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JURISDIÇÃO E AÇÃO
DIREITOS FUNDAMENTAIS DO TRABALHO
JURISDIÇÃO E AÇÃO
1. Anotações Preliminares..................................................................................................... 2
2. Jurisdição .......................................................................................................................... 2
3. Legislação destacada ....................................................................................................... 6
4. Leituras indicadas ............................................................................................................ 10
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DIREITOS FUNDAMENTAIS DO TRABALHO
1. ANOTAÇÕES PRELIMINARES
Plano de aula:
2. JURISDIÇÃO
Chiovenda
o De acordo com Chiovenda, a atividade jurisdicional tem por função a realização de uma
vontade concreta da lei. É de Chiovenda a ideia de “juiz boca da lei”. O juiz realiza a vontade
do legislador, decorre da separação de poderes.
Cada poder tem uma função específica sendo que, para Chiovenda, o poder de criação é do
legislativo (cria e edita leis).
COGNIÇÃO EXECUÇÃO
Ação Condenatória para Ação de Execução para
Período pagamento de quantia pagamento
1973-1994 Ação Condenatória para Ação de Execução para
entrega de coisa certa ou entrega de coisa certa ou
incerta incerta
Ação Condenatória para Ação de Execução para
cumprimento de obrigação de cumprimento de obrigação de
fazer ou não fazer fazer ou não fazer
A ideia de Chiovenda foi difundida na ‘modernidade’, onde o positivismo esteve muito presente.
A ideia do ‘juiz boca da lei’ serviu por um longo período, uma vez que os avanços sociais não
eram tão intensos.
Problema atual presença do ativismo judicial. Há uma criação ‘sem limites’ nas
decisões judiciais.
CRÍTICA: esta concepção do ‘juiz boca da lei’ do Chiovenda é fortemente criticada pelo Ovídio.
Para o autor, a concepção de Chiovenda não é mais compatível com a realidade
contemporânea, tendo em vista a evolução da sociedade. A sociedade contemporânea
diversamente da sociedade anterior, se transformou. Acompanhando os avanços sociais, o
direito também evoluiu1.
Para Cappelletti, o magistrado não é um mero repetidor do texto de lei porque, tendo em vista
a evolução da sociedade, exige uma atividade criativa do juiz.
Para Streck, o limite do juiz é a Constituição Federal. A decisão adequada será aquela que
atentar para a Constituição Federal. O juiz até pode ‘dizer diferente’ de uma lei
infraconstitucional, desde que aplique a Constituição Federal. Em muitos casos, a Constituição
Federal oferece mais de uma possibilidade de resposta; há casos que nem a Constituição é
clara; outras é claríssima.
O mérito da teria do Lênio Streck está na ideia que a decisão judicial deva ser adequada ao
texto constitucional.
Art. 489 §1º, NCPC artigo conceitua o que é uma decisão bem fundamentada.
Reação ao ativismo judicial Os responsáveis pela redação do artigo 489, § 1º são os próprios
*Súmula 211, STJ revogada pelo artigo 1025, NCPC decisões sem fundamento
- o magistrado quando vai prolatar uma decisão não pode se valer de um fundamento que
serve para qualquer decisão.
Ex. indefiro liminar porque presente “fumus boni iuris”... Deverá fundamentar
porque não há o “fumus boni iuris”.
- No novo código de processo é dada uma força para precedentes judiciais, principalmente
precedente de cortes superiores. Arts. 926/927.
Se o juiz não quiser aplicar o precedente, deverá dizer os motivos pelos quais não
irá aplica-lo. Se ele quiser aplicar o precedente, deverá justificar os motivos pelos
quais está aplicando-o.
Art. 1021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão
colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.
(...)
§ 4o Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente
em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante
a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa.
Com relação ao artigo 489, §1º, a discussão que tem se visto é se o artigo se aplicaria
nos juizados especiais cíveis, bem como nas sentenças trabalhistas. O TST, em resolução, já
afirmou que é aplicável nas decisões na Justiça do Trabalho.
Para a Ministra Nancy Andrighi, o artigo não tem aplicabilidade nos Juizados Especiais
Cíveis uma vez que o mote é a celeridade. A fundamentação de acordo com o artigo 489, § 1º
contrariaria a celeridade. Não podemos esquecer do princípio da duração do processo dentro
de prazo razoável com direito fundamentado. Aí já estaria contemplado o princípio da
celeridade. Da mesma banda, há quem diga que não se aplicaria nem a contagem de prazo
em dia útil.
Nas palavras de Lenio Streck, com a redação do artigo 489, § 1º acabou “o livre
convencimento judicial”. Aqui pode-se entender que há um livre convencimento motivado, com
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A crítica à Chiovenda nos leva às ações judiciais que tenham por objeto os direitos sociais
(direito fundamental à saúde, direito fundamental à educação, etc.). A jurisprudência permite,
levando em conta a proteção do direito tutelado.
Quando o juiz impõe medidas coercitivas junto com comando judicial, o magistrado já
não segue a doutrina de Chiovenda.
Nessas sentenças prolatadas a partir do artigo 461, passamos a ter o chamado
SINCRETISMO.
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Por exemplo, nas ações de medicamentos, o juiz não condena o réu a entregar o
medicamento. Determina que o Estado forneça o medicamento, sob pena de sequestro dos
valores nas contas do demandado. Aqui estaria presente o SINCRETISMO.
Nas ações que tenham por objeto a obrigação por pagamento e nas sentenças
que tenham o mesmo objeto, continua tendo a separação entre cognição e
execução.
Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão de
saneamento e de organização do processo:
§ 2o As partes podem apresentar ao juiz, para homologação, delimitação consensual das questões
de fato e de direito a que se referem os incisos II e IV, a qual, se homologada, vincula as partes e o
juiz.
§ 4o Caso tenha sido determinada a produção de prova testemunhal, o juiz fixará prazo comum
não superior a 15 (quinze) dias para que as partes apresentem rol de testemunhas.
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§ 5o Na hipótese do § 3o, as partes devem levar, para a audiência prevista, o respectivo rol de
testemunhas.
§ 6o O número de testemunhas arroladas não pode ser superior a 10 (dez), sendo 3 (três), no
máximo, para a prova de cada fato.
§ 8o Caso tenha sido determinada a produção de prova pericial, o juiz deve observar o disposto no
art. 465 e, se possível, estabelecer, desde logo, calendário para sua realização.
§ 9o As pautas deverão ser preparadas com intervalo mínimo de 1 (uma) hora entre as audiências.
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§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou
acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação
com a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência
no caso;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a
conclusão adotada pelo julgador;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem
demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
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Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e
coerente.
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Art. 942. Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá prosseguimento em
sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos
previamente definidos no regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de
inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar
oralmente suas razões perante os novos julgadores.
§ 2o Os julgadores que já tiverem votado poderão rever seus votos por ocasião do prosseguimento
do julgamento.
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I - ação rescisória, quando o resultado for a rescisão da sentença, devendo, nesse caso, seu
prosseguimento ocorrer em órgão de maior composição previsto no regimento interno;
II - agravo de instrumento, quando houver reforma da decisão que julgar parcialmente o mérito.
II - da remessa necessária;
III - não unânime proferido, nos tribunais, pelo plenário ou pela corte especial.
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II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou
da causa de pedir;
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;
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Art. 1021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão
colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.
(...)
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Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins
de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso
o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.
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