Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Ficha Formativa
Nome: ___________________________________________________________ N.º: _____ Turma: ________
Barreiras naturais
Geralmente a pele evita a invasão de muitos micro-organismos, a menos que esteja
fisicamente danificada devido, por exemplo, a uma lesão, à picada de um inseto ou a uma
queimadura. Contudo, existem exceções, como a infeção pelo papiloma vírus humano, que provoca
as verrugas.
Outras barreiras naturais eficazes são as membranas mucosas, como os revestimentos das
vias respiratórias e do intestino. Geralmente estas membranas estão cobertas de secreções que
combatem os micro-organismos. Por exemplo, as mucosas dos olhos estão banhadas em lágrimas,
que contêm uma enzima chamado lisozima. Este ataca as bactérias e ajuda a proteger os olhos das
infeções.
O tubo gastrointestinal dispõe de uma série de barreiras eficazes, que incluem o ácido do
estômago e a atividade antibacteriana das enzimas pancreáticos, da bílis e das secreções intestinais.
As contrações do intestino (peristaltismo) e o desprendimento normal das células que o revestem
ajudam a eliminar os microrganismos prejudiciais.
As pessoas com mecanismos de defesa debilitados estão mais vulneráveis a certas infeções.
Por exemplo, aqueles indivíduos cujo estômago não segrega ácido são particularmente vulneráveis à
tuberculose e à infeção causada pela bactéria Salmonella. O equilíbrio entre os diferentes tipos de
micro-organismos na flora intestinal residente também é importante para manter as defesas do
organismo. Por vezes, um antibiótico tomado para uma infeção localizada em qualquer outra parte
do corpo pode quebrar o equilíbrio entre a flora residente, permitindo assim que aumente o número
de microrganismos que causam doenças.
A primeira variedade de glóbulos brancos que entra em cena são os neutrófilos, que começam
a ingerir os micro-organismos invasores e tentam conter a infeção num espaço reduzido. Se a
infeção continuar, os monócitos, outra classe de glóbulos brancos com uma capacidade ainda maior
para ingerir micro-organismos, chegarão em quantidades cada vez maiores.
Todavia, estes mecanismos não específicos de defesa podem ser ultrapassados por uma grande
quantidade de micro-organismos invasores, ou por outros fatores que reduzam as defesas do corpo
humano, como os contaminantes do ar (incluindo o fumo do tabaco).
Febre
A febre, definida como uma elevação da temperatura corporal superior aos 37,7ºC (medidos
com o termómetro na boca), é, na realidade, uma resposta de proteção perante a infeção e a lesão.
A elevada temperatura corporal estimula os mecanismos de defesa do organismo ao mesmo tempo
que causa um mal-estar relativamente pequeno ao indivíduo.
Normalmente, a temperatura corporal sobe e baixa todos os dias. O ponto mais baixo é
atingido às 6 horas da manhã e o mais alto entre as 4 e as 6 horas da tarde. Embora seja habitual
dizer-se que a temperatura normal do corpo é de 37ºC, o mínimo normal às 6 horas da manhã é de
37,1ºC e o máximo normal às 4 horas da tarde será de 37,7ºC.
A febre pode seguir um curso em que a temperatura atinge um máximo diário e depois volta
ao seu nível normal. Por outro lado, a febre pode ser remitente, isto é, a temperatura varia mas
nunca volta ao normal. Certas pessoas, como os alcoólicos, tanto os de idade avançada como os
mais jovens, podem ter uma baixa da temperatura como resposta a uma infeção grave.
As substâncias causadoras de febre recebem o nome de piréticos. Elas podem vir do interior
ou do exterior do organismo.
Contudo, a infeção não é a única causa de febre; ela pode também ser consequência de uma
inflamação, um cancro ou uma reação alérgica.
Uma pessoa que tenha bebido água contaminada (ou que tenha comido gelo feito com água
infetada) pode desenvolver uma febre tifoide. Quem trabalha numa fábrica de enlatados de carne
pode ter uma brucelose.
Depois de fazer este tipo de perguntas, o médico executa um exame físico completo para
procurar a origem da infeção ou encontrar evidência de alguma afeção. Conforme a intensidade da
febre e as condições do paciente, assim a consulta pode ser realizada no consultório do médico ou
então no hospital.
As análises de sangue podem ser utilizadas para detetar a presença de anticorpos contra um
micro-organismo, para o fazer crescer num meio de cultura e para determinar o número de glóbulos
brancos. Pode observar-se um aumento nos valores de um anticorpo específico e isso pode ajudar a
identificar o micro-organismo invasor. O aumento na quantidade de glóbulos brancos costuma
indiciar infeção. A fórmula leucocitária (a proporção entre os diversos tipos de glóbulos brancos)
proporciona mais pistas. Um aumento dos neutrófilos, por exemplo, sugere uma infeção aguda por
bactérias. Um aumento dos eosinófilos sugere uma infestação parasitária, por exemplo, por cestodes
ou por nematodes.
Para realizar este exame, o paciente recebe uma injeção de glóbulos brancos que contêm um
marcador radioativo. Como os glóbulos brancos são atraídos para as zonas infetadas e, neste caso,
eles possuem um marcador radioativo, o exame pode detetar uma zona de infeção. Se os resultados
deste exame forem negativos, o médico pode precisar de colher uma amostra de fígado (biopsia), da
medula óssea ou de outra área da qual suspeite. A amostra é posteriormente examinada ao
microscópio.
Tratamento da febre
Dados os potenciais efeitos benéficos da febre, discute-se se ela deve ser tratada de forma
rotineira. De qualquer modo, uma criança que tenha tido uma convulsão como resultado da febre
(ataque febril) deve receber tratamento. Do mesmo modo, um adulto com um problema cardíaco ou
pulmonar deve recebê-lo, porque a febre pode aumentar a necessidade de oxigénio. Estas
necessidades aumentam cerca de 7 % por cada 0,17ºC de aumento da temperatura corporal a partir
dos 37ºC. A febre também pode provocar alterações na função cerebral.
Lesão do hipotálamo (parte do cérebro que controla a temperatura), por exemplo em virtude de
um traumatismo ou um tumor cerebral.