PIM III E IV
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR
LOJAS AMERICANAS
BELÉM-PARÁ
2015
PIM III E IV
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR
LOJAS AMERICANAS
BELÉM - PARÁ
2015
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo principal analisar de que maneira as tradicionais
ferramentas de Análise das Demonstrações Contábeis podem auxiliar os usuários internos e externos
no processo de tomada de decisão. Para atender o objetivo do trabalho fez-se necessário uma
pesquisa exploratória e qualitativa, com a aplicação de um estudo de caso realizado a partir dos
Balanços Patrimoniais e das Demonstrações do Resultado do Exercício da Lojas Americanas S/A,
tradicional empresa de comércio varejista.
Sumário
1-INTRODUÇÃO............................................................................................................................................ 8
2-CONTABILIDADE ...................................................................................................................................... 9
3-SAÚDE AMBIENTAL ................................................................................................................................28
4-ESTATISTICA............................................................................................................................................31
5-ESTRATÉGIA DE MARKETING DIGITAL ..............................................................................................32
6-ENDOMARKETING...................................................................................................................................33
6.1- IMPORTÂNCIA DO ENDOMARKETING NA EMPRESA ..................................................................33
6.2-A EDUCAÇÃO AMBIENTAL .................................................................................................................34
6.3-TRANSFORMANDO VELHOS ATOS EM NOVOS HÁBITOS ...........................................................35
7-FUNDAMENTOS DE ECOLOGIA: ECOSSISTEMA E BIODIVERSIDADE Erro! Indicador não definido.
8-QUÍMICA AMBIENTAL. .................................................................................. Erro! Indicador não definido.
9-DINAMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS ......................................... Erro! Indicador não definido.
10-GESTÃO AMBIENTAL.................................................................................. Erro! Indicador não definido.
11-CONCLUSÃO ..........................................................................................................................................41
12-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................................43
1-INTRODUÇÃO
2-CONTABILIDADE
Art.176 ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração
mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza
a situação do patrimônio da companhia e as mutações no exercício:
I- Balanço Patrimonial
II- Demonstrações dos lucros ou prejuízos acumulados:
III- Demonstrações do fluxo de caixa e (redação dada pela Lei n0 11.638, de
2007).
IV- Demonstração do resultado do exercício;
V- Se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (incluindo pela lei
0
n 11.638, de 2007)
Além das demonstrações contábeis descritas, a Lei 6.404/76 determina, em seu terceiro, a
formulação das notas explicativas como um relatório complementar ás demonstrações contábeis.
Esse relatório deve informar detalhes sobre a elaboração dos demonstrativos que esclareçam os
resultados apresentados.
Balanço Patrimonial tem como objetivo principal demonstrar a posição financeira e patrimonial
da empresa geralmente ao fim do ano, de acordo com o exercício social da empresa sendo
demonstrado numericamente os bens, direitos, obrigações e participações de acionistas ou cotistas.
O balanço patrimonial mostra-se uma demonstração de suma importância, pois é um elemento
fundamental para o conhecimento da posição de uma empresa (ASSAF NETO,2010).
III – Patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação
patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (Incluído pela Lei nº
11.941, de 2009)
As informações mínimas que devem constar no Balanço Patrimonial estão definidas no item
54 do CPC 26, transcrito a seguir:
(c) estoques;
(d) ativos financeiros (exceto os mencionados nas alíneas “a”, “b” e “g”);
(e) total de ativos classificados como disponíveis para venda (Pronunciamento Técnico CPC
38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração) e ativos à disposição para venda de
acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e
Operação Descontinuada;
(i) imobilizado;
(j) intangível;
(l) provisões;
(m) obrigações financeiras (exceto as referidas nas alíneas “k” e “l”);
(o) impostos diferidos ativos e passivos, como definido no Pronunciamento Técnico CPC 32;
(p) obrigações associadas a ativos à disposição para venda de acordo com o Pronunciamento
Técnico CPC 31;
(r) capital integralizado e reservas e outras contas atribuíveis aos proprietários da entidade. O
Quadro 2 apresenta, de forma sintética, a estrutura do Balanço Patrimonial de acordo com a Lei
6.404/76:
No Ativo é apresentado tudo o que a empresa tem, ou seja, todos os seus bens, recursos,
direitos a recebimento e despesas, que podem gerar benefícios futuros. Montoto apud ludicibus
(2012.p.17) ressalta: “ativos são recursos controlados por uma entidade capazes de gerar, mediata
ou imediatamente, fluxos de caixa”. O ativo é dividido em dois subgrupos: Ativo Circulante e Ativo
Não Circulante.
O Ativo Circulante é grupo formado pela contas eu representam os bens e direitos e tudo que
poderá ser transformado em itens monetários no curto prazo, ou seja, até o final do exercício
seguinte. Ribeiro (2013, p.403) destaca o ativo circulante como:
O ativo não circulante é representado pelos bens e direitos que serão ou poderão ser
realizados (conversão em dinheiro) a longo prazo, ou seja, após o final do exercício seguinte. Montoto
(2012, p.140) específica:
O ativo não circulante foi criado pela MP 440/2008 (Lei 11.941) e é subdividido em quatro
subgrupos:
O passivo mostra a origem dos recursos serem originários de terceiros ou dos sócios. Diante
disso, o Passivo é dividido em: Passivo Circulante, Passivo Não Circulante e Patrimônio Líquido.
O passivo circulante é o grupo formado pelas contas que representam as dívidas pagas para
pagamento (realização) até o fim do exercício seguinte, por exemplo: obrigações com fornecedores,
empréstimos e financiamentos, obrigações tributárias, obrigações trabalhistas e previdenciárias, entre
outras (RIBEIRO, 2013).
O Passivo Não Circulante é distribuído pelas obrigações acima citadas, porém, com a
realização após o fim do exercício seguinte.
O artigo 187 da Lei 6.404/78, atualizada pela Lei 11.941/09, define o que as empresas devem
descriminar na Demonstração do Resultado do Exercício, conforme a transcrição a seguir:
A análise das Demonstrações Contábeis é uma técnica contábil utilizada para examinar os
dados fornecidos pelos demonstrativos contábeis e, por meio de interpretação, transformar esses
dados em informações obtidas permite uma avaliação de desempenho da entidade, auxiliando no
processo de tomada de decisão.
Marion e Ribeiro (2001, p.158) definem a análise das Demonstrações Contábeis como uma
ferramenta de valia nas tomadas de decisões, especialmente por possibilitar o conhecimento da
situação econômica e financeira da organização.
(...) permite verificar, por exemplo, se a empresa tem mais disponibilidade (dinheiro) que no
ano anterior, se tem mais estoques, se o grau de investimentos em imobilizados (edifícios, veículos,
máquinas) é compatível com o negócio e com o setor em que a empresa atua, se o retorno sobre
investimento foi adequado ( se comparado as expectativas do mercado), entre outras análises.
4 Técnicas de Análise das Demonstrações Contábeis
f. Fator de Insolvência de Kanitz: modelo que permite determinar previamente, com razoável
grau de segurança, o grau de insolvência, o qual tem por objetivo descobrir, nos demonstrativos das
empresas, sinais de insolvência.
g. Valor Econômico Adicional (EVA): O EVA é a medida do lucro econômico de uma empresa
depois de descontado o custo de todo o capital empregado. Baseado na diferença entre a taxa de
retorno sobre o capital investido e o custo desse capital. Essa diferença indica a qualidade ou
eficiência com que o capital é utilizado.
É importante lembrar que cada empresa trabalha de uma forma particular, com características
próprias. Matarazzo (1998, p. 160), afirma que cada empresa é uma espécie animal única (...), não
tem similar; cada uma tem sua forma de organização de produção, de vendas, de pessoal e
financeira própria em função do que dependerá sua capacidade de adaptação, sua sobrevivência,
seu crescimento ou sua própria expansão.
a. Avaliação Intrínseca de um Índice: é uma avaliação grosseira, pois avalia os índices pelo
seu valor intrínseco, o que é limitado e só deve ser usado quando não se dispõem de índices-padrão
proporcionado pela análise de um conjunto de empresas.
c. Atividade da Empresa;
g. Capacidade de Interpretação.
Além destes pré-requisitos, é preciso entender qual é o raciocínio que o analista deve seguir
para poder analisar as demonstrações. Matarazzo afirma que análise de Demonstrações Financeiras
baseia-se em raciocínio científico, tendo como objetivo a conversão das demonstrações contábeis em
relatórios de linguagem descomplicada, entende-se, então, que, conforme Matarazzo (1998, p. 22):
d. tomam-se decisões.
a. Simplificação;
b. Comparabilidade;
e. Descoberta de erros;
Depois de toda análise quantitativa elaborada, é necessário saber o que incluir no relatório.
Matarazzo (1998, pg. 20), lista as seguintes informações que devem ser produzidas pela análise de
balanços:
a. Situação financeira;
b. Situação econômica;
c. Desempenho;
f. Tendências e perspectivas;
g. Quadro evolutivo;
a. Caracterização da empresa
b. Mercado
d. Aspectos contábeis
Caracterização da empresa
A Lojas Americanas S/A (LASA) é uma tradicional empresa de comércio varejista do Brasil,
com mais de 80 anos de vida. Foi inaugurada no Brasil no ano de 1929 pelos americanos John Lee,
Glen Matson, James Marshall e Batson Borger, com o slogan “Nada além de dois mil réis". Desde o
nascimento a empresa está em desenvolvimento constante, sendo altamente reconhecida em todo
Brasil.
Atualmente a empresa conta com 849 lojas em principais cidades do país e 4 centros de
distribuição, comercializando mais de 60.000 itens de 4.000 empresas diferentes. Além das lojas
físicas, a Lojas Americanas atende seus clientes por meio de uma estrutura de atendimento
multicanal via internet, telefone, catálogos, TV e quiosques através da empresa controlada B2W
Digital, possuindo o controle acionário com 55% do capital social da empresa (LOJAS AMERICANAS,
2014).
em relação a 2011. Segundo o Relatório da Administração desse mesmo ano, o varejo brasileiro
conseguiu apresentar crescimento, mesmo passando por desafios econômicos, como a inflação. O
lucro líquido foi de 410,2 milhões, 20,5% maior que em 2011.
Nos próximos subcapítulos foram utilizados como base, para as análises horizontal e vertical
e índices de liquidez, os dados consolidados dos demonstrativos contábeis Balanço Patrimonial e
Demonstração do Resultado do Exercício dos anos 2011, 2012 e 2013. Por se tratar de uma empresa
de capital aberto, os demonstrativos foram elaborados e publicados pela Lojas Americanas S/A,
compatíveis com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas da Comissão de Valores
Mobiliários – CVM.
Com base nos dados do Balanço Patrimonial, a Análise Vertical demonstra que, nos anos de
2011, 2012 e 2013, o maior percentual de participação do Ativo Total está representado pelo Ativo
Circulante, com 72%, 66% e 64%, respectivamente. Porém, mostrou uma queda de 6% de 2011 para
2012 e 2% de 2012 para 2013. Já o saldo do Ativo Não Circulante mostrou, ao longo dos três anos,
uma evolução de 8% nessa representatividade, com participação estrutural de 28% (2011), 34%
(2012) e 36% (2013).
Esse cenário é resultado da mudança na formação dos itens desse grupo, com destaque para
algumas contas em particular, apontadas abaixo de acordo com a Análise Vertical aplicada:
em 2012 para 15%, e em 2013 para 13%. Essa queda indica uma diminuição nas vendas pagas a
prazo, todavia não se verificou nos períodos analisados uma redução nas vendas líquidas. Tal pode
revelar uma mudança na política de concessão de crédito da empresa. Esse comportamento difere
do estudo de Borba (2004), onde a empresa aumentou a política de concessão de crédito passando
de 33% para 40%.
de 15% (2011) para 17% (2012 e 2013), refletindo a peculiaridade do segmento de mercado varejista
que opera com mais enxutos devido à alta rotatividade. Já o estudo de Borba (2004) mostra uma
tendência de redução dos estoques. Depreende-se que mesmo dentro do segmento de atuação da
empresa, há uma pluralidade de tendências, ou seja, as tomadas de decisões gerenciais priorizam as
necessidades de giro da empresa.
2011 a 2013, aumentando de 2012 para 2013 um percentual de 35%. Esses percentuais denotam o
aumento de bens, no Imobilizado, como compra de terrenos e lojas que são comuns em lojas de
departamento e, no Intangível, devido ao desenvolvimento websites e sistemas, conforme informado
no Relatório da Administração.
Também é possível observar, de acordo com os cálculos de Análise Horizontal, que os bens
e direitos da empresa obtiveram uma evolução crescente, em 2011 e 2012, tanto no Ativo Circulante
como no Ativo Não Circulante, mas em proporções diferentes. Porém, de 2012 para 2013 é possível
notar um aumento significativo, principalmente no Ativo Total. Esse aumento denota, principalmente,
o crescimento do Ativo Financeiro da empresa, através do saldo da conta Aplicações Financeiras,
que cresceu 25% em 2013 e, representa 26% do Ativo Total nesse mesmo período.
Com auxílio da Análise Vertical, nota-se que o Passivo Circulante, em 2011 possuía o maior
percentual de participação do Passivo Total, com 48%. Porém demonstrou em 2012 e 2013 uma
queda nessa representatividade, com 44% e 39%, respectivamente. O Passivo Não Circulante, ao
contrário do Passivo Circulante, apresentou um aumento de participação estrutural ao longo dos três
anos, com 39% (2011), 45% (2012) e 51% (2013), passando a obter a maior representatividade do
Passivo Total a partir de 2012 e permanecendo em 2013. Essa troca de posições se deu em
consequência da mudança de comportamento de algumas contas, a seguir destacadas através da
Análise Horizontal:
Os três aspectos acima podem demonstrar uma nova postura em relação a busca de Capital
de Giro para a empresa. O aumento da conta “Fornecedores” indica uma maneira de obter maior
facilidade em negociar menores juros e maiores prazos de pagamento, diferente dos empréstimos
bancários de curto prazo. Também foi possível observar a diminuição de empréstimos a curto prazo e
o aumento de empréstimos a longo prazo, uma atitude benéfica para empresa, pois proporcionam
maior tempo para quitar a dívida, ou seja, maior prazo para a empresa obter o retorno esperado.
Apesar de as Lojas Americanas S/A não apresentar evoluções expressivas do Lucro Líquido
no período analisado, verifica-se que também não houve aumento nos custos e despesas
operacionais, ao contrário do estudo de Borba (2004) sobre a Lojas Renner S/A, onde aumento
expressivo nos custos e despesas operacionais acarretou um Prejuízo Líquido nos três exercícios..
A análise feita através de índices fornece uma verificação com maiores detalhes sobre a
situação da empresa. O índice de liquidez tem como objetivo avaliara capacidade da empresa em
quitar seus compromissos a curto e longo prazo.
1 nos três anos, a Liquidez Imediata é o único indicador de liquidez não interpretado da forma
“quanto maior, melhor”. Isso ocorre pois, devido a inflação e o desenvolvimento do mercado de
crédito, não é aconselhável a empresa manter valores elevados em caixa, uma vez que os
pagamentos ocorrerão ao longo do exercício social, podendo esses valores serem investidos no giro
da empresa. Logo, a empresa está em linha com as práticas correntes de manutenção de menores
índices de liquidez imediata haja vista o poder corrosivo da inflação nos preços.
O estudo feito por Noceti (2007) sobre uma empresa de varejo regional de Santa Catarina
chamada Eugênio Raulino Koerich S/A apresenta, em semelhança ao caso das Lojas Americanas
S/A, que a empresa obteve indicadores de Liquidez Imediata abaixo de 1, com 0,18 em 2006 e 0,43
em 2007.
O Balanço Patrimonial mostra que, através da Análise Horizontal, em 2011 e 2012 o Ativo
Circulante e o Passivo Circulante cresceram, proporcionalmente, 7%, por esse motivo se mantiveram
com o resultado de 1,48 ao longo dos dois anos.
Os cálculos evidenciam que a empresa possuiu uma maior folga em 2013, melhorando assim
a capacidade de pagamento de suas dívidas de curto prazo.
Adicionalmente, através dos cálculos da Análise Vertical, podemos evidenciar que a liquidez
corrente, é dependente, em grande parte dos rendimentos de aplicações financeiras pois, em 2013, a
conta apresentava maior representatividade no Ativo, com 26%.
Diferente dos resultados apresentados pela Lojas Americanas S/A, o trabalho de Borba
(2004) mostra que a Lojas Renner S/A apresentou de 2000 a 2002 um decréscimo referente ao índice
de Liquidez Corrente, consequência do maior crescimento dos empréstimos e financiamentos a curto
prazo.
Analisando os índices de Liquidez Seca é possível verificar em 2011 um índice de 1,16. Esse
índice diminuiu em 2012, com R$ 1,10 para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo. Já em 2013, o
índice subiu para 1,19. Sendo assim, a empresa obteve, nos três anos, capacidade de quitar suas
dívidas de curto prazo utilizando o Ativo.
Circulante sem os valores de Estoque. A queda para R$ 1,10, em 2012, pode ter sido
influenciada devido ao aumento de 29% dos Estoques, pois quanto maior for o valor da conta, maior
será o valor excluído da expressão numérica calculada para se obterbo indicador de Liquidez Seca.
De acordo com Borba (2004) em seu estudo de caso sobre a Lojas Renner S/A, a empresa
obteve indicadores de Liquidez Seca estáveis, com 1,23 em 2000, 1,24 em 2001 e 1,24 em 2002,
semelhante ao caso das Lojas Americanas, devido à redução da participação no Ativo da empresa.
Em 2011 era de 0,87, passando, no ano seguinte para 0,82 e alcançando 0,80 em 2013.
Sendo assim, em 2013, a empresa apresentava o menor índice de Liquidez Geral obtendo para cada
R$ 1,00 de dívida geral (Passivo Circulante mais Exigível a Longo Prazo) apenas R$ 0,80 de Ativos
Circulantes e Ativos Realizáveis a Longo Prazo.
Sendo assim, a empresa não possuía em 2011, 2012 e 2013 capacidade de quitar suas
dívidas de curto e longo prazo com seu Ativo Total, porém é preciso saber a composição desses
endividamentos, ou seja, melhor conhecimento quanto aos seus vencimentos para uma melhor
análise da saúde financeira da empresa, no que se refere à liquidez.
De acordo com o estudo feito Basso (2010) a Lojas Americanas S/A, em 2007 apresentou
indícios de insolvência e, em 2008 atingiu a região de insolvência, o que poderia resultar em falência
caso persistisse. Esse quadro foi resultado da participação expressiva do Capital de Terceiros na
empresa, ponto de atenção para a empresa nos exercícios mais recentes, 2011, 2012 e 2013, já que
a Liquidez Geral apresenta-se em queda durante os três anos.
A seguir é mostrado a evolução dos Índices de Liquidez ao longo dos três anos:
3-SAÚDE AMBIENTAL
A empresa que gera impactos ambientais, através de suas linhas de produção, além de
infringir a legislação vigente e ter que pagar os custos desta infração, vai se desgastar perante o
público consumidor. Enquanto isso, outras marcas estarão disponíveis no mercado, identificando-se
junto ao público, através de um chamado “rótulo ecológico”, como proposto pela revista da ABNT, em
janeiro/ fevereiro de 1996. Esse rótulo atesta que determinados produtos são adequados ao uso e
apresentam menor impacto ambiental em relação aos seus concorrentes (Macêdo, 2000). Diante de
todas essas exigências, empresas irão utilizar o SGA (Sistema de Gestão Ambiental) como uma
vantagem competitiva em vendas. Para a indústria farmacêutica, o SGA é garantia junto ao mercado
consumidor de que este encontrará um fármaco de qualidade, fabricado de forma a não degradar o
meio ambiente ao redor de suas instalações, contribuindo para uma melhor qualidade de vida das
futuras gerações.
– O uso racional da água dentro das diversas etapas da linha de produção: este
procedimento visa reduzir: a) os custos que envolvem o consumo de água; b) o volume de efluente;
c) os gastos com a construção e/ou manutenção da ETE (Estação de Tratamento de Esgotos). Visa
também a planejar o reaproveitamento de águas dentro dos procedimentos da linha de produção.
A Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) é uma ferramenta que permite avaliar o impacto
ambiental potencial associado a um produto ou atividade durante todo seu ciclo de vida, desde a
extração das matérias-primas, produção, distribuição, uso até a etapa de disposição final.
A ACV também permite identificar quais estágios do ciclo de vida têm contribuição mais
significativa para o impacto ambiental do processo ou produto estudado. Empregando a ACV é
possível avaliar a implementação de melhorias ou alternativas para produtos, processos ou serviços.
Declarações ambientais sobre o produto podem se basear em estudos de ACV, bem como a
integração de aspectos ambientais no projeto e desenvolvimento de produtos (design for
environment).
Por estes motivos, a ACV é a base para o desenvolvimento dos conceitos de Life Cycle
Thinking e Life Cycle Management.
Planejamento estratégico;
Suporte ao marketing;
Por sua vez, o desenvolvimento sustentável é conseguido por meio de atuação conjunta nas
três áreas: Social, Ambiental e Econômica.
A visão atual de uma empresa e o seu relacionamento com o meio em que opera é agora
muito mais profunda, ela passa a ser uma instituição sociopolítica e a ela são atribuídas
responsabilidades com o meio ambiente e a sociedade. Segundo Denis Donaire, esta visão é o
resultado de uma mudança de enfoque que está ocorrendo no pensamento da sociedade e mudando
sua ênfase do econômico para o social, valorizando aspectos sociais que incluem distribuição mais
justa de renda, qualidade de vida, etc (DONAIRE, 1999, p. 16) .
Isso tem forçado as empresas a adotarem estes valores em suas gestões, seus
procedimentos administrativos e operacionais. Alguns exemplos desta nova tendência se mostram
presentes cotidianamente na mídia: fontes renováveis de energia, carros movidos a gás natural,
agendas e cadernos feitos de material reciclado, sacolas retornáveis, entre outras invenções que vêm
aumentando cada vez mais a demanda por este tipo de produto.
Além disto, segundo Andrade, “todos esses novos empreendimentos estão dando origem a
um mercado inteiramente novo, ampliando o mercado de trabalho dos ecólogos e das demais
profissões voltadas para a preservação ambiental” 1, cargos estes que estão sendo criados para
atender esta necessidade de adaptação das empresas às questões sócio-ambientais.
4-ESTATISTICA
TABELA “A”
Nesta tabela podemos verificar os impostos cobrados sobre a folha de pagamento dos
funcionários da empresa.
01 INSS 20%
02 SENAC/SESC 1,50%
03 SENAI/SESI 1%
04 SEBRAE 0,60%
05 INCRA 0,20%
06 Salário-Educação 2,50%
07 RAT 2%
08 FGTS 8%
Total 35,80%
TABELA “B”
11 Feriados 4,34%
15 Licença-maternidade 0,02%
Total 55,45%
6-ENDOMARKETING
O endomarketing é o termo registrado por Saul Bekin em 1995 e é utilizado para denominar o
uso de ações de marketing voltadas aos empregados, como forma de integrá-los aos anseios da
empresa, utilizando para isto a comunicação interna, incentivos subjetivos, autonomia de aplicação
de criatividade, responsabilidade compartilhada e, sobretudo, adesão através do comprometimento
do profissional.
Brum (2000) diz que sempre que uma empresa começa a fazer endomarketing, deve colocar-
se diante do empregado da maneira como ambiciona ser percebida por ele. Trabalhar a imagem
interna da empresa como uma organização coinsciente do papel exercido na sociedade, e trabalhar a
função de educador também de seus empregados no tocante à educação ambiental nos dias de hoje,
são vantagens competitivas que agregam valor ao produto, visto que os clientes estão cada vez mais
exigentes.
O endomarketing pode ser utilizado nas organizações de modo que as pessoas revejam suas
atitudes, valores, num ambiente que necessita do envolvimento e comprometimento das pessoas.
Educar tem por caráter geral a definição de ser a partilha do conhecimento com o propósito
que o recebedor ou educando aplique este conhecimento na vida real como forma de progressão da
humanidade, de modo a melhorar a sociedade através do desenvolvimento do ser humano.
O Art. 1° da Lei 9.795, apresenta a educação ambiental como um “processo em que busca
despertar a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental, garantindo o acesso à
informação em linguagem adequada, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica
e estimulando o enfrentamento das questões ambientais e sociais”.
Pois segundo Oliveira (2000) o primeiro ponto a ser trabalhado é quanto à concepção de
meio ambiente, é a compreensão da própria existência humana, já que o senso comum nos leva a
perceber o meio ambiente como tudo que nos envolve, contradizendo com a nossa percepção, já que
muitas vezes nos excluímos desta compreensão.
O movimento verde voltado para dentro das empresas resume-se a uma mudança de
comportamento das pessoas envolvidas, independente de qualquer que seja a atividade que exerce
ou o nível que ocupa. É um processo que deve ser planejado de acordo com a realidade de cada
organização, avaliando os recursos, a cultura interna e as suas especificações.
Formar as pessoas em educação ambiental é uma pretensão para a busca de resolução dos
problemas que a natureza afronta. E o educador tem a função de envolver as pessoas nas questões
ambientais devendo, para isso, começar a fazer com que elas pensem nas suas vidas, no seu
comportamento e nas relações com a natureza. Enfim, a reflexão é o ponto de partida para um novo
tratamento com o meio ambiente em que vivemos.
Hoje, se consome mais do que a natureza pode oferecer. Há produção de novas espécies de
lixo que o meio ambiente não consegue tratar e se desperdiça mais água do que necessariamente
dever-se-ia gastar. Reduzir a poluição através do uso racional de matéria prima, água e energia
representam opções ambientais de bom senso.
No entanto, não basta pensar em reciclagem, ou mudar radicalmente as ações das pessoas,
mas sim recuperar atitudes antigas com nova roupagem e acima de tudo, com a importância
necessária merecida.
Para Oliveira (2000) o referencial de fragilidade sobre questões ambientais, como efeito
estufa, buracos na camada de ozônio, chuvas ácidas, miséria, fome e pestes, está no ser humano
onde as contradições mais efetivas não estão na anunciada fragilidade e esgotamento dos
ecossistemas ou do planeta Terra, mas na configuração de relações sociais existentes, de
valorização de bens e recursos naturais, contudo, na forma de relação sociedade-natureza.
Trabalhar questões ambientais nas empresas é uma tática bem quista a qual desenvolve a
educação ambiental voltada a adultos que muitas vezes não passaram, em tempos de escola, por
experiências de educação formal, ou não tem a consciência do impacto que cada pessoa tem sobre a
natureza.
Ações pequenas como separar o lixo ao jogá-lo fora, diminuir o desperdício de papel no
escritório, apagar a luz ao sair de uma sala, ou ainda fechar a torneira completamente ao ir no
banheiro, são comportamentos que devem ser cultivados e que necessariamente serão fortalecidos
pelo uso de uma comunicação interna bem desenvolvida. Neste quesito o endomarketing preocupa-
se em garantir clareza e conformidade das informações divulgadas, além disto a integração da
empresa para uma comoção geral dos empregados.
O Banco Real, por exemplo, tem entre suas ações ambientalistas a adoção do uso de papéis
reciclados em todas as suas comunicações e a formação dos seus líderes em sustentabilidade
através do Programa de Desenvolvimento de Líderes para a Sustentabilidade, cuja metodologia
favorece o repasse de conteúdo e reforça o papel do líder na disseminação de conceitos e práticas
sustentáveis.
Da mesma forma acontece no Banco Bradesco, onde alinhar eficiência a uma atitude
responsável em relação ao meio ambiente, trabalhar a otimização de recursos, programas
sistemáticos de reciclagem e ações monitoradas de descarte adequado de materiais, e também
utilizar papel reciclado em seus informativos são algumas das atitudes que podem ser percebidas
inseridas na rotina da empresa.
Sunkel e Glico (1980) citado por Oliveira (2000) defendem que “é preciso relacionar o
desenvolvimento das relações sociais de produção e das forças de trabalho com a interação
sociedade-natureza”.
O modo como a empresa encara as questões ambientais tem evoluído nas últimas décadas
se posicionando como um fator de custo com imposições legais evoluindo para uma estratégia mais
proativa em que o ambiente é a parte estratégica do negócio (Ferrão e Heitor,2000) sendo também
essa evolução não alheia a politícas públicas mas deixaram de se focar nos processos de fabricação
para está centrada no ciclo de vida dos produtos com conceitos como a política integrada do produto .
A designação de Ecologia Industrial provém dos conceitos que lhe estão associados e que
emergem da analogia entre os sistemas industriais e os sistemas ecológicos
(Ferrão, 2000). Estes conceitos estão concretizados nos princípios da Ecologia Industrial, dos
quais se salientam o estabelecimento de ciclos de materiais e energia em cada subsistema
relacionado com o ciclo de vida do produto e o estabelecimento de simbioses ao nível dos fluxos de
materiais ou de energia com outros subsistemas.
3- QUÍMICA AMBIENTAL.
Lojas Americanas S.A., grupo que ocupa posição destacada entre as maiores redes de varejo
do Brasil, demonstra seu comprometimento com a preservação do meio ambiente e estabelece sua
Política Ambiental, através das seguintes diretrizes:
o Ter como premissa básica o atendimento aos requisitos legais aplicáveis às suas
atividades;
CONCLUSÃO
Este estudo objetivou analisar de que maneira tradicionais técnicas de análise podem ser
aplicadas nas Demonstrações Financeiras de uma empresa. Para esse propósito, foi necessário
atingir os objetivos específicos: (a) apresentar um estudo teórico sobre o tema escolhido; (b)
conceituar as principais Demonstrações Contábeis; (c) descrever os diferentes tipos de análise que
podem ser utilizadas; (d) identificar a relevância dos Índices de Liquidez para o conhecimento da
capacidade de pagamento de exigibilidades e de lucratividade da empresa; (e) analisar o Balanço
Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício da empresa Lojas Americanas S/A nos de
2011, 2012 e 2013, mediante técnicas de Análise Vertical, Horizontal e de quocientes, mas
especificamente o Índice de Liquidez. A Lojas Americanas apresentou, nos anos de 2011, 2012 e
2013, resultados positivos a respeito de sua capacidade de pagamento de curto prazo, revelando
como uma atitude positiva e, também, como ponto de atenção a maior procura por financiamentos de
longo prazo, deixando em queda o indicador de Liquidez Geral, que abrange o pagamento de dívidas
de longo pra
Conclui-se que as tradicionais técnicas de Análise das Demonstrações Contábeis são
imprescindíveis para uma melhor verificação da saúde financeira econômica das empresas. Através
da Análise Vertical e Horizontal foi possível verificar de que maneira as principais contas do Balanço
Patrimonial e da
Demonstração do Resultado do Exercício se comportaram ao longo dos anos e quais as
possíveis justificativas para esses comportamentos. Os índices de Liquidez proporcionaram uma
maior visibilidade acerca da saúde financeira da empresa no aspecto de capacidade da empresa em
quitar suas dívidas e quais os aspectos favoreceram esses resultados.
É importante salientar que calcular os índices, elaborar a análise quantitativa é somente o
primeiro passo de uma análise das demonstrações financeiras. Um relatório que apresentasse dados
em vez de informações não seria um bom relatório, pois transforma um tipo de dado encontrado nas
demonstrações em outros dados, o que para o leitor pouco, ou nada valem. Por este motivo é que
torna-se necessário que o analista tenha esta capacidade de interpretação, para então elaborar o
relatório da análise.
Pode-se concluir através deste artigo que a responsabilidade ao meio ambiente já é uma
preocupação real desta geração, que procura influenciar as novas gerações para dar continuidades
no processo de sustentabilidade e de serem responsáveis pelo meio em que se vive, incorporando
atitudes diárias nas empresas e em toda a sociedade visando garantir a sobrevivência de nossa
espécie.
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