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MÃOS E CORAÇÕES LEVANTADOS ATRAEM A GRAÇA DE DEUS


IPCAP – 15/11/2009 – IPMS 25/08/2019
Lm 3.40-42
CONSIDERAÇÕES INICIAIS: Nabucodonosor e seu exército invade Jerusalém pela primeira
vez em 605 a.C para castigar o rei Joaquim que rompeu aliança.Naquela ocasião Daniel e seus
amigos foram levados para Babilônia. Nabucodosor e seu exército invade novamente Jerusalém
em 597 a.C saquearam a cidade e levaram mais gente. O cerco de Jerusalém começou em 15
de janeiro de 588, e em 14 de agosto de 586 a.C a cidade de Jerusalém foi incendiada. Todos
os anos, nessa data, os judeus lembram-se do acontecimento e lêem Lamentações em voz alta
em suas sinagogas. – Ao longo de seus 40 anos de ministério, Jeremias procurou persuadir os
líderes de Judá a voltarem para Deus, a fim de evitar o juízo que viria sobre toda a nação, mas
eles insistiram em romper a aliança com Deus. Quando a Babilônia invadiu Judá e Jeremias
suplicou aos líderes que se entregassem para que o povo, a cidade e o templo fossem
poupados, os judeus o prenderam como traidor. No entanto, as palavras do profeta se
mostraram verdadeiras, e o exército babilônio tomou a cidade e destruí-a juntamente com o
templo.
O primeiro capítulo de Lamentações expressa a dor, a vergonha, o sofrimento e a solidão em
meio ao caos instaurado por Deus, por ter Israel pecado e se tornado nação insolente diante do
Senhor.
No 2º capítulo o profeta anuncia a Soberania divina frente a todos os alarmantes
acontecimentos, sucumbiram o rei, o sacerdote, os príncipes, crianças, adolescentes, jovens e
mulheres – todos se tornaram presas, o templo, as muralhas e fortalezas se transformaram em
ruinas – grande é o escândalo de Jerusalém pela força do Senhor.
No capítulo 3º o povo é convidado a considerar o seu pecado e a ter esperança de perdão!

Lemos um texto em que a nação de Israel está diante de um momento de muita dor, escassez,
dúvidas e perspectivas catastróficas, Deus através de Jeremias chama o povo a usar de
sinceridade para que haja esperança novamente.
Desejo que consideremos seriamente este alerta tão atual para nós todos: Deus prova
nossos procedimentos, nossa sinceridade e julga-nos de acordo com nossos passos.
Porém existe uma saída, uma alternativa que se a enxergarmos não iremos mais tropeçar.

Observemos 3 aspectos no texto que traçam caminhos e alternativas para quem deseja
começar novamente, ter novas expectativas!
O 1º aspecto é que precisamos de:
1. UMA INVESTIGAÇÃO PARA NOSSOS CAMINHOS – 40
Eis um convite a especulação de nossos corações, uma procura em nosso interior, em
nossos verdadeiros sentimentos: Por onde temos andado, por onde e como caminhos?
“Esquadrinhemos os nossos caminhos, provemo-los e voltemos para o Senhor.” Lm 3:40

 precisamos analisar nossos procedimentos – “Esquadrinhemos os


nossos caminhos”
Esquadrinhar – é analisar, buscar, procurar, ir ao encontro, reencontrar o que
já existe.
Nossos caminhos – A nação tinha falhado, se desviado, os príncipes, os
sacerdotes – o passado era condenatório e o presente também, haja vista que
não havia o reconhecimento de tais erros. (havia remorso, tristeza, mas não
arrependimento!)

 o resultado que nos reprova – “provemo-los”


No reencontro – a necessidade de provar, verificar novamente, analisar
friamente – como quando olhamos uma foto antiga, conseguimos perceber detalhes
que antes não nos atraiam, e é este o sentido de “provemo-los”.
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Nossa sentença – é preciso que consigamos com precisão e isenção, avaliar
com muita honestidade e sinceridade o que praticamos, no que concordamos –
posteriormente devemos reconhecer que o resultado nos reprova.
 Qual a única alternativa que nos resta? – “e voltemos para o Senhor”
Ação coerente – como Davi ao ser confrontado por Natã, ele se mostrou
temente, não ao profeta e sim ao Deus do profeta e de Davi. Semelhante a
Pedro ao reencontrar com Jesus – “Senhor tu sabes que eu te amo” –
Único recurso – “voltemos para o Senhor” – “se o meu povo, que se chama
pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus
maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e
sararei a sua terra.” 2 Cr 7.14
Após uma investigação verdadeira e pura precisamos nos arrepender!
O 2º aspecto é que precisamos de:
2. UMA PROVA DA PERFEITA JUSTIÇA DE DEUS - 42
“Nós prevaricamos e fomos rebeldes, e tu não nos perdoaste.” Lm 3.42
Se existe um momento que precisamos ser honestos conosco mesmo, este momento é
na presença de Deus e diante da sua Palavra – Judá estava diante de um momento de
muita dor onde a Babilônia tinha tomado toda a fortaleza, Jerusalém tinha virado
ruínas, a Babilônia tinha destruído tudo, matado muitos e colocado a nação debaixo
dos pés – tudo isso foi pela desobediência, por isso Jeremias convida a:

 confessar nossos erros até então – “Nós prevaricamos e fomos


rebeldes”
Reconhecer os pecados – Não adiantava mais negar, tudo estava ruim, tudo
estava destruído, o momento exigia uma atitude de humildade e realidade
diante de Deus, que era o único que poderia interferir.
Existem situações que apenas Deus pode interferir!
 compreender como podemos errar – PREVARICAR DE VÁRIAS
FORMAS(maus procedimentos):
Conselhos negativos e ruins - 16 Eis que estas, por conselho de Balaão, c
fizeram prevaricar os filhos de Israel contra o Senhor, no caso de Peor, d pelo
que houve a praga entre a congregação do Senhor. Nm 31.16
Desobediência - 1 Prevaricaram os filhos de Israel nas coisas condenadas;
porque Acã, filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zera, da tribo de Judá,
tomou das coisas condenadas. b A ira do Senhor se acendeu contra os
filhos de Israel. Js 7.1
Omissão - 21 Parcialidade não é bom, porque até por um bocado de pão o
homem prevaricará.Pv 28.21 p
Prevaricar é errar contra Deus e ser rebelde é ter consciência e não querer mudança.
Precisamos identificar e evitar toda forma de erros em nossas vidas.
“chame seus pecados pelos nomes que ele tem!” A.W.Tozer.
 reconhecer que a justiça de deus é perfeita – “e tu não nos perdoaste”
Conseqüências – diante da avaliação, sabemos que os frutos colhidos foram
sementes que nós plantamos, atos que realmente praticamos – fomos os
agentes da desgraça.
Deus é justo juiz – “7 que guarda a misericórdia em mil gerações, que
perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocenta o

c c 31.16 Por conselho de Balaão: Outra tradução possível: Quando o caso de Balaão.
d d 31.16 Peor: Nm 25.1-9 (ver 25.1-3, n.); cf. Ap 2.14.
b b 7.1 Coisas condenadas: De acordo com o estabelecido em Dt 13.16-18; 20.16-18.
p p 28.21 Ver Pv 24.23-25, n.
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culpado, e visita a iniqüidade dos pais nos filhos e nos filhos dos filhos, até à
terceira e quarta geração!” Ex 34.7
Evite dizer: Ah meu Deus! Eu não mereço isso!
 clamar pela graça maravilhosa de deus –
Qual a solução? Deus se agrada de um tipo de comportamento, Ele não nos
fere para sempre e eternamente se tivermos esse comportamento: Is 57.15
está escrito:
17
Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado;coração
compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus. Sl 51.17
15
Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem
o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o
contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e
vivificar o coração dos contritos. Is 57.15
João 3.16..........Não importa o que tenhamos feito, deus nos amou de
tal maneira que deu seu filho por nós!
A justiça de Deus é perfeita, mas ele não lança fora o que clama por sua graça!
O 3º e último aspecto para uma nova vida é:
3. UMA ATITUDE NECESSÁRIA DE NOSSOS CORAÇÕES – 41
“Levantemos o coração, juntamente com as mãos, para Deus nos céus, dizendo:”

Esta é uma postura urgente para todos que se aproximam de Deus com o desejo de
expressar amor, gratidão ou reverência por benefícios recebidos ou buscar auxílio para
o seu sofrimento:
 a avaliação de nosso procedimento religioso – “levantemos o coração
juntamente com as mãos”
Os protocolos apenas são dispensáveis – Deus não quer ver somente o nosso
desempenho litúrgico ou religioso.

Naquele tempo de Jeremias, Israel prestava culto a Deus, mas o


procedimento depois era reprovado por Deus.

As mãos ficavam levantadas, e as manifestações na adoração eram


fervorosas, mas apenas fervorosas!
 a necessidade da integralidade na adoração
Integralidade – “De todo o seu coração, de toda a sua força e de toda a tua
alma” –

“Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a
tua alma e de todo o teu entendimento.” Mt 22.37

Apenas as mãos levantadas, palmas, estereótipos religiosos não atraem a


graça de Deus!
Diante de Deus precisamos levantar primeiro nossos corações, antes de
nossas mãos!
CONSIDERAÇÕES FINAIS – Existem momentos em nossas vidas que são verdadeiras
oportunidades, quando estamos vivendo uma fase extremamente ruim ou difícil, pode ter
certeza que estamos diante de uma oportunidade!
Israel vivia esta fase e foi convidado como nação a se voltar para Deus e
reconsiderar seus caminhos, reconhecer seus erros e diante do verdadeiro
arrependimento clamar pela graça de Deus!
Jeremias e Jesus chamaram os líderes ao arrependimento, ambos foram rejeitados naquelas
ocasiões – hoje também somos convidados ao arrependimento.
MÃOS E CORAÇÕES LEVANTADOS PARA DEUS ATRAEM A GRAÇA de Deus!

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