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PROCEDIMENTO PR-5290.00-8911-978-MAV-011
CLIENTE: FOLHA:
ABASTECIMENTO 1 de 18
PROGRAMA:
REFINARIA DO NORDESTE – ABREU E LIMA
ÁREA:
GERAL
TÍTULO:
ENG – RLE / IERENEST-I / ENG
PLANO DE PRESERVAÇÃO
IEIND NP-1
Razão Social: Nº
Manserv Montagem e Manutenção LTDA PR-5290.00-8911-978-MAV-011
Contrato: Nome Responsável: Rubrica
0800.0097770.15.2
Registro CRA: Geraldo Dias Guimarães
ÍNDICE DE REVISÕES
REV. DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS
0 EMISSÃO ORIGINAL;
A ALTERAÇÕES NO CABEÇALHO.

REV. 0 REV. A REV. B REV. C REV. D REV. E REV. F REV. G REV. H


DATA 05/09/2015 22/03/2016
PROJETO MAV MAV
EXECUÇÃO Túlio Túlio
VERIFICAÇÃO Geraldo Geraldo
APROVAÇÃO Gustavo Gustavo
AS INFORMAÇÕES DESTE DOCUMENTO SÃO PROPRIEDADE DA PETROBRAS, SENDO PROIBIDA A UTILIZAÇÃO FORA DA SUA FINALIDADE.
FORMULÁRIO PERTENCENTE A PETROBRAS N-0381 REV.L.
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1. OBJETIVO .............................................................................................................. 3
2. CAMPO DE APLICAÇÃO ....................................................................................... 3
3. DEFINIÇÕES E TERMINOLOGIAS ........................................................................ 3
4. DESCRIÇÃO ........................................................................................................... 3
5. CONTROLE DOS REGISTROS ............................................................................ 18
6. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 18
7. ANEXOS ................................................................................................................ 18
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1. OBJETIVO

Este procedimento tem por objetivo definir as regras gerais para a execução da preservação
dos equipamentos e sobressalentes recebidos dos fornecedores por solicitação do cliente.

2. CAMPO DE APLICAÇÃO

Este procedimento aplica-se na unidade da MANSERV localizada na Refinaria do Nordeste –


Abreu e Lima S.A. - RNEST

3. DEFINIÇÕES E TERMINOLOGIAS

CONTRATANTE Refinaria do Nordeste – Abreu e Lima S.A. - RNEST

MANSERV Manserv Montagem e Manutenção S.A.

SGC Sistema Gerencial de Condicionamento.

4. DESCRIÇÃO

A preservação pode ser descrita como um conjunto de atividades efetivadas sobre os itens
comissionáveis, visando mantê-los em boas condições de conservação, desde o momento de
sua aceitação no canteiro até o momento de sua preparação para entrega. Deve ser exercida
de acordo com as recomendações do fabricante, sempre que estas existirem, ou conforme as
melhores práticas reconhecidas.
O processo de preservação está diretamente relacionado com os processos abaixo e tem por
objetivo assegurar a manutenção das características originais dos materiais durante o seu
armazenamento e, conseqüentemente, em condições de uso quando requisitados.
• Recebimento dos Materiais
• Manuseio e movimentação
• Armazenagem
• Local e tipo de área de armazenagem
• Inspeção

4.1 EMBALAGEM

O primeiro processo para a preservação deve ser a observação adequada da embalagem


original quanto a sua integridade, e não sendo observados sinais de danificação, a mesma
deve ser mantida.
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Dentre os diversos tipos de embalagem adequados para o armazenamento, destacamos os


seguintes:
• Caixas de papelão, para materiais que não requeiram maiores cuidados quanto a
choques mecânicos, à ação da umidade e outros contaminantes próprios de uma
atmosfera industrial;
• Sacos plásticos, para materiais que não exijam maiores cuidados quanto a choques
mecânicos e à corrosão atmosférica;
• Caixas rígidas de isopor, plástico, papelão, madeira ou materiais metálicos, que
proporcionem proteção contra choques mecânicos;
• Embalagens acolchoadas com plástico-bolha, esponjas de plásticos ou de borracha,
materiais corrugados ou outros, que proporcionem proteção para peças frágeis ou
instrumentos sensíveis;
• Papéis e tecidos impregnados com óleo ou graxa, que embalem peças metálicas
passíveis de corrosão;
• Engradados, caixas de madeira, cavaletes e estrados, que embalem equipamentos
pesados, facilitando sua movimentação;
• Embalagens especiais, a exemplo de embalagens anti-estáticas, para alguns
componentes eletrônicos.

4.1.1 Cuidados com a embalagem original

Além dos cuidados devidos com as embalagens adequadas ao armazenamento, descritas


acima, há ainda algumas precauções a serem observadas quanto às embalagens originais,
impróprias para o armazenamento, dentre as quais destacam-se:
• Caixas com recheios de raspas de madeira, papel picado ou similares, adotados
como proteção provisória durante o transporte, ocupam espaço desnecessário e
estão passíveis de absorver umidade, e eventualmente prejudicar o material
embalado;
• Papeis não tratados com inibidores de corrosão, que embalam peças metálicas
durante o transporte, deverão ser adequadamente substituídas, conforme as
recomendações para cada família.

4.1.2 Preservação das embalagens

As embalagens requerem cuidados especiais para a sua preservação, assim como a escolha
de áreas de armazenamento adequada para cada tipo de material.
As embalagens de madeira, em particular, devem ser mantidas abrigadas das intempéries.
Quando em local aberto, devem ser protegidas por lonas ou mantas de material plástico, sem
qualquer contato direto com o solo.
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Os recipientes metálicos (tambores, baldes e outros) requerem também cuidados específicos


no seu armazenamento, a fim de evitar sua deterioração e a conseqüente perda ou
contaminação do produto. Estes cuidados se limitam, em geral, ao armazenamento em áreas
cobertas e arejadas, para maior segurança.
É recomendável nestes casos uma verificação periódica para detecção de eventuais
vazamentos.

4.1.3 Tipos de embalagem

De maneira geral, deve-se procurar preservar a embalagem original do fornecedor,


particularmente caixas, engradados e estrados de madeira, fornecidos para a proteção de
peças de maior porte, durante as fases de armazenamento e transporte.
As embalagens de madeira poderão, eventualmente, requerer a instalação de tampas
removíveis para facilitar inspeções periódicas.

4.1.3.1 Plásticos para embalagem

As embalagens de peças em sacos plásticos de folhas de polietileno, convenientemente


seladas, apresentam dentre outras, as seguintes vantagens:
• Impermeabilidade à ação da umidade e dos agentes corrosivos presentes na
atmosfera;
• Resistência ao contato com os produtos de preservação empregados;
• Transparência, possibilitando a identificação do material, sem a necessidade de
violar a embalagem;
• Facilidade de soldagem a quente, permitindo a confecção de sacos plásticos
vedados;
• Boa resistência química, quer protegendo o produto embalado, quer mantendo a
integridade da própria embalagem.
Para as folhas lisas, é suficiente uma espessura de 0,15 mm, nas larguras de 260 a 500 mm,
em rolos de 50 metros.
As folhas de polietileno com bolhas de ar são indicadas para proteção contra choques
mecânicos e são normalmente fornecidas com largura de 1 metro, com bolhas de 6 mm de
diâmetro, à razão de 8.000 bolhas por metro quadrado.

4.1.3.2 Papéis impregnados com inibidores voláteis

• Este tipo de embalagem é recomendado em peças ferrosas, onde o uso de películas


cerosas é inadequado, a exemplo de peças que contenham furos, frestas ou
reentrâncias, que dificultem a remoção da película.
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• Os inibidores voláteis de corrosão são substâncias de baixa pressão de vapor, que


se volatilizam e são absorvidas na superfície das peças.
• Quando empregados em embalagens vedadas, a exemplo de sacos plásticos,
estabelece-se um equilíbrio entre o produto inibidor e a atmosfera interior, conferido
uma proteção eficiente, enquanto não for violada a embalagem. Estes inibidores são
compatíveis com os produtos usuais de preservação.
• Estes inibidores podem causar problemas de corrosão em materiais não ferrosos, ou
em revestimentos galvânicos, tais como zinco, cádmio, cobre e estanho. As peças
que contenham partes pintadas podem também ser afetadas. Seu uso é restrito às
peças de pequeno porte, devido à necessidade de complementar a embalagem com
sacos plásticos vedados. A deterioração destes produtos, quando expostos ao sol,
limita seu uso a áreas cobertas e fechadas.

4.2 PROTEÇÃO

4.2.1 Proteção contra choques mecânicos

A proteção contra choque mecânicos se constitui na principal característica da preservação


de um grande número de materiais. Para alguns destes, a ocorrência de choques mecânicos
poderá vir a causar sua perda total, como por exemplo:
• Escovas de carvão e peças frágeis diversas;
• Fusíveis e dispositivos similares;
• Isoladores, pára-raios e buchas;
• Lâmpadas e luminárias;
• Peças de cerâmica, vidro e outros materiais quebradiços;
• Manômetros, termômetros e outros instrumentos de precisão;
• Faces usinadas de selos mecânicos;
• Refratários e Isolantes;
• Rolamentos.
Em muitos casos, a ocorrência de choques mecânicos não chega a ocasionar danos
aparentes, porém pode afetar a precisão ou o desempenho dos itens.
Como recomendação básica para evitar choques, temos:
• A escolha e dimensionamento adequado das áreas e locais de armazenamento;
• Cuidados com o empilhamento excessivo;
• Cuidados no manuseio ao estocar e expedir as peças.

4.2.2 Proteção contra a corrosão atmosférica


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A proteção contra a corrosão atmosférica é sem dúvida o fator mais importante da


preservação de materiais estocados, visto que a grande maioria das peças e equipamentos
são constituídos de materiais metálicos, passíveis de corrosão.
Sua preservação deve ser buscada ainda na fase de armazenamento, para que não se
comprometa no futuro o desempenho destas peças e equipamentos.
Em áreas de elevada concentração industrial, a corrosão atmosférica é acentuada pela
presença de agentes corrosivos de natureza ácida, decorrentes dos processos industriais e
da queima de combustíveis fósseis. Estes efeitos corrosivos são ainda mais acentuados em
condições de umidade relativa elevada, quando a película úmida condensada sobre a
superfície dos materiais favorece sua ação conjunta.

4.2.3 Proteção contra a luz solar

As peças de borrachas e de materiais plásticos requerem basicamente proteção contra a


incidência de luz solar, tendo em conta que os raios ultravioletas provocam a deterioração da
maioria dos polímeros.
A ação da luz sobre as tintas e vernizes pode, por sua vez, provocar a destruição destes
revestimentos, favorecendo a corrosão atmosférica.

4.2.4 Proteção contra a poeira

A poeira e a fuligem que se depositam sobre os materiais em estoque acarretam, dentre


outros, os seguintes inconvenientes:
• Contaminação mecânica do material, principalmente quando este se destinar à
retenção de partículas, a exemplo de filtros secos;
• Riscos de danos causados pela sua natureza abrasiva, no caso de gaxetas a serem
utilizadas em equipamentos rotativos;
• Penetração em mecanismos e componentes sensíveis, prejudicando sua operação,
a exemplo de instrumentos e equipamentos elétricos e eletrônicos (amperímetros,
voltímetros, relés, disjuntores, transformadores e outros);
• Formação de pequenos núcleos sobre as superfícies metálicas, que possam
promover o início de um processo corrosivo por ação galvânica, ou por aeração
diferencial.
Alguns destes efeitos podem estar presentes de forma combinada. No caso particular de
rolamentos, por exemplo, a proteção contra a poeira e outros materiais abrasivos se reveste
de importância especial, para evitar não só eventuais danos superficiais nas pistas e corpos
rolantes, como também para evitar a corrosão destas superfícies.
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4.2.5 Proteção contra temperaturas excessiva

Os processos de polimerização e de oxidação de um grande número de produtos de vida útil


limitada são, de forma geral, influenciados pelas condições ambientais de temperatura e
umidade. Para alguns destes materiais, recomenda-se sua armazenagem em ambientes
refrigerados, a exemplo de juntas líquidas, para uso em vedações mecânicas, e algumas
resinas e catalisadores, utilizados em conexões elétricas.
Outros materiais, a exemplo de tintas e solventes, requerem seu armazenamento em áreas
cobertas e arejadas, especialmente designadas, não só pelas razões apontadas, como
também por questões de segurança, pois são materiais inflamáveis.

4.2.6 Proteção contra umidade

A umidade relativa do ar, quando combinada com outros agentes corrosivos normalmente
presente em uma atmosfera industrial, induz a uma acentuada oxidação das superfícies
metálicas expostas.
Assim sendo, a proteção contra a umidade torna-se necessária para as mesmas famílias
descritas naquele item, a exemplo de instrumentos, equipamentos elétricos e eletrônicos,
como também, rolamentos.
Para alguns outros materiais, a proteção contra a umidade deve ser dominante a sua
preservação. Destacam-se, dentre estes, os produtos isolantes e refratários, os eletrodos
revestidos e muitos outros, cuja utilização pode ser comprometida pela ação da umidade.

4.3 LIMPEZA
Para um grande número de materiais é suficiente a limpeza com panos limpos e isentos de
fiapos, para a remoção de poeira. Dentre estes, destacamos os seguintes:
• Instrumentos e equipamentos elétricos e eletrônicos;
• Materiais frágeis em geral (lâmpadas, luminárias, peças de vidro, cerâmica, carvão e
outros);
• Peças de borracha e de materiais plásticos;
• No caso particular da preservação de barras, perfis e chapas de aço carbono, a
limpeza prévia deve ser efetuada com ferramentas manuais (escovas de aço,
espátulas e outras), para a remoção superficial de produtos de corrosão. Estes
materiais são normalmente jateados, não sendo econômica a aplicação de um
tratamento superficial mais elaborado;
• A limpeza de cabos de aço, na ocorrência de ressecamento da graxa aplicada, pode
ser efetuada por simples escovação.
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• Para remoção de resíduos de óleo, graxa ou produtos de preservação vencidos,


para fins de preservação, recomenda-se a utilização de solventes de uso geral, por
ser um produto de uso consagrado e de excelentes resultados. Os solventes
específicos, normalmente encontrados no mercado, embora proporcionem uma
limpeza mais rápida e eficiente, trazem, contudo, o inconveniente de uma maior
toxicidade.
• Tratando-se de material inflamável, devem ser tomadas medidas de segurança para
a minimização do risco de incêndio, a exemplo da utilização de tanques de limpeza
com tampas articuladas e da instalação de extintores de pó químico nas
proximidades. Para a segurança pessoal, deve ser obrigatório o uso de avental,
luvas de material plástico e óculos de segurança. É importante também assegurar
uma ventilação adequada do ambiente, por meio de exaustores.

4.4 SECAGEM

4.4.1Secagem natural
A secagem de peças após a limpeza se faz pela evaporação natural do solvente,
posicionando-se as peças sobre mesas, estrados ou cavaletes apropriados. Nesta fase deve
ser evitada uma exposição desnecessária à ação da atmosfera, particularmente de peças
que requeiram maior proteção contra a ação da poeira e da umidade, a exemplo de
rolamentos.
A secagem, após a aplicação de películas cerosas, também se faz pela evaporação natural
de solvente, independentemente do processo de aplicação da película, quer seja por imersão,
pincelamento ou pulverização das partes de acesso mais difícil.
Nos casos em que tenha sido recomendada a aplicação de tinta de fundo, a exemplo de
flanges e conexões de aço carbono, deve ser seguida a especificação de pintura aplicável.

4.4.2 Secagem com ar comprimido

A aplicação de ar comprimido para auxiliar a secagem deve ser encarada com as devidas
reservas. Suas aplicações principais consistem na remoção de poeira levemente aderida, e
nos casos em que a evaporação natural do solvente ocorreria num prazo excessivo, a
exemplo de frestas, reentrâncias e outras regiões que acumulem o produto de preservação
utilizado.
Em outros casos, sua utilização não é recomendada, a exemplo da limpeza de rolamentos e
de peças frágeis, que possam ser danificadas pela incidência de ar sob pressão.
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Como precaução adicional, recomenda-se a instalação de filtros de linha, para a retenção de


gotículas de umidade condensada e de partículas estranhas, provenientes da própria
tubulação, bem como de reguladores de pressão.

4.4.3 Secagem em estufa


A secagem em estufa se aplica, exclusivamente, à recuperação de peças que tenham
absorvido umidade, a exemplo de eletrodos revestidos. É terminantemente proibida a
secagem de produtos químicos em estufa, por razões de segurança.

4.5 PRODUTOS DE PRESERVAÇÃO


4.5.1 Características
4.5.1.1 Produtos cerosos
Estes produtos, quando aplicados sobre as superfícies metálicas, as revestem, após a
evaporação do solvente, de uma película cerosa firme e duradoura. A proteção proporcionada
às peças armazenadas em ambientes cobertos e fechados é eficaz por um período da ordem
de dois a três anos após sua aplicação.
Listamos a seguir algumas aplicações típicas de preservação, para as quais se recomenda a
proteção de suas superfícies usinadas por um produto ceroso:
• Acoplamentos;
• Superfícies usinadas de carcaças e peças fundidas diversas;
• Eixos e componentes rotativos em geral;
• Parafusos especiais, retificados ou de grande porte;
• Peças diversas de materiais ferrosos com superfícies usinadas.

4.5.1.2 Produtos dessecantes

Estes produtos são utilizados no interior de embalagens vedadas, com o objetivo de manter a
umidade do ar dentro de limites aceitáveis. Sua aplicação se restringe, portanto, aos
materiais sensíveis à ação da umidade, a exemplo de instrumentos elétricos, eletrônicos e
ópticos.
O dessecante mais comumente utilizado é a sílica-gel comum, sendo também empregada a
sílica-gel impregnada com cloreto de cobalto (CoCl2), por ser de fácil acompanhamento
quando de sua saturação, pois esta muda de cor.
É importante que a embalagem seja mantida bem vedada, de modo a impedir a migração da
umidade do ar e a rápida saturação da sílica-gel. Recomenda-se também que o material
dessecante seja acomodado nos espaços vazios da embalagem, para evitar o aumento do
volume interno, proporcionando assim, uma ação desidratante mais eficaz.
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4.5.1.3 Óleos antioxidantes

Esses produtos atuam através da formação de uma barreira contra a ação dos agentes
corrosivos existentes na atmosfera, de forma análoga aos produtos cerosos já mencionados.
Dadas suas características técnicas, recomenda-se sua utilização para a lubrificação de
articulações, eixos, alavancas e mecanismos similares. São indicados, nestes casos, os
produtos de menor viscosidade.
Para as aplicações de proteção temporária em superfícies expostas à atmosfera, podem ser
empregados óleos anticorrosivos disponíveis no mercado, para finalidade específica de
proteção anticorrosiva. Esta utilização é típica quando da proteção temporária de peças, para
as quais não seja oportuna a proteção por graxa antioxidante, ou película cerosa, a exemplo
de peças prestes a serem montadas ou sob intervenção em oficina.

4.5.1.4 Graxas antioxidantes

Como produto de uso geral, recomenda-se a graxa de múltiplas aplicações, à base de sabão
de lítio. Para a preservação de barras, perfis, chapas, tubos e cabos de aço, recomenda-se
um produto de base asfáltica, em razão de suas características anticorrosivas e de facilidade
de manuseio e aplicação.

4.5.1.5 Resinas termoplásticas

Estes produtos são normalmente aplicados a quente, por imersão. Após seu resfriamento, as
superfícies ficam recobertas por uma película destacável espessa, que atua como
revestimento protetor.
Estas resinas apresentam ainda alguma proteção adicional às superfícies acabadas. Há, no
entanto, os inconvenientes do aquecimento prévio da resina e sua aplicação restrita a peças
de pequeno porte.

4.5.1.6 Outros produtos

O talco industrial neutro (silicato ácido de magnésio), utilizado na forma de pó, não é mais
recomendado para proteção de peças de borracha em geral.
Para a proteção de terminais elétricos de baterias, transformadores e outros equipamentos
elétricos, recomenda-se a utilização de vaselina neutra.
Trata-se neste caso, de uma parafina de baixo ponto de fusão, similar à empregada na
formulação de produtos farmacêuticos.
4.5.2 Remoção de produtos
A remoção dos produtos de preservação, em geral, deve ser feita quando da utilização do
material e nos casos em que a preservação deva ser refeita, quer pelo tempo de estocagem
superior à validade das películas protetoras, quer por eventuais danos, ou pelo manuseio
indevido durante o período de estocagem.
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A remoção dos produtos de preservação, como película cerosa, graxa ou óleo anticorrosivo
pode ser feita com solvente.
Os cuidados durante a remoção devem ser os mesmos tomados durante a limpeza, devendo
ser evitado o uso de solvente na limpeza de peças e componentes de borracha, plástico ou
materiais porosos que possam absorvê-lo, bem como partes pintadas.

4.6 CUIDADOS DURANTE A PRESERVAÇÃO E MANUSEIO


4.6.1 Choques mecânicos

• A preservação e o manuseio dos materiais citados no item 4.2.1 deve ser procedidas
com o maior cuidado, para evitar danos por quedas ou choques mecânicos.
• Quando suas embalagens originais proporcionarem alguma proteção, estas devem
ser também preservadas.
• Quando não for o caso, estas peças devem ser embaladas de preferência
individualmente, mesmo que venham a ser agrupadas em lotes.
• As peças de maior porte, a exemplo de isoladores elétricos e pára-raios, devem ser
mantidas em seus engradados originais, sendo igualmente importante a preservação
do bom estado destes.
• Os cuidados com as embalagens devem ser enfatizados, particularmente quando a
ocorrência de danos possa contaminar o produto ou afetar sua utilização futura, a
exemplo de resinas, catalisadores, lubrificantes, produtos para juntas líquidas.
• Na preservação de conjuntos pré-ajustados e de componentes segmentados, deverá
ser dada atenção especial para a desmontagem dos componentes, e posterior
montagem após a preservação.
• As peças longas ou esbeltas (eixos e hastes em geral) devem ser cuidadosamente
apoiadas em vários pontos de seu comprimento, para que não sofram flexões
acentuadas e conseqüentes empenamentos.
• As peças usinadas, em geral não devem sofrer choques que venham a causar
mossas ou arranhões, comprometendo assim sua aplicação futura. Em especial, nas
superfícies de vedação (discos e sedes de válvulas) e de deslizamento (mancais,
eixos, buchas e hastes).
• De uma forma geral, deve ser evitado o contato direto das mãos com quaisquer
superfícies usinadas.
4.6.2 Juntas e gaxetas

As juntas e gaxetas, embora não possam ser consideradas necessariamente frágeis, requer
igual proteção contra dobras, rasgos e deformações durante a preservação e o manuseio.
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Isto se aplica não só às juntas e gaxetas de materiais não metálicos, como também às peças
encamisadas, ou mesmo inteiramente metálicas. A natureza de sua aplicação requer que
sejam preservadas suas características dimensionais e o bom estado de suas superfícies, de
modo a garantir uma vedação adequada no momento da instalação destas peças.
4.6.3 Borracha, polímeros e superfícies pintadas

Os componentes de borracha, polímeros e as superfícies pintadas não devem ser limpos com
solventes. Estas partes devem, se possível, ser desmontadas ou convenientemente
protegidas antes da limpeza.

4.6.4 Válvulas

• As válvulas gaveta, globo, agulha, borboleta e de retenção devem ser armazenadas


fechadas.
• As válvulas de esfera e macho devem ser armazenadas abertas.
• As válvulas diafragma são normalmente armazenadas abertas, exceto quando
recomendado em contrário pelo fabricante.

4.6.5 Caldeiraria e tubulação

Os materiais de caldeiraria e tubulação requerem movimentação cuidadosa. Eventuais


choques mecânicos podem vir a causar deformações ou empenamentos nestas peças, bem
como mossas ou arranhões nas superfícies de vedação.

4.6.6 Materiais elétricos

• Os materiais elétricos, em geral, devem ser preservados contra poeira e ação da


umidade, e acondicionados em embalagens adequadas.
• Deve-se evitar curto-circuito nos terminais das baterias, bem como o derramamento
de eletrólito durante sua movimentação.
• Os isoladores, buchas e pára-raios devem ser cuidadosamente manuseados para
que não sofram danos em seus componentes cerâmicos.
• Cabos de média e alta tensão devem ser protegidos nas suas extremidades com
coifas, para evitar a penetração de umidade. Durante sua movimentação, é
imprescindível que sejam evitados danos em seus isolamentos.

4.6.7 Segurança – EPI’s

Na execução de serviços de preservação de materiais é recomendado o uso de EPI’s, que


devem ser analisados caso a caso:
• Luvas de plástico ou borracha, resistentes a óleo;
• Luvas de raspa;
• Avental impermeável;
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• Óculos de segurança ampla visão;


• Máscara contra pó;
• Máscara contra gases e vapores
Apesar de, na prática, os volumes de produtos químicos manipulados serem bastante
limitados, a área de trabalho deve ser arejada, com a renovação adequada de ar, por
processo natural ou forçado (coifas).
Caso necessário, deverá ser feita a análise das características dos riscos ocupacionais e o
monitoramento dos níveis de exposição.
Tendo em conta a manipulação de produtos inflamáveis, recomenda-se a instalação de
agentes extintores no local, particularmente para incêndios da classe B, para o qual são
indicados os agentes extintores de pó químico.

4.7 PERIODICIDADE DAS ATIVIDADES DE PRESERVAÇÃO


• A periodicidade das atividades de preservação está estreitamente relacionada com o
método de preservação usado, sendo as principais variáveis a natureza da película
protetora, o tipo de embalagem utilizada e o local de armazenamento
correspondente.
• Tendo em vista o aspecto econômico e as conveniências de ordem operacional, os
métodos de preservação recomendados têm validade mínima de um ano, nos casos
mais críticos. A grande maioria das aplicações, no entanto, não precisará ser refeita
no período de dois a três anos após sua aplicação.
• A periodicidade a ser adotada para cada tipo de material está indicada nos
procedimentos para preservação da respectiva família.

4.8 INSTALAÇÕES PARA PRESERVAÇÃO


O arranjo físico das instalações deve ser feito de maneira a permitir a movimentação das
peças dentro da seqüência natural das atividades de preservação, sendo dispostos os
diversos equipamentos e acessórios em um arranjo seqüencial, segundo as diferentes etapas
de limpeza, secagem, aplicação do produto de preservação e embalagem, além da área de
armazenamento de peças preservadas.

4.9 RECURSOS UTILIZADOS PARA PRESERVAÇÃO


• Bancada com conjunto de tanques em aço inox, com dreno para utilização de
decapantes, solventes, produtos de preservação, etc.;
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• Exaustor de ar;
• Extintor de pó químico;
• Instalação de ar comprimido;
• Instalações de água;
• Bancada de trabalho;
• Armário para armazenamento dos materiais de preservação, ferramentas e EPI’s;
• Máquina de selar plástico;
• Estante e/ou estrado para armazenamento provisório dos materiais, antes, durante e
após a preservação.

4.10 ÁREAS DE ARMAZENAMENTO


4.10.1 Área descoberta
• As áreas descobertas são evidentemente as mais desfavoráveis, sob o ponto de
vista da preservação dos materiais estocados, devido à influência da exposição
direta ao tempo e à atmosfera industrial.
• Os materiais armazenados em áreas descobertas são normalmente de grande porte,
ou com superfícies menos acabadas, cujo armazenamento em área fechada não
seria econômico, a exemplo de equipamentos e sobressalentes de grande porte,
materiais estruturais (barras, perfis, tubos e chapas em geral), tubulações e
acessórios de grande diâmetro.
• Os equipamentos de grande porte e seus sobressalentes, tais como feixes tubulares
e serpentinas, quando armazenados nestas áreas, além da película protetora de
preservação, devem ser recobertas com lonas de plástico para uma maior proteção.

4.10.2 Áreas cobertas e abertas

Muitos materiais podem ser armazenados, alternativamente, em áreas cobertas, devido à


área ocupada em áreas fechadas, como por exemplo:
• Tubos de pequeno diâmetro;
• Barras, perfis e chapas de pequena espessura;
• Válvulas, carcaças e blocos de maior porte;
• Transformadores de grande potência;
• Produtos químicos.
• Produtos voláteis e inflamáveis, que requerem instalações elétricas à prova de
explosão.

4.10.3 Área coberta e fechada


Nº REV.
PROCEDIMENTO PR-5290.00-8911-978-MAV-011 A
FOLHA
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TÍTULO:
IERENEST-I / ENG
PLANO DE PRESERVAÇÃO
NP-1

• As áreas cobertas e fechadas oferecem proteção adequada para a maior parte dos
materiais armazenados.
• A ventilação e circulação do ar são exigidas para áreas destinadas ao
armazenamento de produtos químicos em geral.

4.10.4 Área refrigerada

• Alguns itens das especialidades de eletricidade e de instrumentação requerem


armazenamento em ambientes protegidos e com umidade controlada (abaixo de
60%), especialmente instrumentos e componentes eletro-eletrônicos.
• Por se tratar de área fechada e limpa, também pode ser utilizada para
armazenamento de materiais de escritório, rolamentos, e também é indicada para
itens de borracha (polímeros), quando a temperatura ambiente for elevada.
• Alguns outros itens requerem seu armazenamento em refrigeradores, a exemplo de
resinas e catalisadores, os quais teriam seus prazos de validade bastante
comprometidos se armazenados em condições ambientes usuais. Em alguns casos,
poderá ser requeridos instrumentos de medição e registro dos níveis de temperatura
e umidade.

4.10.5 Área aquecida

Os materiais que devem ser protegidos da umidade, como eletrodos de solda revestidos e
motores elétricos, devem ser armazenados em áreas aquecidas.
O aquecimento poderá ser obtido por resistências elétricas ou lâmpadas incandescentes,
conforme o caso.

4.11 PLANO DE PRESERVAÇÃO


Em função de todos os aspectos acima descritos, a elaboração de um plano para a
preservação de materiais passa por diversas etapas, a saber:
• Recebimento do material / equipamento - avaliar quanto a necessidade ou não de
incluí-lo no roteiro de preservação;
• Inspeção do recebimento do material / equipamento - realizar a inspeção inicial de
acordo com os padrões estabelecidos, identificando eventuais danos nas
embalagens, e providenciando quando for o caso, a recomposição adequada da
preservação;
• Armazenagem do material / equipamento - definir os cuidados quanto à localização e
o tipo de ambiente a ser alocado;
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PLANO DE PRESERVAÇÃO
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• Entrega do material / equipamento - Nesta operação ocorre a “inspeção final”,


quando é assegurada a entrega dos itens em condições plenas de utilização.

4.12 ELABORAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS PARA PRESERVAÇÃO POR FAMÍLIA DE


MATERIAIS
O procedimento deverá ser elaborado seguindo as seguintes premissas:
• Famílias com características similares quanto à preservação;
• Tipos de preservação a serem aplicadas;
• Periodicidades de inspeção.

4.13 SGC
O SGC – Sistema de Gerenciamento de Comissionamento – é o sistema que gerencia as
atividades de preservação dos equipamentos que chegam à RNEST.
Periodicamente, o usuário deve cadastrar no SGC os equipamentos que irão chegar à
RNEST, de acordo com informações coletadas no painel de suprimentos da rede da
PETROBRAS.
Assim que o equipamento é cadastrado, o sistema gera as atividades de preservação que
deverão ser realizadas. O SGC já vem cadastrado com algumas atividades de preservação.
Ainda assim, é preciso que o usuário faça uma análise crítica destas atividades, para garantir
que todas as atividades necessárias ao equipamento sejam realizadas.
No momento em que o equipamento chega à RNEST, o usuário deverá acessar o SGC e
informar a data de chegada.
Uma vez por semana, preferencialmente no mesmo dia da semana, ou se não for possível,
um dia antes, o usuário deverá acessar o SGC e gerar a “Programação de Preservação”, de
acordo com o período selecionado.
Quando as atividades de preservação em um determinado equipamento forem finalizadas, o
usuário deverá informar ao sistema, e então gerar uma etiqueta de preservação, que deverá
ser fixada no equipamento.

4.14 CADASTRO DE SOBRESSALENTES E ACESSÓRIOS


Após a preservação, os sobressalentes e acessórios deverão ser cadastrados no arquivo
“Planilha de cadastro de equipamentos.xls”.
Após o cadastro, a caixa deverá ser identificada com uma placa informando que o material foi
inspecionado, preservado e cadastrado.
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5. CONTROLE DOS REGISTROS

Não se aplica.

6. RFERÊNCIAS

• Procedimento para Recebimento, Identificação, Armazenamento e Expedição –


PR-5290.00-8911-978-MAV-001.
• Anexo Contratual VII – Diretriz Contratual de Produtividade com Segurança.

7. ANEXOS

Não se aplica.

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