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DIREITO ADMINISTRATIVO

- Conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, agentes e as atividades públicas tendentes a realizar os fins
desejados pelo Estado. Relaciona-se intimamente com o Direito Constitucional, pois disciplina os serviços públicos e regulamenta
as relações entre a Administração e os Administrados, dentro dos princípios constitucionais estabelecidos.

- Fontes: lei, doutrina, jurisprudência. Utiliza-se pouco os costumes. Direito administrativo não é codificado. Obs: além dos
acórdãos dos Tribunais, também se usa muito a jurisprudência dos Tribunais de Contas. Jurisprudências referentes a prestações de
contas públicas. Todo ano há 3 decisões: aprovadas, aprovadas com ressalvas e rejeitadas. Essa coletânea de decisões sobre o
mesmo ponto forma-se a jurisprudência administrativa. mas ao invés de ser decisões do judiciário, são dos Tribunais de Contas.

Evolução: no Brasil o Direito Administrativo foi criado em 1851, incluindo-se nos cursos jurídicos (academia de direito de
Recife) e o primeiro livro lançado em 1857, por Vicente Pereira do Rego.

Regime jurídico administrativo

Supremacia do interesse público sobre o privado. Superioridade do interesse da coletividade.

Isso é um poder-dever, pois as prerrogativas inerentes à supremacia do interesse publico só podem ser manejadas legitimamente
para o alcance do interesse público.

Indisponibilidade, pela Administração, dos interesses públicos: os interesses da coletividade não se encontram à livre
disposição de quem quer que seja, nem do próprio administrador.

PRINCÍPIOS

- Princípio da legalidade: a Administração Pública só pode ser exercida conforme a lei. Tal princípio é o antídoto natural do
poder monocrático. O particular pode fazer tudo que a lei não proíbe; a Administração só pode fazer o que a lei antecipadamente
autorize.

- Finalidade: o que explica, justifica e confere à norma; é a finalidade que a anima. Finalidade = o que; motivação = para que.

- Razoabilidade: a Administração deve obedecer critérios do ponto de vista racional, em sintonia com o sendo normal das
pessoas equilibradas. Deve haver prudência e sensatez.

- Motivação: dever de justificar os atos, apontar os fundamentos de fato e de direito. Deve ser prévia ou contemporânea ao ato.
exigência de uma administração democrática. Do Contrário, pode haver invalidação pelo Judiciário. Motivação tem que ser
prévia ou contemporânea, não posso justificar depois.

- Impessoalidade: não pode haver discriminação nem favoritismo; perseguição ou simpatia. Ex: concurso público, art. 37, II e
contratos, art. 37 XXI. Todos na administração pública devem ser tratados de maneira isonômica. Ainda que o contrato seja feito
por dispensa ou inexigibilidade, eu devo licitar.

- Publicidade: transparência de comportamento. Todo ato da administração pública deve ser divulgado. Garante a informação
sobre assuntos públicos. Pode ser garantido através de Habeas Data.

- Devido processo legal e ampla defesa: garantia da liberdade e propriedade.

- Princípio da moralidade administrativa: art. 37, caput e §4º; 5º LXXIII e 85, V. Moralidade significa atuação conforme os
princípios éticos. Compreende os princípios da lealdade e boa-fé . Lei 8429/92 diz respeito à L.I.A (lei de improbidade
administrativa), ler artigos 9, 10 e 11 dela.

- Princípio do controle judicial dos atos administrativos: unidade de jurisdição; o Poder Judiciário possui competência para
julgar todos os atos. Possui competência para julgar todos os casos em se considerando de atos administrativos, mas apenas o
procedimento e não o mérito. O Judiciário não cassa ninguém, ele decreta a perda do mandado. Só o legislativo pode cassar
mandato; a perda deste pode ser decretada pelo Judiciário.

- Princípio da responsabilidade do Estado por atos administrativos: art. 37 §6º. Aplica-se a qualquer das funções públicas.
Adota o direito de regresso contra o agente responsável. Um magistrado responde por seus atos que, na condição de magistrado,
causar a terceiros. Seja por ação ou omissão. Judiciário, Executivo e também Legislativo. O agente ao provocar um dano, seja por
ação ou omissão, dolo ou culpa, deve-se ingressar contra o Estado e este regressa contra o sujeito.
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FRENTE AOS 3 PODERES

Estruturação legal das entidades e órgãos que desempenham funções através dos agentes públicos. Tal organização é feita por lei
e, excepcionalmente, por decreto e normas inferiores, quando não exige a criação de cargos nem aumenta a despesa pública.

Toda entidade da Administração Pública deve ser gerida, administrada e alterada por lei.

Governo:

Conjunto de poderes e órgãos constitucionais; complexo de funções estatais básicas; condução política dos negócios públicos. O
presidente do TJ exerce função política. PGJ também exerce função política.

Administração Pública:

Conjunto de órgãos instituídos para a consecução dos objetivos do governo; funções necessárias ao serviço público em geral;
desempenho legal e técnico dos serviços públicos em prol da coletividade. A administração não pratica atos de governo, mas tão
somente atos de execução. Administração não pratica atos de governo. Quem executa é administração.

Entidades estatais

Pessoas jurídicas de direito público que integram a estrutura constitucional do Estado e tem poderes políticos e administrativos (U,
E, M, DF). A União é soberana e as entidades estatais possuem autonomia política, administrativa e financeira.

Entidades autárquicas

Pessoas jurídicas de direito público, de natureza meramente administrativa,criadas por lei, para a realização de atividades, obras
ou serviços descentralizados da entidade estatal que a criou. Ex: atividades econômicas e educacionais.

Entidades fundacionais

Pessoas jurídicas de direito público, semelhantes às autarquias, criadas por lei especifica com as atribuições que foram conferidas
no ato de sua instituição.

Entidades paraestatais

Pessoas jurídicas de direito privad, cuja criação é autorizadda por lei especifica para realização de obras, serviços e atividades de
interesse coletivo. Ex: sociedades de economia mista, empresas públicas e serviços sociais (SESI, SESC).

Órgãos Públicos

Centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada a
pessoa jurídica a que pertencem. Para Di Pietro, é a unidade que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos que o
integram como objetivo de expressar a vontade do Estado.

Classificação dos órgãos públicos

Como as atividades governamentais e administrativas são múltiplas e variadas, os órgãos que a executam apresentam-se
diferenciados, adaptando-se às funções que lhe são atribuídas. Podem ser órgãos de direção, deliberação e planejamento;
assessoramento e execução; superiores e inferiores; centrais, regionais e locais; administrativos, jurídicos e técnicos; normativos e
fiscalizadores e tantos outros.

Agentes públicos

Pessoas físicas incumbidas do exercício de alguma função estatal. O cargo ou a função que pertencem ao Estado, que podem
suprimi-los ou alterá-los sem ofensa aos direitos de seus titulares, com podem desaparecer os titulares sem extinção dos cargos e
funções.

Os cargos são criados no órgão para serem providos por agentes que exercem as funções na forma legal. As função são os
encargos atribuídos aos órgãos, cargos e agentes. Toda função é atribuída e delimitada por norma legal, que configuram a
competência do órgão, do cargo e do agente, ou seja, a natureza da função e o limite do poder para seu desempenho.

Agentes políticos
São os componentes do Governo em seus primeiros escalões, investidos em cargos, funções, mandatos ou comissões, por
nomeação, mandatos ou comissões, por nomeação, eleição, designação ou delegação para o exercício de suas atribuições
constitucionais. Não são servidores públicos, nem se sujeitam ao regime jurídico único; tem normas especificas para a sua
escolha, investidura, conduta e processo por crimes funcionais e de responsabilidade que lhe são privativos. Ex: Chefes de
Executivo e seus auxiliares imediatos; membros das Casas Legislativas; demais autoridades que atuem com independência
funcional.

O Presidente do TJ pode exercer a função de agente político, pois na condição de Presidente do TJ terá uma função por mandato.
O PGJ ou PGR exerce função de agente político, enquanto está no cargo, pois é uma função de governo. Ocupam cargo por um
período predeterminado (mandato).

Competências

A autonomia das entidades federativas pressupõe repartição de competências legislativas, administrativas e tributárias –
caracteriza e assegura o convivio do Estado Federal. Competência é a faculdade juridicamente atribuída a uma entidade, órgão, ou
agente do Poder Público para emitir decisões. Competências são as diversas modalidades de poder de que se servem os órgãos ou
entidades estatais para realizar suas funções.

Repartição em matéria legislativa

Vide CF art. 21,22, 23, 24, 30.

1. LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS


2. Segundo Bimestre.

É o procedimento administrativo mediante o qual a Administração Pública seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de
seu interesse. Visa propiciar iguais oportunidades aos que desejam contratar com o Poder Público, dentre os padrões previamente
estabelecidos pela Administração.

Atua como fator de eficiência e moralidade nos negócios administrativos. É o meio técnico legal de verificação das melhores
condições para a execução de obras e serviços, compra de materiais e alienação de bens públicos.

Tenho 3 tipos de licitação e 6 modalidades. Tipo: técnica, técnica e preço e preço; não pode dizer que a proposta mais vantajosa é
a mais barata. Se for do tipo menor preço é a proposta mais barata.

Finalidades:

1) buscar a melhor proposta, estimulando a competitividade entre os potenciais contratados, a fim de atingir o negócio mais
vantajoso para a Administração;

2) oferecer iguais condições a todos que queiram contratar com a Administração, promovendo, em nome da isonomia, a
possibilidade de participação no certame licitatório de quaisquer interessados que preencham as condições previamente fixadas no
instrumento convocatório.

A licitação destina--se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para
a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com
os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa,
da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

Devido processo legal: realiza-se através de uma ação ordenada de atos vinculantes para a Administração e para os licitantes, sem
a observância dos quais é nulo o procedimento licitatório e o contrato subsequente. Destaca-se em todas as suas fases, o devido
processo legal e com principal objetivo de satisfazer o interesse público.

- Modalidades de licitação:

 Concorrência
 Tomada de preços
 Convite
 Concurso
 Leilão
 Pregão
Tenho 3 tipos de licitação: preço, técnico e técnica e preço.

Mas eu também tenho modalidades de licitação. O termo correto é convite e não carta-convite.

Quanto mais complexa for a licitação, mais complexo será o procedimento.

As três primeiras modalidades mencionadas – concorrência, tomada de preços e convite – diferenciam--se basicamente em função
do valor do objeto.

Assim, para obras e serviços de engenharia, as faixas de preço são as seguintes: a) convite: até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta
mil reais); b) tomada de preços: até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); c) concorrência: acima de R$
1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais).

Para contratação dos demais objetos, são utilizadas as seguintes faixas: a) convite: até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); b) tomada
de preços: até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais); c) concorrência: acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta
mil reais).

Em relação aos valores de contratação, algumas considerações são importantes:

1) se houver fracionamento do objeto, cada parte deverá ser licitada utilizando a modalidade cabível para o valor integral (art.
23, § 2º, da Lei n. 8.666/93). Essa regra impede que a divisão do objeto funcione como mecanismo de fuga da modalidade correta;

2) é sempre possível utilizar modalidade mais rigorosa do que a prevista na legislação diante do valor do objeto. Assim, por
exemplo, se o serviço de engenharia tiver o valor integral de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), caindo na faixa da tomada de
preços, é possível substituir esta modalidade pela concorrência, mas não pelo convite. Esse é o sentido do art. 23, § 4º, da Lei n.
8.666/93: “Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a
concorrência”.

3) admite--se que o legislador estadual ou municipal, no exercício de sua competência para criar normas específicas sobre
o tema, determine a adoção da concorrência como única modalidade licitatória permitida na respectiva esfera federativa;

4) para contratação de objetos com valor de até 10% da faixa máxima do convite, a realização da licitação não é obrigatória.
Assim, para obras e serviços de engenharia de até R$ 15.000,00 (quinze mil reais) e, nos demais casos, para objetos de até R$
8.000,00 (oito mil reais), a contratação pode ser direta por dispensa de licitação (art. 24, I, da Lei n. 8.666/93)

Concorrência

Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem
possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto, bem como garantia de ampla
publicidade (art. 22, § 1º, da Lei n. 8.666/93).

Para objetos de grande vulto econômico, sendo obrigatória, no caso de obras e serviços de engenharia, com valor acima de R$
1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais). Em relação aos demais objetos, o uso da concorrência é obrigatório para
contratações de valor superior a R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais). A circunstância de envolver valores elevados
explica o fato de a concorrência ser a modalidade formalmente mais rigorosa.

Na concorrência, o intervalo mínimo entre a publicação do edital e a entrega de envelopes é de quarenta e cinco dias corridos,
para os tipos de licitação melhor técnica ou técnica e preço, ou trinta dias corridos, para o tipo menor preço.

Independentemente do valor da contratação, a concorrência é obrigatória nos seguintes casos:

1) compras e alienações de imóveis;

A 177a prova da Magistratura/SP considerou CORRETA a assertiva: “A modalidade de licitação necessária para a alienação de
bens imóveis é a concorrência pública”.

2) concessões de direito real de uso;

3) licitações internacionais;

4) contratos de empreitada integral;

5) concessões de serviço público;


6) registro de preços

Tomada de preços

É a modalidade entre interessados devidamente cadastrados ou que atendam às condições do edital até três dias antes da data do
recebimento das propostas, observada a ne-cessária qualificação (art. 22, § 2º, da Lei n. 8.666/93). Se o pedido de cadastramento
for indeferido, cabe recurso no prazo de cinco dias.

A prova de Fiscal do INSS elaborada pelo Cespe considerou INCORRETA a afirmação: “A tomada de preços é modalidade de
licitação em que somente poderão participar oferecendo propostas as pessoas cadastradas no órgão ou entidade licitante antes da
publicação do edital”.

A tomada de preços é empregada para contratação de objetos de vulto intermediário: até R$ 1.500.000,00 (um milhão e
quinhentos mil reais), para obras e serviços de engenharia, e de até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais), para os
demais objetos.

O intervalo mínimo entre o edital e a entrega de envelopes é de trinta dias corridos (melhor técnica ou técnica e preço) e quinze
dias corridos (menor preço.

Convite

É a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em
número mínimo de três pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o
estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até vinte
e quatro horas da apresentação das propostas (art. 22, § 3º, da Lei n. 8.666/93).

Baseada no art. 22, § 7o, da Lei n. 8.666/93, a prova da Magistratura/PR considerou CORRETA a assertiva: “O comparecimento
de apenas um licitante à licitação realizada na modalidade convite, relativa a objeto em que há limitações do mercado ou
manifesto desinteresse dos convidados, devidamente justificados no processo, não cons-titui causa para a invalidação do
pro­cedimento licitatório”.

A prova de Fiscal do INSS elaborada pelo Cespe considerou CORRETA a afirmação: “Ainda que não tenha sido convidada, a
empresa previamente cadastrada poderá apresentar proposta na licitação, na modalidade convite”

O convite é utilizado para objetos de pequeno vulto econômico: até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), para obras e
serviços de engenharia, e até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), para os demais objetos.

A prova de Auditor do TC/PI 2005 considerou CORRETA a afirmação: “Suponha que uma obra a ser contratada por um
Muni-cí-pio- seja avaliada, em sua parte principal, em R$ 110.000,00. Suponha ainda que, a essa parte principal, devam se somar
mais duas parcelas de natureza específica, que possam ser executadas por pessoas ou empresas de especialidade diversa,
respectivamente no valor de R$ 20.000,00 e R$ 35.000,00. Nessa hipótese, con-side-rando--se a necessidade de maior agilidade
para a contratação, sem abrir--se mão da legalidade, devem ser feitas, respectivamente, licitações nas modalidades: convite,
convite e convite”.

No convite, não existe edital. O instrumento convocatório dessa modalidade de licitação é denominado carta--convite.

O intervalo mínimo entre a expedição da carta--convite e a entrega de envelopes é de cinco dias úteis.

Concurso

Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico,
mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital (art. 22, § 4º, da Lei n.
8.666/93). Exemplos: concurso de projetos arquitetônicos de revitalização do centro da cidade; concurso de redações entre alunos
da rede pública de ensino sobre os 500 anos do descobrimento do Brasil.

A prova de Técnico Judiciário do TRT/Campinas elaborada pela FCC considerou CORRETA a assertiva: “Concurso é a
modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a
instituição de prêmios ou remuneração aos vence-do-res, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial
com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias”.

É fundamental não confundir essa modalidade de licitação com o concurso para provimento de cargo, que também é um
procedimento administrativo seletivo, mas sem natureza licitatória.
A 38a Prova para Titular de Cartório/RJ considerou INCORRETA a assertiva: “Concurso é a modalidade de licitação entre
pessoas com qualidade específica comprovada para ingresso em cargos da Administração”.

Outra característica diferencial do concurso é que constitui a única modalidade- de licitação em que a comissão especial não
precisa ser composta por agentes públicos, admitida a participação de técnicos e especialistas habilitados a julgar os
concorrentes, ainda que não pertencentes aos quadros da Administração Pública. É o que prescreve o art. 51, § 5º, da Lei n.
8.666/93: “No caso de concurso, o julgamento será feito por uma comissão especial integrada por pessoas de reputação ilibada e
reconhecido conhecimento da matéria em exame, servidores públicos ou não”.

No concurso, o intervalo mínimo entre a publicação do instrumento convocatório e a entrega dos envelopes é de quarenta e cinco
dias corridos.

O prêmio pode ser em dinheiro ou alguma outra espécie, como uma viagem, por exemplo.

Leilão

Nos termos do art. 24, § 5º, da Lei n. 8.666/93, leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de
bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens
imóveis oriundos de procedimentos judiciais ou dação em pagamento, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor
da avaliação.

A prova de Técnico Judiciário do TRT/Campinas elaborada pela FCC considerou CORRETA a assertiva: “Leilão é a modalidade
de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente
apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou
superior ao valor da avaliação”.

Em síntese, o leilão é utilizado para venda de bens:

1) móveis inservíveis;

2) móveis de valor módico;

3) imóveis oriundos de procedimentos judiciais ou dação, caso em que a Administração pode optar entre leilão e concorrência.

O intervalo mínimo entre o instrumento convocatório e a entrega dos envelopes é de quinze dias corridos.

O critério para julgamento da melhor proposta é o do maior lance ou oferta.

Consulta

Consulta é uma modalidade de licitação exclusiva da Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel.

A prova de Analista do Ministério Público Federal elaborada pela Esaf considerou CORRETA a afirmação: “A legislação das
agências reguladoras estabeleceu a possibilidade de se utilizar, para aquisição de bens e contratação de serviços por essas
en-tidades, uma modalidade especial de licitação, prevista tão somente para essa ca-te-goria organizacional, denominada
consulta”. Segundo o disposto no art. 55 da Lei n. 9.472/97, a consulta será realizada mediante procedimentos próprios
determinados por atos normativos expedidos pela agência, vedada sua utilização para contratação de obras e serviços de
engenharia.

Pregão

Criado pela Lei n. 10.520/2002, resultante da conversão em lei da MP n. 2.182--18/2001, o pregão é a modalidade de licitação
válida para todas as esferas federativas e utilizada para contratação de bens e serviços comuns.

Os termos do art. 1º, parágrafo único, da Lei n. 10.520/2002, consideram--se bens e serviços comuns, independentemente de
valor, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de
especificações usuais no mercado.

A prova de Gestor Governamental do Ministério do Planejamento 2008 elaborada pe-la Esaf considerou CORRETA a afirmação:
“Pregão é a modalidade de licitação uti­lizada para aquisição de bens e serviços cu­jos padrões de desempenho possam ser
ob-jetivamente definidos pelo edital, por meio das especificações usuais no mercado”.
Como a utilização da concorrência leva em consideração basicamente o valor do objeto e, no pregão, importa sobretudo a natureza
daquilo que será contratado, é comum comparar as duas modalidades afirmando: na concorrência, interessa a quantidade do
objeto, independentemente da qualidade; enquanto, no pregão, importa a qualidade, independentemente da quantidade.

Em princípio, o uso do pregão é opcional, podendo sempre a Administração optar pelo emprego de outra modalidade licitatória
apropriada em função do valor do objeto. Entretanto, o art. 4º do Decreto n. 5.450/2005 tornou obrigatório o uso do pregão para o
âmbito federal, devendo ser adotada preferencialmente a modalidade eletrônica. Assim, o uso do pregão presencial na esfera
federal somente será permitido mediante justificativa expressa da autoridade competente.

A prova de Gestor Governamental do Ministério do Planejamento 2008 elaborada pela Esaf considerou CORRETA a afirmação:
“Entre as modalidades de licitação para compra de bens e serviços, destacam--se:- concorrência, tomada de preços, pre-gão e
convite”.

No pregão, o intervalo mínimo entre a publicação do instrumento convocatório e o envio de propostas é de oito dias úteis.

A característica fundamental do procedimento do pregão é a inversão nas fases naturais da licitação. Isso porque, como
visto nas regras acima transcritas, o julgamento das propostas antecede a habilitação dos licitantes.

Essa inversão relaciona--se com o objetivo essencial do pregão: propiciar economia de tempo e de dinheiro para o Poder
Público. Assim, após a fase dos lances verbais decrescentes, analisa--se a documentação somente de quem ofertou o menor lance,
devolvendo--se, fechados, os envelopes com documentos de habilitação dos demais licitantes.

Princípios licitatórios

a) Procedimento formal

b) Publicidade de seus atos

c) Igualdade entre os licitantes

d) Sigilo na apresentação das propostas:

e) Vinculação ao edital

f) Julgamento objetivo

g) Adjudicação compulsória ao vencedor

h) todos demais princípios lecionados no art. 37.

a) Procedimento formal: significa que a licitação está vinculada às prescrições legais que a regem em todos os seus atos e fases.
Não só a lei, mas o regulamento, as instruções complementares e o edital pautam o procedimento da licitação, vinculando a
administração e os licitantes a todas as suas exigências, desde a convocação dos interessados até a homologação do julgamento.

b) Publicidade dos atos: não pode haver licitação sigilosa. É da natureza da licitação a divulgação de todos os seus atos e a
possibilidade do conhecimento de todas as propostas abertas e de seu julgamento. A publicidade da licitação abrange desde a
divulgação do aviso de sua abertura até o conhecimento do edital e de todos os seus anexos. O exame da documentação e das
propostas pelos interessados e fornecimento de certidões de quaisquer peças, pareceres ou decisões relacionados com o processo,
desde que solicitados de forma legal.

c) Igualdade entre os licitantes: principio primordial da licitação, pois não pode haver procedimento seletivo com discriminação
entre participantes ou com cláusulas do edital que afastem eventuais proponentes qualificados ou os desnivelem no julgamento.
Não pode haver favorecimento a uns e prejuízo a outros. O edital não deve vedar o caráter competitivo do certame. Ressalta-se
que esse é um dos casos em que o edital pode e deve ser impugnado, desde que no momento oportuno. A igualdade entre os
participantes promove a competitividade.

d) Sigilo na apresentação das propostas: preserva o caráter competitivo do procedimento e a objetividade do julgamento. Os
envelopes são indevassáveis sendo que a abertura antecipada configura crime (previsto na lei licitatória).

e) Vinculação ao edital: A Administração e os licitantes ficam sempre adstrito aos termos do pedido ou do permitido no
instrumento convocatório da licitação, quer quanto ao procedimento, quer quanto á documentação, as propostas, ao julgamento e
ao contrato. Em outras palavras, estabelecidas às regras do certame, tornam-se obrigatórias para aquela licitação durante todo o
procedimento e para todos os seus participantes, inclusive para o órgão ou entidade licitatória. É o fundamento de TODO o
certame (Certame = Disputa = Torneio = Concurso = Convite = Concorrência).

A partir do momento em que eu lanço o edital não posso mudar a regra do jogo. A administração e os licitantes ficam
sempre adstritos aos termos do pedido ou do permitido no instrumento convocatório da licitação, quer quanto ao procedimento,
quer quanto à documentação, às propostas, ao julgamento e ao contrato. Em outras palavras, estabelecidas as regras do certame,
tornam-se obrigatórias para aquela licitação durante todo o procedimento e para todos os seus participantes, inclusive para o órgão
ou entidade licitadora. É o fundamento de todo certame.

f) Julgamento objetivo: O julgamento se apoia em fatos concretos pedidos pela Administração em confronto com o ofertado
pelos proponentes dentro do permitido no edital. Tal principio afasta DISCRICIONARISMO na escolha das propostas,
obrigando os julgadores a se aterem ao critério pré-fixado pela Administração, levando sempre em consideração o interesse do
serviço público, os fatores qualidade, rendimento, preço, prazo, carência e outras condições pertinentes pedidas ou admitidas no
edital. Veda-se qualquer elemento ou fator sigiloso, secreto, subjetivo ou reservado, que possa ferir inclusive o principio da
igualdade.

g) Adjudicação compulsória ao vencedor: Vencida a licitação, nasce para o vencedor o direito subjetivo à ADJUDICAÇÃO
(Entrega ao primeiro colocado daquilo que esta sendo oferecido), isto é, a atribuição de seu objeto a quem foi classificado em
primeiro lugar. E essa adjudicação é obrigatória, não podendo a administração atribuir o objeto da licitação a outrem que não seja
o vencedor, salvo se esse desistir expressamente da licitação ou não firmar contrato no prazo estabelecido ou fixado pela
Administração na convocação para a sua assinatura; a menos que ocorra justo motivo para a recusa ou adiamento.

O direito do vencedor limita-se à adjudicação, e não ao contrato imediato, pois mesmo após a adjudicação é licito a administração
anular ou revogar a licitação, ou adiar o contrato, quando sobrevenham motivos de interesse público para tal conduta. O que a
Administração não pode é contratar com outro que não seja o adjudicatório enquanto valida a sua adjudicação, como também não
lhe é permitido revogar ou anular a licitação nem protelar indefinitivamente a assinatura do contrato sem justa causa, assim
entendidas a invalidação arbitrária do certame ou a protelação abusiva do contrato. Havendo revogação ou anulação sem justa
causa, ou ainda protelação abusiva do contrato que configure abuso ou desvio de poder, fica a administração sujeita à correção
judicial e à reparação dos prejuízos causados ao vencedor lesado em seus direitos.

Princípios gerais

- Principio da legalidade: toda atividade administrativa está sujeita aos mandamentos da lei e deles não se pode afastar, sob pena
de nulidade do ato.

- Principio da impessoalidade: exige que a Administração trate todos sem perseguições ou favorecimentos; todos são iguais
perante a lei. O interesse publico deve ser único objetivo certo de qualquer ato administrativo.

- Principio da moralidade administrativa: pressuposto da Administração e se confunde com o dever de probidade do


administrador, como necessário à legitimidade de seus atos.

- Principio da competitividade: entre os concorrentes deverá haver a mais justa competição possível. Quanto mais justa for a
competição melhor será o contratado.

Definição do Objeto.

A finalidade precípua da licitação será sempre a obtenção de seu objeto – Uma obra, uma compra, uma alienação, uma locação
uma concessão ou uma permissão. – Nas melhores condições para o Poder Publico. Assim, o objeto é a própria razão de ser do
procedimento seletivo destinado à escolha de quem irá firmar o contrato com a Administração; se ficar indefinido ou mal
caracterizado passará para o contrato com o mesmo vício, dificultando ou, até mesmo, impedindo sua execução.

Para se atender fielmente ao anseio do Poder Publico e para que as propostas sejam objetivamente julgadas, o objeto deve ser bem
definido no edital ou no convite. A definição do objeto é, pois, condição de legitimidade da licitação, sem a qual não pode
prosperar o procedimento licitatório, qualquer que seja a modalidade de licitação. É assim porque sem ela torna-se inviável a
formulação das ofertas, bem como o seu julgamento, e irrealizável o contrato subsequente.

Projeção Básica/Executivo.

A inexistência de projeto básico ou da especificação detalhada, geralmente em anexo ao edital ou convite (Art. 38, I), tal sua
relevância para definição do objeto da licitação, acarretará a nulidade dos atos e contratos realizados e a responsabilização de
quem lhes tenha dado causa. (art. 7º, §6º). Na definição do objeto da licitação, assim como na sua futura execução, é essencial que
se atenda, ainda, as normas técnicas adequadas – ABNT (Associação Brasileira que Normas Técnicas). Dentre as disposições
especificas para a contratação de obras e serviços, a lei cuida do projeto básico e do projeto executivo. O projeto básico é de suma
importância para a definição do objeto da licitação e o projeto executivo essencial para sua execução. Daí porque a Lei 8.666/93
estabelece uma série de requisitos a serem observados na elaboração de ambos, tanto pela administração como pelos proponentes
e contratados.

Habilitação dos Licitantes

Habilitação é o reconhecimento dos requisitos legais para licitar, feito, em regra, por comissão. A Administração só pode contratar
com quem tenha qualificação para licitar, ou seja, o interessado que, além de regularidade com o Fisco (Municipal, estadual e
federal), demonstre possuir capacidade jurídica para o ajuste; condições técnicas para executar o objeto da licitação; idoneidade
financeira para assumir e cumprir os encargos e responsabilidade do contrato. Em todas as modalidades de licitação, a habilitação
consistirá na verificação e reconhecimento da capacidade jurídica, da regularidade fiscal, da capacidade técnica e da idoneidade
financeira dos licitantes.

Capacidade Jurídica

É a aptidão efetiva para exercer direito e contrair obrigações, com responsabilidade por seus atos. A capacidade jurídica prova-se
pela cédula de identidade, carteira profissional e CPF (Pessoa física) ou pelo registro na repartição competente (Pessoa jurídica de
direito privado), a saber: Junta comercial (sociedade comerciais e firmas individuais) e Registro Civil das Pessoas Jurídicas
(sociedade e associações civis), ou, onde esta não exista. Cartório de Registro de Títulos e documentos.

Regularidade Fiscal

É o atendimento das exigências do fisco (Quitação ou discussão dos tributos pelo contribuinte). Refere-se á inscrição no cadastro
de contribuintes federal (CPF ou CGC), como também nos cadastros estadual e municipal relativos ao domicilio ou sede do
licitante.

Capacidade Técnica

É o conjunto de requisitos profissionais que o licitante apresenta para executar o objeto da licitação. Essa capacidade pode ser
genérica, especifica e operativa.

Capacidade Genérica – Registro profissional, A.R.T;

Capacidade Específica – Atestados de desempenho anterior a existência de aparelhamento e pessoal adequado para a
EXECUÇÃO do objeto.

Capacidade Operativa – Demonstração de aparelho e pessoal disponíveis para a execução do objeto.

Capacidade Financeira.

É a capacidade para satisfazer os encargos econômicos decorrentes do contrato, aferida, em principio pela boa situação financeira
da empresa e inexistência de ações que podem afetar seu patrimônio. Exige-se demonstrações contábeis do ultimo exercício
financeiro e de certidões negativas pertinente a pedidos de falência ou concordata e execuções patrimoniais, assim como garantia
real ou fidejussória no valor de 1% do valor do contrato. (Art. 31, III). (Palavra chave – Idoneidade).

Habilitação/Inabilitação

Do exame da documentação relativa a capacidade jurídica, regularidade fiscal, capacidade técnica e idoneidade financeira,
resultará a habilitação ou inabilitação dos licitantes, ou seja, sua qualificação ou desqualificação para licitar. A habilitação é, pois,
o reconhecimento de que o licitante tem todos os requisitos para aquela licitação, e, por isso, fica qualificado para disputar o seu
objeto. Da decisão proferida na fase de habilitação cabe recurso, que deve ser recebido com efeito suspensivo, para evitar o
conhecimento antecipado das propostas. Os elementos ou fatores pertinentes à fase da habilitação não podem ser considerados na
fase de julgamento das propostas, nem mesmo para desempate (preclusão). A habitação qualifica os proponentes; a classificação
ordena as propostas. São fases distintas com finalidades diversas.

Impugnação ao Edital

A lei legitima qualquer cidadão para impugnar o edital, desde que o faça até 05 dias uteis da data fixada para a abertura dos
envelopes de habilitação, ficando a Administração obrigada a julgar em 03 dias (Art. 41, §1º). Tal circunstancia não impede que o
cidadão represente ao T. Contas contra irregularidades praticadas pela Administração (art. 113, §2º). Esses preceitos concretizam
a tendência moderna de ampliar a fiscalização das atividades administrativas pelo cidadão comum, como forma de exercício da
cidadania, já contemplada no art. 4º da lei, que autoriza o acompanhamento do processo licitatório por qualquer individuo, desde
que não interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos trabalhos.

Comissão de Julgamento.

I – A habilitação preliminar e o julgamento da concorrência são feitos obrigatoriamente por Comissão de, no mínimo, três
membros (Art. 51). A Comissão é o órgão julgador, e, por isso, nenhuma autoridade pode substitui-la nessa função. Se ocorrer
poderá anular a decisão, através de recurso ou ex officio, determinando que a comissão corrija o erro ou proceda a novo
julgamento em forma regular. Isso acontece quando a Comissão se equivoca no julgamento ou omite elemento essencial, ou
considera condição ou vantagem não pedida nem permitida no edital, ou se desvia do critério de julgamento fixado. O que a
autoridade superior não pode é rever o mérito da decisão da comissão, reformando seu julgado para modificar a qualificação dos
concorrentes, alterar a classificação das propostas ou adjudicar a outrem o objeto. Enfim, o julgamento é ato privativo da comissão
de julgamento, e, por isso mesmo, nenhuma autoridade hierárquica poderá subtrai-lo de sua competência.

II – A comissão de julgamento poderá ser assessorada por técnicos e até mesmo por outra ou outras comissões de especialistas
notadamente nos aspectos juridicos, científicos, tecnológicos, econômicos e financeiros, frequentes nas licitações de grande vulto
e complexidade, como poderá, também, obter laudos e pareceres esclarecedores das propostas em apreciação; mas a decisão final
será sempre sua. O julgamento deverá ser consubstanciado em ata ou termo, com a transcrição integral ou resumida do relatório e
conclusões da comissão, indicando os concorrentes desclassificados e classificados, bem como os fundamentos e motivos da
escolha, para a adjudicação do objeto da concorrência ao vencedor.

A comissão de julgamento é independente nas suas decisões, mas não é discricionário no seu julgamento, porque está
adstrita ao critério estabelecido no edital e aos elementos objetivos das propostas que constituem vantagem ou desvantagem para a
administração. Além disso, o julgamento há que se basear nos fatores e condições pedidos ou admitidos no edital como
preponderantes para caracterizar a melhor oferta.

Edital

O edital é o instrumento convocatório através do qual a Administração leva ao conhecimento publico a abertura da concorrência
ou da tomada de preços, fixa as condições de sua realização e convoca os interessados para a apresentação de suas propostas.
Vincula inteiramente a Administração e os proponentes às suas cláusulas. Nada se pode exigir ou decidir além ou aquém do edital,
porque é a lei interna da licitação.

O prazo mínimo para convocação dos licitantes é fixado em 30 dias para concorrência; 45 dias para concurso; 15 dias
para tomada de preços e leilão; 5 dias úteis para convite.

Conteúdo e requisitos do edital.

O edital tem a semelhança da lei, preambulo, texto e fecho. O preambulo é a parte introdutória, destinada a apresentar a licitação e
a identificar o órgão que a promove. Contém o nome da repartição interessada; o numero do edital; a finalidade e o processo em
que foi autorizada; a indicação da legislação; o local, dia e hora para recebimento das propostas e abertura dos envelopes com a
documentação. O texto é o corpo do edital e a sua parte fundamental, por definir o objeto da licitação e estabelecer as condições
para participação dos licitantes, o julgamento das propostas e formalização do contrato. O fecho é o encerramento do edital, com
as determinações finais sobre sua divulgação, data e assinatura da autoridade responsável pela licitação.

1 – Condições para participação da licitação.

O edital terá que consignar com clareza as condições para os interessados participarem da licitação, especificando a documentação
necessária e a forma de apresentação das propostas.

2 – Objeto de licitação.

O objeto da licitação deve ser indicado no edital por descrição sucinta e clara, que possibilite aos interessados o perfeito
conhecimento do que a Administração deseja contratar. As minucias constarão do projeto, acompanhado de memoriais,
especificações, plantas e demais elementos complementares, conforme o caso.

3 – Prazos e condições.

O prazo e as condições para assinatura do contrato ou retirada de documento equivalente, para a execução e para a entrega do
objeto da licitação devem ser estabelecidos no edital com clareza e precisão técnica e jurídica, para orientação dos interessados na
formulação de suas propostas e na formalização de suas propostas e na formalização do contrato com o vencedor.
4 – Garantias

As garantias exigíveis para a execução do contrato devem constar do edital. De acordo com a complexidade e importância do
objeto, pode ser exigida uma das seguintes garantias: caução em dinheiro ou títulos da dívida pública; seguro-garantia ou fiança
bancária, podendo o vencedor optar por qualquer uma delas. O seu quantum, todavia, fica limitado a 5% do valor do contrato,
admitindo-se sua elevação até a 10% no caso de empreendimento de grande vulto, que envolva alta complexidade técnica e riscos
financeiros consideráveis (art. 56 e §§).

5– Pagamento e reajuste de preços.

As condições de pagamento e de reajustamento de preços devem ser estabelecidas no edital, para serem reproduzidas no contrato.
O preço normalmente é fixo e imutável, mas as variações do mercado e a desvalorização da moeda ensejam exceções a essa regra.
Como exceção, o reajuste há que ser expressamente previsto no edital e delimitado nos seus índices correcionais. Não é a
concordância das partes que legitima as majorações de preços; é o contrato que há de autorizá-las, quando previstas no edital,
conforme a legislação.

6 – Recebimento do Objeto.

Devem constar do edital e reproduzidas no contrato, as condições, inclusive prazos de observação, quando for o caso, para o
recebimento do objeto. Esse recebimento pode ser provisório ou definitivo; se provisório, a obra, o serviço ou a compra ficarão
em observação pelo prazo e nas condições estabelecidas pela Administração; se definitivo, libera-se desde logo o contratante dos
encargos da execução do contrato, devolvendo-se-lhe a garantia, mas subsistindo, em qualquer caso, as responsabilidades ético-
profissionais, a civil pela solidez e segurança da obra (CC, art. 1.245) e a penal, se for o caso. O recebimento, provisório ou
definitivo, de obras e serviços se faz mediante termo circunstanciado; o de compras, salvo equipamentos de grande vulto,
mediante simples recibo.

7 – Critérios de Julgamento.

O edital deverá indicar, necessariamente, o critério de julgamento das propostas e os fatores que serão considerados na avaliação
das vantagens para a Administração, tais como qualidade, rendimento, preço, condições de pagamento, prazos e outros de
interesse do serviço público. É essencial que o instrumento convocatório aponte os fatores que a Comissão Julgadora deverá
considerar no julgamento, a fim de que se atenda ao princípio do julgamento objetivo.

8 – Recursos Admissíveis.

A lei relaciona os recursos cabíveis, fixa-lhe os prazos, estabelece o procedimento a seguir e indica seus efeitos (art. 109). Diante
desta preceituação legal tornam-se desnecessárias a regulamentação e a discriminação no edital, bastando mencionar que os
recursos admissíveis são os relacionados na Lei 8.666/93. Mas, mesmo que o edital silencie a respeito, são cabíveis todos aqueles
recursos, conforme o ato que ocorrer.

9 – Informações Sobre Licitações.

O edital deve trazer em seu texto a indicação do local e horário em que podem ser conhecidos e obtidos os elementos
esclarecedores da licitação (projeto, memorial, especificações, plantas etc.) e demais informações a ela relativas. A indicação
desse local e horário precisa constar também – e principalmente – dos avisos e comunicações que se fizerem pela imprensa ou
qualquer outro meio de divulgação. O caráter público da licitação exige que se possibilite á todos o pleno conhecimento do desejo
da Administração, para que se habilitem e disputem o contrato em igualdade de condições.

Prova

Atos Administrativo.

Licitações.

CF/88, 58, §3º

Lei 8.666/93

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