Com a evolução do atendimento médico hospitalar, houve a necessidade
de se registrar os procedimentos, a terapêutica, as condutas empregadas. Considerou-se a necessidade de um sistema para quantificar estas informações em dados. Para mensurar as informações criou-se um instrumento, com necessidade de análise e ações a serem realizadas. Alguns exemplos e nomes relacionados aos indicadores na área da saúde: 1662 - John Graunt: análise de nascimento e óbitos semanais na cidade de Londres, quantificando o padrão de morbidade em sua população. 1839 - William Fart: cria um registro anual de mortalidade e morbidade para a Inglaterra e País de Gales, institucionalizando a estatística na área de saúde pública. 1854 - John Snow a partir de seus estudos sobre a cólera em Londres aplicou um raciocínio epidemiológico, resultando em benefícios à população, pela melhoria do abastecimento de água e do sistema de esgotos. 1855 - Florence Nightingale, durante a guerra da Criméia coletou dados e sistematizou práticas de manuseio de arquivos e registros, introduzindo medidas inovadoras no cuidado ao paciente. 1910 - Ernest Codman, formulou o sistema de resultados finais, a primeira proposta para um sistema de gerenciamento de resultados, pelo qual o hospital deveria seguir o paciente para verificar a eficácia dos tratamentos. 1913 - O American College of Surgeons – ACS, estabeleceu como um de seus objetivos o aperfeiçoamento da qualidade no cuidado dos pacientes cirúrgicos e o estabelecimento de padrões para os hospitais. 1960 - A Joint Commission percebeu que a maioria dos hospitais americanos, já havia alcançado os padrões mínimos exigidos, considerou a necessidade de desenvolver padrões considerados ótimos, o que ocorreu na década de 70. 1989 - O processo de qualificação hospitalar foi iniciado com a Organização Nacional da Saúde, criando padrões adequados às realidades dos diferentes locais, juntamente com a Organização Pan-Americana de Saúde – OPAS. 1990 a Associação Paulista de Medicina – APM, criou um grupo que ficou responsável pelo desenvolvimento de estudos visando a classificação de hospitais segundo critérios de qualidade, a APM utilizou indicadores hospitalares à metodologia como forma de avaliar a qualidade da assistência. Posteriormente a APM e o Conselho Regional de Medicina deram origem ao Programa de Controle de Qualidade Hospitalar – CQH. 2001 - O Ministério da Saúde reconhece a ONA como a instituição competente e autorizada para o processo de Acreditação Hospitalar. O que são indicadores? “São medidas que contém informações relevantes sobre as dimensões da saúde, bem como o sistema de desempenho da saúde, analisados em conjunto são utilizados para a vigilância sanitária de saúde”. “Para a OMS são marcadores da situação da saúde, desempenho de serviços para definir a monitorização de objetivos, metas e desempenho. “Dados ou informações numéricas que quantificam as entradas e saídas dos processos. São usados para acompanhar e melhorar os resultados ao longo do tempo (FNQ). Para a estatística: É qualquer dado quantitativo, representado por um volume de dados numéricos que apresentam inter-relação. Estes dados permitem a análise estatística e informações para as tomadas de decisão.
Referência:
Binz, Mario Arthur Rochenbach; Roessler, Ione Fuhrmeisteir. Indicadores de Desempenho. 2ª
ed. Brasília. Treinamento: ONA, 2006.
http://qualidadehospitalaregestao.blogspot.com.br/2011/03/normal-0-21-false-false-false-pt- br-x.html acessado em 18/11/2013