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= Ee ‘capitulo introduz 0 conceito de representacao, ‘ou seja, da construcao de um modelo digital de algum aspecto da superficie terestre. As representacoes tém diversos usos, permitindo-nos aprender, pensar e discutir sobre lugares que se encontram fora de nossa experiéncia imediata, © que constitui a base da pesquisa cientifica, do planejamento e da forma come resolvemos nossos problemas cotidianos. Em termos geograficas, 0 mundo é extremamente complexo, revelando mais detalhes & medida que se olha mais de perto, tendendo 20 infinito. Para construir uma representacéo de qualquer uma de suas partes, é necessario fazer escolhas sobre ‘que representa, em que nivel de detalhe e em ‘ue periodo de tempo, o que oferece muitas oportunidades para projetistas de SIG. Metodos de generalizacéo so usados para remover detalhes desnecessérios de uma aplicagao, com 0 objetivo de reduzir 0 volume de dados e agilizar as operacées. ———© OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM ‘Apés estudar este capitulo, voce compreendera © A importancia das representaces em SIG. © Os conceitos de campos e objetos e sua importancia, © O que as representacoes matricial e vetorial implicam e como essas estruturas de dados afetam muitos principios, técnicas e aplicacbes de SIG. © Por que o mapa impresso é ao mesmo tempo mea instancia particular de produto de SIG e uma fonte de dados para SIG. © Por que os métodos de generalizacdo de mapas a0 importantes e de que forma sao baseados no conceito de escala de representacao, @ Aarte ea ciéncia da representacio de fenémenos ‘do mundo real em SIG. ‘Vivemos na superficie terrestre e passamos & maior par= te de nossas vidas em uma fragio relativamente rest ta deste espago. Dos aprosimadamente 500 milh kn, apenas um tergo € terra fieme, e apenas uma frag’ desta ¢ oenpauta pelas eidaes onde vivemos. O restan inclusive as partes que nut chido sob nossos pés, permanece desconhecido, a no ser pelo que nos chega através de livros, jornais, tele Internet ou de forma oral, Nossa vida ¢ infin, em com> paragiio aos 4.5 bilhées de anos de existéncia da Terra € ios mais de 10 bilhoes de anos de existéneta do univers, ce sabemos do passado remoto da Terra antes de termos nascido apenas através de evidéncias compiladas por ge- “logos, arqueslogos, historiadores € outros especi es de , tomando apenas um tinico sinal de GPS por hora cando apenas as mudangas de localtzagio que exce Sse uma distineia pré-determinada do ponto anterior, Jo visualizarmos este diagrama em uma pagina de = ivro, muitos dos degalhes menores das tres pudroes de Slade sio perdidos: nfo ¢ possivel discernir, por exem- b> « trajet6ria precisa de uma erianga jogando futebol ss um ciclista desce da bieieleta por curtos perfodos a0 azo do seu deslocamento, on quanto tempo um carro 1 08 modos unos sinais fechados antes de continuar seu desloca- 0. Assim, esses detalhes no podem ser recuperads S GPS se ele estiver ajustado py iio a eada 5 minutos. Ajustes mais finos poderiaan strar mais informagio, mas este nivel de detalhe ra seente adiciona informagio itil, e s ungas de me de dados enor We para capturar as trajet6rias pre- le initas eriangas ao longo de um s6 dia, As trajetérias reais dos individuos mostradas na Fi- complexas, ¢ a figura constitui-se apenas em 2 representagio vel, gerado a partir de uma base de dados. Usamos os ==mos representagdo ¢ modelo porque eles implicara em 2 relaio simplificada entre contevido da figura e a se de daulos, ¢ us reals trajetdrias dos individu, Estas representagées on modelos servem a muitos tum modelo sobre um pedago de eropdsitos titeis e ocorrem de diversas maneiras. As repre .g5es ocorvem, por exemplo: + na mente humana, quando nossos sentides capturam informag6es sobre nossa vzinhanga, como as imagens capturadas pelo olho on os sons pelo ouvide, ea me ria os preserva para uso lituro: * em fotografia, que sio modelos bidimensionais da nz emitida ou refletida por objetos do mundo nas lentes de uma camera: + em deserigies laladas e textos eseritos, nos quats as pessoas deserevem algum aspecto do mundo, na for- ma de registros dle viagem om dirs; ou * nos niimeros obtidos quando aspectos do mundo so medidas, usando dispositivos como termémetros, gas ou velocimetros Construindo representagbes, os seres humanos po- m reunir muito mais conhecimento sobre 0 nosso cepts Aneresenasoceogsna QQ planeta do que seria possivelindividualmente. Pademos cconstruir representagdes que servem a propésitos como planejamento, gerenciam deslocamento ou operagses cotidianas dem servigo de distribuigio de encomendas to © conservagao de recursos, As representagdes nos auxiliam a reuni As representagies nds, humanos, aprendemos 2 aplicar ao mundo nto obser vado que nos cerca, Q caido em ima forest, queremos nos assewarar que ele win dia jéesteve emp eq «partir de um pequenc roto, mesma que ningaém tenia observado on relatado nentium destes passos. Predizemos a ocorréncia Futura de eclipses baseaos nas leis que des cobrimes sobre os moximentos do Sistema Solar. Em apie cagies de SIG, lrequentemente confiamos em méodos de interpolagio espacial para estimar caraete precipitagio e outras eondigdes que exstem em Iugarespara os quais nto it a (Frequente- a ao status de Primveira Led Geografa a bonida a Waldo Tobler) de que todos os lugares si pareci- ds, muss mais primos se parece mais que os distantes A Primera de Lei da Geografia, segundo Waldo Tobler: todos as coisas estio relacionadas sismas as mais présimas estio mais rela {que as mais distantes reforgadas pelas regrase leis que nndo nos deparamos com un tronco em algum momento ele eresceu ticas do solo, Ibservagtes, basendos na re @ Arepresentacao digital Este liv trata de um tipo particular de represeatagio que s¢ tornon muito importante em nossa sociedade ~ a representagio digital. Hoje, quase toda a comunieago ene tre as pessoas atraves de meios como o telefone, paginas da Web, miisica, televisio, jornais e revistas on correioe trGnieo encontra-se, em algum momento, em meio digital A tecnologia da informagiio baseacla em representagio di- ssital in ao comércio, até a vida cotidiana. O computador pessoal 0 mais evidente dos dispositives de processamento de informagio digital, esistindo atualmente bem mais de 75 del ule todos os aspectos de nossas vidas, da ciénela ‘para cach 100 habitantes em eerea de uma dizia de sociedades industrializadas: os computaclores sio 0 esteio dda maioria dos es butida em muitos dispositivas de uso diario, da forno de micro-ondas ao automével Uma caracteristica importante da tecnologia d 6 que a representagio em si raramente on nunea é vista ritérios; e a tecnologia digital est @ Parte 2: Principios Quadro técnico (3.1 sistema binario de contagem © sistema bindrio de contagem usa apenas dois sim- bbolos, 0 e 1, para representar a informac3o numéri ca. Um grupo de cito digitos bindrios consiste em um byte, e 0 volume de armazenamento é normalmente medido em bytes ao invés de bits (ver Tabela 1.1). Exis- tem apenas duas opcGes para um digito, mas quatro combinagGes possiveis para dois digitos (00, 01, 10 e 11), oito combinacbes possivels para trés digitos (000, 001, 010, 011, 100, 101, 110, 1110) e 256 combinagées para um byte inteiro. Os digitos no sistema bindrio s80 como digitos nqsistema decimal, mas usam potencias de dois. 0 digite mais a direita indica a ocorréncia de ‘uma unidade, o préximo @ esquerda indica a ocorrén- cia do valor dois, 0 seguinte indica a ocorréncia do va~ lor quatro e assim por diante. Assim, o nimero binario 11001 significa uma unidade, nenhum dois, nenhum quatro, um oito e um dezesseis, correspondendo ao 25 no sistema de contagem normal (decimal). Denomina- mos iss0 representacdo digital inteira de 25, pois repre- senta 0 valor 25 como um numero redonde e pronto para uso em operagoes aritméticas, Nimeros inteiros 580 normalmente armazenados em SIG como curtos (2 bytes ou 16 bits) ou longas (4 bytes ou 32 bits). Intei- 0S curtos variam de ~65535 2 +6535, ¢ of longos, de ~ 4294967925 a +4294967925. © sistema ASCII (American Standard Code for Infor- ‘mation Interchange - Codigo padrao norte-america~ ‘no para intercimbio de informacao) de 8 bits atribul cédigos a cada simbolo de texto, inclusive as letras, indmeros e simbolos comuns. © numero 2 0 cédigo 48 (00110000), e © niimero § € 53 (00110101), entao se 25 fosse codificado como dois caracteres usando um cédigo ASCII de 8 bits, sua representacso digi- tal teria 16 bits de extensao (0011000000110101). Os caracteres 2 = 2 seriam codificades como 48, 61, 48 (001 1000000111101001 10000). © sistema ASCII é usa do para codificar texto, 0 que consiste na mistura de Tetras, nUmeros e simbolos de pontuacao. Numeros com casas decimais s80 codificados usan- do representacdes em real ou ponto-flutuante. Um nndimero como 123,456 (trés casas decimais e seis di- gitos significativos)6 inicialmente transformado em poténcias de dez de modo que o ponto decimal este- ja na posigdo padrao, no inicio (p. ex. 0,123456 x10) A parte fracionatia (0,123456) e a poténcia de 10 (3) 530 entao armazenadas em seqdes separadas de um bloco de 4 bytes cada (32 bits, precisdo simples) ou 8 bytes (64 bits, dupla preciso). Com isso, tem-se pre- cisao suficiente para armazenar aproximadamente 7 digitos significativos em precisdo simples e 14 em du- pla precisao. ‘As convencées intelro, ASCII ¢ real s80 adequadas para a maioria dos dados, mas em alguns casos é de- Selavel associar imagens ou sons a lugares em SIG, 20 invés de texto e niimeros. Para tornar isso possivel, os projetistas de SIG incluiram uma opcdo BLOB (binary large object ~ objeto binario extenso), que simples- mente aloca um numero suficiente de bits para arma- Zenar Imagem ou som, sem especficar o significado esses bits pelo ustirio, porque apenas poncos especialistas vem os tlementos individuais da representacio digital. O que ve- mas, ao inves disso, sio visdes eoncebidas para apresentar 6 conterido da representagio de wma forma que faga tido. O termo digital ver de digitas, ou dedos, € 0 nosso sistema de eontagem € baseado nos dez digitos da mio, Mas enquanto o sistema de contagem possui 10 simbolos (0.9), 0 sistema de representagio nos compatadores di- sGtais usa apenas dois (0 1). Nesse sentido, 0 termo digi- {al & uma representagio equivocada para um sistema que representa toda a informagio usando alguma eombinagio dos simbolos 0 ¢ 1, ¢ 0 termo bindrio é, portanto, mais exato ¢ apropriado, Neste livro, seguiremos a convengio de utilizar digital para nos referirmos i tecnologia eletrd- dacim representagies bindrias. 0s computaclores representam fendmenos como 4 sobre a superficie terrestre & reduzido; no Final das contas, a alguma combinagio de zeros ¢ uns. Mongo dos anos, muitos padrées foram desenvoh dos para a conversio de informagies & forma digital. O Quadro 8.1 mostrtos padres comnmente usados em SIG para armazenar dados, sejam eles nfimeros decimatis textos, Existem muitos padrdes eoncorrentes de coifica- (Go para imagens e fotografias (GIF, JPEG, TIFF, ete.) e para filmes (MPEG, por exemplo) e sons (como MIDI e MP3). Boa parte deste livro trata de sistemas de codhifien- cio usados para representar dados weogrificos, espeeial- mente o Capitulo § e, como ¢ de se esperar, este topiea & relativamente complexo A teenologia digital tem sucesso por uma série de ra- ‘bes, mas prineipalmente pelo fato de que todas as infor- ‘magdes compartilham um formato hasieo (zeros e uns) podem ser manuseadlas por meios que sio em grande parte indepencentes do seu significado (ver Quadro 3.1). A Internet, por exemplo, opera com base em pacotes de informacio, consistindo de cadeias de zeros © uns, en- viadlos por una rede baseada na informagio contida no cabegalho destes pacotes. A rede s6 precisa saber osignt- Bicado do cabegalho e as instrugdes a respeito do destino lo pacate. O restante do conterido nada mais é que un conjunto de bits que podem representar qualquer co- sa. de uma mens plso musical, ow informagio confidencial transitando de ama unidade militar a outra nada on ine terpretada durante a transmnissio, Isso faz.com que uma rede de comunicagio digital possa servir para qualquer coisa, do comércio elgfronico as redes sociais, levando a tecnol imento e processamento a um 110 de ustirios com necessidade dos mais diversos tipos de aplicag E interessante comparar esta situago com passado présimo, no qual se usavam impresoras rotaivas © caminhdes de entrega para uma aplicgio (0s jornais) e redes de fos de cobre para outra (telefones) As representagdes geogrificas t@m enormes vanta- s sobre as antigas formas ~ mapas impressos, relatrios sploragdo ou depoimentos verbais. Podemos usar os mesmos dispositivos digitais de baixo custo ~ nos eompt tadores pessoas, na Internet ou em dispositivos de arma zenamento de massa—para manusear todo o tipo de infor- nagdo, independente do seu significado. Os dadlosd io simples de serem copiados, podendo ser transinitids 2 velocidad da luz e armazenaidos enn altas densidades, em espagos bem exiguos, além de estarem menos suijeitos Adeterioragdo que atinge o papel e outros meios fsicos, Talvez 0 ponto mais importante seja que-0s dades em formato digital sio mais simples de transformar, proces- 5 SIG nos permitem fazer « representacoes digitais que nio seriam possiveis com os ssapas impressos: medir ripida ¢ precisamente, superpor © combinar, mudar a eseala e mavegar, n3o importando 0 mite entre as folhas. A vasta gama de possibilidades de Processamento que a representagio digital abre & abor- ada nos Capftulos 14 0 16 ¢ também contemplada poles splicagGes distribuids ao longo do lito. n de correio eletrénico a um breve grande Arepresentagio digital tem varios usos por caue sa de sua simplicidade e baixo custo, A representacado do que e para quem? At aqui, vimos como a humanidade é eapaz de construir spresentagdes do mundo ao sexs redor, nas no diseuti tno « uildade dessus representagies, nein porque somos Ho engenhosos para eriélas ¢ compartilhilas, A ent ‘aqui © por todo o lvro, recai em um tipo de representa- io, dita geogndfica © definida como a representagio de alguna parte da sy land da eseala de um prédio & do globo, terrestre, ou préxima a cla, va A representagio geografiea preocupa-se com a superficie terrestre, ou préximas a ela, variando da escala de um prédio & do globo. As representages geogrificas estio entre as mais ‘antlgas e suas origens remontam as necessidades das pri- mers sociedades. As tarefas de cagae coletaseriam mais elicientes seas eigadores pudessem transinitir uns aos ou tros suas deseobertas, como a localizagio de raizes eomes- theis ou mesmo de pontos de caga, Os mapas originaram- -se possivelnente dos esbogos que os primitivos fizeram nas paredes das cavernas, muito antes que a linguagem se tormasse sofisticada o suficiente para transmiti-la através da fala, Sabemos que povos do Pacifico construfam re presentagdes de localizagdes de ilhas, ventos © correttes, feitas com materia simples para servirem como s {que insetos sociais, como as abelhas, usam formas hem primitivas de representagio para indicar a localizagao de alimentos ¢ recursos Os mapas manuscritos e a fala sio meios eficientes para a comunicacZo entre os membros de pequenos gre pos, mas a andiéneia aumentou de maneira signficativa ‘coma invengio da palavra impressa durante o séeulo XV, permitindo que um grande ntimero de cépias das repre- sentagies pdesse ser feito e distribufdo e, pela prime ra vez, tornow-se possivel imaginar que algo pudesse ser conhecide por eada ser hmano, e que o conhecimento Podletia ser propriedaite comum da husnanidade. Apenas tum deta limitava o que poderia ser distributdo pot este novo mecanisnor a representago teria de ser plana. Para qualquer um que, no entanto, aeeitasse essa limitagao, 0 papel provaria ser um meio altamente eficiente, pois era barato, leve, facilmente transportivel e durivel, sendo a i poder destridor da ‘gua e do foyo so- bre ele, como ficou provado pelo ineéndio da biblioteca de Alexandria no séoulo VII, que destruit a maioria do conhecimento acumulado da época Aagragdes de Londres em 1666, So Francisco em 1906.6 ‘Téquio em 1945, ¢ as enchentes do Rio Arno, que devas- taram Florenga em 1966, (Um dos periodos mais importantes para a eprese ‘io geogrfiea comegou no inicio do século XV, em Por gail O Infante D. Henrique (Quadro 3.2) ¢ frequentenen te associado a Idade das Descobertas, periodo da histéria europeia que Tevou 2 acumulagio de grande quantidade de informagio sobre outras partes do mundo, através a. © ree rincos Quadro biografico (3.2 O Infante Dom Henrique, o Navegador, eo Almirante Zheng He © Infante Dom Henrique (Figura 3.2), de Portugal, fa- lecido em 1450, era conhecido como D. Henrique, 0 Navegador, em virtude de seu grande interesse pela explorac3o. Em 1433, 0 Infante enviou um navio de Portugal para explorar a costa ocidental da Africa, em ‘uma tentativa de encontrar uma rota maritima para a has das Especiarias Esse navio fol o primeira a na- vegar ao sul do Cabo Bojador (latitude 26 graus e 20 ‘minutos Norte), Para fazer esta e outras viagens, D. Henrique reuniu uma equipe de cartografos, capitaes, ‘gebgratos, cofstrutores de embarcacbes e outros ar- edo NIA OMANI HE 6 HET ingicou'o caminho para Vasco da Gama @ outros ex: iploradores Famosos do século XV. Sua habilidade ge- rencial poderia muito bem ser empregada nos proje- tos de SIG atuais. 1 Almirante Zheng He nasceu em 1371, na atual provincia chinesa de Yunnan. Em uma série de sete expedicées, entre 1405 e 1433, explorou as costas da Tailandia, Indoné india, Arabia e Africa Oriental usando frotas de até 200 embarcagbes (Figura 3.2), 20 longo do caminno, mapeou, comercializou © po- Voou com chineses esses lugares. Suas itimas duasvia~ ‘gens foram as mais longas e ainda especula-se sobre 2s Breas que ele pode ter descoberto (vero livro 1421 ‘© ano em que a China descobriu o mundo, de Gavin ‘Menzied). nkeliamente, 0 mperaar Mig estou ss registros destas expedicbes. Rs aha) Figura 3.2 Olnfante D. Henrique, 0 Navegador pioneiro da Era dos Descobrimentos no século XV € Promotor de um enfoque sistemético para aquisica0, Fompllagao e disseminagao do conhecimento Figura 3.3 Uma representacao humana dos remnos Ga frota dogimirante Zheng He, durante a cerimenia §F abertura dos Jogos Olimpicos de Pequim de 2008. {6 jiao Weiping/Xinhua Press/@ Corbis) geoarafico. dle viagens martimas e exploragies terrestres. Os mapas tormaranse, ent, o meio de adiinistrar vastosimpérios sen valor foi rapidamente reconhecido, Ain- div que agora existam represents detalhadas de todas sus partes do mundo, o espirito da Idade das Descobertas aesrfama na exploragao dos oceanos, eavernas ¢ espago Si “Pao processo constunte de remapeamento necesstio dor ponta das mudangzs constantes nos mnundos I natural Foi a crlagio, a disseiinagio e o compartiiamen« color aeuradas questing a dae tode representagies {lus Deseubertas de todos os perfodos anteriores da tévia Immana (e seria injusto ignorar stas conse gu tis como a disseminagio de doencas europeiss © 0 a4 mento da eseravidao). Informagoes sobre outras partes {do mundo foram reunidas na forma dle mapas ¢ d reproduzidos em grande quantidade asando a invensio “lzimprensa e distributdos em papel. Mesino os eustos rmodestos associados f compra {dos através das bibliotecas paiblicas no séeulo XIX, aces siveis a todos Hoje nos benefice dau si cont oma onga tradigao de acesso livre e aberto a0 patriménio do tosis anid soe o murs, 9 forma de qeprosentagbes impeessas, pe institugo de biliotecas ‘pela dontrina dos direitos autorais que fornece i para uso pessoal (ver o Capitulo posse © acesso). A Internet ‘edpias foram resol \s pes 18 para uma discussio sobre ceotvlo? anensemaio ceosrtin hoje, o canal de oferta o qual dé acesso distributvel A informagio geogritica através dos Globos Vietuais (prin- ipalmente os do Google e da Microsoft) e outros servi- gos de IG Na Era dos Descobrimentos, os torna- im-se representagdes extremamente valiosas do estado do conhecimento geogritico. Nao surpreende que a representagio esteja no Ama ‘gp de nossa habilidade de resolver problemas usando fer- ramentas de SIG, Qualquer aplicagio SIG requer uma Clara ateng2o para o que podte ser representado e como, Existe uma sariedade de maneiras possiveis de represen: taco do mundo geogrifico de forma digital, nenhuma das quis € perfeita e néhuma que seja ideal para todas as aplicagies. Os problemas eruciais de representagio nos SIG io o que representar e como faz0-lo. Um dos critérios mais importantes para a adequagio sna represe sum acuriieia, Como 0 rmundo geogriticn € de infnita complexidade, sempre tera de ser Feitas escolhas na construgio de qualquer representagio ~ 0 que incluir eo que deixar de fora, Quando o presi- dente americano Thomas Jeflerson enviou o explorador Meriwheter Lewis paraexplorare elaborar reatério sobre as terras do alto Missomri ao Paeitico, afirmou que Le “era to escrupuosamente Fiel A verlade que seu rekato seria tio correto como se nds mesinos tivéssemos visto” Mas Jefferson obsiamente nio esperava de Lewis 0 relato de tudo 0 que via nos minimos detalhes: ele exercia um grande poder de julgumento sobre 0 que relatar ou sobre ‘que omitr (a questo da acuricia & vista com mats detae thes no Capitulo 6) Existe outro interesse vital que estimula nossa ne. cessidade de representagies do mundo geogrilico, como a necessidade de representagées em muitas outras atividades. Para aprender a pilotar um novo tipo de aeronave, 6 mais barato e menos arriseado para ui piloto utilizar um simulador de voo a0 invés da aeronave de verdade Os simuladores de voo podem representar uma gama them maior de condigées além dagelas que wim piloto enfrentaria em eondigées reais, Da mesma forma, quan do é necessirio tomar deeisies no Ambito do mundo eogrico, é mais eficiente experimentar primeiro com modelos ow representagées, explorando eensrios distin- tos. F evidente que isso ape tagio funciona como aaeronave ou mundo, € um certo conhecimento deve ser adquirido sobre o mundo antes que seja possivel uma representagio acurada que per mita tais simulagies. Mas 0 uso de representagies ex plorando cenérios futuros e recriand 0 passadlo € agora as funciona se a represen ‘comm em muitos campos como a cirurgia, « quimica, a cengenhariae, agora, os SIG. Muitos planos para o mundo real podem ser tes- tados antes em modelos e representagies. @ O problema fundamental Dados geogrélicos sio fetos de elementos bésieos ou de fatos sobre o mundo geogrtico, Em sua forma mais pri= it lado geogrlico (umn datum, em ter mos estritos) liga um lugar, e frequentemente um period de tempo, a uma propriedade descritiva. O primeira, 0 gar, € especificado de alguma das formas discutidas de modo aprofundado no Capitulo 5, ¢ existem muitas ma- neiras dle especificar © segundo, 0 tempo. Usamos com frequéncia 0 termo atributa para nos relerirmos 2 iltima destas propriedades descritivas, Na afirmagio “a tempe ratura ao meio-dia local na latitude 34 graus e 35 minutos norte, longitude 120 grans 0 minutos oeste, era 19 graus Celsius”, por exemplo, hi uma ligagio entre localizagio © tempo como atributo temperatura oma de, Dados geagrificos datos. inculam lugar, tempo e atii- ‘Outros fatos podem ser desmembrados em sas co ponentes primitivas. A sentenga “a altitude do Mont Everest € de 8.848 metros” origina-se de dois fatos geo- srificos bisiens, um fornecendo a loealizagio em latitude e longitude ¢ ontro fornecendo a altitude naquela latitude ¢ longitude. Note-se, contudo, que essa afirmagio nao se- ria um fato geogeafico se nfo se soubesse onde © Monte Everest esté lealizado, Muitos aspectos dt superficie terrestre sio compara tivamente estiticos ¢ lentos em relagio & muclanga, Malte ‘nude acima do nivel do mar rmuda lentamente por causa da erosio, mas estes processos operam em escalas tempo de centenas ou milhares de anos e, para muita uplieagies exceto aquelas de eunho geofisieo, podemos seguramente omit o tempo da representagio de altitude, Entretanto, 4 temperatura atmnosférica muda diarfamente, e podem corner mudangas dristicas, por vezes em mi passagem de uma frente frit ou tempestade, Neste cas, © lator tempo &, sim, de extrema importineia, ainda que variiveis como a temperatura média anual possam ser re- presentadas de maneira esta. Existe uma vasta gama de atributos na informagio geogrliea, Vimos que alguns deles variam de forma lenta © ontros, rapidamente. Alguns atributos so, por nature- 2a, fisicos ou ambientais, enquanto outros si socioeco- ndmicos. Alguns simplesmente identficam um lngar ow entidade, individualizando-o de todos os outros lugares tos, com © rae2:rincoe Tipos de atributos 0 tipo mais simples de atributo, denominado nominal, serve apenas para identificar ou distinguir uma ent dade de outra, Os topénimos $80 um bom exemplo, ‘assim como nomes de casas ou o niimero da carteira de hhabilitagao ~ cada um deles serve apenas para identi car 3 instancia particular de uma classe de entidades e para distingui-ia de outros membros da mesma classe. Atributos nominais incluem numeros, letras e mesmo cores, Ainda que um atriouto nominal possa ser numné= ‘co, nao faz sentido usd-lo em operacdes aritméticas adicionar dois atributos nominais, como dois nuimeros de carteiras de habilitacao, nao faz nenhum sentido. Atcibutos s80 ordinals se os seus valores seguem uma ordem natural. 0 Canada, por exemple, classtica as terras agricolas por classes de qualidade dos solos, onde a Classe 1 é a melhor, a Classe 2, ndo t8o ade- quada e assim por diante. Somar ou estabelecer pro- porgdes entre estes niimeros faz pouco sentido, jé que 2 ndo 6 0 dobro de qualquer coisa que tenha 0 valor 1, mas ao menos atributos ordinais possuem uma or- dem inerente, Calcular médias também ndo faz sent do, mas a mediana, o valor que separa a metade dos valores com melhor ordenacao da metade com menor cordenagio, 6 um substituto eficiente porque fornece ‘um valor de tendéncia central iti 05 atributos sao ditos de intervalo se as diferencas centre os valores tém sentido. A escala Celsius de tem- peratura é de intervalo, pois faz sentido dizer que 30 € 20.0 tao diferentes quanto 20 e 10. S80 atributos do tipo razéo quando as razoes entre valores fazem sentido. 0 peso é um atributo do tipo ra- 20, porque faz sentido dizer que uma pessoa com 100 kg pesa o dobro de uma com 50 kg; mas.a temperatura ‘em graus Celsius € apenas de intervalo porque 20 nao é ‘duas vezes mais quente que 10 (e isto se aplica a todas ‘as escalas baseadas em um ponto zero arbitrério, como a longitude). Em SIG, as vezes é necessaria lidar com dados que ‘gem em categorias além dessas quatro. Por exemplo, (05 dados podem ser direcionais ou ciclcos, incluindo ‘a direcao de fluxos em um mapa, as direcoes em uma bissola, alongitude ou o més do ano. O problema aqui & que o numero apés 359 6 0. Calcular a média de 359 | resulta em 180, de forma que a média de duas i- recbes préximas do norte podem parecer sero sul. Em virtude de dados cilicos ocorrerem ocasionalmente em SIG, e poucos projetistas terem levado isso em consi- deracio, importante estar atento aos problemas que ppossam surgi. eentidades; os exemplos podem ser enderegos, mimeros de CPF on identifeadores cadastrais que mostram a posse de um terreno, Outros atributos medem algo em una local e, talvez, no tempo (altitude ou temperatura do at), engi to outros ainda elassificam em categorias (por exemplo, classes de uso do solo, diferenetando entre usos agricok industriais on residenctais), Como os atributos sfo impor tantes fora do dominio dos SIG. existem termos padron zac para os diversostipos. (Ver Quadro 3:3) Os atributos geogrificos pod ‘como nominais, ordinais, de cicicos. ntucl, esta ideia de registrar tomos de informagio rica, combinando localizagao, tempo e atributos, deisa eseapar um problema funda no & ex- tremamente complexo, ¢ 0 niimero de stomos requeride para uma representagao completa é infinito, Quanto mais nos do mundo, mais detalhes aparecem, © 0 processo, aparentemente, vai ao infnito, A costa do Es do do Maine, EUA, aparece como uma feigio complexa no ‘mapa, mas 6 and mais complesa quando examinada em detalhe, e quanto mais detalhada, mais longa e contoreida se tomna (ver Figura 4.15). nos proxi Para mostrar a complexidade do mundo de mane a exanstiva, seria necessirio especifiear a localizagio de ceada pessoa, cade folha de grama e cada gro de areia —na verdade, deguda particula subatémica, o que € obviamen: te impossivel, posto que o principio de ingertera de Hei senbeng estabelece limites na habilidade de medir porgdes precisas de particulas subatémicas. Sendo assim, a repr sentugio tera de ser forgosamente parcial e Timitada no nivel de detalhe, ou teri de ignorar mudangas temporas, hem como certos atributos, ou sex simplificada de uma rmaneira ou de out © mundo ¢ infinitamente complexo, mas siste- ‘mas computacionais sio finitos. As representa- Ges devem, de alguma maneira, limitar a quan tidade de detalhes capturados. ra bem comum de limitaro detalhamento, ss aplicsveis apenas a dreas pequenas ‘que aparece na tela do computador & compost d rilhdes de elementos, ou pixels, ¢ se toda a Terra fosse rmostrada de uma s6 vez, cata piel medivia 10 por 10 km de lao, o1 100 km, Neste nivel de detalhe, aha de Ma nhattan ocuparia aprosimadamente 10 pixels ¢ todo sew coptto2 Anepreanarto eosin contetido apareceria borrado, Dirfamos que esta itn teria uma resolupdo espacial de 10 km, e qualquer coisa menor que 10 km seria virtualmente invisivel. A Figura 3.4 mostra a Tha de Manhattan, em Nova York, EUA, em jo de 250 m, dletalhada o suficiente para mos- sara forma da ilha ¢ do Central Park. E simples perecher como isso resolve o problema da abundlineta de informagio. A superficie terrestre cobre sproximadamente 500 milhes de quilémetros quadra- dos , portanto, se este nivel de detalhe (uma resolu Ho espacial de 10 km) € suficiente para uma aplica sma propriedade da superficie como altitude pode ser deserita com apenas 5 milhées de partes de informa fo, € a altitude com a resolugio de 1 km, e dos 500 trithies 500.000,000.000.000) necessirios com resolugio de 1 metro, Outra estratégia para limitar 0 detalhe & obser- sar que muitas propriedaeles se mantém constantes por grandes extensbes de dea, Para descrever a altitude da ver. dos 500 mthdes necessirios para descrever superficie terrestre, por exemplo, poderfamos tirar van agem do fato de que dois tergos da superficie da Terra sso cohertos por dgua com sua superficie ao nivel da mae Dos 5 milhses de partes de informagio necessirtos para deserever a altitude da super resolugio, aproximadamente 34 milhies ser das como zero, win desper achar uma maneiraefieiente de identificar area coberta de informagio real A humanidade encontrow maneiras engenhosas de descrever a superficie da Terra de maneiraeficiente, pois 6 problema referido ¢ tio velho quanto a representagio © ¢ importante tanto para representagées impressas qi 0 para representagies digitais, Mus essa engenhosidade em si, a fonte de muitas manciras de representagio da superficie terrestre, ¢ os usuirios de SIG depara escalhas dliversificadas e dificeis. Este capitulo discute algumas dessus escolhas, ¢ as questées decorrentes sto discutidas nos capitulos sobre incerteza (Capitulo 6) e mo- delagem de dados (Capitulo 8). A representagiio perm pesquisadores esto sempre tentando buscar maneiras de unpliar as representagies em SIG de forma a acomodr novos tipos de informa je terrestre a 10 km de n registra icio colossal. Se pudéssemos 1a, preeisariamos apenas de 1,6 milhdes dle partes Objetos discretos e campos continuos Objetos discretos A questio do nivel de detalhe como uma escolha essencial na representagio jé foi meneionada, Outra questo, talvez Figura 3.4 Uma imagem da ha de Manhattan obtida pelo sensor MODIS do satélite TERRA no dia seguinte {20 ataque ao World Trade Center, em 11 de setembro ‘de 2001. © MODIS tem uma resolugao espacial de ‘aproximadamente 250 metros, detalhada o suficiente para mostrar a forma aproximada de Manhattan e para identificar 0s rios Hudson e East e 0 World Trade Center fem chamas (mancha branca).(Cortesia NOAA) até mais importante, é a escolha entre dois esquemas com: cceituais, Bxiste uma by evi pécie humana a tendénefa de simplifiear 0 m redor nomeando coisas e encarando suas particutaridades ‘como instincias de categorias mais amplas, Preferimos o neta de que é inerente hese mundo em branco e preto, de bons e de maus elementos, ao invés do mundo real, feito de nuances, de represent Essa preleréncia se reflete em uma maneira de ver 16 mundo geogrifico conhecida como a visio de objetos discretos. Nesta visio, © mundo é vazio, exceto onde mado por objetos com limites bem definidas, que instfineias de eategorias amplamente reconhecidas, Da tneia de livros, Mipis ou computadores, 0 mundo geogrifico esti reple mesma maneira que uma mesa esti antoméveis, casas, postes de ihuminagio © outros objetos dliseretos, De maneira similar, a paisigem de Minnesota, EWA, esti coalliada de kagos e a da Eseseia, de montanhas, Uma caracteristiea da visio de abjetos diseretos 6 que ob © rere 2:rincoa jetos poden Minnesota té sabem que Inde acima de 3.000 pés, cerca de 914 m (os chamados; Muntos, assim denominadlos por eausa de Sir Hugh ro, que listou 277 delas em 1891 ~a eontager foi aumen- tada para 284 em 1997). A visio de objetos diseretos representa 0 mundo geogrifico como objetos com limites bem defini- dos sobre um espago vazio. ccontaclos im, phueas de antoméveis de 10 "10,000 lagos”, ¢ montanhistas 284 montanhas com alti- Os onganismos biolégicos encaixam-se bem neste modelo, permitindo-nos contar a populagio de uma dre ou cidade ou deserever o comportamento individual dos uursos. Produtds mannfaturados também se ajustam a este modelo, permitindo-nos faeilmente contar © niimero de cearros produzidos em uum ano ou a quantidade de perlencentes a uma companhiia, Outros fenémenos, po- » fica elaro, por exemplo, o que € uina montanha e o que a diferencia de uma colina, ow ma montana eom dois ‘como nas montanhs Os objetos geogeificas sao identifi ade, Objetos que ocupam ados pela su men cas sho denom nadls bidimensionais e sio geralmente releridas como eas, O terme poligone t por ruzies Aéenicas que sero explicadas mais adiante, Outros obje= tos lembram mais linhas unicimensionais, como rodovias ferroxia, ou ros; eles sio representads yeralmente como dobjetos unidimensionais e reerides como linhas, Outros ainda sio adimensionais, eomo animais on prédlios, © io releridos como pontos. E claro que todos os objetos perceptiveis aos seres esentigio humanos possuem trés dimensies, € su repre ‘em um niimero menor de dimensies é aproximagio, Mas a possbilidade dos SIG de manusear objetos verdadleiramente tridimensionais eomo volu cam superficie associadas ainda permanece limitada, Os SIG, cada vez.mais, permitem que uma tereeira coordena- a vertical sejaarmazenada para cada loealizago pontual Eedifieagies se altura como atributo, 0 que, no entanto, impossbilita a distingio de telhados pkinos de outros tipos de telha- dos. Virias estrat o mnaitas vezes representadas especificando- ius tém sido usadas para representar passagens de nivel em redes vias, infarmagio esseneial ‘para a navegagio, mas normalmente nfo representad tuna rede bidimensional estrita, Uma estratéxia representar opgoes de contorno em cada interseegzo, de forma que uma passagem de nivel seja representada como tum eruzamento sem possibilidade de dobrar a esquina (Figura35) A visto de objetos diseretos, de represen Tmnagine uma classe de objetos de mesma d como todos os ursos pardos (Figura 3.6) na Pent la Kenai, no Alasea. Nés naturalmente imaginaramos esses objetos como pontos. Poderfamos ques co de cacla animal e a sua dai ma forma poderosa, nformagio geogritica sobre objetos, de nascimento, se qui- séssemos monitorar a populagio de ursos, Poderfamos também colocar um colar em cada um deles ¢ transi tira localizagio dos ursos em intervalos regulares. Toda essa informagi poderia ser expressa em uma tabela, como a Tabela 3.1, na qual cada linha repres objeto disereto, e cada coh buto, Para relor- aro argumento anterior, e a-maneiea bem efi= iene par captor informacto gery jea bruta sobre uursos pa No entanto, ela niio & aclequacla para todos os fend os geouriilicos. Ima perguntando © que escalh ‘ambiente in visit te extraterrestre nos pata representar © itamente complexo e belo que nos eizeune ch, Ow io entenderia porque eseolheros tabe- las, especialmente quando os fenémenos representados sho naturais, como tins, paisagens ou oceanos. Nala na superficie terrestre se parece Iiela. Nao esti muito claro come as propriedades de um fio on de nm oceano devem ser representadas ma forma de tabela. Assim, inenie com uma tae nhora a visio de objetos diseretos Decenede Para coneto | Conor? oy Figura 3.5 _0s problemas da representacéo de um mundo tridimensional usando @ tecnologia bidimensional. A interseccao das conexses A,B, Ce D é uma passagem de nivel, de modo que, por exemplo,nBo € possvel dobrar de A para Bede B para A (Hal Gage/Alaskastock/Photolibrary Group Limited). Figura 3.6 Os ursos sao facilmente concebidas como objetos discretos, mantendo sua identidade como objetos 20 longo do tempo e circundados por espaco vazio. (Hal GagelAlaskastockPhotolibrary Group Limited) Funeione para alguns tipos de fenémenos, & completa. mente inadlequacda para outros Campos continuos Ainda que possamos pensar « tunv terreno qualquer composto de feigSes diseretas como picos, vales, eristas, ncostas de montanhas, entre outras, € que possamos lis- tié-lasexn tabelas e conté-la, esistem problemas nfo resol idos de definigao para todos estes objetos. Ei & muito mais itil pensar no terseno como uma superticie continua, nit qual a altitude pode ser rigorosamente de- finda em cada ponto (ver Quadro 3.4), Tais superficies continuas constituem a base de outra visio comum de fendmenos geogrificos, eonheeida como visio de campo continuo (no confunsir com outros signifieadas do termo Tabela 3.1 Capitulo 3 A Representacio Geogratfica @ campo). Nesta visio, © mundo geogrifico pode ser des crito por um conjunto de caridceis, enjo valor pode ser rmedido em qualquer ponto na superficie terrestre e pode variar continuamente ao longo da superficie A visio de campo conti real como um 12.0 mundo eis, cada represe de qual definida em cada posigiio possi mero fi Os objetos sia distingnidos por suas dimensbes & nae tural Por ontro lado, campos con nte caem nas eat rias de pontos, linhas ou Seas wos podem ser dist tem termos do que varia ¢ 0 quiio gradualmente isso ocor- re. U dos 1 campo continuo de altitude, por exemplo, varia de 2 paisagem erodida por glaciagio fu por abrasio arenosa do que em tuma paisayem recente- ‘mente criada por lava resfriada. Penhaseos so lugares em ‘campos continuos onde altitude mud abruptamente ao invés de gradnalmente. A densidade populacional € wma especie de campo continuo definida como 0 niimero de habitantes por unidade de area, embora a defini » examinado em mais detalhes até {que cada individuo da populagio se torne visivel aanpos continuos também podem ser eridos a partir dle classficagies do terreno em eategorias de uso da tetra co tipo de solo. Estes campos mudam de forma brusea nos rentes classes. Ontros tipos de campos po- dlem ser definidos por variagio continua a0 longo de lin £0, por exemplo, pode ser definida em qualquer ponto de: uma rede visria; a vazio de um rio. A Figura 3.7 mostra alguns exemplos de fe menos deste tipo, ‘Campos continuos padem ser diseriminados pelo que esti sendo medido emeada ponto. Como foi deserito n0 Quadro 3.3, una variavel pode ser nominal, ordinal, de intervalo, de Fazio ou eiclica. Um campo vetorial possui © sentido se 0 campo Timites das di de através do espago. A densidade de tr ode ser medida em qualquer ponto duas varidveis, magnitude e diregio, em qualquer pont no espago e & nsada para representar fendmenos de fluso. com ventos ou correntes; campos de apenas uma varével Sho ditos escalares, Exemplo de representacao de informacao geografica na forma de uma tabela: a localizacao e atributos de quatro ursos pardos na Peninsula de Kenai, no Alasca. A localizacéo foi obtida por colares provides de rédios. Apenas uma localizacao é mostrada para cada urso, ao meio-dia, em 31 de julho de 2009 (Gados ficticios) ‘Ano estimado de Data de colocagao Localizacao, meio-dia Identificagao Sexo nascimento do colar de 31 de julho de 2009 001 M 2005 02242009 ~150,6432; 60,0567 02 F 2003 (03312009, 14,9979; 59,9665 003 F 2000 (04212009 = 150,4639; 60,1245 004 F 2001 04212009, ~150,4692; 60,1152 © rxe2:Pinco KI=II®) Dimensées ‘Areas s30 objetos bidimensionais, ¢ volumes 530 tr ‘mensionais, mas usuérios de SIG algumas vezes falam de 2,5D. Quase sempre a altitude da superficie terres tre possui um valor tinico em cada local (excecéo feita 2 falésias) Assim, a altitude é convencionalmente vista como um campo continue, uma variavel com um valor fem qualquer lugar em duas dimensbes, e uma repre- Como um exemplo simples ilustrando a diferenga entre 0s conceitos de objetos diseretos e de campos con- tinuos, suponha que vocé tenha sido contratado durante © vero para contar niimero de lagos no estado de Mi nessota, EUA, e que o resultado apareeeria nas pl tovlos os antoméveis do Estado, Parece uma tarefa simples € voce teria ficado contente por ter conseguido o traba- ho, mas voce logo encontrar dificuldades (Figura 3.8), Eas pequenas lagoas? Ela contam como lagos largos de ries? E piintanos que seeam no verio? E se 0 lago tiver uma segio estreita conectando com ium ou mais lagos? Seu maior dilema diz respeito & escala do mapea- mento, j que o mimero de lagos mostrado em um mapa depende do seu nivel de detalhe: um mapa mais detalhado certamente mostrar mais lagos Sua tarefa claramente reflete uma visio de objeto dis- creo do fendmeno. A aio de contar implica que 0s lagos so objetos diseretos, bidimensionais, preenchendo uma ppaisagem que, do contro, seria v ‘campo contimo, contudo, todos os pontos so ou na lagos. Além disso, poderfamos refinar um poueo a escala para dar conta de casos marginais; por éxemplo, poderia- mos defini a e thela 32, que possui cinco grans de “lacustridade”, A complexidade da visio dependeria de quiio prisimo ollissemos, de modo que a ceseala de mapeamnento eontinnaria senda importante, Aine savassim., todos os problemas de definir um lago como ob- jeto disereto desapareeeriam (mesmo que ainda houvesse problemas de definigio nos niveis da escala). Em ver. de Ccontar, nossa estratégia seria estender uma matriz sobre 0 mapa e atribuiracada echila da matriz-um escore da escala de lacustridade, O tamanho da célula determinaria a act ricia do resultado em rclagio a0 valor que teoricamente ‘objeriamos visitando cack im des infinitos pontos no Es tado. Ao final, tabuilarfamos os escores resultantes, contarn- doo niimero de eétulas com ead valor de laeustridade on favendo a média dos valores. Poderiamos a de rechos ala mostrada ni cecher uma mancira nova ¢ cientifie mais sensata de rotular as phueas de antoméveis do Estado: "Minessota 12% Tagos” ou "Minessola, lacustridade média 2.02)" sentacao plena 3D s6 € necessaria em uma érea onde fealésias e cavernas sio abundantes, caso sejam feicoes relevantes. A ideia de lidar com fendmenos tridimen- sionais tratando-os como uma funcéo simples de duas varlaveis horizontals dé origem a0 termo 2,5D. A Figu ra 3.78 mostra um exemplo, neste caso umia superficie de altitudes. “ Figura 3.7 Exemplos e fendmenos de campo continuo. (A) Imagem de parte do Mar Mortono Oriente Médio. A tonalidade da imagem em cada ponto mede a quantidade de raiacio copturada peo sistema de imageamento do satéite. (8) Uma imagem simulada derivado da base de dados atimétrcos da Shuttle Radar Topography Mission (SRTM - Missd0 do Onibus Espacal de Topografia por Rada) ‘imagem mostra a rea da planicie Carrizo, no sul da Calferia, com uma simulagdo do céu e com cabertura do solo obtida de outros satélites (Cortesia NASAVIPL-Caltech) copiuios Arepesenaaocrosatce @ Figura 3.8 Lagos sao de dificil conceituacao como objetos discretos porque muitas vezes é dificil dizer onde lum lago comeca ou termina, ou de distinguir um rio largo de um lago. (Oliviero OlivieriGetty Imagens, Inc) A diferenga entre objetas © campos por fotografias (Figura 8.7). Imagens em papel produ- @ bem ilustrada zidas pelos antigos riagio no estado quimico do mat Nas primeinas foto ceram liberadas de make essay molGenlas instiveis eram expostas i luz, eseurecen- nes fologefis sio eriadus pela va- val no fine fotografie, afias, mimiseulas pasticulas de prata las de nitrato de prata quan entdo, a imagem na proporgio da quantidade de luz, incidente. Pereebemos im sm como um campo de variagio continua em cores om tons de einza, Mas qian Tabela 3.2 Uma escala de lacustridade para definir lagos como um campo continuo Grau de lacustridade Definicéo 1 Local sempre seco em qualquer cireunstancia, 2 Local eventualmente inundado na primavera, 3 Local comporta vegetacao de area ermanentemente imida, 4 ‘Agua sempre presente em profundidade Menor que 1m, 5 ‘Agua sempre presente em profundidade maior que 1 m. do olhamos para a imagem, 0 olho ¢ 0 eérebro comegam enga dle objetos diseretos, eome pessoa a inferir a pres Fis, cultivos, eaeros ou casas, ao interpretar 0 conterido da imagem @ Matrizes e vetores ‘Campos contimios ¢ objetos diseretos definem dias visdies| conceitnais dos fendmenos geogrticos, mas nito resolver 6 problema da representa o digital. A visio de campo continuo ainda contém potencialmente uma quantidude nfinita dle informagies se ela define o valor da varidvel ern cada ponto, j“que existe um ndimero infinito de pontos fem qualquer extensio ge nal « igrfica. Objetos diseretos t bhém podem exigir uma quantidade inflaita de inforn rem integralmente descrtos. Una linha de cast, por exemplo, contém uma quantidade infinita de infor maggo se mapeada com detalhanvento tnfinito. Portanto, pos continuos e objetos diseretos nada mais sio senao concepgGes ou maneiras de pensar sobre fendmenos goo agralicos,e nio foram coneebidos para lidar com as limita «Hes dos computadores Dois métodos so utillzadlos pura reduzir os Fendme- nos geogrificos a formas que possum ser coifieadas em dnses de dados, e denominamos esses métodos matriial € Setorial, Em prinespio, ambos podem ser usados para ccxlficartanto campos continos quanto objetos diseretos ‘as na pritica existe ima forte associag ‘campos e entre vetores ¢ objetos discrctos entre matrizes Os métodos matricial ¢ vetorial si mas de repre: computadoresy duas for 1 de dados geogrifieos em Dados matriciais Em una representag ‘uma malha retangukar de oélulas (gerakmente quadadas) Figura 3.9). Toda a variagio gec p, expressit atribuindo-se propriedades ou atributos wessas clas. As matricial, 0 espaco € dividido er flea €,eni cclulas io também chamadas de pixels (contragio de pie« ture elements rizes de eélulas ¢ especificam at as células, Uma das formas mais comnns de dados matriciais origina-se de satélites, que caphuram informagies nesta forma e as enviam & Terra para serem distri lisadas. Dados Landsat Thematic Mapper, por exemplo, comumente usados em aplicagées de SIG, wm em e¢lae Jas de 30 metros de lado no terreno, on aproximadamen: te 0,1 hectare de area. Dados similares podem ser obti [Ey et contr Dov (ak savannah Grassland Figura 3.9 Representagao matricial. Cada cor representa um valor diferente de uma variavel em escala nominal indicando uma classe de cobertura de solo dos de sensores aerotransportados. Asimagens variam de aordo eon a resolucio espacial, (expressa ho, no terreno, eu Tado da eélula) ¢ também de acordo ‘com as datas cle captura pelo satélite, Alguns satélites esto em érbita geoestactondria sobre um ponto Fixo na ‘Terra ¢ eapturam imagens constantemente. Outros pase sam sobre um ponto fixo em intervalos regulares (p.ex., acada 12 dias). Por iltimo, os Sensores v «do com a porgio ou porgées do espectro eletromagnéti- co detectadlo por eles. As partes visiveis do espectro si mais importantes para 0 sensoriamento remoto, mas al- sgumas partes invisiveis do espectro sio particularmente Uiteis na deteogio de ealore dos fendmenos que 0 produ zem, como as erupgbes vulednicus, Muitos sensores cap- tu e-em diversas dreas do spectro, on bandas, pois as quantidades relativas de rae dliagao em diferentes partes do espectro sao geralmente indieadores jiteis de certos fendmenos na superficie ter- restre, como folhas verdes on gua. O AVIRIS (Airborne Visible Infared Imaging Spectrometer ~ Espeetesmetro nerotransportado de imageamento no visi relho) captura nada menos que 224 porgdes do espectro e tem sido usado na deteagio de determinados minerais no solo, entre outras aplieagBes. O sensor E um assunto complexe mais detalhes esto disponiveis, no Capitulo 9. Callas quadradas acomodam-se bem em uma super ficie plana como uma mesa ou uma folha de papel, mas » na superficie curva da Terra. Portanto, da mesma for a Ter elo tan fam de aeor- m imagens simultaneame ‘Le infraver- nento remote rn qe as representagies impressas requerem ra plana ou projetada 0 mesino ocorre com us tuma matriz. (Devido is distorgesassociadas & projet, as hls matriiais jamais ser famente iguais em forma ou rea na superficie terreste.) As projegses, maneiras de projetar a Terra sobre um plano, sio deseri- tas Segio 58. Muitos dos termos que deserevem a re- presentagio matricial sugerem a superposigio de wm piso de ladeilhos a uma superficie plana ~ falamos de cdlulas mnatricjais pavimentando uma area, © cada céhila é toma a conho uma instincia de un éssera (terme latino que las de LT] “ \e Figura 3.10 Efeito de uma representac3o matricial usando (A) a regra da porgao maior e (8) aregra do onto central, significa mosaico). Aqueles globos espelhadds das pistas de danga nos lembram que ¢ impossivel cobrir de forma perleita um objeto esférico como a Terra eom pegas pla nase quadradas Quando a informagao ¢ representada na forma matri- cial, todo detalhe sobre variagao no interior das célula & perdido, ¢ no lugar disso a eada e¢hula &atribufdo um ini co valor. Suponha que queiramos representar © mapa dos condados do estado do Texas, EUA, de forma matricial, Cada eélula reeeberia um inico valor para identifiear um condado, e precisariamos definir uma regra a ser aplica da quando uma célua se estender sobre mais de um con- dado, Geralmente, « regra é que o condado com a maior eer epi sis bea al Ae va rg 6 haseada no ponto central da célula, ¢ 0 condado neste ponto é alocado para toda a e¢hula. A Figura 3.10 mostra esas das regis em operagio. A regra da porgio maior & «quase sempre a preferida, mas a do ponto central é mu tas veres usada visando maior rapide na computagio © frequentemente usada na eriagao de bases de dados ma- tricia de altitude Dados vetoriais Em uma representagio vetorial, todas as linhas sio eap- turadas como pontos ligados por linhas perfeitamente rotas (alguns programas de SIG aceitam eurvas como cconexgo entre pontos, porém, na maioria ds casos, elas sio uma aproximagao gerada pelo incremento da densi e de pontos). Uma drea ¢ eapturaca eomo una série de pontos on vértices conectados por linhas retas come’ rmostrado na Figura 3.11, As bordas em linha reta entre ‘8 vertices explicam porge areas em representacao ve~ torial sio frequentemente chamadas de poligonas; no jar- Figura 3.11. Uma drea (linha vermetha) ¢ sua ‘proximacao por um poligono (linha tracejada azul). so dos $1G, 0s termos polizono ¢ rea sio usados como sindnimos, Linhas 6 termo politinka foi eriado para deserever wma linha curva representacla por uma série de sementos de rota conectando vertices. ara eapturar um objeto do tipo rial € necessirio especificar apenas a localiza dos pon- tos que correspondem aos vértices de um poligono, Isto parece simples & tamh presentacio matricial, que exigiria que listéssemos todas as células que formam essa area, Estas ideias aparecem esti m comentirio comumente usado, “Raster is vaste. but vector is correcter"*, Para eriar uma aproxi~ rmagio precisa de uma drea usando a estrutura matricial, seria necessério recorrer ao uso de eélulas muito peque- nas, 0 que aumentaria proporcionalmente © niimero de células (a divisio de cada célula pela metade em largura c altura resulta na quadplicagio do ntimero de Mas as coisas nio sio to simples quanto parecem. A apa- rente precisio vetorial frequentemente nao € real, ja que muitos fendmenos geogrifics simplesmente no podem io capturadas da mesma maneira, & muito mais efieiente que a re as) 7 N-de Te Jogo de rimas no raduvel ao pé da era. A Kea 6 de que cobertura matreal é mais exastiv (ster), musa vetoral & contuos Arepeenaiaceonstca localizados com alta acurieia (ver Subsegio O caso de intervalo/razao, na Segio 6.3). Assim, embora dados ma- triciais possam parecer menos atraentes, poderto ser mai figis & qualidade inerente dos dados. Além disso, existern vrios métodos de compressio de dados matriciais capa zes de reduzir substancialmente a capacidade necessiria o armmtzenamento de um determinado eonjunto de dads {ver Capitulo 8). Por isso, a escolha entre representagiio matricial e yetorial g sumido na Tabelt 33, ente & complera, conforme re A representacao de campos continuos Enquanto objetos discretos prestam-se naturalmente a sama representagio como pontos,linhas ou seas usando de im eampo pode ser expressa em uma representa digital é menos dbvia. Nos SIG, ses alternativas to geral- mente impleme tadas (Figura 3.12) A. Capturar o valor da varidvel em cada ponto amostral de uma grade regular, como, por exemplo, altitudes espagaclas em 30 metros em um modelo digital de al- titude (Digital Elevation Model = DEM), Capturaro valor da varidvel de campo em cada ponto amostral de um conjunto irregularmente distribuido de pontos (por exemplo, variagio da temperatura de superficie obtida em estagdes meteorol6gies) ©. Capturar um nico valor da variével para uma e¢haba regular (por exemplo, valores de radiagio reletida em tuma cena de sensoriamento remoto). ‘apturar umn nico valor da varigvel sobre uma dre de formato irregular (por exemplo, uma classe de cober- tuna vegetal ono ngme do propretrio de wn le) Capturara variagio linear da varivel de eampo sobre um tridngulo irregular (por exemplo, a altitude captu- vada em uma rede triangular iregalar on TIN, Subse gio Modelo de dados TIN, Segiio 5.2) ‘apturar as isolinhas de uma superficie, como linhas alizadas (por exemplo, eurvas de nivel digitaliza- das represes tando altitude) Cada um destes métod _quantidade potenciahmente ccansegue comprimir a nita de clades presente em Tabela 3.3 Vantagens relativas das representacées matricial e vetorial ‘Aspect ‘Matricial Vetorial ‘Volume de dados Fontes de dados Aplicacbes Software Resolucéo Fixa Depende do tamanho da célula Sensoriamento remoto, imagens Recursos naturais, ambientais, ‘IG matricial, processamento de imagens Depende da densidade de vertices Dados sociais e ambientais Socials, econdmicas, administrativas SIG vetorial, cartografia automatizada Voriavel eo Parte 2: Principios PY cooucron mE] Ds | Benet . eee ee ® of ®| Figura 3.12 As seis epresentacées aproximadas de um campo continuo utilizado em SIG. (A) Pontos amostrais regularmente distribuidos. (8) Pontos amostraisirregularmente distribuidos. (C) Células retangulares, (0) Poligonos de formas irregulares. () Rede triangular irregular, com variaca0 linear sobre cada triangulo (o modelo de Rede jangular Irregular ou TIN; a moldura é mostrada tracejada neste caso porque porcdes nao mostradas de triangulos completos a Ultrapassom) (F) Pallinhas representando curvas de nivel (ver a discussao dos mapas isopleticos no Quadro 4.3). (Cortesis US. Geological Survey) uum campo continuo para ma quantidade fnita de dados, tusando uma das seis opgies, dias das quais (A e C) sto rnatricials e quatro (B, D. E e F) sio vetoriais. Dos mé todos vetorias, wun (B) tiliza pontos, dois (D ¢ E) usam poligons e um (F) ws Kas para expressar a vari {spacial continia do campo em termes de um conjunto finito de objetos vetoriais. Contudo, diferente do concet to de abjeto discreto, os abjetos usados para representar ans simplesmente artefatos da verdadle, coneebido como alos de wana representa tum campo niio sio rea representagao de algo que cspaciahnente continu. Os tri TIN (E), por exemplo, existem apenas na representa (fo digital © no podem ser encontradas no terreno, nem as linhas de representagio de curvas de nivel (F) O mapa impresso ‘Os mapas impressos tm sido ao longo do tempo umn meio poderoso e efetivo de comunicar informagio geogrifica Toi contraste con dads eigitais, que usam esquemas de codificagao como ASCH, eles sio uina instancia de repre sentagio analgica, on um modelo fisico no qual o yuo real aparece em escalt; no exso do mapa impresso, parte do mundo real é colocada em escala para que caiba no tamanho do papel. Uma propriedade primordial de min mapa impresso & sua escala ou fracdo representatica, def nd como a razio entre a distineta no mapa ea di ha superficie tervestre, Por exemnplo, um mapa na e 1.24.000 rel tudo na superficie terrestre em 24.000 ve~ Jes seu tamanho real, Isso é um pouco enganoso, pois a superficie terrestre ¢ eneva e o papel, plano, e por isto a scala nfo pode ser exatamente Constante Um mapa impresso é uma fonte de dados para produto ana- 1 eliciente de co- (s mapas tém sido tao importantes, principale te antes do advento da teenologia digital, que muitas das ideiasassociadas aos SIG sio na verdade, herdadas dire= tamentefdeles. Por exemplo, a escala 6 frequentemente Gitada como uma propriedade de uma base de dados di itals, ainda que a definigio de escala nao faga sentido! para dados digitais ~razain da distincia no computador tem relago a distancia no terreno; como podem existic dlistancias em um computador? O significado & um pouco mais complicado: quando uma escala € referida para ume base de dados digit presso que é usida como fonte dos dados. Assim, ao dizer {que uma base de daelos est na eseala 1:24.000, asstme-se com seguranga que ela foi produzida a partir dem mapa fmpresso nesta escala € que inelui representagdes d Feigoes encontradas em mapas nesta escala, Outras dis- ‘euss6es sobre escala podem ser encontradas nio Quarto 4.2 e no Capitulo 6, no qual a eseala é importante pata o cconeeito de incerta. Existe uma relagio estreita entre o conterida de umm mapa e as representagdes matricial ¢ vetorial discutidas na segio anterior. O US. Geological Survey (Servigo Ge- ol6gica dos EUA ~ USGS), por exemplo, distribui dias versdes digitais dos seus mapas topogrificos, uma matri- é geralmente a escala do mapa im:

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