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Índice

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 1
1.1. Objectivos ..................................................................................................................................... 1
2. RISCOS ESPECÍFICOS E SUA PREVENÇÃO NO SECTOR CORRESPONDENTE À
ACTIVIDADE DO CURSO ......................................................................................................................... 2
2.1. Condições de Trabalho e Riscos Específicos ................................................................................ 2
2.2. Factores de Risco .......................................................................................................................... 3
2.3. O trabalhador: Pedreiro em geral .................................................................................................. 3
2.4. Riscos específicos principais ........................................................................................................ 4
2.4.1. Quedas de pessoas a diferentes níveis................................................................................... 4
2.4.2. Queda de objectos por desmoronamento ou derrubamento .................................................. 5
2.4.3. Quedas de objectos em manuseamento ................................................................................. 6
2.4.4. Choques elétricos .................................................................................................................. 7
2.4.5. Exposição a agentes físicos ................................................................................................... 8
2.5. Outros Riscos e Medidas Preventivas ........................................................................................... 9
2.6. Principais Falhas de Segurança Cometidas na Construção Civil ................................................ 12
2.6.1. Falta de atenção................................................................................................................... 12
2.6.2. Queda de materiais .............................................................................................................. 12
2.6.3. Falhas de sinalização ........................................................................................................... 13
2.6.4. Falta de utilização dos EPIs ................................................................................................ 13
2.6.5. Passagem obstruída em andaimes ....................................................................................... 13
2.7. Cultura de prevenção: Uma necessidade social e moral ............................................................. 13
3. CONCLUSÃO .................................................................................................................................... 15
4. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................ 16
1. INTRODUÇÃO
É necessário perceber que nos dias que hoje vivemos emergem, de modo crescente e acelerado,
alterações e mudanças profundas nos modos de produzir, consumir e viver. Estas mudanças e
transformações têm uma forte visibilidade no mundo do trabalho. A globalização económica,
associada à introdução de novas tecnologias e de novas formas de produção e de trabalho,
representa implicações sobre a mão-de-obra e sobre as relações sociais de produção. Partindo da
relação globalização, trabalho, saúde e segurança, que tem vindo a ganhar uma nova dinâmica
nas últimas décadas, procuro saber quais os desafios que todas estas mudanças no mundo do
trabalho colocam às políticas de prevenção dos riscos profissionais. O sector da construção civil
tem todo um conjunto de características muito específicas, que o distinguem de todos os outros
sectores de actividade, sendo os seus riscos objectivos e bastante elevados, e que o transformam
num dos sectores de actividade de maior risco de ocorrência de acidentes de trabalho. É de
estrema importância e responsabilidade que os riscos sejam evitados ou prevenidos de modo a
garantir a segurança dos trabalhadores na construção civil.

1.1. Objectivos
a) Geral:
 Saber as condições de trabalho e riscos específicos ligados a área de construção civil, e
sua prevenção.
b) Específicos:
 Conhecer os riscos associados da diferença de nível, quede de objectos e materiais,
exposição a agentes físicos durante o processo de construção.
 Identificar as principais falhas de segurança no sector de construção civil e como evitar as
falhas.

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2. RISCOS ESPECÍFICOS E SUA PREVENÇÃO NO SECTOR CORRESPONDENTE À
ACTIVIDADE DO CURSO
2.1. Condições de Trabalho e Riscos Específicos

As profundas mudanças observadas na organização dos processos de trabalho, visando o


aumento da produtividade e redução os custos – que em muito contribuiu para a
transnacionalização das relações económicas e sociais, geralmente não vêm acompanhadas de
melhorias das condições de trabalho. Pode-se assim dizer que as alterações na organização do
trabalho e, consequentemente, as mudanças ocorridas ao nível da organização da estrutura
empresarial aumentam os riscos para os trabalhadores. Com efeito, a percepção das
incapacidades e limitações para terminar uma tarefa dentro de determinado prazo gera um
ambiente de stress e conduz a um fraco desempenho profissional, aumentando as probabilidades
de erro e consequentemente de ocorrência de acidentes. (LIMA, 2010)

De acordo com dados da Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de
Trabalho (2000 e 2001), 1 em cada 3 trabalhadores europeus queixa-se de dores dorsais
relacionadas com o trabalho e mais de metade da população activa passa pelo menos ¼ do seu
dia de trabalho na realização de actividades a altas velocidades com prazos curtos e muito
rígidos. Problemas, estes, relacionados com o que se pode designar de novos riscos emergentes
pela globalização, modernização e introdução de novas tecnologias. Estes riscos constituem, ou
deveriam constituir, um desafio ao desenvolvimento de novas estratégias preventivas e à criação
de boas condições de trabalho, pois parece existir uma simultaneidade entre as mudanças
ocorridas na organização do trabalho e as preocupações com as condições de vida no trabalho.

É do conhecimento geral que o sector da Construção Civil assume uma elevada importância
económica, tanto pelo peso bastante expressivo ao nível do produto como ao nível do emprego.
Este sector tem características e especificidades muito próprias que o demarcam dos restantes
sectores de actividade. Essas especificidades têm a ver não só com aspectos técnicos inerentes à
actividade, mas também com aspectos sociais e tradições muito fortes. Somente a título de
exemplo, é de salientar que este sector se caracteriza por uma forte deslocação/movimentação de
mão-de-obra; diversidade de actividades e profissões; o local de trabalho está sujeito a constantes
alterações; é constituído na sua maioria por pequenas empresas, muitas vezes em situações

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ilegais; com mão-de-obra pouco qualificada, imigrante, muitas vezes sem contrato de trabalho e
em situação ilegal (BAGANHA e CAVALEIRO, 2002).

Um outro aspectos relevante é o facto de este sector possuir o mais antigo dos sistemas de
formação, que se traduz na transmissão de saberes e técnicas baseada numa relação pedagógica
personalizada e autoritária de mestre para aprendiz.

Perante todas estas situações resulta um numeroso conjunto de riscos objectivos e bastante
elevados, que transformam este sector num dos sectores de actividade com maiores
probabilidades de ocorrência de acidentes de trabalho, associados à forte precariedade,
rotatividade e prática de subcontratação. (LIMA, 2010)

2.2. Factores de Risco

Segundo o Sáez (2009) define os “factores de risco” como aquelas situações do trabalho que
podem afectar de forma negativa a saúde dos trabalhadores.

Falta de ordem e limpeza, Uso de produtos Más condições de trabalho,


mau estado das máquinas, perigosos, exposição ritmo de trabalho acelerado,
Factores de
falta de protecção colectiva, ao ruído e às falta de comunicação, estilo
Risco não utilização de EPI´s e vibrações, exposição de comando e alta de
realização de actos a poluentes e não estabilidade no trabalho.
inseguros. utilização de EPI´s.
Doença profissional, fadiga,
Consequências Acidente De Trabalho Doença Profissional Insatisfação, Desinteresse
Técnica Segurança Higiene Industrial Ergonomia Psicossociologia
Preventiva

2.3. O trabalhador: Pedreiro em geral

É o responsável da execução na obra dos trabalhos de piquetagem, demolição de pavimentos,


nivelamento e formação de planos inclinados, colocação de entivações, execução de caixas de
registo, poços, drenagens, registos e muros, ligações a colectores, cortes e junções de tubos,
montagens de tubos e pré-fabricados em redes de esgotos, colocação de bocas de registo,
cobertura, protecção e impermeabilização de tubagens, colocação na obra de argamassas e
betões, e finalmente, vibração e compactação do terreno. (SÁEZ, 2009)

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As máquinas, equipamentos, meios auxiliares e ferramentas mais comuns utilizados nesta
actividade são: retroescavadora, camião grua, camião betoneira, compactador manual, radial,
painéis de entivação, chapas para cofragens, plataformas e todo o tipo de acessórios para a
elevação e colocação de materiais, e ferramentas manuais.

Os equipamentos de trabalho em altura, normalmente, são as escadas de mão para aceder ao


fundo da escavação. Os produtos e materiais utilizados vão desde os betões, argamassas e tubos
de betão, até às bocas de registo, anéis de união e peças pré-fabricadas.

O trabalhador dedicado a esta actividade deve dispor da formação específica necessária para a
realização destes trabalhos, e da informação dos riscos derivados do trabalho e da envolvente,
bem como do Certificado Profissional da ocupação e da formação e da autorização para a
utilização de determinadas máquinas e equipamentos, antes do início da actividade. (SÁEZ,
2009)

2.4. Riscos específicos principais

Segundo Sáez (2009) define como os riscos específicos principais os seguintes:

 Quedas de pessoas a diferentes níveis;


 Queda de objectos por desmoronamento ou derrubamento;
 Quedas de objectos em manuseamento;
 Contactos eléctricos;
 Exposição a agentes físicos.
2.4.1. Quedas de pessoas a diferentes níveis

São as quedas de altura que pode sofrer o trabalhador através de buracos horizontais e verticais
dos elementos estruturais e a partir dos meios auxiliares ou zonas de trabalho situados a um nível
diferente em relação ao solo. (SÁEZ, 2009)

Construção de edifícios como também a demolição deles, demandam atividades em altura na


construção civil e esta é responsável por um grande número de fatalidades e acidentes. O uso dos
andaimes é frequente e existem precauções que devem ser tomadas ao usar este tipo de
equipamento, além do treinamento específico de trabalhos em altura (INBEP, 2016)

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a) Esses riscos podem ocorrer nos seguintes casos:
 Na betonagem de estacas e despontamento de cabeças dos mesmos;
 Na montagem e desmontagem de andaimes fixos e móveis;
 Nos acessos à plataforma de trabalho e na realização de trabalhos sobre a mesma.
b) Causas:
 Por ausência ou deficiências nas protecções perimetrais das plataformas de trabalho;
 Por falta de protecção horizontal em espaços interiores e exteriores;
 Por utilização de acessos inseguros e sem protecção.
c) Podem se evitar com seguintes métodos:
 Através da protecção perimetral das plataformas de trabalho trepadoras ou fixas;
 Através da protecção horizontal à base de redes e tabuleiros nos espaços interiores dos
pilares e andaime trepador;
 Com protecção vertical à base de corrimões nos buracos exteriores dos pilares e da
plataforma dos andaimes;
 Seguindo sempre as instruções do Fabricante na montagem, desmontagem e utilização do
andaime;
 Instalando acessos seguros e protegidos ao posto de trabalho.
d) Método de proteção:
 Utilizando arnês de segurança anti-queda ancorado a um ponto fixo e resistente em todas
aquelas operações nas quais a protecção colectiva não seja eficaz ou suficiente.
2.4.2. Queda de objectos por desmoronamento ou derrubamento

Incluem os derrubamentos e abatimentos das paredes dos taludes das valas e esvaziamentos, bem
como o abatimento de materiais e tubos armazenados no bordo dos mesmos. Sáez (2009)

a) Esses riscos podem ocorrer nos seguintes casos:


 Nos trabalhos de escavação de valas, nivelamento de encostas, piquetagem e colocação
de tubos;
 Nos trabalhos de fundação e formação de muros sob rasante.
b) Causas:
 Para não descompensar a acção das cargas estáticas exercidas sobre o terreno, derivadas
do armazenamento de materiais, através de talude natural, apoio ou escoramento;

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 Pela acção das cargas dinâmicas e sobrecargas derivadas do tráfego de veículos e
maquinaria;
 Pela falta de apoio, escoramento ou entivação.
c) Podem se evitar com seguintes métodos:
 Protegendo as paredes dos taludes da escavação através de entivação, apoio ou formação
de talude natural;
 Proibindo e impedindo a passagem de veículos e maquinaria nas proximidades do talude,
através de sinalização e barreiras;
 Realizando o aprovisionamento de terras, materiais e tubos a uma distância das beiras do
talude em conformidade com as características físicas e mecânicas do terreno;
 Instalando batentes de segurança a uma distância prudente dos bordos das paredes dos
taludes.
d) Métodos de proteção:
 Recusando-se a permanecer no interior de uma vala ou perto de um esvaziamento sem as
devidas garantias de consistência e estabilidade das paredes dos taludes disponibilizadas
pela Empresa e a Direcção da obra;
 Utilizando capacete protector da cabeça e calçado de segurança.
2.4.3. Quedas de objectos em manuseamento

Segundo Sáez (2009) são as quedas de objectos, materiais, tubos e pré-fabricados durante os
trabalhos de elevação, transporte e colocação, sobre o trabalhador que os manuseia manual ou
mecanicamente.

Esta é uma situação que se deve sempre ter muita atenção, no ambiente da construção civil há
uma grande movimentação de objetos e materiais, portanto fica muito mais fácil acontecer
quedas e deslizes de materiais que podem vir a atingir o trabalhador. É importante que neste caso
o colaborador use os EPI’s para sua segurança e que todos estejam atentos na hora do manuseio
dos materiais. As cargas de materiais também entram neste tópico, os trabalhadores devem
assegurar que nenhum objeto caia do veículo de transporte. (INBEP, 2016)

a) Esses riscos podem ocorrer nos seguintes casos:


 No transporte, elevação e colocação de tubos, anéis de junção e acessórios;
 Na colocação de elementos pré-fabricados de caixas e bocas de registo;

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 Na movimentação de materiais nas zonas de aprovisionamento.

b) Causas:
 Pela deficiente palatização, fixação e atadura dos elementos a transportar;
 Por rotura dos elementos e acessórios de elevação e mau estado de cabos e lingas;
 Por falta de formação e coordenação entre o operador da máquina e o trabalhador.
c) Podem se evitar com seguintes métodos:
 Através da utilização de acessórios de elevação certificados e normalizados de acordo
com as cargas a suportar;
 Através do planeamento e coordenação correctos dos trabalhos;
 A través da utilização da máquina por pessoal qualificado, que tenha recebido uma
formação a este respeito pela empresa de acordo com o Manual de Instruções do
Fabricante;
 Através de formação, informação e especialização do pessoal no manuseamento de
cargas e materiais.
d) Métodos de proteção:
 Utilizando capacete protector da cabeça, botas de segurança e luvas contra agressões
mecânicas;
 Evitando a permanência debaixo de cargas em suspensão.
2.4.4. Choques elétricos

Os choques elétricos podem ser provenientes de fios de eletricidade expostos ou da proximidade


dos ambientes onde há grande circulação de trabalhadores, para prevenção deste acidente, é
necessário que o ambiente elétrico esteja devidamente protegido e que os trabalhadores estejam
equipados e conscientes das medidas de segurança. (SÁEZ, 2009)

a) Esses riscos podem ocorrer nos seguintes casos:


 Na elaboração de betões e argamassas através de betoneira alimentada electricamente;
 Na utilização de maquinaria e ferramentas portáteis eléctricas;
 No manuseamento de quadros eléctricos, grupos electrogéneos e instalações provisórias
eléctricas.

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b) Causas:
 Pelo manuseamento descontrolado de quadros eléctricos e instalações;
 Por não proteger a instalação contra contactos eléctricos directos e indirectos em
conformidade com o Normativo.
c) Podem se evitar com seguintes métodos:
 Dispondo de condutores isolados e estanques, tanto para instalações exteriores como para
ligações e tomadas de corrente, com o grau de protecção correspondente;
 Utilizando um grupo electrogéneo normalizado e certificado ou efectuando uma ligação à
terra do grupo e do quadro auxiliar, munido de interruptores diferenciais de força e
iluminação;
 Proibindo o manuseamento dos quadros eléctricos da obra a todo o pessoal não
autorizado.
d) Métodos de protecção:
 Utilizando os elementos de protecção dieléctricos de acordo com o risco: luvas
dielétricas, capacete, calçado, óculos, etc;
 Evitando o manuseamento de quadros eléctricos e maquinaria;
 Respeitando as normas e proibições.
2.4.5. Exposição a agentes físicos

São os riscos derivados do manuseamento de máquinas e ferramentas, que durante o seu


funcionamento transmitem vibrações ao trabalhador, produzindo-lhe lesões osteomusculares,
neurológicas ou vasculares de forma local ou global. (SÁEZ, 2009)

a) Esses riscos podem ocorrer nos seguintes casos:


 Na utilização de martelos perfuradores e ferramentas portáteis;
 Na condução de determinadas máquinas e veículos.
b) Causas:
 Pelo efeito dinâmico das folgas entre as peças de fricção e desequilíbrio dos elementos
giratórios;
 Por falta de manutenção adequada ou utilização de maquinaria obsoleta carente de
assento anti vibratório;

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 Porque a máquina ou a ferramenta carecem do design ergonómico adequado e não estão
normalizadas.
c) Podem se evitar com seguintes métodos:
 Substituindo a maquinaria e as ferramentas antigas por outras certificadas e com um
design ergonómico apropriado;
 Através da colocação de elementos isoladores entre a fonte das vibrações e a estrutura, de
forma a absorverem e amortecerem as vibrações mecânicas e sonoras;
 Avaliando o posto de trabalho e corrigindo atitudes relativas a métodos e posturas
contrárias aos princípios da Ergonomia;
 Através da formação e informação ergonómica adequadas do posto de trabalho.
d) Métodos de Protecção:
 Fazendo pausas no trabalho e utilizando uma cinta de protecção abdominal;
 Utilizando protectores auditivos das vibrações sonora.

2.5. Outros Riscos e Medidas Preventivas

Segundo Sáez (2009) os outros riscos e medidas preventivas são apresentados na tabela seguinte:

RISCOS MEDIDAS PREVENTIVAS


 Mantenha as zonas de passagem e de
trabalho isentas de obstáculos e de
Quedas de Pessoas ao mesmo nível materiais.
 Utilize uma plataforma de trabalho
transversal aos poços e valas para a
aplicação e vibração do betão.
 Evite a entrada no interior da vala se
não dispuser da autorização
correspondente do Chefe da Obra, que
antes disso deverá verificar a
estabilidade das paredes do talude.
 Controle o estado dos elementos e
Quedas de objectos desprendidos

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acessórios de elevação e verifique as
lingas das cargas, antes de proceder à
elevação das mesmas.
 Nunca entre dentro de uma vala cujas
terras tenham sido armazenadas nos
bordos da mesma.
 Elimine pontas e materiais salientes e
instale plataformas de distribuição e
Pisadas sobre objectos de passagem sobre as armações.
 Utilize calçado de segurança no
manuseamento de materiais.
 Proteja os ferros das armações
Choques e pancadas contra objectos verticais e horizontais, tanto individual
imóveis como colectivamente, através de
carcaças ou barreiras protectoras.
 Utilize capacete de protecção da
cabeça, luvas e calçado de segurança
com biqueira metálica.
 Mantenha-se longe do raio da acção
Choques e pancadas contra objectos das máquinas de braço móvel e do
móveis percurso das cargas.
 Verifique que todas as máquinas
estejam munidas com as protecções e
Choques e pancadas contra objectos e carcaças necessárias.
ferramentas  Utilize as ferramentas adequadas ao
tipo de operação e mantenha-as em
bom estado de utilização
 Mantenha a envolvente dos postos de
trabalho livre de escombros, brita e
saibro, para evitar projecções

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Projecção de fragmentos e partículas provocadas pelos veículos e máquinas
em circulação.
 Exija o corte ou desvio do tráfego e
utilize os EPIs necessários.
 Mantenha as protecções das partes
móveis das máquinas e respeite as
Entalamento por ou entre objectos instruções do Fabricante.
 Nunca bloqueie os dispositivos de
segurança das máquinas roscadoras e
utilize o vestuário de protecção.
 Não manuseie materiais que excedam
a sua capacidade física sem antes
Sobre esforços pedir ajuda a outras pessoas ou utilize
meios mecânicos
 Respeite as indicações e instruções do
maquinista e a sinalização óptica e
acústica da máquina.
Entalamento por capotamento da máquina  Coloque batentes de segurança a uma
distância prudente da beira do talude e
vigie a utilização dos estabilizadores
da máquina por parte do maquinista.
 Utilize os equipamentos de protecção
individual (luvas e botas de neopreno,
etc.) para evitar o contacto com betões
e argamassas, assim como no
Contacto com substâncias cáusticas ou manuseamento de substâncias
corrosivas cáusticas e corrosivas.
 Siga sempre as instruções do
Fabricante e as normas de segurança
especificadas na Etiquetagem de cada

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produto a utilizar.
 Controle o arejamento, renovação de
ar e extracção de fumos e gases
quando trabalhar em lugares fechados,
Exposição a agentes químicos utilize os equipamentos de protecção
individual e extreme as medidas de
higiene pessoal.
 Utilize o vestuário de protecção
Exposição a agentes biológicos pessoal e extreme as medidas de
higiene pessoal na presença de águas
negras e residuais.
 Mantenha a distância de segurança à
Atropelamentos ou choques com veículos máquina e situe-se dentro do campo
de visibilidade do maquinista

2.6. Principais Falhas de Segurança Cometidas na Construção Civil


2.6.1. Falta de atenção

O ambiente da obra exige muito cuidado e atenção durante a execução das tarefas diárias, que
envolvem o manuseio das ferramentas, dos maquinários e locomoção dentro de um local
recheado de riscos. Imprudência, negligência ou imperícia estão relacionados diretamente com
os acidentes na construção civil.

Para evitar esse tipo de problema é essencial que os momentos de diversão, lazer e descontração
sejam reservados para o horário de almoço ou após o expediente. Além disso, é preciso que os
profissionais tenham o treinamento e capacitação adequados para entender a importância da
realização correta desse tipo de trabalho, de forma a evitar os acidentes ocupacionais. (TUIUTI,
2017).

2.6.2. Queda de materiais

Outra falha bastante comum na construção civil é a queda de materiais, que podem causar
acidentes fatais. Para evitar que isso aconteça, é essencial manter a obra sempre organizada e

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que o local seja sempre supervisionado por um profissional responsável por instruir a todos e
manter o local de trabalho sempre limpo e organizado. (TUIUTI, 2017)

2.6.3. Falhas de sinalização

As falhas de sinalização para a presença de objetos, substâncias e situações que possam colocar o
trabalhador em perigo também contribuem significativamente para a ocorrência de acidentes nos
canteiros de obras. Por isso, é essencial que placas com os riscos de cada área sejam devidamente
instaladas na construção, bem como fitas zebradas, cones, entre outros tipos de sinalização de
segurança. (Ibidem)

2.6.4. Falta de utilização dos EPIs

Por lei, os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) devem ser fornecidos pelos
empregadores. Entretanto, muitos profissionais não utilizam ou utilizam de forma incorreta esses
equipamentos, aumentando ainda mais os riscos e as consequências dos acidentes na construção
civil. Para corrigir esse problema, é fundamental que todos os trabalhadores sejam orientados a
utilizar corretamente os sapatos de segurança, capacetes, luvas, óculos de proteção e protetor
auricular. (Ibidem)

2.6.5. Passagem obstruída em andaimes

Os andaimes montados nas obras são utilizados para a passagem e circulação dos trabalhadores.
Desta forma, é essencial que não haja nenhum objeto, ferramenta ou equipamento obstruindo
essa circulação, pois por um descuido isso pode se transformar em um grave acidente.

Para evitar esse tipo de falha, é muito importante deixar os andaimes livres, de forma que não
haja obstrução da circulação dos trabalhadores. Eles devem ainda estar sempre muito bem
fixados e seguindo o limite de carga estipulado pela norma. (Ibidem)

2.7. Cultura de prevenção: Uma necessidade social e moral

A Prevenção não pode limitar-se a uma abordagem meramente pontual e casuística. Terá que ter
em conta todos os condicionantes da concepção e organização da produção e do trabalho, das
técnicas e tecnologias, a envolvente institucional, administrativa, económica, social e política.
Ou seja, uma abordagem integrada que tenha em conta todos os aspectos relacionados com o

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trabalho, e não acreditar que os acidentes de trabalho se ficam a dever ao acaso, ou que são fruto
da fatalidade, pois tal concepção implica aceitar que é impossível preveni-los.

Terá que haver uma consciencialização para o facto de um ambiente e organização de trabalho
sãos e seguros constituírem factores de desempenho para a economia e as empresas, uma vez
que, do ponto de vista económico, a falta de qualidade do trabalho se traduz em perdas de
capacidade produtivas, nomeadamente dias de trabalho perdidos devido a acidentes ou
problemas de saúde, e em despesas de indemnizações e compensações. Mas a falta de qualidade
poderá traduzir-se também numa degradação da imagem da empresa em relação ao mundo
exterior. (LIMA, 2010)

Especificamente, no que diz respeito ao sector de actividade de construção civil, uma nova
abordagem da Prevenção dos Riscos Profissionais pressupõe a implementação de um sistema
integrado de actuação, desde a fase de projecto, sustentado no planeamento e na avaliação dos
riscos, conjugado com o desenvolvimento de medidas preventivas e de correcção, bem como
acções de informação, formação e consulta dos trabalhadores. É certo que imperam ainda
algumas dificuldades, havendo uma necessidade de encontrar um caminho que leve a índices de
sinistralidade menores. (Ibidem)

A grande dificuldade de fazer implementar os planos de segurança e saúde em obras tem a ver
com o facto da segurança, muitas vezes, ser vista segundo o empreiteiro e o dono-de-obra como
um custo e não como um benefício e uma mais valia económica.

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3. CONCLUSÃO
Sabendo que as principais causas de morte dos trabalhadores na obra civil são os sepultamentos
provocados por abatimentos, derrubamentos e corrimentos de terras, em consequência da falta de
sustentação, apoio ou escoramento, para além dos atropelamentos, colisões e esmagamentos por
máquinas, tráfego de viaturas e de um sem-fim de tombamentos, colisões, choques, quedas de
distintos níveis e eletrocussões que se verificam no desenvolvimento desta actividade, então esse
trabalho visa a mostrar as causas, prevenção, e proteção desses riscos para garantir a segurança
dos trabalhadores no sector de construção civil. E tendo em conta as principais falhas de
segurança é importante que o trabalhador tenha os momentos de diversão, lazer e descontração
reservados para o horário de almoço ou após o expediente, e colocar placas de avisos de perigo
assim reduzindo as falhas que acabam provocando estragos materiais e perda de vida dos
trabalhadores.

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4. BIBLIOGRAFIA
 BAGANHA, Maria I. e CAVALHEIRO, Luís. Uma europeização diferenciada: O sector
da construção civil e obras públicas. Porto, 2002.
 INBEP. 8 Riscos para Saúde e Segurança na Construção Civil. Dezembro, 2016.
http://blog.inbep.com.br/8-riscos-para-saude-e-seguranca-na-construcao-civil/. Acesso
aos 8/11/2018.
 LIMA, Teresa M. Trabalho e Risco no Sector da Construção Civil em Portugal: Desafios
a uma Cultura de Prevenção. Centro de Estudos Sociais. Lisboa, 2010.
 SÁEZ, José M. A. Segurança na Obra Civil: Pedreiro em Geral. 1ª edição em Português.
Março de 2009.
 TUIUTI. Principais Falhas Cometidas na Construção Civil. 2017. https://www.epi-
tuiuti.com.br/blog/conheca-5-principais-falhas-cometidas-na-construcao-civil-e-saiba-
como-evita-las/. Acesso aos 10/11/2018.

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