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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO
VARA DO TRABALHO DE SÃO BENTO DO SUL
Protes 0000293-73.2019.5.12.0024
REQUERENTE: DJEIMIS OSCAR TURECK
REQUERIDO: PARANA EQUIPAMENTOS S A
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO

VARA DO TRABALHO DE SÃO BENTO DO SUL

Processo: 0000293-73.2019.5.12.0024

REQUERENTE: DJEIMIS OSCAR TURECK

REQUERIDO: PARANA EQUIPAMENTOS S A

DECISÃO

Trata-se de petição apresentando protesto para a interrupção da prescrição.

O requerente narra que o contrato de emprego teria terminado em 18/06/2017, conforme anotação em CTPS (documento de ID e949b87). Informa o que constaria anotação na
página 25 da CTPS no sentido de que o último dia trabalhado seria 10/05/2017 (documento não juntado ao processo), tendo protocolado o requerimento na data de 10/05/2019.

O §3º do artigo 11 da CLT estabelece que a interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação trabalhista. Contudo, a doutrina majoritária tem
entendido que o protesto judicial também é apto a interromper a prescrição, nos termos do artigo 202 do Código Civil, com suas adaptações ao direito laboral. Afinal de contas,
o termo "reclamação trabalhista" pode ser tomado como sinônimo de "ação", abrangendo inclusive o protesto judicial.

Nesse sentido, a tese aprovada no V Encontro Institucional da Magistratura do Trabalho de Santa Catarina, ocorrido no dia 26 de outubro de 2017:
INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO. INTERPRETAÇÃO DO § 3º DO ART. 11 DA CLT. O § 3º do art. 11 da CLT não impede outras formas de interrupção do prazo prescricional,
como, por exemplo, "qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do direito pelo devedor" (art. 202 do CCB), por decorrência lógico-
sistêmica da ordem jurídica.

A Orientação Jurisprudencial nº 392 da SDI-1 do TST também considera o protesto judicial como instrumento hábil para interromper a prescrição trabalhista.

Contudo, para que isso ocorra, é necessário que o interessado especifique quais as pretensões que seriam beneficiadas com eventual interrupção do prazo prescricional, o que
não ocorreu no caso dos autos. Nesse sentido, a Súmula 268 do TST é clara ao estabelecer que, mesmo no ajuizamento de ação trabalhista, a interrupção da prescrição
apenas ocorreria com relação aos pedidos idênticos.

Em razão disso, intime-se a parte requerente para que, no prazo de 10 dias, especifique quais as pretensões que seriam atingidas pela interrupção do prazo prescricional
buscada.

Em 13 de Maio de 2019.

SAO BENTO DO SUL, 13 de Maio de 2019

LUIS FERNANDO SILVA DE CARVALHO


Juiz(a) do Trabalho Substituto(a)

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a:


[LUIS FERNANDO SILVA DE CARVALHO]

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Documento assinado pelo Shodo

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