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4 dias atrás
© Getty Images Atualmente, a produtividade econômica de algumas cidades da China é maior do que a de países inteiros
A chegada da internet no início dos anos 1990 é uma das últimas quebras de paradigma que
transformaram profundamente a economia e a vida das pessoas.
A internet foi uma mudança com impacto tão radical (ou quase tão
radical), quanto teve uma vez o modelo heliocêntrico de Nicolau
Copérnico ou a teoria da relatividade de Albert Einstein, argumenta
Jeff Desjardins, editor do livro Visualizing change: a data-driven
snapshot of our world ("Visualizando a mudança: um retrado baseado
em dados do nosso mundo", em tradução livre).
Mas também os novos consensos nesta área podem ser impulsionados por indivíduos (como Steve Jobs,
Warren Buffett ou Jeff Bezos); modelos inovadores (como SpaceX, Uber ou Spotify); mudanças na
mentalidade dos consumidores (como a inclinação para energias renováveis); ou alterações no equilíbrio
da influência econômica no mundo (como a ascensão da China).
"Isso significa que grandes oportunidades podem vir de qualquer lugar", diz Desjardins.
© Getty Images A tecnologia e o comércio se uniram de tal maneira que a informação se tornou mais valiosa do que os ativos físicos
"A mudança de paradigma de amanhã está acontecendo em algum lugar hoje", acrescenta.
E pode vir de mãos dadas com o crescimento econômico da África, a explosão das criptomoedas, a
onipresença da inteligência artificial, a revolução verde ou em qualquer outro fator, ressalta o editor.
Nesta reportagem, selecionamos sete forças que vão mudar o futuro da economia, de acordo com as
informações contidas no livro.
A mudança de paradigma acelerou tão rapidamente que, nos últimos cinco anos, a lista das maiores
empresas com ações negociadas na bolsa mudou radicalmente, como mostra o gráfico abaixo.
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De fato, o país tem mais de cem cidades com mais de um milhão de habitantes. Elas foram desenvolvidas
com base na criação de fábricas, na extração de recursos naturais ou no gerenciamento de dados.
Um exemplo é o desenvolvimento observado em cidades ao redor do rio Yangtze, onde estão localizadas
Suzhou, Hangzhou, Wuxi, Nantong, Ningbo, Nanjing e Changzhou. Esta última, com um Produto
Xangai,
Interno Bruto (PIB) de US$ 2,6 bilhões, superior ao da Itália.
Por enquanto, as estimativas indicam que, entre 2017 e 2019, a China será a economia com a taxa de
crescimento mais alta (35,2%) e que, até 2030, ultrapassará os Estados Unidos como líder na economia
mundial.
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Até o fim deste século, a África terá pelo menos 13 megacidades maiores do que Nova York.
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4. O aumento da dívida
Estima-se que haja no mundo uma dívida acumulada de mais de US$ 240 trilhões, dos quais US$ 63
trilhões são empréstimos de governos.
Os Estados Unidos, a Europa e algumas economias emergentes aumentaram seu nível de endividamento
nos últimos anos, aproveitando o ciclo de baixas taxas de juros. Nos Estados Unidos, a dívida pública subiu
recentemente, enquanto o déficit fiscal do país continua a crescer rapidamente.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o Japão tem uma dívida de 253%; Estados Unidos, de 105%;
Espanha, de 98%; Reino Unido, de 85%; Brasil, de 74%; e México, de 46%, para citar alguns exemplos.
E a nível global, os países que acumulam mais dívidas em relação aos outros são os Estados Unidos, o
Japão e a China.
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Estima-se que no caso do carro foram cerca de seis décadas; do telefone, cinco; e dos cartões de crédito,
mais de 20 anos.
Hoje, no entanto, pode levar apenas alguns meses para o mercado adotar uma nova tecnologia.
© Getty Images O mercado está adotando inovações tecnológicas a uma taxa exponencial
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6. Barreiras comerciais
Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo começou a eliminar progressivamente as barreiras comerciais
entre os países.
Mas essa tendência foi recentemente desafiada por países como os Estados Unidos que, em 2018,
impuseram tarifas a vários produtos chineses, desencadeando uma guerra comercial de milhões de dólares
entre Washington e Pequim.
A dúvida nesse sentido é se o mundo continuará avançando rumo ao livre comércio ou se vão surgir novas
regras nas relações comerciais entre os países, fenômeno que o livro descreve como o "paradoxo
comercial".
© Getty Images A guerra comercial entre os EUA e a China pode ser o início de uma mudança de tendência no comércio global
7. A Revolução Verde
O uso crescente de energias renováveis acelerou nos últimos anos, à medida que os custos de produção
diminuíram e as tecnologias avançaram.
Algumas projeções indicam que, em duas décadas, a energia solar e eólica vão responder por quase
metade da capacidade elétrica instalada no mundo. Outras sugerem que até o ano de 2047 haverá cerca
de 1 bilhão de carros elétricos em trânsito pelo mundo.
E o investimento em energias mais limpas pode chegar a US$ 10,2 trilhões a nível global no ano de 2040,
segundo as cifras apresentadas no livro.
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© Getty Images Em duas décadas, a energia eólica e solar vão representar quase metade da capacidade elétrica instalada no mundo