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Motor à reação

Prof. Henrique Ribeiro

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Sistema de exaustão

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Sistema de exaustão

➢ Sistema de escapamento
➢ Função de direcionar para a atmosfera com
velocidade, pressão e densidades adequadas, os gases
de saída da turbina, para produção da tração requerida

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Sistema de exaustão

➢ Sistema de escapamento
➢ A temperatura na seção do escapamento pode variar
de 550°C a 850°C
➢ Com a utilização de afterburning a temperatura na
seção do escapamento pode chegar até 1500°C
➢ Embora nos motores tubo-jato a temperatura de
descarga seja elevada, nos motores Turbo-fan e
Turbo-hélices a temperatura dos gases de saída é
menor

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Sistema de exaustão

➢ Sistema de escapamento
➢ O fluxo de ar deixa a turbina e entra na seção de
escapamento a velocidade de 750 a 1200 Ft/s
➢ Existe a perda de velocidade devido a fricção dos
gases junto a parede interna do tubo e também
devido ao turbilhonamento dos gases originários da
turbina

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Sistema de exaustão

➢ Sistema de escapamento
➢ Os gases devem se expandir completamente,
descarregando em fluxo laminar, isentos de
turbilhonamentos e axialmente orientados
➢ A performance de um motor à reação está relacionada
à eficiência do sistema de escapamento
➢ Alguns bocais têm a capacidade de variar sua área

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Sistema de exaustão

➢ Sistema de escapamento
➢ Os gases da turbina devem possuir velocidade de
saída relativamente baixa que, na passagem pelo duto
de descarga é consideravelmente aumentada, antes da
descarga final pelo bocal

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Sistema de exaustão
➢ Sistema de escapamento
➢ O material empregado no sistema de escapamento
normalmente é o a liga de titânio ou níquel
➢ Lâmina de Insulation são colocados em torno do ducto
de escapamento para se evitar a transferência do calor
de escapamento para a estrutura da aeronave
➢ Insulation possui uma fina lâmina de aço com uma
camada de manta (fibra) em seu interior

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Sistema de exaustão
➢ Tipos de bocais de escape
➢ Aerodinamicamente, as formas de saídas dos bocais podem ser
classificados como:
➢ Bocal convergente

➢ Bocal divergente

➢ Bocal convergente-divergente

➢Bocal de seção variável

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Sistema de exaustão
➢ Bocal convergente ou convencionais

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Sistema de exaustão
➢ Tipos de bocais de escapamento
➢ A escolha do tipo de bocal é determinada pela:
➢ Temperatura dos gases na entrada da turbina
➢ Fluxo gasoso
➢ Pressão dos gases na área de escape
➢ Temperatura dos gases de descarga

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Sistema de exaustão
➢ Bocal convergente ou bocais convencionais
➢ Empregado em vôo subsônico
➢ Têm área saída fixa, na qual determina a velocidade e
densidade dos gases
➢ A área de saída não pode ser alterada, exceto pelo seu
fabricante, pois qualquer modificação acarretará alterações
consideráveis na performance do motor

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Sistema de exaustão
➢ Bocal convergente ou bocais convencionais
➢ A velocidade de saída é mantida subsônica, para evitar a
perda de eficiência que ocorreria caso o escoamento se
tornasse sônica antes da saída do bocal

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Sistema de exaustão
➢ Bocal divergente

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Sistema de exaustão
➢ Bocal divergente
➢ Empregados em motores turbo-eixo
➢ A expansão faz-se principalmente na turbina e não se
deseja o aumento de tração
➢ A pressão estática aumenta enquanto a velocidade diminui
➢ A tração produzida é chamada tração residual

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Sistema de exaustão
➢ Bocal convergente-divergente ou termo-propulsivo

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Sistema de exaustão
➢ Bocal convergente-divergente ou termo-propulsivo
➢ Utilizado em aeronaves supersônicas
➢ Combinação do bocal divergente e convergente, com
características semelhantes ao tubo de Venturi
➢ Fim de se evitar o efeito “estrangulamento” que se produz
por volta da velocidade do som

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Sistema de exaustão
➢ Bocal convergente-divergente ou termo-propulsivo
➢Seção convergente
➢ Projetada para manter velocidade subsônica os gases
de descarga da turbina até que eles atinjam a garganta
(junção), onde a velocidade é sônica
➢Seção divergente
➢ Controle de expansão dos gases, possibilita que sua
velocidade se torne supersônica

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Sistema de exaustão
➢ Bocal convergente-divergente ou termo propulsivo
➢ Consegue-se maior tração quando a velocidade de saída
dos gases de descarga exceder Mach 1.0
➢ Se o bocal for adequadamente projetado, pode-se obter
até Mach 2,0 e razões de pressão na descarga em relação à
atmosfera de 2:1, aumentando a força de tração (empuxo)
produzida

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Sistema de exaustão
➢ Bocal convergente-divergente ou termo propulsivo
➢ Quando a velocidade dos gases atinge a velocidade do
som no ducto de escape, aumenta a pressão estática ficando
acima da pressão ambiente.
➢ Esta diferença de pressão cria um empuxo adicional
proporcional a área de escape

F = Wa/g . (V2 – V1) + Wf/g . (Vj)+ Aj . ( Pj – Patm)

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Sistema de exaustão
➢ Bocal convergente-divergente ou termo propulsivo
➢ Conclui-se que um motor equipado com este tipo de bocal
apresentará maior tração quando comparado com outro de
mesmo empuxo, se este estiver equipado com bocal
convergente ou divergente

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Sistema de exaustão
➢ Bocal convergente-divergente ou termo-propulsivo
➢ Constituição
➢ Seção circular onde o ducto pode ser uma combinação
➢ Cilindros
➢ Cones
➢ Função
➢ Aumentar ou diminuir o diâmetro periférico interno do orifício

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Sistema de exaustão
➢ Bocal de seção variável
➢ Variação do bocal pode ser realizado de três maneiras:
➢ Lâminas guias ou tipo iris
➢ Tipo pálpebras
➢ Cone móvel
➢ A seção variável permite adaptar o bocal às diferentes condições
de funcionamento

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Sistema de exaustão
➢ Bocal de seção variável
➢ Variação do bocal pode ser realizado de três maneiras:
➢ Lâminas guias ou tipo iris

Filme after 1

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Sistema de exaustão
➢ Bocal de seção variável
➢ Variação do bocal pode ser realizado de três maneiras:
➢Tipo pálpebras

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Sistema de exaustão
➢ Bocal de seção variável
➢ Variação do bocal pode ser realizado de três maneiras:
➢ Cone móvel

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Sistema de exaustão
➢ Bocal de seção variável
➢ Este tipo de bocal é normalmente controlado
automaticamente e projetado para manter o correto
balanceamento de pressão, temperatura em todas as
condições de operação
➢ Amplamente utilizados em motores que operam com
afterburning

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Sistema de exaustão
➢ Bocal de seção variável
➢ Dispositivo de atuação dos bocais variáveis
➢ Mecanismo elétrico
➢ Mecanismo hidráulico
➢ Mecanismo pneumático (mais utilizado)

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Sistema de exaustão
➢ Bocal de seção variável
➢ Nos motores de alto desempenho, com largas faixa
operacionais, o emprego de bocais de área variável
permite obter vantagens relativas de ruído, tração e
economia de combustível
➢ Os bocais ficam abertos para decolagem, em baixa
altitude, após a decolagem, dependendo do tipo da
aeronave
➢ O bocal é fechado com o propósito de se conseguir
empuxo necessário ao cruzeiro

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Sistema de exaustão
➢ Pós-combustor (afterburning)

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Sistema de exaustão
➢ Pós-combustor (afterburning)
➢ Utilizados para produzir um aumento no empuxo do motor por
meio do aproveitamento do oxigênio remanescente no ar que
atravessa o motor, pois somente ¼ do ar admitido é utilizado na
combustão

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Sistema de exaustão
➢ Pós-combustor (afterburning)
➢ Constituição
1. Tubo metálico colocado após a saída da turbina
2. Injetores de combustíveis
3. Ignitores
4. Bocal variável
5. Estabilizador de chamas

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Sistema de exaustão
➢ Pós-combustor (afterburning)

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Sistema de exaustão
➢ Pós-combustor (afterburning)

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Sistema de exaustão
➢ Pós-combustor / Afterburning Control Unit

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Sistema de exaustão
➢ Pós-combustor / Afterburning Nozzle Control System

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Sistema de exaustão
➢ Pós-combustor (afterburning)
➢ Operação
➢ O piloto da aeronave comanda a abertura do combustível e
a operação dos ignitores
➢ Por meio da manete de potência que também aciona os
dispositivos da variação de entrada de ar do sistema de
indução

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Sistema de exaustão
➢ Pós-combustor (afterburning)

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Sistema de exaustão
➢ Pós-combustor (afterburning)
➢ Bocal totalmente aberto / pós-combustor em operação
➢ Bocal totalmente fechado / pós-combustor fora de operação

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Sistema de exaustão
➢ Pós-combustor (afterburning) / Aumento de empuxo
➢ Aumento de potência – empuxo adicional de até 90% maior
nas decolagens ao nível do mar.
➢ Aumento do consumo de combustível – um aumento de 50%
no empuxo é conseguido às custas de um aumento de até
150% no consumo de combustível

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Sistema de exaustão
➢ Pós-combustor (afterburning) / aumento de empuxo
➢ O aumento do empuxo utilizando afterburning depende
somente da razão absoluta entre as temperaturas
➢ Razão da temperatura na seção do escapamento depois da
pós-combustão e antes da pós-combustão

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Sistema de exaustão
➢ Pós-combustor (afterburning)
➢ Por exemplo, a temperatura quando o pós-combustor está
desligado é de 640°C e quando está ligado é de 1081°C,
portanto a razão entre as temperaturas é de:
➢ TR = 1081°C / 640°C = 1,69
➢ Logo, consegue-se um aumento de 30% de empuxo

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Sistema de exaustão
➢ Pós-combustor (afterburning)
➢ Consumo específico de combustível

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Sistema de exaustão
➢ Pós-combustor (afterburning)
➢ Afterburning e seu efeito na decolagem e em subida

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Sistema de exaustão
➢ Supressor de ruídos
➢ Comparação de ruído entre os tipos de motores à reação

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Sistema de exaustão
➢ Supressor de ruídos

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Sistema de exaustão
➢ Supressor de ruídos
➢ Comparação de fontes de ruídos entre os motores de baixa e
alta razão de by-pass

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Sistema de exaustão
➢ Supressor de ruídos
➢ A principal fonte de ruído em um motor à reação é o fluxo de
descarga dos gases de escapamento
➢ Também registra-se ruído na seção de admissão e compressão
devido ao turbilhonamento nessas áreas
➢ O princípio de funcionamento destes bocais consiste em
aumentar o perímetro total do bocal, reduzindo o tamanho dos
redemoinhos formados pela descarga dos gases quentes

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Sistema de exaustão
➢ Supressor de ruídos
➢ Objetivo – colocar os ruídos produzidos em uma faixa de
freqüências acima da faixa audível, e ainda, freqüências mais
altas são facilmente atenuadas com a distância

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Sistema de exaustão
➢ Supressor de ruídos
➢ Desvantagens
➢ Significativa redução no empuxo devido à formação dos
turbilhões, sendo essa redução crítica nos motores turbo-
jato que têm velocidade dos gases sua principal forma de
gerar tracão
➢ Supressor de ruídos aumentam o peso e o arrasto
produzido

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Sistema de exaustão
➢ Supressor de ruídos
➢ Motores Turbofan
➢ Nestes motores com descarga misturada, o ar do fan junta-
se aos gases de escapamento antes da descarga final para
a atmosfera
➢ A maior parte das ondas de choque, resultantes da mistura
do ar frio do fan com os gases quentes da queima, passa a
ocorrer no interior do duto e bocal de escapamento, assim
ocorre uma atenuação do ruído produzido

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Sistema de exaustão
Alta razão de by-pass

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Sistema de exaustão
Baixa razão de by-pass

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Reverse Thrust
Net 25% to 30% thrust

85% thrust
15% thrust

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Sistema de exaustão
➢ Reversores de empuxo

16/09/2019 55
Sistema de exaustão
➢ Reversores de empuxo
➢ As aeronaves da atualidade por serem mais pesadas e mais
velozes, a desaceleração e parada após o pouso constituem
um sério problema
➢ Nas aeronaves turbo-hélices os problemas foram resolvidos
pela utilização de hélices de passo reversível

16/09/2019 56
Sistema de exaustão
➢ Reversores de empuxo
➢ Métodos de reverso de empuxo

16/09/2019 57
Sistema de exaustão
➢ Reversores de empuxo
➢ Tipo Clamshell doors

16/09/2019 58
Sistema de exaustão
➢ Reversores de empuxo
➢ Tipo Clamshell doors

16/09/2019 59
Sistema de exaustão
➢ Reversores de empuxo
➢ Tipo Fan Cold Stream Thrust Reverse

16/09/2019 60
Sistema de exaustão
➢ Reversores de empuxo
➢ Tipo Fan Cold Stream Thrust Reverse

16/09/2019 61
Sistema de exaustão
➢ Reversores de empuxo
➢ Tipo Fan Cold Stream Thrust Reverse

16/09/2019 62
Sistema de exaustão
➢ Reversores de empuxo
➢ Tipo Bucket Doors ou Hot Stream Thrust Reverse

16/09/2019 63
Sistema de exaustão
➢ Reversores de empuxo
➢ Tipo Bucket Doors ou Hot Stream Thrust Reverse

16/09/2019 64
Sistema de exaustão
➢ Reversores de empuxo
➢ Reverso do passo da hélice

16/09/2019 65
Sistema de exaustão
➢ Reversores de empuxo
➢ A ação dos reversores de empuxo não oferece inversão completa
do sentido das forças de empuxo, pela impossibilidade de se
desviar de 180° o escoamento, que comprometeria a operação do
motor
➢ Ocorre um desvio de 45° do escoamento em relação à direção
normal de saída, contribuindo com aproximadamente 50% da
tração normal do motor

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Sistema de exaustão
➢ Reversores de empuxo
➢ Um reversor de empuxo deve:
➢ Possuir dispositivos mecânicos robustos, capazes de suportar
esforços e temperaturas elevadas
➢ Ser relativamente leve, oferecendo alta rentabilidade
➢ Alta confiabilidade
➢ Não afetar a operação do motor quando aplicado
➢ Quando não aplicado, acomodar-se aerodinamicamente a
configuração da nacele do motor, de modo a aumentar
apreciavelmente a àrea frontal do mesmo

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Sistema de combustível

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Sistema de combustível

➢ Tipo de combustível
➢ Acreditava-se que, para os motores à reação,
qualquer tipo de combustível que pudesse ser
bombeado poderia ser usado na queima, no entanto,
ficou estabelecido que o tipo de combustível a ser
usado, é o que possuir as seguintes qualidades:

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Sistema de combustível

➢ Tipo de combustível
➢ Qualidades dos combustíveis dos motores à reação

1. Baixa viscosidade -> o que permite ser bombeável, fluindo


com facilidade em todas as direções, bem como a adequada
pulverização do combustível nos bicos injetores, possibilitando
melhores condições para a combustão

2. Alta volatilidade -> proporcionar partida rápida no motor,


tendo combustão eficiente sob todas as condições operacionais

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Sistema de combustível

➢ Tipo de combustível
➢ Qualidades dos combustíveis dos motores à reação

3. Baixo ponto de congelamento -> permite manter sua


viscosidade quando exposto a baixas temperaturas, em função
da altitude de vôo que realiza
4. Ponto de Fulgor –> acima de 38°C, assim não desprende
vapores inflamáveis à temperatura ambiente
5. Densidade –> a 20°C possui 0,80 kg/l

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Sistema de combustível
➢ Tipo de combustível
➢ Qualidades dos combustíveis dos motores à reação

6. Ponto de congelamento –> previne problemas de escoamento


do combustível nos sistemas da aeronave, durante o voo a
grandes altitudes e baixas velocidades (- 47°C)

7. Elevado poder calórico -> representa a quantidade de energia


liberada na combustão, influenciando diretamente no consumo
de combustível e na autonomia de voo

16/09/2019 72
Sistema de combustível
➢ Tipo de combustível
➢ Qualidades dos combustíveis dos motores à reação

8. Não ser corrosivo -> garantindo maior vida útil para o


sistema de alimentação, câmara de combustão, palhetas da
turbina

9. Lubricidade -> permite minimizar adequadamente o atrito


das peças móveis do sistema

10. Boa fluidez

11. Capacidade de bombeamento

12. Límpido –> livre de sujeira, sedimentos, ferrugem, água


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Sistema de combustível

➢ Tipo de combustível
➢ As especificações levaram ao emprego do combustível
querosene, que é um produto do petróleo pelo processo de
destilação

➢ Designação nacional pela ANP –> QAV-1


➢ Designação internacional –> JET- A-1

16/09/2019 74
Sistema de combustível
➢ Tipo de combustível
➢ O querosene de aviação é comumente encontrado conforme
as seguintes designações, dependendo do fabricante:
➢ Petrobrás -> designação QAV ( querosene de aviação)
➢ Sua fabricação: QAV-1 e QAV-4

2. Esso -> designação “Turbo Fuel” (combustível de jato)


➢ Sua fabricação: turbo fuel A-1 / turbo fuel A / turbo fuel B

3. Shell -> designação JP (Jet Petroleum / Petróleo de Jato)


➢ Sua fabricação: JP-1 / JP-2 / JP-3 / JP-4 / JP-5 / JP-6

16/09/2019 75
Sistema de combustível

➢ Tipo de combustível

➢ A ASTM (Sociedade Americana para testes de Materiais)


publicou especificações técnicas definindo o grau de
combustíveis empregados para uso nos motores à reação para
os aviões comerciais, classificando-os como:

➢ Especificações “A”, que inclui o querosene JP-5


➢ Especificações “B”, que inclui o querosene JP-4

16/09/2019 76
Sistema de combustível
➢ Classificação dos combustíveis quanto à utilização

1. Recomendado -> é aquele especificado pelo fabricante e


que a aeronave apresenta maior performance no seu
desempenho
2. Alternado -> é o combustível que pode ser utilizado, porém
com pequena perda de potência do motor. O uso deste
combustível resulta no aumento de manutenção e também
no custo
3. Emergência -> é aquele que causa danos significativos à
aeronave. Deverá ter seu uso restrito a uma etapa

16/09/2019 77
Sistema de combustível
➢ O sistema de combustível, além de ser responsável pelo
fornecimento de combustível limpo, sem vapor, na pressão
correta e no fluxo exigido pelo motor, ele também tem as
seguintes funções:
➢Pulverização do combustível
➢Controle de RPM
➢Controle do fluxo de combustível em todas as fases
operacionais do motor
➢Controle de temperatura dos gases de descarga
➢Parada do motor

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Sistema de combustível

➢ O sistema de combustível de uma aeronave está dividido


em duas partes distintas:

1. Sistema da célula

2. Sistema do motor

16/09/2019 79
Sistema de combustível
➢ Sistema da célula -> relaciona todos os componentes instalados
no avião
1. Tanques + tubulações
2. Bombas auxiliares (booster pumps) -> instaladas no
interior do tanque, e total ou parcialmente submersas no
combustível / acionamento elétrico

16/09/2019 80
Sistema de combustível
➢ Sistema da célula -> relaciona todos os componentes instalados
no avião
3. Válvulas de corte (Shutoff valves) -> interromper o fluxo
de combustível no sistema / acionamento elétrico

4. Válvula de controle de transferência ( crossfeed valves)


-> fim de proporcionar alimentação cruzada / acionamento
elétrico

16/09/2019 81
Sistema de combustível
➢ Sistema da célula -> relaciona todos os componentes instalados
no avião
5. Filtros de baixa pressão -> fim de reter as impurezas que
o combustível possa conter / válvula de desvio (by pass) /
detector de congelamento

16/09/2019 82
Sistema de combustível
➢ Sistema da célula -> relaciona todos os componentes instalados
no avião
5. Válvula de alívio

16/09/2019 83
Sistema de combustível
➢ Sistema do motor -> relaciona todos os componentes do
motor

16/09/2019 84
Sistema de combustível
➢ Sistema do motor -> relaciona todos os componentes do
motor
1. Bomba principal (engine pump) -> fim de entregar
combustível ao queimador com fluxo e pressão
elevada / acionamento mecânico

16/09/2019 85
Sistema de combustível
➢ Sistema do motor
2. Aquecedor de combustível (fuel heater) -> fim de
aquecer o combustível
a. Por troca térmica com o ar sangrado

b. Por troca térmica com o óleo do motor

16/09/2019 86
Sistema de combustível
➢ Sistema do motor
2. Aquecedor de combustível (fuel heater)
Visa assegurar, para o sistema, um fluxo constante de
combustível, pois o gelo que se forma e’ fruto da solidificação
de gotículas de umidade (água) em suspensão no combustível.
Estas gotículas, ao se congelarem, transformam-se em
cristais de gelo que irão obstruir o elemento filtrantre do filtro
principal, restringindo o fluxo normal de combustível para o
consumo.

16/09/2019 87
Sistema de combustível
➢ Sistema do motor
2. Aquecedor de combustível (fuel heater)

a. Por troca térmica com o ar sangrado

16/09/2019 88
Sistema de combustível
➢ Sistema do motor
2. Aquecedor de combustível (fuel heater)

b. Por troca térmica com o óleo do motor

16/09/2019 89
Sistema de combustível
➢ Sistema do motor
3. Unidade de controle de combustível -> recebe o sinal de
solicitação de potência e dosa a quantidade de combustível
necessária para atender a potência solicitada
➢ FCU (fuel control unit) – nomenclatura adotada pela
Pratt & Whitney
➢ MEC (main engine control) – nomenclatura adotada
pela General Eletric

16/09/2019 90
Sistema de combustível
3. Unidade de controle de combustível (FCU e MEC)
a. Sistema de dosagem
b. Sistema de computação

16/09/2019 91
Sistema de combustível
3. Unidade de controle de combustível (FCU e MEC)
a. Sistema de dosagem -> seleciona a razão de fluxo que
deve ser fornecido aos queimadores, de acordo com a
quantidade de empuxo solicitada pelo piloto, através da
manete de potência

16/09/2019 92
Sistema de combustível
3. Unidade de controle de combustível (FCU e MEC)
b. Sistema de computação -> os sinais defletidos para a unidade
controladora de combustível, provêm das seguintes condições
ambientais e funcionais
1. Temperatura do ar na entrada do compressor (CIT)
2. Temperatura da entrada da turbina (TIT)
3. Pressão de descarga do compressor (CDP)
4. Temperatura dos gases de descarga (EGT)
5. Velocidade de rotação do motor (N2)
6. Posicionamento da manete de potência

16/09/2019 93
Sistema de combustível
3. Unidade de controle de combustível (FCU e MEC)
b. Sistema de computação -> todas estas condições afetam e
são afetadas pelo fluxo de combustível, de maneira que o
sistema de controle, através da unidade controladora de
combustível, deve possuir dispositivos que analisem e
respondam a essas condições.

16/09/2019 94
Sistema de combustível
➢ Sistema do motor
4. Injetores (fuel nozzles) ->
dispositivo que pulveriza o
combustível que alimenta a
chama na câmara de combustão.
Essa pulverização deve se
processar de modo eficiente a fim
de acelerar a vaporização do
combustível que sofrerá a
miscigenação mecânica com o ar,
formando a mitura

16/09/2019 95
Sistema de combustível
➢ Sistema do motor
4. Injetores (fuel nozzles) /
Estágios de pulverização

a. O primeiro e’ do tipo bolha, a baixa


pressão de combustível forma um
jato continuo
b. No segundo, uma pressão maior
quebra os cantos do jato e este
torna a forma de uma tulipa
c. No terceiro, a elevação da pressão
do combustível encurta o jato de
forma tulipa, aproximando-se do
orifício, formando, assim, um jato
finalmente pulverizado

16/09/2019 96
Sistema de combustível

16/09/2019 97
Sistema de combustível
➢ Sistema do motor
5. Transmissor de fluxo de combustível ->

16/09/2019 98
Sistema de combustível

16/09/2019 99
Sistema de combustível

16/09/2019 100
Sistema de combustível
➢ Sistema do motor
6. Controle de combustível de pós-combustão (afterburner) ->
serve para dosar a quantidade de combustível entregue aos
queimadores posteriores (se o motor for equipado com este
dispositivo)

16/09/2019 101
Sistema de combustível

➢ Sistema de degelo do combustível


➢ Objetivo
➢ Assegurar, para o sistema, um fluxo constante de
combustível, pois o gelo que ser forma é fruto da
solidificação de gotículas de umidade (água) em
suspensão no combustível
➢ Essas gotículas ao se congelarem, transformam-se em
“cristais de gelo” que irão obstruir o elemento filtrante do
filtro principal, restringindo o fluxo normal de
combustível para o consumo

16/09/2019 102
Sistema de combustível

➢ Sistema de degelo do combustível


➢ Como se evita?
➢ Com um sistema de trocador de calor (fuel heater) que,
por troca térmica com o ar sangrado do compressor do
reator ou, até mesmo com o óleo de lubrificação, evita a
formação de gelo e, em alguns casos, promove o degelo
do elemento filtrante do filtro

16/09/2019 103
Sistema de combustível
➢ Variação do consumo de combustível com altitude

16/09/2019 104
Sistema de combustível
➢ Sistema de combustível de um turbo-hélice

16/09/2019 105
Sistema de combustível
➢ Sistema de combustível de um turbofan

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