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RBNAClass

INTRODUÇÃO
FUNDAMENTOS PARA
GUIA DE REBOQUE
EDIÇÃO 2018

RBNA – DPDR

Edição Original: 2004


Revisão 1 – 2008
Revisão 2 – 24 de julho de 2018

RBNA
Rua México, 11/8o andar – 801
20031-903 – Rio de Janeiro – RJ – Brasil

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Fax +55 21 2215-5121
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www.rbna.org.br

Edição 2018
REGISTRO BRASILEIRO Guia para Operações de Reboque CAPÍTULOS - A a F
de navios e aeronaves

INTRODUÇÃO tendo o mesmo se formado da maneira mostrada


nas cartas abaixo.

A primeira edição do Guia para Reboque do


RBNA foi publicada em 2004, e foi aplicado em
um reboque oceânico em junho de 2006 entre os
portos de Nueva Palmira, Uruguai, e Paranaguá,
Paraná, Brasil.

O dispositivo de reboque estava conforme os


requisitos do Guia de Reboque edição 2004.

O primeiro comboio constava de quatro balsas


rebocadas por um rebocador tipo E-1 com
classificação RBNA para mar aberto, e
certificados estatutários conforme os
regulamentos IMO/SOLAS.

O comboio foi acompanhado por um rebocador


Tipo E-3 classificado para navegação interior e
com certificação estatutária NORMAM 02, com
licença para uma viagem entre os portos acima
citados sem realizar reboque.

O plano de reboque foi aprovado e o RBNA


emitiu um Certificado de Reboque.

Havia um guindaste desmontado a bordo de


uma das balsas, tendo o RBNA emitido o
competente Certificado de Peação.

Na altura do litoral de Santa Catarina, em um


trecho de aproximadamente 239 nm sem
refúgio, o comboio enfrentou por três dias um
ciclone extratropical força Beaufort 7/8.

Como não havia possibilidade de refúgio, o


comandante colocou o navio “de capa”, isto é,
de proa para as ondas e manteve a propulsão
suficiente para manter o cabo de reboque
tensionado.

No entanto, o rebocador E-3 não conseguia


superar as ondas, e foi atrelado ao comboio.

O comboio chegou em segurança ao primeiro


porto de refúgio, sem a perda de nenhuma
embarcação. A solda da proa das balsas
rebocadas teve que ser revista devido a ação de
impacto das ondas.

O comandante do rebocador havia consultado as


previsões meteorológicas para 5 dias, que não
indicavam a presença de ciclone extratropical,

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de navios e aeronaves

Como pode ser visto nas cartas de pressão ao


nível do mar da DHN, o ciclone atingiu
fortemente as áreas A e B, com efeitos na área
C, isto é, ao sul da latitude 23° Sul e entre as
longitudes 55° e 40° Oeste.

O fator de segurança considerado foi de 3,69.

As condições de projeto especificadas pela IMO


MSC/Circ. 884, e adotadas como padrão nos
reboques oceânicos, considera:

- Vento de proa de 20 m/s (Beaufort


8/9)
- Corrente de proa de 0,5 m/s
- Altura de onda (da crista ao
cavado) = 5,0 m

Essas condições foram atingidas durante o


reboque.

A adição do rebocador E-3 ao comboio não


estava prevista, e representou uma carga
adicional ao reboque.

O evento demonstra:

1. Que a área citada não pode ser


considerada como área benigna, pois
está sujeita a ciclones extratropicais.
(Em 2011 ocorreu um ciclone
extratropical com ondas extremas).
2. Que o dimensionamento do dispositivo
de reboque conforme o Guia de
Reboque do RBNA respondeu A extensa pista e, especialmente, a duração do vento
satisfatoriamente, tanto no aspecto da associado ao ciclone geraram uma intensa agitação
resistência do dispositivo de reboque, marítima tanto localmente, quanto em áreas mais
quando na Tração Estática do remotas, devido à propagação do swell.
rebocador.

Trabalho publicado na Revista Brasileira de


Meteorologia traz estudos sobre outro ciclone
ocorrido entre 25 a 30 de maio de 2011.

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Contudo considerando a IMO MSC/Circ. 884 e


um recente estudo sobre uma operação de
reboque na região supra citada, o DPDR
identificou a necessidade de uma revisão no
Guia de Reboque, tanto para alinhar com a
circular da IMO mencionada, como para dar um
caráter mais didático para o Guia, estabelecendo
uma sequencia de textos que não existia, e
criando anexos com os diversos métodos de
determinação de parâmetros do dispositivo de
reboque que estavam esparsos na edição
anterior.

Também foi revisto o dimensionamento do cabo


de reboque, cabresteira e acessórios do
dispositivo de reboque.

Foram incluídos requisitos do guincho e gato de


reboque através de referência a Parte II Titulo
42 Seção 3, quando na edição anterior essa
ligação não havia sido estabelecida.

Outras publicações foram também consultadas,


notadamente o guia de reboque da Noble &
Denton como referências para comparação.

O DPDR espera que esta nova edição venha


facilitar a consulta e eliminar dúvidas existentes,
ao mesmo tempo mantendo o padrão que
provou ser adequado pelo exemplo acima.

Atenciosamente

Fernando Boccolini Filho

Gerente do DPDR

RBNA – Registro Brasileiro de Navios e


Aeronaves.

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SUMÁRIO 100. Reboque em série ...................... 15


INTRODUÇÃO................................................ 2 200. Reboque em “tandem” .............. 16
CAPÍTULO A .................................................. 9
300. Reboque a contrabordo.............. 16
ABORDAGEM ................................................ 9
400. Preparação ................................. 16
A1. APLICAÇÃO .................................. 9
CAPÍTULO E ................................................. 16
100. Escopo ........................................ 9
PRINCÍPIOS DE DIMENSIONAMENTO .... 16
A2. DEFINIÇÕES ................................. 9
E1. PRINCÍPIOS GERAIS .................. 16
100. Definições específicas ao presente 100. Condições gerais para
Guia 9
dimensionamento ................................... 16
CAPÍTULO B................................................. 10
200. Tração estática necessária para o
DOCUMENTOS, REGULAMENTOS E reboque 18
NORMAS ....................................................... 10
300. Carga mínima de ruptura (MBL)
B1. DOCUMENTOS ........................... 10 do cabo principal de reboque .................. 18
100. Documentos referentes à 400. Cabresteiras e outros acessórios
operação 10 do sistema de reboque ............................ 19
200. Documentos do rebocador .... 11 500. Coeficiente de segurança do
reboque 19
300. Plano de reboque .................. 12
B2. NORMAS E REGULAMENTOS 12 600. Relação entre o diâmetro de cabos
e amarras e o diâmetro de saias de guincho
B3. REFERÊNCIAS ............................ 12 e cabeços ................................................ 20
CAPÍTULO C................................................. 13 700. Guincho de reboque, gato de
MATERIAIS .................................................. 13 reboque, guinchos auxiliares .................. 20

C1. CABOS DE REBOQUE ............... 13 800. Resumo do dimensionamento do


dispositivo de reboque ............................ 20
100. Geral ......................................... 13
E3. ACESSÓRIOS DE CONVÉS E
200. Cabos de aço ............................. 13
ESTRUTURAS DE SUPORTE
300. Cabos de fibra ........................... 13 ASSOCIADAS COM REBOQUE E
C2. ACESSÓRIOS .............................. 14 AMARRAÇÃO EM NAVIOS
CONVENCIONAIS ................................... 21
100. Manilhas e acessórios ............... 14
100. Aplicação .................................. 21
200. Placas triangulares .................... 14
CAPÍTULO F.................................................. 21
C3. USO DE AMARRAS ................... 14
VISTORIAS ESPECÍFICAS .......................... 21
100. Amarras usadas em cabresteiras 14
F1. INSTALAÇÕES E
CAPÍTULO D ................................................ 14 EQUIPAMENTOS DO REBOCADO ........ 21
ARRANJOS DE REBOQUE ......................... 14 100. Casco e superestrutura ............... 21
D1. COMPOSIÇÃO DA LINHA DE 200. Leme e hélice ............................ 22
REBOQUE ................................................. 14
300. Meios de esgotamento do casco 22
100. Composição de linhas de reboque
com cabo de aço .................................... 14 400. Equipamento de amarração e
fundeio 22
200. Composição da linha de reboque
com cabos de fibra ................................. 15 500. Equipamento de combate a
incêndio .................................................. 22
300. Cabos auxiliares e proteções ..... 15
600. Estabilidade, calado de reboque e
D2. ARRANJO DO REBOQUE.......... 15 trim 22

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700. Luzes e marcas, Alarmes e


Refletores radar...................................... 23
800. Equipamento para unidades
rebocadas tripuladas............................... 23
900. Requisitos para carga e
equipamento de carga ............................ 23
F2. INSTALAÇÕES E
EQUIPAMENTOS DO REBOCADOR .... 23
100. Equipamento de reboque .......... 23
200. Rebocadores classificados ........ 23
300. Rebocadores não classificados . 24
F3. REQUISITOS OPERACIONAIS . 24
F4. PROCEDIMENTOS EM
REBOQUES CLASSE I, II E III ............... 25
100. Procedimentos para todos os
reboques ................................................. 25
200. Reboques Classe I ..................... 25
300. Reboques Classe II ................... 25
400. Reboques Classe III .................. 25
ANEXO I – CÁLCULO DA CARGA DE
REBOQUE ................................................. 26
100. Resistência aerodinâmica.......... 26
Ângulo ................................................... 26
200. Influência da corrente ............... 26
300. Influência das ondas ................. 27
400. Resistência hidrodinâmica ao
reboque 27
ANEXO II – BARCAÇAS DO RIO
TÂMISA: DADOS APLICÁVEIS A
EMBARCAÇÕES SEMELHANTES ........ 29

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CAPÍTULO A A2. DEFINIÇÕES


ABORDAGEM
100. Definições específicas ao presente
A1 APLICAÇÃO Guia

A2 DEFINIÇÕES
101. Rebocador – é o navio que reboca.

102. Rebocado – é o navio que está sendo


A1. APLICAÇÃO rebocado.

100. Escopo 103. Reboque - Reboque – o rebocador,


incluindo o dispositivo de reboque e o rebocado
101. Este guia aplica-se a reboque oceânico, incluindo seu dispositivo de reboque, carga e
em reboques em áreas costeiras e em navegação peação segura da carga
interior.
a. Reboque oceânico – reboque no mar onde
102. A extensão da vistoria de reboque e a distância entre os portos designados de
cabo passado deverá ser acordada com o refúgio ou de fundeio seguro é maior que
Armador em cada caso. Onde necessário, o 24 horas levando em conta as condições
Armador, o Comando do navio, a Seguradora e atmosféricas.
as Autoridades Marítimas devem também ser
consultadas. b. Dispositivo de reboque – todo o
equipamento de reboque do rebocador e do
103. A avaliação do reboque de navios em rebocado utilizado para realizar o reboque
ralação a seu tipo, projeto, equipamento, carga
etc. será feita de acordo com os requisitos do c. Reboque a contrabordo – Nos rios, lagos
presente guia. e portos o reboque pode ser feito a
contrabordo, como o rebocador atracado ao
104. Quando o navio rebocado cai em uma navio rebocado
das seguintes categorias:
104. Reboque Classe I – reboque de
- não é classificado para navegação em mar barcaças com carga usual adequadamente
aberto peada que envolve pequena travessia em mar
aberto. Trata-se de reboque de rotina para
- docas flutuantes; aquela região.

- navios para navegação interior; e 105. Reboque Classe II – reboque de


longa duração realizado com carga normal ou
- navios de mar aberto com cargas casco sem propulsão atravessando uma
especialmente sensíveis a condições marítimas distância significativa em mar aberto.
tais como cargas pesadas; Previsões meteorológicas e portos de abrigo
disponível são fatores importantes a serem
serão necessárias investigações para conside-rados.
determinação de condições especiais de
reboque. 106. Reboque Classe III – reboque
realizado sob condições especiais, a serem
105. A emissão de um Certificado de analisadas caso a caso. Inclui reboques com
Reboque está baseada em que a operação de navios alagados, cargas em balanço,
reboque será realizada dentro das melhores plataformas, cábreas, etc., bem como de
práticas marinheiras, e de acordo com a prática estruturas não navais.
estabelecida, incluindo a conformidade com as
condições estipuladas no Certificado, e por 107. Tração estática TE – tração estática
pessoal qualificado para reboque na zona contínua documentada
prevista, e com experiência em operações de
reboque. 108. Cabo de reboque (towing line) –
cabo principal com que a embarcação será
rebocada, podendo ser de fibra, de aço, ou de
uma combinação dos dois.

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a. Carga de ruptura (BL) – carga de ruptura 117. Área benigna (benign area) é definida
documentada como uma área livre da ocorrência de ciclones
extratropicais ou tempestades. As condições
109. Fusível – cabo de resistência de ambientais limites das áreas benignas são:
ruptura menor que a do cabo de reboque, que - vento:
deve romper caso seja aplicado esforço maior 15 m/s
que o valor nominal especificado como base - altura significativa de onda:
de cálculo conforme o plano de reboque. 2 metros

110. Cabo de amortecimento 118. Pendente (Pendant) - Um pendente


(shockline) – cabo de fibra, de resistência ou cabresteira faz parte da plataforma de
equivalente ao cabo de reboque, com reboque, conduzindo a partir da mão de um
elasticidade suficiente para auxiliar a cabo de reboque para a(s) localização(ões)
absorver as cargas de choque que ocorrem na apropriada(s) ou acessório(s) do convés no
linha de reboque, oriundas da variação de navio rebocado. Pendentes de reboque e
velocidade do rebocador e rebocado quando cabresteira são feitos de nylon trançado duplo,
sobem ou descem de ondas, o que provoca cabo de aço ou amarra.
solecamento e tensionamento brusco do cabo
de reboque.

111. Cabresteira (bridle, pendant) –


trecho de amarra, normalmente com abertura CAPÍTULO B
aproximada de 60º colocado no rebocado
para maior segurança de amarração e para DOCUMENTOS, REGULAMENTOS E
garantir a formação de catenária no cabo de NORMAS
reboque.
B1. DOCUMENTOS
112. Cabo de leva ou recolhimento,
trapa (retrieving wire) – cabo de aço preso B2. NORMAS E REGULAMENTOS
à cabresteira ou à placa triangular que
permite puxar o dispositivo para bordo. Deve B3. REFERÊNCIAS
permanecer solecado durante toda a duração
do reboque.

113. Placa triangular – placa de aço B1. DOCUMENTOS


colocada entre a cabresteira de BB, a
cabresteira de BE, e o cabo de reboque (pode 100. Documentos referentes à operação
ser o fusível ou o cabo de amortecimento,
que permite compensar a movimentação 101. Os seguintes detalhes e documentos devem
relativa entre esses componentes). ser submetidos para aprovação:

114. Espalha cabos – estrutura tubular - Porto de partida


montada na popa dos rebocadores, entre o gato
de reboque e o espelho de popa, que evita a - Data esperada da viagem
fricção do cabo com borda falsa ou outros
elementos estruturais do navio e permite a - Rota proposta
movimentação transversal do cabo de reboque. - Porto de destino

115. Cabo guia (Guide rope) – cabos de - Velocidade esperada


aço colocados entre o guincho de reboque e o
espalha cabos, a BB e a BE para guiar o cabo de - Duração esperada da viagem
reboque.
- Pontos de reabastecimento
116. MBL – Carga de ruptura mínima
(minimum breaking load) do maior cabo de - Portos ou locais abrigados para
reboque usado, em toneladas métricas. refúgio em caso de mau tempo

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- Previsão meteorológica de vento, 203. Rebocadores não classificados devem


condição de mar e ondas, emitida apresentar os seguintes Certificados em
por Instituto Meteorológico, para validade:
pelo menos 4 dias.
- Registro da embarcação
- Pontos abrigados de refúgio na
rota, em caso de mau tempo - Certificado de Segurança de
Navegação
- Esquema de socorro de emergência
em caso de falha do rebocador, - Certificado Nacional de Borda
indicando contatos e alternativas Livre

200. Documentos do rebocador - Certificado de Arqueação

201. Rebocadores não SOLAS classificados - Certificado de Tração Estática


deverão apresentar os seguintes Certificados e
documentos em validade: 204. Além dos requisitos dos itens 201 a
203 acima, deverá ser informado:
- Registro da embarcação
- Nome da embarcação
- Certificado de Classe de Casco e
Maquinaria - Porto de Registro
- Certificado de Segurança de
Navegação - No. de Inscrição
- Certificado Nacional de Borda
Livre - Indicativo de chamada
- Certificado de Arqueação
- Certificado de Tração Estática - Armador / Afretador
- Certificado de Estação Rádio
- Calado em condição de reboque
202. Rebocadores SOLAS classificados
deverão apresentar os seguintes Certificados em - Folheto de Trim e Estabilidade
validade: aprovado ou prova de estabilidade
intacta na condição de reboque.
- Registro da embarcação
- Motores propulsores e potência
- Certificados de Classe de Casco e
Maquinaria - Tipo de hélice (fixo, variável) e
Kort Nozzle
- Certificado Internacional de
Arqueação - Dispositivo de reboque,
capacidade, guincho de reboque
- Certificado Internacional de Borda (se houver) e dispositivos de
Livre desengate rápido

- Certificado de Segurança de
Construção 205. Certificados de componentes do
dispositivo de reboque
- Certificado de Segurança de
Equipamento - Certificado do fabricante do guincho
incluindo, entre outros,
- Certificado de Segurança Rádio especificações do guincho, carga
nominal de trabalho, capacidade,
- Licença da Estação Rádio capacidade de frenagem, testes
realizados;
- Certificado de Tração Estática
- Certificado de teste do cabo de
reboque, cabresteiras e quaisquer
outros cabos utilizados no
dispositivo de reboque;

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- Certificado de teste da placa 102. O presente guia está baseado nas


triangular; seguintes Normas e Regulamentos:

- Certificado de fabricante das - NORMAM 01


manilhas declarando o SEL e fator - NORMAM 02
de segurança ou carga mínima de - SOLAS
ruptura. - ILL REGULATIONS
- RIPEAM
300. Plano de reboque - Regras do RBNA para Navegação
Interior
301. Todos os aspectos do reboque devem - Regras do RBNA para Navegação
ser planejados com antecedência, levando em em Mar Aberto até 160 metros
conta fatores como as condições extremas - IMO MSC/Circ.884
ambientais incluindo correntes, vento, altura de - IAS UR A2 - Shipboard fittings
ondas, deslocamento e calado do reboque. and supporting hull structures
associated with towing and
302. Caso haja carga transportada a bordo mooring on conventional ships.
do rebocado, levar em consideração a peação e
escoramento dessa carga.

303. Previsões das condições de mar e vento B3. REFERÊNCIAS


na rota devem ser obtidas e utilizadas onde
disponíveis e apropriadas, e a tração estática do 101. O presente Guia foi elaborado com base
rebocador considerada. nas seguintes referências:

304. Quando o plano de reboque não for - [1] Caldwell´s Screw Tug Design,
elaborado por esta Sociedade, deverá ser Jeffrey N. Wood, and A. Caldwell,
apresentado antes do reboque para análise. South Brunswick

305. Além das informações requeridas pelo - [2] Instruções para Reboque da
item B1.200 acima, um plano de reboque deve Marinha Brasileira
conter no mínimo as informações abaixo:
- [3] Arte Naval, Comte. Maurílio
- Arranjo geral do reboque, identificando todos Fonseca, Serviço de
os elementos constitutivos do dispositivo de Documentação Geral da Marinha
reboque;
- [4] Tug Use in Port – A Practical
- - Dimensionamento de todo o material: Guide, Nautical Institute
cabos, manilhas, amarras, etc., com as
respectivas cargas de trabalho e/ou de - [5] Ancre et Lignes d´Ancrage –
ruptura; Editions Technip

- Detalhes das diversas conexões; - [6] An overview of Brazilian


continental shelf wave energy
- Tipo das mãos de cabos; potential, CILAMCE 2017 –
Ricardo C. Guimarães et alia

- Nome e assinatura do responsável pelo - [7] Global Wave Statistics for


reboque. Structural Design Assessment –
U.S.Navy

- [8] Ondas Extremas na Costa Sul-


B2. NORMAS E REGULAMENTOS Sudeste Brasileira - Rogério Neder
Candellae Shirley Marques Lima
101. Serão utilizadas as normas e Souza - Instituto de Estudos do
regulamentos aplicáveis à região e tipo de Mar Almirante Paulo Moreira
reboque. (IEAPM), Arraial do Cabo, RJ,
Brasil

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de navios e aeronaves

- [9] New regulations for towing and manilhadas.


anchor handling vessels: the future
is now - 23rd International Tug, 103. As mãos do cabo (alças) podem ser
Salvage & OSV Convention and trançadas ou chumbadas, sendo que a resistência
Exhibition Hamburg, 16-20 June do cabo será diminuída em um percentual
2014 - Gijsbert de Jong correspondente ao tipo de mão empregado.
(speaker/author), Bureau Veritas,
France 200. Cabos de aço

- [10] An overview of Brazilian 201. O material do cabo de aço deve ser de


continental shelf wave energy aço de arado PS, 6x37 + AF, com tensão
potential – CIMAMCE 2017 mínima de ruptura de igual ou superior ao MBL
(carga mínima de ruptura) calculado em E1.300
- [11] Loss Prevention Tugs and abaixo.
Tows – A Practical Safety and
Operational Guide – Shipowner 202. Cabos de aço com alma de fibra
security for small and specialist possuem maior flexibilidade e apresentam
vessels manuseio mais fácil.

- [12] IMO MSC/Circ.884 203. Cabos de aço com alma de aço podem
ser utilizados quando houver guincho de
- [13] RNBA Guia para Reboque – reboque com tambor apropriado (ranhurado).
Edição 2004/2008
204. Os cabos de reboque de aço devem ser
acompanhados de Certificado do fabricante com
os resultados do teste de ruptura do cabo. Caso
não haja o Certificado, deve ser tirada amostra
CAPÍTULO C do cabo de reboque e realizado teste de ruptura
MATERIAIS em Instituição qualificada.

C1 CABOS DE REBOQUE 300. Cabos de fibra

C2 ACESSÓRIOS 301. Os cabos de fibra normalmente são de


tres tipos diferentes de material:
C3 USO DE AMARRAS
- Poliéster – cabos mais pesados,
não flutuam, tem grande
durabilidade, alta resistência e
C1. CABOS DE REBOQUE baixa expansão sob carga.

100. Geral - Nylon – Os cabos de nylon não


flutuam, possuem resistência maior
101. O cabo de reboque deverá ter tensão de que os de poliéster, e sua
ruptura e flexibilidade para resistir aos esforços resistência quando molhados cai
que possam ocorrer durante a operação de para 80-85% de sua resistência em
reboque. seco. Cabos de nylon perdem
resistência sob cargas cíclicas mais
102. O cabo de reboque poderá ser feito a rapidamente que os de poliéster,
partir dos seguintes materiais: mas são mais elásticos.

- Cabo de aço; - Polipropileno – Os cabos de


polipropileno tem menor
- Fibra sintética (poliéster, nylon ou resistência que os de nylon ou
polipropileno); poliéster. São leves e flutuam na
água. Possuem ponto de fusão
- Cabo combinado de aço + fibra baixo e tendem a fundir sob
sintética. fricção. Exposição prolongada a
raios ultra-violeta do sol podem
Os cabos de reboque devem ter sapatilhas degenerar um cabo de
adequadas nas extremidades que forem polipropileno.

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- Combinados – Existem alguns 200. Placas triangulares


fabricantes que produzem cabos de
mistura de poliéster e 201. O aço a ser empregado nas placas
polipropileno, o que aumenta a triangulares deve ser ASTM A-36 grau A ou
resistência a abrasão e esforços similar.
cíclicos, e fornece resistência
interna adequada a danos por
fusão. C3. USO DE AMARRAS

- Cabos de fibra + aço – existem 100. Amarras usadas em cabresteiras


alguns tipos de cabo cuja alma é de
cabo de aço, envoltos por um 101. As amarras para cabresteiras podem ser
revestimento de cabo de fibra. de grau 1 ou 2, elos com ou sem malhetes,
conforme a conforme Parte III, Título 61, Seção
302. Os cabos de fibra recomendados para 3, Subcapítulo B3. das Regras do RBNA.
reboque devem ser do tipo trançado quadrado de
8 cordões ou maior.

303. Os cabos de reboque de fibra ou


compostos devem ser acompanhados de
Certificado do fabricante com os resultados do CAPÍTULO D
teste de ruptura do cabo. Caso não haja o ARRANJOS DE REBOQUE
Certificado, deve ser tirada amostra do cabo de
reboque e realizado teste de ruptura em D1 COMPOSIÇÃO DA LINHA DE
Instituição qualificada. REBOQUE

D2 ARRANJO DO REBOQUE

C2. ACESSÓRIOS

100. Manilhas e acessórios D1. COMPOSIÇÃO DA LINHA DE


REBOQUE
101. As manilhas devem ser fabricados de
aço fundido ou forjado da classe RB-grau 2, 100. Composição de linhas de reboque
conforme Parte 5, Título 61, Seção 3, com cabo de aço
Subcapítulo B3., Tópico 700. das Regras do
RBNA. 101. Uma linha de reboque empregando
cabo de reboque de aço para navegação ao
102. Os acessórios devem ter marcada a longo da costa brasileira normalmente é
capacidade de trabalho (SWL), ou virem composta de:
acompanhadas de Certificado do fornecedor
com meios de identificação. - Caso seja usado gato de reboque, um
estropo de cabo de aço com alças com sapatilha,
103. As manilhas a serem usadas deverão de 12 metros ou comprimento suficiente para
ser de um dos seguintes tipos: que a manilha não se choque contra a popa do
empurrador;
de cavirão de seção oval e contrapino
ou tufo; - Um cabo principal de reboque de cabo
de aço de tipo e resistência adequados, de
comprimento calculado conforme os
de cavirão com porca e contrapino.
procedimentos do presente Guia, com sapatilha
onde houver alça, preso diretamente ao tambor
104. Não serão aceitas manilhas com do guincho de reboque ou ao estropo descrito
cavirão roscado, ou sem contrapino de acima;
travamento, nem manilhas que não tenham a
capacidade SWL estampada.
- Um cabo amortecedor (shockline) de
cabo de fibra de mesma resistência do cabo de
reboque, com comprimento aproximado de 30-
40 metros, com alças com sapatilhas nas
extremidades, cuja finalidade é absorver
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qualquer carga de choque no dispositivo de - Um cabo principal de reboque de cabo


reboque, a qual pode surgir quando o rebocador de fibra de tipo e resistência adequados, de
estiver navegando na direção da linha de comprimento calculado conforme os
reboque, ou quando o rebocador e o objeto procedimentos do presente Guia, com sapatilha
rebocado movem-se em direções opostas devido onde houver alça, preso diretamente ao tambor
às más condições do mar ; do guincho de reboque ou ao estropo descrito
acima;
- Pode haver um estropo de cabo de aço
de comprimento entre 12-25 metros entre o cabo - Uma placa triangular de aço para
de reboque e a cabresteira. O estropo da compensar a movimentação;
cabresteira pode ser usado como fusível;
- Pode haver um estropo de cabo de aço
- Uma placa triangular de aço ligando o de comprimento entre 12-25 metros entre o cabo
estropo aos dois lados da cabresteira para de reboque e a cabresteira. O estropo da
compensar a movimentação; cabresteira pode ser usado como fusível;

- Uma cabresteira de amarra ou cabo de - Uma cabresteira de amarra ou cabo de


aço (com alças com sapatilha), formada por aço (com alças com sapatilha), formada por
duas partes, BB e BE. Pode ser usada a amarra duas partes, BB e BE. Pode ser usada a amarra
do navio como cabresteira. do navio como cabresteira.

102. O cabo amortecedor (shockline) pode 202. Para pequenas embarcações em


ser dispensado para reboque em navegação navegação interior, pode ser analisado o
interior, desde que navegue em áreas I1 ou em emprego de cabresteiras de cabo sintético.
áreas I2 onde não haja o risco de choques
devidos a ondas. 300. Cabos auxiliares e proteções

103. Para pequenas embarcações em 301. O estropo do gato deve ser protegido
navegação interior, pode ser analisado o por uma capa de mangote de borracha para
emprego de cabresteiras de cabos sintéticos. evitar desgaste por fricção no espalha cabos.
104. Deve existir pelo menos uma linha de
reserva completa com uma perna de cabresteira 302. O espalha cabos ou a estrutura da popa
e um de cabo de fibra flutuante com boia de do rebocador que vai atritar com o cabo deve
sinalização. A boia deve ser pintada de laranja estar bem lubrificado com graxa ou possuir
brilhante ou outra cor altamente visível. proteção com tiras de borracha (de pneus
usados), para diminuir a fricção com o estropo
105. No caso de reboque uma só ou cabo de reboque.
embarcação, a linha de reserva pode ser a do
rebocador. 303. Quando for usado guincho de reboque,
coloca-se dois guias de cabo (guide ropes) na
106. Em cabos de reboque, não são aceitas popa do rebocador, entre o espalha cabos e o
alças formadas com grampos. guincho, para guiar o cabo.
Nota: Algumas referências recomendam um
304. Coloca-se normalmente um cabo de
cabo fusível com capacidade 10% menor que a
leva ou recolhimento entre a placa triangular da
do cabo de reboque, ou manilhas com
capacidade reduzida. cabresteira e o rebocado, para permitir seu
recolhimento. Esse cabo de leva ou
recolhimento deve permanecer solecado durante
200. Composição da linha de reboque
todo o reboque.
com cabos de fibra

201. Uma linha de reboque empregando


cabo de reboque de fibra para navegação ao
longo da costa brasileira normalmente é D2. ARRANJO DO REBOQUE
composta de:
100. Reboque em série
- Caso seja usado gato de reboque, um
estropo de cabo de aço com alças com sapatilha, 101. O reboque em série utiliza um cabo de
de 12 metros ou comprimento suficiente para reboque principal ligando o rebocador ao
que a manilha não se choque contra a popa do rebocado.
empurrador;

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102. No caso de reboque de duas ou mais 204. Para reboques de várias chatas, na
embarcações, haverá um dispositivo entre o conexão da placa triangular na cabresteira das
rebocador e a primeira embarcação tal como balsas pode ser utilizada uma “manilha plana”.
descrito acima no capítulo D1.
300. Reboque a contrabordo
102. Entre a primeira e segunda
embarcações: 301. Nos portos, rios, canais ou lagos, o
reboque pode ser feito a contrabordo. Nesse
- Colocar cabresteira na popa da caso o rebocado vai atracado a contrabordo do
primeira embarcação; rebocador por meio de cabos de amarração,
fixados normalmente em cabeços.
- Colocar cabresteira na proa da segunda
embarcação; 400. Preparação

- Colocar uma linha de reboque com 401. Para reboques certificados, o reboque
cabo de reboque, estropo (fusível), placa não deve prosseguir para o mar até que uma
triangular AV e AR entre as duas cabresteiras, inspeção satisfatória do reboque tenha sido
não sendo necessário shockline. realizada por um vistoriador do RBNA

105. No caso do reboque múltiplo em linha, 402. A operação de reboque não deve
a distância mínima a ser mantida entre as começar a menos que as condições ambientais e
embarcações rebocadas deve ser de as previsões permitam que o reboque consiga
aproximadamente 1/3 da distancia entre o área segura no mar onde o reboque não é posto
rebocador e a primeira embarcação rebocada. em perigo por ventos soprando no sentido da
costa ou outros perigos de navegação.
200. Reboque em “tandem”
403. Onde limitações operacionais foram
201. O reboque em “tandem” é utilizado identificadas para o reboque, medidas devem ser
para mais que uma embarcação rebocada. tomadas para evitar que o reboque encontre
condições que ultrapassem as limitações. Tais
202. A linha de reboque entre a primeira medidas podem incluir rotas determinadas pelas
embarcação rebocada e o rebocador é tal como condições de mar e vento, locais de abrigo
descrito em D1. Da placa triangular, no entanto, seguro ou ambos.
saem duas linhas:

- - uma linha prende-se na cabresteira da


primeira embarcação;

- do outro lado da placa triangular, sai um CAPÍTULO E


cabo de reboque de comprimento suficiente PRINCÍPIOS DE DIMENSIONAMENTO
que vai até a cabresteira da segunda
rebocada; E1 PRINCÍPIOS GERAIS

- esta linha de reboque (chamado cabo E2 DIMENSIONAMENTO


submerso, porque fica normalmente
submerso sob ao primeiro rebocado) entre a E3.
placa triangular da cabresteira da primeira
embarcação e a placa triangular da
cabresteira da segunda é composta de cabo E1. PRINCÍPIOS GERAIS
de reboque principal, estropo e placa
triangular; 100. Condições gerais para
dimensionamento
- a conexão entre as demais embarcações
rebocadas é semelhante; 101. O rebocador deve ser adequado para a
operação de reboque com respeito a tipo,
203. A distância mínima a ser mantida entre tamanho, projeto, potência, tração estática e
as embarcações rebocadas deve ser de equipamento.
aproximadamente 1/3 da distancia entre o
rebocador e a primeira embarcação rebocada.

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102. A força de reboque deve ser calculada operação de reboque em si.


levando em conta a classe do reboque, a rota, a
duração da viagem e as condições de vento e 105. O conjunto todo do dispositivo de
mar da época do ano em que a operação será reboque, incluindo cada cabresteira, manilhas,
feita. A tração estática do rebocador deve ser placas triangulares, cabos de amortecimento,
suficiente para manter um curso firme durante o estropos, deve ter a mesma resistência que o
reboque mesmo sob as condições abaixo: cabo de reboque principal. Quando for utilizado
- Vento de proa de 20 m/s (Beaufort cabo fusível, este deverá ter a resistência
8/9); determinada para o cabo de reboque principal, e
- Corrente de proa de 0,5 m/s; os demais elementos devem ter
- Altura de onda (da crista ao dimensionamento ligeiramente superior.
cavado) = 5,0 m.
106. O dimensionamento do cabo de
103. Para áreas benignas, livres de ciclones reboque principal deve ser considerado em
e tempestade extratropicais, as condições a relação à força de reboque (tração estática) do
rebocador, nas condições limites definidas no
serem observadas são: Parágrafo E1.102 acima.

- Vento de proa de 15 m/s; 107. A critério do RBNA, poderão ser


- Altura de onda (da crista ao requisitados certificados de teste dos cabos de
cavado) = 2,0 m. reboque, manilhas, amarras, manilhas e placas
triangulares.
Informação
108. O equipamento de reboque deve ser
Conforme as referências [6], [7], [8] e [10], a projetado de acordo com as recomendações
área de navegação na costa brasileira ao sul mencionadas abaixo e padrões reconhecidos.
dos 23° de latitude Sul de latitude está sujeita à As disposições de reboque devem ser adequadas
ocorrência de ciclones extratropicais que para o reboque específico.
provocam alturas significativas e mesmo onda
extremas. Portanto, essa não pode ser 109. A embarcação de reboque deve estar
considerada como área benigna. Além disso, equipada com um guincho ou gato de reboque.
existe um trecho de costa entre o Santa
Catarina e Paraná existe uma área de 110. Recomenda-se que os freios do
aproximadamente 230 milhas náuticas sem guincho de reboque tenham uma capacidade de
possibilidade de refúgio. Tais fatores devem ser retenção estática apropriada ao da carga de
levados em conta no dimensionamento do ruptura mínima documentada (“MBL Minimum
dispositivo de reboque e na tração estática, que Breaking Load”) do maior cabo de reboque a
deve ser suficiente para enfrentar essas ondas ser utilizado. A capacidade de frenagem deve
sem alterar a capacidade de reboque. ser calculada para a camada do cabo de reboque
no tambor do guincho, na qual o reboque será
Globalmente, as áreas compreendidas entre 23° executado.
de latitude Sul e 23° latitude Norte podem ser
consideradas em geral áreas benignas, com 111. O projeto e o escantilhão do guincho de
exceção das seguintes áreas: reboque, incluindo suportes, devem ser capazes
de suportando a carga de ruptura do cabo de
100° longitude leste a 20° longitude oeste: área reboque principal sem deformação permanente.
de latitude 23° sul a 20° norte (Atlântico Norte)
112. Deve ser possível liberar a tensão no
120° longitude leste a 160° longitude oeste: (s) tambor (s) do guincho em uma emergência e
área de latitude 23° sul a 15° norte (Pacífico em todosmodos operacionais. A fixação final
Norte) da corda do cabo de reboque ao tambor do
guincho deve ser limitadaforça, formando assim
40° longitude leste a 120° longitude oeste: área um elo fraco no caso de o cabo de reboque ter
de latitude 15° sul a 23° norte (Índico) que se esgotar. Após um lançamento de
emergência, os freios de guincho devem reverter
Fim da informação para a função normal sem atraso. Também deve
ser possível realizar o seqüência de liberação de
104. Os limites para cálculo definidos no emergência (liberação de emergência / aplicação
Parágrafo E1.102. acima poderão sofrer de freios), mesmo durante um black-out.
limitações devidas a fatores operacionais, e não
devem ser considerados como limites para a

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113. Recomenda-se que a bordo das MBL = 2.0*TE


embarcações de reboque, sempre que possível, o
guincho seja montado com equipamento para 303. Um cabo de reboque sobressalente que
medir a tensão no cabo de reboque. Este satisfaça todos os requisitos para o cabo
equipamento deve, no mínimo, gravar a tensão principal deve ser mantido a bordo do reboque
média e os picos de tensão, e as informações embarcação.
devem ser exibidas na casa da roda.
304. Se o guincho de reboque estiver
114. Devem ser fornecidos meios para equipado com dois tambores, o cabo
enrolar o cabo de reboque no (s) tambor (es). sobresselente deve, de preferência, ser
armazenado no tambor de um guincho,
115. Devem ser fornecidas mangas de disponível para pronto uso.
protecção contra o rebordo ou outros meios para
impedir que os danificado por atrito ou abrasão. 305. Como alternativa, pode ser dotado um
Não deve haver bordas afiadas ou obstruções na cabo sobressalente que deve estar em posição e
popa do navio que podem danificar as linhas de disposto de modo a garantir que a transferência
reboque durante a operação. Um número para o tambor de reboque principal é fácil,
suficiente de mangas sobressalentes deve ser rápida e segura.
transportado a bordo.
306. No caso de dois objetos rebocados
dotados de dois cabos de reboque independentes
200. Tração estática necessária para o (principal), um cabo extra de reboque de ser
reboque dotado a bordo em conformidade com o
especificado acima.
201. A tração estática do rebocador deve ser
suficiente para executar o reboque. Caso a 307. Se forem utilizados pendentes de cabo
de fibra, os pendentes deverão estar em boas
tração estática do rebocador não seja conhecida,
condições e a carga mínima de ruptura de
existe um método rápido para estimar essa qualquer pendente de cabo de fibra não deverá
tração, que é considerar uma tonelada de tração ser inferior a:
para cada 100 IHP.
- 2,0 vezes a MBL do cabo de reboque, para
300. Carga mínima de ruptura (MBL) do rebocadores com tração estática inferior a 50
cabo principal de reboque toneladas;
[IMO MSC/Circ.884]
- 1,5 vezes a MBL do cabo de reboque, para
301. A carga mínima de ruptura rebocadores com tração estática superior a 100
documentada (MBL) do cabo de reboque toneladas; e
principal deve estar geralmente acordo com a
seguinte tabela. - linearmente interpolada entre 1,5 e 2,0 vezes a
linha de reboque MBL para rebocadores com
TE * <40 Entre 40 e < 90 (t) tração estática entre 50 e 100 toneladas,.
tração 90 (t)
estática (t) Os pendentes de cabo de fibra devem ser
MBL ** 3,0*TE (3,8 – 2,0*TE construídos com sapatilhas “duras” e
carga TE/50)*TE normalmente não devem ser conectadas
minima de diretamente ao ápice da cabresteira.
ruptura (t)
Fonte: IMO MSC/Circ. 884 308. Os pendentes de cabo de fibra
devem ser construídos com sapatilhas e devem
*TE = Tração Estática (Bollard Pull) em ser terminadas com olhos duros e normalmente
toneladas métricas não devem ser conectadas diretamente ao ápice
**MBL = Carga Mínima de Ruptura (Minimum do freio de reboque.
breaking load) em tonleadas métricas
309. O rebocador deve ser dotado de
302. Em áreas benignas (vide A2.118 sobressalentes suficientes para substituir os
acima) a carga mínima de ruptura documentada arranjos de reboque, a menos que seja
(MBL) é de: considerao impraticável.

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310. A inspeção do cabo de reboque deve 405. Rodetes e buzinas devem ser
ser realizada após a conclusão de cada operação projetadas para acomodar a corrente de atrito e
de reboque. Os resultados da inspeção devem devem ser moldadas de modo a evitar tensão
sempre ser registrados como base para decisão excessiva nos elos de amarra.
sobre futuros programas de inspeção. A
inspeção também deve ser registrada no Livro 406. Um sistema de recuperação da
de Registro de Reboque (Apêndice B da IMO cabresteira deve ser dotado no objeto rebocado,
MSC/Circ. 884). suficientemente resistente para ser utilizado
depois da ruptura do cabo de reboque, caso a
311. Nenhuma parte de qualquer arranjo cabresteira deva ser reutilizada novamente no
de reboque deve ser usada para a operação de reboque.
reboque se:
407. O equipamento de reboque de
- a redução da área da seção transversal devido emergência deve ser dotao par o caso de falha
ao desgaste, abrasão, corrosão e fios quebrados da cabresteira ou impossibilidade de recupera-
exceder 10% ou há dobras significativas, la. Este equipamento deve ser montado
esmagamento ou outros danos que resultam em preferencialmente na proa do objeto rebocado e
distorção da estrutura do cabo; deve consistir de uma cabresteira sobressalente
ou de um pendente de reboque equipado com
- as sapatilhas ou outras terminações do cabo de um cabo flutuante e uma boia que permita a seu
reboque, como os olhais, etc., estão danificadas, recolhimento.
deformadas ou significativamente corroídas.
500. Coeficiente de segurança do reboque
312. Caso seja relevante, devem ser [IMO MSC/Circ. 884]
providenciados cabos auxiliares ou arranjos
alternativos para prevenir trações transversais e 501. O coeficiente de segurança para
facilitar a recuperação do cabo de reboque. O utilização de cabos de reboque deverá ser
arranjo deve ser operado remotamente de uma atribuído conforme a Tabela abaixo, que poder
posição segura. Um cabo auxiliar sobressalente sofrer acréscimos a critério do RBNA de acordo
deve ser dotado a bordo. com as condições de mar e vento médias na área
do reboque:
400. Cabresteiras e outros acessórios do
sistema de reboque a. Para cabos de aço:

401. Quando aplicável, uma cabresteira TABELA T.E1.401.1 – COEFICIENTE DE


deve ser usada para conexão do cabo de reboque SEGURANÇA FS PARA CABOS DE AÇO
principal ao objeto rebocado. Cabresteiras de Capacidade Coeficiente de segurança
amarra devem ser usadas em áreas onde sujeitas SWL do cabo de FS
a desgaste por fricção, tais como rodetes e aço
buzinas. Até 10 t 6
10 a 160 t 12000/[(8.85*SWL)+1910]
402. Todas as peças de conexão (por
exemplo, cada perna de uma cabresteira) devem Acima de 160t 3,6
ter uma carga de ruptura mínima documentada
(MBL) excedendo a carga de ruptura (MBL) do b. Para cabos de fibra natural: FS = 6
arranjo de reboque.
c. Para cabos de nylon: FS = 4
403. Os acessórios para cabos de reboque
devem ser projetados para resistir à tração do Nota: o fator de segurança é calculado como
cabo de reboque de qualquer direção provável, sendo: FS = MBL/SWL
com o uso de rodetes, se necessário. O projeto e
a disposição dos acessórios de reboque deve Onde:
levar em consideração as condições normais e
de emergência. MBL = menor carga de ruptura
SWL = carga de trabalho
404. A força máxima de qualquer
acessório do dispositivo de reboque (borboleta FS = fator de segurança
ou cabeço e seu jazente) não deve ser menor que
1,3 vezes a carga de ruptura mínima (MBL) do BL = carga
arranjo de reboque ao qual deve ser conectado.

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502. Os cabos em geral submetidos a trabalhos 701. O guincho de reboque, gato de reboque e
marinheiros têm sua resistência diminuída de guinchos auxiliares, além os requisitos deste
acordo com o tipo de costura nas alças: Guia, deve estar em conformidade com a Parte
II, Titulo 42, Seção 3, Capítulo D, Subcapítulo
- costura de mão diminuída para 90% D1., Parágrafos D1.300. a D1.500.

- quando forem utilizados laços fabricados 800. Resumo do dimensionamento do


(chumbados), deve ser verificado qual o dispositivo de reboque
coeficiente de segurança recomendado pelo
fabricante. 801. A Tabela T.E1.701.1. fornece um
resumo do dimensionamento de reboque como
503. Comprimento do cabo de reboque tratado no presente Subcapítulo. O parâmetro
para dimensionamento é o MBL do cabo de
a. Para a costa brasileira: O comprimento de reboque principal.
cabo na costa brasileira, como
recomendado pela referência [3], é de 220 TABELA T.E1.101.1. – RESUMO DE
metros devido ao comprimento médio de DIMESIONAMENTO DO DISPOSITIVO
ondas na região considerada. DE REBOQUE

b. Conforme a referência [12] um Equipmento Detalhes Capacidade


comprimento apropriado para o cabo de Guincho de Capacidade MBL do cabo
reboque deve ser determinado usando reboque de frenagem principal
critérios estabelecidos. Onde tais critérios Gato de MBL do cabo
não tenham sido estabelecidos, a reboque principal
comprimento mínimo exigido (L) do cabo Geral MBL < 40 t MBL =
de reboque principal poderá ser Cabo de 3,0*TE
determinado a partir da fórmula; reboque 40 ≤ MBL MBL = (3,8 –
principal de ≤90 t TE/50)*TE
L = (TE / MBL) x1800 m aço 90 < MBL MBL =
onde: 2,0*TE
Cabresteira de TE < 50 t 2,0*MBL do
BL = carga de ruptura documentada do cabo de fibra cabo de
reboque, reboque
TE > 100 t 1,5*MBL
TE = Tração estática contínua 50≤TE ≤100 Interpolar
entre 1,5 e 2
Informação vezes o MBL
do cabo
Esta fórmula não é adequada para aplicação principal de
em reboques na costa brasileira, fornecendo reboque
comprimentos de reboque excessivos para essa Cabresteiras 1,3*MBL do
região.
de aço ou cabo principal
amarra de reboque
Fim da informação
Áreas MBL =
benignas 2,0*TE
600. Relação entre o diâmetro de cabos e
Cabo de
amarras e o diâmetro de saias de guincho e
reboque
cabeços
principal de
aço
601. Cabos de aço não devem ser passados em
Comprimento Costa 200 metros
cabeços e saias de guincho cujo diâmetro seja
do cabo de brasileira recomendado
inferior a 12 vezes o diâmetro do cabo.
reboque IMO L = (TE / BL)
602. Amarras não devem ser passadas em MSC/Circ. x1800 m
884
cabeços cujo diâmetro seja inferior a 20 vezes o
diâmetro da amarra. Placa 1,3*MBL
triangular
700. Guincho de reboque, gato de Acessórios 1,3*MBL
reboque, guinchos auxiliares

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104. Em reboques classe III, especialmente


E3. ACESSÓRIOS DE CONVÉS E de estruturas não navais ou de embarcações com
ESTRUTURAS DE SUPORTE restrições de serviço, planos estruturais e
ASSOCIADAS COM REBOQUE E cálculos devem ser apresentados para análise e
AMARRAÇÃO EM NAVIOS aprovação.
CONVENCIONAIS
[IACS UR A2] 105. Atenção especial deve ser dada aos
seguintes pontos:
100. Aplicação
a. Olhais de reboque: devem existir pelo
101. Aplicam-se os requisitos da Parte II, menos dois olhais de reboque,
titulo 11, Seção 2, Capítulo D, Subcapítulo D10. adequadamente fixados à estrutura do
das Regras para Mar Aberto do RBNA. navio;

b. Quando forem utilizados cabeços para fixar


o dispositivo de reboque, deve ser
inspecionada a estrutura sob o convés, para
verificação dos reforços adequados.
CAPÍTULO F
VISTORIAS ESPECÍFICAS 106. A estanqueidade do casco deve ser
avaliada, juntamente com a dos meios de
F1 INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS fechamento.
DO REBOCADO
107. Todos os tanques de fundo duplo,
F2 INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS lastro, carga, tanques de colisão e
DO REBOCADOR compartimentos vazios devem estar dotados de
meios de fechamento estanques e de rede de
F3 REQUISITOS OPERACIONAIS suspiro. Os meios de fechamento devem ser
testados conforme o teste “watertight”
F4 PROCEDIMENTOS EM REBOQUES especificado na NORMAM, e em caso de
CLASSE I, II E III dúvida quanto a estanqueidade, testes
hidrostáticos ou pneumáticos devem ser
realizados.

F1. INSTALAÇÕES E 108. Todas as linhas de enchimento dos


EQUIPAMENTOS DO REBOCADO tanques devem estar fechadas.

100. Casco e superestrutura 109. Todas as válvulas de mar e descargas


pelo costado devem estar fechadas com os
101. A resistência estrutural e condições volantes travados na posição fechada.
físicas do casco devem ser avaliadas para o
reboque. O rebocado deve ser capaz de navegar 110. Para reboque em mar aberto, as vigias,
nas ondas sem danos a estrutura da proa ou do janelas e olhos de boi externas devem ter tampa
cintado devido ao impacto das ondas. de combate estanque.

102 Caso a embarcação esteja em classe, a 111. Para embarcações fluviais rebocadas
embarcação será considerada como possuindo por uma viagem em mar aberto, devem ser
integridade estrutural, a menos que hajam instaladas proteções de chapa para evitar que o
avarias. No caso de avarias, a resistência choque das ondas venha a quebrar os vidros das
estrutural deverá ser avaliada quanto à janelas, vigias e olhos de boi nos conveses
necessidade de reforços temporários ou reparos sujeitos ao impacto direto da onda.
definitivos.
112. Todas as portas estanques, escotilhões
103 Caso a embarcação não esteja em de acesso, portas de visita, devem ser fechadas
classe, devem ser enviados os planos estruturais com tampas estanques.
(Perfil Estrutural, Seção Mestra, Expansão do
Chapeamento, no mínimo) para análise pelo 113. Todos os cogumelos e aberturas de
RBNA. ventilação devem ser fechados. Todos os
alboios devem ser fechados e travados.

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114. Todas as unidades rebocadas devem em tanques portáteis apropriados. Para o


estar providas com duas escadas permanentes reboque de barcaças, a moto-bomba pode ser
para acesso, durante a viagem de reboque. Uma transportada a bordo do rebocador.
escada deve estar colocada a BB e outra a BE.
400. Equipamento de amarração e
115. Não serão aceitas escadas de prático, a fundeio
menos que o navio rebocado esteja dotado de
tripulação para manobrar as escadas. 401. Em navios providos de equipamento de
fundeio, as âncoras e amarras devem estar livres
200. Leme e hélice para serem lançadas a qualquer momento.
Devem estar instaladas gateiras em cada amarra
201. Caso a embarcação rebocada disponha para evitar lançamento acidental das âncoras.
de sistema de Governo que esteja fora de
operação, o leme deve ser travado na posição 402. Caso o navio a ser rebocado esteja sem
central. Os cilindros hidráulicos devem receber âncora, deve ser colocada a bordo âncora de
proteção adicional como necessário. reserva e amarra de cabo de aço, e peso e
comprimento conforme as Regras do RBNA.
202. Quando a unidade rebocada estiver sem
energia e for dotada de hélice, este deve ser 403. Para balsas fluviais rebocadas por uma
travado para evitar movimento durante o viagem em mar aberto, este requisito pode ser
reboque. O travamento pode ser feito dispensado após análise pelo RBNA.
instalando uma trava de chapa grossa de aço no
flange de acoplamento do eixo propulsor, 404. Um conjunto de cabos de amarração
utilizando os parafusos do flange, com as deve ser provido a bordo da embarcação
extremidades da chapa soldadas ou parafusadas rebocada.
ao túnel do eixo ou `a estrutura do navio.
500. Equipamento de combate a incêndio
203. O MCP não deve ser utilizado como
meio de frenagem do eixo propulsor para o 501. O tipo e quantidade do equipamento de
reboque. combate a incêndio deve ser submetido à
aprovação do RBNA.
204. Em unidades rebocadas com tripulação
a bordo, é preferível desconectar o flange de 600. Estabilidade, calado de reboque e
acoplamento e permitir a rotação do eixo trim
propulsor. Esta alternativa somente será
possível quando o eixo propulsor for dotado de 601. Devem ser apresentadas condições de
mancal de escora. estabilidade intacta, demonstrando que a
unidade rebocada atende aos critérios de
205. A tripulação deve manter vigia e estabilidade requeridos pela NORMAM.
lubrificar o eixo a intervalos regulares.
602. Quando necessário, poderão ser
300. Meios de esgotamento do casco requeridas condições de estabilidade dinâmica
ou em avaria.
301. Deve ser possível esgotar quaisquer
compartimentos que afetem a flutuabilidade do 603. Para uma unidade rebocada com
navio. energia, tripulada, com sistema de propulsão
operacional mas sem governo, o rebocador terá
302. Deve haver no mínimo uma bomba de a função principal de governar a embarcação,
esgoto em condições operacionais, em navios que seguirá por seus próprios meios
que disponham de maquinaria auxiliar. propulsivos.

303. Conexões temporárias devem ser feitas 604. ma unidade rebocada com energia,
onde necessário para facilitar o bombeamento tripulada, sem hélice e com sistema de governo
de emergência. operacional, o leme deve ser ativado para
auxiliar na manutenção do curso.
304. Caso o navio não disponha de
maquinaria auxiliar, deve ser provida a bordo 605. A unidade rebocada deve ser preparada
uma moto-bomba com mangueiras de sucção e para o reboque sem banda. O navio deve ser
descarga adequadas, com quantidade suficiente lastrado para manter um trim pela popa de pelo
de combustível e óleo lubrificante armazenada menos 1% (um por cento).
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606. Quando o navio rebocado estiver 803. Devem ser providos meios de
parcialmente alagado e tiver trim pela proa, comunicação VHF com canal 16, que permita
pode ser preferível rebocar o navio pela popa. comunicação rebocado-rebocador.

607. As marcas de calado de vante, meia 804. Devem ser providos meios de acesso
nau e ré devem estar claramente visíveis. em ambos os bordos da unidade rebocada
através de escadas fixas ou escadas de prático.
700. Luzes e marcas, Alarmes e Refletores
radar 900. Requisitos para carga e equipamento
de carga
701. As luzes e marcas devem estar de
acordo com as regras do RIPEAM. 901. A carga deve estar distribuída de forma
a permitir distribuição adequada de pesos para
702. O navio rebocado deve estar dotado de evitar tensões indevidas na estrutura do
no mínimo: rebocado.

a. Luzes de navegação de BB e BE; 902. Os dispositivos de peação devem ser


adequados e capazes de suportar os esforços
b. Luz de alcançado; oriundos dos movimentos do navio durante o
reboque.
c. Dois cones invertidos quando o
comprimento do reboque exceder 200 903. Todas as lanças de carga e lanças de
metros. guindastes devem ser firmemente peadas em
seus jazentes. Os guindastes devem ser
703. Quando o navio rebocado estiver travados para evitar rotação.
tripulado, os sinais prescritos na Regra 35 do
RIEPAM (COLREG) para visibilidade restrita 904. Todo equipamento portátil, mobiliário,
devem ser acionados utilizando fonte de energia etc., deve ser peado para evitar deslocamento
do navio ou dotando a embarcação de fonte de devido aos movimentos do navio durante a
energia adequada. viagem de reboque.

704. Para navios sem fonte de energia, as


luzes de navegação e sinalização devem ser
alimentadas por baterias com carregador solar. F2. INSTALAÇÕES E
EQUIPAMENTOS DO REBOCADOR
705. Quando o rebocado não puder ser
tripulado, pode ser requerido um alarme de 100. Equipamento de reboque
alagamento para compartimentos críticos,
acionando uma buzina Klaxon e uma luz 101. Rebocadores para serviço oceânico
vermelha intermitente em local elevado, visível devem estar dotados com guincho de reboque,
do rebocador. com tambor simples ou duplo, com carretel para
enrolar o cabo de reboque. Deve
706 Quando a unidade rebocada tiver perfil adicionalmente estar dotado com rolo de popa e
baixo acima da superfície do mar deve ser guias para o cabo de reboque.
instalado um refletor radar, para auxiliar na
detecção por outro navio em condições de baixa 102. Um rebocador dotado de gato de
visibilidade, e para auxiliar na busca da reboque deve possuir adicionalmente um
embarcação em caso de desgarramento. cabrestante capaz de recolher o comprimento
total do cabo de reboque. Tais rebocadores
800. Equipamento para unidades devem ser empregados somente em reboques
rebocadas tripuladas costeiros.

801. Quando a unidade rebocada for 200. Rebocadores classificados


tripulada, devem ser obedecidos os requisitos da
NORMAM 01 para habitabilidade e salvatagem. 201. Quando o rebocador for classificado
802. O navio deve ser provido com rancho para tal serviço, deve estar provido a bordo de
adequado, água potável e meios para cozinhar. todos os Certificados exigidos pela NORMAM
ou SOLAS, em plena validade.

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202. Devem ser apresentados os documentos 403. A velocidade de reboque deverá ser
conforme o Tópico B1.200. do presente guia. controlada de acordo com as condições de mar e
do tempo para prevenir avarias nas
203. O rebocador deve ser inspecionado de embarcações, reduzindo a velocidade e/ou
forma geral, especialmente para verificar se alterando o curso caso necessário.
todos os equipamentos estão em boas condições
de manutenção, e se o equipamento de 407. Deverá ser mantido quarto de reboque
salvatagem e combate a incêndio existente a durante a viagem, com especial atenção ao
bordo está em validade, em boas condições de equipamento de reboque, luzes de navegação,
manutenção e em conformidade com o Plano de sinais diurnos, calado das embarcações e
Segurança. condição das proteções contra atrito no cabo de
reboque.
204. Não deve haver acúmulo de água
oleosa no fundo da Praça de Máquinas. 408. Deverá ser mantido a bordo um Livro de
Registro de Reboque, com comentários relativos
205. Os dispositivos de reboque devem ser a manutenção do quarto de reboque e anotações
inspecionados quanto a manutenção e da velocidade de reboque, condições
operacionalidade, com teste dos dispositivos de atmosféricas e de mar, previsões meteorológicas
desengate rápido. e outras particularidades relevantes. O Livro de
Registro de Reboque deve estar disponível para
300. Rebocadores não classificados inspeção no final da viagem.

301. Devem ser apresentados os documentos 409. A rota e a posição de reboque deverão
conforme o Tópico B1.200. do presente guia. ser continuamente plotadas nas cartas de
navegação levadas a bordo, as quais devem
302. O rebocador deve ser inspecionado de estar disponíveis para inspeção no término da
forma minuciosa, especialmente para verificar viagem.
se todos os equipamentos estão em boas
condições de manutenção, e se o equipamento 410. Caso necessário, deverá ser
de salvatagem e combate a incêndio existente a providenciado auxílio de rebocador adicional
bordo está em validade, em boas condições de para navegação em canais restritos.
manutenção e em conformidade com o Plano de
Segurança. 411. Caso necessário, deverá ser chamado
prático para águas locais, canais restritos,
303. Não deve haver acúmulo de água entrada em portos.
oleosa no fundo da Praça de Máquinas.
412. Todos os acessos, escotilhas, escotilhões,
304. Os dispositivos de reboque devem ser alboios, portas de visita e outras aberturas
inspecionados quanto a manutenção e estanques devem ser mantidos fechados durante
operacionalidade, com teste dos dispositivos de a viagem. As portas estanques, vigias e janelas
desengate rápido. devem ser mantidos fechados, exceto para
ingresso e saída dos membros da tripulação.

413. Devem ser exibidos os sinais diurnos de


F3. REQUISITOS OPERACIONAIS acordo com a RIPEAM nas horas de claridade, e
deve haver a bordo energia elétrica suficiente
401. O rebocador deve ter capacidade para as luzes de navegação durante a duração da
suficiente de combustível para a viagem de viagem.
reboque completa mais uma reserva de 20%
(vinte por cento). Caso o rebocador não 414. Devem ser providos a bordo do
disponha da capacidade requerida no item 401 rebocador os seguintes sobressalentes: luzes de
acima, deverá ser previsto reabastecimento na navegação para as embarcações rebocadas,
costa durante a viagem. Não é aconselhável baterias de reserva completamente carregadas e
reabastecimento a partir da unidade rebocada. sinais diurnos.

402. O rebocador deve ter a bordo quantidade 415. O rebocador deve dispor de meios
suficiente de sobressalentes de máquina e seguros e adequados para a transferência de um
eletricidade, bem como ferramentas e material ou mais tripulantes do rebocador para as
para reparos de emergência durante a viagem de embarcações rebocadas.
reboque.
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416. Relatórios de posição deverão ser 200. Reboques Classe I


enviados do rebocador a cada 24 horas durante a
viagem para o RBNA. 201. Devido a curta duração do reboque,
utilizar os procedimentos do Subcapítulo F4.100
acima.

F4. PROCEDIMENTOS EM 300. Reboques Classe II


REBOQUES CLASSE I, II E III
301. Aplicam-se os procedimentos do
100. Procedimentos para todos os Subcapítulo F4.100. acima.
reboques
302. Deve ser solicitadas e analisadas as
101. Ao ser requisitada uma vistoria de informações constantes do Tópico B1.100. do
reboque, determinar a classe ou dificuldade do presente, referentes à logística do reboque.
reboque conforme definido nos Parágrafos Informações adicionais ou mais detalhadas
A2.106. a A2.108. do presente guia. poderão ser requisitadas.

102. Em função da dificuldade, do tipo de 303. Em caso de transporte de carga no


reboque e da região solicitar as informações de convés da unidade rebocada, verificar quais os
acordo com a Tabela T.F4. abaixo. cuidados que a carga requer: se pode ser
molhada por ondas, etc.
103. Verificar qual a experiência que a
empresa responsável pelo reboque tem no tipo 304. Verificar a previsão meteorológica para
de operação em curso. pelo menos quatro dias de viagem.

104. Quando a unidade rebocada transportar 305. Analisar as condições de estabilidade


carga, analisar o Plano de Estivagem e Peação estática e avariada.
da carga, quanto aos seguintes aspectos:
400. Reboques Classe III
a. Os pesos e centros de gravidade da carga
devem constar do plano; 401. Aplicam-se todos os requisitos dos
Tópicos F4.100., F4.200. e F4.200. acima.
b. O plano deve indicar claramente a
quantidade e dimensionamento e 402. Deve ser feita análise estrutural da carga
localização do material de peação. e da unidade a ser rebocada, a menos que o
cliente assine termo de responsabilidade.
105. Rever a condição de estabilidade e trim
da unidade rebocada, para verificar se estão em
conformidade com os critérios da NORMAM
01. Em geral, o trim deve ser de popa, e não
deve ser maior que 2%.

106. Analisar a estrutura sob o convés,


especialmente nos pontos de fixação das
cabresteiras.

107. Quando o navio transportar carga,


verificar a estrutura sob a carga e sob os pontos
de peação.

108. Analisar o plano de reboque quanto ao


dimensionamento, comprimento do reboque e
dos cabos e dispositivos de emergência;
verificar se a potência do rebocador é suficiente
para o reboque pretendido.

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ANEXO I – CÁLCULO DA CARGA DE Nota: o sinal (-) indica vento de vante para ré do
REBOQUE navio.
Referência [5]
Se consideramos  =  e considerando o valor
100. Resistência aerodinâmica de  para ar seco, a fórmula fica:

101. A influência do vento a ser considerada Fv = 1,225 * (Cx/2)*V2*(A sen2 + B cos2)


na avaliação da tração necessária para o reboque
sob vento pode ser oriunda de: Para vento frontal:

- Vento lateral, considerado como Fv = 0,46 * V2 * B


tendo ângulo de incidência inferior
a trinta graus em relação a normal; 103. Para reboque de mais que uma
embarcação pela popa as áreas A e B serão a
- Vento longitudinal de popa ou de soma das áreas individuais de cada uma das
proa; embarcações, desde que a distância da 2ª
embarcação para trás seja pelo menos 1/3 da
- Ventos na bochecha ou aleta do distância entre o rebocador e a 1ª embarcação.
navio.
104. Para comboios compactos, em que não
102. A fórmula para cálculo da ação do há espaçamento entre os rebocados, o cálculo
vento é como segue: deve levar em consideração o fator de
“máscara” (ou “sombra”) entre as embarcações.

Fv = (Cx/2)**V2*(A sen2 + B cos2) /[cos (


- )] 200. Influência da corrente

onde: 201. As fórmulas aqui apresentadas (itens.202


e.203) referem-se a reboques a baixa
V = V v + Vr velocidade, normalmente em portos ou canais.

Fv= força do vento em N Para reboques oceânicos ou em rios, deve-se


V = velocidade total em m/s adicionar a velocidade da corrente à velocidade
Vv = velocidade do vento em m/s do reboque para cálculo da resistência
Vr = velocidade do reboque em m/s hidrodinâmica.
 = 1,225 kg/ m3
A = área vélica longitudinal do navio em m2 202. Abaixo, a fórmula simplificada para
Bc = área vélica transversal do casco acima da obter a influência da corrente:
LA em m2
Bs = área vélica transversal da superestrutura a) Para águas profundas, folga sob as quilha
em m2 maior que seis vezes o calado:
B = Bs + 0,3* Bc
CX = coeficiente de arrasto dado na tabela Fc = (C/2)**Vc2 *A sen
abaixo
 = incidência do vento em relação à linha de onde:
centro do navio
 = direção do esforço devido ao vento em Fc= força da corrente em N
relação à linha de centro do navio (função de ) Vc = velocidade da corrente em m/s
 = 1,025 kg/ m3
Coeficiente Cx: A = projeção da superfície de carena
Ângulo Cx perpendicular à direção da corrente em m2
0 -0,70 C = coeficiente que pode ser considerado 0.6
45 -0,55  = incidência da corrente em relação à linha de
centro do navio
90 0
135 0,75
Fc = 0,3075*Vc2 *A sen
180 0,70
a) Para águas rasas:

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Fcr = K * Fc d = calado (m)

onde: 303. Força de deriva média para um navio


devido a ondas de proa ou de popa:
Fc = força da corrente calculada no item a)
acima
K = coeficiente como abaixo: Fo = 0,13 * Cd * B2 * L * Hs2

Profundidade sob a quilha K onde:


1,5 x calado 2,75
20% do calado 3,75 Fo = força de deriva média devido a onda de
10% do calado 4,65 pora ou popa (N)
Cd = coeficiente médio de deriva (N/m5)
B = boca do navio (m)
203. Para reboque de várias embarcações
L = comprimento do navio na linha d´ água
simultaneamente, considerar a área A como a
(assumir o comprimento entre pp)
soma ds áreas A das diversas embarcações.
Hs = altura da onda (m)
204. A fórmula indicada na referência
Os valores do coeficiente são dados pela tabela
“Ancres et Lignes d´Ancrage” referente a
abaixo, onde:
corrente é como segue:
Ts = período da onda (s)
Fc = 0,5**Vc2 * (0,003*Sm + 1,2 Sp)
Th = 0,6 L
onde:
Sm = superfície molhada
Th 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 9,0 10,0
Sp = superfície perpendicular à direção da
Ts Valores de Cd
corrente
6 0,73 0,52 0,35 0,21 0,15 0,08 0,05
300. Influência das ondas 7 0,62 0,50 0,39 0,31 0,26 0,15 0,08
8 0,38 0,32 0,29 0,26 0,21 0,15 0,10
301. Os cálculos do presente item E1.500 9 0,22 0,21 0,20 0,19 0,18 0,12 0,10
referem-se a força de deriva da onda, que 10 0,15 0,14 0,14 0,13 0,13 0,10 0,09
conduz a uma tensão média comparável à força 11 0,11 0,11 0,11 0,11 0,10 0,09 0,08
desenvolvida por uma corrente marítima.
304. Para regiões de águas abrigadas sujeitas
302. Força de deriva média para um navio a ventos, onde o comprimento de onda é menor
devido a ondas transversais: que o comprimento do navio, temos a fórmula:

Fo = Cd * B2 * L * Hs2 Fo 112 * L * Hs2 kgf

onde: 400. Resistência hidrodinâmica ao


reboque
Fo = força de deriva média devido a onda de
través (N) 401. Às condições do rebocador e “bollard
Cd = coeficiente médio de deriva (N/m5) pull” esperado para início do reboque, bem
B = boca do navio (m) como as condições ambientais dadas nos itens
L = comprimento do navio na linha d´ água E1.200 a E1.500 acima, deve-se acrescentar a
(assumir o comprimento entre pp) resistência a propulsão na velocidade de
Hs = altura da onda (m) reboque escolhida, ou inversamente determinar
a velocidade de reboque de um dado conjunto.
Os valores do coeficiente são dados pela tabela
abaixo, onde: 402. Fórmula empírica para estimar a
resistência à propulsão:
Ts = período da onda (s)
Rh = 13,5 *  * V2/L
Th = 1,16 B + 2*d
onde:
onde:
Rh = tração estática necessária em tf
B = boca do navio (m)  = Deslocamento em t

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L = comprimento em metros
V = velocidade do reboque em nós (*)

(*) Nota: caso o efeito de corrente não tenha


sido considerado em separado, somar ou
diminuir a componente da velocidade de
corrente à velocidade de reboque, conforme seja
a favor ou contra.

403. A resistência total ao reboque será o


resultado da soma dos diversos fatores
aplicáveis, apresentados neste Anexo I.

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ANEXO II – BARCAÇAS DO RIO


TÂMISA: DADOS APLICÁVEIS A
EMBARCAÇÕES SEMELHANTES
Referência [1]

101. Dados para resistência à propulsão de


chatas no Rio Tâmisa:

a) Para uma única chata:

EHPs = c**Vs3 / 1000

onde:

EHPs = EHP necessário para rebocar uma


barcaça, em tf
Vs = velocidade da chata ou comboio em nós
 = deslocamento de uma barcaça em t
c = coeficiente tirado da tabela abaixo
L = comprimento em metros

Vs /  3,3*L c
0,20 0,79
0,25 0,76
0,30 0,70
0,35 0,66
0,40 0,66
0,45 0,68
0,50 0,72
0,55 0,75
0,60 0,77
0,65 0,81
0,70 0,87

b) Para um conjunto de chatas rebocadas pela


popa:

EHP = EHPs * N * (1+x),

onde:

EHP = tração estática necessária para rebocar o


comboio em tf
EHPs = tração estática necessária para rebocar
uma barcaça, em tf
N = quantidade de barcaças
X = fator de interferência dado na tabela abaixo:

No. de barcaças X
2 0,3
4 0,7
6 0,8

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