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1046
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Registro: 2019.0000424051
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1052221-51.2018.8.26.0053 e código C432F48.
ACÓRDÃO
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CARLOS EDUARDO PACHI, liberado nos autos em 30/05/2019 às 14:43 .
O julgamento teve a participação dos Exmos.
Desembargadores MOREIRA DE CARVALHO (Presidente sem voto),
REBOUÇAS DE CARVALHO E DÉCIO NOTARANGELI.
Voto nº 30.471
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(Juiz de Primeiro Grau: Evandro Carlos de Oliveira)
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140.786.230,00, para o exercício de 2018, que não pode ser
ignorado Situação que se amolda à tese firmada pelo STF, no
RE nº 598.099/MS Precedentes desta Corte de Justiça. R.
sentença de improcedência mantida, com majoração da verba
honorária.
Recurso improvido.
Vistos, etc.
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Diretrizes Orçamentárias LDO. Menciona a dotação orçamentária aprovada
de R$ 9.726,086,00 somente para cobrir as despesas com vencimentos e
vantagens fixas (LOA 2018), que é aproximadamente o dobro do previsto
nas LOAs de 2015, 2016 e 2017, sem ter atingido o limite de gastos com
pessoal imposto pela LRF e pela LDO. Considera fulminada a tese de defesa,
pois mesmo após a expiração do concurso a Prefeitura continua a autorizar
novos concursos e novas nomeações para diversas Secretarias, sendo
evidente a preterição dos aprovados ante a expiração do concurso público
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da AMLURB, sem contar as nomeações para os cargos em comissão e
funções gratificadas na mesma AMLURB. Questiona a licitação visando à
contratação de serviços técnicos especializados de natureza consultiva no
montante de R$ 30.005.158,48, somada a menção de decisões do TCMSP.
Entende que a situação da apelada não se enquadra nos quatro vetores
hermenêuticos fixados pelo Ministro Gilmar Mendes, no RE nº 598.099/MS
(superveniência, imprevisibilidade, gravidade e necessidade). Questiona o
quadro de pessoal da AMLURB, em maior parte ocupado por comissionados,
contrariando o preenchimento de cargos mediante concurso público e
prejudicando a atividade da própria AMLURB. Por fim, faz menção a caso
análogo, também relativo ao concurso público de 2016, e a acórdão
paradigma deste E. Tribunal de Justiça (fls. 985/1.012).
É o relatório.
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no que toca ao interesse da AMLURB, e publicada a homologação do
resultado final em 25.06.2016.
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se as imposições do art. 37, III, e art. 5º, XXXVI, da CF, bem como os
princípios da boa-fé e da proteção da confiança.
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I. DIREITO À NOMEAÇÃO. CANDIDATO APROVADO
DENTRO DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTAS NO
EDITAL. Dentro do prazo de validade do concurso, a
Administração poderá escolher o momento no qual se
realizará a nomeação, mas não poderá dispor sobre a
própria nomeação, a qual, de acordo com o edital,
passa a constituir um direito do concursando aprovado
e, dessa forma, um dever imposto ao poder público.
Uma vez publicado o edital do concurso com número
específico de vagas, o ato da Administração que declara
os candidatos aprovados no certame cria um dever de
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nomeação para a própria Administração e, portanto,
um direito à nomeação titularizado pelo candidato
aprovado dentro desse número de vagas.
II. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. PRINCÍPIO DA
SEGURANÇA JURÍDICA. BOA-FÉ. PROTEÇÃO À
CONFIANÇA. O dever de boa-fé da Administração
Pública exige o respeito incondicional às regras do
edital, inclusive quanto à previsão das vagas do
concurso público. Isso igualmente decorre de um
necessário e incondicional respeito à segurança jurídica
como princípio do Estado de Direito. Tem-se, aqui, o
princípio da segurança jurídica como princípio de
proteção à confiança. Quando a Administração torna
público um edital de concurso, convocando todos os
cidadãos a participarem de seleção para o
preenchimento de determinadas vagas no serviço
público, ela impreterivelmente gera uma expectativa
quanto ao seu comportamento segundo as regras
previstas nesse edital. Aqueles cidadãos que decidem
se inscrever e participar do certame público depositam
sua confiança no Estado administrador, que deve atuar
de forma responsável quanto às normas do edital e
observar o princípio da segurança jurídica como guia de
comportamento. Isso quer dizer, em outros termos,
que o comportamento da Administração Pública no
decorrer do concurso público deve se pautar pela boa-
fé, tanto no sentido objetivo quanto no aspecto
subjetivo de respeito à confiança nela depositada por
todos os cidadãos.
...
IV. FORÇA NORMATIVA DO PRINCÍPIO DO CONCURSO
PÚBLICO. Esse entendimento, na medida em que
atesta a existência de um direito subjetivo à nomeação,
reconhece e preserva da melhor forma a força
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organização e procedimento e, principalmente, de
garantias fundamentais que possibilitem o seu pleno
exercício pelos cidadãos. O reconhecimento de um
direito subjetivo à nomeação deve passar a impor
limites à atuação da Administração Pública e dela exigir
o estrito cumprimento das normas que regem os
certames, com especial observância dos deveres de
boa-fé e incondicional respeito à confiança dos
cidadãos. O princípio constitucional do concurso público
é fortalecido quando o Poder Público assegura e
observa as garantias fundamentais que viabilizam a
efetividade desse princípio. Ao lado das garantias de
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publicidade, isonomia, transparência, impessoalidade,
entre outras, o direito à nomeação representa também
uma garantia fundamental da plena efetividade do
princípio do concurso público.
V. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.”
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cumprimento do dever de nomeação deve ser
extremamente necessária, de forma que a
Administração somente pode adotar tal medida quando
absolutamente não existirem outros meios menos
gravosos para lidar com a situação excepcional e
imprevisível. De toda forma, a recusa de nomear
candidato aprovado dentro do número de vagas deve
ser devidamente motivada e, dessa forma, passível de
controle pelo Poder Judiciário.”
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esclareceu que, em virtude de problemas de ordem financeiro-
orçamentária, não tinha viabilidade de nomeação dos candidatos aprovados
no concurso público.
ano de 2018, último ano de validade do edital que não teve seu prazo
prorrogado, a AMLURB se viu obrigada a não proceder qualquer nomeação
dos candidatos aprovados.
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representante do Ministério Público do Estado de São Paulo, que entendeu
por bem arquivar o inquérito civil instaurado para investigar os motivos da
não nomeação dos candidatos aprovados para os cargos de Analistas Fiscais
de Serviços, nos seguintes termos:
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financeira, circunstância que impede o incremento dos gastos públicos.
Trata-se, assim, de situação excepcional e que autoriza
o adiamento das investiduras dos candidatos aprovados em seus
respectivos cargos.
...
Significa dizer que, diante da excepcionalidade da crise
financeira, caso ela persista até a expiração do prazo de validade do
concurso, ainda assim será possível sustentar a não obrigatoriedade das
nomeações, posses e dos inícios de exercício.
...
Diante do exposto, esgotadas as diligências e diante da
inexistência de fundamento para a propositura de ação, promovo o
ARQUIVAMENTO do presente inquérito civil, nos termos do artigo 110 da
Lei Complementar Estadual nº 734/93 e do artigo 99, inciso I, do Ato
Normativo nº 484/CPJ/2006.” (Destaquei. Inquérito Civil nº
14.0739.0010729/2016-4 fls. 696/703).
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“APELAÇÃO. Mandado de Segurança. Concurso público
para o cargo de auxiliar técnico em saúde -
enfermagem. Edital nº 04/2013. Candidata que foi
aprovada dentro do número de vagas no edital.
Pretensão à nomeação imediata. Sentença que concede
a segurança. Reforma que se impõe. Situação
excepcionalíssima diante da grave crise econômica
nacional. Precedentes do mesmo concurso julgados
pelo C. Órgão Especial dessa E. Corte no sentido de
acatar o fato de a Administração Pública deixar de
prover tais vagas. Recurso provido para denegar a
segurança.” (AC nº 1023896-37.2016.8.26.0053,
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Relator Oswaldo Luiz Palu, Data do julgamento:
18/06/2018, Data de publicação: 18/06/2018).
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devido à indisponibilidade financeira Ademais, e ao
contrário de outros casos em que ocorre a nomeação
de uma parcela dos aprovados, aqui não houve a
nomeação de nenhum candidato aprovado dentro do
número de vagas oferecido no certame, justamente em
virtude da superveniente restrição orçamentária
Inocorrência de violação ao princípio da isonomia ou da
legalidade Precedentes do E. STJ e do C. STF
Sentença de improcedência mantida Recurso
improvido.” (AC nº 1025342-21.2017.8.26.0577,
Relator Marcelo L Theodósio, 11ª Câmara de Direito
Público, Data do julgamento: 28/02/2019, Data de
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publicação: 28/02/2019).
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esclarecedores no sentido de justificar a não nomeação, não só da autora,
mas de todos os aprovados dentro de número de vagas previsto no mesmo
certame, porquanto presentes os quatro vetores mencionados no RE nº
598.099/MS (superveniência, imprevisibilidade, gravidade e necessidade),
sendo assente a situação excepcional decorrente da queda de recursos
públicos.
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da parte recorrente, inobstante se questione a presença de grande número
de servidores comissionados, não há qualquer prova de que estes exerçam
as mesmas atribuições do cargo de Analista Fiscal de Serviços, até porque,
conforme afirmado pelo recorrido, foi editado o Decreto Municipal nº
57.576/2017 que determinou a exoneração de, no mínimo, 30% dos cargos
de provimento em comissão de cada órgão.
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do mesmo dispositivo legal, com a ressalva de que se trata de beneficiária
da assistência judiciária gratuita.
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