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Versão consolidada, com alterações até o dia 28/07/2010
Eu, BERTHOLDO GAUSMANN, Prefeito Municipal de Estrela faço saber, em cumprimento do disposto no
art. 29, inciso III, da Lei Orgânica vigente, que a Câmara Municipal aprovou, em Resolução nº 66/72, e eu
sanciono a seguinte lei:
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta lei ins tui o regime jurídico dos Funcionários do Município.
Art. 2º Para os efeitos deste Estatuto, o funcionário é a pessoa legalmente inves da em cargo público.
Art. 3º Cargo público é o criado por lei, com denominação própria, padrão de vencimentos representado
por referência numérica ou símbolo, descrição sinté ca das atribuições, qualificação mínima para o
exercício e, se for o caso, requisitos legais ou especiais para o provimento.
§ 2º São isolados os que não podem se integrar em classes, ou correspondem a certa e determinada
função.
Art. 6º Carreira é a série de classe da mesma natureza de trabalho, escalonadas, por disposição legal,
segundo o grau de responsabilidade e o nível de complexidade das atribuições.
Art. 8ºÉ vedado cometer ao funcionário encargos ou serviços diversos dos de sua carreira, exceto as
funções de chefia a as comissões legais.
Art. 9º Não haverá equivalência entre diversas carreiras e cargos isolados, quanto às suas atribuições
funcionais e padrão de vencimento.
TÍTULO II
DO PROVIMENTO E DA VACÂNCIA
Capítulo I
DO PROVIMENTO
Seção I
Disposições Gerais
1. Nomeação;
2. Promoção
3. Transferência;
4. Reintegração;
5. Readmissão;
6. Aproveitamento;
7. Reversão
Art. 11 Só poderá ser inves do em cargo público quem sa sfazer os seguintes critérios:
1. Ser brasileiro;
2. Ter completado 18 anos de idade;
3. Estar em gozo dos direitos polí cos;
4. Estar quite com as obrigações militares;
5. Ter boa conduta;
6. Gozar de boa saúde, comprovada em exame médico;
7. Possuir ap dão para o exercício da função;
8. Ter-se habilitado previamente em concurso, ressalvadas as exceções previstas em lei;
9. Ter atendido as condições especiais prescritas em lei ou regulamento, para determinados cargos ou
carreiras.
Parágrafo único. Para a inves dura em acumulação, serão observadas, ainda, as condições estabelecidas
na Cons tuição federal e legislação complementar per nente.
Seção II
Da Nomeação
Seção III
Do Concurso
Art. 13A nomeação para cargo que deva ser provido em caráter efe vo, depende de habilitação prévia
em concurso público de provas, ou de provas e tulos, respeitada a ordem de classificação dos candidatos
aprovados e vedadas quaisquer vantagens entre os concorrentes, que não sejam expressamente
estabelecidas em lei.
§ 1º Além das normas gerais, os concursos serão regidos por instruções especiais, que deverão ser
expedidas pelo órgão competente, com ampla publicidade.
Parágrafo único. Não estarão sujeitos a limite de idade os ocupantes efe vos de cargos públicos, podendo
dele serem dispensados os detentores de cargo em comissão que contem um ano de serviço ao
Município, pelo menos.
Art. 16 Só serão aceitas inscrições de candidatos que tenham atendido às exigências con das nas normas
gerais e nas instruções especiais.
Art. 17 Os concursados serão julgados por comissão em cuja escolha será levada em conta a idoneidade
e a capacidade, tendo em vista as diferentes provas a serem realizadas.
O prazo máximo de validade dos concursos será de dois anos da data da homologação, podendo
Art. 18
sem menor, se fixado nas instruções especiais.
Seção IV
Do Estágio Probatório
Art. 19 O funcionário nomeado em caráter efe vo, salvo se já for efe vo e estável em outro cargo, fica
sujeito ao estágio probatório de dois anos de exercício ininterrupto, em que serão apurados os seguintes
requisitos:
1. Eficiência;
2. Idoneidade moral;
3. Ap dão;
4. Disciplina;
5. Assiduidade e pontualidade;
6. Dedicação ao serviço.
§ 1º Os chefes de repar ção ou serviço, em que sirvam funcionários sujeitos a estágio probatório, quatro
meses antes do término deste, informarão, reservadamente, ao órgão de pessoal competente, sobre os
requisitos previstos neste ar go.
§ 2º Em seguida, o órgão de pessoal formulará parecer escrito, opinando sobre o merecimento do
estagiário em relação a cada um dos requisitos, concluindo a favor ou contra a confirmação do
funcionário.
§ 3º Desse parecer, se contrário à confirmação, será dada vista ao estagiário, pelo prazo de dez dias, para
oferecimento de defesa.
§ 4º Julgando o parecer e a defesa, o prefeito decretará a exoneração do funcionário, se achar
aconselhável; ou o confirmará, em despacho, se sua decisão for favorável à sua permanência. (Revogado
pela Lei nº 3283/1999)
Art. 20 A apuração dos requisitos de que trata o ar go anterior deverá processar-se de modo que a
exoneração possa ser feita antes de findo o período do estágio.
Parágrafo único. Findo estágio, com pronunciamento favorável, ou sem pronunciamento, o funcionário
tornar-se-á estável. (Revogado pela Lei nº 3283/1999)
Seção V
Da Promoção
Art. 21 Para os cargos organizados em carreira, as promoções serão feitas de classe, obedecidos os
critérios de an guidade e merecimento, alternadamente.
Parágrafo único. As promoções ocorrerão de seis meses da abertura da vaga e produzirão efeitos a conta
do úl mo dia do semestre, se não decretada no prazo legal.
Art. 22 O merecimento apurar-se-á em pontos, avaliados em escala de 0 a 100, para cada um dos
seguintes fatores:
1. Eficiência;
2. Dedicação ao serviço;
3. Disciplina;
4. Pontualidade e assiduidade;
5. Inicia va.
§ 1º Só serão considerados, para efeito de promoção por merecimento, os funcionários que ob verem o
mínimo de 350 pontos, na soma dos fatores enumerados neste ar go.
§ 3º Não serão considerados, para os efeitos do parágrafo anterior, os filhos maiores ou os que exercem
qualquer a vidade remunerada.
Art. 24 Para todos os efeitos, será considerado promovido o funcionário que vier a falecer, sem que, no
prazo legal, tenha sido decretada a promoção que lhe cabia.
Ao funcionário afastado para tratar de interesses par culares, somente se abonarão as vantagens
Art. 25
decorrentes da promoção, a par r da data da reassunção.
Art. 26 Será declarada sem efeito a promoção indevida e, no caso, promovido quem de direito.
§ 2º funcionário promovido indevidamente, salvo dolo ou má fé, não ficará obrigado à res tuição de que
ver recebido.
Art. 27 Não concorrerão à promoção os funcionários que não verem, pelo menos, um ano de efe vo
serviço na classe, salvo se nenhum preencher essa exigência.
Art. 28 Ao funcionário é assegurado o direito de recorrer das decisões à promoção, se entender tenha
sido preterido.
Art. 29 As promoções serão processadas por comissão especial, em que terão par cipação obrigatória o
responsável pelo órgão de pessoal e o procurador (ou Consultor Jurídico) quando houver.
Parágrafo único. As normas para processamento das promoções serão objeto de regulamento.
Seção VI
Das Transferências
Art. 30 O funcionário poderá ser transferido de uma para outro cargo de carreira ou isolado, ou de um
para outro cargo isolado, desde que configurada a semelhança de atribuições e a igualdade de padrão de
vencimento.
§ 2º Nos casos mencionados no parágrafo anterior, deverá ser respeitada a habilitação profissional do
funcionário.
Art. 31 O inters cio para a transferência será de 365 dias de efe vo serviço no cargo.
1. Se for a pedido, só poderá ser feita para a vaga a ser provida por merecimento;
2. Não poderá exceder um terço da classe;
3. Só poderá efe var-se no mês seguinte ao das promoções.
Seção VII
Da Reintegração
Art. 35 A reintegração será feita no cargo anteriormente ocupado; se estes houver sido transformado, no
cargo resultante da transformação e, se ex nto, em cargo de remuneração e funções equivalentes,
atendida a habilitação profissional.
Parágrafo único. Não sendo possível atender ao disposto neste ar go, ficará o reintegrado em
disponibilidade.
Art. 36 O funcionário que es ver ocupando o cargo da reintegração será exonerado, ou, se ocupava
outro cargo, a este reconduzido, sem direito a indenização.
Seção VIII
Da Readmissão
§ 2º readmi do contará o tempo de serviço público anterior, apenas para efeito de aposentadoria,
disponibilidade e adicionais por tempo de serviço.
§ 3º A readmissão do funcionário demi do será obrigatoriamente precedida de reexame do respec vo
processo administra vo e só será determinada ante a conclusão de que não acarrete inconveniência para
o serviço público.
§ 4º Não poderá haver readmissão de funcionário demi do com a clausula "a bem do serviço público",
nem de que não era estável.
Art. 39 Respeitada a habilitação profissional, a readmissão far-se-á na primeira vaga a ser provida por
merecimento.
Seção IX
Do Aproveitamento
§ 2º Se o laudo médico não for favorável, novo exame médico será realizado, após decorridos 90 dias.
§ 3º Provada a incapacidade defini va, será o funcionário aposentado no cargo em que fora posto em
disponibilidade, ressalvadas a hipótese de readaptação.
Art. 41 Se o funcionário, dentro dos prazos legais, não tomar posse ou não entrar em exercício no cargo
em que houver sido aproveitado, será tornada sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade,
com perda de todos os direitos de sua anterior situação, salvo mo vo de força maior devidamente
comprovada.
Art. 42 Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá preferência o de maior tempo de
disponibilidade e, no caso de empate, o de maior tempo de serviço.
Seção X
Da Reversão
§ 3º funcionário rever do a pedido só poderá concorrer à promoção, depois de haverem sido promovidos
todos os que integravam sua classe, à época da reversão.
§ 1º Não poderá reverter à a vidade o funcionário aposentado que conte mais de 60 anos de idade.
§ 2º A reversão a pedido, quando se tratar de carreira, só poderá ser concedida para cargo a ser provido
por merecimento.
Art. 45 O aposentado em cargo isolado não pode reverter para cargo de carreira.
Art. 46 Será tornada sem efeito a reversão e cassada a aposentadoria do funcionário que, dentro dos
prazos legais, não tomar posse ou não entrar no exercício do cargo para o qual haja sido rever do, salvo
mo vo de força maior, devidamente comprovado.
Art. 47 A reversão dará direito à contagem de tempo em que o funcionário aposentado, exclusivamente
para nova aposentadoria.
Art. 48 O funcionário rever do a pedido não poderá ser novamente aposentado, com maior
remuneração, a não ser a decorrente das revisões legais, antes de decorridos cinco anos de reversão,
salvo se sobrevier molés a que o incapacita para o serviço público.
Capítulo II
DA VACÂNCIA
1. Exoneração;
2. Demissão;
3. Promoção;
4. Transferência;
5. Aposentadoria;
6. Falecimento.
Art. 51 A demissão será aplicada como penalidade, nos casos previstos neste Estatuto.
Parágrafo único. A des tuição será aplicada como penalidade, nos casos previstos neste Estatuto.
TÍTULO III
DA POSSE E DO EXERCÍCIO
Capítulo I
DA POSSE
Parágrafo único. Não haverá posse nos casos de promoção, reintegração e designação para o
desempenho de função gra ficada.
Art. 54 A posse verificar-se-á mediante assinatura, pela autoridade competente e pelo funcionário, de
termo em que este se compromete a cumprir fielmente os deveres e atribuições do cargo, bem como as
exigências deste Estatuto e demais leis municipais.
A autoridade que der posse deverá verificar, sob pena de responsabilidade, se foram sa sfeitas as
Art. 55
condições estabelecidas em Lei ou regulamento, para inves dura do cargo.
Art. 56 A posse deverá ocorrer no prazo de 30 dias, contados da publicação do ato de provimento.
§ 1º Esse prazo, a requerimento do interessado, poderá ser prorrogado por mais 30 dias, mediante ato da
autoridade competente para dar posse.
§ 2º tempo inicial do prazo para o funcionário que se encontre em férias ou licença, serão da data em que
voltar ao serviço.
Art. 57 O ato de provimento será tornado sem efeito, se a posse não ocorrer dentro do prazo legal.
Capítulo II
DO EXERCÍCIO
Art. 58 O exercício é o desempenho dos deveres e atribuições do cargo público ou de função gra ficada.
Art. 59 O exercício deve ser dado pelo chefe da repar ção para onde o funcionário foi designado.
1. Da data da publicação oficial do ato, nos casos de reintegração ou designação para o desempenho da
função gra ficada;
2. Da data da posse, nos demais casos.
§ 1º Esse prazo, a requerimento do interessado, poderá ser prorrogado por mais 30 dias, mediante ato da
autoridade competente para dar o exercício.
§ 2º A promoção não interrompe o exercício, que será dado na nova classe, a par r da data da publicação
do ato de promoção.
§ 3º funcionário, transferido ou removido, quando legalmente afastado, terá o prazo para entrar em
exercício contado da data em que voltar ao serviço.
Art. 61 O funcionário deverá ter exercício na repar ção para a qual foi designado, salvo ou casos
expressamente permi dos neste Estatuto.
Art. 62Ao entrar em exercício, o funcionário apresentará ao órgão de pessoal os elementos necessários
ao assentamento individual.
Art. 63 O funcionário inves do em cargo cujo provimento dependa de fiança, não poderá entrar em
exercício sem prévia sa sfação dessa exigência.
§ 1º Será sempre exigida fiança do funcionário que tenha bens, dinheiro ou valores públicos, sob sua
guarda ou responsabilidade.
1. Em dinheiro;
2. Em aval de pessoal sica ou jurídica, com vinculação de bens;
3. Com tulos da dívida pública;
4. Em apólices de seguro de fidelidade funcional, emi das por ins tuição oficial ou empresa legalmente
autorizada.
§ 4º funcionário responsável por alcance ou desvio de bens, dinheiro ou valores públicos, não ficará
isento da responsabilidade administra va, ainda que o valor da fiança cubra os prejuízos verificados.
Art. 64Será tornada sem efeito a nomeação ou designação do funcionário que não entrar em exercício
dentro do prazo legal.
TÍTULO IV
DOS DIREITOS E VANTAGENS
Capítulo I
DO TEMPO DE SERVIÇO
§ 2º Feita a conversão, os dias restantes, até 182, não serão computados; se esse número for excedido,
haverá arredondamento para um ano, para efeito de cálculo de proventos proporcionais de
aposentadoria ou disponibilidade.
Art. 66 Será considerado de efeito, digo, de efe vo exercício o período de afastamento em virtude de:
1. Férias;
2. Casamento, até oito dias;
3. Luto até oito dias, por falecimento de cônjuge, pais, filhos e irmãos;
4. Luto até dois dias, por falecimento de avós, os, padrasto, madrasta, cunhados, genro e nora, sogro e
sogra;
5. Exercício de cargo de provimento em comissão, no Município;
6. Convocação para obrigações decorrentes de serviço militar;
7. Júri e outros serviços obrigatórios por lei;
8. Licença prêmio;
9. Licença a funcionária gestante;
10. Licença para tratamento de saúde, inclusive por acidente em serviço ou molés a profissional;
11. Licença por mo vo de doença em pessoa da família, quando remunerada;
12. Licença para concorrer o cargo ele vo;
13. Missão ou estudo, em outros pontos do território nacional ou no exterior, quando o afastamento
houver sido autorizado pela autoridade competente;
14. Licença para exercer mandato ele vo no Município;
15. Faltas abonadas e jus ficadas.
1. O tempo de serviço público federal, estadual e municipal, inclusive o prestado às suas autarquias;
2. O período de serviço a vo nas forças armadas contando-se em dobro o tempo correspondente a
operações de guerra, de que o funcionário tenha efe vamente par cipado;
3. O tempo de serviço anteriormente prestado ao Município como extranumerário ou sob qualquer forma
de admissão ou contratação, com vínculo emprega cio;
4. O tempo em que o funcionário esteve em disponibilidade ou aposentado.
Art. 68 O tempo de exercício em mandato ele vo, federal, estadual ou em outros municípios será
contado como tempo exclusivamente para fins de aposentadoria, contando-se também para promoção
por an guidade o prestado após a inves dura no cargo público.
Capítulo II
DA ESTABILIDADE
Art. 70O funcionário nomeado em decorrência de aprovação em concurso público adquire estabilidade
após dois anos de efe vo exercício.
§ 1º Ninguém pode adquirir efe vidade ou estabilidade, se não ver prestado concurso público.
Capítulo III
DAS FÉRIAS
Art. 72 O funcionário terá direito ao gozo de trinta dias consecu vos de férias, anualmente, de acordo
com escala organizada pelo órgão competente, sem prejuízo de nenhum direito.
§ 1º Somente depois do primeiro ano de exercício no cargo público, o funcionário adquirirá direito a
férias.
§ 2º Não terá direito a férias o funcionário que, no ano antecedente, ver mais de quinze faltas não
abonadas ou jus ficadas ao serviço.
§ 3º funcionário que ob ver licença para tratar de interesse, só poderá gozar de férias após decorrido um
ano de retorno ao serviço.
§ 4º É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço, bem como converter férias em pagamento
em dinheiro ou contagem de tempo de serviço.
§ 5º Fica vedada a concessão de férias que inicie em véspera de feriado ou fim de semana. (Redação
acrescida pela Lei nº 4851/2009)
§ 6º servidor que solicitar exoneração, for exonerado, exceto em caso de exoneração a bem do serviço
público, se aposentar ou falecer, terá direito a remuneração rela va aos períodos completos e
incompletos de férias que não ver gozado com acréscimo de 1/3 (um terço) e quando se tratar do
período incompleto será na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14
(quatorze) dias. (Redação acrescida pela Lei nº 5246/2010)
Art. 73 Em casos excepcionais, as férias poderão ser gozadas em dois períodos, nenhum dos quais
inferior a dez dias, desde que haja interesse para a administração e concordância do funcionário.
Art. 74 É proibida a acumulação de férias, ressalvo o prescrito nos parágrafos deste ar go.
§ 1º Quando, por absoluta necessidade do serviço, o funcionário não puder gozar férias no ano
correspondente, deverá goza-las obrigatoriamente no ano seguinte.
§ 2º Somente serão consideradas como não gozadas por absoluta necessidade no serviço, as férias que o
funcionário deixar de gozar mediante despacho escrito da autoridade competente, exarada em solicitação
escrita e publicada na forma legal, dentro do exercício a que elas corresponderem.
Art. 75 É facultado ao funcionário gozar férias onde lhe convier, cumprindo-lhe, no entanto comunicar,
por escrito, ao chefe da repar ção, o seu endereço eventual.
Art. 76 O funcionário promovido, transferido ou removido, durante a férias, não será obrigado a
apresentar-se antes de termina-las.
Art. 77 Ao entrar em férias, será antecipado um mês de vencimento ao funcionário que o desejar.
Capítulo IV
DAS LICENÇAS
Seção I
Disposições Gerais
Parágrafo único. O ocupante de cargo de provimento em comissão só terá direito às licenças previstas nos
itens I e V.
Art. 79 A licença dependente de exame médico será concedida pelo prazo indicado em atestado ou
laudo de inspeção, na forma estabelecida em regulamento expedido pela autoridade competente.
Parágrafo único. Findo o prazo, poderá haver novo exame e o laudo ou atestado concluíra pela
prorrogação da licença, pela volta ao serviço ou pela aposentadoria.
Parágrafo único. O pedido deverá ser apresentado pelo menos cinco dias antes de findo o prazo da
licença, se indeferido, será contado como licença o período compreendido entre a data do término e a do
conhecimento do despacho, salvo se a demora ocorrer por culpa do funcionário.
Art. 82 As licenças concedidas dentro de sessenta dias contados do término da anterior, serão
consideradas em prorrogação.
Parágrafo único. Para os efeitos deste ar go, somente serão levadas em consideração as licenças da
mesma espécie.
Art. 83 O funcionário não poderá permanecer em licença por prazo superior a dois anos, ressalvadas as
seguintes hipóteses:
a) 1. Se es ver em licença para tratamento de saúde, inclusive de doença profissional ou acidente do
serviço, e for entendido recuperável em laudo de junta médica, pelo prazo fixado nesse laudo;
b) 2. No caso de cônjuge, licenciado para acompanhar funcionário ou militar transferido, quando a licença
pode ser prorrogada por mais dois anos, a requerimento da interessada.
Art. 85 Nos casos de licença relacionadas com a saúde do funcionário ou pessoa da família, o município
pagará apenas a diferença, se houver pagamento por ins tuição de previdência social em que o
funcionário haja sido inscrito.
Seção II
Da licença para tratamento de saúde
§ 1º Em ambos os casos, é indispensável exame médico, que poderá ser realizado a domicílio, quando
necessário.
§ 2º funcionário licenciado para tratamento de saúde não poderá dedicar-se a qualquer a vidade
remunerada, sob pena de ter cassada a licença.
Art. 87 Sempre que possível, os exames para concessão de licença para tratamento de saúde serão
realizados por médico de serviço oficial, do próprio município, ou do Estado ou da união, ou por médicos
credenciados pelo Município.
Parágrafo único. As licenças superiores a sessenta dias dependerão de exames do funcionário por junta
médica.
Será punido disciplinarmente, com suspensão de trinta dias, o funcionário que se recusar ao
Art. 88
exame médico, cessando os efeitos da penalidade logo que se verificar o exame.
Art. 89 Considerado apto, em exame médico, o funcionário reassumirá o exercício do cargo, sob pena de
se considerarem como faltas não jus ficadas os dias de ausência.
Parágrafo único. No curso da licença, poderá o funcionário requerer exame médico, caso se julgue em
condições de reassumir o exercício do cargo.
Seção III
Da Licença por Mo vo de Doença em Pessoa da família
Art. 91O funcionário poderá obter licença, por mo vo de doença de ascendente, descendente, irmãos
ou cônjuge não separado legalmente, provando ser indispensável sua assistência pessoal permanente e
não podendo esta ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo
§ 1º Provar-se-á a doença mediante exame médico, realizado na forma prevista na seção anterior.
§ 2º A licença de que trata este ar go será concedida com vencimento integral, até um mês e, após, com
os seguintes descontos:
§ 4º A prova da indispensabilidade de assistência pessoal será feita pelo exame da situação familiar e das
condições de tratamento acrescida de outros fatores, a critério do Município.
Seção IV
Da Licença à Funcionária Gestante
Art. 92 A funcionária gestante será concedida, mediante exame médico, licença de três meses, com o
vencimento.
Parágrafo único. A licença será concedida a par r da data recomendada no laudo médico, ou a par r da
data do parto se não ver iniciado antes.
Art. 92-A A servidora municipal com jornada de trabalho de 40 horas semanal, terá direito à uma hora
por dia para amamentar o próprio filho, até que este complete seis meses de idade. A hora poderá ser
fracionada em dois períodos de meia hora, se a jornada for de dois turnos.
§ 1º Para a jornada de trabalho de 20 horas semanal, o período para amamentação do filho, nas
condições estabelecida no ar go 92-A, fica reduzida para meia hora por dia.
§ 2º No caso da saúde do filho o exigir, o período de seis meses poderá ser dilatado até mais um mês, por
prescrição médica. (Redação acrescida pela Lei nº 4798/2008)
Seção V
Da Licença para tratamento de Doença Profissional ou em Decorrência de Acidente do Trabalho
Art. 93 O funcionário acome do de doença profissional ou acidentado em serviço, terá direito a licença
com vencimento integral.
§ 1º Acidente é o evento danoso que ver como causa imediata ou mediata, o exercício de atribuições
inerentes ao cargo.
§ 2º Considera-se também acidente a agressão sofrida e não provocada pelo funcionário, no exercício de
suas funções e não provocada pelo funcionário, no exercício de suas funções ou em razão delas.
§ 3º Entende-se por doença profissional a que decorrer das condições do serviço ou de fatos nele
ocorridos, devendo o laudo médico estabelecer-lhe rigorosa caracterização e nexo de causalidade.
§ 4º O percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de
locomoção, inclusive veículo de propriedade do servidor, também considera-se acidente em serviço,
desde que o mesmo apresente em 24 horas:
Seção VI
Da licença para Prestar Serviço Militar
Art. 96 Ao funcionário que for convocado para o serviço militar ou outros encargos de segurança
nacional, será concedida licença com vencimento integral.
§ 4º Idên co tratamento será proporcionado ao funcionário que, por ter feito curso para ser admi do
como oficial da reserva, for convocado para estágio de instrução prevista nos regulamentos militares.
Seção VII
Da Licença por Mo vo de Afastamento do Cônjuge Funcionário ou Militar
Art. 97 A funcionária casada com funcionário público ou militar terá direito a licença, sem vencimentos,
quando o marido for designado para exercer função fora do Município.
Parágrafo único. A licença será concedida mediante requerimento devidamente instruído e durará pelo
tempo que durar a nova função do marido, até o máximo permi do neste Capítulo.
Seção VIII
Da Licença Prêmio
Art. 98Ao funcionário que requerer, será concedida licença prêmio de seis meses com todos os direitos
de seu cargo, após cada decênio de efe vo exercício, observados as disposições desta Seção.
Art. 98 Ao funcionário que requerer, será concedida licença prêmio de três (03) meses, com todos os
direitos de seu cargo, após cada qüinqüênio de efe vo exercício, observadas as disposições desta seção.
(Redação dada pela Lei nº 3032/1997)
Parágrafo único. Somente o tempo de serviço prestado ao município como funcionário, será contado para
fins de licença prêmio.
Art. 99 Não terá direito à licença prêmio o funcionário que, dentro do período aquisi vo, houver:
Art. 100 A licença prêmio, a pedido do funcionário, poderá ser gozada, integral ou parcialmente, atendido
o interesse da administração.
Parágrafo único. No caso de parcelamento, nenhuma parcela poderá ser inferior a dois meses.
Parágrafo único. No caso de parcelamento, nenhuma parcela poderá ser inferior a um (1) mês. (Redação
dada pela Lei nº 3032/1997)
Art. 101 É facultado à autoridade competente, tendo em vista o interesse da administração devidamente
fundamentado, decidir, dentro dos doze meses seguintes à aquisição da licença prêmio, quanto à data de
seu inicio e sobre a sua concessão, por inteiro ou parcialmente.
Art. 102 O funcionário aguardará em exercício o despacho permissivo para entrar no gozo da licença
prêmio.
Art. 103 A licença prêmio não gozada poderá ser conver da em tempo de serviço em dobro, para efeito
de aposentadoria, mediante requerimento do interessado.
A licença prêmio não gozada, mediante requerimento do interessado, poderá ser conver da em
Art. 103
tempo de serviço em dobro, para efeitos de aposentadoria, ou poderá ser remunerada com todas as
vantagens pecuniárias inerentes ao cargo, em até 50% do seu total, ou seja, um mês e meio, não
podendo, entretanto, ser concedida as duas opções de uma só vez. (Redação dada pela Lei nº 3032/1997)
Seção IX
Da Licença para Concorrer a Cargo Ele vo e Exerce-lo
Art. 104 Salvo disposição em contrário de lei federal, o funcionário efe vo ou detentor de cargo em
comissão, candidato a cargo público ele vo, poderá obter licença pelo prazo máximo de 45 dias,
anteriores ao pleito e até a data deste, sem prejuízos do vencimento, desde que requeira, juntamente,
digo, requeira juntando prova do registro de sua candidatura.
Art. 105 O funcionário efe vo inves do em mandato gratuito de Vereador do Município fará jus às
vantagens de seu cargo nos dias em que se ausentar para comparecer às sessões da Câmara.
§ 1º A licença será sem vencimentos se o mandato for remunerado, ressalvado ao funcionário o direito de
opção.
§ 2º A posse no cargo ele vo tornará automá ca a licença, caso está não tenha sido concedida
anteriormente.
§ 3º funcionário afastado, nos termos deste ar go só poderá reassumir o exercício após o término,
ex nção, cassação ou renúncia de mandato.
Art. 107O ocupante de cargo em comissão também tular de cargo de provimento efe vo, será
exonerado daquele e licenciado deste, a par r da data da posse.
Seção X
Da Licença para Tratar de Interesses Par culares
Art. 108 O funcionário estável poderá obter licença para tratar de interesse par cular, sem vencimentos e
por período não superior a dois anos.
Art. 109 Não será concedida licença para tratar de interesse par cular ao funcionário nomeado,
removido ou transferido, antes que assuma o exercício do novo cargo.
Art. 110 A autoridade que deferiu a licença, poderá cassa-la e determinar que o funcionário reassuma o
exercício do cargo, se assim exigir o interesse do serviço.
Art. 111 O funcionário não poderá obter nova licença para tratar de interesse par cular antes de
decorridos dois anos do termino da anterior.
Seção XI
Da Licença Especial
Art. 112O funcionário designado para missão ou estudo em órgãos federais ou estaduais, ou em outro
Município ou no exterior, terá direito a licença especial.
§ 1º A licença poderá ser concedida, a critério da administração, com ou sem prejuízo do vencimento e
demais vantagens do cargo, segundo a missão ou estudo se relacione ou não com as funções
desempenhadas pelo funcionário.
§ 2º início da licença coincidirá com a designação e seu término com a conclusão da missão ou estudo, até
o máximo de dois anos.
Art. 113 O ato que conceder licença com ônus para a administração, deverá ser precedido de minuciosa
exposição, que demonstre a necessidade ou o relevante interesse da missão ou estudo.
Capítulo V
DAS FALTAS ABONADAS E JUSTIFICADAS
Art. 114 Serão abonadas faltas, até o máximo de vinte e quatro por anos, desde que não excedam a três
por mês, quando o funcionário se achar impossibilitado de comparecer ao serviço por molés a
devidamente comprovada.
Parágrafo único. O pedido de abono de faltas deverá ser apresentado dentro de três dias a contar do
retorno ao serviço, por escrito e acompanhado do atestado médico nos termos em que for
regulamentado pela autoridade competente.
Considera-se causa jus ficada o fato que, por sua natureza e circunstância, principalmente pelas
Art. 115
conseqüências de hábito familiar, passo razoavelmente cons tuir escusa de não comparecimento.
Art. 116 O funcionário requererá a jus ficação da falta, por escrito, no primeiro dia em que comparecer à
repar ção, sob pena de ser considerada não jus ficada a ausência.
§ 1º Não poderão ser jus ficadas as faltas que excederem doze por ano, nem mais de duas em um
mesmo mês.
§ 2º Para a jus ficação da falta, poderá ser exigida prova de alegado pelo funcionário.
§ 4º Decidido o pedido de jus ficação, será o requerimento encaminhado ao órgão de pessoal, para as
devidas anotações.
Independente das faltas abonadas e jus ficadas nos termos dos disposi vos anteriores, serão
Art. 117
também jus ficados os afastamentos do serviço durante o período de provas parciais o finais em
estabelecimento de ensino superior, oficial ou reconhecido, em que o funcionário esteja regularmente
matriculado, desde que requerido antecipadamente e comprovado o comparecimento.
Parágrafo único. A vantagem será suprimida para o funcionário que não for promovido de série em dois
anos le vos consecu vos, salvo se por molés a devidamente comprovada.
Capítulo VI
DA DISPONIBILIDADE
Art. 118 O funcionário estável ficará em disponibilidade com vencimento proporcional ao tempo de
serviço, quando:
1. Se o cargo for ex nto e não for possível seu imediato aproveitamento em cargo equivalente;
2. No interesse da administração, se os serviços per nentes a seu cargo forem julgados desnecessários.
Parágrafo único. Restabelecido o cargo, ainda que alterada a sua denominação, o funcionário em
disponibilidade nele será obrigatoriamente aproveitado.
Capítulo VII
DA APOSENTADORIA
1. Por invalidez;
2. Compulsoriamente aos setenta anos de idade;
3. A pedido, após 35 anos de serviço, se for homem, e após 30 anos de serviço se for mulher;
4. Em outros casos e condições estabelecidos em lei complementar.
1. Integrais, nos casos previstos no item III do ar go anterior e nas aposentadorias decorrentes de
acidente do trabalho, molés a profissional ou de tuberculose a va, alienação mental, noeplasia maligna,
cegueira, lepra, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopa a grave, doença de Parkinson,
espondiloartrose anquilosante, nefropa a grave e outras molés as que a Lei indicar, com base nas
conclusões da medicina especializada;
2. Proporcionais, nos demais casos, na razão de um trinta e cinco avos por ano de serviço para o
funcionário do sexo masculino e de um trinta avos por ano de serviço para a funcionária mulher.
Parágrafo único. O provento da aposentadoria não poderá ser superior à remuneração da a vidade, nem
inferior a setenta por sento desta.
Art. 122 O retardamento do ato declaratório da aposentadoria compulsória não impede que o
funcionário deixe o exercício do cargo no dia imediato aquele em que completar setenta anos de idade.
Art. 123 A aposentadoria por invalidez será concedida à vista de laudo de junto médica que conclua pela
incapacidade defini va do funcionário para o serviço público em geral, sem possibilidade de readaptação.
Art. 124As disposições referentes à aposentadoria aplicam-se ao ocupante de cargo de provimento em
comissão ou função gra ficada, que conte cinco anos consecu vos ou dez anos não consecu vos de
serviço público prestado ao Município em posições dessa natureza.
Art. 125 Os proventos da ina vidade serão revistos sempre que forem alterados os vencimentos dos
funcionários em a vidade sendo-lhes atribuído aumento igual ao que for concedido ao a vo de igual
situação funcional observadas a proporcionalidade ao tempo de serviço quando a aposentadoria não
ocorreu com proventos igual ao vencimento da a vidade.
Capítulo VIII
DA ASSISTÊNCIA DO FUNCIONÁRIO E À SUA FAMÍLIA
O Município providenciará para a efe va inscrição de seus funcionários em ins tuição oficial de
Art. 126
Previdência Social.
Art. 127 Enquanto não se efe var essa inscrição, e se houver possibilidade financeira, o Município lhes
dará outros pos de assistência.
Parágrafo único. Os serviços de assistência poderão ser gratuitos ou cobrados pelo custo, para desconto
em folha de pagamento que não ultrapasse a trinta por cento da remuneração.
Art. 130 A viúva de funcionário que falecer por mo vo de acidente no trabalho, ou, na falta desta, aos
filhos enquanto menores, será concedida pensão de valor igual à diferença entre o valor de vencimento e
o da pensão previdenciária decorrente do cargo, ou igual ao vencimento se esta exis r.
Parágrafo único. A pensão concedida na forma deste ar go, será sempre reajustada na proporção dos
aumentos de vencimentos do cargo correspondente.
Art. 131 Ao funcionário acome do de doença profissional ou acidente de serviço, além do vencimento
integral assegurado na Seção correspondente, será concedido transporte dos limites territoriais do
Estado, com direito a um acompanhante se necessário, no caso de esse deslocamento ser recomendado
em laudo de junta médica como condição de tratamento.
Parágrafo único. Quando a assistência de que trata este ar go for atendida pela previdência social
decorrente do cargo, o município apenas concederá a diferença.
Capítulo IX
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 132 É assegurado ao funcionário o direito de requerer ou representar.
Art. 133 Toda solicitação, qualquer que seja a sua natureza, deverá:
Art. 134As solicitações deverão ser decididas dentro de trinta dias, contados do seu recebimento no
protocolo.
Parágrafo único. Proferida a decisão, será ela imediatamente publicada ou dado conhecimento oficial de
seu conteúdo ao solicitante, sob pena de responsabilidade do funcionário encarregado.
Art. 136 O prazo de prescrição terá seu termo inicial na data da publicação oficial da decisão ou da
ciência expressa do interessado.
TÍTULO V
DOS DIREITOS E VANTAGENS DE ORDENS PECUNIÁRIA
Capítulo I
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
Art. 139 Vencimento é a retribuição para ao funcionário pelo efe vo exercício do cargo, correspondente
ao padrão fixado em lei, acrescido das vantagens a ele incorporadas para todos os efeitos legais.
Remuneração é o vencimento acrescido das vantagens pecuniárias que a ele não se incorporam,
Art. 140
percebidas com con nuidade em razão do exercício.
Art. 141 Os vencimentos devem obedecer equivalência, na Câmara municipal, em relação aos do
Execu vo, quando as atribuições forem iguais ou semelhantes.
Parágrafo único. Observado o disposto neste ar go, é vedada a vinculação ou equiparação de qualquer
natureza, pêra efeito da remuneração de pessoal.
§ 1º implicam em perda total da remuneração, ressalvadas a jus ficação ou abono de faltas, na forma
prescrita neste Estatuto.
§ 3º No caso de faltas consecu vas, serão contados como tal os domingos e feriados intercalados.
Capítulo II
DAS VANTAGENS DE ORDEM PECUNIÁRIAS
Seção I
Disposições Gerais
Art. 144 Além do vencimento padrão fixado em lei, poderão ser concedidas ao funcionário as seguintes
vantagens:
1. Diárias;
2. Gra ficações;
3. Ajuda de custo;
4. Avanços;
5. Adicionais por tempo de serviço;
6. Salário família;
7. Auxílio doença;
8. Auxílio para diferença de caixa;
9. Auxílio funeral.
Seção II
Das Diárias
Art. 145Ao funcionário que, por determinação da autoridade competente, se deslocar temporariamente
do Município, no desempenho de suas atribuições, ou em missão ou estado de interesse da
administração, serão concedidas, além de transporte, a tulo de indenização diárias para alimentação e
pousada, nas bases fixadas em regulamento.
Seção III
Das Gra ficações
Art. 147O funcionário convocado para trabalhar fora do horário de seu expediente terá direito a
gra ficação por serviços extraordinários.
Parágrafo único. O exercício de cargo em comissão ou de função gra ficada exclui a gra ficação por
serviços extraordinários.
Art. 148 A prestação de serviços extraordinários só pode ocorrer por expressa determinação da
autoridade competente, mediante solicitação fundamentada do chefe da repar ção, ou de o cio.
§ 1º A gra ficação será paga por hora de trabalho que exceda o período normal de expediente, na mesma
base de vencimento percebido pelo funcionário.
§ 2º Salvo casos excepcionais, devidamente jus ficados, não serão pagas mais de duas horas diárias de
serviço extraordinário.
§ 3º Quando o serviço extraordinário for noturno, assim entendido o que for prestado no período
compreendido entre 22 e 5 horas o valor da hora será acrescida de 25%.
Art. 149A gra ficação pela execução ou colaboração em trabalhos técnicos ou cien ficos será arbitrada
pela autoridade competente, após a conclusão do trabalho, ou previamente, quando assim for
necessário.
Art. 150 A gra ficação pela par cipação de órgão de deliberação cole va ou pelo exercício de encargos
de membro de banca ou comissão ou concurso, ou seu auxiliar, será fixado no próprio ato de designação,
observados os limites previstos em regulamento ou jus ficadamente tendo em vista as caracterís cas do
encargo.
Seção IV
Das Ajudas de Custo
Art. 151 A ajuda de custo des na-se a cobrir as despesas de viagem a instalação do funcionário que for
designado para exercer missão ou estudo fora do município, por tempo que jus fique a mudança
temporária de residência.
Parágrafo único. A concessão da ajuda de custo ficará a critério da autoridade competente, que
considerará os aspectos relacionados com a distância percorrida, o número de pessoas que
acompanharão o funcionário e o tempo de viagem.
Art. 152 A ajuda de custo não poderá exceder o dobro do vencimento do funcionário, salvo quando o
deslocamento for para o exterior caso em que poderá ser até de quatro vezes o vencimento, desde que
arbitrada jus ficadamente.
Seção V
Doa Avanços
Art. 153 Após cada três anos de serviço prestado ao município em cargo de provimento efe vo, o
funcionário terá direito a um avanço, até o máximo de dez, cada um no valor de cinco por cento do
vencimento básico do padrão do cargo em que es ver inves do, ao qual se incorpora para todos os
efeitos legais.
§ 2º Será contado, para fins de avanço, o tempo durante o qual o funcionário efe vo es ver no exercício
do cargo de provimento em comissão no Município, assim como todos os afastamentos legalmente
considerados como de efe vo exercício.
§ 3º Cada falta não jus ficada aos serviços e as multas ou suspensões até cinco dias serão descontadas
em décuplo.
§ 4º Será considerada suspensão por um ano a efe vidade para fins de avanço, se o funcionário, durante
o triênio houver sido punido com pena disciplinar de multa ou suspensão por prazo superior de cinco
dias.
Art. 154 O funcionário provido em outro cargo, por nomeação, promoção, transferência ou
aproveitamento, manterá os avanços trienais conquistados no cargo anterior.
Seção VI
Dos Adicionais por Tempo de Serviço
§ 1º adicional de quinze por cento cessará uma vez concedido o de vinte e cinco por cento.
§ 2º Além do serviço prestado ao Município, e salvo o prescrito nos parágrafos 4º e 5º, somente será
computado tempo de serviço estranho ao Município até o máximo de:
§ 5º Computar-se-á total do tempo de serviço prestado à União, aos Estados a aos municípios, desde que
prova a reciprocidade de tratamento, por parte dessas en dades, com relação ao serviço prestado ao
Município.
Seção VII
Do Salário Família
Art. 156 O salário família será concedido, na importância que a lei determinar, a todo o funcionário, a vo
ou ina vo.
1. Por filho menor de 14 anos;
2. Pro filho inválido, de qualquer idade, que seja comprovadamente incapaz de exercer qualquer a vidade
remunerada;
3. Pela esposa, durante a manutenção da sociedade conjugal, desde que não seja ela servidora pública,
nem perceba, sob qualquer tulo, rendimento de cofres públicos, em montante superior ao salário
família legalmente es pulado.
§ 1º Compreende-se neste ar go os filhos de qualquer condição, os enteados, os ado vos, e o menor que
mediante autorização judicial viver sob a guarda e sustento do funcionário.
§ 2º São condições para percepção do salário família:
1. Que as pessoas relacionadas neste ar go vivam efe vamente às expensas do funcionário;
2. Que a invalidez de que trata o item II seja comprovada mediante inspeção médica, realizada por junta
médica na forma em que for regulamentada pelo Município.
§ 3º No caso de ambos os cônjuges serem servidores públicos, o direito de um exclui o direito de outro,
embora pertençam a órbitas administra vas diferentes.
§ 4º Quando pai e mãe forem funcionários ou ina vos e viverem em comum, o salário família será pago
ao pai, podendo este transferir seu direito para a esposa.
§ 5º Se não viverem em comum, será concedido ao que ver os dependentes sob sua guarda e às suas
expensas ou se ambos os verem, a um e outro, de acordo com a respec va distribuição. (Revogado pela
Lei nº 1343/1973)
Art. 157 O funcionário que acumula cargo municipal com cargo ou função em outra en dade da
administração pública, direta ou indireta, só poderá perceber o salário família pelo Município se por ele
optar, apresentando prova hábil de que não percebe na outra esfera onde trabalha. (Revogado pela Lei nº
1343/1973)
Art. 158 O salário família, em casos especiais, será pago diretamente à pessoa a quem, por autorização
judicial, esteja confiada a guarda e manutenção de filhos do funcionário ou aposentado. (Revogado pela
Lei nº 1343/1973)
Art. 159 A verificação das condições estabelecidas para percepção do salário família terá por base as
declarações do funcionário, devidamente comprovadas, ficando este disciplinar e criminalmente
responsável pelas falsidades porventura constantes de tais declarações, além de ser obrigado a devolver
aos cofres municipais as quan as que houver recebido ilegalmente.
§ 1º As declarações e provas referidas neste ar go serão produzidas de acordo com as normas
estabelecidas em regulamento, e renovadas anualmente as que, por sua natureza, dependem de
comprovação periódica.
§ 2º Qualquer alteração, rela vamente aos dependentes, que tenha reflexo nos termos de concessão do
abono familiar, deverá ser comunicado dentro do prazo de quinze dias da data em que a alteração haja
ocorrido, sob pena de lhes serem aplicadas as sanções previstas neste ar go. (Revogado pela Lei nº
1343/1973)
Art. 160 O salário família não sofrerá redução por mo vo de faltas ao serviço ou de pena disciplinar de
suspensão ou multa. (Revogado pela Lei nº 1343/1973)
Seção VIII
Do Auxílio para Diferença de Caixa
Art. 161 Os tesoureiros ou caixas que no exercício do cargo peguem ou recebem em moeda corrente,
perceberão um auxílio para diferenças de caixa, no montante de 15% (quinze por cento) do vencimento
que percebem.
Parágrafo único. O auxílio só será concedido enquanto o funcionário es ver efe vamente executando
serviços de pagamentos ou recebimento e durante as férias regulamentares.
Seção IX
Do Auxílio para Funeral
§ 1º pagamento será autorizado pela autoridade competente, à vista de cer dão de óbito e dos
comprovantes de despesa, se for o caso.
TÍTULO VI
DAS MUTAÇÕES FUNCIONAIS
Capítulo I
DA FUNÇÃO GRATIFICADA
1. Para atender encargo de chefia ou assessoramento, que não jus fique a criação de cargo em comissão.
2. Criada em paralelo com o cargo em comissão, como forma alterna va de provimento na posição de
confiança.
A designação para o exercício da função gra ficada será feita por ato expresso da autoridade
Art. 164
competente.
Art. 165 A gra ficação será percebida cumula vamente com o vencimento do cargo de provimento
efe vo.
Parágrafo único. O funcionário que acumula cargos subs tuirá o exercício de um deles pelo das
atribuições da função gra ficada, podendo optar pela percepção do vencimento dos dois cargos ou o
vencimento de um deles acrescido do valor da gra ficação de função.
Art. 166Não perderá a função gra ficada o funcionário que, sendo seu ocupante, es ver em férias, digo,
es ver ausente em virtude de férias, luto, casamento, licença para tratamento de saúde, licença à
gestante, serviços obrigatórios por lei ou atribuições decorrentes de seu cargo ou função.
Serpa tornado sem efeito a designação do funcionário que não entrar no exercício da função
Art. 167
gra ficada dentro do prazo legal.
Capítulo II
DA SUBSTITUIÇÃO
§ 1º Poderá ser organizada e publicada no mês de dezembro de cada ano, a relação dos subs tutos, para
o ano seguinte.
Art. 169O subs tuto perceberá o mesmo vencimento do cargo de provimento em comissão ou a
gra ficação da função, se a subs tuição ocorrer por prazo superior a trinta dias.
Capítulo III
DA READAPTAÇÃO
Art. 170 A readaptação é a inves dura em cargo mais compa vel com a capacidade do funcionário,
aconselhada em exame procedido por junta médica e mediante verificação da ap dão para o novo cargo,
sob os aspectos de capacidade funcional, de habilitação legal e de saúde, verificados de forma sumária.
Capítulo IV
DA REMOÇÃO E DA PERMUTA
Art. 172Remoção é o deslocamento do funcionário de uma para outra repar ção respeitada a lotação
dos cargos, podendo ocorrer:
Art. 174 A remoção por permuta será procedida de requerimento firmado por ambos os interessados.
Capítulo V
DA LOTAÇÃO
Art. 175 Entende-se por lotação o conjunto de cargos distribuídos a cada órgão, pela autoridade
competente, atento ao total de criados em lei.
TÍTULO VII
DOS DEVERES, DAS PROIBIÇÕES E DA RESPONSABILIDADE
Capítulo I
DOS DEVERES E DAS PROIBIÇÕES
Seção I
Dos Deveres
Art. 176 São deveres do funcionário, além dos que lhe cabem em virtude de seu cargo e dos que
decorrem em geral de sua condição de servidor público:
Seção II
Das Proibições
Capítulo II
DA RESPONSABILIDADE
Seção I
Das Disposições Gerais
Art. 178 O funcionário responderá civil, penal e administra vamente, pelo exercício irregular de suas
atribuições.
Art. 179 A responsabilidade civil decorre da conduta dolosa ou culposa, que importe em juízo para a
fazenda municipal ou para terceiros.
§ 1º funcionário será obrigado a repor, de uma só vez, a importância do prejuízo causado a Fazenda
Municipal, em virtude do alcance, desfalque, ou omissão em efetuar recolhimento ou entradas nos prazos
legais.
§ 2º Nos demais casos a indenização de prejuízos causados a Fazenda municipal, poderá ser liquidada,
mediante desconto em folha de pagamento, nunca excedendo de vinte por cento da remuneração, à falta
de outros bens que respondam pela indenização ressalvados os casos de demissão ou exoneração,
quando a dívida deverá ser liquidada de uma só vez.
Art. 180 A responsabilidade penal será apurada nos termos da legislação federal aplicável.
Art. 181 A responsabilidade administra va será apurada perante os superiores hierárquicos do
funcionário.
Seção II
Das Penalidades
1. Advertência;
2. Repreensão;
3. Multa;
4. Suspensão;
5. Des tuição de funções;
6. Demissão;
7. Cassação da aposentadoria e da disponibilidade.
Art. 183 As penas previstas nos itens II e VII, serão sempre registradas no prontuário individual do
funcionário.
Parágrafo único. Os efeitos das penas estabelecidas neste Estatuto são as seguintes:
1. A pena de multa, que corresponderá a dias de vencimento, implicará também na perda desses dias,
para efeito de an guidade e concessão de avanços;
2. A pena de suspensão implica:
5. A pena de demissão qualificada com a nota "a bem do serviço público" implica:
Art. 185 Não poderá ser aplicada mais de uma pena disciplinar pela mesma infração.
Parágrafo único. No caso de infrações simultâneas, a maior absorve as demais, funcionando estas como
agravantes na gradação da penalidade.
Art. 186 Na aplicação das penas disciplinares serão consideradas a natureza e a gravidade da infração
bem como os danos que dela provieram para o serviço público municipal.
Art. 187A pena de advertência será aplicada verbalmente, nas infrações de natureza leve, visando
sempre o aperfeiçoamento profissional do funcionário.
Art. 188 A pena de repreensão será aplicada por escrito, nos casos seguintes:
Art. 190 A pena de suspensão, que não excederá de noventa dias, aplicar-se-á:
Parágrafo único. Também será punido com pena de suspensão o funcionário que:
Art. 191 A pena de des tuição da função gra ficada será aplicada:
Parágrafo único. Ao detentor de cargo em comissão enquadrado nas disposições deste ar go, caberá a
pena de demissão do cargo em comissão, sem perda do cargo de provimento efe vo de que for tular.
Art. 192 A pena de demissão será aplicada nos casos de:
§ 1º Considera-se abandono de cargo a ausência ao serviço sem justa causa, por mais de trinta dias
consecu vos.
§ 2º Considera-se falta de assuidade para os fins deste ar go, a falta ao serviço, durante o período de
doze meses, por mais de sessenta faltas intercaladas, sem justa causa.
Art. 193 O ato de demissão mencionará sempre a causa da penalidade e seu fundamento legal.
Parágrafo único. Atendendo à gravidade da infração e com vista aos efeitos previsto neste Estatuto, a
pena de demissão poderá ser aplicada com a nota "a bem do serviço público".
Art. 194 Será cassada a aposentadoria e a disponibilidade se ficar provado que o ina vo:
Parágrafo único. Será igualmente cassada a disponibilidade do funcionário que não assumir, no prazo
legal, o exercício do cargo em que tenha sido aproveitado.
Art. 195Para gradação das penas disciplinares, sempre serão consideradas as circunstâncias em que a
infração ver sido come da e a responsabilidade do cargo ocupado pelo infrator.
1. A premeditação;
2. A combinação com outras pessoas, para a prá ca da infração;
3. A acumulação de infrações;
4. O fato de ser come da durante o cumprimento de pena disciplinar;
5. A reincidência.
§ 3º A premeditação consistente no designo formado pelo menos, vinte e quatro horas antes da prá ca
de infração.
§ 4º Dá-se a acumulação quando duas ou mais infrações são come das na mesma ocasião, ou quando
uma é come da antes de ser punida a anterior.
Seção III
Da Prescrição
1. Em dois anos, as faltas sujeitas a repreensão, multa, suspensão ou des tuição de função;
2. Em quatro anos as faltas sujeitas:
À pena de demissão;
À cassação de aposentadoria e disponibilidade.
Parágrafo único. A falta também prevista na lei penal como crime prescreverá juntamente com esta.
Seção IV
Da Prisão Administra va e da Suspensão Preven va
Art. 198 A autoridade competente, nos casos de alcance ou omissão em efetuar entradas nos prazos
devidos, poderá ordenar a prisão administra va de qualquer responsável por valores e dinheiros
pertencentes à Fazenda Municipal ou que estejam sob guarda desta.
Art. 199 A autoridade competente poderá determinar a suspensão preven va do funcionário, até trinta
dias, prorrogáveis por igual prazo, se fundamentadamente, houver necessidade de seu afastamento para
apuração de falta a ele imputada.
TPITULO VIII
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
Capítulo I
Art. 201 A autoridade que ver ciência ou no cia de irregularidade no serviço público, deverá determinar
a sua imediata apuração, através de sindicância, salvo se, pelos elementos conhecidos optar desde logo
pela instauração de processo administra vo.
§ 1º A autoridade que determinar instauração de sindicância, fixará o prazo, nuca superior a trinta dias,
para a sua conclusão, prorrogável até o máximo de quinze dias, à vista de solicitação jus ficada do
sindicante.
§ 2º A sindicância será realizada por funcionários designados pela autoridade que a determinar.
Capítulo II
DA INSTAURAÇÃO
O processo administra vo será instaurado pela autoridade competente para a apuração de ação
Art. 202
ou omissão do funcionário puníveis disciplinarmente.
Parágrafo único. Será obrigatório o processo administra vo quando a falta disciplinar imputa, por sua
natureza, possa determinar a pena de demissão, cassação da aposentadoria e da disponibilidade,
assegurada ampla defesa do funcionário.
Art. 203O processo administra vo será realizado por comissão de três funcionários, designada pela
autoridade competente.
§ 1º No ato da designação da comissão processante, um dos seus membros será incumbido de, como
presidente dirigir os trabalhos.
§ 2º presidente da comissão designará um funcionário que poderá ser um dos membros da comissão,
para secretariar os trabalhos.
Art. 204 A comissão processante, sempre que necessário e expressamente determinado no ato da
designação, dedicará todo o tempo aos trabalhos do processo, ficando os membros da comissão, em tal
caso dispensados dos serviços normais da repar ção.
Art. 205 O processo administra vo deve ser concluído no prazo de sessenta dias, prorrogáveis por mais
trinta dias, mediante autorização da autoridade que determinou a sua instauração.
Capítulo III
DOS ATOS E TERMOS PROCESSUAIS
Art. 206 O processo administra vo será iniciado pela citação do indiciado, tomando-se suas declarações e
oferecendo-lhe oportunidade para acompanhar todas as fases do processo.
Parágrafo único. Achando-se o indiciado em lugar incerto ou não sabido, será citado por edital, divulgado
como os demais atos oficiais, com prazo de quinze dias.
Art. 207 A comissão processante assegurará no indiciado todos os meios adequados à ampla defesa.
Art. 208 Tomadas as declarações do indiciado, a ela será dado o prazo de cinco dias, com vista do
processo na repar ção, para oferecer defesa prévia, requerer provas e arrolar testemunhas, até o máximo
de cinco.
Parágrafo único. Havendo mais de um indiciado, o prazo será comum e de dez dias contados a par r da
tomada de declarações do úl mo deles.
Art. 209 A comissão processando, realizará todas as diligências necessárias ao esclarecimento dos fatos,
recorrendo, quando for preciso, a técnicos ou peritos.
§ 1º Será dispensado termo, no tocante à manifestação de técnico ou perito, se por este for elaborado
laudo para ser juntado aos autos.
§ 3º Quando a diligência requerer sigilo em prol do interesse público, dela só se dará ciência ao indiciado,
após realizada.
Art. 211 Se as irregularidades apuradas no processo administra vo cons tuírem crime, o presidente da
comissão processante encaminhará cer dões das peças necessárias ao órgão policial competente, para as
providências cabíveis.
Art. 212 Encerrada a instrução do processo, o presidente da comissão abrirá vista dos autos ao indiciado
ou a seu defensor, dentro da repar ção, para, no prazo de dez dias, apresentar suas razões da defesa
final.
Parágrafo único. O prazo será comum e de quinze dias, se forem dois ou mais indiciados.
Art. 213 Após o decurso do prazo, apresentada defesa final ou não, a comissão apreciará todos os
elementos do processo, apresentando relatório, no qual proporá jus ficadamente, a absolvição ou a
punição do indiciado, neste caso indicando a pena cabível e seu fundamento legal.
Parágrafo único. O relatório e todos os elementos dos autos serão reme dos à autoridade que
determinou a instauração do processo, dentro de dez dias contados do término do prazo para
apresentação da defesa final.
Art. 214 A comissão ficará à disposição da autoridade competente, até a decisão final do processo, para
prestar qualquer esclarecimento julgado necessário ou processar diligência que seja determinada.
§ 1º No caso do item I, alínea a, o prazo para despacho será contado a par r do retorno dos autos.
§ 2º No caso do item I, alínea b, a autoridade superior disporá das mesmas opções e prazos previstos
neste ar go, a par r do recebimento dos autos.
Art. 216 Se o processo não for decidido no prazo legal, o indiciado, se es ver afastado, reassumirá
automa camente o exercício, aguardando decisão.
Parágrafo único. O disposto neste ar go não se aplica aos casos de malversão dos dinheiros públicos,
apurados nos autos, quando o afastamento se prolongará até a decisão final do processo.
Art. 217 Da decisão final, são admi dos os recursos previstos neste Estatuto.
Art. 218O funcionário que es ver respondendo a processo administra vo só poderá ser exonerado a
pedido, após a solução desta e desde que não lhe seja aplicada a pena de demissão.
Art. 219 A decisão defini va proferida em processo administra vo só poderá ser alterada por via de
processo de revisão.
Qualquer funcionário tem o direito de vista em processo administra vo quando houver decisão
Art. 220
que o a nja.
Capítulo IV
DA REVISÃO
Art. 221 A qualquer tempo, poderá ser requerida pelo funcionário punido a revisão do processo
administra vo, do qual lhe tenha resultado pena disciplinar, desde que aduzidos fatos ou circunstâncias
susce veis de demonstrar a sua inocência.
§ 1º Tratando-se de funcionário falecido ou declarado ausente por decisão judicial, a revisão poderá ser
requerida por ascendente, descendente, irmão ou cônjuge.
Art. 222 O processo de revisão correrá em apenso aos autos do processo originário.
§ 1º Junto ao pedido de revisão serão apresentadas as provas que o requerente possuir e a indicação de
testemunhas que arrolar.
§ 2º processo de revisão será realizado por comissão designada segundo os moldes das comissões de
processo administra vo.
Art. 223 As conclusões da comissão serão encaminhadas à autoridade competente dentro de trinta dias,
devendo ser proferida a decisão, fundamentadamente, dentro de dês dias.
Art. 224 Julgada procedente a revisão, será tornada sem efeito ou atenuada a penalidade imposta,
restabelecendo-se os direitos decorrentes dessa decisão.
TÍTULO IX
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 225 O dia 28 de outubro será comemorado no Município como "DIA DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO".
Art. 226 Os prazos previstos neste Estatuto serão contados em dias corridos.
Parágrafo único. Na contagem dos prazos, salvo disposição em contrário, será excluído o dia do começo e
incluído o dia do vencimento. Se esse dia cair em sábado, domingo ou ponto faculta vo, o prazo será
considerado prorrogado até o primeiro dia ú l seguinte.
Art. 227 São isentos de emolumentos municipais os requerimentos, cer dões e outros papéis do
interesse dos funcionários a vos e ina vos, para a produção de direitos junto ao município, desde que
declinada e comprovada essa finalidade.
Art. 228 nenhum funcionário poderá ser transferido de cargo, de o cio, no período de seis meses
anteriores e no de três posteriores a eleições, salvo se em decorrência de reestruturação do quadro.
Art. 229 É vedada a transferência ou remoção, de o cio, de funcionário inves do em cargo ele vo, desde
a expedição do diploma e até o término do mandato.
Art. 230 Serão obrigatoriamente exonerados os ocupantes não estáveis de cargos para cujo provimento
for realizado concurso.
Parágrafo único. As exonerações serão efe vadas dentro de trinta dias a homologação dos concursos.
Art. 231 As férias não gozadas até a vigência deste Estatuto, até o máximo de duas, poderão ser, a
requerimento do interessado, contadas como tempo de serviço para efeito de aposentadoria, ou gozadas
oportunamente, a critério da administração.
Art. 232 Enquanto não se efe var a inscrição dos funcionários em ins tuição de previdência que assegure
pensão, o Município concederá à viúva do funcionário ou, na falta desta, aos filhos enquanto menores,
uma pensão igual a cinqüenta por cento do vencimento do marido, reajustável na proporção dos
aumentos de vencimentos.
Art. 233 Enquanto não se efe var a inscrição dos funcionários em ins tuição de previdência que assegure
tratamento gratuito por acidente em serviço, o Município custeará esse tratamento, nos moldes adotados
pelo sistema nacional de previdência.
Art. 234Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogado o anterior Estatuto do Funcionário
Público Municipal (Lei nº 712, de 16 de março de 1964) e demais disposições em contrário.
Registre-se e publique-se.
Bertholdo Gausmann
Prefeito Municipal de Estrela
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Nota: Este texto disponibilizado não subs tui o original publicado em Diário Oficial.