Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Documento Sistematizador
Documento Sistematizador
RESUMO EXPANDIDO
Introdução
Na crescente competitividade entre indústrias que buscam novos mercados
observa-se a necessidade da adequada administração para resultados positivos.
Muitos empreendedores de pequenas empresas exercem múltiplas funções,
detendo conhecimento sobre todos os processos. Ao expandir as empresas há
dificuldade de delegar funções, pois necessitam se tornar estratégicos dentro das
organizações. Ao delegar funções deve-se visualizar o controle a ser feito para não
perder eficiência e produtividade em seus processos produtivos.
Utilizando métodos de controle de eficiência e produtividade as organizações
podem controlar com precisão seus custos, sua capacidade produtiva e visualizar
onde há perdas, objetivando e visando melhorias. Estes controles podem se tornar
diferenciais estratégicos para as organizações.
O trabalho busca a compreensão da importância dos controles de eficiência e
produtividade na indústria, gerando um conjunto de ações para aumentar os índices
de eficiência e produtividade, especificamente nos processos de injeção e sopro da
Indústria de Plásticos Monrizzo. Para alcançar os resultados buscou-se descrever os
processos de injeção e sopro da empresa, descrever como é realizado o processo
de planejamento e controle da produção e como é realizado o estudo da capacidade
produtiva, apresentar os índices de eficiência e produtividade no período de janeiro
de 2014 à agosto de 2015 e identificar, avaliar os elementos que impactam no
desempenho e sugerir melhorias.
Controles sobre a administração da produção iniciaram com os estudos de
Taylor (1990) que estudou os tempos e movimentos com o objetivo de padronizar
tarefas. Em continuidade, Pasqualini, Lopes e Siedenberg (2010) relatam que o
principal foco dos estudos de Taylor estavam relacionados a aumentar a
produtividade em processos produtivos. Seu objetivo era fazer mais produtos com
menos recursos. Para isso desenvolveu a Administração Científica, que consiste
basicamente em quebrar as tarefas em subtarefas elementares e trabalhar
excessivamente para tornar cada uma delas mais eficiente.
5
Metodologia
A pesquisa adotada, quanto à natureza foi aplicada, pois buscou gerar
informações com objetivo de visualizar possíveis problemas e sugerir melhorias a
serem aplicadas na empresa. Quanto à abordagem foi pesquisa quantiqualitativa,
por trazer informações com números exatos e elevada precisão das informações.
Quanto aos objetivos definiu-se como exploratória por reunir informações sobre o
assunto a fim de estudá-lo. A pesquisa é definida como descritiva, pois descreveu os
processos de injeção e sopro na empresa. Quanto aos procedimentos técnicos, a
pesquisa é bibliográfica, documental, pesquisa de campo, estudo de caso, pesquisa
participante e observação.
A pesquisa bibliográfica justificou-se por ser um estudo sistematizado,
desenvolvido com base em autores que escreveram sobre o tema. Documental, pois
foram usados materiais da organização, como ordens de fabricação dos processos
de injeção e sopro. Pesquisa de campo devido à aplicação de entrevista ao gestor
da produção, ao gestor da qualidade e aos 17 operadores das máquinas de injeção
e sopro, onde os dados foram analisados de forma qualitativa e quantitativa. Estudo
de caso por ser realizado em uma organização que já tem seu processo definido.
Pesquisa participante, pois houve interação com os membros da organização
investigada. Por fim, utilizou-se da observação direta para transcrever a realidade da
empresa para o trabalho.
Resultados
A pesquisa teve como objetivo propor um conjunto de ações para aumentar
os índices de eficiência e produtividades nos processos de injeção e sopro na
Indústria de Plásticos Monrizzo, para se alcançar este objetivo foi necessário
investigar como são os processos de injeção e sopro na empresa, verificar como é
realizado o processo de planejamento e controle da produção e como é realizado o
estudo da capacidade produtiva, quantificar os índices de eficiência e produtividade
dos processos de injeção e sopro no período de janeiro de 2014 à agosto de 2015,
identificar e avaliar os possíveis elementos que impactam nos índices de eficiência e
produtividade e propor e avaliar melhorias para aumentar os índices de eficiência e
produtividade.
O processo de injeção é o principal processo produtivo da empresa, contando
atualmente com nove máquinas, divididas em três grupos, devido aos tamanhos e
capacidades, o que cria flexibilidade para atender os clientes em um tempo menor. A
produção é dividida por lotes. Há aproximadamente 1.000 produtos diferentes e
cada produto tem um molde próprio e um setup diferente para cada tipo de peça.
O processo de sopro fabrica peças que não são possíveis de moldar em
processo de injeção. A empresa possui atualmente duas máquinas sopradoras que
estão divididas em dois grupos distintos devido aos tamanhos, capacidades e
modelos das máquinas de sopro. Os setups nas máquinas de sopro são mais lentos
que no processo de injeção e a regulagem das máquinas de sopro é realizada pelos
próprios operadores. Há bastante retrabalho após a peça sair da máquina, pois a
peça é moldada com molde que tem pré-cortes de material, quando sai da máquina
o operador retrabalha o material excessivo com um estilete, deixando a peça pronta.
6
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................... 13
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO...................................................... 16
2.5.1 Layout........................................................................................... 39
3 METODOLOGIA ....................................................................................... 68
12
4 RESULTADOS ......................................................................................... 76
INTRODUÇÃO
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO
Diante desta situação, este trabalho busca responder a seguinte questão: que
ações devem ser implementadas para elevar os índices de eficiência e produtividade
nos processos de injeção e sopro na Indústria de Plásticos Monrizzo?
1.4 Objetivos
1.5 Justificativa
2 REFERENCIAL TEÓRICO
qualquer operação que produz bens ou serviços, ou a mistura dos dois, e faz isso
um processo de transformação. A produção envolve um conjunto de recursos de
input (entrada) usado para transformar algo ou para ser transformado em outputs
(saída) de bens e serviços. A figura 1 ilustra o processo de transformação.
contínuo, onde cada tipo de processo implica em uma forma diferente de organizar
as atividades das operações, diferenciando características de volume e variedade.
a) Processo de projeto
Processos de projeto, segundo Slack, Chambers e Johnston (2002) são os
que lidam com produtos discretos, usualmente bastante customizados. Com
regularidade, o período de tempo para fazer o produto ou serviço é relativamente
longo, como é o intervalo entre a conclusão de cada produto ou serviço. Assim,
baixo volume e alta variedade são características do processo de projeto.
Complementa que a variedade é extremamente elevada e o volume muito baixo.
Complementando, Slack, Chambers e Johnston (2002, p. 129) citam um
exemplo: "construção de navios, a maioria das atividades das companhias de
construção de navios, a maioria das atividades das companhias de construção, a
produção de filmes, construção do túnel sob o Canal da Mancha, grandes operações
de fabricação como as de turbo - geradores, perfuração de poços de petróleo e
instalação de um sistema de computadores".
Moreira (1999) destaca que processos de projetos únicos, não criando um
fluxo de produtos. Tem-se uma sequencia de tarefas em longo prazo com poucas ou
nenhuma repetitividade. Relata como característica marcante o alto custo e a
dificuldade no planejamento e controle.
b) Processo de jobbing
Processos de jobbing, no conceito de Slack, Chambers e Johnston (2002),
lidam com variedade muito alta e baixos volumes. Enquanto em processos de
projeto cada produto tem recursos dedicados a ele, em processo de jobbing cada
produto deve compartilhar os recursos de operação com muitos outros. Os recursos
de produção processam uma série de produtos, mas, mesmo que todos os produtos
exijam mesmo tipo de atenção, diferirão entre si pelas necessidades exatas. Slack,
Chambers e Johnston (2002, p. 130) citam alguns exemplos, como "técnicos
especializados, como mestres ferramenteiros de ferramentas especializadas,
restauradores de móveis, alfaiates que trabalham por encomenda e a gráfica que
produz ingressos para o evento social local".
Nesta linha de pensamento Corrêa e Corrêa (2011) explicam o processo
como uma produção de pequenos lotes, com variados roteiros de fabricação, em
geral com arranjos físicos funcionais, nos quais os equipamentos (são universais e
37
muito flexíveis) são agrupados por função, para permitir que os fluxos percorram
qualquer roteiro que seja eventualmente necessário.
c) Processo em lotes ou bateladas
Para Slack, Chambers e Johnston (2002) processos de produção de lotes são
frequentemente parecidos com os processos de jobbing, mas os processos em lotes
não têm o mesmo nível de variedade dos de jobbing, sendo um pouco menor o nível
de variedade e um pouco mais elevado o volume de produção. Cada vez que um
processo em lote produz um produto, é produzido mais do que um produto. Assim,
cada parte da operação tem períodos em que se está repetindo, pelo menos
enquanto o "lote" ou a "baleada" está sendo processado. Slack, Chambers e
Johnston (2002, p. 130) descrevem como exemplo que "compreende-se manufatura
de máquinas-ferramentas, a produção de alguns alimentos congelados especiais, a
manufatura da maior parte das peças de conjuntos montados em massa, como
automóveis e a produção da maior parte das roupas".
d) Processo em massa ou intermitente
Moreira (1999) define este como sistema de produção intermitente, onde é
produzido um lote do produto e posteriormente outro produto será produzido,
voltando a ser produzido um novo lote apenas quando houver necessidade ou
solicitação por parte do cliente. A definição de um layout para o processo
intermitente é irregular, pois se deve ter um layout definido para o processo em si e
não especifico para o produto. É indicado para baixa variedade produtiva e um
elevado volume de produção.
Descreve ainda que o processo intermitente aumenta a flexibilidade, pois
pode-se produzir variados produtos com o mesmo processo, mas ao mesmo tempo
dificulta o controle de estoques, quando a organização estiver operando próximo à
capacidade limite haverá necessidade bastante estoque de materiais, pois haverá
necessidade de produção de diferentes produtos que requerem as mesmas
máquinas ou mão-de-obra ao mesmo tempo.
Gaither e Fazier (2002, p. 108) descrevem sistemas de produção
intermitentes como sistemas focalizados no processo, onde “todas as operações de
produção que têm processos tecnológicos similares são agrupadas para formar um
departamento de produção”.
Processo de produção em massa, na concepção de Slack, Chambers e
Johnston (2002), produz bens em alto volume e variedade relativamente estreita, ou
38
custos ou dificuldades técnicas para futuras reversões. Podem ainda causar pausas
indesejáveis na produção.
Gaither e Frazier (2002) relatam que há muitos objetivos para os layouts, mas
que o principal foco da maioria dos layouts de manufatura é minimizar o custo do
processo, do transporte e armazenamento de materiais ao decorrer do processo
produtivo.
Complementando a ideia Slack, Chambers e Johnston (2002) relatam que os
quatro tipos básicos de layout são: posicional, por processo, celular e por produto,
conceituando-os com as seguintes características:
A) Arranjo físico posicional
Também conhecido como arranjo físico de posição fixa, é descrito por Slack,
Chambers e Johnston (2002), como uma situação em que recursos transformados
não se movem entre os recursos transformadores, isto é, ao invés de materiais,
informações ou clientes fluírem por uma operação, quem sofre o processamento fica
estacionário.
Gaither e Frazier (2002) descrevem o layout por posição fixa como utilizado
por empresas de manufatura e construção para organizar o trabalho quando o
produto é muito volumoso, grande, pesado ou frágil, minimizando a necessidade de
movimentar o produto, assim movimentando os processos e pessoas para o
produto.
Pode-se visualizar um exemplo de arranjo físico de posição fixa através da
figura 3.
Figura 3: Arranjo físico de posição fixa, exemplo.
flexibilidade quanto ao tamanho de lotes por produto; especifico para uma família de
produtos; redução de transporte de material; redução de estoques; permite elevado
nível de qualidade e produtividade.
Gaither e Frazier (2002) completam que na manufatura celular as máquinas
são agrupadas em forma que funcionam em sequencia para atender uma família de
peças que tem processos similares. Enfatiza que ao desenvolver um layout o
primeiro passo é a decisão quanto a formação da célular, onde cabe definir sobre
quais máquinas de produção e quais peças devem ser agrupadas em uma célula e
posteriormente as máquinas são organizadas dentro de cada célula. Finaliza com a
figura 5 que exemplifica a manufatura celular.
Figura 5: Arranjo físico celular, exemplo.
Moreira (1998) complementa que o arranjo físico por produto é usado quando
há necessidade de uma sequencia linear de operações, onde cada centro de
trabalho torna-se responsável por uma parte especifica do produto. Relata como
características a adequação a produtos com alto grau de padronização, com pouco
ou nenhuma diversificação, produzidos em grandes quantidades e de forma
contínua.
Martins e Laugeni (1998) sugerem que o arranjo físico ou layout por produto
também pode ser chamado de layout em linha, onde as máquinas ou estações de
trabalhos são alocadas de acordo com a sequencia de operações necessárias para
a fabricação do produto. Finaliza exaltando características que podem ser vistas
como negativas, em visão deste processo, como a necessidade de alto investimento
em máquinas, a tendência a gerar monotonia e estresse nos operadores e que pode
apresentar problemas com relação à qualidade dos produtos fabricados.
Gaither e Frazier (2002) exemplificam o layout por produto com a figura 6.
Figura 6: Arranjo físico por produto, exemplo.
Logo, Gaither e Frazier (2002) chamam atenção que não há um melhor lugar
propriamente fixado para a melhor definição da localização de instalações em uma
organização, e sim diversas localizações boas, que podem variar de acordo com o
ponto de vista. Descrevem que diferentes locais terão potencialidades e fragilidades,
onde deve se escolher o que traz o maior número de benefícios. É uma definição
bastante estratégica e geralmente definida após muitos estudos.
Corrêa e Corrêa (2011) completam que o objetivo primordial da definição do
layout é apoiar a estratégia competitiva da operação, assim deve-se um alinhamento
correto entre a escolha do arranjo físico e as prioridades competitivas da
44
2.5.2 Ergonomia
Referente à ergonomia, para Corrêa e Corrêa (2011), qualquer que seja o
trabalho, sempre implicará pessoas interagindo com recursos físicos. A maneira
como acontecem essas interações podem tornar o trabalho simples ou impossível
de ser concluído. Podem ocorrer consequências imediatas à saúde e bem-estar das
pessoas que realizam o trabalho ou suas consequências podem manifestar-se com
o passar do tempo, delimitando as capacidades ou o seu tempo de vida. As
interações entre o indivíduo e o ambiente físico na hora de realizar o trabalho devem
merecer atenção redobrada do projeto do trabalho, em vista disso se trata
ergonomia.
De acordo com a Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO), a
ergonomia é definida como "uma disciplina científica relacionada ao
entendimento das interações entre os seres humanos e os outros elementos
ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a
projetos a fim de otimizar o bem-estar humano e o desempenho global do
sistema" (CORRÊA, CORRÊA, 2011, p. 357).
Semanas
Produtos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
P1 500 400 500 400
P2 100 100 100 100 100 100
P3 800 800
P4 200 300 200 300 200 200
Fonte: Adaptado de Moreira (1998).
2.7.3 Eficiência
Para Corrêa e Corrêa (2011) a eficiência procura refletir quão bem o período
de disponibilidade do processo está sendo gerado, se comparado a uma saída dita
como padrão. A expressão saída padrão dá a ideia de quanta capacidade o
processo tem de gerar saídas enquanto está efetivamente em processo. Assim, a
eficiência é igual a saídas demonstradas em capacidade efetivamente disponível por
suas saídas padrão em capacidade efetivamente disponível. Como exemplo, pode-
se imaginar um processo de prestação de serviços que trabalhe 8 horas por dia. Sua
capacidade total teórica é de 8 horas por dia. Dessas 8 horas por dia, o setor
trabalhou apenas 6 horas, então significa que a eficiência em capacidade
efetivamente disponível de 3,5 clientes por hora por 4 clientes por hora de saídas
padrão em capacidade efetivamente disponível é de 87,5%.
Na mesma linha de pensamento, Martins e Laugeni (1999) dizem que a
eficiência é a relação entre o que se obteve (output) e o que se consumiu em sua
produção (input), medidos na mesma unidade. É usual em eficiência de sistemas
físicos, onde é sempre menor que 1, e em sistemas econômicos, onde deve ser
maior que 1. Assim, eficiência é a relação entre o que se produz pelo que deveria
ser produzido, utilizada para o controle das atividades secundárias, objetivando
aumentar a produção sem ser necessários investimentos de capital e mão-de-obra
adicional.
Na concepção de Pasqualini, Lopes e Siedenberg (2010) eficiência é
considerado a relação entre o que se produz e o que deveria ser produzido, e
relaciona-se ao controle das atividades auxiliares, com a qual se pode aumentar a
produção sem a necessidade de investir em máquinas ou mão de obra adicional.
Para Pasqualini, Lopes e Siedenberg (2010) o índice de eficiência pode ser
calculado a partir de variadas referencias como um dia de produção, um setor
produtivo ou um processo específico, tomando como base as seguintes
informações.
2.7.4 Produtividade
resfriado até poder ser removido do molde. Dois fatores são determinantes para o
processo de injeção: velocidade e consistência.
A velocidade com o objetivo de maximizar a produção e minimizar o ciclo
produtivo, que consiste no tempo para fundir o material plástico, injetá-lo no molde,
resfria-lo e obter uma peça acabada. Utilizar moldes com múltiplas cavidades
também pode aumentar a produção.
A consistência no processamento resulta do bom controle de temperatura do
plástico, de pressão ao preencher o molde, da velocidade de injeção e das
condições de resfriamento. Estas quatro variáveis são interdependentes e podem
ser utilizadas para compreender as alterações do processo e resolver problemas,
devem ser analisadas individualmente em cada caso, pois podem variar de acordo
com o material, da aplicação ou das preferencias do moldador.
Figura 8: Máquina de Injeção.
Existe ainda o processo de sopro por pré-forma, onde é injetado uma pré-
froma, aquecida e inserida no molde de sopro para expandir a peça. É o caso que
acontece com as garrafas de refrigerante, por exemplo.
68
3 METODOLOGIA
Zamberlan et. al. (2014) expõem que há diversos métodos para realizar
investigações objetivadas a problemas de pesquisa. A classificação da pesquisa
pode assumir diferentes possibilidades, podendo variar de acordo com o projeto ou
pesquisador. Utilizando diferentes métodos, o objetivo que o projeto tem de buscar
compreender uma realidade deve ser concluído.
Neste estudo a classificação da pesquisa é apresentada e dividida em
pesquisa quanto à natureza, quanto à abordagem, quanto aos objetivos e quanto
aos procedimentos técnicos.
Na perspectiva de Gil (1999, apud. ZAMBERLAN, et. al. 2014) quantos aos
objetivos as pesquisas podem ser exploratórias, descritivas ou explicativas.
Segundo Andrade (2003), a pesquisa exploratória deve ser o primeiro passo
de todo trabalho científico que tem como objetivos proporcionar maiores informações
70
"A experiência é realizada em local circunscrito, uma vez que no campo seria praticamente
Laboratório impossível realizá-la. Simulações em computador situam-se nesta classificação" (Vergara,
1998, apud ZAMBERLAN et. al. 2014, p. 99).
"Esta estratégia de pesquisa procura muito mais o aprofundamento das questões
propostas do que a distribuição das características da população, seguindo terminadas
varáveis. Apresenta maior flexibilidade, podendo ocorrer mesmo que seus objetivos sejam
Pesquisa de Campo
reformulados ao longo da pesquisa". É desenvolvido no próprio local em que ocorrem os
fenômenos, utilizando-se técnicas de observação direta (Gil, 2002, apud ZAMBERLAN et.
al. 2014, p. 99).
Pesquisa "Quando se desenvolve a partir da interação entre pesquisadores e membros das
Participante situações investigadas" (Gil, 2002, apud ZAMBERLAN et. al. 2014, p. 99).
Compreende "um tipo de pesquisa com base empírica que é concebida e realizada em
estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual
Pesquisa-Ação os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão
envolvidos de modo cooperativo ou participativo" (Thiollent, 1998, apud ZAMBERLAN et.
al. 2014, p. 99).
É uma pesquisa empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu
Estudo de Caso contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto
não estão claramente definidos (Yin, 2001, apud ZAMBERLAN et. al. 2014, p. 99).
O método observacional fundamenta-se em procedimentos de natureza sensorial,
Observação objetivando captar os aspectos (fatos) essenciais e acidentais de um fenômeno do
contextos empírico (Fachin, 2001, apud ZAMBERLAN et. al. 2014, p. 99).
Fonte: Adaptado de Machado e Silva (2007), Silva e Menerezes (2001) (apud ZAMBERLAN,
et. al. 2014, p. 99).
Para Zamberlan (et. al. 2014) o universo amostral define a população a ser
pesquisada e quais os conjuntos de elementos que pertencem à pesquisa. É uma
parte do universo escolhido segundo algum critério de representatividade a ser
estudado.
A amostra é derivada de um grupo maior, onde busca-se estudar determinada
parte. Segundo Malhotra (2001, apud ZAMBERLAN, etc. al. 2014), o processo de
planejamento amostra inclui cinco estágios que tem relação direta e relevante para
73
4 RESULTADOS
que adequar os ferramentais, duplicando os ferramentais das peças que tem maior
demanda e para os ferramentais das peças com menor demanda manteve-se os
mesmos, onde no momento do processo é trancado um cabeçote e se trabalha
apenas com um.
Logo, se observou que a nova máquina, quando produzia com os
ferramentais duplicados tinha praticamente o dobro de produtividade em relação aos
tempos anteriores de processo. Assim, houve necessidade de reavaliação dos
tempos padrões de processo. Também se observou que para peças mais compridas
havia um tempo de produção maior se comparado à máquina antiga, devido à altura
da máquina ser menor. Assim algumas peças tiveram aumento no tempo de
produção, comparando com a máquina anterior.
Este aumento de tempo do processo de sopro foi algo que a empresa
visualizou como negativo, pois aumenta os custos de produção e reduz a
produtividade. Assim buscou alternativas para otimizar o processo. Consistiu em
fazer alterações na máquina para deixar ela mais rápida e adicionar um motor
acelerador para extrusar o material mais rápido. Estas alterações foram
implementadas ao longo do ano de 2015.
Os setups nas máquinas de sopro são mais lentos se comparados aos setups
do processo de injeção, pois pelo motivo dos moldes de sopro serem
confeccionados em alumínio, não há possibilidade de fixar os mesmos com placas
magnéticas. Assim, os moldes são fixados manualmente com prendedores
específicos para o processo. A regulagem das máquinas de sopro é realizada pelos
próprios operadores, que uma vez feito o programa de regulagem, salvam o mesmo
na máquina e utilizam o mesmo nas próximas produções.
O processo de sopro gera bastante retrabalho após a peça sair da máquina,
pois a peça é moldada com molde que tem pré-cortes de material. Quando sai da
máquina o operador retrabalha o material excessivo com um estilete, deixando a
peça pronta, acondicionando-as em caixas que são posteriormente enviadas para o
estoque. Os excessos de materiais podem ser reaproveitados.
Todo o processo de sopro é acompanhado por inspetores do setor de
qualidade, que com determinada frequência fazem a medição de peças escolhidas
por método de amostragem, comparando-as com os desenhos técnicos e aprovando
ou não as peças.
82
A empresa busca planejar sua produção baseada nas previsões que recebe
de alguns clientes, já para os clientes que não passam previsão de produção, o
planejamento é baseado no consumo histórico dos anos anteriores, sempre levando
em consideração itens que podem estar saindo de linha de montagem ou sendo
estendidos a novas aplicações – o que pode aumentar a demanda do mesmo – e
ainda visualizando a possibilidade de venda para o mercado de reposição, onde
evita que peças que saíram de linha de montagem fiquem obsoletas no estoque. A
organização também planeja a produção observando os pedidos de venda
existentes, sempre observando o estoque atual do item. Completa seu processo de
planejamento avaliando o macroambiente.
Assim, justifica-se o conceito de Corrêa e Corrêa (2011) onde relatam que
são necessárias algumas observações especiais para elaborar um adequado
planejamento e controle da produção, como ter uma visão realista do futuro, ter
conhecimento sobre a real situação presente, ter um bom modelo e visão de
84
Gráfico 7: Comparativo dos indicadores de eficiência produtividade nos processos de injeção e sopro.
fator citado foi o clima entre colegas, pois no passado havia bastante conflito entre
os colaboradores. Atualmente todos se ajudam e há uma integração harmônica
entre todos. Completaram que a própria postura da liderança perante os operários
mudou para melhor e que houve treinamento da equipe para melhorar o
desempenho das atividades realizadas.
Os operadores relataram ainda que foram substituídas máquinas antigas por
máquinas novas e mais produtivas, além de aumentar a quantidade máquinas, ao
longo do tempo. A quantidade de estufas de matéria prima aumentou, reduzindo o
transporte de material na fábrica. Relataram ainda que aumentou a limpeza e
organização da fábrica. O rodizio das pessoas entre as máquinas, onde todos
colaboradores participam de todos os tipos de produção, evitando insatisfação por
trabalho mais leve ou mais pesado também, foi citado como uma melhoria da
empresa.
Observaram que a estrutura física foi ampliada e melhorada, que houve
preocupação da empresa para reduzir o calor dentro da fábrica, colocando mais e
melhores ventiladores e exaustores, incrementando ao uniforme a possibilidade da
utilização de bermudas. Preocupou-se em melhorar a ergonomia, adicionando
cadeiras em determinadas máquinas para os operadores terem a possibilidade de
trabalhar com maior conforto.
Não houve relatos de mudanças que impactaram negativamente a empresa
levando em consideração o cenário atual.
CONCLUSÃO
um mangote plástico, onde o molde de sopro irá fechar sobre o mangote e no meio
do mangote é encaixada a agulha que sopra o ar para dentro, fazendo o material
plástico expandir para as paredes do molde de sopro, formando a peça.
O processo de planejamento e controle da produção é uma das principais
atividades para a Indústria de Plásticos Monrizzo, pois a definição de quantidades de
produção pode reduzir custos. A empresa tem o processo devidamente
implementado e em funcionamento, onde são avaliadas as previsões de venda, os
pedidos em carteira, o histórico de demanda e o cenário do macro ambiente. Define
a produção a partir da emissão de ordens de fabricação que determinam a
quantidade e a data a ser produzido. Durante a fabricação o processo é
acompanhado para verificar se todas as informações estão corretas e posterior à
conclusão a ordem de fabricação é lançada no sistema informatizado.
Na apresentação dos índices de eficiência e produtividades dos processos de
injeção e sopro no período de janeiro de 2014 à agosto de 2015 constatou-se bons
resultados de eficiência e produtividade e considerável evolução se comparado o
ano de 2014 com o de 2015. Tendo como resultado a eficiência do processo de
injeção em média 78,40%, a produtividade do processo de injeção 86,06%, a
eficiência do processo de sopro 80,40% e a produtividade do processo de sopro
92,55%.
Observou-se que diversos são os fatores que podem impactar nos índices de
eficiência e produtividade, desde a adequada definição do layout da organização, a
adequada ergonomia aos colaboradores, o adequado planejamento de produção, a
correta programação das máquinas, a utilização de matéria prima de qualidade, a
atenção dos operadores ao processo produtivo e até mesmo a relação com os
colegas, que podem auxiliar no desempenho das funções.
Com muitos fatores impactantes nos índices de eficiência e produtividade,
busca-se atentar ao comprometimento dos colaboradores, instigando-os a fazer o
processo da melhor forma e a buscar o objetivo da organização como um todo, onde
serão recompensados se a empresa obtiver um bom desempenho.
Para conseguir o comprometimento dos colaboradores é necessário mostrar
os objetivos da organização, pois apenas poderão acompanhar a mesma direção se
estiverem cientes de onde estão e para onde devem ir.
A Indústria de Plásticos Monrizzo pode demonstrar aos seus colaboradores
os índices de eficiência e produtividade nos processos de injeção e sopro em
109
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APÊNDICE