratamento com
exercícios e/ou medicamentos, a terapia endovascular com endoprótese (stent) pode ser indica-
da. O mercado nacional possui uma gama de marca de stentsautoexpansíveis periféricos dispo-
níveis e registrados junto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), indicados para
utilização vascular periférica após falha da angioplastia transluminal percutânea. As utilizações
destas tecnologias implicam em um elevado impacto orçamentário para as operadoras de pla-
nos de saúde, desta forma, se faz necessário uma análise do perfil de pacientes que utilizaram
as tecnologias supracitadas e os custos com as mesmas, a fim de garantir a melhor alocação
dos recursos disponíveis. Objetivos: Analisar economicamente os custos da utilização dos sten-
ts periféricos em uma operadora de plano de saúde com mais de 500.000 vidas. Métodos: Aná-
lise retrospectiva, descritiva e quantitativa dos custos com quatro marcas de stents periféricos
(Astron®, Fluency Bard®, Sioxx®, e Supera®) cadastrados em uma operadora de plano de saúde,
no período de Janeiro de 2015 a Maio de 2018, através de dados secundários extraídos do
sistema informatizado da operadora. As análises econômicas foram conduzidas através do sof-
tware Excel®, versão 2007. Resultados:Foram incluídos na análise 56 pacientes submetidos
a esse tipo de implante, os quais utilizaram um total de 79 stents. Esses estão divididos da
seguinte forma quanto ao tipo de stent utilizado e ao custo médio unitário da OPME: Astron® (8
pacientes – R$ 3.800,00), Fluency® (10 pacientes – R$ 8.000,00), Sioxx® (8 pacientes – R$
7.990,00) e Supera® (30 pacientes – R$ 8.346,67). A quantidade de stents por paciente
variou de uma a cinco unidades, sendo que a utilização média do stent Supera® foi de dois por
paciente, enquanto dos demais stents foi de um por paciente. O valor total médio por internação
(incluindo materiais, medicamentos, taxas, exames, honorários e demais eventos) foi de: R$
24.092,73 para o Astron®, R$ 23.535,40 para o Fluency®, R$ 20.735,26 para o Sioxx®, R$
33.689,02 para o Supera® e média global de R$ 25.513,10. Conclusão: Pode-se afirmar que
o stent Supera® foi o tipo que apresentou maior variação com relação à média global, perfazendo
um valor diferencial a mais de R$ 8.175,92 em relação às demais marcas avaliadas e maior
quantidade de stents por paciente.

20 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.20


  P-19 Atuação do farmacêutico clínico em um serviço de
hemodiálise de um hospital universitário 
Jordan Carlos Silva de Medeiros, Regina Meira Lima de Souza, Laís Silva de Vasconcelos, Érika
Michelle do Nascimento Facundes Barbosa, Carolina Barbosa Brito da Matta, Eliane Leite de
Sousa Magalhães, Jose de Arimatea Rocha Filho 
Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC/UFPE) 

Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) é considerada atualmente um dos maiores


problemas de saúde pública em todo o mundo. A mesma é decorrente de vários processos
patológicos que levam a alterações das funções renais. Dessa maneira, a diminuição progressiva
da taxa de filtração glomerular ou perda das funções renais comprometem toda a homeostase
do organismo. A DRC é progressiva e de elevada morbimortalidade e, em sua fase avançada,
necessita de tratamento de substituição da função renal, sendo a hemodiálise (HD) a mais
frequente a nível mundial. Pacientes em HD muitas vezes necessitam de um grande número de
medicamentos e a inclusão do farmacêutico na equipe multidisciplinar é de grande importância
para o acompanhamento farmacoterapêutico e orientação correta em relação ao uso racional
de medicamento. OBJETIVO: Analisar a implementação das atividades do Farmacêutico Clínico
no serviço de Hemodiálise de um Hospital Universitário, visando melhorar a qualidade do tra-
tamento farmacológico do paciente. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo transversal,
realizado no mês de junho de 2018 no serviço de Hemodiálise do Hospital das Clínicas da
Universidade Federal de Pernambuco (HC/UFPE), a cada paciente envolvido durante os horários
das sessões de hemodiálise. As Atividades Farmacêuticas Clínicas (AFC) realizadas na rotina
foram: anamnese farmacêutica, conciliação medicamentosa, análise da prescrição, intervenção
farmacêutica, visita diária, evolução no prontuário e orientação farmacêutica ao paciente. Os
dados foram registrados em banco de dados eletrônico da instituição. As AFC executadas foram
quantificadas e submetidas à análise estatística descritiva. Resultados: Foram atendidos 23
pacientes renais crônicos do serviço de hemodiálise do HC/UFPE dos quais 69,56% eram
femininos. Identificadas 310 atividades farmacêuticas clínicas, tendo uma média de 10,1 AFC/
dia e 13,47 AFC/paciente/mês. Dentre essas atividades, as mais prevalentes foram aquelas
relacionadas à: visita diária (n= 138; 44,51%); orientações farmacêuticas (n=50; 16,12%)
e evolução no prontuário (n=46; 14,83%). Seguidas de: anamnese farmacêutica, conciliação
medicamentosa, análise da prescrição com (n=23; 7,41%) cada e intervenção farmacêutica
(n=07; 2,25%). Conclusão: Os resultados apresentados demonstram a atuação do farmacêutico
clínico na equipe multiprofissional contribuindo para a promoção da segurança ao paciente
dialítico. Servindo como barreira na prevenção de eventos adversos, garantindo a adesão dos
pacientes ao tratamento, propondo intervenções e fornecendo informações sobre sua terapêutica
farmacológica.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.21 21


 P-20 Atuação do Ministério da Saúde nas políticas de
medicamentos e de assistência farmacêutica, no período
2015-2016 
Débora Almeida de Jesus, Patricia Sodré, Ediná Costa 
UNEB, UFBA 

Introdução: A atuação do Ministério da Saúde frente as políticas de medicamentos e de as-


sistência farmacêutica se deu a partir do reconhecimento do direito à saúde como humano e
universal, com a implementação de ações que são garantidas mediante um conjunto de políticas
farmacêuticas. Entretanto, existem lacunas sobre as características e a compreensão do proces-
so de implementação de tais políticas. OBJETIVO: Identificar e discutir a atuação do Ministério
da Saúde brasileiro nas políticas de medicamentos e de assistência farmacêutica, no período
2015-2016, na perspectiva do direito à saúde. Metodologia: Foi realizado um estudo docu-
mental, exploratório a partir dos descritores “medicamentos” e “assistência farmacêutica” de
notícias compiladas, dos sites do Ministério da Saúde (MS), que posteriormente foram divididas
em 3 macro categorias temáticas. E então, de acordo a frequência na repetição de nomes que
apareciam nos seus títulos/sínteses foi feita uma subcategorização, onde foram agrupadas em
função do conteúdo. A partir da frequência e relevância dos temas e conteúdos esquematizados
se estabeleceu quais se configuraram como fatos políticos. Resultados: O acúmulo de notícias
em análise paralela com a conjuntura do Brasil nos anos de 2015 e 2016, marcados pela ins-
tabilidade política e crise econômica nos traz evidências de um período de cortes orçamentais
na saúde. Cortes estes, que por sua vez refletiram em impactos no acesso a medicamentos,
no sentido de ter contribuído para o desabastecimento de alguns grupos de medicamentos.
Este cenário financeiro também acabou por refletir na necessidade de buscar estratégias para
a redução de custos. Neste contexto, observamos novas formas de negociação na aquisição de
medicamentos, sobretudo aqueles de alto custo, e o estabelecimento de acordos para a redução
de custos com a judicialização. Conclusão: A análise das notícias tornou possível a construção
dos fatos políticos, que refletem a conjuntura política, econômica e social no Brasil atual, com
grandes evidências de retrocesso na saúde. Percebe-se, por parte do executivo, a tendência a
restrição e cortes no orçamento que refletem dentre outras coisas no retrocesso de políticas de
assistência farmacêutica que vinham com a ampliação de acesso.

22 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.22


 P-21 Avaliação da qualidade metodológica dos estudos sobre
judicialização de medicamentos 
Pollyanna Farias Castro Pereira de Lyra, Patrícia Melo Aguiar, Bárbara Manuella Cardoso Sodré
Alves, Genival Araújo Santos Jr, Letícia Santos Prates, Divaldo Pereira de Lyra Jr, Lucindo José
Quintans Jr 
Universidade Federal de Sergipe, Universidade de São Paulo, Ministério da Saúde, Centro
Universitário Ages 

Introdução:  Nas últimas décadas, após a homologação da Constituição Federal em 1988, o


Poder Judiciário passou a exercer um papel diferente na garantia de direitos individuais, me-
lhorando o acesso aos medicamentos e elevando os custos em saúde. Os usuários passaram a
buscar o Poder Judiciário a fim de garantir seus direitos individuais. Todavia, o perfil das ações,
geralmente, desconsidera os critérios técnicos utilizados para garantir o acesso da população a
produtos seguros, efetivos e ao menor custo possível. Apesar da relevância, há poucos estudos
que abordam este tema com a qualidade metodológica necessária. OBJETIVOS: Avaliar a quali-
dade metodológica dos estudos sobre judicialização de medicamentos. MÉTODOS: Foi realizada
uma revisão sistemática da literatura, nas principais bases de dados até março de 2018. Foram
utilizados como critérios de inclusão os estudos que envolvem a judicialização de medicamentos
e que mostram a influência da judicialização em serviços/ gestão da assistência farmacêutica,
escritos em inglês, português e espanhol. A qualidade da investigação metodológica dos estu-
dos analisados foi avaliada de acordo com as recomendações STROBE. Resultados: A partir
da combinação de palavras-chave, 238 títulos foram considerados potencialmente relevantes.
Após a leitura dos títulos, resumos e avaliação do texto completo dos artigos, apenas 38 destes
atenderam aos critérios de inclusão. A média geral do STROBE sugeriu que os estudos têm baixa
qualidade metodológica. A maioria dos estudos foi publicado no Brasil em revistas de diversas
áreas de conhecimento e diversos estudos não descreveram adequadamente os resultados.
Nenhum dos estudos analisados mencionou os objetivos específicos e hipóteses pré-existentes,
assim como foi observada alta heterogeneidade dos estudos com maior variação no tamanho
da amostra e a ausência de cálculos amostrais. Os conceitos não são uniformizados e os temas
abordados variados, abrangendo desde aspectos causais do fenômeno até as consequências so-
bre o Sistema Único de Saúde. Todavia, apenas 23% estudos discutiram o impacto econômico
da judicialização.  As pesquisas sobre judicialização ainda estão em nível exploratório, com a
maioria apresentando delineamento transversal. Além disso, sete estudos não relacionaram o
delineamento do estudo e 17 artigos explicitaram quais são suas limitações e possibilidades me-
todológicas de melhora. Conclusão: Esta revisão mostra que a maioria dos estudos analisados
mostra baixa qualidade metodológica, falta de padronização das terminologias e variedade de
objetos de estudo, não gerando evidências que confirmam o impacto da judicialização no país.
Portanto, o investimento em estudos sobre a Judicialização de Medicamentos, com maior rigor
metodológico, pode proporcionar o embasamento científico necessário para garantir o direito à
saúde da população e racionalizar os gastos públicos com assistência farmacêutica.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.23 23


 P-22 Avaliação das relações municipais de medicamentos de uma
região de saúde do interior de São Paulo 
Valeria da Cruz Oliveira de Castro, Natália Moriali, Rubia Caldato 
Centro Universitário de Votuporanga 

A assistência farmacêutica é uma das atividades prioritárias da assistência à saúde, compreen-


dendo um conjunto de ações demandadas para a comunidade exigindo a elaboração de planos,
programas e atividades específicas.O desafio da Assistência Farmacêutica é melhorar o acesso
da população aos medicamentos, garantir a qualidade, segurança e sua eficácia, promovendo
seu uso racional. A Relação de Nacional de Medicamentos contempla os medicamentos vol-
tados para o tratamento das principais patologias e agravos prevalentes nos municípios, sen-
do atualizada periodicamente. Muitos medicamentos prescritos pelo Ambulatórios Regional de
Saúde (AME) instituído na região de Saúde estudada, não são encontrados nas Relações Muni-
cipais gerando muitas vezes ações judiciais. A judicialização da saúde é um fenômeno que pode
prejudicar a execução de políticas de saúde no âmbito do SUS, uma vez que o cumprimento
de determinações judiciais para fornecimento de medicamentos, insumos e serviços de saúde
acarreta gastos elevados e não programados. Diante disso, a dificuldade no acesso aos medica-
mentos prejudica o tratamento do paciente além de que a consulta especializada e os exames
solicitados são muitas vezes perdidos. Muitos municípios ainda adquirem os medicamentos por
meio de Farmácias privadas dispensando licitações e pagando preços mais caros do produto. O
objetivo deste trabalho foi avaliar as REMUMES com o intuito de iniciar uma discussão e elabo-
rar uma Relação de Medicamentos para uma região de Saúde do interior de São Paulo composta
por 17 municípios, a fim de diminuir a judicialização e melhorar os processos de aquisições.
Além da revisão bibliográfica foram analisadas as REMUMES de 17 municípios pertencentes a
esta região de Saúde, analisando também as REMUMEs de dois municípios de grande e médio
porte que possuem Comissão de Farmácia Terapêutica para dar subsídios a proposta De acordo
com os responsáveis pela Assistência Farmacêutica apenas 5% dos municípios possui Comissão
de Farmácia e Terapêutica (CFT) formalmente constituída. Verificou-se que a maioria dos medi-
camentos sugeridos pela CFT do Ambulatório Regional de Especialidades e que são importantes
para os tratamentos, não se encontram presentes e não tem um substituto nas REMUMES ana-
lisadas. Os medicamentos referentes à neurologia infantil, pneumologia infantil e dermatologia
não estão contemplados em nenhuma REMUME. Conclui-se, que os objetivos deste trabalho
foram atingidos, pois, foi possível identificar os medicamentos necessários e iniciar  uma dis-
cussão para elaborar junto com os municípios a Relação de Medicamentos Regional  que servirá 
como um documento norteador para a organização do processo de compras, otimizando os re-
cursos, racionalizando o quantitativo de compras e prestando  maior atendimento à população.
 

24 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.24


 P-23 Avaliação de indicadores de qualidade da assistência
farmacêutica numa unidade de dispensação de
medicamentos do componente especializado 
Viviana Freitas do Espírito Santo, Juliete Santos Severino, Herculana Neta Gosmes de Oliveira
dos Santos, Mila Palma Pacheco, Cristiane Maria Sousa Correia, Rosimeire Dourado Costa
Fernandes, Maria Gleide Cunha Rodrigues 
Universidade do Estado da Bahia, Farmácia Integrada do Medicamento da Atenção Especializada 

Introdução: A avaliação da assistência farmacêutica através do uso de indicadores é uma


importante ferramenta de apoio para a gestão, definindo a qualidade dos serviços prestados
por unidades de dispensação de medicamentos, ao tempo em que norteia intervenções para
a melhoria contínua dos mesmos. Objetivo: Analisar indicadores de qualidade da assistência
farmacêutica relacionados com o grau de satisfação dos usuários. Metodologia: Trata-se de um
estudo observacional quantitativo de caráter prospectivo, descritivo e longitudinal, realizado
numa farmácia de dispensação de medicamentos do componente especializado da assistência
farmacêutica do município de Salvador, Bahia. Utilizou-se a técnica de amostragem por
conveniência, sendo os dados coletados de maio a junho de 2018, tendo como público-alvo
os usuários do serviço. Um questionário semi-estruturado foi usado, sendo o mesmo preenchi-
do pelos usuários sob orientação dos pesquisadores. Indicadores de processo e de estrutura
foram selecionados para análise. Resultados e discussão: No total 84 questionários foram
respondidos, sendo que 63 (75%) entrevistados eram o paciente, enquanto 21 (25%) eram
representantes, sendo assim obtivemos a visão majoritariamente do próprio paciente com
relação aos indicadores de qualidade. As variáveis como: atendimento, cordialidade, empatia,
agilidade tiveram classificação como “ótima” ou “boa” por mais da metade dos respondentes.
O quesito “atendimento por telefone” foi classificado por 49 entrevistados (58%) como “regular
a ruim”, indicando necessidade de investimento no acesso a informações por meio de telefone,
sem que haja deslocamento desnecessário pelo usuário. Dos 84 entrevistados que responderam
o tempo de espera, 80 (95%) relataram uma variação entre 30 minutos e 1 hora de espera.
Observamos também que a maioria dos pacientes estavam agendados para o início do mês,
ocasionando uma maior demanda nesse período, portanto, sugerimos organizar a agenda
para que sejam distribuídos uniformemente ao longo do mês, gerando maior conforto para
o atendimento dos usuários. Quanto ao atendimento por farmacêuticos, 63 pessoas (75%)
disseram que já foram atendidos em algum momento, 7 (8%) disseram que não e 14 (17%)
não souberam responder. Esses dados refletem a presença do farmacêutico no serviço e o
reconhecimento deste profissional. Conclusão: A análise de indicadores mostrou-se valiosa para
identificar necessidades e priorização das intervenções a ser implementadas com objetivo de
qualificar os serviços prestados por uma unidade de dispensação.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.25 25


 P-24 Avaliação do efeito dos cuidados farmacêuticos em um
grupo de pacientes com Hepatite C 
Marcos Cardoso Rios, Pollyanna Farias Castro Pereira de Lyra, Barbara Manuella Cardoso Sodré
Alves, Letícia Santos Prates, Alex Vianey Callado Franca, Lucindo José Quintans Jr, Divaldo
Pereira de Lyra Jr 
Faculdade Sergipana, Universidade Federal de Sergipe, Ministério Da Saúde 

Introdução: No Brasil, cerca de três milhões de pessoas tem sorologia positiva para Hepatite C.
Recentemente, novas terapias têm proporcionado maior efetividade, segurança e conveniência
no tratamento de pacientes com hepatite C. Contudo, poucos estudos comparam as diferenças
entre as farmacoterapias a partir dos benefícios dos cuidados farmacêuticos. OBJETIVO: Ava-
liar os cuidados farmacêuticos em um grupo de pacientes com hepatite C. MÉTODOS: Foram
analisados 219 prontuários médicos e farmacêuticos de pacientes atendidos em um centro de
referência do Estado de Sergipe, de 2000-2015. A identificação dos problemas relacionados
aos medicamentos foi realizada por meio do método Pharmacist´s Workup of Drug Therapy,
sendo classificados em sete tipos e agrupados em quatro categorias (necessidade, efetividade,
segurança e adesão).  Os esquemas terapêuticos utilizados por pacientes em tratamento da
hepatite C no Estado de Sergipe empregaram Interferon Pegilado + Ribavirina e Interferon Pe-
gilado + Ribavirina + Inibidores de Protease (Boceprevir e/ou Telaprevir). Resultados: Ao longo
do estudo foi observado o uso de 93 fármacos diferentes, sendo 1,47 a média por paciente.
Os pacientes que utilizaram a terapia mais recente apresentaram maior chance de cura (70%)
que os usuários da terapia habitual.  Os fármacos mais utilizados foram paracetamol (17,7%)
e loratadina (6,3%) quando houve necessidade de tratamento adicional. A terapia adicional
foi requerida em 62,4% dos tratamentos realizados. Quanto à segurança, a média de efeitos
colaterais foi de 6,7/paciente (intervalo foi de 0 a 29 sintomas clínicos), resultando em altera-
ções de doses e interrupção da farmacoterapia (n=82). Após as intervenções farmacêuticas,
21 (9,6%) dos pacientes que apresentaram efeitos colaterais tiveram o tratamento suspenso
permanentemente. A análise dos prontuários permitiu ao farmacêutico identificar que dos pa-
cientes que tiveram o tratamento suspenso definitivamente, apenas 12 tiveram recomendação
clínica. A terapia assistida em pólo aplicador pode ter sido o motivo do alto grau de adesão ao
tratamento observada neste estudo. Embora mais efetivo, o tratamento atual é considerado
complexo, apresentando variabilidade nos resultados dos pacientes tratados com farmacotera-
pias de outras gerações. Assim, o farmacêutico precisou dar maior atenção aos casos em que
houve mudança de formas farmacêuticas e vias de administração, aumentando a segurança
dos pacientes. Conclusão:  Os dados obtidos sugerem que os cuidados farmacêuticos podem
contribuir para a identificação de problemas relacionados aos medicamentos e a realização de
intervenções que melhoram a segurança de pacientes com hepatite C, principalmente quando
usam terapias adicionais.

26 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.26


 P-25 Avaliação do programa remédio em casa de um município
do litoral sul pernambucano como garantia de adesão ao
tratamento farmacológico 
Maurilucio Apolinário Filho, José Orlando Sousa da Silva, João José de Oliveira Filho, Ray
Calazans Silva de Amorim, Inês Maria Silva Souza Leão, Josiane Vieira dos Santos, Karinna
Moura Boaviagem 
Prefeitura Municipal do Ipojuca, UFPE, FAINTVISA, UNINASSAU 

Introdução: O acesso a medicamentos no Brasil ainda é um problema, apesar das diversas


políticas para sua oferta gratuita. O desabastecimento ainda ocorre devido a problemas
complexos e multifatoriais. Um dos principais problemas relacionados à atenção aos pacientes
crônicos é a não adesão ao tratamento farmacológico, tendo como consequência o agravamento
do caso e o aumento dos gastos com atenção especializada. O programa Remédio em Casa
é uma ferramenta de dispensação farmacêutica que serve principalmente ao programa de
hipertensão e diabetes, por serem esses os agravos de maior razão de causa mortis. Além do
mais, contribuem consideravelmente com a adesão ao tratamento, conforto e segurança, bem
como, o gerenciamento, o controle epidemiológico e a avaliação das políticas públicas de saúde.
Objetivo: O objetivo do estudo é contribuir para uma maior adesão ao tratamento e um melhor
controle clínico. Metodologia: A presente pesquisa caracteriza-se como bibliográfica, descritiva,
e explicativa, no sentido em que foi realizada uma análise do Programa Remédio em casa de
um município do litoral sul pernambucano. Também utilizou dados secundários do Sistema
Nacional de Gestão de Assistência Farmacêutica (HÓRUS). Resultados: Buscando otimizar o
controle clínico e o acesso à medicamentos essenciais do Componente Básico da Assistência
Farmacêutica, o Programa Remédio em Casa mantém aproximadamente 340 usuários atualmente
cadastrados. Criado em março de 2015, tem o objetivo de organizar o atendimento à população
com hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemias e hipotireoidismo, acima de 60 anos
e/ou com dificuldades de acesso devido a difícil locomoção por algum agravo/comorbidade de
saúde, garantindo entrega domiciliar de medicamentos e assistência terapêutica integral. Outro
aspecto importante do Programa Remédio em Casa é o acompanhamento médico através da
obrigatoriedade de renovação do cadastro a cada seis meses. Estudos mostram que um dos
fatores importantes na adesão é o acesso ao medicamento e o acompanhamento da equipe
multiprofissional. O presente estudo observou que as falhas existentes, nas poucas ocasiões em
que ocorreu, foram decorrentes de faltas provisórias de alguns medicamentos, o difícil acesso
em alguns locais violentos, bem como, o difícil acesso aos usuários em períodos de chuvas.
No período de abril de 2015 a junho de 2018 o valor gasto com o programa, correspondeu
respectivamente a R$9.688,90 em 2015; R$ 16.274,01 em 2016; R$13.296,58 em 2017
e R$ 4.790,70 em 2018. Conclusão: Portanto, o programa permite que pacientes portadores
de doenças crônicas recebam em sua casa os medicamentos conforme necessidade. Outra
característica deste programa é a inclusão da participação do farmacêutico na seleção e
cadastro de pacientes para o programa, oferecendo assim, toda a comodidade e conforto aos
seus usuários que precisam tomar diariamente seus medicamentos considerados essenciais.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.27 27


 P-26 Avaliação do recebimento de medicamentos na unidade de
abastecimento farmacêutico do Hospital das Clínicas de
Pernambuco 
Patrícia Magalhães Xavier Silva, Ingrid De Araújo Campos, Jose De Arimatea Rocha Filho, Maria
Gabriela Irineu Carneiro, José Carlos Figueiredo Filho, Ana Paula Bagetti Ramos, Lilian Cunha
Cardoso 
Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Ciências
Farmacêutica da UFPE 

Introdução: O recebimento é uma das etapas mais importantes do armazenamento, pois


representa a fronteira de responsabilidade sobre a guarda do bem adquirido. Nesta etapa é
realizada a conferência da conformidade dos medicamentos entregues quanto às especificações,
quantidade e possíveis alterações no produto que possam comprometer a qualidade do
medicamento e a proteção do trabalhador. A adoção de normas e procedimentos administrativos
em todas as etapas do processo, acompanhada de adequados instrumentos (formulários
específicos), são imprescindíveis para orientar o controle dos medicamentos. A gestão de
não conformidades no recebimento de medicamentos é uma ferramenta para prevenção de
falhas, que quando não identificadas podem impactar diretamente na segurança do paciente ou
inviabilizar sua assistência. OBJETIVO: Identificar e avaliar não conformidades no recebimento
de medicamentos na Unidade de Abastecimento Farmacêutico do Hospital das Clínicas da Uni-
versidade Federal de Pernambuco, como base para estabelecer ações preventivas e/ou corretivas
neste processo. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo transversal, realizado no período
de fevereiro a julho de 2018 na Unidade de Abastecimento Farmacêutico do Hospital das
Clínicas de Pernambuco, utilizando como instrumento de coleta de informações o Formulário de
Avaliação do Recebimento de Medicamentos padronizado na instituição, utilizado na conferência
dos produtos com a nota fiscal e empenho. Os dados foram registrados em banco de dados
eletrônico, a partir do qual, as não conformidades foram quantificadas e submetidas à análise
estatística descritiva. Resultados: Foram analisados 524 itens recebidos dos quais 77 (14,7%)
apresentaram 1 ou mais não conformidades. As não conformidades tiveram a seguinte distri-
buição: valor total da nota (n=2; 2%), valor total do empenho (n=5; 5%), forma farmacêutica
(n=1; 1%), lote (n=12; 13%), validade (n=55; 57%), fabricante/marca(n=10; 10%), quan-
tidade (n=4; 4%), integridade das embalagens/produtos (n=2; 2%), temperatura (n=1;1%),
valor unitário da nota/empenho (n=5; 5%). A média de tempo da emissão do empenho à
entrega do produto foi de 25 dias, mediana de 18 dias, desvio padrão de 25 dias. Conclusão:
Ao analisar o processo de recebimento de medicamentos e os resultados obtidos nesse traba-
lho, foi possível observar que as principais não conformidades apresentadas foram referentes
a validade e lote (57% e 13%), o que pode gerar prejuízos na rastreabilidade do medicamento
quando não devidamente identificadas. Seguidos pela divergência do fabricante/marca (10%).
Ademais, a média de tempo da emissão do empenho ao fornecedor e a entrega do produto foi
dia 25 dias, enquanto o estabelecido nas atas de registro de preço da instituição é de 15 dias.
Alguns fatores contribuem para falhas no processo de recebimento: área física abaixo das espe-
cificações estabelecidas pela legislação, dificultando a conferência de notas fiscais com grande
número de volumes; falta de qualificação dos fornecedores de medicamentos da instituição e a
formalização de requisitos para as entregas, além da falta de monitoramento do desempenho
dos fornecedores.

28 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.28


 P-27 Caracterização genotípica de Staphylococcus aureus
resistentes a meticilina isolada de manipuladores de
alimentos em hospital no interior da Bahia 
Samile Rúbia Britto Sousa, Nara Jacqueline Souza dos Santos, Diamille Gomes da Silva, Gillean
Silva Bispo, Gisele da Silveira Lemos, Ana Paula de Oliveira Menezes 
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia 

Introdução:  As cepas de Staphylococcus  aureus resistente a meticilina (MRSA) apresentam


resistência a todos os antimicrobianos da classe dos betalactâmicos.  A resistência do MRSA
é controlada pelo gene mecA. Até 2011, haviam sido identificados oito tipos do SCCmec. Os
tipos I, II e III são associados a isolados hospitalares, e os tipos IV e V a estirpes da comuni-
dade. MRSA pode ainda apresentar resistência aos macrolídeos, mediada pelo gene erm (ery-
thromycin ribosome methylase). Objetivos:  Identificar a prevalência de S. Aureusresistentes a
meticilina isolados dos manipuladores de alimentos da cozinha de um hospital no interior da
Bahia. Métodos: Foi realizado um estudo corte transversal, entre junho e agosto de 2015, com
24 manipuladores de alimentos. As coletas foram realizadas nas mãos e nas fossas nasais dos
funcionários, utilizando swab estéril embebido com solução fisiológica 0,85%. A identificação
foi feita com meio ágar manitol, seletivo para S. aureus. Para confirmar o gênero foi utilizado o
teste de catalase, com peróxido de hidrogênio (20V), e para determinar a espécie, foi realizado
o teste de coagulase, com plasma de coelho. A detecção da resistência a meticilina foi realizada
utilizado discos de Oxacilina (1μg) e Cefoxitina (30μg) e a detecção de resistência induzida a
Clindamicina foi utilizado discos de Eritromicina (15μg) e Clindamicina (2 μg) pelo método
do D-teste. A técnica da Polymerase Chain Reaction (PCR)foi realizada para amplificação do
gene mecA. Para controle positivo foi utilizado uma cepa de infecção invasiva (mec tipo V) e para
controle negativo uma cepa de S. aureus ATCC 25923. O produto da PCR foi analisado através
da eletroforese em gel agarose 1,5%, corado com brometo de etídio. Resultados: Das 48 amos-
tras isoladas, 11 apresentaram colonização das fossas nasais por S. aureus e 5 apresentaram
colonização das mãos. Dos 11 que estavam colonizados nas fossas nasais, 4 também estavam
colonizados nas mãos. Nenhuma amostra demonstrou resistência a Oxacilina e Cefoxitina. Foi
possível observar que 4 das 16 (25%) amostras de S. aureus estavam carreando o gene SCC-
mec tipo I, visíveis em um padrão de banda. As respostas do questionário que foi aplicado antes
das coletas indicam maior prevalência do gene SCCmec tipo I entre o sexo masculino (67%) e
em indivíduos menores de 30 anos (50%). A técnica fenotípica D-teste, detectou o gene erm em
19% (3/4) das amostras de S. aureus isolados da secreção nasal. Foi identificado 4 indivíduos
colonizados por S. aureus carreando o gene mecA, sendo que 3/4 também carreavam o gene
erm. Conclusão: O Tipo I de SCCmec encontrado prevalentemente neste estudo é semelhantes
a resultados encontrados na literatura onde esse tipo é um dos mais frequentes em hospitais. No
entanto, pôde-se observar que a maioria das cepas carreavam mais de um tipo de mecanismo
de resistência, incluindo o tratamento mais atual, o que não foi identificado nos outros estudos.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.29 29


 P-28 Comissão interdisciplinar para avaliação de ações
judiciais: uma estratégia para intervenção no processo
de judicialização do sus e garantia do uso racional de
medicamentos 
Gessia Flauzino Kremer, Marcia Freitas de Andrade Derruci, Juliana de Almeida Machado,
Eduardo Tostes 
Farmácia de Medicamentos Especializados de Franca, Ministério Público do Estado de São
Paulo 

Introdução: A garantia do acesso a medicamentos é fundamental para a integralidade da


assistência à saúde no SUS, configurando-se desafio para os gestores frente à crescente demanda
judicial, pois se por um lado ocorre devido à busca por acesso adequado às necessidades
individuais de cada paciente diante do desenvolvimento organizativo e operacional ainda
insuficiente no SUS, por outro, compromete a qualidade do fornecimento e uso racional dos
medicamentos e a utilização eficiente dos recursos disponíveis. Objetivo: relatar o trabalho da
Comissão Interdisciplinar para Análises de Ações Judiciais, que foi criada em novembro/2016
com membros do Departamento Regional de Saúde (DRS) do Estado de São Paulo, Secretaria
Municipal de Saúde e da Defensoria Pública e do Ministério Público Estadual, para viabilizar a co-
municação entre judiciário e saúde pública municipal e estadual buscando reduzir e racionalizar
os processos judiciais. Método: Os membros da Comissão atuantes na Assistência Farmacêutica
municipal e estadual, mediante reuniões semanais, analisam e elaboram pareceres técnicos
referentes às solicitações de medicamentos provenientes da Defensoria Pública e dos juízes da
vara da fazenda pública e vara da infância e juventude da comarca de Franca os quais enviam
os processos movidos por advogados contratados pelos pacientes. Nesta análise é considerada
justificativa médica para o tratamento e a padronização de medicamentos, Protocolos Clínicos
e linhas de cuidado do SUS. Estes pareceres retornam à Defensoria como suporte para a
tomada de decisão quanto à propositura da ação e aos juízes para auxiliar quanto à apreciação
liminar da tutela de urgência e ao deferimento ou indeferimento da ação.  Resultados: Desde a
implantação da Comissão, observou-se a aproximação entre poder executivo e sistema de justiça,
resultando em esclarecimento do judiciário sobre o papel da assistência farmacêutica no SUS e
conscientização do executivo sobre as necessidades não atendidas dos usuários e deficiências do
sistema de saúde. Desta forma, conforme os dados do Índice paulista de judicialização, o índice
(para cada 10.000 habitantes) de demandas cadastradas no S-CODES em 2016 para o DRS -
Franca foi de 16,13 e em 2017 este índice caiu para 9,6, ou seja, uma diminuição de 40% nas
demandas judiciais de medicamentos. Conclusão: A atuação da Comissão proporcionou redução
significativa nos processos judiciais para solicitação de medicamentos, através da integração
entre os serviços de Assistência Farmacêutica (municipal e estadual) e instituições do Sistema
de Justiça. Portanto, iniciativas como esta são fundamentais para garantir a consolidação dos
princípios do SUS, assegurar a aplicação dos recursos públicos em saúde de maneira eficiente
e justa e promover o uso racional de medicamentos.

30 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.30


 P-29 Complicações da hipertensão arterial na gravidez e a
importância da farmacoterapia 
Manuella Alexandre Torres Santos, José Orlando Sousa da Silva, Aldo César Passilongo da
Silva, Josiane Vieira dos Santos, Inês Maria Silva Souza Leão, Maurilucio Apolinário Filho, Ray
Calazans Silva de Amorim, João José de Oliveira Filho 
Faculdade Estácio de Sá, Prefeitura Municipal do Ipojuca, UNINASSAU, UFPE, FAINTVISA 

Introdução: A gravidez é um estado natural, na qual conceber uma vida é a tentativa de não
apagar sua própria existência. No entanto, há algumas mulheres que possuem a probabilidade
de desencadear alterações fisiológicas neste período como a Hipertensão Arterial (HA). Exis-
tem quatro tipos de HA que causam complicações no período gestacional: a pré-eclâmpsia; a
eclampsia; a hipertensão arterial gestacional; e a pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão crôni-
ca. Algumas dessas complicações podem levar ao deslocamento placentário, o óbito, e riscos
para o feto como alterações do crescimento e nascimento de natimortos. Caso não se tenha uma
resposta satisfatória ao controle da HA através de tratamento não farmacológico, existem alguns
fármacos anti-hipertensivos utilizados para o tratamento em gestantes como a alfa-metildopa,
hidralazina, labetalol e o nifedipino.  Objetivo: Demonstrar através de revisão de literatura, as
complicações da hipertensão arterial e a importância de sua farmacoterapia. Metodologia: Tra-
tou-se de uma revisão bibliográfica através de buscas eletrônicas nos bancos de dados Scientific
Electronic Library Online (Scielo), Ministério da Saúde, Google Scholar, utilizando as palavras-
-chave referentes ao assunto: “hipertensão arterial”, “gravidez”, “farmacoterapia”, “eclampsia”,
“atenção farmacêutica” publicados entre 2013 a 2018. Resultados: Por ser uma doença crôni-
ca, não transmissível, de difícil adesão ao tratamento e com um alto grau de morbimortalidade,
a hipertensão arterial é considerada um grave problema de saúde pública. Os fatores de riscos
que podem estar relacionados na elevação da pressão arterial no período gestacional estão li-
gados a diversos fatores como, por exemplo, a situação socioeconômica, o histórico familiar e a
idade avançada. Há uma predominância da HA no sexo feminino, possivelmente interligado a
uma variedade de fatores como maior procura das mulheres nos serviços de saúde. No estado
do Alagoas foram registrados 39 óbitos maternos decorrentes a hipertensão no período gesta-
cional, registrados entre os anos de 2010 a 2015. É ainda, uma das complicações gestacionais
que tem um alto índice de morte materna. Conclusão: A falta de uma conduta adequada para o
tratamento da hipertensão arterial na gravidez pode aumentar o grau de complicações materno-
-fetal, desta forma é imprescindível que mulheres com gestação de alto risco, deem prioridade
ao seu tratamento, seguindo rigorosamente o horário que se devem tomar cada medicamento,
sob orientação médica, para que haja menos risco de mortalidade materno-fetal. Além do mais,
é de suma importância o acompanhamento multiprofissional do profissional farmacêutico, haja
vista, o farmacêutico possui a capacidade técnica de orientar sobre os riscos e benefícios dos
fármacos utilizados para o tratamento.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.31 31


 P-30 Conhecimento da população do interior da Bahia sobre
judicialização da saúde 
Camila Soares Galvão de Oliveira, Ana Carolaine Morais da Silva, Assucena Andrade Oliveira,
Cristiane De Carvalho Barreiro, Fabrícia Araújo Silva, Pierre Hipolito Jesus Da Cruz, Vania Rosa
Santos Araújo, Valeska Franco Ribeiro 
UNIME 

Introdução: A saúde é um direito fundamental do ser humano e tem sido pauta de debates
entre diversas esferas devido a constante transformação de avanços e retrocessos na área que
penalizam os direitos humanos. O desemprego, a baixa renda ou a falta de políticas públicas
faz com que a população busque amparo judicial para suprir as necessidades do que lhe é
de direito fundamental, na busca de garantir um tratamento digno, e que não haja falta de
medicamentos. Para a garantia dos medicamentos mais utilizados pela população, estabeleceu-
se uma relação nacional de medicamentos essenciais (RENAME), eleitos com base nas
necessidades da população para tratar as principais patologias que a acometem, sendo os
mais eficazes e seguros, para serem distribuídos gratuitamente, com o objetivo de direcionar
os prescritores e servir de agente nacionalizador das ações em saúde. Contudo, nem todos os
medicamentos conseguem suprir as necessidades de toda a população e suas patologias, tendo
a necessidade de escolha de outra terapia medicamentosa, o que aumenta a judicialização, esta
que é uma pratica utilizada quando o direito não é cumprido pelo Estado, tendo a necessidade
de acionar a via judicial para garantir aos cidadãos os seus direitos constitucionais sobre a
assistência. Objetivo: Apresentar o conhecimento dos moradores do município do interior da
Bahia a respeito do tema Judicialização da saúde e o acesso aos medicamentos distribuídos
gratuitamente do SUS.  Método: Estudo realizado por meio de um questionário estruturado
online, disponível nas redes sociais dos entrevistados, do período entre os dias 9 de maio a
30 de maio de 2018. A entrevista foi aprovada pelo comitê de Ética e pesquisa da instituição
e os entrevistados assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: Foram
obtidas 108 respostas, realizadas por meio de um formulário online de ambos os sexos. A partir
da pesquisa constata-se que 86 pessoas não possuem o cartão do SUS, 92 delas mostraram
não ter conhecimentos da REMUME e 63 não costumam fazer uso dos medicamentos gratuitos.
Mais de 50% das respostas evidenciaram que as pessoas não possuem conhecimento do que
é a judicialização da saúde e apenas 24 delas conhecem alguém que já ajuizaram uma ação
contra seu município. Dos 108 entrevistados nenhum nunca entrou com uma ação para garantir
o direito de algum medicamento. Dentre os entrevistados 53% relataram que já precisaram dos
medicamentos, porém os mesmos estavam em falta nos postos de saúde. Conclusão: Diante de
tais fatores, observa-se que o conhecimento populacional sobre judicialização medicamentosa
é deficiente e o entendimento sobre direitos básicos da saúde são escassos. Além disso, os
entrevistados já deixaram de ter acesso aos medicamentos de que precisam devido a falta
de medicamentos no município. Assim, o presente estudo demonstrou que a população local
desconhece seus direitos e não tem conhecimento sobre os medicamentos disponibilizados no
seu município. 

32 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.32


 P-31 Conhecimento de usuários da atenção básica sobre Diabetes
mellitus 
Lina Valéria dos Santos Souza, Luana da Cruz de Oliveira, Gizelly Braga Pires, Bruno Rodrigues
Alencar, Tatiane de Oliveira Silva Alencar 
Universidade Estadual de Feira de Santana 

Introdução: O Diabetes Mellitus representa um dos principais problemas de saúde que causa


incapacidade e mortalidade. O conhecimento a cerca dessa patologia é um aspeto fundamental
para um eficaz controle da doença, neste aspecto o indivíduo tem um papel ativo e colaborativo
no planejamento e implementação da prevenção e tratamento dessa doença, sendo fundamen-
tal para que possa tomar decisões conscientes tendo como objetivo comportamentos saudáveis.
Objetivo: Caracterizar o conhecimento de usuários da atenção básica sobre Diabetes Melli-
tus. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo-descritivo, realizado em maio de 2018
com 38 indivíduos cadastrados nas USF do bairro Campo Limpo em Feira de Santana – BA, ten-
do como instrumento de coleta de dados um questionário com nove perguntas objetivas acerca
do Diabetes Mellitus. Resultados: Apenas 68,42% dos participantes afirmaram que qualquer
pessoa pode desenvolver a doença; 31,57% informaram que o Diabetes Mellitus tipo 1 é mais
grave que o tipo 2; 55,27% afirmaram que comer doce causa diabetes; 10,53%¨desconhecem
as complicações que podem ser ocasionadas pelo não-controle da doença; 57,80% dos parti-
cipantes afirmaram que todos os medicamentos para diabetes devem ser utilizados antes das
refeições e 7,90% da população desconhecem a importância do paciente com Diabetes possuir
o seu próprio glicosímetro para o controle diário da glicemia. Em relação à terapia medicamento-
sa, 34,21% julgaram que todo paciente com Diabetes deve usar a insulina; 39,48% afirmaram
que a insulina é um medicamento que causa dependência e 57,89% dos indivíduos julgaram
que todos os tipos de insulina devem ser armazenados na porta da geladeira. Conclusão: Atra-
vés dos resultados apresentados, pôde-se perceber a necessidade de disseminar o tema, visto
que muitos participantes desconhecem informações importantes sobre o diabetes e tem sido
crescente o número de indivíduos acometidos pela doença. Assim, o conhecimento sobre a
mesma não se torna restrito e necessário apenas para as pessoas com diagnóstico de diabetes,
mas para toda a comunidade de modo promover a prevenção e os cuidados necessários para o
diabetes mellitus.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.33 33


  P-32 Cost Minimization Analysis (CMA) of XELOX versus
MFOLFOX6 in the treatment of colorectal cancer in a public
hospital in Brazil 
Marcia Regina Godoy, Sara Boscato, Isabela Heineck 
Furg, UFRGS 
Introduction: Cancer worldwide is a public health problem with a perspective of 20 million new
cases by 2025. Colorectal cancer (CRC) is ranked the third most incident tumor in the world
and the fourth in Brazil. Hence the economic impact of care for these patients is significant.
Objectives: The purpose of this paper was to evaluate the effectiveness and to conduct the
economic assessment of XELOX and mFOLFOX6, two chemeoterapic protocols used in adjuvant
and metastatic treatment of colorectal cancer, in a university hospital located at Rio Grande
do Sul. Methodology:  We conducted a systematic reviews using Pubmed, Science Direct and
Google Scholar databases to analysis randomized clinical trials (RCT), systematic reviews or
meta-analyses, comparing XELOX and FOLFOX in the adjuvant and/or palliative setting for CRC,
among January 1st, 1995 and December 31, 2015. We also analyzed the quality of studies
using the GRADE checklist. In cost analysis, we used the time-driven activity-based costing
(TDABC) and microcosting method to identify expenses with medicines, materials, laboratory
and imaging exams, outpatient and inpatient visits, human and administrative resources and
to determine the individual cost per patient. In this study, we analysed medical records of
the all patients (N:36) who began adjuvant or palliate treatment for CRC with one of the
treatment protocols in the years of 2013 and/or 2014 in the our hospital. The information
about direct medical costs were collected in the electronic medical record system. For the
direct non-medical costs we used the financial reports. Results: We identified five studies: one
RCT for adjuvant treatment and four meta-analyses, including three for metastatic and one for
adjuvant treatments. These studies showed the therapeutic equivalence between XELOX and
FOLFOX. The cost minimization analysis revealed an average cost for XELOX of R$ 8,407.13 for
adjuvant and R$ 6,946.47 for palliative treatment, for mFOLFOX6 costs were of R$ 9,925.98
and R$ 8,036.95, respectively. Sensitivity analysis maintained the dominance of XELOX.
Conclusion: From a hospital perspective, XELOX is the least costly alternative in the treatment
of CRC, however, further analyses with a higher number of patients and the inclusion of other
cost components are necessary in order to confirm this. Keywords: XELOX, FOLFOX, colorectal
cancer, cost minimization analysis, micro-costing.

34 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.34


 P-33 Cost Minimization Analysis (CMA) of XELOX versus
MFOLFOX6 in the treatment of colorectal cancer in an
universitary hospital in Brazil 
Sara Boscato, Marcia Regina Godoy, Isabela Heineck 
UFRGS, FURG 

Introduction: Cancer worldwide is a public health problem with a perspective of 20 million new


cases by 2025. Colorectal cancer (CRC) is ranked the third most incident tumor in the world
and the fourth in Brazil. Objectives: The purpose of this paper was to evaluate the effectiveness
and to conduct the economic assessment of XELOX and mFOLFOX6, two chemeoterapic pro-
tocols used in adjuvant and metastatic treatment of colorectal cancer in stage III and in the
palliative treatment of colorectal cancer stage IV, in a university hospital located at Rio Grande
do Sul. Methodology: We conducted a systematic reviews using Pubmed, Science Direct and
Google Scholar databases to analysis randomized clinical trials (RCT), systematic reviews or
meta-analyses, comparing XELOX and FOLFOX in the adjuvant and/or palliative setting for CRC,
among January 1st, 1995 and December 31, 2015. We also analyzed the quality of studies
using the GRADE checklist. In cost analysis, we used the time-driven activity-based costing and
microcosting method to  identify expenses with medicines, materials, laboratory and imaging
exams, outpatient and inpatient visits, human and administrative resources and to determine
the individual cost per patient. In this study, we analysed medical records of the all patients
(N:36) who began adjuvant or palliate treatment for CRC with one of the treatment protocols in
the years of 2013 and/or 2014 in the our hospital. The information about direct medical costs
were collected in the electronic medical record system. For the direct non-medical costs we
used the financial reports. Results: We identified five studies: one RCT for adjuvant treatment
and four meta-analyses, including three for metastatic and one for adjuvant treatments. These
studies showed the therapeutic equivalence between XELOX and FOLFOX. The cost minimization
analysis revealed an average cost for XELOX of R$ 8,407.13 for adjuvant and R$ 6,946.47 for
palliative treatment, for mFOLFOX6 costs were of R$ 9,925.98 and R$ 8,036.95, respectively.
Sensitivity analysis maintained the dominance of XELOX. The component that added the highest
cost to the XELOX protocol was the cost of materials and medications, accounting for 84-85%
of its cost, while for mFOLFOX6 the materials and medications accounted for 35-37%.  The
impact of each component on the treatments was similar to those demonstrated by other studies
that evidenced the medications as main determinant of the XELOX cost, and the expenditure
on personnel care for the preparation and administration as well as inpatient daily care as the
main factors determining the cost of  FOLFOX regimes. Conclusion: From a hospital perspective,
XELOX is the least costly alternative in the treatment of CRC, however, further analyses with a
higher number of patients and the inclusion of other cost components are necessary in order to
confirm this.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.35 35


 P-34 Criação de núcleo de estudos e pesquisa na gestão estadual
da Assistência Farmacêutica (AF) do Rio Grande do Sul/RS –
Relato de experiência 
Giliane Dorneles Guerin, Laura Minuzzi Kreutz, Ana Paula Rigo, Alexandre João Appio, Paula
Stoll, Gracieli Monteiro Pieczkoski, Gabriella Calvi Sampaio 
Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul 

Introdução: A articulação da pesquisa com os serviços de saúde é considerada um princípio


pedagógico para o desenvolvimento da capacidade de produzir conhecimento próprio,
assegurando assistência de qualidade ao pesquisando,  com rigor científico e fidedigno. Neste
sentido, a criação de um Núcleo de Estudos e Pesquisa da AF Estadual se deu como resultado da
implementação da Política Estadual de Pesquisa (PPSES) no Rio Grande do Sul, em consonância
com as metas estabelecidas no Plano Estadual de Saúde vigente, para aprimoramento da AF
no Estado do RS. Objetivos: Relatar a experiência de Criação de Núcleo de Estudos e Pesquisa
na Gestão Estadual da AF do RS e os resultados desta iniciativa. Método: Trata-se de um relato
de experiência de Criação do Núcleo de Estudos e Pesquisa em AF da Coordenação da Política
de AF do Estado do RS, instituído em Portaria SES/RS nº 463 de 2017, integrado por  nove
farmacêuticos e um sociólogo. O grupo tem caráter permanente e se reúne mensalmente para
planejamento, monitoramento, estruturação e orientação de demandas em pesquisas ou ex-
traordinariamente, conforme necessidade. Resultados: A criação do Núcleo possibilitou a cons-
trução de um fluxo de acolhimento e análise das demandas de pesquisas que requisitam dados
e informações da AF Estadual, por meio da criação de e-mail institucional, construção de
fluxograma de recebimento e avaliação de projetos de pesquisa, planilha de monitoramento/
acompanhamento dos projetos em parceria com a AF, elaboração de Termo de Responsabilidade
para cessão de dados no âmbito da Coordenação da Política de AF do RS. Entre Fevereiro de
2017 até Julho de 2018 foram avaliados 15 projetos que envolviam dados da AF Estadual. A
articulação entre os membros do Núcleo de Pesquisa tem, também, por objetivo, a identificação
de campos potenciais para desenvolvimento de pesquisas com o intuito de qualificar a Gestão
Estadual. Como resultado disso, construiu-se parcerias com Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, Universidade Federal de Pelotas e Universidade Federal de Ciências da Saúde, gerando
como produtos a aprovação de 2 projetos no Programa Pesquisa para o Sistema Único de Saúde
(PPSUS): 1)Avaliação da Organização da AF na Atenção Primária nos Municípios do Rio Grande
do Sul: Estrutura, Processo e Resultados; e 2) Avaliação da eficácia, segurança e custos asso-
ciados a medicamentos fornecidos por via administrativa ou judicial pela SES/RS. Conclusão:
A criação do Núcleo de Estudos e Pesquisa tem proporcionado espaços de discussão, reflexão
e análise dos processos de trabalho da Assistência Farmacêutica no Estado do RS, por meio
de pesquisas, o que permitiu a qualificação e integração do serviço de gestão estadual com
universidades e a identificação de lacunas que necessitam de respostas por meio da utilização
de um método científico e a proposição e desenvolvimento de ações baseadas nas melhores
evidências, qualificando a relação entre a necessidade social e a AF.

36 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.36


 P-35 Custeio de eventos adversos resultantes do tratamento de
pacientes com câncer de cabeça e pescoço recorrente ou
metastático que progrediram durante ou em até 6 meses
após tratamento à base de platina 
Giselle Vaz Costa, Ana Paula Casagrande Drozda Oliveira, Paola de Souza Marinheiro, Graziela
Dalla Rosa Bernardino 
Hospital Alberto Cavalcanti, Bristol-Myers Squibb 

Introdução: O câncer de cabeça e pescoço compreende um grupo heterogêneo de cânceres que


se desenvolvem na laringe, hipofaringe, cavidade oral (boca e língua), orofaringe, nasofaringe,
seios paranasais e nas glândulas salivares. Esses canceres normalmente começam nas células
escamosas e são normalmente denominados Carcinomas de Células Escamosas da Cabeça e
do Pescoço (CCECP). O uso do tabaco e o álcool são os dois fatores de risco mais importantes
para este tipo de tumor. No Brasil foram estimados cerca de 23.000 novos casos de câncer na
cavidade oral e laringe em 2016, segundo dados do INCA (Inca, 2016). Objetivos: O presente
estudo estima os custos do manejo de Eventos Adversos (EA) resultantes do tratamento de
CCECP recorrente ou metastático que progrediram durante ou em até 6 meses após tratamento
à base de platina nos sistemas de saúde público e privado do Brasil em pacientes do estudo
CheckMate 141, na perspectiva do pagador. Métodos: O estudo CheckMate 141 avaliou a efi-
cácia e a segurança de nivolumabe versus escolha do investigador (EI) (metotrexato, docetaxel
ou cetuximabe) em CCECP recorrente ou metastático em pacientes que progrediram durante ou
em 6 meses após tratamento à base de platina. Os EAs foram classificados em graus 1, 2, 3 e
4 de acordo com o National Institute of Common Terminology for Adverse Events (v 4.0). Foi
considerado que alguns recursos não seriam reembolsados pelo pagador, mas sim pelo próprio
paciente, como: antidiarreicos, laxativos, acetato de megestrol e suplementos dietéticos, por
este motive esses custos não foram incluídos na análise. Os custos dos recursos para manejo
dos EAs foram retirados das seguintes fontes de revistas especializadas, Classificação Brasilei-
ra Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), Pesquisa Nacional Unidas e SIGTAP.
Para comparação entre os dois grupos a razão dos custos de manejo dos EAs dos grupos EI e
nivolumabe foi calculada, considerando Sistemas de Saúde Público e Privado Brasileiro. Resul-
tados: O tratamento com nivolumabe foi associado a uma menor frequência de EAs graus 3 e
4, em comparação ao tratamento EI. Os custos do manejo de EAs dos pacientes tratados com
nivolumabe foram menores do que dos pacientes que foram tratados com os agentes da escolha
do investigador. No Sistema de saúde privado o custo foi 6 vezes maior para o grupo de escolha
do investigador, comparado ao grupo que recebeu nivolumabe. E no público, o custo foi 5 vezes
maior no grupo de escolha do investigador, comparado ao grupo de nivolumabe. Conclusão: A
menor frequência de EAs graus 3/4 no grupo de nivolumabe, combinado ao custo do manejo
desses eventos mostraram que o manejo de EAs nessa população é 5 a 6 vezes menos custoso
em comparação ao da população tratada com EI em ambos os sistemas público e privado de
saúde.  Os dados apresentados neste estudo podem informar os sistemas público e privado em
relação à gestão de saúde e tomada de decisão para melhor alocação de recursos.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.37 37


 P-36 Custo-efetividade da introdução precoce de antifúngicos em
pacientes de terapia intensiva de um hospital de emergência
e trauma: um estudo de modelagem econômica. 
Carolina Cintra de Queiroz Medeiros, Jamile Porto Almeida, Sóstenes Mistro, Stela Mares
Brasileiro Pessoa 
Universidade Federal da Bahia – Campus Anísio Teixeira 

Introdução: Durante anos o uso de antifúngicos tem contribuído significativamente para o au-
mento de despesas no ambiente hospitalar. Uma parcela importante desses gastos se deve
ao crescimento do número de pacientes imunossuprimidos que adquirem Infecções fúngicas
Invasivas (IFI’s) em Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s), com altas taxas de mortalidade.
Pacientes submetidos a grandes cirurgias, internados por um longo período em UTI ou com
severo comprometimento do sistema imunológico estão mais susceptíveis às infecções fúngicas,
causadas em sua maioria por espécies de Candida. Nesses casos, o início tardio da terapia an-
tifúngica, assim como a escolha inadequada do medicamento e da sua dose têm sido descritos
como preditores do aumento na mortalidade, do tempo de hospitalização e, consequentemente,
dos custos com o tratamento. Objetivo: O estudo tem como objetivo estimar as diferenças nos
custos dos tratamentos de acordo com o tempo de início da terapia antifúngica em pacientes
de uma UTI acometidos por IFI’s. Metodologia: Foi desenvolvido um modelo econômico para
avaliar o custo e a efetividade no momento de implementação dos antifúngicos em pacientes
internados na UTI, com dados do Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC) com uma
população de 572 pessoas. Para a produção da árvore de decisão foram definidos como os
comparadores do modelo econômico, os pacientes com dois, três e quatro fatores de risco para
o tratamento antifúngico. Foi calculada a razão custo-efetividade para cada estratégia, a análise
de Monte-Carlo para quantificar o nível de confiança dos resultados e o Benefício Monetário Lí-
quido (BML). Resultados: Foi identificado que a maior taxa de sucesso terapêutico e econômico
foi encontrada em pacientes que fizeram uso da terapia antifúngica com dois fatores de risco e
que receberam a Micafungina como tratamento de primeira escolha. Conclusão: A introdução
precoce da terapia antifúngica, baseada no menor número de fatores de risco para infeções
fúngicas e o uso da Micafungina como antifúngico de primeira escolha, apresentou-se como a
estratégia mais custo-efetiva. A dominância observada com a introdução do antifúngico quando
os pacientes apresentavam até dois fatores de risco, reduziu a mortalidade, o tempo de hospi-
talização e, consequentemente, o custo global do tratamento.

38 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.38


 P-37 Descarte de medicamentos na atenção básica de saúde em
Feira de Santana-BA: experiências da extensão universitária 
Lina Valéria dos Santos Souza, Iuri Gomes de Oliveira, Tatiane de Oliveira Silva Alencar, Bruno
Rodrigues Alencar, Gizelly Braga Pires 
Universidade Estadual de Feira de Santana 

Introdução:  A destinação final de resíduos de medicamentos é um tema relevante para a


saúde pública, pois as propriedades químicas destes resíduos podem oferecer riscos ao meio
ambiente e, consequentemente, à saúde humana. Falta conhecimento por parte da população
sobre a forma adequada de descarte e das consequências do descarte incorreto, e ainda, as
possibilidades para a destinação final correta dos medicamentos vencidos, avariados ou não
utilizados, tais como pontos de coleta e campanhas publicitárias que incentivem a prática, são
escassas. Objetivo: Relatar a experiência de atividades de educação em saúde sobre o descarte
adequado de medicamentos. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de um plano
de trabalho extensionista do Programa de Promoção do Uso Racional de Medicamentos na
Atenção Básica, realizado em uma Unidade de Saúde da Família (USF) em Feira de Santana-BA,
direcionado a equipe de saúde da família e aos usuários, no período de julho de 2017 a junho de
2018. Resultados: As pessoas acondicionam e descartam erroneamente os medicamentos (lixo
comum, vaso sanitário), não tendo assistência da USF, já que esta não recebe os medicamentos
vencidos ou avariados da comunidade. Diante da inexistência de um Plano de Gerenciamento
de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) local e municipal, a USF devolve os medicamentos
vencidos à Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF).  Diante de tal cenário, foi elaborado
e divulgado o material informativo sobre descarte adequado de medicamentos vencidos ou
não utilizados, em momentos de discussão como palestras e salas de espera. Estas tinham
como tema os perigos oferecidos pelo descarte incorreto e como evitar as sobras e perdas de
medicamentos nos domicílios. Houve também a confecção de um dispositivo físico para a
coleta de medicamentos descartados pelos usuários da USF. Realizou-se ainda, uma análise
da Relação Municipal de Medicamentos Essenciais da Atenção Básica, sobre a destinação
adequada de cada medicamento contido na mesma. Também foi divulgado, por meio de folder
e cartaz, confeccionados pelo programa, os sete pontos de coleta de medicamentos vencidos
ou avariados na cidade. Estes estão implantados em farmácias privadas, distribuídos em dois
bairros, no shopping center e no centro da cidade. Conclusão: Os usuários e a Equipe de
Saúde da Família da USF desconhecem a prática correta de descarte de medicamentos. Nessa
perspectiva, tornam-se relevantes a continuidade de ações efetivas para promoção do descarte
correto de medicamentos, cuja responsabilidade deve ser compartilhada, e que precisa ser
pauta não só no espaço político, mas também no espaço acadêmico e dos serviços de saúde,
visando à redução de danos ambientais e, consequentemente, a elevação da qualidade de vida
no planeta.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.39 39


  P-38 Desfechos clínicos da terapia antifúngica em pacientes
críticos de acordo com o timing para início do tratamento
baseado no número de fatores de risco para infecção por
fungos 
Jamile Porto Almeida, Stela Mares Brasileiro Pessoa, Carolina Cintra de Queiroz Medeiros,
Sóstenes Mistro 
Universidade Federal da Bahia-Campus Anísio Teixeira 

Introdução: As Infecções fúngicas representam um problema de saúde pois podem acarretar


tanto prejuízos pessoais ao paciente, quanto complicações clínicas que resultam em diversas
comorbidades, além de trazer prejuízos financeiros aos hospitais. Por isso, atentar aos vários
fatores de risco que potencialmente podem contribuir para o desenvolvimento dessas infecções
pode auxiliar na sua prevenção e, no caso de uma infecção já instalada, direcionar um diagnós-
tico precoce em tempo para iniciar o tratamento eficaz. Objetivo: Avaliar os desfechos clínicos
resultantes da introdução da terapia antifúngica conforme o número de fatores de risco que
cada paciente apresentava no momento da introdução. Métodos: Trata-se de uma coorte não
concorrente baseada em dados retrospectivos, realizada em um hospital público localizado no
interior da Bahia. Foram analisados pacientes internados na UTI de janeiro de 2014 a setembro
de 2015, e que fizeram uso de tratamento com antifúngico. A coleta de dados se deu por meio
de um questionário e as análises estatísticas foram realizadas através do programa SPSS versão
20.0.0. Resultados: Pacientes que apresentaram cinco fatores de risco tiveram 9,67 vezes
maior risco de ir a óbito e, à medida que o número de fatores de risco aumentava a taxa de
mortalidade também aumentou bem como o tempo de hospitalização. Conclusão: Quanto mais
fatores de risco os pacientes internados na UTI apresentaram no dia da introdução da terapia
antifúngica, maior foi a taxa de mortalidade e maior foi o tempo de hospitalização.

40 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.40


 P-39 Disparidades no tratamento do carcinoma de células renais
no sus: padrões de tratamento, uso de recursos e custos
relacionados ao tratamento 
Guilherme Silva Julian, Andre Izelli, Gabriela Castilho, Luciaenne Neusquen, André Ballalai
Ferraz 
IQVIA Brasil, Novartis Brasil 

Introdução: No Brasil, as disparidades entre os sistemas público e privado de saúde são


significativas. Especificamente no sistema público de saúde (SUS), existe uma importante
assimetria na disponibilidade de tratamentos em medicamentos oncológicos, com grande
variabilidade de acordo com o estado/instituição de tratamento. Desta forma, a avaliação das
disparidades entre o sistema público de saúde ainda não está bem definida. Além disso, apesar
dos piores desfechos de saúde relacionados a tratamentos menos eficazes, estes também podem
impactar no uso de recursos de saúde e custos. Objetivos: Descrever padrões de tratamento, uso
de recursos de saúde e custos associados ao tratamento de pacientes com carcinoma de células
renais avançado (CCRa) tratados no SUS e que tenham recebido pelo menos uma linha de tra-
tamento. Métodos: Extraímos dados de pacientes com CID-10 C64 registrados de 2014-2017
nos bancos de dados do DATASUS, em seguida realizamos um linkage das bases de dados
ambulatoriais e hospitalares. Os pacientes elegíveis tinham idade ≥18 anos, com diagnóstico
de CCRa. Pacientes com mais de uma malignidade e perfil de tratamento do tumor de Wilms
foram excluídos. Após a extração, todos os regimes de tratamento foram padronizados e os cus-
tos calculados de acordo com os valores da tabela SIGTAP. Após análise descritiva, foi calculado
um modelo de escore de propensão a partir de um modelo de regressão logística, utilizando
idade, sexo, raça, ano de diagnóstico, nefrectomia, radioterapia e estágio como covariáveis. O
modelo de pareamento por escore de propensão foi definido para definir grupos de comparação
equilibrados, devido à ausência de dados do tipo histológico no banco de dados comparamos os
grupos quanto ao uso de recursos e custos de pacientes tratados com interferon (IFN) e terapia
alvo (TT). Resultados: De 3.603 registros de pacientes de CCRa tratados selecionados, 1.917
eram elegíveis. Entre os pacientes incluídos, a maioria era do sexo masculino (66%), com
mediana de idade de 61 anos, diagnosticados no estágio IV (89,1%). Em relação aos padrões
de tratamento, 42,1% dos pacientes foram tratados em primeira linha com IFN, 17,1% com
pazopanibe e 11,1% com sunitinibe. Embora refratários à quimioterapia, 503 (26,2%) dos
pacientes com CCRa foram tratados apenas com quimioterápicos, e 18 das 203 instituições
avaliadas no estudo trataram a maioria dos pacientes (> 80%) apenas com quimioterapia. Os
pacientes tratados com TT utilizaram menos de recursos de saúde com custo ligeiramente redu-
zido por paciente / mês (IFN: R$ 985, [164,7-13,429,3] vs. TT: R$ 886,9 [81,6 - 15,052,9])
quando comparados a pacientes com IFN (p < 0,001). Conclusão: Os padrões de tratamento
do CCRa no SUS variam muito entre as instituições, com apenas 44,9% dos pacientes sendo
tratados com TT em primeira linha. O regime mais comum utilizado foi IFN, embora o consumo
de recursos tenha sido ligeiramente superior quando comparado com os TKIs.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.41 41


 P-40 Documentação técnico sanitária das farmácias e unidades
de dispensação de medicamentos na atenção básica das
regiões do Brasil. 
Marcelo Tavares Pereira 
UFBA 
Introdução: Para funcionar, as farmácias públicas devem cumprir, tal como as farmácias priva-
das, toda legislação pertinente aos medicamentos e produtos de saúde, devendo estar regulari-
zada perante o órgão de controle e uso do solo, a vigilância sanitária, o corpo de bombeiros e o
Conselho de Farmácia. Os medicamentos são concebidos para beneficiar a saúde das pessoas,
todavia também porta riscos, devendo, por conta de sua natureza, ser armazenado e dispensado
em ambientes que possibilitem preservar sua qualidade, segurança e eficácia. Tais exigências
são balizadas em códigos civis e sanitários e tem por finalidade controlar ou reduzir os riscos
de danos aos produtos, à saúde de pessoas e do ambiente.  Objetivos: Verificar a existência de
documentação técnica-sanitária mínima das farmácias das unidades de atenção primária das
Regiões do Brasil. Métodos: Estudo transversal, exploratório, de natureza avaliativa, onde se
identificou a existência de Licença de Localização e Funcionamento, Licença Sanitária (Alvará
visível e vigente), Licença do Corpo de Bombeiros e Certificado de Responsabilidade Técnica nas
farmácias/unidades de dispensação de medicamentos de serviços de atenção básica no SUS,
nas regiões do Brasil. Utilizou-se os dados da Pesquisa Nacional de Acesso e Uso Racional de
Medicamentos (PNAUM), coletados entre 2013 e 2014, uma amostra constituída por 1.175
farmácias/unidades de dispensação em 600 municípios do Brasil. Resultados: No geral,
os menores índices de existência dos documentos avaliados encontraram-se nas farmácias/
unidades de dispensação da região Nordeste. A Licença de Funcionamento e Localização foi
encontrada em 18,2% e a Licença Sanitária em 24,7% das farmácias da Região Nordeste.
Nesta mesma região, em 6,6% da amostra havia Licença do Corpo de Bombeiros e em 15,3%
de Certificado de Regularidade do Conselho Regional de Farmácia. Conclusão: O estudo revelou
que as farmácias públicas da atenção primária do SUS, de um modo geral, descumprem a legis-
lação, não estando regulares quanto aos documentos mínimos exigidos para o funcionamento.
O resultado do estudo preocupa, considerando que a inexistência dos documentos significa que
tais ambientes não passaram por vistoria técnica, havendo possivelmente desconhecimento e
descontrole sobre os riscos que podem estar sujeitos às pessoas, os produtos e o meio ambiente.

42 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.42


  P-41 Elaboração de um jogo de tabuleiro no âmbito acadêmico
como ferramenta interativa de ensino para estudantes de
farmácia 
Gabriel Silva Lima, Denisde Melo Soares 
Universidade Federal Da Bahia 

Introdução: Construir um conhecimento sólido para entrar no mercado de trabalho, em qualquer


área de atuação, é essencial para o futuro de qualquer profissional. Além disso, a base teórica
quando somada à experiência prática da área de atuação, facilita a inserção, assim como a
adaptação, do profissional no ambiente de trabalho. Dessa forma, a teoria alinhada à simula-
ção da prática do ambiente torna-se necessária e se aplicada efetivamente tende a se tornar
uma metodologia inovadora no meio acadêmico. Objetivos: Criar um jogo capaz de fornecer
dinâmicas, mesclando a teoria da farmacologia com situações vivenciadas nos ambientes de
saúde. Com o intuito de fortalecer e ampliar o conhecimento dos estudantes sobre a profissão,
ao fornecer conceitos de legislação e reforçar habilidades como comunicação e resolução de pro-
blemas relacionados ao medicamento, o jogo Farmacêuticos em ação foi elaborado. Métodos: O
estudo foi realizado na Universidade Federal da Bahia em Salvador e envolveu estudantes de
duas profissões de saúde (Farmácia, Medicina) e Farmacêuticos. Vale a pena mencionar que o
jogo foi aplicado em 7 sessões e 53 estudantes de farmácia (3º ao 10º semestre), 6 farmacêuti-
cos e 2 estudantes de medicina jogaram (n = 61). Resultados: Foi realizado um pré e pós-teste
de conhecimento específico com os jogadores (n = 61) e foi notado um aumento significante na
nota dos jogadores após participarem do jogo. A pontuação dos jogadores no pós-teste foi sig-
nificativamente maior do que a pontuação no pré-teste (72,5 %vs 55,5 %; p <.01). O teste foi
aplicado também para os alunos que já tinham cursado farmacologia e que não participaram
do jogo (n = 27) vs Pós-teste dos jogadores. Os resultados foram considerados animadores
(72,5 % vs 48 %; p <0,01). Conclusão: Esses resultados levantam a possibilidade de ser apli-
cado periodicamente, de modo que também seja possível avaliar o desempenho de acadêmicos
na disciplina de farmacologia antes e após as aplicações do jogo.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.43 43


  P-42 Estratégias de planejamento e gestão da assistência
farmacêutica: desafios evidenciados em reuniões da
comissão intergestores regional 
Lucas Gomes Amaral, Adriano Maia dos Santos, Jamille Amorim Carvalho 
UFBA, SESAB 
Apresentação/Introdução: A Assistência Farmacêutica engloba um conjunto de ações voltadas à
promoção, proteção e recuperação da saúde individual e coletiva. Sua inserção na Rede de Aten-
ção à Saúde é estratégica para o SUS para ampliação do acesso e uso racional de medicamentos
e qualificação do cuidado ofertado aos usuários. Tal pauta tem encontrado espaço na CIR, canal
permanente de negociação entre municípios e estado. Objetivos: Discutir as estratégias de pla-
nejamento e gestão da Assistência Farmacêutica na Região de Saúde de Vitória da Conquista-BA
e os desafios para a sua garantia nas Redes de Atenção à Saúde, evidenciados nas reuniões
da Comissão Intergestores Regional. Metodologia: Trata-se de pesquisa documental, descritiva,
realizada por meio do acervo de 60 atas da Comissão Intergestores Regional (CIR) de Vitória da
Conquista-BA, do período 2013-2017. As atas foram produzidas pela Secretaria Executiva da
CIR e obtidas no sítio do Observatório Baiano de Regionalização, disponível para o público em
geral. Foi utilizado instrumento de cadastramento das atas, visando coletar informações-chave
sobre as discussões acerca da Assistência Farmacêutica (AF) realizadas nas reuniões da CIR,
tendo como complemento a observação não-participante, com diário de campo. A pesquisa foi
aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do IMS/CAT/UFBA, sob Parecer nº 624.168, em
24/04/2014. Resultados: A análise revelou a ocorrência de um histórico desabastecimento do
Componente Básico da AF nos municípios, relacionado à irregularidade de fornecimento dos
itens pelo Estado, gestor do recurso da maioria dos municípios. Outrossim, a publicação de reso-
luções CIB reduzindo o elenco de medicamentos e insumos mobilizou os municípios a cogitarem
a municipalização do recurso federal da AF. Percebeu-se importante articulação entre os farma-
cêuticos municipais e regionais na discussão de experiências de compra em laboratórios oficiais
públicos. A aplicação de recursos do QualifarSUS, a habilitação de Unidades Dispensadoras de
Talidomida e a organização das Centrais Municipais também foram discutidos. Conclusões/Con-
siderações: A articulação entre os gestores e farmacêuticos favoreceu a mobilização de estraté-
gias e posicionamento regional frente aos desafios enfrentados. Entretanto, o modelo vigente da
AF, que muito valoriza a disponibilidade do medicamento, não atende aos princípios propostos
pela RAS em sua totalidade. Tão importante quanto ampliar e aprimorar o acesso da população
aos medicamentos é a qualificação do cuidado em saúde ofertado aos usuários do sistema.

44 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.44


  P-43 Evidências clínicas da adesão à terapia medicamentosa de
pacientes em tratamento renal substitutivo 
Diana Silva Lopes, Jadson Bispo dos Santos, Paulo Henrique Ribeiro Fernandes Almeida, Nara
Jacqueline Souza dos Santos, Gisele da Silveira Lemos 
UESB, UFMG 

Introdução: A Doença Renal Crónica (DRC) é uma importante causa de mortalidade, com
mais de um milhão de pessoas morrendo no mundo todo ano. Em seu estágio terminal, a
DRC impõe ao indivíduo um complexo regime farmacoterapêutico, sendo a adesão essencial
para o controle da doença. As pesquisas para avaliação da adesão à farmacoterapia se tornam
mais relevantes para a gestão e cuidado em saúde. Isto é reforçado quando evidências clínicas
resultantes em alterações do estado de saúde do paciente são também avaliadas. O objetivo
deste estudo foi avaliar a adesão ao tratamento farmacológico dos medicamentos elencados
pelo componente especializado da assistência farmacêutica, utilizando evidências clínicas,
em pacientes com insuficiência renal crônica em tratamento hemodialítico.  Metodologia: Foi
realizado um estudo transversal com 288 pacientes em uma clínica privada de hemodiálise
no sudoeste da Bahia, que responderam questionários validados para avaliação da adesão. A
tabulação dos dados foi feita nos softwares Epidata 3.1 e IBM Statistical Package for the Social
Sciences (SPSS), versão 21.0. Resultados: Cerca de 41,7% dos pacientes foram aderentes ao
tratamento, sendo o predomínio de adesão entre pacientes residentes em outros municípios
(72,7%), e aqueles que consideraram possuir bom estado de saúde. Pacientes não aderentes
ao tratamento farmacológico apresentaram níveis fosfóricos significativamente maiores (5,1mg/
dL) e houve correlação estatisticamente significativa entre maior complexidade da terapia do
cloridrato de sevelamer com menor adesão. Conclusão: A adesão à farmacoterapia deve existir
para o controle adequado da DRC, sendo assim, estimar o nível de adesão é um acessório ao
cuidado em saúde. As evidências clínicas geradas no trabalho servem de suporte a gestores e
profissionais na promoção da saúde.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.45 45


 P-44 Farmacoeconomia para farmacêuticos que atuam em
secretarias de saúde – Conceitos e perspectivas com análise
de custo-utilidade e impacto orçamentário no tratamento da
fibromialgia no Rio Grande do Sul 
Áurea Dias de Farias 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul 

Introdução: A fibromialgia é uma síndrome de etiologia desconhecida cuja prevalência é de 2%


no Brasil que atinge mulheres em 90% dos casos e tem como principais sintomas a dor difusa,
distúrbios de humor e sono, fadiga e piora na qualidade de vida. Não existe protocolo clínico
para tratamento da fibromialgia no SUS e, sendo assim, a duloxetina, um antidepressivo dos
mais prescritos para esta doença, não está disponível nas listas para disponibilização pela via
administrativa. É de suma importância o conhecimento em Economia da Saúde por parte dos
farmacêuticos, principalmente os que atuam dentro das secretarias estaduais e municipais para
em casos assim, avaliar a possibilidade de inclusão de protocolos e/ou pareceres técnicos visan-
do recomendações para estes tratamentos de modo a otimizar a disponibilização dos mesmos
aos pacientes pela via administrativa, se for interessante na perspectiva do SUS. Objetivos:
Instigar farmacêuticos atuantes em secretarias estaduais e municipais a fazerem uso da farma-
coeconomia como ferramenta de apoio a tomada de decisão com o exemplo de análise de custo
utilidade e de impacto orçamentário na tratativa da verificação da viabilidade de incorporação
da duloxetina no tratamento da fibromialgia no âmbito do SUS partindo de demanda do Estado
do Rio Grande do Sul. Métodos: notas de aula da Disciplina de Farmacoeconomia ministradas
no Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
revisão de literatura e descrição básica do método de mensuração de impacto orçamentário des-
crito na publicação “Diretrizes Metodológicas – Análise de Impacto Orçamentário – Manual para
o Sistema de Saúde do Brasil”. Resultado: contextualização da Economia da Saúde do Brasil,
conceitos de farmacoeconomia e exemplo de aplicação com avaliação de tecnologias de saúde
no uso da duloxetina no tratamento farmacológico da fibromialgia, um dos mais demandados
pela via judicial no Rio Grande do Sul. Possibilidade de atualização da lista especial estadual
com a inclusão da duloxetina diante de estudo de impacto orçamentário ou, caso as evidências
obtidas sejam de qualidade, publicação de nota técnica indicando a amitriptilina, disponível nas
unidades básicas de saúde. Conclusão: o conhecimento de farmacoeconomia pode aumentar a
sensibilização dos gestores e ajudar na tomada de decisão. No caso específico da fibromialgia, o
aprofundamento dos farmacêuticos acerca do tema, fazendo uso de análises de custo utilidade
e de impacto orçamentário traz a perspectiva de uma possível inclusão da duloxetina na lista
especial do estado ou da elaboração de nota técnica orientando os pacientes a avaliarem com
os prescritores a possibilidade de utilização de uma alternativa já disponível na atenção básica.

46 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.46


 P-45 Fatores de risco para o desenvolvimento de infecções
fúngicas sistêmicas em pacientes internados em Unidade de
Terapia Intensiva 
Stela Mares Brasileiro Pessoa, Carolina Cintra de Queiroz Medeiros, Jamile Porto Almeida,
Sóstenes Mistro 
Universidade Federal da Bahia – Campus Anísio Teixeira 

Introdução: As infecções fúngicas invasivas (IFI’s) em pacientes de unidade de terapia intensiva


(UTI) representam um importante fator de mortalidade e estão associados à presença de fatores
de risco. Esses fatores podem ser uso de antibiótico de amplo-espectro, corticosteroides, imu-
nossupressores, intubação orotraqueal (IOT), cateter venoso central (CVC), hemodiálise, cirurgia
abdominal, infecção pelo vírus HIV, entre outros. A alta taxa de mortalidade está relacionada
principalmente a dificuldade na realização do diagnóstico precoce e a identificação dos fatores
de risco pode guiar o início da terapia antifúngica, o que pode reduzir os danos causados aos
pacientes. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre a presença de fatores de
risco para IFI’s e o início da terapia antifúngica em pacientes internados na UTI. Metodologia:
Trata-se de uma coorte baseada em dados retrospectivos em um Hospital Público localizado no
interior da Bahia. Foram avaliados todos os pacientes adultos internados na UTI entre janeiro
de 2014 a setembro de 2015. A associação entre a presença dos fatores de risco e a introdu-
ção do antifúngico foi analisada no modelo bivariado com determinação do risco relativo. As
variáveis com associação positiva (p<0,05) foram inseridas em um modelo multivariado, com
regressão de Poisson a fim de identificar a força da associação de cada um deles com o desfe-
cho avaliado. Resultados: Foram internados 572 pacientes na UTI durante o período do estudo,
dos quais 447 preencheram os critérios de inclusão. Desse total, 59 (13,2%) utilizaram terapia
antifúngica em algum momento durante a internação. Foram identificados 9 fatores de risco na
população estudada. Desses, o uso de antibioticoterapia de amplo-espectro, realização de cirur-
gia abdominal, hemodiálise, infecção pelo vírus HIV e uso de nutrição parenteral apresentaram
associação estatisticamente significante com a indicação da terapia antifúngica. Conclusão: No
presente estudo, foi identificada uma forte associação entre a presença de fatores de risco para
o desenvolvimento IFI’s e a introdução da terapia antifúngica. A associação observada se deve
principalmente ao uso de antibióticos de amplo-espectro, realização de hemodiálise, ter sido
submetido recentemente a cirurgia abdominal ou infecção pelo vírus HIV.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.47 47


 P-46 Gestão estadual das insulinas de aquisição centralizada pelo
MS, no Estado do Rio Grande do Sul 
Giliane Dorneles Guerin, Laura Minuzzi Kreutz 
Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul 

Introdução: A Assistência farmacêutica (AF) tem por objetivo a garantia do acesso a medica-
mentos e uso racional,devendo atuar de forma articulada e integrada com os programas e servi-
ços, como uma política transversal. No Rio Grande do Sul, o financiamento dos medicamentos
básicos é tripartite e descentralizado,ficando sob responsabilidade dos municípios a aquisição
destes. As insulinas humanas NPH e Regular, no entanto, são financiadas e adquiridas de forma
centralizada pelo MS. O monitoramento e a avaliação dos processos são fundamentais para
aprimorar a gestão e intervir nos problemas. Objetivos: Relatar os avanços e as dificuldades
no controle de estoque e distribuição de insulinas, no âmbito da gestão estadual, envolvendo
o ciclo logístico da AF, os sistemas de informação disponíveis, e a complexidade do processo,
envolvendo diferentes atores. Método: Trata-se de um relato da experiência de gestão do ciclo
logístico das insulinas, no âmbito da gestão estadual, envolvendo o setor do Componente Básico
da AF (CBAF), as Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) e os municípios do RS.Foi feito um
resgate do histórico de pedidos dos municípios e CRS, as principais dificuldades encontradas
e as mudanças possíveis sem utilização de recursos financeiros adicionais. Resultados: O RS
distribui anualmente cerca de 900 mil Insulinas NPH e 90 mil Insulinas Regular. O MS faz a
aquisição e distribui aos estados, que por sua vez, distribuem aos municípios. Pensando em
otimizar este fluxo, o CBAF/RS, desenvolveu um pedido eletrônico, através do Formsus. Nesta
ferramenta, os dados são extraídos e compilados na forma de planilha, trazendo informações
relevantes para a avaliação dos pedidos. Na planilha, é possível verificar se há inconsistências
ou falhas de pedidos, além de minimizar erros característicos da transcrição manual de dados,
como acontecia. O Almoxarifado Central que mantém os estoques físicos, faz as guias de remes-
sa e entrega, conforme roteiro programado. Verifica-se que há um intervalo de tempo, de até 50
dias, entre o pedido do município e a sua entrega, podendo interferir na programação e abas-
tecimento municipal. Além disso, um grande desafio é verificar as reais necessidades, por falta
de dados de dispensação, já que o estado não possui um sistema integrado aos municípios para
o gerenciamento dos medicamentos do CBAF.  Conclusão:Na gestão da AF,  a programação de
medicamentos e o gerenciamento de estoques são atividades-chave. Apesar dos esforços, ainda
ocorrem falhas no abastecimento e perda por vencidos, em grande parte devido à falta de um
sistema de gerenciamento eficaz. A criação do FormSus tornou o processo de envio acessível,
rápido e claro, reduzindo os erros de transcrição das solicitações. A utilização do Hórus-Sistema
Nacional de Gestão da AF pode garantir um melhor controle de todo o processo, mesmo que
atualmente ainda careça de maior integração/adesão por parte dos municípios e das CRS.

48 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.48


 P-47 Impacto da incorporação do trastuzumabe ao SUS em um
hospital oncológico público da Região Norte 
Celina de Jesus Guimarães, Joana Maria de Oliveira Gall, Kellen Freire Nascimento, Patricia
Pereira de Souza, Bruna Barboza Murada, Janderson Alves Pereira, Katyellen Freitas de Araújo,
Anderson Cavalcante Guimarães 
Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas, Universidade Federal do Amazonas 

Trastuzumabe (TMB) é um anticorpo monoclonal indicado para o tratamento de pacientes com


câncer de mama (CM) metastático que apresentam tumores com super expressão do HER2. A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o TMB em 1999. O fármaco é ofere-
cido desde 2013 para as mulheres que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS), somente
em casos de CM HER2-positivo (estágio inicial ou localmente avançado). Em agosto de 2017,
por meio da Portaria nº 29, o TMB foi incorporado para o tratamento do CM HER2-positivo me-
tastático em primeira linha no âmbito do SUS. Na Instituição estudada (IE), o fornecimento do
TMB (440mg) passou a ser feito a partir de dezembro de 2011, utilizando o recurso direto da
IE, atendendo 17 mulheres que ganharam o direito, via processo judicial e administrativo. Em
2013, o serviço de farmácia da IE classificou a dispensação do TMB de duas formas: pacientes
contempladas pelo Ministério da Saúde (PMS), com TMB de 150mg; pacientes em tratamento
paliativo (PTP), com TMB de 440mg. O estudo objetivou avaliar o impacto da incorporação do
TMB ao SUS em uma unidade pública de tratamento oncológico da região norte, no período de
janeiro a julho de 2018. Trata-se de um estudo retrospectivo quantitativo, que obteve dados a
partir do banco de dados de dispensação do Setor de Farmácia. Conforme os dados coletados,
o fornecimento do TMB, por meio da Portaria nº 29, teve seu início em maio. De janeiro a abril,
foram atendidas uma média de 83 pacientes, sendo 35% PTP e 65% PMS, correspondendo o
valor total gasto R$ 610.129,83. Cerca de 71% desse valor, correspondeu ao recurso próprio
da IE para a aquisição do TMB na concentração de 440mg, para atender os PTP. De maio a
julho, foram atendidas uma média de 86 pacientes (6% PTP e 94% PMS), correspondendo o
valor total gasto R$ 355.382,20. Cerca de 75% desse valor correspondeu à aquisição do TMB
na concentração de 150mg para o atendimento às PMS. Uma unidade em mg de TMB forne-
cido pelo Ministério da Saúde (MS), na concentração de 150mg, custa em média R$6,80. Em
comparação, 1 mg adquirido pela IE, custa R$26,41. A dose indicada para tratamento é de
8mg/kg (dose de ataque; DA), e de 6mg/kg (dose de manutenção; DM). Considerando somente
DM, o TMB custa, pelo MS, R$40,80/kg; pela IE, R$158,48/kg. A relação entre esses valores
correspondeu a 3,88, que indica que aquisição via MS, permite uma economia que reflete em
uso racional do recurso destinado para esse tratamento. Os benefícios para as pacientes e para
a instituição são evidentes, pois, a partir do mês de maio, houve um aumento significativo de
PMS, por meio da incorporação do TMB, no âmbito do SUS. De maio a julho/2018 foram aten-
didas, em média, aproximadamente a mesma quantidade de pacientes registradas de janeiro a
abril/2018, demonstrando uma economia de 58,25 % para o tratamento. Com a economia ge-
rada, o recurso poderá ser redirecionado para aquisição de outros medicamentos, aumentando
a oferta de tratamento disponível na IE.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.49 49


 P-48 Impacto de erros no uso de medicamentos relacionados a
hipoglicemiantes dentro das redes de atenção à saúde no
sistema de saúde suplementar 
Sarah Ramalho Rodrigues, Ligia Ferreira Gomes 
USP 

Desde o estabelecimento das guias de boas práticas relacionadas à notificação e cuidado de


Erros de Medicação – Medication Errors, a via de como os profissionais direcionam suas as
informações relacionadas aos eventos adversos vem sendo questionada. Os hipoglicemiantes
representam uma importante classe de medicação alvo deste tipo de ocorrência, como evento
adverso corriqueiro ao paciente diabético. Neste trabalho, a notificação de eventos de hipogli-
cemia relacionada ao uso de medicamentos hipoglicemiantes foi avaliada a partir da análise
descritiva de informações contidas em uma base de dados de contas médicas do Sistema deda
Saúde Suplementar referentes ao período de Janeiro de 2010 a Dezembro de 2016. A análise
centrou-se no levantamento dos eventos hospitalares e número de pacientes registrados com
CID’s relacionados a hipoglicemia e diabetes. Os resultados foram organizados em três grupos:
amostra geral, pacientes com eventos de hipoglicemia e pacientes em uso de hipoglicemiantes.
O levantamento inicial da amostra total de 50.709 pacientes relacionados a 74.874 eventos
durante o período foram analisados e somente 0,2% destes eventos estavam notificados como
relacionados ao uso de hipoglicemiantes. O grupo de pacientes em uso de hipoglicemiantes
também apresentou frequência de internações maior do que a encontrada na amostra geral e
na amostra com hipoglicemia. A distribuição de eventos de hipoglicemia pôde indicar que a
prevalência de eventos de hipoglicemia associada ao diabetes está claramente subnotificada,
sendo o uso de hipoglicemiantes associado a maior taxa de internação. Conclui-se que o siste-
ma de notificação de eventos relacionados ao uso de hipoglicemiantes precisa ser aperfeiçoado
e propõe-se a capacitação das equipes multiprofissionais que atuam na atenção ao paciente
diabético como intervenção.

50 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.50


 P-49 Impacto econômico no tratamento da hepatite c no planserv
- um resultado da ação de compra direta de medicamento, e
do compartilhamento de responsabilidades entre operadora
de saúde e prestadores de S 
Daniela Xavier de Jesus, Reynaldo Rocha N. Jr, Daniela dos Santos Andrade Mata Pedra, Nadja
N. Rehem 
PLANSERV 

O Ministério da Saúde (MS) no ano de 2015, incorporou os primeiros antivirais de ação direta
(DAA) para o tratamento da Hepatite C no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), estes
medicamentos são melhores tolerados e mais seguros, possibilitando um tratamento altamente
eficaz e de curta duração, cerca de 65 mil tratamentos foram realizados, atingindo 95% de
cura entre os pacientes. O Planserv – Plano de Assistência à Saúde do Servidor Público do
Estado da Bahia, oferece cobertura à terapia com os DAA para a patologia de Hepatite C, e no
segundo semestre de 2015 ocorreram às primeiras solicitações deste tratamento. Em vistas
da necessidade de diminuição dos gastos com estas terapias medicamentosas de alto custo, e
buscando melhorias na assistência ao paciente, foi dado início ao processo de compra direta
do medicamento SOVALDI (Sofosbuvir) através do Registro Preço da Secretaria de Saúde do
Estado da Bahia (Sesab), juntamente com a dispensação ao paciente e seu acompanhamento
farmacoterapêutico, e também realizadas as negociações com prestadores, a fim de obter valor
diferenciado do medicamento VIEKIRA PAK (3D), para validação de diminuição de preço em
tabela própria do Planserv. A obtenção dos dados para este estudo se deu através de consulta ao
Sistema Eletrônico do Planserv. Os critérios de inclusão aplicados foram: autorizações de trata-
mento que ocorreram baseadas no Protocolo Clínico do Tratamento da Hepatite C e nas autoriza-
ções advindas de processos judiciais, contendo os medicamentos Sofosbuvir e 3D no período de
agosto de 2016 à julho de 2018. O quantitativo de caixas adquiridas por registro de preço e as
autorizadas por negociação de valor somaram 214 unidades no período avaliado, sendo destas,
dispensadas nas instalações do Planserv, 154 unidades, um total de 43 atendimentos. Com a
introdução destas ações houve uma economia significativa, gerando uma redução de 64,38%
sobre o gasto com Sofosbuvir e de 42 % com 3D. Com isso conclui-se, que as estratégias im-
plantadas pelo Programa da Assistência Farmacêutica do Planserv, foram indispensáveis no
controle de gastos com as referidas terapias, esta ação possibilita a ampliação da cobertura de
novas tecnologias em saúde; A implementação do serviço de atenção farmacêutica ao paciente
de HCV, com acompanhamento farmacoterapêutico, visa a melhoria da qualidade de vida e a
prevenção dos potenciais problemas relacionados ao uso do medicamento, contribuindo assim
para o sucesso da terapia.
 

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.51 51


  P-50 Impacto financeiro da criopreservação de alteplase como
alternativa para prevenção de mau funcionamento e
desobstrução de cateteres de longa permanência em
unidade de hemodiálise hospitalar 
Mônica Lopes Sampaio Silva, Anne Caroline Teixeira Fonseca, Rodrigo Mota de Oliveira, Ana
Cristina Dias, Ivana de Moura Leal Coelho, Gilvania Da Silva Santos, Stenio Ataide, Leonardo
Augusto Kister de Toledo 
Complexo-HUPES/ UFBA 

Introdução: Os agentes fibrinolíticos, como o ativador do plasminogênio tecidual recombinante


(rt-PA) têm sido utilizados para restauração da patência e prevenção de mau funcionamento de
cateteres para hemodiálise crônica, evitando remoções desnecessárias. Estudos indicam que
a criopreservação de rt-PA, a -30 °C, reconstituído em 1 mg/mL, mantém a estabilidade, por
um período de três meses, com pequena perda de atividade (8%). Considerando o alto custo
da alteplase como agente fibrinolítico, a implantação desta metodologia pode trazer grande
economia para o serviço hospitalar. Objetivo: Avaliar o impacto financeiro da criopreservação
de alteplase para prevenção de mau funcionamento e desobstrução de cateteres, na unidade
de hemodiálise do Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos - Universidade
Federal da Bahia. Métodos: Realizada avaliação retrospectiva de um período de 3 meses, pré e
pós implantação da criopreservação de alteplase (01/09/2017 a 30/11/2017 e 01/12/2017 a
28/02/2018), através do levantamento no sistema informatizado, foram verificadas as saídas do
medicamento para a unidade de hemodiálise. Alteplase 50 mg foi diluída para obter uma con-
centração de 2 mg/mL sob condições assépticas em cabine de fluxo laminar, procedimento rea-
lizado por farmacêutico. As alíquotas foram armazenadas a temperatura de -80 °C com validade
para três meses. Resultados: Anteriormente à implantação deste método foram necessárias 14
ampolas de alteplase em 3 meses, após a criopreservação, o consumo reduziu para 4 ampolas
no mesmo período. O tempo médio de armazenamento das alíquotas de alteplase foi de 26 dias,
variando de 10 a 49 dias, até sua utilização. Considerando que o valor médio do medicamento
foi de R$ 1.849,30; o custo anterior ao estudo foi R$ 25.890,20 e após a implementação do
método, reduziu para R$ 7.397,20. Desta forma, no período de 3 meses, obteve-se uma econo-
mia de R$ 18.493,00, equivalente a uma redução de 71% nos gastos com este medicamento.
Extrapolando estes dados para um período de 12 meses, sugere-se uma redução no custo de
aproximadamente R$ 73.972,00. Conclusão: A criopreservação de alteplase pode ser consi-
derada uma alternativa segura, além de preservar a eficácia como agente fibrinolítico reduziu
consideravelmente os gastos na unidade de hemodiálise, permitindo assim outros investimentos
para instituição.

52 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.52


  P-51 Impacto financeiro do medicamento ranibizumabe para
atendimento de demandas judiciais em uma Secretaria
Estadual de Saúde 
Wilka Pereira Rocha, Daniela Nunes Vitor, Diana Soares da Paixão Ferreira, Fernanda de Farias
Rodrigues, Isabelita Isandra Brito Nonato, Marcelo Tavares Pereira, Samantha Abreu de Souza,
Thalita Oliveira da Silva 
Secretaria da Saúde do Estado da Bahia 

Introdução:  A Constituição Federal, em seu art. 196 define a saúde como “direito de todos
e dever do Estado”. No entanto, este compromisso deve estar “garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços.” Assim, o Sistema Único de Saúde – SUS tem como
obrigação legal, promover o acesso e uso racional de tecnologias seguras e eficientes, mediante
critérios racionais e parâmetros de eficácia, eficiência e efetividade, levando em consideração a
avaliação econômica e o impacto da incorporação da tecnologia no SUS, conforme estabelecido
na Lei n° 12.401/2011. Neste cenário, existem lacunas na oferta de tratamento de determina-
das patologias. Destacam-se as terapias antiangiogênicas - ranibizumabe e bevacizumabe - para
uso em oftalmologia, que já foram avaliadas pela Comissão Nacional de Avaliação de Tecnolo-
gias em Saúde no SUS – Conitec. Não houve incorporação pelo Ministério da Saúde dos referi-
dos antiangiogênicos, apesar da eficácia e segurança comprovadas. O Ranibizumabe tem perfil
de custo - efetividade inferior ao bevacizumabe e por isso não foi recomendado. Bevacizumabe,
apesar de já ter seu uso autorizado excepcionalmente pela Agência Nacional de Vigilância Sa-
nitária – Anvisa, para Degeneração Macular Relacionada à Idade, segue aguardando aprovação
de diretrizes de uso e pactuação quanto ao financiamento, para incorporação.  Diante desse
impasse, a Secretaria Estadual da Saúde da Bahia - Sesab recebe inúmeras demandas judiciais
de Ranibizumabe. Objetivos:  Descrever o  impacto  financeiro do medicamento Ranibizumabe
na Sesab, para atendimento das demandas judiciais vigentes. Métodos: Foram analisados os
instrumentos de gestão da Diretoria de Assistência Farmacêutica - Dasf, a exemplo do Sistema
Integrado de Gerenciamento da Assistência Farmacêutica – Sigaf, para contabilizar número de
pacientes ativos e custo mensal por paciente, em uso do Ranibizumabe, através de demandas
judiciais. Resultados: Após análise dos dados, estimou-se que 351 pacientes estavam ativos em
uso do Ranibizumabe, apresentando consumo médio mensal de 461 ampolas. Considerando-se
que o custo médio por ampola é de R$ 3.027,47, verificou-se um gasto mensal de cerca de R$
1.400.000,00. Conclusão: As lacunas assistenciais no SUS, bem como a não observância dos
princípios, diretrizes e políticas públicas legalmente instituídos, para a efetivação do direito à
saúde, por parte dos operadores do Direito, resultam na condenação do Estado ao atendimento
de demandas individualizadas, causando um gasto desordenado, gerando prejuízos à coletivida-
de. Diante disso, o diálogo entre os poderes, concentrando esforços na resolução de entraves ao
acesso a serviços de saúde mostra-se primordial, visando a redução da judicialização da saúde
e a manutenção do equilíbrio financeiro, essencial para o funcionamento do SUS.
 

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.53 53


 P-52 Implantação de centro de custos em serviço de farmácia
de uma unidade de saúde da família do litoral sul
pernambucano. 
Maurilucio Apolinário Filho, João José de Oliveira Filho, Agrinaldo Araújo Junior, Karinna Moura
Boaviagem, José Orlando Sousa da Silva 
Prefeitura Municipal do Ipojuca, UFPE 

Introdução: Após o grande desenvolvimento tecnológico e empresarial no decorrer do século XX, a


Contabilidade de Custos passou de ferramenta de mensuração e controle, custos e lucro, para um instrumento
fundamental para tomada de decisões gerenciais e de gestão. No âmbito da assistência à saúde, a baixa
disponibilidade de informações sobre custos constitui fator limitante na fundamentação de ações e políticas
públicas estruturantes.  Nas organizações públicas de saúde é comum os profissionais acreditarem que não
há necessidade de se pensar em custos, já que o governo é o responsável por manter estas instituições. Fe-
lizmente, esta visão vem se alterando, tornando-se imprescindível conhecer a composição de gastos e, daí
os custos, como um processo norteador das decisões gerenciais, no que diz respeito à melhor utilização dos
recursos no atendimento à população. Nesse contexto,considerando que a maioria das intervenções em saú-
de envolve o uso de medicamentos e outros insumos, é imperativo que a Assistência Farmacêutica se uti-
lize de ferramentas e instrumentos gerenciais apropriados e procedimentos que visam adequação de servi-
ços, maximização dos recursos e redução de perdas e dos custos, além de promover a geração de infor-
mações de maneira eficiente e melhor compreensão tanto dos processos gerenciais internos e como a sua
correlação com os serviços prestados. Assim, a informação de custos é utilizada como ferramenta de su-
porte da qualidade do gasto público no setor saúde. Objetivos: Demonstrar o processo de implantação dos
Centros de Custos enquanto ferramenta de gestão no SUS no setor de farmácia em uma Unidade de Saúde da
Família. Métodos: Tratou-se de um estudo quantitativo de caráter descritivo cuja análise foi feita a partir de
dados coletados dos registros de saída de produtos, através de protocolos e formulários de solicitação; e das
movimentações de saída alimentadas no Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica - Hórus para
cada departamento da Unidade de Saúde. O processo de implantação iniciou-se através de reuniões com a
equipe multiprofissional da Unidade de Saúde (Médico, dentista, enfermeira, técnica de enfermagem e agentes
comunitários), onde pudemos definir os setores/departamentos que faziam parte diretamente da prestação de
serviços, bem como os itens padronizados utilizados em cada departamento. Foram cadastrados no Sistema
Hórus os departamentos: Consultório odontológico; Sala de Curativos; Sala de Prevenção da Mulher; Sala de
Vacinas e; Uso geral da unidade. Em seguida foram coletadas todas as movimentações de saída (distribuição)
para os departamentos compreendidas no período de 01 de janeiro à 30 de junho de 2018. Não foram
contabilizados produtos específicos de odontologia (brocas, resinas, sugadores, etc) e nem materiais de cura-
tivos especiais, mas sim, apenas os produtos cuja logística é de responsabilidade do serviço de farmácia. Os
dados coletados foram organizados em uma planilha idealizada para esta finalidade, utilizando o programa
Excel. Resultados: Constatou-se que o Consultório odontológico e a Sala de Curativos representam os setores de
maior custo, com total de R$ 2.235,48 e R$ 5.391,78 respectivamente, no período analisado, representando
juntos 95% dos gastos comparados aos demais setores. Dentre eles, encontra-se o setor Sala de Vacinas
(0,2%), o qual recebe a maior parte de seus insumos diretamente do Programa Nacional de Imunizações e,
por esta razão, utiliza poucos produtos oriundos da farmácia da unidade. Os produtos que representam maior
percentual em volume financeiro no setor de curativos foram as ataduras de crepom em tamanhos diversos
(19,18%), seguido pelas compressas de gaze estéril (18,71%) e a solução fisiológica de NaCl 0,9% bolsa
com 500mL (12,46%). Enquanto que no consultório odontológico, os produtos que tiveram maior consumo
foram as luvas de procedimento não estéril (43,04%) seguidas do detergente enzimático (8,95%) utilizado
nos procedimentos de esterilização de instrumentais. Inicialmente nas reuniões que foram realizadas, os pro-
fissionais da unidade não apresentaram resistência ao processo, mas foram necessárias algumas intervenções
de conscientização a respeito das novas rotinas de solicitação e distribuição dos produtos na unidade. Con-
clusão: Na implantação do centro de custos conseguimos saber quanto custam os materiais utilizados na
Unidade de Saúde em estudo e, dessa forma, poderemos realizar comparações com outros serviços. Além disso,
podemos a partir dos dados de consumo, analisar a viabilidade de se manter ou aperfeiçoar determinado serviço
prestado, rastrear os custos por unidades operacionais (departamentos, divisões) e por objeto (tipo de serviço);
A análise dessas informações poderão ser utilizadas como indicadores de resultados e de processos, numa
dimensão não apenas financeira, mas também como subsídio nas tomadas de decisões gerenciais. A gestão de
custos ganha destaque, principalmente se considerarmos que recursos escassos bem gerenciados podem render
mais. A consequência, imediata e mais importante, é o aumento da qualidade.

54 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.54


  P-53 Incidência de Problemas Relacionados a Medicamentos
(PRMS) em um hospital terciário em Salvador 
Sandra Cristina Hernades, Talita Teles Teixeira Pereira, Denis de Melo Soares 
Hospital São Rafael, Hospital São Rafael, UFBA 

Introdução: O Terceiro Consenso de Granada em 2007 definiu  problemas relacionados com


medicamentos (PRM) como as situações em que o processo de uso de medicamentos causa,
ou pode causar, o aparecimento de um resultado negativo associado ao uso de medicamentos(
RNM) e atualizou a definição de RNM como resultados ao paciente não adequados ao objeto da
farmacoterapia e associados ao uso ou falha no uso deles.  O  seguimento farmacoterapêutico  é 
a prática profissional em que o farmacêutico se torna responsável quanto às necessidades do
paciente relacionadas com os medicamentos. Para isto deve-se promeover a detecção de pro-
blemas relacionados com medicamentos (PRM) junto á equipe multidisciplinar que assiste o
paciente. Objetivo: Mapear os PRMs identificados pelo Serviço de Farmácia Clínica de um Hos-
pital Terciário com 352 leitos na cidade de Salvador  durante o ano de 2016. Métodos: Tratou-
se de um estudo de corte longitudinal, retrospectivo, realizado em um hospital de grande porte,
de alta complexidade, com 352 leitos, na cidade de Salvador, Bahia, Brasil, com dados do ano
de 2016. Conforme os cálculos estatísticos, para atingir um poder de teste de 80% (e uma
significância de 5%) foi necessária uma amostra de 972 pacientes no ano, que foram  avaliadas
por farmacêuticos clínicos para detecção de PRMs, garantindo assim o uso racional de medica-
mento e prevenindo ocorrências de Resultados Negativos a Medicamentos. Resultados:  Encon-
tramos 77 PRMs em 972 prescrições avaliadas, uma taxa de intervenção de 7,9% .Dentre os
tipos de PRMs identificados  verificamos 47 PRMs referentes à intervenções em prescrições de
anticoagulantes, 10 PRMs referentes ao uso de Eletrólitos Concentrados, 7 PRMs referentes ao
uso do Antimicrobiano, 6 PRMs relacionados à prescrição de medicamentos não padronizados
,2 PRMs referentes a prescrição de medicamentos que não podem passar por sonda,1 PRM de
duplicidade . O anticoagulante foi a substância mais encontrada nas intervenções, demonstran-
do a importância do acompanhamento farmacêutico na aderência ao protocolo de Tromboelm-
bolismo Venoso Institucional. Entre os medicamentos eletrólitos concentrados, tivemos 4 PRMs
referentes a Cloreto de potássio 19,1%,e 3 intervenções em prescrições de Sulfato de Magné-
sio concentrado entre outros, mostrando a importância do acompanhamento farmacêutico das
prescrições de eletrólitos concentrados na instituição. Conclusões: A presença do farmacêutico
clínico na assistência prestada em um hospital é de impacto significativo na prevenção de
Resultados Negativos a Medicamentos e auxilia na aderência ao Protocolo de Prevenção do
Tromboembolismo Venoso na Instituição.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.55 55


  P-54 Incorporação de medicamentos para doenças raras no SUS
entre 2012 e 2018 
Pamela Karla Guimarães Santana, Jéssica Nacazume, Guilherme Silva Julian, André Ballalai 
IQVIA 

Introdução: De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), doenças raras são aquelas
que afetam até 65 pessoas a cada 100 mil indivíduos. Em 2015 foi estabelecida a Priorização de
Protocolos e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras. Obje-
tivos: Este estudo analisou o perfil das recomendações de incorporação da Comissão Nacional
de Incorporação de Tecnologias em Saúde (CONITEC) para doenças raras entre janeiro/2012
e julho/2018. Metodologia: Foi realizada uma análise dos relatórios disponíveis no site oficial
da CONITEC. Resultados: Foram encaminhadas 44 submissões para a CONITEC relativas
às doenças raras no período analisado, destas, 24 receberam recomendações favoráveis.
A espondilite anquilosante e esclerose múltipla foram as doenças com maior número de
medicamentos incorporados (17% [ 4]), seguida de doença de Parkinson (8% [2]) e hipertensão
arterial pulmonar (8% [2]). A maioria das incorporações (58% [14]) foi realizada antes do
estabelecimento da política de doenças raras e foram demandas externas ao governo (46%
[11). Além disso, na maioria das incorporações (54% [13]) não havia uma análise econômica;
dentre as que apresentavam este tipo de análise, 64% [7] foram análises de custo-minimização,
(27% [3]) análises de custo-utilidade e (9% [1]) análises de custo-efetividade. Análises de
impacto orçamentário foram apresentadas por 71% [17] das incorporações. Em 17% [4] dos
medicamentos incorporados houve uma recomendação negativa do plenário da CONITEC,
que foi mudada após a realização de consulta pública. As justificativas da plenária para a
recomendação positiva foram benefícios clínicos em termos de eficácia e segurança (42% [10]),
economia de custos (33% [8]), comodidade posológica (25% [6]) e ausência de alternativa de
tratamento (17% [4]). Conclusões: Os resultados sugerem que as evidências prioritárias para
a recomendação positiva de incorporação de medicamentos para doenças raras são dados de
eficácia e segurança e economia de custos. A presença de análises econômicas não é frequente
nesse tipo de incorporação. Além disso, o estabelecimento das Diretrizes provavelmente induziu
o crescimento das demandas para esse grupo de doenças.
 
 

56 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.56


  P-55 Informações sobre assistência farmacêutica nos sítios
oficiais das secretarias de saúde das capitais do Brasil:
bússola ou labirinto para o cidadão? 
Marcelo Tavares Pereira, Patricia Sodré Araujo, Diana Soares da Paixão Ferreira, Patrícia Chagas
Duarte de Meneses, Samantha Abreu de Souza, Thalita Oliveira da Silva, Wilka Pereira Rocha 
Secretaria de Saúde do Estado da Bahia 

Introdução: A informação tem um papel emancipador dos direitos e da cidadania, sendo


atualmente crescente o uso da internet como fonte de buscas, inclusive no campo da assistência
a saúde.  São escassas as pesquisas sobre a disponibilidade de informações institucionais que
melhorem o acesso aos medicamentos ofertados no SUS à população. Ações que visem informar
ao cidadão quais os medicamentos são disponibilizados pelo SUS e onde pode-se obtê-los são
relevantes para ampliar o acesso aos medicamentos e consequentemente promover integralidade
da assistência dos serviços de saúde. Objetivos: identificar as informações disponíveis nos sítios
oficiais das Secretarias de Saúde das capitais do Brasil sobre a Assistência Farmacêutica (AF) e
os medicamentos dispensados no SUS. Métodos: Estudo transversal, exploratório, onde foram
identificadas e analisadas as informações institucionais sobre a AF no SUS e como ter acesso aos
medicamentos dos Componentes Básico, Estratégico e Especializado, nas capitais do Brasil. A
coleta das informações ocorreu entre os dias 25/07/2018 a 07/08/2018. A partir do acesso aos
sítios oficiais das Secretarias Municipais de Saúde das capitais do Brasil, verificou-se se estavam
disponibilizadas: informações sobre a AF a partir da página principal SMS; nome do responsável
pela AF, telefone do setor de AF e endereço eletrônico; a Relação Municipal de Medicamentos
Essenciais(REMUME); a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME); a lista de
medicamentos do Componente Básico e onde obtê-los; a lista de medicamentos do Componente
Estratégico e onde obtê-los, a lista de medicamentos do Componente Especializado e onde obtê-
los. Os dados coletados foram tabulados em planilha eletrônica Excel. Resultados: Em 46,2%
dos sítios das SMS das capitais do Brasil é possível obter informações sobre a AF a partir da
página principal, todavia em mais da metade não há qualquer informação sobre esta atribuição
do SUS. O nome do responsável pela AF consta em 11,5% dos sítios, o telefone do setor em
38,5% e o endereço eletrônico em mais de um quarto (26,9%). A RENAME estava disponibi-
lizada em 15,5% dos sítios e a REMUME em 38,5%. Relativo à disponibilização da lista de
medicamentos do Componente Básico e de informações sobre o local de dispensação destes
medicamentos, os percentuais foram 38,5% e 34,6% da amostra nesta ordem. A lista dos
medicamentos do Componente Estratégico e os locais de dispensação constavam em 26,9% e
34,6% respectivamente. Relativo ao Componente Especializado da AF, em 19,2% dos sites ha-
via a lista de medicamentos e o local de dispensação. Conclusão: Em geral, a maioria dos sítios
das Secretarias Municipais de Saúde das capitais do Brasil não disponibilizam informações
sobre os medicamentos pertencentes aos componentes da AF ou disponibilizam parcialmente as
informações, sendo um fator dificultador para o acesso. Todavia, o estudo revelou que os sítios
de algumas SMS, com destaque para Porto Alegre, Porto Velho e Florianópolis, disponibilizam
um conjunto de informações institucionais sobre a AF, contando inclusive com ferramenta
de consulta sobre a disponibilidade do medicamento e localização geográfica da unidade de
saúde mais próxima, o que pode contribuir para assegurar o acesso aos medicamentos e suas
dimensões.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.57 57


  P-56 Intervenções farmacêuticas na promoção da segurança
ao paciente na enfermaria de nefrologia em um hospital
universitário 
Laís Silva de Vasconcelos, Regina Meira Lima De Souza, Jordan Carlos Silva de Medeiros, Érika
Michelle do Nascimento Facundes Barbosa, Carolina Barbosa Brito da Matta, Eliane Leite de
Sousa Magalhães, José de Arimatea Rocha Filho 
Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC/UFPE) 

Introdução: O farmacêutico clínico inserido na equipe multidisciplinar é uma opção mais


avançada para o pleno exercício da profissão farmacêutica e tem como objetivo aprimorar os
conceitos de segurança do paciente e melhor utilização dos medicamentos. A atuação deste
profissional gera a Intervenção farmacêutica (IF) que é o ato planejado, documentado e
realizado junto ao usuário e profissionais de saúde, que visa resolver ou prevenir problemas na
farmacoterapia, sendo parte integrante do processo de acompanhamento farmacoterapêutico.
A IF reduz o número de eventos adversos, aumenta a qualidade assistencial e diminui custos
hospitalares. Objetivo:  Avaliar o perfil das Intervenções Farmacêuticas (IF) realizadas pelo
Farmacêutico Clínico e demonstrar sua importância na melhoria da assistência aos pacientes
internados na enfermaria de nefrologia de um Hospital Universitário. Métodos: Trata-se de um
estudo descritivo transversal, desenvolvido no período de abril a junho de 2018 na enfermaria
de nefrologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC/UFPE).
As Intervenções Farmacêuticas, realizadas na rotina clínica diária, foram categorizadas pelo
serviço de Farmácia Clínica, sendo elas: Interações medicamentosas e com alimentos, o inter-
valo correto entre as doses, o aprazamento adequado, medicamentos via sonda, reconstituição,
diluição, tempo de infusão, estabilidade e incompatibilidades; sendo registradas em banco de
dados eletrônico da instituição. As variáveis encontradas foram submetidas à análise estatística
descritiva. Resultados: Foram identificadas 82 intervenções farmacêuticas (∑ = 27,33 IF/mês).
As Intervenções mais prevalentes foram aquelas relacionadas à: interação medicamentosa (n=
28; 34,15%); conciliação (n= 14; 17,07%); ajuste de dose (n= 10; 12,20%) e medicamento
prescrito não necessário (n= 9; 10,98%). Conclusão: A análise dos resultados obtidos sugere
que a IF é uma ferramenta eficaz na detecção e prevenção de eventos adversos, bem como
na promoção da integração do serviço de farmácia à equipe multiprofissional e aos pacientes.
Evidenciando que é um diferencial o envolvimento do farmacêutico clínico na equipe de atendi-
mento ao paciente, para a garantia e orientação sobre o uso correto de medicamentos.

58 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.58


 P-57 Investigação do uso indevido de medicamentos e suas
implicações toxicológicas 
Gustavo Reis Sampaio, Denis de Melo Soares 
Universidade Federal da Bahia 

Introdução: O consumo indevido de medicamentos representa um grande problema de saúde


pública no Brasil. Em uma análise das informações que jornais e revistas de abrangência
nacional vêm divulgando sobre as implicações do uso de drogas para a saúde, os derivados
anfetamínicos se destacam entre os medicamentos utilizados como drogas de abuso. Além
disso o medicamento é considerado um dos elementos de causa mais frequente de intoxicação.
OBJETIVOS: Realizar um estudo para avaliar a utilização de medicamentos de forma inapropriada,
seja de forma abusiva, recreativa ou devido a carência de instrução, relatando as consequências
toxicológicas geradas pelo uso indevido. Métodos: O estudo foi realizado através de uma revisão
sistemática cujo os dados foram coletados nas bases de dados do Medline, Lilacs, SciELO e
Google Acadêmico, as palavras-chave utilizadas foram: medicamentos + abuso; intoxicação
+ medicamentos; reação + adversa + medicamentos; e uso + recreativo + medicamentos.
A seleção dos estudos obedeceu aos seguintes critérios de inclusão: 1) estudos disponíveis em
idioma espanhol, inglês ou português; 2) estudos relacionados ao uso indevido de medicamentos,
publicados nos últimos 10 anos; e 3) estudos com resumo disponível. Foram selecionados 412
estudos por avaliação de título, onde após avaliação do título, apenas 135 foram escolhidos para
avaliação do resumo, depois da análise do resumo, 28 trabalhos foram selecionados e utilizados
neste estudo. Resultados: 14,3% dos trabalhos encontrados relatam a procura cada vez mais
constante por fármacos para melhorar o desempenho físico e mental. Além disso, 10,7% dos
artigos relataram a utilização de medicamentos psicotrópicos no tratamento prevalentemente
de mulheres ao longo dos anos, a maioria das entrevistadas de um estudo referiu tempo de uso
bem superior ao recomendado, em especial dos benzodiazepínicos. Um trabalho demonstrou o
abuso de agentes anestésicos entre anestesiologistas. Já um estudo realizado entre estudantes
universitários demonstrou que muitas mulheres utilizam medicamentos para perda de peso
sem necessidade médica. 7,1% dos trabalhos relataram o uso recreativo de inibidores da
fosfodiesterase-5, onde um estudo realizado em instituições privadas de ensino demonstrou esse
tipo de prática em alguns estudantes, mesmo eles não apresentando qualquer grau de disfunção
erétil. 39,3% dos trabalhos encontrados relataram intoxicações medicamentosas, apontando a
região Sudeste como a detentora da maior taxa de intoxicação. 21,4% dos artigos descreveram
os perigos da automedicação e armazenamento indevido de medicamentos, com destaque para
os AINEs. Conclusão: E necessário medidas para promover o uso racional de medicamentos,
como o acompanhamento farmacoterapêutico dos pacientes no âmbito da assistência primária
à saúde, além da orientação farmacêutica durante a compra e dispensação de medicamentos.
Palavras-chave: Medicamentos; Abuso; Intoxicação; Uso Recreativo.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.59 59


 P-58 Modelos para previsão de demanda: resultados preliminares
da programação automatizada no Sistema Nacional de
Gestão da Assistência Farmacêutica (HÓRUS) 
Ivan Ricardo Zimmermann, Ricardo Ronsoni, Anne Caroline Oliveira Bernarde, Heber Dobis
Bernarde 
Departamento de Assistência Farmacêutica, Ministério da Saúde 

Introdução: Atrelado a fatores como a transição epidemiológica e demográfica, o SUS já lida


com os dilemas do paradigma dos impactos das doenças crônicas não-transmissíveis e o con-
sequente aumento dos gastos em saúde. Com quase R$ 7 bilhões em 2016, o Componente Es-
pecializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) é a ação com o maior orçamento na assistência
farmacêutica no Ministério da saúde. Nesse sentido, com o objetivo de estimar de forma mais
precisa a necessidade de medicamentos de aquisição centralizada, o Ministério da Saúde tem
adotado modelos preditivos em seu planejamento em saúde. Objetivos: Descrever a experiência
e estimar o impacto orçamentário preliminar da adoção de modelos preditivos na programação
de distribuição de medicamentos de aquisição centralizada do CEAF pelo Ministério da Saú-
de.  Métodos:  A partir do registro da série histórica de quantitativos dispensados no Sistema
Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica (Hórus) por medicamento e estado, aplicou-se
o método ARIMA para prever o consumo em intervalos trimestrais dos medicamentos de compra
centralizada do CEAF. No projeto piloto realizado com o Distrito Federal nos anos de 2015 e
2016, o modelo teve os seus intervalos de confiança sistematicamente ajustados aos níveis de
precisão que abarcariam a demanda real de forma mais acurada (nível de confiança unicaudal
de 60%). Após, a programação automatizada foi ampliada aos demais estados brasileiros que
fazem uso do sistema Hórus. Com os resultados de distribuição de medicamentos do primeiro
trimestre de 2018, foram consolidadas as diferenças entre o quantitativo potencialmente pre-
visto pelo método do consumo médio mensal (CMM), classicamente adotado pelo Ministério da
Saúde, e pelo método ARIMA, obtendo-se a estimativa de impacto econômico do modelo. Re-
sultados:  Em apenas três meses de experiência, o método ARIMA consistentemente previu
uma necessidade menor de medicamentos que o método do CMM, tendo sido observada uma
diferença total de aproximadamente R$ 20 milhões. Esse valor é interpretado como economia,
dado que reflete o quantitativo que deixou de ser enviado aos estados, sem necessidade de
complementação de estoques. Ou seja, a distribuição de medicamentos a partir das previsões
do modelo ARIMA, apesar de consideravelmente menor que o previsto pelos valores de CMM,
foi suficiente para atender a demanda dos estados. Ressalta-se que os resultados se referem
estritamente ao elenco de medicamentos de aquisição centralizada do CEAF. Apesar de prevista,
esta análise ainda não considera a ampliação do modelo para os demais elencos de medica-
mentos disponíveis no SUS e todos os usuários do sistema Hórus. Conclusão: No atual cenário
de escassez de recursos e aumento da carga das doenças crônicas para os sistemas de saúde,
é cada vez mais inerente às atividades da gestão em saúde a busca pela eficiência na alocação
de recursos desde seu planejamento ao monitoramento e avaliação de seus resultados. Com a
evolução das aplicações em análise de dados, é quase inestimável o ganho para a Administra-
ção Pública com o melhor planejamento de uso dos recursos públicos.

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 P-59 Novas intervenções da assistência farmacêutica: um novo
olhar sobre o cuidado farmacêutico 
Fernanda França Cabral, Maíra Barroso Pereira, Anna Kelly Leitão de Castro, Fabiana de Oliveira
Osterne, Maria do Carmo Aires Ribeiro, Maria do Carmo Xavier de Queiroz, Renata Oliveira
Leorne Dantas, Micael Pereira Nobre 
Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, COSEMS Ceará, Secretaria Municipal de Saúde de
Guaramiranga 

Fatores demográficos, como o envelhecimento da população, fatores epidemiológicos, como


a ascensão das condições crônicas, e fatores gerenciais, como o aumento da cobertura dos
serviços, fazem com que as demandas e gastos cresçam a níveis difíceis de serem suportados
pelo sistema. Uma das principais estratégias implementadas no Ceará para esse enfrentamento
consiste na organização do sistema em Redes de Atenção (RAS), coordenadas e orientadas pela
Atenção Primária. Nesse sentido, é imprescindível a integração da Assistência Farmacêutica
(AF) nas RAS, não só como sistema de apoio (serviços de abastecimento), mas também como
ponto de atenção (serviços de cuidado farmacêutico), com o objetivo de propiciar o uso racional
e o acesso aos medicamentos de forma integrada, contínua, segura e efetiva para o indivíduo, a
família e a comunidade, com foco no alcance de resultados terapêuticos concretos. Este relato
de experiência objetiva descrever o processo de desenho do Projeto “Novas Intervenções da AF”
que está integrado ao “Projeto de Reforma do Sistema de Saúde do Ceará”, liderado pela SESA/
CE e que está sendo construído através de uma parceria com o Banco Interamericano de Desen-
volvimento (BID). O processo de desenho aconteceu de novembro de 2017 a abril de 2018, por
meio de encontros do grupo de profissionais identificados como colaboradores, sendo validado
pelo Grupo Condutor da SESA/CE e por um grupo de consultores internacionais do BID. No
Plano do Projeto foram descritos: objetivos, resultados esperados, atividades, indicadores, res-
ponsáveis, orçamento e cronograma.  O objetivo geral é o de contribuir para o fortalecimento da
AF regional por meio da promoção da adesão ao tratamento e do empoderamento dos usuários
às condições crônicas, com foco na Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus
(DM), para a integralidade do cuidado e resolutividade das ações de saúde na equipe multipro-
fissional. Foram identificados como fatores-chaves para o desenvolvimento do Projeto: gestores
municipais sensíveis e apoiando; garantia do acesso pelos usuários ao tratamento para HAS e
DM; redimensionamento do processo de trabalho dos farmacêuticos que atuam nos municípios;
e serviço de cuidado farmacêutico integrado aos serviços de saúde na RAS. O desafio agora é
implantar o Projeto nos municípios, através do apoio institucional da SESA/CE, transformando o
modelo assistencial para torná-lo mais proativo, preventivo, resolutivo e eficiente.

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  P-60 O perfil de reações adversas a medicamentos de um hospital
sentinela em Salvador-BA. 
Mariana Santos Melo, Maria Clara do Nascimento Rodrigues, Laura Catarina Lago Pereira 
Hospital Santa Izabel 

Introdução: Embora o medicamento seja formulado objetivando benefícios terapêuticos e se-


gurança, é indiscutível os riscos relativos a sua utilização. A reação adversa ao medicamento é
um evento não esperado e não intencional, que ocorre mesmo em doses usuais de tratamento,
causando dano ao paciente, aumentando a duração e custo da hospitalização. Neste contexto, a
farmacovigilância contribui para a identificação e compreensão dessas reações a fim de prevenir
ou minimizar a morbimortalidade e os gastos em saúde a elas relacionadas. Objetivo: Delinear
o perfil de reações adversas a medicamentos ocorridas nos anos de 2014 e 2015 em um hos-
pital sentinela de Salvador-BA. Métodos: Estudo unicêntrico, descritivo, retrospectivo realizado
a partir da coleta de notificações de reações adversas, previamente validadas, em um banco de
dados de Farmacovigilância de um hospital de grande porte em Salvador-BA. Trata-se de um
hospital filantrópico de alta complexidade, com capacidade para 549 leitos, referência em car-
diologia, ortopedia, neurologia, oncologia e pediatria. Os dados se referem ao período de maio
de 2014 a dezembro de 2015, no qual avaliou-se: sexo e idade dos pacientes, causalidade das
reações pelo algoritmo de RUCAM e Naranjo, gravidade, fontes notificadoras, classes farma-
cológicas, medicamentos e reações envolvidas. Foram incluídas neste estudo todas as reações
adversas a medicamentos validadas e notificadas à ANVISA no período selecionado, exceto
as suspeitas não validadas e demais eventos adversos. Resultados: Um total de 104 reações
adversas a medicamentos foram avaliadas. Dentre elas, 55% ocorreram com pacientes do sexo
masculino; pela faixa etária em anos, 31% tinham de 31 a 50, 21% de 51 a 70 e 18% de 71
a 100. Das reações, 7% foram recebidas por notificação espontânea, 43% por busca ativa e
as demais identificadas no acompanhamento farmacoterapêutico. Pelo algoritmo de Naranjo,
6% foram classificadas como definidas, prováveis 65% e possíveis 29%; por RUCAM, 47%
foram classificadas como altamente prováveis, prováveis 36%, possíveis 16% e improvável 1%.
Quanto à severidade das reações, em média, 16% foram classificadas como graves, moderadas
15% e leves 57%. Das reações, 59% envolveram alterações cutâneas, sistema nervoso 12%
e circulatório 9%. Das classes de medicamentos, os antibióticos representaram 30%, seguidos
dos contrastes 10% e antineoplásicos 8%. Conclusão: Este estudo possibilitou a quantificação
e classificação das reações adversas ocorridas em um hospital sentinela em Salvador-BA. O de-
lineamento do perfil de reações adversas permitirá o desenvolvimento de estratégias no amparo
à equipe multiprofissional no manejo e prevenção de danos relacionados a este tipo de evento.
Além de permitir a criação de novas barreiras no cuidado, este trabalho espera contribuir para a
divulgação do perfil institucional de reações adversas, incentivando às notificações espontâneas
e subsidiando os profissionais de saúde nas suas práticas diárias.

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  P-61 O processo de seleção de medicamentos da atenção primária
à saúde do estado do Ceará: promovendo o uso racional de
medicamentos 
Ana Kelly Leitão de Castro, Maíra Barroso Pereira, Fernanda França Cabral, Gisele Reis de
Norões, Mayara Magda Furtado de Carvalho, Sávio Helano Ribeiro Sobreira, Jamille de Araujo
Félix Duailibe, Alisson Menezes Araujo Lima 
Secretaria da Saúde do Estado do Ceará 

A seleção de medicamentos é um processo estratégico da Assistência Farmacêutica, dado que é


responsável por eleger os medicamentos que deverão estar disponíveis aos usuários do sistema,
com o objetivo de promover o uso racional, a melhoria da resolutividade terapêutica e a otimi-
zação dos custos. Nessa perspectiva, a Coordenadoria de Assistência Farmacêutica (COASF) da
SESA/CE resolveu que a seleção do elenco de medicamentos da Atenção Primária de 2018 seria
baseada seguindo critérios, com o objetivo de assegurar a oferta de medicamentos de qualida-
de, contribuindo para a racionalidade na prescrição e no uso dos medicamentos. O processo se
deu através da revisão dos medicamentos do Elenco Básico da Assistência Farmacêutica (AF)
e do Elenco Secundário da AF (complementar) do estado do Ceará, por classe terapêutica, no
período de setembro a novembro de 2017. A inclusão e exclusão de medicamentos foi baseada
nos seguintes critérios: epidemiológicos e farmacoeconômicos; na perspectiva das Linhas de
Cuidado prioritárias; presença na Rename 2017; evidências científicas disponíveis (eficácia,
efetividade e segurança); organização e oferta dos serviços; e financiamento. As etapas do pro-
cesso foram as seguintes: 1.Revisão pela equipe técnica da COASF (15 farmacêuticos), em 4
encontros; 2.Validação com especialistas (médicos de família, endocrinologistas, cardiologistas,
psiquiatras, oftalmologistas; psicólogos, enfermeiros, farmacêuticos) de instituições do estado
e município de Fortaleza, em diversos encontros; 3.Validação na Câmara Técnica da AF da
CIB/CE, em 4 encontros; 4. Aprovação na CIB/CE dos Elencos; 5. Publicação dos Elencos por
meio de Resoluções da CIB/CE. No Elenco Básico da AF, foram incorporados 7 medicamentos e
desincorporados 15 medicamentos e 1 produto para saúde, ficando o total de 136 itens, 6% a
menos que no de 2017. Já no Elenco Secundário da AF, foram incorporados 5 medicamentos e
1 produto para saúde e desincorporados 12 medicamentos, ficando o total de 50 itens, 11% a
menos do que no de 2017. Nesse processo, houve algumas particularidades como a mudança
de itens de um elenco para o outro e substituição de 3 tipos de insulina para a denominação
genérica de insulina ultra-rápida. Com esse processo, a COASF buscou tornar o processo de se-
leção mais eficiente, trazendo um impacto positivo para o usuário e para o estado e municípios,
pois a escolha racional proporciona uma melhor garantia de eficácia, segurança e otimização
do uso dos recursos.

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  P-62 Perfil das demandas judiciais para acesso a medicamentos
em um município da Bahia 
Gabriella dos Santos Andrade, Bruno Rodrigues Alencar 
Universidade Estadual de Feira de Santana 
Introdução: A interpretação limitada do artigo 196 da Constituição Federal que destaca a saúde
como direito de todos e dever do Estado, tornou frequente objeto de interferência do Poder Judi-
ciário, que o traduz como “tudo para todos”, gerando litigâncias jurídicas e que tem provocado
despesas extras na programação financeira do Sistema Único de Saúde. Objetivo: Caracterizar
o perfil dos requerentes e dos medicamentos demandados judicialmente em um município no
interior da Bahia. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo descritivo, realizado na Assis-
tência Farmacêutica da Secretaria Municipal de Saúde. Utilizou-se a análise documental como
técnica de coleta de dados que foi baseada em dados secundários dos processos judiciais e
Relatórios de Gestão dos anos 2013 a 2017. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da
Universidade Estadual de Feira de Santana, sob protocolo nº 1628201/2016. Resultados: Fo-
ram encontradas 181 pastas de pacientes que demandaram judicialmente, para um total de
393 medicamentos solicitados, média de 2,17 por ação. Sendo 51,9% de homens (n=94),
com média de idade 44 anos. 99,4% residiam no município. A representação jurídica demons-
trou que 80,1% (n=145) tiveram acesso à justiça por advocacia pública (Ministério ou Defen-
soria). Identificou-se que 52,4% das prescrições encontradas, eram provenientes do SUS ou
conveniados. Dos pacientes considerados ativos, apenas 47% (n=85) retiravam regularmente
os medicamentos, 40,3% (n=73) foram considerados casos de evasão que não retiravam o
medicamento há muito tempo, ou não constava nenhuma retirada; 9,9% (n=18) retiravam de
forma irregular, com falhas nos períodos; 2,2% (n=4) dos pacientes foram transferidos para o
Estado (2º Núcleo Regional de Saúde) ou para a Unidade de Alta Complexidade em Oncologia
(UNACON) e, um paciente (0,6%) foi a óbito. Os medicamentos mais solicitados pertenciam
ao grupo do trato alimentar e metabolismo (26%), de acordo a classificação Anatomical Thera-
peutic Chemical (ATC), seguido do sistema nervoso (18,6%). A maior parte dos medicamentos
não estava padronizada no SUS (66,2%), embora 20,4% pertenciam ao elenco do Componente
Básico da Assistência Farmacêutica. Os custos com a aquisição destes medicamentos nos anos
2013 a 2016 atingiram aproximadamente 3 milhões de reais, comprometendo o orçamento
municipal que poderia ser destinado a outros programas e políticas de saúde. Conclusão:  A
intervenção judicial pode ser indiretamente resolutiva para quem tem acesso à informação e à
justiça e utiliza esta via alternativa, de forma individual, para garantir o acesso ao medicamento.
Contudo, considerando os princípios do SUS, esta via infringe os princípios da integralidade e da
equidade, desorganiza as normas e responsabilidades previstas nas portarias ministeriais que
definem os componentes da AF, além de impor aos municípios custos elevados com a aquisição
de medicamentos de forma emergencial.

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 P-63 Perfil de consumo de medicamentos por graduandos do
curso de farmácia de uma instituição privada 
Dilcy Morgana Barros Maciel Cabral Davino, Ianara Acioli de Freitas Melo, Samara Almeida de
Souza Griz, Kilma Gomes Lins, Polyanne Thays Brandão Leite 
SESAU, CESMAC 

Introdução: A automedicação, prática rotineira vivenciada por grande parte da população, con-
siste no consumo de um determinado medicamento sem prescrição médica, para aliviar os sin-
tomas e tratar doenças. Quando praticada corretamente, a automedicação pode também con-
tribuir para aliviar financeiramente os sistemas de saúde pública. Porém, o uso indiscriminado
dos medicamentos, pode acarretar resultados indesejáveis. A informação adquirida sobre o uso
de medicamentos proporciona maior confiança para a prática entre os estudantes universitários,
em especial, os da área da saúde. No Brasil, mais pesquisas e ações precisam ser realizadas,
pois há deficiência de dados úteis para combater a automedicação irresponsável, estimulando
o uso racional de medicamentos conforme recomendado pela OMS. Objetivo: Avaliar o perfil de
consumo de medicamentos por graduandos do curso de farmácia, além de esclarecer e cons-
cientizar os futuros profissionais farmacêuticos sobre automedicação, pois serão os principais
responsáveis por orientar a população sobre os riscos dessa prática. Método: Foi realizado um
estudo transversal de caráter descritivo com abordagem quantitativa, com acadêmicos matricu-
lados no 1º semestre de 2018 em todos os períodos do curso de farmácia de uma instituição
de ensino superior, no município de Maceió-AL. Os dados foram coletados, após a aprovação
do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) divulgada através do Parecer Consubstanciado (número:
2.436.431), através da aplicação de um questionário semi-estruturado e assinatura do Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) pelos alunos concordaram em participar da pes-
quisa. Resultados: O estudo contou com amostra de 225 graduandos, sendo 74,2% do sexo
feminino, prevalecendo a faixa etária de 21 a 30 anos e o estado civil solteiro. Apesar de 88,4%
relatar ter conhecimento sobre a automedicação, os resultados indicaram a prática por parte dos
discentes, pois 68,4% informou se automedicar, 58,2% adquirem medicamentos sem receita,
86,2% estocam medicamentos em casa, as principais classes consumidas são os analgésicos,
na forma farmacêutica de comprimidos e o principal motivo foi para dores em geral, tanto para
automedicação como de uso contínuo. Quanto à influência no uso de medicamentos, 56,0%
consultam o farmacêutico, 32,9% receberam indicações por parte de familiares, amigos ou
vizinhos e 53,3% as propagandas de medicamentos chamam atenção para compra, principal-
mente por TV/Rádio. Quando analisada a mudança de no perfil de consumo dos graduandos,
notou-se que 72,30% mudou seu comportamento, e destes, 84,4% reduziram o consumo de
medicamentos. Conclusão: Felizmente, foi verificado que existe uma mudança positiva no com-
portamento de consumo com redução em todos os períodos,  provavelmente relacionada ao co-
nhecimento adquirido durante a graduação, tendo consciência dos danos que a automedicação
inconsciente pode causar à saúde.

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 P-64 Perfil de medicamentos prescritos por sonda em uma
unidade de terapia intensiva 
Manoela Santos da Silva, Ionara Vieira Rocha da Mota, Gisele Bomfim Pereira, Beatriz da Silva
Santos, Gisele da Silveira de Lemos 
1 Graduanda do Curso de Bacharelado em Farmácia. Universidade Estadual do Sudoeste Da
Bahia – Jequié, 2 Farmacêutica. Assistência Farmacêutica, Itagibá-BA., 3 Docente do Curso De
Farmácia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - Jequié-BA. 

Introdução: As sondas, dispositivos utilizados para nutrição enteral, podem consistir em uma via alterna-
tiva para a administração de medicamentos orais para pacientes em estado grave, como os internados na
Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No entanto o uso da sonda nasoenteral (SNE) e nasogástrica (SNG)
para a administração de medicamentos não está isenta de riscos como às obstruções da sonda, incompati-
bilidades entre fármacos e nutrientes, aumento de efeitos adversos e diminuição da eficácia dos fármacos.
Estudos realizados em três hospitais de ensino relatam a prescrição de medicamentos de uso oral para
administração por sondas gástricas, prescritos na forma farmacêutica sólida em 86,6%, 94%, e 60,61%
respectivamente. Considerando o uso empírico de medicamentos por essa via em hospitais, mas precisa-
mente em UTI, e a escassez de estudos com informações que direcionem um correto preparo e administra-
ção de formas farmacêuticas orais, pesquisas com esses pontos são importantes para promover ações que
tenham por fim a elaboração de protocolos clínicos em hospitais que não dispõem de farmacotécnica hos-
pitalar. Objetivo: Analisar prescrições de medicamentos administrados por sonda a pacientes internados
em uma UTI. Métodos: Estudo transversal, descritivo – analítico, realizado no mês de novembro de 2017,
por meio da análise de prescrições de medicamentos utilizados via SNG ou SNE por pacientes internados
na UTI de um hospital público no estado da Bahia. Foram considerados como critérios de inclusão, todas
as prescrições recebidas pela farmácia do hospital, advindas da UTI, no mês de novembro de 2017 com
indicação de uso de medicamentos VSNG ou VSNE. A UTI foi selecionada nesta avaliação por ser o setor
hospitalar com maior número de prescrições de medicamentos envolvendo esse tipo de via de adminis-
tração. Amostra e coleta de dados: Foram avaliadas a totalidade das prescrições do mês de novembro de
2017, totalizando uma amostra de 138 prescrições contendo medicamentos por VSNG e VSNE. Foram
avaliadas todas as prescrições, via da farmácia, de pacientes internados na unidade de terapia intensiva
durante o período de novembro de 2017, que continham medicamentos utilizados via sonda nasogástrica
ou nasoenteral. Para avaliação do uso adequado ou inadequado do medicamento por VSNG ou VSNE foi
consultada a bula do profissional referente ao medicamento disponível no bulário eletrônico da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária. Análise de dados: A tabulação dos dados foi feita nos softwares Epidata
versão 3.1 de 2008 e StatisticalPackage for the Social Sciences (SPSS), versão 23.0 de 2015 (IBM Corp,
Armonk Estados Unidos da América) para a realização das análises estatísticas. Foram calculadas as fre-
quências absolutas (FA), relativas (FR) das variáveis categóricas e para as variáveis continuas a média e
desvio padrão (DP). Para a análise estatística, considerou-se como variável dependente o 3º nível ATC dos
medicamentos e todas as outras variáveis como independentes. Foi feito o teste Qui-quadrado de Pearson
e para valores observados abaixo de cinco a razão verossimilhança. O nível de significância adotado foi de
5% (α = 0,05). Considerações éticas: O estudo foi realizado seguindo todos os preceitos éticos vigentes,
Resolução do Conselho Nacional de Saúde - CNS no 466/12, sendo aprovada pelo Comitê de Ética e
Pesquisa da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia com nº de protocolo 29780014.8.0000.0055
e número de parecer favorável 703.37. Resultados: O estudo foi elaborado com base na análise de 138
prescrições, as quais continham 410 medicamentos para serem administrados via sonda nasoenteral e
nasogástrica, tendo uma média de 2,92 (DP=1,53) medicamento por prescrição. Em relação ao tipo,
94,9% dos medicamentos foram prescritos para administração via SNE e 5,1% VSNG. De acordo a classi-
ficação Anatomical Therapeutic Chemical (ATC), as classes de medicamentos mais prescritas foram: para
o sistema cardiovascular 64%, sistema nervoso 22,9%. Formação de sangue órgãos (antitrombóticos)
4,4% e trato alimentar e metabolismo, 3,2%. Conclusão: Com base nos resultados do referido estudo, é
perceptível a alta frequência de medicamentos prescritos por sonda nasoenteral e nasogástrica, sendo em
maior porcentagem os pertencentes as classes de medicamentos para o sistema cardiovascular, e nervoso,
uma vez que, esses dados podem ser justificados pela vasta utilização dessas classes de medicamentos.

66 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.66


 P-65 Perfil do idoso institucionalizado: análise socioeconômica,
epidemiológica e farmacológica dos residentes em um abrigo
do Município de Salvador 
Inaiara de Jesus Campos, Catarine dos Santos Pereira, Rosa Maria Martinez Castor de Cerqueira 
Faculdade de Tecnologia e Ciências 

Introdução: No Brasil, a população idosa vem crescendo de forma acentuada, sendo conside-
rado um país jovem até os anos de 1980. Chegando ao século XXI, a população mais idosa
aumentou consideravelmente e de acordo ao último Censo Demográfico de 2010, o Brasil
apresenta uma população não mais tão jovem. Fatores como a mudança da família brasileira,
que tem se modificado com a modernização da sociedade, a inserção da mulher no mercado
de trabalho, o avanço na medicina e farmácia, o aperfeiçoamento dos métodos contraceptivos,
contribuem para o aumento da população idosa. Somada a essas mudanças, a escassez de
alternativas para as famílias manterem seus parentes em casa, têm impulsionado a demanda
por internações. Objetivos: Conhecer o perfil socioeconômico, epidemiológico e farmacológico
de idosos que vivem em Instituições de Longa Permanência (ILPI), identificar as doenças pre-
valentes, classes terapêuticas e alguns dos medicamentos mais utilizados, analisar o problema
da polifarmácia, além da importância da intervenção farmacêutica.  Métodos: Trata-se de um
estudo transversal e exploratório de dados coletados a partir de arquivos e fichas de admissão
a instituição, no total de 44 amostras, onde registrava-se o histórico das idosas, com idade
de 65-98 anos, de um abrigo feminino do município de Salvador. Resultados: No estudo, a
média de idade foi de 80-86 anos (27,5%), nível escolar até o ensino médio (43,2%), sendo
maioria de estado civil solteira e de renda mensal de 2-3 salários. Destacaram-se as doenças
do sistema cardiovascular e endócrino, constituindo-se como os mais prevalentes: hipertensão
arterial sistêmica (63,6%), diabetes mellitus (35,1%) e distúrbios da tireoide (15,9%). Quanto
as prescrições médicas analisadas, encontrou-se medicamentos de uso por tempo determinado
e de uso continuo. Algumas prescrições continham mais de 4 medicamentos para a mesma
paciente, caracterizando a polifarmácia. Entre os fármacos mais prescritos, estão a Losarta-
na Potássica, Hidroclorotiazida, AAS (ácido acetilsalicílico), Omeprazol, Sinvastatina, Rivotril,
Amitriptilina, Diazepam, Calman, Puran T4, Glibencamida dentre outros. Conclusão: O perfil
do idoso institucionalizado, está em conformidade às literaturas analisadas, em relação a idade
de integração nas instituições, nível de escolaridade, estado civil e doenças crônicas. As ILPIs,
podem e devem intervir de modo direto em inclusões de atividades de lazer para prevenir ou
minorar as possíveis perdas funcionais, manter o idoso ativo, acolhido e para isso é necessária
a presença de equipes multidisciplinares.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.67 67


 P-66 Perfil do uso de antimicrobianos e custos relacionados ao
tratamento de infecção por cateter no serviço de hemodiálise
de um hospital universitário 
Jordan Carlos Silva de Medeiros, Regina Meira Lima de Souza, Analú Pedrosa de Souza Quirino,
Laís Silva de Vasconcelos, Erika Michelle do Nascimento Facundes Barbosa, Carolina Barbosa
Brito da Matta, Eliane Leite de Sousa Magalhães, José de Arimatea Rocha Filho 
Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC/UFPE) 
Introdução: A infecção é a complicação mais grave associada aos cateteres sendo a segunda
maior causa de óbitos dos pacientes em diálise no Brasil. É a principal causa de internação
hospitalar dos pacientes em terapia renal substitutiva. Essas infecções estão relacionadas à
assistência e ao próprio cuidado do paciente e geram aumento do custo da terapia. O cateter
venoso central é uma alternativa para pacientes que necessitam de hemodiálise (HD) que não
possuem acesso vascular permanente. A escolha dos cateteres deve considerar potencial re-
dução na morbimortalidade e redução de custos. Objetivo:  Identificar os medicamentos, as
associações mais prescritas e o custo do tratamento com antimicrobianos nas infecções por
cateter no serviço. Metodologia: Estudo descritivo transversal retrospectivo no serviço de he-
modiálise do Hospital das Clínicas de Pernambuco. A população estudada foi composta pelos
pacientes atendidos com o diagnóstico de infecção no período de janeiro a dezembro de 2017.
Foi estratificado um subgrupo de pacientes com infecção por cateter. As informações relaciona-
das aos diagnósticos e esquemas de tratamentos de antimicrobianos recebidos pelos pacientes
foram coletadas pelo farmacêutico clínico por meio dos registros em prontuário e da evolução
de enfermagem. Já as informações sobre os custos dos antimicrobianos foram obtidas pelo setor
de farmácia através do sistema de gerenciamento e finanças da instituição. Os dados coletados
foram quantificados e submetidos à análise estatística descritiva. Resultados: Foram atendidos
cerca de 672 pacientes/ano com a média de 56 paciente/mês e realizadas 8.604 sessões de
hemodiálise/ano. O grupo de estudo, heterogêneo e com idades entre 21 a 89 anos (n=98),
representa 14,58% desta população, ?=8,16 pacientes/mês. O subgrupo de pacientes com
infecção de cateter (n=71) teve uma representatividade de 72,4%, ?=5,91 pacientes/mês.
Foram identificados 7 diferentes antimicrobianos prescritos individualmente para tratamento de
infecção de cateter, com prevalência de cefazolina (42,5%) e vancomicina (32,5%). Quanto ao
tratamento combinado de antimicrobianos foram identificadas 5 diferentes associações, predo-
minando gentamicina/vancomicina (71,87%). O custo total direto com medicamentos em geral
no setor foi de R$ 95.296,35, sendo R$ 7.380,21 com antimicrobianos nas diversas infecções
identificadas. Destes R$ 5.327,42 foi relacionado a infeção por cateter, equivalendo a 5,6%
do total gasto com medicamento. Conclusão: A prevalência do tratamento com antimicrobiano
de amplo espectro de ação, vancomicina, pode estar associado a gravidade dos pacientes e ao
perfil microbiológico da instituição. A análise dos custos com antimicrobianos para o tratamento
de pacientes é de extrema relevância para despertar nos profissionais de saúde a preocupação
com o impacto das infecções relacionadas à assistência e a educação em saúde ofertada ao
paciente, favorecendo a adesão às medidas de prevenção para infecção por cateter.
 

68 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.68


 P-67 Perfil dos farmacêuticos nas farmácias comunitárias de
dezessete bairros em Camaçari-BA 
Elisabeth Nunes de Santana, Rosa Maria Martinez Castor de Cerqueira 
Faculdade de Tecnologia e Ciências Campus Paralela 

Introdução:  A Lei 13.021/2014, que dispõe sobre o exercício e fiscalização das atividades
farmacêuticas, em seu Art. 3 define farmácia como uma unidade de prestação de serviços des-
tinada a prestar assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e
coletiva. Estabelece também quais as atribuições dos farmacêuticos que atuam nesses estabe-
lecimentos para promoção do uso racional de medicamentos. Após a sua publicação a farmácia
comunitária tem deixado de ser vista como estabelecimento comercial, buscando tornar-se um
estabelecimento de saúde, no qual a população encontre informação e orientação para o uso
correto dos medicamentos. Objetivos: Caracterizar o perfil dos farmacêuticos e das atividades
por eles exercidas nas farmácias comunitárias de 17 bairros de Camaçari – Ba. Métodos: Tra-
ta-se de um estudo transversal exploratório realizado no município de Camaçari. Os estabeleci-
mentos foram identificados através de listagem das farmácias e drogarias registradas no CRF-BA
e através de sites de busca de comércios. As visitas aconteceram em abril de 2018, onde rea-
lizou-se o máximo de 3 tentativas de encontrar o farmacêutico no horário informado aos órgãos
de vigilância. Aplicou-se um questionário semiestruturado, com 33 questões, aos farmacêuticos
presentes no estabelecimento após esclarecimento dos objetivos da pesquisa e a assinatura do
termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: Encontrou-se o profissional presente em
apenas 31% dos estabelecimentos, com predominância de 78% do sexo feminino, 45% tendo
entre 1 a 5 anos de formado e 44% eram proprietários da farmácia.  Dos entrevistados 55%
manifestaram alta satisfação com a prática profissional e 100% declararam como principais
atividades venda de produtos e informações sobre medicamentos. As principais dificuldades
relatadas foram falta de espaço para atendimento aos clientes e conseguir priorizar a saúde, em
detrimento da questão comercial. Conclusão: Verificou-se a necessidade do entendimento dos
proprietários que o farmacêutico é um profissional de saúde e que sua presença é indispensável
em todo horário de funcionamento da farmácia. É também importante, nesses estabelecimentos,
a existência de espaços para atendimento dos pacientes com privacidade assim promovendo à
saúde e o uso racional de medicamentos.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.69 69


 P-68 Perfil dos primeiros usuários do sus cadastrados no
componente especializado da Assistência Farmacêutica na
Bahia para tratamento da Hepatite C com o esquema 3D 
Rose Meire Dourado, Débora Almeida de Jesus, Jane Magalhães, Cintia Farias 
SESAB/SAFTEC, FIMAE, SESAB/DASF 

Introdução: A infecção crônica pelo vírus da Hepatite C (HCV) atinge aproximadamente cerca
de 71 milhões de pessoas em todo o mundo. Foram notificados no Brasil 331.855 casos de
hepatite C e as maiores taxas de detecção foram observados na faixa etária de 55 a 59 anos,
em ambos os sexos, com prevalência maior em homens. Os óbitos por hepatite C são a maior
causa de morte entre as hepatites virais e cerca de 400 mil pessoas vão a óbito no mundo todo
ano, devido a complicações desta doença. O número de óbitos devido a infecçao por HCV vem
aumentando ao longo dos anos em todas as regiões do Brasil. O tratamento visa a erradicação
do vírus a fim de melhorar a expectativa e qualidade de vida, diminuir a transmissão do vírus e
evitar a evolução mais grave da doença. Em 2016 um novo esquema de tratamento foi incor-
porado ao SUS, com medicamentos de ação direta contra o vírus, com vantagens significativas
em relação aos tratamentos anteriores, o esquema 3D composto por Veruprevir, Ritonavir, Ombi-
tasvir e Dasabuvir. Este trabalho tem como objetivo identificar o perfil dos primeiros usuários do
SUS cadastrados na Bahia a utilizarem o esquema 3D para tratamento da Hepatite C. Materiais
e Métodos: Este trabalho trata de um estudo de caso, de natureza quantitativa, que utilizou
para coleta dos dados a Ficha de Acompanhamento Ambulatorial dos pacientes da Farmácia do
Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) que iniciaram tratamento com
esquema 3D. Resultados e Discussões: Entre o mês de novembro de 2017 e julho de 2018,
78 usuários do SUS iniciaram o tratamento com esquema 3D para tratamento da Hepatite C. A
maioria era do sexo feminino (45,2%), apresentando-se na faixa etária de 50-59 anos (25,8%),
sem tratamento prévio para hepatite C (59,1%), infectados pelo vírus de genótipo 1B (41,9%)
e apresentando grau de fibrose F2 (31,2%). Cerca de 37,6% dos pacientes eram portadores
de outras patologias. Em relação à apresentação de reações adversas, 15,1% dos pacientes se
queixaram principalmente de náusea, sonolência, cefaleia e alterações no apetite. Não foram
encontrados registro de queixas em 46,2% dos casos. Conclusões: Embora a população estu-
dada não represente o total de pacientes em uso destes novos medicamentos na Bahia, a sua
caracterização torna-se relevante visto a recente incorporação destes medicamentos ao elenco
do SUS.

70 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.70


 P-69 Prevalência de medicamentos potencialmente inapropriados
para idosos na relação municipal de medicamentos
essenciais de Feira de Santana-BA 
Iuri Gomes de Oliveira, Lina Valéria dos Santos Souza, Bruno Rodrigues Alencar, Tatiane de
Oliveira Silva Alencar, Gizelly Braga Pires 
Universidade Estadual de Feira de Santana 

Introdução: A Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (Remume) é um instrumento de


suma importância para prescritores, dispensadores e demais trabalhadores de saúde que lidam
com medicamentos. A Remume de Feira de Santana-BA possui 117 fármacos de 19 grupos
farmacológicos que buscam atender as demandas de saúde mais prevalentes como o diabetes e
a hipertensão, além de conter antibióticos, anti-inflamatórios, anticoncepcionais, medicamentos
para a saúde mental, entre outros. A elaboração e atualização frequente devem ser feita pela
Comissão de Farmácia e Terapêutica municipal (CFT) que deve considerar a presença de Medi-
camentos Potencialmente Inapropriados para Idosos (MPI) e de opções de fármacos mais segu-
ras para os idosos. Os MPI são definidos como medicamentos que podem oferecer mais riscos
que benefícios aos idosos. Objetivos: Estimar a prevalência de medicamentos potencialmente
inapropriados para idosos na Remume 2018 da Atenção Básica de Feira de Santana, BA, e
identificar possíveis alternativas terapêuticas a esses medicamentos. Metodologia: A Remume
de Feira de Santana considerada foi obtida a partir da planilha de programação quinzenal de
medicamentos das Unidades de Saúde da Família (USF) do município, sendo avaliada quanto à
presença de MPI conforme os critérios de Beers (2015) e o Consenso Brasileiro de Medicamen-
tos Potencialmente Inapropriados para Idosos (2016). As alternativas aos MPI foram identifica-
das a partir de boletim elaborado pelo Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos
e outras fontes (artigos científicos e livros). Esta atividade foi desenvolvida pelo “Programa de
Promoção do Uso Racional de Medicamentos na Atenção Básica do município de Feira de
Santana-BA”.  Resultados: Dos 117 princípios ativos que constam na Remume 19,6% (23)
são considerados potencialmente inapropriados e para 73,9% (17) destes há pelo menos uma
alternativa com indicação semelhante, possivelmente podendo ser utilizada em substituição, ou
sendo viável um ajuste posológico visando maior segurança no uso de medicamentos. Apenas
43,4% (10) dos MPI possuem alternativas terapêuticas identificadas na literatura científica
que também fazem parte da Remume, a saber, amiodarona, amitriptilina, clomipramina, fe-
nobarbital, glibenclamida, ibuprofeno, maleato de dexclorfeniramina, metildopa, nortriptilina
e prometazina. Conclusão: A partir desta avaliação, considera-se importante que prescritores,
farmacêuticos e demais trabalhadores da saúde possam identificar MPI, a fim de evitar ao
máximo a exposição dos idosos e os acompanhar mais intensamente, quando o uso se fizer
necessário. A CFT precisa atualizar o elenco de medicamentos considerando as populações
especiais como os idosos, buscando dessa forma melhorar a segurança no uso de fármacos.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.71 71


  P-70 Prevalência do uso de medicamentos potencialmente
inapropriados para idosos e interações medicamentosas em
uma instituição de longa permanência para idosos 
Iuri Gomes de Oliveira, Lina Valéria dos Santos Souza, Bruno Rodrigues Alencar, Tatiane de
Oliveira Silva Alencar, Gizelly Braga Pires 
Universidade Estadual de Feira de Santana 

Introdução:  A crescente institucionalização de idosos em Instituições de Longa Permanência


para Idosos (ILPI) no Brasil e no mundo deve ser considerada uma pauta relevante para o desen-
volvimento de ações referentes à promoção do uso racional de medicamentos, principalmente
por conta de que a desconsideração quanto as possíveis interações medicamentosas, reações
adversas e uso de Medicamentos Potencialmente Inapropriados para Idosos (MPI), definidos
como um conjunto de fármacos que oferecem maior risco que benefício aos idosos, são alguns
dos principais problemas evidenciados nestas entidades. Objetivo:  Estimar a prevalência do
uso de medicamentos potencialmente inapropriados para idosos e as interações medicamento-
sas em prescrições de idosos da ILPI da Associação Feirense de Assistência Social (AFAS) no
bairro Campo Limpo em Feira de Santana, BA. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal
realizado entre novembro de 2017 a abril de 2018, tendo como participantes 38 idosos insti-
tucionalizados na ILPI da AFAS que utilizavam medicamentos. Verificou-se a existência de MPI
a partir dos critérios de Beers 2015 e Consenso Brasileiro de Medicamentos Potencialmente
Inapropriados para Idosos, publicado em 2016, além da existência de potenciais interações
medicamentosas utilizando-se a base de dados Micromedex®. Essa pesquisa foi realizada por
meio do programa de extensão da UEFS “Programa de Promoção do Uso Racional de Medica-
mentos na Atenção Básica no município de Feira de Santana-BA”. Resultados: A prevalência
de idosos em uso de MPI equivaleu a 71,05% (27). A maior quantidade de MPI em uso foi
seis (6), a menor quantidade um (1) e a média de aproximadamente dois (2) MPI por idoso.
Foram identificados 17 MPI nas prescrições. A prevalência de interações medicamentosas foi
de 42,1% (16 prescrições). Foram encontradas 49 interações do tipo medicamento-medica-
mento, sendo destas 2% (1) consideradas leves, 55,1% (27) moderadas e 42,9% (21) im-
portantes. 52,9% (9) dos MPI estavam envolvidos em interações medicamentosas, a saber,
glibenclamida, clorpromazina, haloperidol, prometazina, olanzapina, amitriptilina, fenobarbital,
clonazepam e quetiapina. Os MPI com maior frequência de interações foram a clorpromazina,
representando 16,3% (8) das interações, a prometazina 14,2% (7) e a glibenclamida, 10,2%
(5). Conclusão: A partir da caracterização realizada, percebeu-se a importância e a necessida-
de da avaliação das prescrições feitas a idosos em ILPI, além da inserção do farmacêutico na
equipe multidisciplinar destas instituições, com ações referentes à aquisição, armazenamento,
administração e orientação quanto ao uso de medicamentos por idosos a fim de melhorar a
farmacoterapia prescrita e reduzir os riscos quanto ao uso dos medicamentos.

72 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.72


 P-71 Programa saúde na pele no estado do rs: reflexões sobre
avaliação de programas em saúde 
Simone Pacheco do Amaral, Laura Minuzzi Kreutz, Giliane Dorneles Guerin 
SES/RS 
Introdução: O programa Saúde na Pele, hoje coordenado pela Assistência Farmacêutica (AF) do
Estado do Rio Grande do Sul, é uma iniciativa com vistas à promoção da saúde e a prevenção
dos casos de câncer de pele no Estado. O Rio Grande do Sul, de acordo com dados do Instituto
Nacional de Câncer (INCA), possui a maior incidência de câncer maligno de pele no Brasil com
estimativa para 2018 de 8,02 casos para cada 100 mil homens e 7,09 casos para cada 100
mil mulheres. O programa foi criado em 2014, por meio da Portaria SES/RS 304, que estabele-
ce medidas para prevenção e combate às doenças de pele associadas à exposição solar. Neste
sentido, a avaliação deste programa se faz necessária para qualificação e até reformulação do
mesmo, caso necessário. Objetivos: Descrever dados de monitoramento do programa no Estado,
trazendo reflexões sobre a construção de uma proposta de avaliação. Método: Estudo descritivo
a respeito de dados disponíveis, a nível de Gestão Estadual, do programa Saúde na Pele, no
Estado do RS, trazendo reflexões sobre os fatores que poderão estar contribuindo na construção
de uma metodologia de avaliação deste programa. Resultados: O Estado possui 116.475 usuá-
rios cadastrados no Sistema AME, aptos a receber o protetor. O quantitativo adquirido desde a
criação do programa foi de 888.360 frascos. O gasto com a aquisição deste insumo foi de R$
5.382.686,40. Em 2010, o gasto do sistema público de saúde para o tratamento de câncer
de pele no Brasil foi de 37 milhões. Os dados de mortalidade por CA de pele, no Estado do RS,
nos anos de 2014 e 2015, de acordo com o Tabnet (DataSUS), foram, respectivamente de 259
e 262 mortes em homens e mulheres. Conclusão: O presente programa é um potencial campo
para desenvolvimento de estudos de avaliação em que a AF poderá estar contribuindo não só
com a logística e disponibilização do insumo, mas também com a avaliação de resultados. A
insuficiência de dados disponíveis, a nível de Gestão Estadual, a respeito do programa, trazem
um desafio na construção de uma proposta metodológica para avaliação da sua efetividade,
tendo em vista a complexidade de fatores que podem estar interferindo no cumprimento do ob-
jetivo principal do programa, que é a redução dos casos de CA de pele no Estado do RS. Neste
contexto, importante se faz, além do acompanhamento epidemiológico dos casos de CA de pele,
o monitoramento dos usuários na Atenção Básica em Saúde (acompanhamento das dispensa-
ções, da forma de utilização, periodicidade) e o estabelecimento de Centros de Referência para
acompanhamento e tratamento nos casos de melanomas em diferentes estágios.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.73 73


 P-72 Promoção do uso racional de medicamentos em uma
instituição de longa permanência para idosos: relato de
experiência 
Iuri Gomes de Oliveira, Lina Valéria dos Santos Souza, Bruno Rodrigues Alencar, Tatiane de
Oliveira Silva Alencar, Gizelly Braga Pires 
Universidade Estadual de Feira de Santana 

Introdução: O envelhecimento da população é um fenômeno mundial, e tal processo associado


aos novos arranjos familiares e a baixa renda tem colaborado para a crescente institucionali-
zação de idosos em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI). Os idosos são o se-
guimento da sociedade com as maiores taxas de consumo de medicamentos, e isso demonstra
a necessidade do cuidado quanto ao uso de medicamentos por esta população, em virtude de
riscos associados como as reações adversas, Medicamentos Potencialmente Inapropriados para
Idosos (MPI), definidos como fármacos que oferecem mais riscos que benefícios aos idosos, e
interações medicamentosas. Objetivo: Relatar a experiência de promoção do uso racional de
medicamentos em uma ILPI. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de um plano de
trabalho extensionista do “Programa de Promoção do Uso Racional de Medicamentos na Aten-
ção Básica do município de Feira de Santana-BA”, realizado na ILPI da Associação Feirense
de Assistência Social (AFAS), no bairro Campo Limpo, em Feira de Santana-BA, no período de
novembro de 2017 a junho de 2018. Resultados: Sobre o uso de medicamentos por idosos da
instituição, existia uma única lista com o nome dos idosos, sendo esta informação presente em
pequenos recipientes. Dessa forma, para organizar melhor a administração dos medicamentos,
foram criados quadros com os nomes dos medicamentos utilizados pelos idosos, organizados
por sexo, ordem alfabética e horário de uso. Posteriormente foram analisadas as prescrições
dos idosos no período de novembro de 2017 a abril de 2018, no qual se verificou que 71,05%
(27) dos idosos utilizavam MPI de acordo com os critérios de Beers (2015) e Consenso Bra-
sileiro de Medicamentos Potencialmente Inapropriados para Idosos (2016) e que 42,1% (16)
estavam expostos a potenciais interações medicamentosas, verificadas por meio da base de
dados Micromedex®. Os resultados obtidos foram apresentados aos profissionais da instituição,
e também se elaborou uma carta ao médico responsável pelos idosos, sugerindo alternativas
terapêuticas mais seguras e maiores cuidados quanto às interações medicamentosas. Também
foram realizadas ações sociais aos idosos e capacitações aos profissionais sobre o uso seguro de
medicamentos, esclarecendo dúvidas e divulgando materiais informativos (folders) elaborados:
Medicamentos Potencialmente Inapropriados para Idosos: informações relevantes para seguran-
ça farmacoterapêutica, Interações Medicamentosas: fator de risco no uso de medicamentos por
idosos e Uso de Medicamentos por Idosos: o que preciso saber? Conclusão: A execução das
atividades extensionistas na ILPI da AFAS possibilitou conhecer o perfil farmacoterapêutico, bem
como evidenciar e intervir em problemas que não podem ser desconsiderados como interações
medicamentosas e o uso de MPI. Desta forma, a promoção do uso racional de medicamentos
deve realizada de forma contínua a fim de garantir a melhoria na qualidade de vida de idosos.

74 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.74


  P-74 Regulamentação dos biossimilares: comparação entre as
agências regulatórias brasileira, americana e europeia 
Pamela Karla Guimarães Santana, Ricardo Steffen, Rosângela Caetano 
IQVIA, UERJ 

Introdução: A expiração da patente de medicamentos biológicos impulsionou o surgimento dos


medicamentos biossimilares. Por não serem considerados cópias idênticas dos medicamentos
inovadores, os biossimilares suscitaram importante debate na comunidade científica sobre como
esses produtos seriam regulamentados. Diversas agências regulatórias publicaram diretrizes
para o desenvolvimento e comercialização desses medicamentos, com destaque para a pionei-
ra European Medicine Agency (EMA), em 2005, a Food and Drug Administration (FDA) em
2012 e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em 2010. Objetivo:  Comparar
as exigências regulatórias da agência brasileira (ANVISA) com as agências europeia (EMA) e
americana (FDA) para a regulamentação dos medicamentos biossimilares. Resultados: As três
agências disponibilizam duas vias regulatórias para medicamentos biológicos “não originais”: a
via da comparabilidade — que exige evidências de que não há diferenças com o medicamento
inovador em termos de qualidade, eficácia e segurança — e a via do desenvolvimento individual,
que não considera a comparação com o medicamento inovador. Entretanto, internacionalmente,
o termo “biosimilar” só é válido para medicamentos aprovados pela via da comparabilidade,
enquanto os aprovados pela via individual são chamados de “stand-alone”.  Na ANVISA, os
medicamentos que passaram por ambos os tipos de aprovação são chamados de “produtos
biológicos”. Além disso, nas agências regulatórias internacionais, o dossiê de um stand-alo-
ne é exatamente igual ao de um biológico novo, enquanto a ANVISA permite que o processo
seja mais reduzido. A farmacovigilância ativa é outro importante componente abordado pelas
diretrizes internacionais e brasileiras e todas exigem que o requerente apresente informações
sobre o sistema de farmacovigilância e o plano de gerenciamento de riscos. No entanto, a FDA
regulamentou recentemente a adoção de um sufixo composto por quatro consoantes aleatórias
aos nomes dos princípios ativos dos biossimilares, enquanto na EMA e na ANVISA os biossimi-
lares possuem a mesma denominação em comum dos medicamentos inovadores. Em relação
à intercambialidade, a FDA possui uma lista “Purple Book”, que identifica se o produto é bios-
similar (B) ou biossimilar e intercambiável (I), porém, esse posicionamento está sujeito às leis
de cada estado americano. Similarmente, a EMA designa a decisão desse tema para cada país
membro. A ANVISA vem intensificando as discussões sobre o tema, com a criação de grupos
de trabalho específicos, porém, ainda não adotou um posicionamento definitivo. Por fim, as
três agências permitem a extrapolação de indicações. Conclusões: Apesar das três agências
sanitárias possuírem pontos em comuns em relação à regulação dos biossimilares, ainda exis-
tem muitas lacunas regulatórias a serem preenchidas, as quais podem ter impactos econômicos
e na possibilidade de um uso mais difuso destes produtos.

J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.75 75


 P-75 Relação municipal de medicamentos essenciais e descarte
adequado: um estudo de caso 
Lina Valéria dos Santos Souza, Iuri Gomes de Oliveira, Tatiane de Oliveira Silva Alencar, Bruno
Rodrigues Alencar, Gizelly Braga Pires 
Universidade Estadual de Feira de Santana 

Introdução: A Atenção Básica de Saúde promove o acesso a medicamentos para a população


assistida pela Estratégia Saúde da Família. Ainda que a dispensação de medicamentos ocorra
mediante prescrição médica, da enfermeira ou dentista, não é raro que, ao término da terapia
medicamentosa, restem comprimidos no blister; ou, se armazenados de forma incorreta, muitos
medicamentos (principalmente termolábeis e os fotossensíveis) sejam perdidos, necessitando
de descarte. No Brasil, o gerenciamento de resíduos sólidos, incluindo os medicamentos, está
fundamentado na Resolução Conama n° 358/2005, RDC nº 306/2004, e RDC nº 222/2018,
determinando que todos os resíduos de serviços de saúde, da geração até as disposições finais,
sejam gerenciados pelos responsáveis. Porém, estudos diversos revelam que ainda há lacunas
importantes para o cumprimento dessas disposições. Objetivo: Caracterizar os medicamentos
constantes na Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (Remume) do município de Fei-
ra de Santana-BA que necessitam de tratamento e descarte específicos. Metodologia: Trata-se
de um estudo de caso, descritivo, fundamentado na análise documental (Remume de Feira de
Santana) e nas disposições legais relativas ao gerenciamento de resíduos. Fez-se uma cate-
gorização dos produtos conforme sua classe terapêutica para identificar como o descarte dos
mesmos, à luz das resoluções referidas. Resultados: De acordo com as disposições legais, as
classes de medicamentos que precisam de incineração como destinação final são: antimicro-
bianos, hormonais, citostáticos, antineoplásicos, imunossupressores, digitálicos, imunomodula-
dores, antirretrovirais, e medicamentos constantes na Portaria nº 344/98 e suas atualizações.
Dentre os 117 medicamentos elencados na Remume feirense, dispensados nas USF, 45 (38%)
que necessitam de descarte adequado para que se preserve a água e o solo. Este quantitativo
compreende medicamentos de seis das nove classes terapêuticas cujo descarte é especificado
na legislação. Assim, a análise foi a seguinte: 12 antimicrobianos (10,2%), 7 hormônios (6%),
3 imunossupressores (2,5%), 1 digitálico (0,8%), 22 medicamentos da Portaria 344/1998
(18%). Conclusão: A partir da caracterização realizada, constatou-se que muitos medicamen-
tos da Remume não podem ser descartados no lixo comum ou na rede de esgoto, tampouco
descartados no solo, necessitando de tratamento e disposição final específicos. Portanto, é
imprescindível a elaboração e execução de um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços
de Saúde (PGRSS), para orientações de práticas adequadas de descarte de medicamentos pelos
usuários e trabalhadores da atenção básica de Saúde. Ressalta-se que estudos anteriores já
realizados no município, evidenciam a inexistência do PGRSS, sendo necessária a implantação
de iniciativas que disponibilizem à população o descarte correto e de forma segura; contribuindo
para a preservação ambiental e evitando ou minimizando danos relacionados ao uso irracional.

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  P-76 Substituição de medicamentos biológicos no tratamento de
pacientes com artrite reumatoide assistidos em um centro de
infusão de um hospital universitário em Salvador-BA. 
Priscila Moreira Cerqueira Oliveira, Alline Mikaele Nunes Wildemberg Brauer, Maria Carmélia
Almeida Neta, Aramis Tupina Alcantara de Moreira, Pablo de Moura Santos, Deyse de Souza
Carvalho da Silva, Marcela Miranda Salles 
Hospital Universitário Professor Edgard Santos, Hospital Universitário Antonio Pedro 

Introdução: A Artrite Reumatoide (AR) é uma doença autoimune caracterizada pela inflamação
das articulações, que pode provocar deformidades e afetar outros tecidos e órgãos. Os medica-
mentos biológicos representam um grande avanço no tratamento da AR. Estudos apontam que
os biológicos disponíveis apresentam perfis de efetividade e segurança semelhantes. A gama de
alternativas de tratamento torna possível a substituição de um biológico por outro em caso de fa-
lha terapêutica, reação adversa ou outros motivos. Nesta perspectiva, o estudo teve por objetivo
caracterizar os motivos e estratégias de substituição entre biológicos no tratamento de pacientes
com AR assistidos em um Centro de Infusão de um Hospital Universitário de Salvador-BA. Méto-
dos: Estudo observacional transversal, com coleta de dados retrospectiva, realizada entre junho
e agosto/2018. Foram avaliados os registros de acompanhamento farmacêutico dos pacientes,
utilizando formulário estruturado para coleta dos dados sócio-demográficos e histórico de trata-
mento. Foi usada estatística descritiva simples, com frequências absolutas, percentuais e mé-
dias. Aprovado pelo Comitê de ética do HUPES sob o número CAAE 89660418.8.0000.0049.
Resultados: Dos 326 pacientes com AR em uso de biológicos assistidos, 152 (46,6%) já
utilizaram mais de um biológico. Destes, 128 (84,2%) são do sexo feminino. A média de idade
foi de 51,7 anos. 76 pacientes (50%) já utilizaram dois biológicos diferentes; 48 (31,6%) três
biológicos; 23 (15,1%) quatro biológicos; quatro pacientes (2,6%) já utilizaram cinco biológi-
cos diferentes. Foram realizadas, no total, 258 substituições de tratamento. Destas, a maioria
(64,7%) ocorreu devido à falha secundária, quando, após resposta satisfatória inicial, há re-
cidiva da doença. Reações adversas ao medicamento foram a segunda causa de substituição
(18,6%), seguida por falha primária (9,3%), quando não há resposta satisfatória inicial. Em
3,9% dos casos, não houve registro do motivo da substituição. 2,7% das substituições ocorre-
ram devido a outros motivos (maior comodidade posológica, viagem, motivos pessoais). O In-
fliximabe foi o tratamento de primeira escolha em 40,1% dos casos; seguido por Adalimumabe
(22,4%), Etanercepte (27%), Golimumabe (6,6%); Tocilizumabe (2%) e Abatacepte (1,3%).
Em 58% dos casos, na segunda etapa do tratamento foi prescrito um novo Anti-TNF, sendo o
Adalimumabe o biológico mais prescrito (26,3%). Na terceira etapa de tratamento, em 70,7%
dos casos houve substituição por um biológico de mecanismo diferente (não Anti-TNF), sendo
abatacepte o biológico mais prescrito (30,7%). Na quarta etapa de tratamento, apenas 14,8%
dos pacientes utilizavam Anti-TNF. Tocilizumabe foi o medicamento mais prescrito (33,3%).
Conclusão: A substituição entre biológicos é uma prática comumente adotada, sendo que no
grupo analisado a falha secundária ao tratamento foi o principal motivo de substituição.

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 P-77 Um modelo para assistência farmacêutica municipal 
Leandro Zago 
Secretaria Municipal de Saúde 

Introdução: A Assistência Farmacêutica (AF), considerada uma política fundamentada e


integrada na nova Política da Atenção Básica deve ser orientada para contribuir com a promoção
do acesso universal e igualitário e a promoção do uso racional dos medicamentos. Para muitos
gestores a AF é resumida apenas a entrega de medicamentos, sem considerar que existe todo
um serviço necessário para que seu uso seja feito de maneira racional e que resulte no benefício
esperado. Objetivos: Promover a mudança do modelo da Política Municipal da Assistência Far-
macêutica no âmbito da Atenção Básica. Métodos: A proposta de modelo seguirá a lógica da
gestão descentralizada e compartilhada com foco no acesso e uso racional de medicamentos.
Contará com o apoio de farmacêutico supervisor atuando na logística e controle de estoque nas
unidades de saúde. O farmacêutico do NASF da região adstrita atuará no matriciamento, prin-
cipalmente no que se refere a aspectos clínicos e assistenciais relacionados à AF. Serão criadas
seis regiões de supervisão farmacêutica, onde cada farmacêutico será responsável por cinco
unidades de saúde. A infra-estrutura será utilizada a existente nas Unidades de Saúde, com
adequações necessárias para viabilizar o armazenamento, entrega e dispensação dos medica-
mentos. Além dos farmacêuticos supervisores, as unidades de saúde contarão com o auxiliar
de farmácia, o qual receberá treinamento prévio ao início das suas atividades com matérias
pertinentes a AF. Resultados: O atual modelo existente no nosso município apresenta muitas
falhas, tanto no que se refere ao controle do medicamento em si como na oferta de serviços
farmacêuticos. A estimativa de perda por vencimento ou por falta de controle na saída dos
medicamentos chega a 20% do total investido, totalizando cerca de R$ 800.000,00. O controle
efetivo dos estoques nas unidades proporcionará uma economia que pode ser revertida na própria
estruturação da AF. Além do controle do medicamento, o foco no usuário também é primordial
nesse novo modelo. Isso se dá pela oferta de serviços farmacêuticos, inexistente ou ocorrendo
de forma muito insípida atualmente. A dispensação qualificada, seja na primeira retirada ou
em agendamento de horário com o farmacêutico supervisor, a conciliação de medicamentos,
a interação com a equipe multidisclipinar da unidade e possíveis visitas domiciliares quando
necessários são atividades a serem desenvolvidas pelos farmacêuticos supervisores. Conclu-
são:  Com o atual cenário nacional, onde a figura do farmacêutico no SUS não é entendida
pelos gestores municipais como obrigatória nas unidades básicas de saúde a adoção do modelo
de supervisão farmacêutica é uma saída para início da inserção do profissional e dos serviços
a ele vinculados. E com o registro sistemático dos resultados obtidos poderemos gerar dados
que comprovem a importância do farmacêutico no SUS, mudando assim o entendimento dos
gestores a respeito da AF.

78 J Assist Farmacêutica Farmaeconomia 2018;3(Suppl.1); 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.78


 P-78 Uso abusivo de dimenidrinato para fins recreativos 
Maria Luiza Souza Oliveira, Gabriel Lima Wanderley, Diego Carneiro Ramos 
Universidade Federal do Oeste da Bahia 
Introdução:  Um dos requisitos para que haja o Uso Racional de Medicamentos é de que o
paciente receba o medicamento adequado às suas necessidades clínicas e o use nas doses
correspondentes com base em seus requisitos individuais. Porém alguns estudos sugerem que
aproximadamente 50% da população faz uso de medicamentos de maneira incorreta. O resulta-
do é que os medicamentos costumam figurar, ano a ano, como a maior causa das notificações
de intoxicação e envenenamento no Brasil. Dentro desse cenário preocupante encontra-se o uso
abusivo de medicamento para fins recreativos, utilizados em doses não recomendadas e com
práticas de consumo por vezes desconhecidas na literatura científica. Objetivos: o objetivo deste
resumo é apresentar relatos sobre práticas de uso recreativo do medicamento dimenidrinato,
compartilhados por usuário na internet. Métodos: estudo descritivo do tipo exploratório cujos
dados foram coletados em material publicado na internet, dentro de páginas, blogs, fóruns e re-
des sociais, através da busca pelas palavras-chaves dimenidrinato/Dramin, alucinógeno, efeito,
superdosagem. A pesquisa deste trabalho também inclui material bibliográfico técnico-cientí-
fico em bases de dados da Medline, Lilacs e SciELO. Resultados: os resultados apresentados
foram encontrados em sites e fóruns administrados por pessoas que fizeram a utilização de tal
medicamento com fins recreativos e relatavam suas experiências após o uso, para alertarem
ou estimulares outros indivíduos. A maioria das pessoas, que relataram o uso do dimenidrinato
em grande quantidade, relatam uma “sensação de morte”. Outros efeitos verificados foram:
sensação de dormência nos membros inferiores e superiores; formigamento na língua; sensa-
ções de peso ou inchaço nas pernas e pés e taquicardia. Foram observados também alguns
poucos relatos do aparecimento de caroços pelo corpo, como também de uma maior fragilidade
nos dentes e unhas devido ao uso do medicamento. Chama a atenção a descrição dos efeitos
psicotrópicos causados pelo medicamento, na forma de alucinações de formas variadas. As
descrições incluem a sensação de insetos subindo pelo corpo e sensações de queda. Muitos
usuários relataram sensações de abstinência parecida com aquelas sentidas devido ao uso de
substâncias ilícitas. Conclusão: os relatos encontrados evidenciam um uso abusivo do medica-
mento dimenidrinato. Por ser um medicamento isento de prescrição, possuindo fáceis condições
de aquisição, o controle do uso torna-se ainda mais desafiador. Sendo assim, a situação descrita
no estudo torna mais notável a importância de campanhas de esclarecimento sobre o uso abu-
sivo do dimenidrinato e de uma postura informativa, por parte dos profissionais que realizam a
dispensação do medicamento, acerca dos riscos.

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 P-79 Uso da quetiapina no tratamento dos sintomas
comportamentais e psicológicos em portadores da doença de
Alzheimer 
Laís Cardoso dos Anjos, Gilmar Antonio de Carvalho Teles Junior, Anibal de Freitas Santos
Junior, André Lacerda Braga Teles, Daniele Coelho Dourado  
Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Universidade do Estado da Bahia - UNEB 

Introdução: Sintomas comportamentais e psicológicos na demência (SCPD) incluem uma série


de sintomas neuropsiquiátricos, tais como delírios, alucinações, agressão e agitação. Estes
sintomas são perturbadores para os indivíduos com doença de Alzheimer (DA) e, comumente,
conferem risco ao paciente e a outros. Nos últimos anos, o uso de antipsicóticos típicos e
atípicos, tem sido amplamente debatido por preocupações com sua segurança no tratamento
destes distúrbios em pacientes idosos com demência, pelo potencial de sérios efeitos adversos,
incluindo acidente vascular cerebral, maior taxa de declínio cognitivo e morte. Objetivo:discutir
as vantagens e desvantagens do uso da Quetiapina no tratamento dos sintomas comportamentais
e psicológicos em pacientes portadores da Doença de Alzheimer. Método: revisão sistemática de
literatura, de publicações (artigos e guidelines) na língua inglesa, no período de 2005 a 2017,
utilizando banco de dados eletrônicos como Scielo, Lilacs, Sciencedirect, entre outros. Resulta-
dos: a maioria dos estudos foi do tipo randomizado, duplo cego, controlado por placebo, o que
evitou qualquer interferência consciente ou não nos resultados dos experimentos, sendo também
de curta duração, menos de 10 semanas. Os estudos evidenciaram boa eficácia da Quetiapina
na redução dos sintomas comportamentais e psicológicos, particularmente delírios, alucinações,
agressividade e distúrbios do sono na DA, porém os efeitos colaterais associados (sonolência,
sedação e efeitos extrapiramidais) podem superar os possíveis benefícios. Alguns estudos não
encontraram vantagem significativa da Quetiapina sobre o placebo, bem como apresentaram
divergências em relação a avaliação de mudanças da função cognitiva. Conclusão: a Quetiapina
pode ser eficaz para o tratamento dos SCPD em pacientes com DA, quando prescrita em doses
baixas e por um curto período, devendo-se monitorar os pacientes. Porém, há necessidade de
estudos isolados com a Quetiapina em pacientes portadores de DA e a Atenção Farmacêutica
voltada para o paciente com DA deve ser direcionada no sentido de manutenção da dignidade e
autoestima, devendo ser destinada ao idoso, ao seu acompanhante, familiar, cuidador e, ainda,
ao médico prescritor e demais profissionais de saúde envolvidos diretamente na assistência à
saúde. Portanto, a Atenção farmacêutica pode beneficiar tanto o paciente quanto o cuidador,
ao reduzir custos, melhor as prescrições, promover maior adesão do paciente ao tratamento e
controlar a possibilidade de reações adversas.

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 P-80 Vivência na dispensação de insumos e acompanhamento de
pacientes diabéticos do programa de automonitoramento de
glicemia capilar por estudantes de farmácia 
Elaine Costa Santos, Priscila Ribeiro De Castro 
UFBA 
Introdução: A farmácia-escola do IMS/UFBA configura-se como significante e potencial espaço
de extensão, pesquisa e ensino além de ser estratégico dentro do SUS no município de Vitória
da Conquista. Assim, dar oportunidade a alunos do curso de Farmácia de vivenciar a realidade
de atuação profissional. Visando melhorar o processo de cuidado ao portador de Diabetes e
atender a legislação vigente que trata do automonitoramento glicêmico, o município passou
a disponibilizar através do sistema público, glicosímetros e insumos aos pacientes em uso de
insulina no ano de 2008, proporcionando o acompanhamento clínico e seguimento terapêutico
desses usuários. A vivência no serviço por estudante de farmácia teve início em julho de 2017 e
tem sido finalizada em julho 2018, o que tem tornado possível o desenvolvimento de atividades
e programas que qualificaram o serviço de dispensação de insumos a portadores de diabetes
inseridos no Programa de Automonitoramento da Glicemia Capilar (PAMGC).  Objetivo: Relatar
experiência relacionada à dispensação de insumos e acompanhamento de pacientes diabéticos
em PAMGC por estudantes de Farmácia em projeto de extensão voltado para vivência em farmá-
cia comunitária pública. Metodologia: Após leitura crítica da legislação que regulamenta o SUS,
a Assistência Farmacêutica e o acesso a medicamentos e insumos por portadores de diabetes,
as estudantes acompanharam as rotinas de atendimentos realizados por farmacêuticos e, em
seguida, foram estimuladas a realizá-los individualmente. Paralelo a isso, realizaram atividades
de educação continuada ligadas a organização de rotinas do serviço, e foram estimuladas a deli-
near ações a curto, médio e longo prazo, visando a qualificação do PAMGC. Resultados: Tem-se
realizado atendimento individualizado de cerca de 1300 pacientes, com foco na avaliação con-
junta do controle glicêmico, no estímulo ao autocuidado e no manuseio do aparelho, paralelo
ao fomento de percepção crítica sobre o programa, para identificar e atuar sobre os principais
problemas, subsidiados pelo Planejamento Estratégico Situacional. Os estudantes também par-
ticipam de atividades educativas para pacientes e sessões clinicas com alunos e farmacêuticos
que compartilham a vivência, além de, sistematizarem rotinas por meio da elaboração de proce-
dimentos operacionais padrão e capacitações dos atendentes dos usuários do PAMGC. Conclu-
são: O contato com a farmácia comunitária e com o PAMGC tem possibilitado aos discentes de
farmácia atrelar a teoria das salas de aula à prática dos serviços de saúde e exercitar a crítica,
com vistas a melhoria dos serviços, contribuindo para o aperfeiçoamento do futuro exercício
profissional. Que a percepção do SUS como um espaço rico de aprendizagem para a formação
em saúde estimule experiências semelhantes pelos cursos de graduação e serviços.

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  P-81 Associação entre uso de antibióticos macrolídeos e o
desenvolvimento de arritmia cardíaca: uma metanálise
Andressa Santos Viana; Lívia Sousa Ribeiro; Lorena Moura Pontes Araújo; Marina Campos
Magalhães; Nathália Gomes Carvalhaes; Djanilson Barbosa dos Santos

Objetivo: Avaliar a associação entre o uso de antibióticos macrolídeos e o desenvolvimento de


arritmias cardíacas. Método: Para a construção da metanálise, foi necessário fazer, primeira-
mente, um planejamento das atividades a serem realizadas. No primeiro momento, foi definido
o tema do estudo: a possível associação entre o uso de azitromicina e o desenvolvimento de
arritmia cardíaca. Porém, como foram encontrados poucos resultados que tinham os elementos
necessários para participar do estudo, o tema foi ampliado para o uso de antibióticos macrolí-
deos, resultando no “Associação entre uso de antibióticos macrolídeos e o desenvolvimento
de arritmia cardíaca: uma metanálise”. A natureza da pesquisa tem caráter inferencial, pois
as informações extraídas das amostras são utilizadas como tentativa para se obter conclusões
sobre o assunto. Foram pesquisados diversos artigos científicos publicados nos últimos 10 anos
nas plataformas: Scielo, PubMed, Bireme e BVS; totalizando 113 estudos. Posteriormente, foi
feita uma filtragem dos artigos que melhor se encaixavam com o tema escolhido, usando como
critério de inclusão a variável dependente (arritmia) associada a variável independente (uso de
macrolídeos) para serem analisadas. Após excluir aqueles que não apresentavam dados interes-
santes para a metanálise, restaram, apenas, 6 artigos para constituir a amostra. O modelo de
efeito escolhido para representar a metanálise foi o gráfico Forest plot (Figura 2), confeccionado
pelo software STATA, que mostra informações individuais de cada estudo e o resultado da meta-
nálise, permitindo observar visualmente se realmente ocorre o desfecho esperado ou não. Para
cada artigo o gráfico apresenta seu intervalo de confiança e sua medida de associação, neste
caso, o Risco Relativo. Principais resultados: Em linhas gerais, com exceção de um, todos os
artigos revelaram associação positiva eles (Risco Relativo RR > 1). No entanto, apenas 2 deles
tiveram resultados estatisticamente relevantes (nulidade contida no Intervalo de Confiança – IC
95%). Os estudos foram agrupados comparando-se o número de expostos ao uso de macrolí-
deos com o uso de não expostos, avaliando-se se aqueles expostos desenvolveram ou não a
arritmia cardíaca. A metanálise evidenciou que aqueles que fizeram uso de macrolídeos tiveram
arritmia, condicionando aos que utilizaram esta classe de antibiótico, portanto, um risco 4%
maior de desenvolverem o problema que aqueles que não utilizaram. É importante ressaltar que
os resultados apresentaram uma relativa variabilidade entre os estudos, sendo importante consi-
derar a presença de algum tipo de viés. Os Os trabalhos de Chou et al (2016); Albert e Schuller
(2014); e Trac et al (2015), obtiveram associação positiva – com RR de 1,40; 1,15; 1,08, res-
pectivamente –, contudo não são estatisticamente relevantes. O estudo de Valdés et al (2016)
demonstrou associação negativa entre as variáveis (RR=0,76 IC 95% 0,57 – 1,02). Houve
associação positiva nos estudos de Mortensen et al (2014) e Trifiró et al (2017) (RR=1.030 e
RR= 1.04, respectivamente (IC 95% 1.01-1.06). Conclusão: É relevante destacar que por ser
feita coletando dados secundários, a metanálise é passível aos vieses da pesquisa retrospectiva
(MEDRONHO et al, 2009), como no caso dos estudos analisados, onde todos se tratavam de
coortes retrospectivas, com exceção de um, podendo ter a presença do viés mencionado. Na
presente metanálise, encontramos em cinco artigos uma associação positiva entre o uso de ma-
crolídeos e o desenvolvimento de arritmias cardíacas. Por outro lado, apenas dois destes foram
estatisticamente relevantes. Levando em conta a existência de poucos estudos sobre a temática
e a atualidade dos artigos (2014-2018), percebe-se que é fundamental a execução de mais
pesquisas sobre o assunto, a fim de se obter o embasamento científico necessário para se chegar
a uma conclusão mais precisa.
Palavras-chave: macrolídeos, arritmia cardíaca, associação.

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Farmaeconomia, os autores se responsabilizam integralmente pelas opiniões e por todo o conteúdo nele No texto, as citações serão identificadas entre parênteses, pelo sobrenome do autor seguido do ano de publicação.
contido. Exemplos: um autor (Steptoe, 1978), dois autores (Edwards & Steptoe, 1980), mais de dois auto- res (Van Steirteghem
et al., 1988).
6. Ao submeterem seus manuscritos ao J Assist Farmacêutica Farmaeconomia, os autores assumem total
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7. Artigos de pesquisas clínicas (clinical trials) devem ser registrados em um dos Registros de Ensaios Clínicos trabalhos de mesmo autor e ano devem ser identificados com letras após o ano (2000a,
validados pelos critérios estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde e pelo International Committee of
Medical Journal Editors (por exemplo, www.actr.org.au, www.clinicaltrials.gov, www.ISRCTN.org, www.umin.ac.jp/ctr/ 2000b, etc.). A apresentação das referências seguirá os modelos propostos nos Uniform Requirements for
index/htm e www.trialregister.nl). O número de identificação do estudo deverá ser apresentado ao final do resumo. Manuscripts Submitted to Biomedical Journals (ver exemplos a seguir). Todas as referências citadas na lista devem
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8. Para textos que forem aceitos para publicação, uma declaração, assinada por todos os autores deverá ser
enviada à revista, contendo as seguintes informações: a) o manuscrito é original; b) o manuscrito não foi publicado 1. Artigo de periódico: Edwards RG, Steptoe PC, Purdy JM. Establishing full-term human pregnancies using cleaving
nem submetido a outra revista, nem o será se vier a ser publicado no J Assist Farmacêutica Farmaeconomia; embryos grown in vitro. Br J Obstet Gynaecol. 1980;87:737-56.
c) todos os autores participaram ativamente na elaboração do estudo e aprovaram a versão final do texto; d) 2. Livro: Wolf DP, Quigley MM, eds. Human in vitro fertilization and embryo transfer. New York: Plenum Press; 1984.
situações de potencial conflito de interesse (financeiro ou de outra natureza) estão sendo informadas; e) foi obtida
3. Capítulo de livro: Simpson JL. Gonadal dysgenesial and sex abnormalities: phenotypic-karyotypic correlations.
aprovação do estudo pelo comitê de ética da instituição à qual o trabalho está vinculado (para artigos que relatam In: Vallet HL, Porter IH, eds. Genetic mechanisms of sexual development. New York: Academic Press; 1979. p. 365-77.
dados de pesquisa experimental; f ) foi obtido consentimento informado dos pacientes incluídos no estudo (quando
aplicável). As informações sobre a aprovação do estudo por comitê de ética e a obtenção de consentimento 4. Artigo de revista eletrônica: Abood S. Quality improvement initiative in nursing homes: the ANA acts in an
informado também devem constar na seção Métodos do artigo. advisory role. Am J Nurs [revista eletrônica]. 2002 Jun [citado 2002 ago 12];102(6):[aproximadamente 3 p.]. Disponível
em: http://www.nursingworld.org/AJN/2002/june/Wawatch.htm.
9. Antes da publicação dos artigos aceitos, os autores correspondentes receberão, via e-mail, em arquivo PDF, o
artigo editorado para aprovação. Nessa fase, as correções devem limitar-se a erros tipográficos, sem alteração do 5. Artigo publicado na Internet: Wantland DJ, Portillo CJ, Holzemer WL, Slaughter R, McGhee EM. The effectiveness
conteúdo do estudo. Os autores deverão devolver as provas aprovadas via e-mail ou fax até of web-based vs. non-web-based interventions: a meta-analysis of behavioral change outcomes. J Med Internet Res.
2004;6(4):e40. Disponível em: http://www.jmir.org/2004/4/e40/. Acessado: 29/11/2004.
48 horas após o recebimento da mensagem.
6. Site: OncoLink [site na Internet]. Philadelphia: University of Pennsylvania; c1994-2006. [atualizado 2004 set 24;
Tipos de artigos publicados citado 2006 mar 14]. Disponível em: http://cancer.med.upenn.edu/.
Artigos originais. Trabalhos resultantes de pesquisa científica que apresentam dados originais sobre 7. Software: Smallwaters Corporation. Analysis of moment structures: AMOS [software]. Version 5.0.1. Chicago:
Economia da Saúde e incluem análise estatística descritiva e/ou inferências de dados próprios. Esses Smallwaters; 2003.
artigos têm prioridade para publicação. Devem ser compostos de: página de rosto, resumo e palavras-
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Utilize preferencialmente o processador de texto Microsoft Word®. Os trabalhos devem ser digitados em fonte Times digitais) podem ser enviadas nas extensões .jpg, .gif ou .tif, com resolução mínima de 300 dpi e tamanho máxi- mo
New Roman tamanho 12, espaço simples, alinhados à esquerda, iniciando cada seção em página nova, na seguinte total (do conjunto de figuras) de 3 MB.
INSTRUCTIONS FOR AUTHORS
General information Abbreviations should be expanded when they are first mentioned in the text; after that, use only the ab- breviation.
1. The Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia (Brazilian Journal of Health Economics - J Avoid the use of abbreviations in the abstract.
Assist Farmacêutica Farmaeconomia) is edited every four months and academically supported by the Substances should be presented by their generic names. If relevant, the commercial name of the substance and the
Medical Practice Department of the School of Medical Sciences at Universidade do Estado do Rio de Janeiro. manufacturer may be presented between parentheses.
The journal is directed to researchers and health policy planners, as well as managers and evaluators of
All units of measure should conform to the International System of Units (SI).
health technology incorporation. Its mission is to disseminate the knowledge produced by Health Economics
as a way to contribute to diminish the nega- tive impacts that may be associated to decision-making Animal genes should be written in italics with only the first letter capitalized (for example: Sox2); human genes should
processes related to health technologies incorpora- tion, treatments and medicines. The following categories also be written in italics, but all letters should be capitalized (for example: SOX2). Protein products should follow the
of articles may be submitted for consideration of publication: Disease cost studies, health economics analysis, same standard of animal / human genes for capital letters, but should not be italicized.
budget impact analysis, observational studies, pharmacoeconomic essays, epidemiological surveys, health Cover sheet
technology assessment, health policies formula- tion, economic planning and health services management,
methodological innovations and review of the literature. These articles may be presented as original articles, The cover sheet should have:
review articles, updates and editorials (details on each format are presented below). Manuscripts may be - A concise and clear title, both in Portuguese and in English, representing the content of the study.
submitted in Portuguese, Spanish or English. Au- thors who are interested in translating their articles into English
may request a translation estimate to the J Assist Farmacêutica Farmaeconomia. The Jornal de Assistência - Summarized title (no more than 150 characters)
Farmacêutica e Farmacoeconomia does not receive financial support from any society, governmental - Name of the authors
institution or association. It is a private, independent initiative. Financial resources of the publication come
from commercialization of publishing space to manuscripts that received financial su  P- port from private - Affiliations of the authors, indicating the department / unit, institution and geographical region.
companies. Some institutional sponsorship quotas are also commercialized. Submission of the manuscripts is - Name of the institution where the study was carried out.
free of charge. A table of publication costs may be requested to the publishing house.
- Information on support received in the form of grants, equipment or drugs.
2. The manuscripts submitted to the J Assist Farmacêutica Farmaeconomia should be unpublished, that
is, partial or com- plete versions of them should not have been submitted for consideration of publication in - Congresses where this study was presented.
other journals. In the case of figures that have already been published, the authorization for reprint should be - Name, address, telephone and fax numbers, and e-mail of the corresponding author.
provided, and the source, cited. Once published, the article’s Copyrights are transfered to Doctor Press, the
publishing company responsible by JBES. Abstract in Portuguese and in English
3. The J Assist Farmacêutica Farmaeconomia instructions for authors incorporate the recommendations All manuscripts should have an abstract in Portuguese and one in English. Manuscripts that are written in Spanish
of the Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals. The complete version of these should also have abstracts in Portuguese and in English, besides the one in Spanish. The content of these abstracts
require- ments is available in www.icmje.org. Manuscripts that do not comply with the instructions presented should be identical and they should not exceed 250 words each. Abstracts of original articles should have the
here will be sent back to the authors for review before they are evaluated by the Editorial Board. following structure: Objective, Methods, Results and Conclusions. Case reports, review and update articles should
not have structured abstracts. Abbreviations should be avoided in the abstract, and it should have no references.
4. Every article published in the J Assist Farmacêutica Farmaeconomia is sent to expert consultants for peer
review. Manuscripts are initially analyzed by the editors to be evaluated in terms study objectives and editorial Three to six keywords chosen from those available in the Health Science Descriptors (http://decs.bvs.br) should be
requirements of the Journal. When accepted by the editor, the manuscript is sent to two expert reviewers in the presented after the abstracts in Portuguese, English and Spanish.
area of study. The whole process is confidential. The reviewer is blind to the identity and affiliation of the authors, Acknowledgments
and vice- versa. After the manuscript is evaluated by the reviewers, it may be either accepted unaltered, or
rejected, or returned to the authors with suggestions for changes. Any manuscript may be returned to the This section should be used to recognize the work of people who had collaborated intellectually with the study
authors several times for clarification or changes, but this is not a guarantee of future publication. but do not fulfill the requirements of co-authorship, or people or institutions that have provided material support.
5. The maximum number of authors per manuscript is six. Co-authorship implies in substantial contribu- tion References
to conceiving and planning the study; data analysis and interpretation; writing and critical review of the text. Throughout the text, citations should be identified between parentheses using the last name of the au- thors and
Significant contributions to the study that do not fit these categories may be cited in the acknowledgements the year of publication. Examples: one author (Steptoe, 1978), two authors (Edwards & Steptoe,
section. Authors’ names must be written in a complete way, being the main one the first name. By submitting
an article, the authors are fully liable for their opinions and for all contents contained therein. 1980), more than two authors (Van Steirteghem et al., 1988).
6. To submit their manuscripts to the J Assist Farmacêutica Farmaeconomia, the authors take full responsibility for The list of references should be presented in alphabetical order (using the last name of each authors fol- lowed
the opinions and contents described in their articles. by the two first initials). This list should not be numbered. Reports of the same author should be presented
chronologically; reports of the same author in the same years should be identified with letters after the year (2000a,
7. Clinical trials should be registered in one of the in a public trials registries acceptable to the World Health 2000b, etc.). References will be presented according to the models proposed in the Uniform Requirements for
Organization and the International Committee of Medical Journal Editors (for example, www.actr.org.au, www. Manuscripts Submitted to Biomedical Journals (see examples below). All refer- ences listed should be mentioned
clinicaltrials.gov, www.ISRCTN.org, www.umin.ac.jp/ctr/index/htm and www.trialregister.nl). The trial registration in the text and vice-versa.
identification number should be presented at the end of the abstract.
1. Journal article: Edwards RG, Steptoe PC, Purdy JM. Establishing full-term human pregnancies using cleaving
8. When the manuscript is accepted for publication, a declaration signed by all the authors should be sent to embryos grown in vitro. Br J Obstet Gynaecol. 1980;87:737-56.
the Journal, stating that: a) the manuscript is original; b) it was not published or submitted for appreciation in
other journal, and will not be, if published by the J Assist Farmacêutica Farmaeconomia; c) all the authors 2. Book: Wolf DP, Quigley MM, eds. Human in vitro fertilization and embryo transfer. New York: Plenum
actively participated in the elaboration of the study and approved of the final version; d) any potential conflict Press; 1984.
of interest (financial or of other nature) is disclosed; e) the study was approved by the ethics committee of the
institution where it was carried out (for manuscripts based on experimental trials); f ) an informed consent 3. Book chapter: Simpson JL. Gonadal dysgenesial and sex abnormalities: phenotypic-karyotypic correlations. In:
forms were signed by all patients included in the study (when applicable). Information on approval by the Vallet HL, Porter IH, eds. Genetic mechanisms of sexual development. New York: Academic Press; 1979. p. 365-77.
ethics committee and informed consent should also be presented in the Methods section of the manuscript. 4. Electronic journal article: Abood S. Quality improvement initiative in nursing homes: the ANA acts in an advisory
9. Before accepted manuscripts are published, the final proofs in PDF format will be sent to the correspond- ing role. Am J Nurs [electronic journal]. 2002 Jun [cited on 2002 ago 12];102(6): [approximately 3 p.]. Available in: http://
authors, by e-mail, for final approval. Changes at this stage should be limited to typographical errors, without www.nursingworld.org/AJN/2002/june/Wawatch.htm.
any alterations in the contents of the study. Authors should return corrected proofs by e-mail or fax within 48 5. Internet article: Wantland DJ, Portillo CJ, Holzemer WL, Slaughter R, McGhee EM. The effectiveness
hours of receipt.
of web-based vs. non-web-based interventions: a meta-analysis of behavioral change outcomes. J Med
Categories of articles
Internet Res. 2004;6(4):e40. Available in: http://www.jmir.org/2004/4/e40/. Accessed on: 11/29/2004.
Original articles. Studies that are result of scientific research and present original data on Health
Economics, and that include descriptive statistical analysis and/or inferences drawn on these data. These 6. Site: OncoLink [Internet site]. Philadelphia: University of Pennsylvania; c1994-2006. [updated on 2004 set 24;
articles have priority for publication. They should have the following sections: cover sheet, abstract and cited on 2006 mar 14]. Available in: http://cancer.med.upenn.edu/.
keywords in Portuguese, abstract and keywords in English, main text (divided into Introduction, Methods, 7. Software: Smallwaters Corporation. Analysis of moment structures: AMOS [software]. Version 5.0.1. Chicago:
Results, Discussion or similar section, Conclusions), acknowledgements (if applicable), references (no more Smallwaters; 2003.
than 40), tables (if any), legends to the figures (if any) and figures (if any).
Tables and figures
Review articles. Studies whose objective is to summarize, analyze, evaluate or resume investigation
trialsthat have already been published in scientific journals. These articles should include a summary and Tables and figures (graphs, pictures, etc.) should be numbered in Arabic numerals in the order they appear in the
critical analysis of the literature, and they should not be confused with update articles. Review articles text, and their individual legends should be presented in the end of the manuscript. Each table and figure should
should have the following sections: cover sheet, abstract and keywords in Portuguese, abstract and be submitted on a separate sheet.
keywords in English, main text, references, tables (if any), legends to the figures (if any) and figures (if any). Tables should have only the horizontal lines, and each result should be placed in one independent cell. Ex-
Update or opinion articles. Studies that report updated information on some subject of interest of given planations on the items in the tables should be presented in footnotes identified by the following symbols, in this
specialties (for example, a new modeling technique or method). They have characteristics that are different order: *,†, ‡, §, ||,¶,**,††,‡‡.
from the review article, once they do not present any critical analysis of the literature. They should have the Figures (graphs, pictures, etc.) should be printed in black and white. Reproduction of color pictures will be made at the
following sections: cover sheet, abstract and keywords in Portuguese, abstract and keywords in English, expense of the author. Figures may be electronically submitted using file extensions.jpg, .gif or
main text, references, tables (if any), legends to the figures (if any) and figures (if any).
.tif, with a minimum resolution of 300 dpi (for clear printing results), or sent by mail (se mailing instructions below). All
Short communications. Reports of preliminary research results, or results of original studies that can be figures sent by mail should be identified by a label pasted on its back with the name of the first author, the number
presented succinctly. (maximum of 1500 words, 3 illustrations, 20 references). of the figure and an arrow showing the top of the picture.
Letters to the reader. Letters to the editors commenting, discussing or criticizing articles published in the Scanned pictures are not acceptable; printed pictures should be sent by mail. Authors should make every effort to
J Assist Farmacêutica Farmaeconomia are welcomed and published, provided they are accepted by the preserve the anonymity of the patient by removing or concealing any identifiable features.
Editorial Board. They should have the following sections: title, name of the author, identification of the article
the author is commenting, and list of references (if any). It is recommended that letters to the editor should Graphs should be presented only in two dimensions.
not should not exceed 500 words in text, including the references. Whenever possible, the author’s reply will Figures that have already been published in other articles should indicate the original source in the legend, and
be published together with the letter. should be presented together with a letter of authorization provided by the owner of the copyright (publishing
house or journal)
Manuscript preparation
Article submission
Manuscripts should be preferentially sent as a Microsoft Word® file. Use Times New Roman, 12-point font; double-
spaced text, aligned to the left. Start each section on a new page, in the following order: cover sheet, abstract Articles should preferentially be sent by e-mail (jbes@jbes.com.br) or by the website www.jbes.com.br. The text and
and keywords in Portuguese, abstract and keywords in English, main text, references, tables (if any), legends to figures should be sent as attachments. Figures (exclusively digital graphs and pictures) may be sent as .jpg, .gif or .tif
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