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Direito Administrativo

Estudo Dirigido

Referência: Aulas da
disciplina e obra: HACK,
Érico. Noções preliminares de
Direito administrativo e Direito
tributário. 2. ed. Curitiba:
InterSaberes, 2017, parte um.

Olá, prezado(a) aluno(a). O


estudo dirigido é um pequeno
resumo de alguns dos temas
que podem ser cobrados nas
avaliações da disciplina. Por
se tratar de um resumo, ele é
apenas um complemento.
Estude pelas videoaulas,
textos e demais materiais
disponibilizados a você, de
acordo com a Rotina de
Estudos entregue na fase.

Alguns pontos especiais dos estudos que também poderão ser


cobrados, mas que optamos por não trazer neste resumo, são:
 os princípios do direito administrativo;
 o processo administrativo com suas modalidades e princípios;
 as ações previstas na Constituição, como habeas corpus, habeas data,
mandado de injunção;
 a licitação com suas modalidades!
 Entre outros temas, é claro, pois aqui trata-se de breve resumo de
alguns pontos!

Você pode encontrá-los no material do livro e das videoaulas para dar uma
boa atenção a eles também!
Sumário
(1) Conceitos básicos ............................................................................. 3

(2) Função política .................................................................................. 3

(3) Ato Administrativo ............................................................................. 4

(4) Regime jurídico-administrativo .......................................................... 4

(5) Administração Pública Direta e Administração Pública Indireta ........ 5

(6) Poder de Polícia ................................................................................ 5

(7) Agentes Públicos ............................................................................... 6

(8) Intervenção do Estado ...................................................................... 7

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( 1 ) Conceitos básicos Função administrativa
O direito administrativo é o ramo do Função administrativa é a função
direito que visa à regulamentação da que o Estado, ou quem lhe faça às
atividade do Estado para a busca do vezes, exerce na intimidade de uma
interesse público. estrutura e regime hierárquicos e que
A tarefa do direito administrativo no sistema constitucional brasileiro se
resume-se em regulamentar como os caracteriza pelo fato de ser
órgãos da Administração atuarão para desempenhada mediante
alcançar os fins desejados pelo Estado de comportamentos infralegais ou,
acordo com os princípios estabelecidos. excepcionalmente,
Os agentes administrativos são as infraconstitucionais, submissos todos a
pessoas que representam o Estado na sua controle da legalidade do Poder
função administrativa, que é regulada por Judiciário.
leis e outras normas, constitucionais e
Todos os comportamentos da
infraconstitucionais, sendo esses agentes
função administrativa, no nosso direito,
principalmente membros do Poder
Executivo. podem ser controlados pelo Poder
Judiciário. A função administrativa é
A atuação dos agentes
exercida primordialmente pelo Poder
administrativos não pode ser no sentido de
Executivo. Entretanto, os outros
criar uma situação que contrarie os fins
poderes praticam também atos de
almejados pelo Estado, ainda que seja a
melhor medida do ponto de vista da administração que são regidos pelo
eficiência. direito administrativo.

( 2 ) Função política
Além da função administrativa, acima tratada, o Estado tem também
função jurisdicional, função administrativa e, a que mais nos importa agora:
função política. Função política é entendida como a que abriga alguns atos
que não se enquadram em nenhuma das outras funções. São chamadas
políticas porque se trata de questões que não estão diretamente ligadas ao
direito.
São tarefas do Estado que não se enquadram nas demais funções,
relacionadas com questões políticas, de escolha de finalidade pela
população. Exemplo a sanção e o veto e a iniciativa de leis pelo chefe do
Poder Executivo, o afastamento por crime de responsabilidade
(impeachment), os estados de sítio e de defesa, a declaração de guerra, entre
outros. São chamadas políticas porque se trata de decisões que têm como
pressupostos e justificativa questões que não estão relacionadas diretamente

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com o direito. Ligam-se mais à vontade da sociedade e às suas escolhas, o
que lhes dá um caráter mais político do que jurídico.

( 3 ) Ato Administrativo
O ato administrativo possui duas presunções: a de legalidade e a de
veracidade. Elas garantem que o ato administrativo possa gerar os efeitos
que pretende na realidade concreta, dando-lhe certeza e força.
A presunção de legalidade impõe A presunção de veracidade
que os atos administrativos estabelece que os fatos contidos,
regularmente praticados são declarados ou certificados por um
presumidos legais, ou seja, de ato administrativo são
acordo com a lei. verdadeiros.

A Administração Pública, e seus atos, não estão imunes a controle.


Além do controle jurisdicional dos atos da Administração Pública, pelo qual
seus atos podem estar sujeitos à apreciação do Poder Judiciário, ela está
sujeita ao controle parlamentar direto e ao controle pelo Tribunal de Contas.

( 4 ) Regime jurídico-administrativo
O regime jurídico-administrativo é o regime próprio do direito
administrativo, que caracteriza o Estado e sua atuação. Por tal regime, o
Estado ganha posição superior às demais pessoas, possuindo prerrogativas
que só ele tem.
Essas vantagens do regime se justificam pelo fato de que é seu dever
realizar o interesse público e o bem comum! Trata-se da realização da
supremacia do interesse público.
O regime jurídico-administrativo resume-se a duas palavras:
prerrogativas e sujeições, segundo a jurista Di Pietro. As prerrogativas são os
poderes especiais (ou, pode-se dizer, “vantagens”) que a Administração
Pública possui para que realize seus objetivos.
As sujeições são as restrições que a lei impõe, limitando as
prerrogativas e o seu exercício. As prerrogativas exercidas em desacordo
com as sujeições ensejam a nulidade do ato e até mesmo a responsabilidade
do Estado e do agente pelos danos causados.

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( 5 ) Administração Pública Direta e Administração Pública
Indireta
O Estado se estrutura em diversos órgãos denominados de
Administração Pública direta.
Ele também pode criar outras pessoas jurídicas que com ele não se
confundem, mas que a ele de algum modo se conectam, também realizando
funções da Administração. Esses entes são chamados de Administração
Pública indireta.
Como exemplos da Administração Pública indireta, tem-se as
autarquias, as fundações, as sociedades de economia mista e as empresas
públicas.
A diferença básica entre a Administração Pública Direta e Indireta
está explicitada pelo Decreto-Lei 200/67. As entidades da Administração
Pública indireta possuem personalidade jurídica própria, independente do
ente da federação que as criou. Ao contrário, os órgãos públicos, que
compõem a Administração direta, não possuem personalidade jurídica
autônoma do ente que os criou.

( 6 ) Poder de Polícia
O Estado, na busca pelo interesse público, não se limita apenas a
atividades de prestação positiva, como o serviço público, em que
desempenha uma atividade com aquele fim e que pode ser delegada a
terceiros ou realizada por ele próprio. Há outra atividade que também cabe
ao Estado no intuito de atender ao interesse público. Trata-se do exercício do
poder de polícia.
O poder de polícia visa limitar os direitos individuais por meio da
fiscalização, prevenção e repressão de eventuais transgressões.
Polícia Administrativa ou, mais propriamente, o poder de polícia
administrativa, é o poder geral do Estado em fiscalizar e normatizar condutas.
É o Estado utilizando um poder que só a ele é concedido, fiscalizando e
reprimindo condutas ilícitas que ponham em risco o bem comum. O Código
Tributário Nacional (CTN) conceitua o poder de polícia no seu art. 78. O seu
fundamento é a supremacia do Estado, já que este busca o interesse público,
que se sobrepõe ao privado. Entre a liberdade do indivíduo e o interesse da
coletividade, é o da coletividade que prevalece. Assim, o poder de polícia
sempre é exercido em função do interesse público e deve ser empregado
conforme determina a lei.

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Sobre o poder de polícia, para evitar confusão de palavras, “vale a
pena realçar que não há como confundir polícia-função com polícia-
corporação: aquela é a função estatal propriamente dita e deve ser
interpretada sob o aspecto material, indicando atividade administrativa; esta,
contudo, corresponde à ideia de órgão administrativo, integrado nos sistemas
de segurança pública e incumbido de prevenir os delitos e as condutas
ofensivas à ordem pública, razão por que deve ser vista sob o aspecto
subjetivo (ou formal). A polícia-corporação executa frequentemente funções
de polícia administrativa, mas a polícia-função, ou seja, a atividade oriunda
do poder de polícia, é exercida por outros órgãos administrativos além da
corporação policial.”1
O poder de polícia do Estado pode se manifestar de duas maneiras:
por meio de atos normativos ou por meio de atos administrativos materiais de
aplicação da lei no caso concreto.

( 7 ) Agentes Públicos
A Administração Pública pode ser conceituada como o conjunto de
agentes, órgãos e pessoas jurídicas que tenham a incumbência de executar
as atividades administrativas. Os agentes públicos se subdividem entre
agentes políticos, servidores públicos, militares e particulares em
colaboração com o Poder Público, importando-nos mais os dois primeiros:
Agentes políticos são pessoas que têm com o Estado um vínculo de
natureza política, eleitos para dirigir o Estado.
São pessoas que mantêm com o Estado um vínculo de natureza
política, e não profissional. Ocupam os cargos constitucionalmente definidos
que são encarregados das decisões mais importantes, formando a vontade
superior do Estado. Seus poderes e competências decorrem diretamente da
Constituição e exercem fundamentalmente o poder tomando decisões de
natureza política. Apenas o Presidente da República, os governadores e os
prefeitos, com os respectivos vices, os deputados federais, os senadores, os
deputados estaduais, os vereadores, os ministros, os secretários de estado e
de municípios são considerados agentes políticos.
Servidores públicos são todas as pessoas físicas que prestam
serviço aos entes da Administração Direta e Indireta, com vínculo profissional
e remuneração paga pelo erário (isto é, pelo tesouro público, pelos cofres

1
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 27. ed.
São Paulo: Atlas, 2014, p. 76-77.

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públicos). Dividem-se em três categorias: servidores estatutários,
empregados públicos e servidores temporários.

( 8 ) Intervenção do Estado
Apesar da liberdade dos indivíduos, ela tem restrições legais com
base na atividade do Estado, que pode intervir.
A intervenção restritiva é aquela em que o Estado impõe restrições e
condicionamentos ao uso da propriedade, sem, no entanto, retirá-la de seu
dono. Este não poderá utilizá-la a seu exclusivo critério e conforme seus
próprios padrões, devendo subordinar-se às imposições emanadas pelo
Poder Público, mas, em compensação, conservará a propriedade em sua
esfera jurídica.
São modalidades de intervenção restritiva:
1. a servidão administrativa;
2. a requisição;
3. a ocupação temporária;
4. as limitações administrativas;
5. o tombamento.
Convidamo-lo a buscar, no material de estudos, o que é cada uma
dessas formas de intervenção!

Por aqui terminamos este estudo.


Desejamos sucesso!
Antoine Youssef Kamel
Coordenador adjunto de Gestão de Serviços Jurídicos e Notariais

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