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SEMINÁRIO SOBRE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

CONTRIBUINTE: 5 417 091 448

INDICE

 ARQUIVO…………………………………………………………………………. 3
 ARQUIVO ORGANIZADO.

 FISCALIDADE………………………………………………………………………. 5
 IMPOSTOS (LEI 18 / 14 E LEI19/14)
 GRUPOS DE EMPRESAS (LEI 19/14, mas em vigor desde 01/01/17)
 LEI DAS FACTURAS E DOCUMENTOS EQUIVALENTES (DP 149/13)
 TRIBUTAÇÃO AUTONOMA (LEI 19/14, mas em vigor desde
01/01/17)

TEMPO PREVISTO: DURAÇÃO 4 HORAS


PRELECTOR/A: Cristina Silvestre

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ARQUIVO

 ORGANIZAÇÃO DO ARQUIVO

Relação de pastas de arquivo obrigatório:

1º - É AGORA OU NUNCA – Documentos Legais - alvará, diário, registo comercial, registo


estatístico, cartão de contribuinte, certificado de habitabilidade, licença de importação,
certificado do inapem, horário de trabalho, mapas de férias, declaração de não devedor
da AGT e INSS, modelo 2 do IRT conta de outrem e conta própria;

2º - É AGORA OU NUNCA – Recursos Humanos - ficha interna ou de inscrição feita numa


folha com o logótipo, contrato de trabalho por tempo indeterminado ou determinado
(até 15 de Junho de 2015 antiga LGT e a partir de 16 de Junho de 2015 nova LGT, mas a
entidade patronal pode no primeiro mês entender fazer já o contrato de efectividade,
sem que aguarde pelos 5 ou 10 anos), registo criminal, atestado médico, cartão de
sanidade, repouso medico desde que esteja assinado por um médico ou enfermeiro
registados nas respectivas ordens fotocópia do BI, do cartão do INSS, 2 fotografias tipo
passe, curriculum e fotocópia de certificados ou diploma de cursos que tenham feito e
o recibo salarial).

Quanto ao Abono de Família, deve-se informar os trabalhadores sobre o que é


necessário para ter direito a esta prestação familiar. Quanto maior for o salario, menor
é o abono de família, cujo os valores podem ser kz 300, 500 ou 800. As condições para
ter são: ter no máximo 5 filhos, dos 3 aos 14 anos, estar registado, cartão de vacinas
actualizado, ter bom aproveitamento escolar, ou seja, não reprovar caso seja estudante,
pois caso isso acontece deixa de ter direito ao abono familiar.

3º - É AGORA OU NUNCA – Caixa/Ano - folha de caixa mensal com separador mensal,


os suportes são originais;

4º - É AGORA OU NUNCA – Bancos/Ano - extratos e respectivos suportes com separador


mensal, na ausência de suporte fica pendente em reconciliação bancaria, pois a
contabilidade lança os suportes aceites contabilística e fiscalmente;

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5º - É AGORA OU NUNCA – Fornecedor/Ano - de mercadoria e outros a créditos com


separador mensal os suportes são originais;

6º - É AGORA OU NUNCA – Processo de Importação/Ano - de mercadoria e outros com


separador mensal;
7º - É AGORA OU NUNCA – Cliente/Ano - venda a dinheiro e a credito, por ordem
numérica os suportes são fotocópias, mas, o cliente deve ter duas pastas:
a. Uma pasta com o copiar cronológico e numérico que inclui o processo da factura que inclui: Cópia da
factura, Requisição do cliente, Contratos ( se houver ), Nota de entrega assinada , Folha de serviços ( se
for o caso ), Qualquer outro documento. TODAS as facturas que estiverem nesta pasta NÃO estão pagas.

b. A segunda pasta, igualmente cronológica e com sequência numérica: Os mesmos documentos … Só que
PARA ESTA PASTA SÓ VÊM as facturas pagas; Quando o cliente paga, põe-se o carimbo de pago na factura
e/ou emite-se o recibo… O original do recibo ou esta cópia da factura que vira. “factura/recibo” é entregue
ao cliente; Faz-se uma fotocópia com os carimbos e assinaturas devidas que acompanha o processo
para dentro desta pasta. O controlo numero tem que ser feita nesta ultima pasta.

8º - É AGORA OU NUNCA – Impostos/Ano (com separador mensal);

9º - É AGORA OU NUNCA – Imobilizado/Ano (com separador mensal);

10º - É AGORA OU NUNCA – Cartas Recebidas e Enviadas/Ano (com separador mensal);

OBSERVAÇÃO:

Para a contabilidade todos os suportes que são emitidos por terceiros têm que ser
originais para ter o devido tratamento contabilístico. Os únicos documentos que são
aceites fotocópias são as facturas e recibos emitidos por nós para os nossos clientes e
os recibos dos salários dos nossos funcionários, pois os originais são entregues a cada
um deles respectivamente.

Do ponto 3 ao ponto 9, são documentos que têm que estar preparados mensalmente
até ao dia 3 de cada mês para a contabilidade (para quem faz contabilidade com um mês
de atraso), que depois de classificados e lançados regressa ao arquivo interno da
empresa.

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FISCALIDADE
 RELAÇÃO DOS IMPOSTOS MENSAIS E ANUAIS:

 Imposto de selo (1% sobre o recebimento) – Pago até o ultimo dia do mês
seguinte. A base tributável é: venda a dinheiro, recibo de factura a credito,
proveitos de juros de depósito a prazo, proveitos não operacionais e proveitos
extraordinários.

 Imposto de selo (1% sobre pagamento) – Pago no final de ano. A base tributável
é: Pagamento de compras efectuadas no estrangeiro bens ou serviços.

Imposto sobre o rendimento de trabalho (lei 18/14 de 22 de outubro de 2014), agora


com 3 grandes grupos: A, B e C:

 Grupo A: IRT (depende dos parâmetros da tabela, mediante o salario) – pago


até o ultimo dia do mês seguinte.

TABELA DE TAXA A QUE SE REFERE O Nº 1 DO ARTIGO 16


RENDIMENTOS EM KWANZAS / IMPOSTO

Rendimentos Limite Parcela fixa Taxa Sobre excesso de


ATÉ 34 450,00 - - + Isento -
DE 34 451,00 a 35 000,00 - + 100% 34 450,00
DE 35 001,00 a 40 000,00 550,00 + 7% 35 000,00
DE 40 001,00 a 45 000,00 900,00 + 8% 40 000,00
DE 45 001,00 a 50 000,00 1 300,00 + 9% 45 000,00
DE 50 001,00 a 70 000,00 1 750,00 + 10% 50 000,00
DE 70 001,00 a 90 000,00 3 750,00 + 11% 70 000,00
DE 90 001,00 a 110 000,00 5 950,00 + 12% 90 000,00
DE 110 001,00 a 140 000,00 8 350,00 + 13% 110 000,00
DE 140 001,00 a 170 000,00 12 250,00 + 14% 140 000,00
DE 170 001,00 a 200 000,00 16 450,00 + 15% 170 000,00
DE 200 001,00 a 230 000,00 20 950,00 + 16% 200 000,00
DE 230 001,00 a 25 750,00 + 17% 230 000,00
O Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos.
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

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 Grupo B: IRT conta própria (10,5%) - retenção feita aos profissionais liberais que
constam da nova tabela das profissões e pago até o final do mês seguinte. Para
este grupo não existe remuneração isenta, ou seja, todas as remunerações estão
sujeitas ao irt conta própria.

 Grupo C: - usamos 2 taxas em 3 momentos dependendo da situação:

 Quando os rendimentos sujeitos a retenção na fonte, nos termos imposto


industrial, a taxa é de 6,5% (retenção na fonte).

 Quanto aos rendimentos resultantes da prática de actos de comércio o


rendimento colectável é o constante na tabela de lucros mínimos em vigor, a
taxa de 30%.

 Quando os rendimentos obtidos excedam quatro vezes o limite mínimo da


actividade, de acordo com a tabela dos lucros mínimos, a matéria colectavel
corresponde ao volume total de vendas de bens e serviços não sujeito a retenção
na fonte em sede do imposto industrial, a taxa é de 6,5%.

 Instituto nacional da segurança social - INSS (3% + 8% = 11%) 3% é retirado do


salario do empregado e 8% é da inteira responsabilidade da entidade
empregadora, é pago até ao dia 10 do mês seguinte.

 Imposto de consumo (2% a 25%) – suportado pelo consumidor do serviço ou


bem e pago até o ultimo dia do mês seguinte.

 Imposto de consumo (5%) – suportado pelo consumidor do serviço estrangeiro


e pago até o ultimo dia do mês seguinte.

 Imposto sobre rendimentos de capitais de pessoas jurídicas (10%) – sempre


que os sócios repartem os lucros da empresa.

 Imposto sobre aplicação de capitais (15%) – sempre que os sócios emprestam


dinheiro a própria empresa, calcula-se 6% de juros (CGT), sobre este faz-se a
retenção de 15%. O famoso IAC.

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 Imposto sobre aplicação de capitais (10%) – (royalites) – aluguer de maquinas


e equipamentos, a retenção do IAC é obrigatório.

OBS: Proveitos vindo de royalites quando o cliente fez retenção do IAC e fez a
entrega do DAR, esta isento do imposto industrial.

 Imposto predial urbano Arrendamento (15%) – retenção feita ao senhorio no


acto do pagamento da renda do imóvel, é pago com os dados do contribuinte do
senhorio. O famoso IPU.

OBS: Proveitos vindo de rendas quando o inquilino cliente faz retenção do IPU e
fez a entrega do DAR, esta isento do imposto industrial.

 Imposto predial urbano Património (0,5% ou 0.005, sobre o excesso de


5.000.000,00) – é o valor a pagar todos anos em Janeiro cada proprietário de
imóvel, caso não esteja arrendado. Se estiver arrendado deve solicitar a
compensação do imposto, visto que tem retenção que o inquilino faz de 15% a
cada renda mensal. É o famoso IPU (chamo assim, pois a cada ano os proprietário
fingem que não sabem, mas não os isenta de pagar).

 Imposto provisório sobre prestação de serviço (6,5%) - retenção na fonte feita


as empresas que nos prestam serviços (pago até o final do mês seguinte) e
recupera-se no imposto industrial definitivo.

 Imposto provisório sobre as vendas (2%) – incide sobre o volume total das
vendas efectuadas nos primeiros 6 (seis) meses do exercício, e pago até final dos
meses de Julho (grupo B) e Agosto (grupo A) do exercício e recupera-se no
imposto industrial definitivo.

 Declaração sobre os rendimentos do trabalho – declaração anual modelo 1


grupo B (nº 3 art. 12º cirt); modelo 2 grupo A (nº 4 art. 12º cirt); modelo 2 grupo
B e C (nº 2 art. 12º cirt); declaração anual de rendimentos grupo C (nº 4 art. 12º
cirt) – este modelo depois de preenchido é entregue na repartição fiscal do
contribuinte no mês de fevereiro. Consultar o decreto executivo nº 456/17 de
02 de Outubro, que aprova os modelos de impressos e formulários legais para
processos e procedimentos tributários.

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 Comunicar a repartição fiscal do contribuinte os elementos de identificação do


contabilista, na primeira liquidação provisoria.

 E no fim do exercício, depois do apuramento dos resultados já dentro do ano


seguinte, calcula-se o imposto industrial que é 30% sobre os lucros, salvo se
tem benefício de algumas isenções ou redução por parte das entidades
competentes.

 Empresas em sede de imposto industrial, não existe ajuda de custos. Ajuda de


custos é para empresas públicas que vivem do OGE.

 Ajuda de custo é substituído por “adiantamento” será contabilizado como


custo incorrido pelo trabalhador enquanto esteve em missão de serviço, desde
que apresente suporte aceite fiscalmente.

 Grupos de Empresas (lei 19/14)

 Grupo A: empresas com capital social mínimo 2.000.000 ou facturação anual


mínima 500.000.000 e a entrega da declaração do modelo 1 do imposto
industrial é em 31 de maio do ano seguinte.

 Grupo B: empresas que não têm capital social ou facturação do grupo A e a


entrega da declaração do modelo 1 do imposto industrial é em 30 de abril do
ano seguinte.

Obs: Vai ser normal num ano a empresa é do grupo A e no outro a seguir ser do
grupo B. Mas caso solicite a permanência no A, não varia.

Penalidades:

 500.000kz para os que não têm contabilidade organizada.

 1.600.000 kz para os que entregam as declarações fora do prazo, ou seja depois


de Abril ou Maio, respectivamente.

 Aos 2 valores acima somam-se o imposto industrial devido, mais as respectivas


multas e juros.

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 LEI DAS FACTURAS

Decreto presidencial nº 149/13 de 01 de Outubro (solicitar na imprensa nacional para


consulta regular).

 TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA

(Regime Fiscal)

(Prevista nos artigos 17º e 19º da Lei nº 19/14 de 22 de Outubro que aprova o Código do Imposto
Industrial)

A partir de 01 de Janeiro de 2017, entrará em vigor o "regime fiscal da tributação autónoma",


onde não serão aceites para efeitos fiscais, o valor do custo correspondente a percentagem (%)
estabelecida na lei, mediante os quatro (4) pressupostos:

1. Custos indevidamente documentados (2%);

2. Custos não documentados (4%);

3. Custos incorridos com despesas confidenciais (30% e 50%);

4. Custos de donativos fora do regime da lei de mecenato (15%).

Enquadramento fiscal da tributação autónoma:

1. Não serão aceites os custos contabilísticos (custos indevidamente documentados, custos não
documentados, despesas confidenciais e os custos de donativos), implicando o acréscimo ao
lucro tributável. A não-aceitação destes, estão em vigor desde 01 de Janeiro de 2015;

2. A percentagem (%) estabelecida da tributação autónoma implica o acréscimo ao lucro


tributável;

3. Cobrança de 30% (sector geral) ou 15% (exploração agrária) sobre o valor apurado dos custos
não aceites da tributação autónoma e outros acréscimos, a título de imposto industrial;

4. Cobrança de multa e juros compensatórios, sobre o valor do imposto industrial;

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5. O acréscimo ao lucro tributável da tributação autónoma, são cumulativos com todas as


correcções fiscais presentes num determinado exercício económico (incluindo os custos
indevidamente documentados, custos não documentados, despesas confidenciais e os custos
de donativos), conforme previsto nos termos do nº 3 do artigo 22º do referido Código.

Interpretação dos custos:

1. Custos indevidamente documentados

São aqueles em que a documentação em posse do contribuinte não cumpre com os requisitos
previsto no Regime Jurídico das Facturas e Documentos Equivalentes (artigo 7º do Decreto
Presidencial nº 149/13 de 01 de Outubro);

2. Custos não documentados

São aqueles em que não existe documentação válida de suporte da despesa, mas que a sua
ocorrência e natureza são materialmente comprováveis;

3. Custos incorridos com despesas confidenciais

São aqueles em que não existe documentação válida de suporte da despesa, e que a sua
natureza, função ou origem, não são materialmente comprováveis.

4. Custos de donativos

São aqueles que não cumprem com os requisitos previstos na Lei de Mecenato.

By: Planeamento e Gestão Fiscal - Sistema Tributário”

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O MEU MUITO OBRIGADA

A TODOS PELA ATENÇÃO

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