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A IMPORTÂNCIA DO CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DE SAÚDE


(CIS) CENTRO-OESTE PARA OS PEQUENOS MUNICÍPIOS DA
REGIÃO CENTRAL DO PARANÁ

Mario Viante Junior


Especialista em Gestão Pública. UNICENTRO. 2018.
E-mail: jr.viante@gmail.com
Área de conhecimento: Administração

Marlete Beatriz Maçaneiro


Professora Orientadora. Doutora em Administração-
Departamento de Secretariado Executivo.
UNICENTRO.

RESUMO
A saúde pública é um desafio para todos os gestores, pois deve ser prestada com eficácia e
eficiência à população. Os municípios, principalmente aqueles com até 50.000 habitantes,
encontram enormes dificuldades em realizar esta prestação de serviço, devido principalmente
à falta de recursos financeiros, mão-de-obra especializada e recursos técnicos, entre outros.
O consórcio público é uma forma utilizada pelos pequenos municípios na superação dessas
dificuldades, pois trabalhando em cooperação, os participantes obtêm melhores resultados
do que teriam se agissem de forma individual. Esta pesquisa buscou, através de pesquisas
documentais e entrevistas a funcionários e secretários de saúde identificar os resultados
obtidos pelo município a partir do consórcio Intermunicipal de Saúde do Centro-Oeste do
Paraná. A partir da pesquisa, constatou-se que os municípios, ao se consorciarem,
conseguem obter redução nos custos e maior oferta de mão de obra especializada, além de
uma gestão mais racionalizada dos recursos, gerando receita, economia e satisfação aos
seus munícipes, usuários dos serviços.
Palavras-chaves: Consórcio Intermunicipal de Saúde, Setor Público, CIS Centro-Oeste.

ABSTRACT:
Public health is a challenge for all managers as it must be delivered effectively and efficiently
to the population. Municipalities, especially those with up to 50,000 inhabitants, face enormous
difficulties in carrying out this service, mainly due to the lack of financial resources, specialized
labor and technical resources, among others. The public consortium is a form used by small
municipalities in overcoming these difficulties, because working in cooperation, the participants
obtain better results than they would have if they acted individually. This research sought,
through documentary research and interviews with health officials and secretaries, to identify
the results obtained by the municipality from the Intermunicipal Health Consortium of the
Center-West of Paraná. Based on the research, it was found that the municipalities, when
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consorting, are able to obtain a reduction in costs and a greater supply of specialized labor, in
addition to a more rational management of resources, generating revenue, savings and
satisfaction to their residents, users of services.

Key words: Intermunicipal Health Consortium, Public Sector, CIS Centro Oeste.
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1 INTRODUÇÃO

A Constituição de 1988 atribuiu aos municípios várias responsabilidades


relativas à execução e implementação de ações e serviços de saúde (BRASIL, 1988). Tal
atribuição deu-se através da implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), o qual
descentralizou e regionalizou a prestação de serviços de saúde. Porém, apesar de explícito
na Carta Magna que a saúde é responsabilidade dos municípios, muitos, principalmente do
interior brasileiro, apresentam grandes dificuldades e não possuem estrutura para prestar o
devido atendimento à população. Assim, implementar o SUS em sua totalidade, conforme
previsto na Constituição, é um processo dificultoso no Brasil.
Uma alternativa a isto é a associação de municípios na prestação de serviços
de saúde. É nesse contexto que surgem os Consórcios Intermunicipais de Saúde (CIS). A
união de entes federativos em Consórcios é utilizada para a implantação de ações conjuntas
e de cumprimento de objetivos de interesse comum, no sentido de melhorar a eficiência e
qualidade na prestação dos serviços de saúde pública.
A criação de consórcios públicos está prevista nos artigos 23, 25 e 241 da
Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988). Já a implantação e o funcionamento dos
consórcios foram disciplinados pela Lei 11.107/2005 (BRASIL, 2005) e regulamentados pelo
Decreto 6.107/2007. Nele, é definido que o consórcio público pode ser constituído como
pessoa jurídica de direito público ou privado sem fins econômicos (BRASIL, 2007).
De acordo com Lima (2000, p. 986), a reunião de municípios em consórcio cria
a oportunidade, para que interesses e facilidades de determinada região sejam melhoradas
pela junção de entes federativos aproximados geograficamente. Assim, cria-se uma estratégia
para transpor as dificuldades na disponibilização de atendimentos em saúde, desde os mais
simples até os de maior complexidade. Isso, assegura ao usuário do sistema público de saúde
ações e serviços prestados com efetividade e eficiência.
A partir dessas considerações, esta pesquisa tem como objetivo principal
identificar os resultados obtidos pelo município a partir do consórcio Intermunicipal de Saúde
do Centro-Oeste do Paraná. Paralelamente, buscou-se abordar as definições de consórcio
público, seu funcionamento e suas bases legais.
O trabalho está justificado pela oportunidade em demonstrar que a reunião de
municípios em consórcio público, para prestação de serviços em saúde, pode criar a
possibilidade em ofertar melhores serviços. Além disso, atender ao aumento de demanda e
aumentar a eficiência na prestação dos serviços públicos em saúde também podem ser
aspectos importantes proporcionados por este sistema.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Os consórcios públicos são uma espécie de acordo de vontade, através de


parcerias, realizado entre entes da federação, para realização de um fim especifico que seja
de interesse comum. (Meireles, 1996, p. 473: Ainda de acordo com Meirelles “trata-se de
gestão associada ou cooperação associativa de entes federativos, para a reunião de recursos
financeiros, técnicos e administrativos - que cada um deles, isoladamente, não teria -, para
executar o empreendimento desejado e de utilidade geral para todos”

O termo consórcio é tão importante que foi incorporado à Constituição do Brasil,


com a Emenda Constitucional 19/1998. Nela foi incluído o Art. 241 da Carta Magna (BRASIL,
1988, p. 136), referindo-se ao consórcio público da seguinte forma:

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio


de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes
federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como
a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens
essenciais à comunidade dos serviços transferidos.

Já o conceito de Consórcio Público é definido no artigo 2º, inciso I, do Decreto


6.017, de 17 de janeiro de 2007, sendo descrito da seguinte forma:

I - consórcio público: pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da


Federação, na forma da Lei no 11.107, de 2005, para estabelecer relações
de cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos de interesse
comum, constituída como associação pública, com personalidade jurídica de
direito público e natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de direito
privado sem fins econômicos. (BRASIL, 2007, p. ?)

De acordo com Marinella (2011, p. 477), “Esse novo instituto é específico ao


direito público, já que é celebrado entre entes federativos e tem como objeto a prestação de
serviços públicos”. Com essas definições, podemos perceber que através de consórcios os
entes da federação podem relacionar-se em diversas áreas, com o intuito de alcançar
objetivos comuns, diminuindo custos e viabilizando a oferta de serviços.
Viana (2008, p. 101) reforça ainda que “ os consórcios também surgem como
uma alternativa de curto e médio prazos para a resolução de dificuldades que esses
municípios têm em comum no processo de organização e funcionamento dos seus sistemas
de saúde e de pactuação regional das ações. ”
De acordo com a constituinte de 1988, os municípios começaram a ser
reconhecidos como entes da federação, iniciando assim, uma descentralização de políticas
públicas e delegação de atribuições e de responsabilidades (BRASIL, 1988). Arretche (1999,
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p. 133) diz que “O Brasil é estruturalmente um país caracterizado pela existência de uma
esmagadora maioria de municípios fracos, com pequeno porte populacional, densidade
econômica pouca expressiva e significativa dependência de transferências fiscais.” Assim,
esses municípios enfrentam enormes dificuldades para realizar as ações de saúde, devido
principalmente à ausência de estrutura física, falta de verbas dificuldade de acesso a
equipamentos médico/hospitalares, profissionais da área de saúde, exames laboratoriais, etc.
Isso, contribuiu para que os municípios buscassem associar-se para conseguir sanar a
crescente demanda por serviços de saúde, diminuindo custos e otimizando atendimentos.
Há alguns serviços públicos que, devido à natureza ou a sua extensão
territorial, necessitam a união de duas ou várias entidades públicas para que sejam
devidamente efetuados. É nessa situação que surgem os consórcios públicos. O Ministério
da Saúde define Consórcio Intermunicipal de Saúde como:

[...] uma associação entre municípios para a realização de atividades


conjuntas referentes à promoção, proteção e recuperação da saúde de suas
populações. Como iniciativa eminentemente municipal, reforça o exercício da
gestão conferida constitucionalmente aos municípios no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS) (BRASIL,1997, p. ?).

Ainda, para o pequeno município, o consórcio intermunicipal de saúde


possibilita a oferta de atendimento de maior complexidade à sua população, o que seria muito
dificultoso (ou não seria possível) realizar sozinho. Isso, porque demandaria a manutenção
de um hospital, equipamentos, quadro permanente de profissionais e despesas de custeio.
(BRASIL, 1997). Em relação a isso, Lima (2000, p. 992) relata que “a escassez de recursos
humanos no interior do país talvez seja o fator mais relevante para a instituição dos
Consórcios Intermunicipais de Saúde nos municípios pequenos. ”
Conforme Teixeira (2007), diversos estudos sugerem que a reunião de
municípios em consórcios de saúde ampliou consideravelmente a oferta e a qualidade do
atendimento na área de saúde, principalmente nos pequenos municípios. Esses municípios
são extremamente carentes de oferta da prestação de serviços de saúde especializados.
No ano de 2015, o Brasil contava, segundo dados do IBGE (2015), com 2288
municípios trabalhando em consórcios de saúde, sendo que 2097 possuíam menos de 50.000
habitantes. Também em pesquisa sobre a situação dos consórcios intermunicipais de saúde
no Brasil, Lima e Pastrana (2000, p.31) descrevem que as principais vantagens que os
municípios obtêm ao se consorciar são:

[...] facilidade de acesso da população às consultas e exames especializados,


menor custo, agilidade e implementação das ações, promoção da
integralidade das ações, maior resolubilidade, reordenamento do sistema de
referência e contra referência, racionalidade de recursos, ampliação da
oferta, atuação complementar ao SUS, facilidade para terceirizar, redução de
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pressão da demanda, maior qualidade no atendimento, menor ociosidade de


equipamentos, acesso à tecnologia, estruturação da rede básica, redução da
demanda para os grandes centros evitando deslocamento de usuários,
atendimento hospitalar.

Definidas a necessidade e as vantagens, não basta apenas a assinatura do


contrato para o estabelecimento dos consórcios. Deve ser obedecida uma sequência de
fases, não importando se a personalidade jurídica será pública ou privada, conforme explica
Di Pietro (2005, p. 7):

Embora o artigo 3º da Lei nº 11.107/05 estabeleça que o consórcio será


constituído por contrato, na realidade, outras normas contidas na lei permitem
a conclusão de que a constituição do consórcio público se fará com
observância de todo um procedimento, que envolve as seguintes fases: a)
subscrição de protocolo de intenções (art. 3º); b) publicação do protocolo de
intenções na imprensa oficial (art. 4º, § 5º); c) lei promulgada por cada um
dos partícipes, ratificando, total ou parcialmente, o protocolo de intenções
(art. 5º) ou disciplinando a matéria (art. 5º, § 4º); d) celebração do contrato
(art. 3º); e) atendimento das disposições da legislação civil, quando se tratar
de consórcio com personalidade de direito privado (art. 6º, II).

Deduz-se, assim, que a criação de leis e decretos, necessárias para o


estabelecimento dos consórcios, tem por pretensão definir fins e objetivos. Isso, com a
proposta de garantir, através da legalidade, as metas e interesses dos municípios
consorciados.

3 METODOLOGIA

Para o desenvolvimento deste estudo, utilizou-se pesquisa de caráter


descritiva, exploratória com abordagem quantitativa com coleta de dados qualitativos por meio
de entrevistas (roteiro no apêndice 1), realizada no Consórcio Intermunicipal de Saúde do
Centro-Oeste do Paraná.
Inicialmente, realizou-se a definição dos objetivos e a formulação do problema,
o que permitiu a elaboração do projeto. De acordo com Gil (2008, p. 72):

O primeiro procedimento adotado numa pesquisa bibliográfica, como em


qualquer outro tipo de pesquisa, consiste na formulação do problema que se
deseja investigar [...]
Escolher um assunto por si só não é suficiente para iniciar uma pesquisa
bibliográfica. E necessário que esse assunto seja colocado em termos de um
problema a ser solucionado. Essa problematização, por sua vez, não constitui
tarefa simples. Requer experiência, leitura, reflexão e debate.

Definidos o problema e objetivos, passou-se para o desenvolvimento da


pesquisa, a qual dividiu-se em três etapas. A primeira etapa, tratou de revisão da literatura
relacionada ao assunto. Esta etapa baseou-se na pesquisa bibliográfica, que, de acordo com
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Gil (2008, p. 50), tem como principal vantagem “ permitir ao investigador a cobertura de uma
gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. ”
Ainda de acordo com o mesmo autor “Esta vantagem se torna particularmente importante
quando o problema de pesquisa requer dados muito dispersos pelo espaço. ”
A segunda etapa constituiu-se em estudo de campo e coleta de dados com
elaboração e aplicação de questionários (roteiro no apêndice 01) a secretários de saúde dos
municípios participantes do CIS Centro-Oeste, bem como entrevistas a diretores do consórcio
em estudo. Zanella (2009, p. 88) diz que os estudos de campo pesquisam situações reais e a
palavra campo quer dizer que o estudo é realizado num ambiente real. A coleta de dados é
classificada em dois grandes grupos, onde o primeiro é constituído por pesquisas
bibliográficas e documentais e o segundo informações transmitidas por pessoas através de
entrevistas. São pesquisas que se utilizam como fontes sujeitos inseridos na prática do tema
em estudo. Gil (2008, p. 109) diz que:

A entrevista é, portanto, uma forma de interação social. Mais


especificamente, é uma forma de diálogo assimétrico, em que uma das partes
busca coletar dados e a outra se apresenta como fonte de informação.
A entrevista é uma das técnicas de coleta de dados mais utilizada no âmbito
das ciências sociais. Psicólogos, sociólogos, pedagogos, assistentes sociais
e praticamente todos os outros profissionais que tratam de problemas
humanos valem-se dessa técnica, não apenas para coleta de dados, mas
também com objetivos voltados para diagnóstico e orientação

A entrevista, realizada entres o meses de janeiro a fevereiro de 2018 com os


treze secretários de saúde de todos os municípios participantes do consórcio, buscou obter
informações sobre a participação do CIS nos serviços de saúde, atendimento da demanda e
sua importância para o município. As entrevistas (roteiro no apêndice 01), que consistiram em
questões elaboradas e aplicadas pelo próprio autor, com base no objetivo da pesquisa, foram
realizadas via ligações telefônicas, sendo que dos treze secretários municipais de saúde, dez
responderam às perguntas realizadas, o restante pediu para enviar as perguntas por correio
eletrônico, porém não retornaram as mensagens enviadas.
Além de entrevistas aos secretários de saúde dos municípios, também foram
realizadas entrevistas aos diretores do consórcio, assim como pesquisa documental, na busca
de obter maiores informações sobre o custeio dos serviços e sobre os atendimentos
realizados pelo CIS. Foram entrevistados três diretores dos setores Administrativo, Financeiro
e Executivo, entre os meses de fevereiro e março de 2018 os quais franquearam os relatórios
de atendimentos realizados, relatórios de desempenho e de repasse de valores.
Na terceira etapa, realizou-se a análise dos dados e a demonstração dos
resultados obtidos, de forma triangulada entre os dados e a teoria pesquisada. Zanella (2009,
8

p. 97) relata que é na etapa de comunicação de resultados que os dados coletados se


transformam em informação e conhecimento.

4 DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS DADOS

4.1 O Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS) Centro-Oeste

O Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS) Centro-Oeste tem personalidade


jurídica de direito privado e foi criado em fevereiro de 2000, situando-se na cidade de
Guarapuava, região Centro-Oeste do Paraná. O consórcio atualmente conta com 13
municípios associados da região central do Paraná. Oferta serviços de saúde ambulatoriais
especializados nas áreas de consultas médicas especializadas, terapias e exames
complementares. (CIS, 2017)
Conforme estabelecido em seu estatuto (CIS, 2017), as principais finalidades
institucionais do CIS Centro-Oeste, entre outras, são:
- representar o conjunto dos municípios que o integram, em assuntos de
saúde e outros de interesses dos entes comum, perante quaisquer entidades
de direito público ou privado, nacionais ou internacionais;
- obedecer aos princípios, diretrizes e normas que regulam o SUS nos
municípios consorciados, além de garantir a implantação de serviços públicos
suplementares e complementares, através de gestão associada, contratos de
programa e rateio, conforme estipulado na Constituição Federal, em seus
artigos 196 a 200;
- assegurar a prestação de serviços de saúde no nível secundário de atenção
à saúde à população dos municípios associados, de maneira eficiente e
eficaz;
- viabilizar a existência de estrutura e infraestrutura de saúde regional e de
outras de interesse na área territorial do CIS;
- prestar serviços médicos especializados aos municípios consorciados
consistentes em consultas e exames de caráter eletivo, no nível de atenção
de média complexidade estabelecido pelo SUS, de maneira eficiente, eficaz
e igualitária, inclusive sob forma de execução direta ou indireta, suplementar
e complementar dos serviços de saúde, mediante a pactuação no contrato de
rateio e pagamento de preço público.

Os municípios participantes do consórcio são Boa Ventura de São Roque,


Campina do Simão, Candói, Foz do Jordão, Goioxim, Laranjal, Pitanga, Prudentópolis,
Pinhão, Cantagalo, Palmital, Reserva do Iguaçu e Turvo. Juntos esses municípios somam
aproximadamente 211.000 habitantes, conforme apresentado na Tabela 1. Esses dados
apresentados na Tabela 1 corroboram com a informação obtida junto ao IBGE (2015), na
pesquisa de informações básicas municipais, a qual indica que 90,45% dos municípios
participantes de consórcio intermunicipal de saúde possuem até 50.000 habitantes.
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Tabela 1 – População estimada por município


Cidade População
Boa Ventura de São Roque 6.665
Campina do Simão 4.062
Candói 15.978
Cantagalo 13.505
Foz do Jordão 5.079
Goioxim 7.448
Laranjal 6.205
Palmital 14.189
Pinhão 32.322
Pitanga 32.015
Prudentópolis 52.125
Reserva do Iguaçu 7.937
Turvo 13.640
Total 211.170
Fonte: adaptado de IBGE (2015).

De acordo com a diretora executiva do CIS, são ofertados exames e consultas


nas seguintes especialidades: Urologia, Psiquiatria, Oftalmologia, Ortopedia, Reumatologia,
Endocrinologia, Pediatria, Otorrinolaringologia, Ginecologia, Neurologia, Pneumologia e
Dermatologia. O atendimento do consórcio é realizado em Guarapuava, cidade com maior
estrutura e onde há maior oferta de mão de obra e atendimento especializado em saúde.
Dos municípios participantes do consórcio, a grande maioria não conta com
nenhuma das especialidades ofertadas pelo consórcio, conforme constatado através de
consulta ao Conselho Regional de Medicina (2018). A falta de médicos especialistas foi um
dos principais motivos que levaram o município a participar do consórcio, conforme relato de
nove dos dez secretários de saúde que responderam à entrevista realizada. O entrevistado
05 relatou também que, caso o município não fosse consorciado, teria grande dificuldade para
contratação de exames e mão de obra especializada. Isso porque teria que criar uma estrutura
para atendimento de média complexidade em seu próprio município, o que tornaria o
atendimento muito oneroso e praticamente impossível de se manter, devido aos altos custos
de manutenção e baixo repasse de valores praticados pelo SUS.
Em relação aos pagamentos dos profissionais contratados a entrevistada 04
informou que o serviço é contratado e pago diretamente pelo CIS, que firma contrato
diretamente com o profissional que irá prestar o atendimento (consulta ou exame), o que
diminui a burocracia e agiliza a contratação. Ainda de acordo com a entrevistada a
participação dos municípios reduz-se ao agendamento dos serviços e transporte dos
pacientes a Guarapuava, onde está localizado o consórcio.
De acordo com relatório apresentado pelo Departamento Financeiro do
consórcio, em 2017, o CIS realizou um total de 61.740 exames e 20.450 consultas de
especialidades médicas. Já em 2016, foram realizados 59.496 exames e 26.409 consultas.
Essa diminuição no número de consultas ocorreu devido a uma transição de gestão do
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consórcio, sendo que devido a essa transição os meses de janeiro, fevereiro e março não
havia médicos credenciados e, por isso, não ocorreram atendimentos. Essa falta de
atendimento ocasionou diversos transtornos e um crescimento exagerado da demanda
reprimida na liberação das consultas para médicos especialistas, relatou um secretário de
saúde entrevistado.
Conforme a Resolução 007/2017, do CIS Centro-Oeste (2017), o consórcio
mantém suas atividades através de recursos financeiros obtidos com contribuição mensal dos
municípios associados. Foi estabelecido o aporte de R$ 0,50 (cinquenta centavos) por
habitante (per capita) de cada município consorciado, para cômputo da cota de rateio. Os
valores de repasse do ano de 2017 podem ser visualizados na Tabela 2.

Tabela 2 – Valores de Repasse dos Municípios, do ano de 2017


Despesas
administrativas,
pessoal/medicamen
Serviços de
Município tos/materiais e Total mensal Total anual
consultas
serviços de
manutenção do
consórcio
4. Cantagalo R$ 3.187,53 R$ 3.187,53 R$ 6.375,06 R$ 76.500,66
5. Foz do Jordão R$ 1.483,03 R$ 1.483,03 R$ 2.966,06 R$ 35.592,66
6. Goioxim R$ 2.058,03 R$ 2.058,03 R$ 4.116,06 R$ 49.392,66
7.Laranjal R$ 1.602,53 R$ 1.602,53 R$ 3.205,06 R$ 38.460,66
8. Palmital R$ 3.924,78 R$ 3.924,78 R$ 7.849,56 R$ 94.194,66
9. Pinhão R$ 7.536,03 R$ 7.536,03 R$ 15.072,06 R$ 180.864,66
10. Pitanga R$ 8.788,78 R$ 8.788,78 R$ 17.577,56 R$ 210.930,66
11. Prudentópolis R$ 12.653,53 R$ 12.653,53 R$ 25.307,06 R$ 303.684,66
12. Reserva do Iguaçu R$ 1.845,78 R$ 1.845,78 R$ 3.691,56 R$ 44.298,66
13. Turvo R$ 3.597,78 R$ 3.597,78 R$ 7.195,56 R$ 86.346,66
TOTAL R$ 53.509,36 R$ 53.509,36 R$ 107.018,72 R$ 1.284.224,58
Fonte: Departamento Financeiro do CIS Centro-Oeste (2018).

Tais recursos, porém, não conseguem suprimir toda a demanda dos


municípios, conforme informado pela maioria dos secretários entrevistados. Um secretário
relatou ainda que seria necessária a ampliação das especialidades credenciadas, o que não
é possível devido à limitação no repasse dos recursos ao consórcio.
De acordo com o Estatuto (CIS, 2014), a organização administrativa do
consórcio é formada por:
a) Conselho de Prefeitos;
b) Conselho de Secretários e/ou Dirigentes Municipais de Saúde;
c) Mesa Executiva;
d) Diretoria Executiva;
e) Conselho Fiscal;
f) Conselho Consultivo Paritário.
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A presidência do Consórcio é exercida por um dos prefeitos dos municípios


associados, o qual é eleito para o referido cargo em um mandato de dois anos. A diretoria
executiva, que coordena a administração do consórcio, é composta por um Diretor Executivo,
Diretor Técnico, Diretor Administrativo, Diretor Financeiro, Diretor de Gestão e Convênios de
Saúde, Diretor do Departamento de Licitações, Assessor Contábil e Assessor Jurídico. (CIS,
2014)

4.2 Público-Alvo do Consórcio

Conforme entrevistas a funcionários do CIS e secretários de saúde dos


municípios consorciados, o público atendido pelo consórcio é predominantemente composto
de pessoas com renda média mensal de no máximo dois salários-mínimos e baixa
escolaridade. Porém, alguns secretários afirmaram que o atendimento é procurado por
pessoas de todas as classes sociais, devido principalmente à falta de oferta de planos de
saúde em seus respectivos municípios. Essa informação é respaldada pela pesquisa
realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI-IBOPE, 2012) sobre o sistema
público de saúde, a qual revelou que 24% da população do Brasil dispõem de plano de saúde
ou convênio e que somente 1% dos que possuem plano de saúde ou convênio utilizam os
serviços públicos.
Em relação ao exposto, o entrevistado 01, mencionou que:

O serviço prestado pelo CIS é muito importante. Muitos munícipes nos


procuram porque não tem meios para pagar uma consulta especializada ou
um exame mais complexo, são pessoas de baixa renda, a maioria das vezes
não tem nenhuma condição. Através do CIS o município consegue prestar o
serviço com um valor mais baixo. Ganha o contribuinte e ganha o município.

Conforme relatório disponibilizado pelo setor administrativo do CIS Centro-


Oeste, os usuários utilizaram o consórcio para realização de exames de média complexidade
e para consultas médicas com especialistas. De acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL,
2009, p. ?), exames de média complexidade são:

[...]procedimentos especializados realizados por profissionais médicos,


outros de nível superior e nível médio; 2) cirurgias ambulatoriais
especializadas; 3) procedimentos traumato-ortopédicos; 4) ações
especializadas em odontologia; 5) patologia clínica; 6) anatomopatologia e
citopatologia; 7) radiodiagnóstico; 8) exames ultra-sonográficos; 9) diagnose;
10) fisioterapia; 11) terapias especializadas; 12) próteses e órteses; 13)
anestesia.
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Questionados a respeito, os entrevistados 05 e 08 que responderam a


entrevista relataram que esta procura pelos serviços de média complexidade justifica-se, uma
vez que os serviços de baixa complexidade são atendidos de forma muito satisfatória pelas
próprias unidades de saúde em seus municípios. Isso corrobora com o mencionado por
Bastos (2005, p.192), ao afirmar que “[...] torna-se compreensível que, se a oferta de
atendimentos no nível primário melhorou pela estrutura dos sistemas municipais, o reflexo é
de aumento da demanda para os outros níveis, que são mais caros.”
Assim, conforme constatado, o CIS Centro-Oeste possui grande importância
para os municípios participantes, pois fornece a milhares de usuários procedimentos em
saúde de média complexidade, a menor custo e com um tempo de espera menor do que seria
ofertado pelo SUS. Além disso, os contratos de prestação de serviço são celebrados com
prestadores particulares que geralmente não atuam no município do consorciado, sendo que
não fosse a participação no consórcio o município teria despesas extras para contratar
profissionais que se dispusessem a deslocar ao município para prestar o atendimento, o que
ocasionaria demora no atendimento dos pacientes, conforme observado pelo entrevistado
número 03, o qual relatou que “... no meu município não tenho um pediatra e um ginecologista
contratado, mas vem de Guarapuava uma vez por mês prestar serviço no município”.
Com a centralização na contratação dos profissionais pelo CIS ocorre uma
facilitação e agilização nos processos para a contratação, além de aumentar a oferta de
profissionais, diminuindo o custo na contratação.
Outra constatação importante obtida através das entrevistas foi que com a
oferta de serviços médicos de média complexidade através do consórcio o município pode se
concentrar mais em serviços de baixa complexidade e atividades preventivas, trabalhando
assim, a longo prazo, na diminuição de casos de média complexidade.
Desta maneira o consórcio, além de disponibilizar estrutura e mão de obra
especializada que os municípios teriam dificuldade em contratar devido a distância da cidade
sede, consegue fazer com que o serviço de média complexidade seja prestado com eficiência
e eficácia, racionalizando recursos, beneficiando os municípios tanto a curto quanto a longo
prazo.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo ora apresentado se identificar os resultados obtidos pelo município a


partir do consórcio Intermunicipal de Saúde do Centro-Oeste do Paraná. Em muitas ocasiões,
os gestores se veem engessados pelas normas regulamentares, ficando sem poder de ação
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para solucionar o problema ocasionado pela demanda reprimida, principalmente no tocante à


quantidade, à localização geográfica e à falta de prestadores de serviços.
Conforme apresentado na pesquisa, o público atendido pelo CIS Centro-Oeste
é formado, em sua maioria, por pessoas de baixa renda e que não possuem plano de saúde.
O consórcio oferta procedimentos de média complexidade e consultas a médicos
especialistas, que não são disponibilizados nos municípios participantes. Uma importante
informação declarada pelos secretários de saúde é que a demanda por exames e consultas
não pode ser totalmente atendida, devido à limitação de recursos que os municípios têm à
disposição.
Foram pontuadas as vantagens em se consorciar, uma vez que o consórcio
gera facilidade no atendimento de consultas e exames à população dos municípios
consorciados, além de diminuir os custos de tais atendimentos. Apesar das vantagens, deve
ser levado em consideração que há limitações nos atendimentos prestados pelo CIS,
principalmente devido à escassez de recursos repassados pelos municípios, o que poderia
ser sanado com um melhor planejamento dos próprios consorciados.
Por fim constatou-se que:
 O atendimento a serviços de saúde de média complexidade permite ao
município consorciado oferecer serviços de baixa complexidade de
forma satisfatória, uma vez que pode concentrar seus esforços para
este tipo de serviço e em atividades de prevenção.
 O consórcio atende a milhares de usuários com serviços de saúde de
média complexidade com menor custo/tempo de espera.
 Os serviços são prestados por profissionais sem vínculo com o
município, pois são contratados diretamente pelo consórcio.
 Ao centralizar os atendimentos especializados em uma sede com
melhor estrutura os municípios evitam gastos desnecessários com
deslocamento de médicos.
 O município economiza pois não precisa criar uma estrutura para
atendimento de serviços de média complexidade.
 Ao centralizar os atendimentos especializados em uma sede com
melhor estrutura os municípios evitam gastos desnecessários com
deslocamento de médicos.
 O consórcio não consegue atender totalmente à demanda por exames
e consultas devido à limitação de recursos dos municípios.
 O CIS Centro-Oeste possui grande importância para os treze
municípios participantes do consórcio pois supre a falta de mão-de –
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obra e estrutura nesses municípios, obtêm melhores custos nos


fornecimentos dos serviços além de uma gestão mais racionalizada dos
recursos, gerando receita, economia e satisfação aos usuários dos
serviços.

Diante do exposto, considera-se que o CIS Centro-Oeste possui grande


importância para os treze municípios participantes do consórcio, pois, além de haver falta de
mão de obra e estrutura nesses municípios, os consorciados obtêm melhores custos na
aquisição centralizada dos procedimentos, conseguindo obter redução nos custos e maior
oferta de mão de obra especializada, além de uma gestão mais racionalizada dos recursos,
gerando receita, economia e satisfação aos seus munícipes, usuários dos serviços.
Assim sendo, corroborado pela revisão da literatura, o presente trabalho
evidencia que a reunião de municípios em consórcios é uma solução que traz eficiência e
eficácia na superação das dificuldades que ocorrem para a prestação de serviços em saúde
pública.

REFERÊNCIAS

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2017.
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APÊNDICE 01

Roteiro de entrevista aplicada aos Secretários de Saúde dos municípios participantes do


Consórcio Intermunicipal do Centro-Oeste

Questionário

Nome:
Município:
Gestão:

1 – Qual a frequência de utilização dos serviços do CIS pelo município?

2 – Qual o perfil dos pacientes encaminhados ao CIS para atendimento de saúde?

3 – Como é feito o deslocamento dos pacientes de seu município ao CIS?

4 – Como a gestão de saúde municipal avalia a percepção dos pacientes atendidos em


relação ao serviço prestado pelo CIS?

5 – O atendimento de serviços médicos ofertados pelo CIS aos pacientes do seu município
são importantes? Por que?

6 – Que tipo de serviços ofertados pelo CIS o seu município utiliza?

7 – O CIS atende à demanda desses serviços?

8 – Caso o município não participasse do CIS, como seria a prestação desse serviço?

9 – Em relação às especialidades ofertadas pelo CIS, há profissionais que ofertem tais


especialidades em seu município?

10 – Qual a sua avaliação sobre o atendimento prestado pelo CIS?

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