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RESUMO AULA QUEIMADURAS

Camadas da pele: epiderme, derme, hipoderme (tecido subcutâneo). Os graus da queimadura têm
relação direta com a camada de pele afetada. Vejamos:

Primeiro grau: queimadura superficial, atinge apenas a epiderme. Costuma melhorar dentro de
uma semana. Características: dor e vermelhidão. Risco de desidratação.

Segundo grau: chegam até diferentes porções da derme, podendo ser superficiais ou profundas (a
derme é espessa). Se for uma queimadura “leve” melhora sozinha entre duas e três semanas, mas
pode demandar intervenção cirúrgica caso seja mais grave. Características: bolhas, aspecto brilhante
da pele e base úmida. Se não tratadas podem evoluir para terceiro grau.
Deve-se romper a bolha? NÃO! Pois não vale a pena correr o risco de infecção (agulha não-
estéril), apesar de a bolha prejudicar a cicatrização… Isso será feito no hospital com material
adequado.

Terceiro grau: Afeta todas as camadas da pele. Características: lesões em geral secas e
esbranquiçadas, com aparência de couro. Em casos graves a pele parece carvão. Os pacientes
sentem dor devido às queimaduras de 1o e 2o graus presentes nas periferias.

Quarto grau: Alcança tecidos abaixo da pele, como tecido adiposo, muscular, ósseos ou órgãos
internos.

CONDUTAS INICIAIS PARA QUEIMADURAS EM GERAL

✔ Avaliação da cena
✔ Interromper a fonte de calor/processo da lesão irrigando com água fria ou preferencialmente
temperatura ambiente
✔ Acionar auxílio médico
✔ Retirar acessórios metálicos e as vestes (para fazer a proteção do local). Se o tecido da roupa
estiver aderido ao ferimento, deve-se tentar cortá-lo ao redor da melhor forma.
✔ Realizar curativos estéreis e não aderentes, a fim de proteger contra contaminação e contato
do ar com terminações nervosas expostas.
✔ Ofertar um analgésico caso a pessoa esteja em condições de recebê-lo.

O que não fazer:

✗ Usar gelo ou água gelada


✗ Cobrir a ferida com algodão
✗ Tocar na área afetada
✗ Aplicar qualquer produto doméstico como manteiga, pomadas, etc

AVALIAÇÃO PRIMÁRIA: ABC

A) Desobstrução das vias aéreas é prioridade (ajuda médica). Fornecer oxigênio em alto fluxo.
Atentar-se para sinais de queimadura de vias aéreas.
B) Avaliar a respiração, pode indicar queimaduras das vias aéreas. Se for queimadura de 3o ou 4o
grau circunferencial ao tórax e estiver impedindo sua expansão, deve se fazer cortes no sentido da
altura com um bisturi.
C) Avaliar a condição de perda de líquidos da vítima, a cor e temperatura da pele e a ocorrência de
hemorragias.

Por fim, cobrir a vítima e aguardar o profissional.

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA: MATEMÁTICA

Estimar a extensão da queimadura para calcular a reposição volêmica → regra dos 9%


Cabeça: 9
Cada braço: 9
Cada perna: 18
Torax (frente): 18
Costas: 18
Genitália: 1

Queimaduras químicas: lesões na pele, nos órgão internos se ingerido ou absorvido, nas vias
aéreas se inalado o produto.

1o passo: garantir a segurança do socorrista (EPIs)


2o passo: retirar roupas contaminadas e lavar o local com água corrente por 10 min, ou 20 se for nos
olhos.
3o passo: cobrir o local com curativo seco e estéril
4o passo: procurar ajuda médica

Lesão por inalação: principal causa de morte em incêndios.

Sinais de possível queimadura por inalação: rouquidão, fuligem no escarro, chamuscamento de


sobrancelhas ou pelos nasais.
Os sinais podem aparecer depois de dias

Queimadura elétrica: a gravidade da queimadura varia conforme os fatores: intensidade e natureza


da corrente, duração da exposição, trajeto da corrente, condição orgânica do indivíduo. Além das
queimaduras e traumas associados, ainda afeta o sistema circulatório, podendo ocasionar arritmias
cardíacas e parada cardiorrespiratória. Conduta: autoproteção, avaliação da cena, isolamento da
fonte, avaliação primária – ABC, avaliação secundária (lesão de entrada e saída, fraturas, etc).

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