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TECNOLOGIA DO CONCRETO

Dosagem do concreto
Método de dosagem racional

Profa. Dra. Alessandra Lorenzetti de Castro


DOSAGEM DO CONCRETO

Processo através do qual é obtida a proporção ideal entre os


materiais componentes do concreto para produzir uma mistura que
atenda a certas especificações prévias.

OBJETIVO:
Determinar uma combinação adequada e econômica dos
constituintes do concreto, com vista a produzir uma mistura que
consiga um bom equilíbrio entre as várias propriedades desejadas,
ao menor custo possível.

Processo considerado mais uma arte do que uma ciência.

1 TECNOLOGIA DO CONCRETO
DOSAGEM DO CONCRETO

DOSAGEM RACIONAL E
DOSAGEM EMPÍRICA
EXPERIMENTAL
 Proporcionamento a partir de bases  Proporcionamento com base no
arbitrárias, fixadas pela experiência ensaio prévio em laboratório.
anterior do construtor ou pela tradição.  Aplicada em todos os traços de
 Obras de pequeno porte: concretos concreto para fins estruturais: concretos
com condições mínimas de desempenho. pertencentes à classe C20 ou superior.
 Aplicada apenas para concretos das  Baseia-se na variação da resistência e
classes C10 e C15, com consumo mínimo durabilidade: relação a/c, quantidade de
de cimento de 300 kg/m³ (NBR 12655:2015). água (trabalhabilidade) e granulometria.
 Condição C de preparo do concreto.  Ensaios para verificar as
 Maneira inadequada de dosar o propriedades: prescrições do projeto, e
concreto. condições de execução e utilização.

2 TECNOLOGIA DO CONCRETO
DOSAGEM DO CONCRETO
NBR 12655:2015 – Concreto de cimento Portland: preparo,
controle, recebimento e aceitação – Procedimento
 Composição do concreto: definida com base em resultados experimentais de ensaios
executados com a devida antecedência em relação ao início da concretagem da obra,
em laboratório próprio ou de terceiros.
 Concreto especificado: realizar ensaios para verificar as propriedades, tendo em vista
as prescrições do projeto e do cálculo, e as condições de execução e de utilização.
 Os ensaios devem ser realizados com os mesmos materiais que os previstos para a
obra e sob condições semelhantes às que prevalecerão na execução.

 Cálculo da dosagem: REFEITO toda vez que prevista uma mudança de marca, tipo ou
qualidade do cimento, na procedência e qualidade dos agregados e demais materiais
constituintes da mistura.
DOSAGEM RACIONAL E EXPERIMENTAL

3 TECNOLOGIA DO CONCRETO
LEIS CLÁSSICAS DA TECNOLOGIA DO CONCRETO

LEI DE Resistência de um concreto, em uma determinada idade (fcj),


ABRAMS é inversamente proporcional à relação água/cimento

k1
f cj  a/c
k2

fcj = resistência à compressão do concreto para a idade de j dias, em MPa


a/c = relação, em massa, de água/cimento, em kg/kg 1918
k1, k2 = constantes de cada conjunto de mesmos materiais.

4 TECNOLOGIA DO CONCRETO
LEIS CLÁSSICAS DA TECNOLOGIA DO CONCRETO

Fixados o cimento e os agregados, a consistência do concreto


LEI DE fresco depende preponderantemente da quantidade de água
LYSE por m³ de concreto

m  k3  k 4  a / c

Válida para um abatimento específico

m = relação, em massa seca, de agregados totais/cimento, em kg/kg


a/c = relação, em massa, de água/cimento, em kg/kg 1932
k3, k4 = constantes de cada conjunto de mesmos materiais.

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LEIS CLÁSSICAS DA TECNOLOGIA DO CONCRETO

LEI DE Consumo de cimento, por m³ de concreto, varia na proporção


MOLINARI inversa da relação, em massa seca, de agregados/cimento

1000
C
k5  k 6  m

C = consumo de cimento por m³ de concreto adensado, em kg/m³


m = relação, em massa seca, de agregados totais/cimento, em kg/kg 1974
k5, k6 = constantes de cada conjunto de mesmos materiais.

6 TECNOLOGIA DO CONCRETO
LEIS CLÁSSICAS DA TECNOLOGIA DO CONCRETO

DIAGRAMA DE k1
f cj  a / c
DOSAGEM k2
LEI DE ABRAMS

1000
C m  k3  k 4  a / c
k5  k 6  m
LEI DE LYSE
LEI DE MOLINARI

Fonte: HELENE; TERZIAN (1992); TUTIKIAN; HELENE (2011)

7 TECNOLOGIA DO CONCRETO
REQUISITOS DA DOSAGEM

TRABALHABILIDADE
 Facilidade com que uma mistura de concreto pode ser
lançada, adensada e acabada, sem segregação.
 Representa diversas características do concreto fresco.
 Pode influenciar tanto custo quanto qualidade do concreto.
 Abatimento como índice de trabalhabilidade (consistência).
 Classe de consistência x aplicações típicas (NBR 8953:2015).

8 TECNOLOGIA DO CONCRETO
REQUISITOS DA DOSAGEM

NBR
TRABALHABILIDADE
8953:2015

Classe Abatimento (mm) Consistência Aplicações típicas


S10 10  A < 50 Seca Extrudado, vibroprensado, centrifugado

S50 50  A < 100 Medianamente plástica Pavimentos, elementos de fundação


Elementos estruturais, com lançamento
S100 100  A < 160 Plástica
convencional do concreto
Elementos estruturais, com lançamento
S160 160  A < 220 Medianamente fluida
bombeado do concreto
Elementos estruturais esbeltos ou com
S220  220 Fluida
alta densidade de armadura

9 TECNOLOGIA DO CONCRETO
REQUISITOS DA DOSAGEM

RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO

 Uma das propriedades mais importantes do concreto.


Projeto estrutural: hipótese de resistência mínima 
resistência média > mínima especificada em projeto.
Depende principalmente da relação água/cimento e do
teor de ar aprisionado e/ou incorporado.

10 TECNOLOGIA DO CONCRETO
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
Resistência dos corpos de prova, moldados de diferentes
betonadas, de um mesmo traço de concreto (homogêneo),
representada pela média e pelo desvio padrão.

DISTRIBUIÇÃO NORMAL:
erros a favor da segurança
quanto ao número esperado de
resultados de ensaios com valor
abaixo da resistência
especificada em projeto
(nível de confiança de 95%).

FONTE: FREITAS JR,. J. A. Propriedades do concreto endurecido. Notas de aula.

11 TECNOLOGIA DO CONCRETO
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO

FONTE: FREITAS JR,. J. A. Propriedades do concreto endurecido. Notas de aula.


fck = resistência característica à compressão (projeto); fcm = resistência média à
compressão; Sd = desvio-padrão.

12 TECNOLOGIA DO CONCRETO
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO

Cálculo da resistência média de dosagem a partir da


resistência característica especificada em projeto

fcj = resistência média de dosagem, a j dias de idades, em MPa.


fck = resistência característica do concreto à compressão, especificada no
projeto estrutural, em MPa. NBR
Sd = desvio-padrão de dosagem, em MPa. 12655:2015

Idade de controle não especificada: referência aos 28 dias.

13 TECNOLOGIA DO CONCRETO
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO

NBR
DESVIO-PADRÃO CONHECIDO 12655:2015

 Concreto elaborado com os mesmos materiais, mediante


equipamentos similares e sob condições equivalentes.

 Valor numérico do desvio-padrão fixado com, no mínimo, 20


resultados consecutivos obtidos no intervalo de 30 dias, em
período imediatamente anterior.

 Em nenhum caso o valor do desvio-padrão pode ser menor que


2 MPa.

14 TECNOLOGIA DO CONCRETO
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
NBR
DESVIO-PADRÃO DESCONHECIDO 12655:2015
 Valores estabelecidos de acordo com a condição de preparo do concreto, que
deve ser mantida permanentemente durante a construção.
Sd Condição Classe de
Considerações para dosagem
(MPa) de preparo resistência
Cimento e agregados medidos em massa.
4,0 A Todas Água medida em massa ou em volume com dispositivo dosador e
corrigida em função da umidade dos agregados.

Cimento em massa e água em volume com dispositivo dosador.


5,5 B C10 a C20 Agregados em massa combinada com o volume.

Cimento medido em massa e agregados medidos em volume.


Água em volume e sua quantidade corrigida em função da
7,0 C C10 e C15 estimativa da umidade dos agregados e da determinação da
consistência do concreto.

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REQUISITOS DA DOSAGEM
DURABILIDADE NBR 6118:2014
Normalmente ignorada, a menos que condições de NBR 12655:2015
ambiente especialmente agressivas exijam sua consideração.

CA: Concreto armado; CP: Concreto protendido


em massa

fck (MPa)

kg/m³

mm

16 TECNOLOGIA DO CONCRETO
REQUISITOS DA DOSAGEM

CUSTO
 Custo da concretagem =
custo de material + instalações + pessoal.
 Escolha dos materiais:
tecnicamente aceitáveis e, ao mesmo tempo,
economicamente atrativos.
 Consideração chave:
cimento custa muito mais que o agregado 
reduzir consumo de cimento sem sacrificar as
propriedades desejadas.

17 TECNOLOGIA DO CONCRETO
INFORMAÇÕES ADICIONAIS PARA DOSAGEM

CONSUMO DE CIMENTO
 Considerações:
TEÓRICO
• Desprezam-se os vazios existentes entre os grãos.
• Volume total da mistura de concreto é igual à soma dos volumes de seus
materiais constituintes.

Volume de concreto = Volume de cimento + Volume de agregado


miúdo + Volume de agregado graúdo + Volume de água

1 m³ (1000 litros) Vc + Va + Vp + Vág = 1000


de concreto

Vc – volume de cimento; Va – volume de agregado miúdo; Vp – volume de agregado graúdo; Va –


volume de água

18 TECNOLOGIA DO CONCRETO
INFORMAÇÕES ADICIONAIS PARA DOSAGEM

CONSUMO DE CIMENTO
TEÓRICO
Considerando massa específica, pois vazios foram desprezados.
mc C C ma a  C aC
c    Vc  a    Va 
Vc Vc c Va Va a
mp pC pC mx x  C xC
p    Vp  x    Vx 
Vp Vp p Vx Vx x
Para 1 m3 (1.000 litros) de concreto:
1000
C aC pC xC C kg / m³
    1000 1 a p
c a p 1   x
c a p
c – massa específica do cimento; a – massa específica do agregado miúdo; p – massa específica do agregado
graúdo; a – massa específica da água (1 kg/dm³)

19 TECNOLOGIA DO CONCRETO
INFORMAÇÕES ADICIONAIS PARA DOSAGEM

CONSUMO DE CIMENTO
Determinado a partir da massa específica do concreto, REAL
determinada em laboratório quando da produção do
material (estado fresco). NBR 9833:2008

 concreto
C 1000
traço em massa

 concreto
C 1000
1 a  p  x

C – consumo de cimento (kg/m³)


concreto – massa específica do concreto (kg/dm³)
FONTE: HELENE, TERZIAN, 1992.

20 TECNOLOGIA DO CONCRETO
INFORMAÇÕES ADICIONAIS PARA DOSAGEM

CONSUMO DE MATERIAIS

Quantidade dos demais materiais constituintes da


mistura de concreto?
Consumo de cimento = C  Quantidade de cimento para produzir
1m³ de concreto.

Multiplica pelo consumo de cimento

1: a : p : x 1 C : a  C : p  C : x  C
Traço em massa

21 TECNOLOGIA DO CONCRETO
INFORMAÇÕES ADICIONAIS PARA DOSAGEM

QUANTIDADE DE ÁGUA

Teor de água/materiais secos (H)


 Relação entre a massa de água empregada no concreto e a massa dos
materiais secos.
 Normalmente varia entre 5% e 12%.
massa de água
H (%)  100
massa de materiais sec os

Considerando o traço, em massa, 1 : a : p : x

x x
H 100  H  100
1 a  p 1 m

22 TECNOLOGIA DO CONCRETO
INFORMAÇÕES ADICIONAIS PARA DOSAGEM

QUANTIDADE DE ÁGUA

Teor de umidade dos agregados

O que é o mu  ms
material mu  ms  h  ms h 100
ms
úmido?
massa de água que acompanha o agregado (mx)

mu  ms m h  ms
h
ms
100  x 100
ms
mx 
100

h = teor de umidade do agregado (%); mu = massa do agregado úmido (kg); ms = massa do agregado seco (kg)

23 TECNOLOGIA DO CONCRETO
DOSAGEM EXPERIMENTAL: MÉTODO IPT/EPUSP

Resistência à compressão: 5 MPa  fc  150 MPa


Relação água/cimento: 0,15  a/c  1,50
Abatimento: 0 mm  abatimento  autoadensável
Dimensão máxima do agregado graúdo: 4,8 mm  Dmáx  100 mm
Teor de argamassa seca: 30% <  < 90%
Fator água/materiais secos: 5% < H < 12%
Módulo de finura do agregado: qualquer
Distribuição granulométrica dos agregados: qualquer
Massa específica do concreto: > 1500 kg/m3
24 TECNOLOGIA DO CONCRETO
DOSAGEM EXPERIMENTAL: MÉTODO IPT/EPUSP

 TEOR DE ARGAMASSA SECA


1 a

 TEOR DE ÁGUA/MATERIAIS SECOS 1 m

 CONSUMO DE CIMENTO H
x
100
1 m
C = consumo de cimento por m3 de concreto adensado, em kg/m3
 = massa específica do concreto, medida em kg/m3

x = relação água/cimento, em massa, em kg/kg C
a = relação agregado miúdo seco/cimento, em massa, em kg/kg 1 a  p  x
p = relação agregado graúdo seco/cimento, em massa, em kg/kg
m = a + p = relação agregados secos totais/cimento, em massa, em kg/kg
 = teor de argamassa seca na mistura que deve ser constante para uma determinada família de concreto, a
fim de assegurar a mesma coesão do concreto fresco, em kg/kg
H = teor de água/materiais secos, que deve ser constante para uma determinada família de concreto, a fim
de assegurar o mesmo abatimento, em %

25 TECNOLOGIA DO CONCRETO
DOSAGEM EXPERIMENTAL: MÉTODO IPT/EPUSP

Consultar projeto; sempre que não houver


Resistência característica do referência da idade, adotar 28 dias.
concreto à compressão
Consultar projeto para definir: regiões
críticas (menores espaçamentos) e regiões
Determinação do espaçamento predominantes
entre barras de aço

• Dmáx ≤ 1/3 da espessura da laje;


• Dmáx ≤ ¼ da distância entre faces das fôrmas;
• Dmáx ≤ 0,8 do espaçamento entre armaduras horizontais;
Escolha da dimensão • Dmáx ≤ 1,2 do espaçamento entre armaduras verticais;
máxima característica do • Dmáx ≤ ¼ do diâmetro da tubulação de bombeamento.

agregado graúdo Fonte: HELENE; TERZIAN, 1992.

26 TECNOLOGIA DO CONCRETO
DOSAGEM EXPERIMENTAL: MÉTODO IPT/EPUSP

Definição dos elementos estruturais a serem executados

Fonte: HELENE; TERZIAN, 1992.


Escolha da consistência
em função do tipo do
elemento estrutural

Segundo NBR 8953:2015

27 TECNOLOGIA DO CONCRETO
DOSAGEM EXPERIMENTAL: MÉTODO IPT/EPUSP

Definição da relação água/cimento


 Resistência à compressão do cimento em função da relação água/cimento .
fc28 60 fc28 60
(MPa) (MPa)
50
50
CPII E 32
92,8
f c 28 
CPIII 32
CPII Z 32
40 CPII F 32 40

30
7,9 x 30

fc28 = F(x)
fc28 = F(x)

20 20
121,2
f c 28 
10,2 x
10 10
0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
x (kg/kg) x (kg/kg)

 Requisitos de durabilidade: NBR 6118:2014; NBR 12655:2015.

em massa

28 TECNOLOGIA DO CONCRETO
DOSAGEM EXPERIMENTAL: MÉTODO IPT/EPUSP
ESTUDO TEÓRICO PRELIMINAR
Resistência característica do concreto à compressão

Determinação do espaçamento Uso de aditivo quando se necessitar


entre barras de aço em condições especiais

Escolha da dimensão máxima do Estimativa da perda de argamassa do


agregado graúdo concreto nos processos de transporte
e lançamento – em geral, 2% a 4%.
Definição dos elementos
estruturais a serem executados Estudo experimental
Determinação do teor ideal de argamassa
Escolha da consistência em
função do tipo do elemento
estrutural
Traço 1:5,0
(traço médio)
Definição da relação água/cimento:
critérios de durabilidade Traço 1:6,5 Traço 1:3,5
(traço pobre) (traço rico)
29 TECNOLOGIA DO CONCRETO
DOSAGEM EXPERIMENTAL: MÉTODO IPT/EPUSP

ESTUDO EXPERIMENTAL
 Combinação entre agregados  Determinação da combinação ideal entre os
agregados a partir da massa unitária compactada seca  Empacotamento de
partículas simplificado.

Combinação Brita 2 Brita 1 Acréscimo de Massa total (kg) Massa unitária Índice de

Fonte: HELENE; TERZIAN, 1992.


brita 2/brita 1 (kg) (kg) brita 1 (kg) (agregado + tara) (kg/dm3) vazios
100 25 --- --- 28,622 1,624 0,77
90/10 25 2,78 2,78 28,665 1,627 0,77
80/20 25 6,25 3,47 28,911 1,644 0,75
70/30 25 10,71 4,46 28,934 1,646 0,75
60/40
60/40 25
25 16,67
16,67 5,96
5,96 29,033 1,653 0,74
50/50 25 25,00 8,33 28,923 1,645 0,75

30 TECNOLOGIA DO CONCRETO
DOSAGEM EXPERIMENTAL: MÉTODO IPT/EPUSP

ESTUDO EXPERIMENTAL

Após a primeira mistura, verificar se há coesão e plasticidade adequadas


TEOR IDEAL DE ARGAMASSA

Fonte: HELENE; TERZIAN, 1992.


31 TECNOLOGIA DO CONCRETO
Sucessivos acréscimos de argamassa, através do lançamento de
cimento e areia, até atingir o teor ideal de argamassa

Qde. de areia Qde. de Qde. de água


Teor de Traço (kg) cimento (kg) (kg)
unitário Relação
argamassa
Massa Acrés- Massa Acrés- Massa Acrés- a/c final
(%) (1:a:p)
TEOR IDEAL DE ARGAMASSA

total cimo total cimo total cimo


35 1:1,10:3,90 8,46 1,22 7,69 0,25 3,85 0,12 0,50
37 1:1,22:3,78 9,68 1,31 7,94 0,26 3,97 0,13 0,50
39 1:1,34:3,66 10,99 1,37 8,20 0,27 4,10 0,14 0,50
41 1:1,46:3,54 12,36 1,50 8,47 0,30 4,24 0,15 0,50
43 1:1,58:3,42 13,86 1,59 8,77 0,32 4,39 0,16 0,50
45 1:1,70:3,30 15,45 1,72 9,09 0,34 4,55 0,17 0,50
47 1:1,82:3,18 17,17 1,85 9,43 0,37 4,72 0,18 0,50
49 1:1,94:3,06 19,02 2,00 9,80 0,40 4,90 0,20 0,50
51 1:2,06:2,94 21,02 2,17 10,20 0,44 5,10 0,22 0,50
53 1:2,18:2,82 23,19 2,36 10,64 0,47 5,32 0,24 0,50
55 1:2,30:2,70 25,55 2,59 11,11 0,52 5,56 0,26 0,50
57 1:2,42:2,58 28,14 2,84 11,63 0,57 5,81 0,28 0,50
59 1:2,54:2,46 30,98 3,12 12,20 0,62 6,10 0,31 0,50
61 1:2,66:2,34 34,10 12,82 6,41 0,50

32 TECNOLOGIA DO CONCRETO
DOSAGEM EXPERIMENTAL: MÉTODO IPT/EPUSP

ESTUDO EXPERIMENTAL
Sucessivos acréscimos de argamassa, através do lançamento de
cimento e areia, até atingir o teor ideal de argamassa
TEOR IDEAL DE ARGAMASSA

Fonte: HELENE; TERZIAN, 1992.


33 TECNOLOGIA DO CONCRETO
DOSAGEM EXPERIMENTAL: MÉTODO IPT/EPUSP

ESTUDO EXPERIMENTAL
 Realizar nova mistura com o traço 1 : 5,0, com teor de argamassa definitivo e
determinar todas as características do concreto fresco  Moldar corpos de
prova para os ensaios mecânicos.
 Produzir traços auxiliares para montagem do diagrama de dosagem,
mantendo teor de argamassa constante, igual ao ideal (mesmo abatimento).

Traço rico (maior teor de cimento) – 1:3,5 (1:m)


1  ar
   ar   1  3,5  1  pr  3,5  ar
1  ar  pr
Traço pobre (menor teor de cimento) – 1:6,5 (1:m)
1 ap
   a p   1  6,5  1  p p  6,5  a p
1 ap  pp
1 a

34 TECNOLOGIA DO CONCRETO 1 m
DOSAGEM EXPERIMENTAL: MÉTODO IPT/EPUSP

Traços definitivos

Diagrama de dosagem

RICO

MÉDIO
POBRE

Fonte: HELENE ; TERZIAN (1992); TUTIKIAN; HELENE (2011)

35 TECNOLOGIA DO CONCRETO
DOSAGEM EXPERIMENTAL: MÉTODO IPT/EPUSP
EXEMPLO PRÁTICO
 Traços considerados:
o 1 : 3,50 : 0,38 (rico)  P = 0,1%;
o 1 : 5,00 : 051 (médio)  P = 0,3%;
o 1 : 1,65 : 0,64 (pobre)  P = 0,5%.
 Parâmetros constantes:
o  = 53%; H = 8,5 %;
o abatimento = (120  20) mm  ajuste
pelo aditivo (polifuncional).

36 TECNOLOGIA DO CONCRETO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT NBR 6118. Projeto de estruturas de concreto: Procedimento. Rio de Janeiro, 2014.
238p.
ABNT NBR 8953. Concreto para fins estruturais: classificação pela massa específica, por
grupos de resistência e consistência. Rio de Janeiro, 2015. 3p.
ABNT NBR 9833. Concreto fresco: determinação da massa específica, do rendimento e do
teor de ar pelo método gravimétrico. Rio de Janeiro, 2008. 7p.
ABNT NBR 12655. Concreto de cimento Portland: Preparo, controle, recebimento e
aceitação - Procedimento. Rio de Janeiro, 2015. 23p.
HELENE, P. R. L.; TERZIAN, P. Manual de dosagem e controle do concreto. São Paulo: PINI;
Brasília: SENAI, 1992.
MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. Concreto: estrutura, propriedades e materiais. São Paulo:
IBRACON, 2014.
TUTIKIAN, B. F.; HELENE, P. R. L. Dosagem dos concretos de cimento Portland. In: ISAIA, G.
C. (editor). Concreto: ciência e tecnologia. São Paulo: IBRACON, 2011. p. 416-451.
NEVILLE, A. M. Propriedades do concreto. 5.ed. São Paulo: Bookman, 2011.

37 TECNOLOGIA DO CONCRETO

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