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RELATÓRIO.
INTRODUÇÃO.
Além do mais elas têm que ter conhecimento sobre várias informações do
futebol, tem que conhecer os códigos próprios do futebol e ter conhecimento
histórico dos fatos que aconteceram no futebol. Diante disso as mulheres
começaram a se organizar em rede de torcedoras para definir que espaço a
mulher teria entre os torcedores. Sendo a masculina agressiva e viril que define
a identidade do que é ser um torcedor. E que isso é algo rigoroso a ponto
deles, por exemplo, tratarem um outro torcedor de time rival como um
adversário, a ponto de não pode sentar ao seu lado.
Elas lutam para ter esse direito de serem conhecidas como torcedoras e se
diferenciarem da masculinidade hegemônica, viril e agressiva. A ação delas é
uma resistência ao modelo de confronto. Elas fazem uma bagunça nesse
ambiente considerado masculino. Elas ensinam para os torcedores e dão uma
lição sobre o que é ser torcedor e cidadão. Além de romper essa fronteira que
separa as torcidas, elas desenvolvem pautas. E uma delas é contra o assédio
no estádio.
Por isso que a luta delas é para implantar a Delegacia da Mulher em todos os
estádios. A partir disso é possível construir uma política que identifique dentro
desse ambiente totalmente masculinizada, bem marcado como agressivo, viril
uma identidade cidadão das mulheres.
O rosto é mais atingido por que marca a mulher e impede ela sair de casa, de
se relacionar por causa da lesão. Além disso, tem danos para saúde
reprodutiva e sexual, infecções sexuais que podem levar ao aborto e a gravidez
indesejada. Existem casos em que o marido não deixa a companheira usar
contraceptivo e camisinha, o que pode gerar gravidez indesejada com risco a
saúde em parto prematuro com fetos de baixo peso ao nascer.
Teve casos em que o marido quebrou o braço da mulher e quase a fez perder
o bebê. A violência acontecia desde quando ele não deixava a mulher
participar do pré-natal e nem mesmo usar camisinha para se prevenir. Nestes
casos a mulher fica em casa e pode adquirir depressão pós-parto, ansiedade e
sofrimento psicológico que pode culminar em uso de medicamento controlado
para dormir, de substâncias psicoativas e até em ação suicida. Se observarmos
o contexto social e histórico o fenômeno da violência no contexto da saúde é
um fenômeno novo. Para superar essa realidade é preciso trabalhar de modo
especial na promoção de uma cultura de paz. Bem como fazer com que os
serviços de saúde cheguem até essas mulheres. Todos devem fazer o agravo
notificado obrigatório. Todo município recebe a notificação da violência. Mas
como a violência é um fenômeno multifocal é preciso que diferentes recursos e
órgãos atuem em rede para enfrenta-lo. Essa rede tem vários setores
envolvidos na sua composição. É uma rede estruturada para atender as
mulheres que vai desde a notificação, proteção jurídica, assistência social e
outros.
A Lei Maria da Penha é como uma política pública para mulher. É nos
relacionamentos afetivos que acontecem os índices mais altos de violência,
que pode chegar aos feminicídio. Esses atos de violência podem acontecer em
qualquer momento, dentro ou fora do relacionamento afetivo. A violência contra
mulher negra aumentou muito nos últimos anos. A lei Maria da Penha é a
terceira melhor lei do mundo na área de combate à violência contra às
mulheres. A lei também abrange as mulheres que vivem com outras mulheres.
Mas ela é só para relacionamentos afetivos.
Mas ela não abrange a área digital, como a violência virtual contra a mulher.
Com relação a crime de internet a Lei Maria da Penha ainda não é atual. A lei
não me dá as medidas rápidas e eficazes para atuar em casos como o caso
Neymar, por exemplo. No caso virtual medidas protetivas da Lei não resolvem
o caso Neymar. E nem a lei Carolina Dieckmann se aplica ao mesmo caso. Em
2018 foi promulgado uma nova lei 13718/2018, que tipifica os crimes de
importunação sexual e de divulgação de cena de estupro, tornar pública
incondicionada a natureza da ação penal dos crimes contra a liberdade sexual
e dos crimes sexuais contra vulnerável. A lei foi feita no apagar das luzes do
governo Temer.
Existe uma página chamada Safer Net, de uma ONG brasileira que denuncia e
ensina a denunciar casos de violência contra mulher. O que está por trás disso
tudo também é o discurso de ódio e incitação ao crime. E o pior que está por
trás dessa coisa dos crimes virtuais, do ódio é a degradação da vítima.
Por que as leis não pegam no Brasil? Quando a gente fala sobre isso, o que é
muito comum acontecer, das leis não pegarem, a gente descobre que a lei
Maria da Penha pegou de fato. As pesquisas apontam que 98% das pessoas
conhecem a Lei Maria da Penha. E a própria Maria da Penha em pessoa é um
marco. Ela sofreu violência durante 23 anos. Mas existem desafios ainda a
serem superados. Muitas mulheres tem medo de comunicar ou falar por
vergonha ou medo. Só 10% das mulheres procuram as delegacias
especializadas. Precisamos estruturar a rede de proteção e apoio as mulheres
vitimas de violência.