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CAMPUS RUSSAS
ENGENHARIA MECÂNICA
REFRIGERAÇÃO E CONDICIONAMENTO DE AR
Prof.: Dr. Silvia Teles
RUSSAS
2018
1. Introdução
Como local foi escolhido a cidade de São Paulo e como orientação a frente da casa para o
Sul.
Com base na cidade escolhida, São Paulo, é necessário determinar as propriedades do ar externo
na cidade, a tabela do Anexo A.3 da norma fornece as informações de algumas cidades, como a que
foi escolhida.
Umidade
Temperatura de específica kg de Volume
São Paulo Entalpia kJ/kg
bulbo seco °C vapor/kg de ar específico m³/kg
seco
Ar externo verão 32.1 0.0117 62.29 0.97
Ar interno 26 0.0115 55.43 0.944
Tabela 3 - Dados psicométricos de São Paulo
Dormitório 1 e 2
Vazão em Vazão em Variação de Entalpia Carga Térmica do
-
Volume (m³/h) Massa (kg/s) (kJ/kg) Ar Externo (W)
Calor Total
do Ar 21.168 0.00606185567 6.86 41.5843299
Externo
Variação de Umidade
- - - Específica (kg -
vapor/kg ar seco)
Calor Latente 21.168 0.00606185567 0.0002 3.032140206
Calor
- - - 38.55218969
Sensível
Tabela 5 - Carga Térmica de Infiltração/Renovação dos Dormitórios 1 e 2
Dormitório 3
Vazão em Vazão em Variação de entalpia Carga Térmica do
-
Volume m³/h Massa kg/s kJ/kg Ar Externo W
Calor Total
0.00937113402
do Ar 32.724 6.86 64.28597938
1
Externo
Variação de Umidade
- - - Específica (kg -
vapor/kg ar seco)
0.00937113402
Calor Latente 32.724 0.0002 4.687441237
1
Calor
- - - 59.59853814
Sensível
Tabela 6 - Carga Térmica de Infiltração/Renovação do Dormitório 3
2.5 Coeficientes de transmissão de calor por superfícies opacas (paredes, pisos, lajes
e telhados)
Diferença de
Dimensão do Dimensão da Temperatura da
Parede/Janela/Laje Comprimento largura dos quartos Área (m²) Carga de
dos Quartos (m) (m) Resfriamento
(°C)
Parede Oeste 1 2.8 2.5 5.5 14.95
Parede Oeste 2 2.8 2.5 5.5 14.95
Parede Oeste 3 2.6 2.5 5 14.95
Janela Oeste 1 1 1.5 1.5 7.95
Janela Oeste 2 1 1.5 1.5 7.95
Janela Oeste 3 1 1.5 1.5 7.95
Parede Leste 1 -
2.8 2.5 7 9.9
AINC
Parede Leste 2 -
1.8 2.5 4.5 9.9
AINC
Parede Leste 3 3.6 2.5 9 18.95
Parede Sul 1 - AINC 2.1 2.5 5.25 9.9
Parede Norte 3 3.15 2.5 7.875 9.95
Laje/Teto - AINC - - 20.85 9.9
Tabela 8 - Áreas de troca de calor e diferença de temperatura na carga de resfriamento
CLTD em função da orientação e do horário
Resistividade
Descrição
Térmica
Parede externa 0.426
Parede interna 0.394
Laje superior 0.590
Piso 0.321
Janela externa com cortina 0.341
Tabela 9 - Resistividade térmica das superfícies
Com base nas tabelas acima e na equação abaixo é possível determinar a carga
térmica devido a insolação nas superfícies.
𝑞𝑠𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠 = 𝐴. 𝐶𝐿𝑇𝐷𝑟 /𝑅
onde,
𝑞𝑠𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠 é a transmissão de calor por superfície opacas;
𝐴é a área da superfície;
𝑅é resistividade térmica da superfície.
Dormitório 1
Diferença de Transmissão de
Temperatura Calor pelas
Resistividade Térmica
Parede/Janela/Laje Área (m²) da Carga de Superfícies
((m².°C)/W)
Resfriamento Internas e
(°C) Externas (W)
Parede Oeste 1 0.426 5.5 14.95 193.0164319
Janela Oeste 1 0.341 1.5 7.95 34.97067449
Parede Leste 1 -
0.426 7 9.9 162.6760563
AINC
Parede Sul 1 -
0.426 5.25 9.9 122.0070423
AINC
Laje/Teto - AINC 0.590 5.88 9.9 98.66440678
Piso/Laje Interna -
0.321 5.88 9.9 181.3457944
AINC
Total - - - 792.6804062
Tabela 10 - Transferência de calor pelas superfícies externas e internas no Dormitório 1
Já para o quarto 2, que possui a mesma área do quarto 1, mas com superfícies
adjacentes, temos:
Dormitório 2
Diferença de
Transmissão de Calor
Resistividade Temperatura da
pelas Superfícies
Parede/Janela/Laje Térmica Área (m²) Carga de
Internas e Externas
((m².°C)/W) Resfriamento
(W)
(°C)
Parede Oeste 2 0.426 5.5 14.95 193.0164319
Janela Oeste 2 0.341 1.5 7.95 34.97067449
Parede Leste 2 -
0.426 4.5 9.9 104.5774648
AINC
Laje/Teto - AINC 0.590 5.88 9.9 98.66440678
Piso/Laje Interna -
0.321 5.88 9.9 181.3457944
AINC
Total - - - 612.5747724
Tabela 11 - Transferência de calor pelas superfícies externas e internas no Dormitório 2
Após determinar as cargas para as superfícies opacas, temos que calcular a carga nas
superfícies transparentes (janelas), para isso, assim como no tópico anterior devemos calcular
a área superficial das mesmas.
Dimensão do Dimensão da
Local Orientação Área (m²)
Comprimento (m) Largura (m)
Dormitório 1 Oeste 1 1.5 1.5
Dormitório 2 Oeste 1 1.5 1.5
Dormitório 3 Oeste 1 1.5 1.5
Tabela 13 - Transmissão de calor por janelas
Um dos fatores necessários para determinar a carga é o de ganho por insolação SHGF,
que para a cidade de São Paulo está presente na tabela abaixo retirada da norma.
Tabela 14 - Fator de ganho de calor por insolação SHGF (Fonte: NBR 16655-3)
O último fator é o fator de sombreamento, que para o nosso problema foi considerada
que todas as janelas possuem cortina.
Transmissã
Fator de
Fator de Ganho o de Calor
Carga de Fator de
Área de Calor por por
Local Orientação Resfriamento Sombreament
(m²) Insolação Superfície
Adimensiona o
(W/m²) Transparent
l
e (W)
Dormitório
1 Oeste 1.5 672 0.82 0.55 94.248
Dormitório
2 Oeste 1.5 672 0.82 0.55 94.248
Dormitório
3 Oeste 1.5 672 0.82 0.55 94.248
Total - - - - - 282.744
Tabela 17 - Transmissão de calor por janelas
A última carga a ser considerada é o calor gerado internamente no ambiente, que pode ser
gerado por pessoas ou equipamentos. Inicialmente, vamos determinar o calor devido as
pessoas, a norma fornece a tabela abaixo, que possui o calor gerado dependendo do tipo de
atividade, como trata-se de dormitórios vamos considerar que as pessoas estão sentadas ou
executando trabalhos leves. Para encontrar o calor total gerado no ambiente basta multiplicar
o número de pessoas pelo o calor gerado por uma pessoa.
Tabela 18 - Carga térmica interna em função de pessoas, iluminação e equipamentos
Para o dormitório 1 e 2, pelo seu espaço reduzido vamos considerar que ficam até 3
pessoas (extrapolando) ao mesmo tempo dentro do ambiente.
Dormitório 1 e 2
Total Total Total
Quantidad Latente Sensível
Pessoas Unitário Latente Sensível Total (W)
e (W) (W)
(W) (W) (W)
Sentadas,
Trabalho 3 75 75 150 225 225 450
leve
Tabela 19 - Carga Térmica de pessoas do dormitório 1 e 2
Dormitório 3
Total Total Total
Quantidad Latente Sensível
Pessoas Unitário Latente Sensível Total (W)
e (W) (W)
(W) (W) (W)
Sentadas,
Trabalho 4 75 75 150 300 300 600
leve
Tabela 20 - Carga Térmica de pessoas do dormitório 3
Para determinar a carga devido a equipamentos, vamos considerar que cada ambiente
possui iluminação, uma televisão e um computador.
Pela a norma a carga devido a iluminação pode ser determinada pela a tabela abaixo,
onde a carga total no ambiente vai ser a potência por área vezes a área da sala.
Com base nas tabelas acima temos que a carga total nos dormitórios 1 e 2, são:
Dormitório 1 e 2
Fator de
Potência Total Carga de Calor Sensível
Equipamentos Quantidade
Unitária (W) Instalado (W) Resfriamento (W)
(W)
Lâmpadas 2 30 60 1 60
Televisão 1 250 250 0.8 200
Computador 1 135 135 0.8 108
Total - - - - 368
Tabela 24 - Iluminação e equipamentos do dormitório 1 e 2
Já no dormitório 3 é:
Dormitório 3
Fator de
Potência Total Carga de Calor Sensível
Equipamentos Quantidade
Unitária (W) Instalado (W) Resfriamento (W)
(W)
Lâmpadas 3 30 90 1 90
Televisão 1 250 250 0.8 200
Computador 1 135 135 0.8 108
Total - - - - 398
Tabela 25 - Iluminação e equipamentos do dormitório 3
Com todas as cargas calculadas, é possível determinar a carga térmica total de cada
ambiente somando cada parcela calculada acima em cada cômodo. Assim a carga no
dormitório 1 é:
Dormitório 1
Descrição Calor sensível Calor latente Calor total
Transmissão de
792.6804062 0 792.6804062
Superfícies Opacas (W)
Transmissão de
Superfícies 94.248 0 94.248
Transparentes (W)
Infiltração e Renovação
38.55218969 3.032140206 41.5843299
(W)
Pessoas (W) 225 225 450
Iluminação e
368 0 368
Equipamentos (W)
Total (W) 1518.480596 228.0321402 1746.512736
Total (BTU/h) 5184.297749 778.532511 5962.83026
Área de Piso (m²) 5.88 5.88 5.88
Relação (W/m²) 258.2449993 38.78097623 297.0259755
Tabela 26 - Carga térmica total do dormitório 1
No dormitório 2:
Dormitório 2
Descrição Calor sensível Calor latente Calor total
Transmissão de
Superfícies Opacas 612.5747724 0 612.5747724
(W)
Transmissão de
Superfícies 94.248 0 94.248
Transparentes (W)
Infiltração e
38.55218969 3.032140206 41.5843299
Renovação (W)
Iluminação e
368 0 368
Equipamentos (W)
Dormitório 3
Descrição Calor sensível Calor latente Calor total
Transmissão de
Superfícies Opacas 1227.600043 0 1227.600043
(W)
Transmissão de
Superfícies 94.248 0 94.248
Transparentes (W)
Infiltração e
64.28597938 4.687441237 68.97342062
Renovação (W)
Iluminação e
398 0 398
Equipamentos (W)
Com base na carga térmica total e nas propriedades determinadas para o ambiente interno
podemos selecionar o equipamento ideal para o ambiente.
Fonte: http://www.multiarplus.com.br/manuais/samsung/fj_samsung.pdf
Para os Dormitório 1 e 2, que são os menores foi selecionado uma Unidade Interna
da Samsung. Tipo: Neo Forte e Modelo: MH020FNBA.
Fonte: http://www.multiarplus.com.br/manuais/samsung/fj_samsung.pdf
Para os Dormitório 3, foi selecionado uma Unidade Interna da Samsung. Tipo: Neo
Forte e Modelo: MH026FNBA.
Fonte: http://www.multiarplus.com.br/manuais/samsung/fj_samsung.pdf
Optou-se por escolher uma única unidade externa que englobasse os três ar-
condicionados splits, de modo que a unidade externa não ocupasse uma grande área
da parte externa da casa.
Como unidade externa foi selecionado o modelo abaixo:
Modelo: RJ070F4HXBA
Fonte: http://www.multiarplus.com.br/manuais/samsung/fj_samsung.pdf
Especificações:
Fonte: http://www.multiarplus.com.br/manuais/samsung/fj_samsung.pdf
A relação de unidades internas e unidades externas está exposta na tabela abaixo, onde é
possível coletar diversas informações sobre os equipamentos. A situação adotada neste
trabalho foi para o caso de 3 unidades e modelos de ar-condicionado de 20+20+26, onde
apresenta um EER de 3,61.
Fonte: http://www.multiarplus.com.br/manuais/samsung/fj_samsung.pdf
4. Conclusão