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Concreto Armado:
Este texto discute a rotina para a verificação dos Estados Limites de Serviço em
elementos estruturais fletidos construídos em concreto armado.
São estudados os critérios paras os cálculos do momento de fissuração
(verificação do estado limite de formação de fissuras – ELS - F), das aberturas de
fissuras (verificação do estado limite de abertura de fissuras – ELS - W) e dos
deslocamentos (verificação do estado limite de deformações excessivas – ELS - DEF),
com os critérios da NBR 6118:2003 (ABNT, 2004).
Inicialmente são apresentados os critérios para determinação da posição da
linha neutra, do momento de inércia e cálculo da tensão nas barras da armadura de
tração, com as hipóteses dos Estádios I e II, conforme já estudados na disciplina SET
409 – Estruturas de Concreto Armado I no primeiro semestre de 2008.
É feita, também, uma recordação das definições de estados limites e das
combinações das ações necessárias para o dimensionamento no estado limite último e
para as verificações dos estados limites de serviço.
É apresentado um exemplo de viga simplesmente apoiada sendo que em etapa
anterior da disciplina SET 410 – Estruturas de Concreto Armado II, 2008 foram feitos o
dimensionamento e o detalhamento das armaduras.
O texto que serviu de base para este trabalho foi escrito pela Engenheira
Doutora Valdirene Maria Silva e pela Professora Doutora Ana Lúcia Homce de Cresce
El Debs, sendo que aqui ele foi revisado e adaptado pelo terceiro autor.
SUMÁRIO
1 Introdução 1
1.1 Definições de estados limites 2
2 Ações e combinações 3
2.1 Classificação das ações [NBR 6118:2003] 3
2.2 Combinação de serviço das ações 3
2.2.1 Combinações quase permanentes de serviço 3
2.2.2 Combinações freqüentes de serviço 4
2.2.3 Combinações raras de serviço 4
7 Exemplo 16
7.1 Esforços solicitantes 17
7.2 Estado limite de formação de fissuras 18
7.2.1 Combinação freqüente de serviço 18
7.2.2 Momento de fissuração 18
7.3 Estado limite de abertura de fissuras 19
7.3.1 Cálculo da abertura de fissura para a condição de fissuração sistemática 19
7.3.2 Cálculo da abertura de fissura para a condição de fissuração não sistemática 20
7.4 Verificação do estado limite de deformação excessiva 21
8 Bibliografia 24
Valdirene Maria Silva, Ana Lúcia H. C. El Debs e José Samuel Giongo – USP – EESC – SET - Setembro de 2009 1
Concreto armado: estados limites de serviço
a.- Deformações excessivas para uma utilização normal da estrutura, como por
exemplo: flechas ou rotações que afetam a aparência da estrutura, o uso funcional ou
a drenagem de um edifício, ou que possam causar danos a componentes não
estruturais e aos seus elementos de ligação;
USP - EESC - SET - Disciplina SET 410 - Estruturas de Concreto Armado II 2
Concreto Armado: estado limite de serviço - ELS
2 Ações e combinações
c.- raras: ocorrem algumas vezes durante o período de vida da estrutura e sua
consideração pode ser necessária na verificação do Estado Limite de Formação de
Fissuras.
m n
Fd,uti = ∑ FGi,k + ∑ Ψ2 j ⋅ FQj,k (2.1)
i =1 j =1
USP - EESC - SET - Disciplina SET 410 - Estruturas de Concreto Armado II 4
Concreto Armado: estado limite de serviço - ELS
m n
Fd,uti = ∑ FGi,k + Ψ1 ⋅ FQ1,k + ∑ Ψ2 j ⋅ FQj,k (2.2)
i =1 j= 2
Nas combinações raras de serviço, a ação variável principal FQ1 é tomada com
seu valor característico FQ1,k e todas as demais ações são tomadas com seus valores
freqüentes Ψ1 FQk:
m n
Fd,uti = ∑ FGi,k + FQ1,k + ∑ Ψ1j ⋅ FQj,k (2.3)
i =1 j= 2
compressão
tração ε
3.1 Estádio I
M
σc = ⋅x (3.1)
I
Resumo:
- O concreto não está fissurado na região tracionada;
- O diagrama de tensão é linear na tração e na compressão.
Observação:
- É utilizado para a verificação das deformações em lajes, uma vez que as lajes
apresentam-se poucas fissuradas.
USP - EESC - SET - Disciplina SET 410 - Estruturas de Concreto Armado II 6
Concreto Armado: estado limite de serviço - ELS
Resumo:
- O concreto ainda resiste à tração;
- O diagrama de tensão na região comprimida é linear;
- O diagrama de tensão na região tracionada é não-linear e a maior tensão
solicitante de tração é igual à resistência do concreto à tração.
Observação:
- Pode ser utilizado no cálculo do momento fletor de fissuração (Mr), solicitação
que pode provocar o início de formação de fissuras, e no cálculo da área da armadura
mínima. A armadura de tração deve resistir, pelo menos, ao momento fletor resistido
pela seção de concreto simples calculado no estádio Ib.
A *ct = α e ⋅ A s (3.2)
σ st
σ eq = (3.3)
αe
sendo:
σ sc
σ eq = (3.5)
αe
sendo:
SLN = zero
Ou seja:
b w ⋅ xI2
2
( ) b
+ α e ⋅ A 's ⋅ xI − d' − α e ⋅ A s ⋅ (d − xI ) − w ⋅ (h − xI ) = 0
2
2
(3.6)
sendo:
O momento de inércia em relação a linha neutra pode ser calculado pela Equação
(3.7).
b w ⋅ h3 ⎛h ⎞
+ b w ⋅ h ⋅ ⎜ − xI2 ⎟ + αe ⋅ A 's ⋅ ( xI − d' )2 + αe ⋅ A s ⋅ (d − x I )
2
II = (3.7)
12 ⎝2 ⎠
3.2 Estádio II
Resumo:
- Concreto fissurado na região tracionada;
- Armadura resiste às tensões de tração;
- O diagrama de tensão na região comprimida é linear;
- O diagrama de tensão na região tracionada, onde não existe fissura, é não-
linear;
Observação:
- As vigas normalmente trabalham no Estádio II sob ações de serviço sendo,
portanto, adotado na verificação das deformações em vigas e análise das vigas em
serviço.
b w ⋅ xII2
2
( )
+ α e ⋅ A 's ⋅ xII − d' − α e ⋅ A s ⋅ (d − xII ) = 0 (3.8)
Valdirene Maria Silva, Ana Lúcia H. C. El Debs e José Samuel Giongo – USP – EESC – SET - Setembro de 2009 9
Concreto armado: estados limites de serviço
sendo:
b ⋅ xII3
+ α e ⋅ A 's ⋅ ( xII − d' )2 + α e ⋅ A s ⋅ (d − xII )
2
III = (3.9)
3
α ⋅ fct ⋅ Ic
Mr = (4.1)
yt
sendo:
A resistência à tração direta fct pode ser calculada em função das resistências à
tração determinada por meio de ensaios de corpos-de-prova ensaiados à compressão
diametral (expressão 4.2) ou por ensaios de flexão de prismas de concreto (expressão
4.3).
ou
sendo:
USP - EESC - SET - Disciplina SET 410 - Estruturas de Concreto Armado II 10
Concreto Armado: estado limite de serviço - ELS
sendo:
1,5 ⋅ fct ⋅ Ic
Mr = (4.7)
yt
b ⋅ h3
Ic = (4.8)
12
h
yt = (4.9)
2
Portanto:
Mr = 0,25 ⋅ fct ⋅ b ⋅ h2
(4.10)
sendo fct = fctk,inf
5.1 Valores máximos das aberturas das fissuras em função do meio ambiente
Classe de agressividade
Tipo de concreto Exigências relativas à Combinação de ações em
ambiental (CAA) e tipo
estrutural fissuração serviço a utilizar
de proteção
Concreto simples CAA I a CAA IV Não há ---
CAA I ELS-W wk ≤ 0,4 mm Combinação freqüente
Concreto armado
CAA II a CAA IV ELS-W wk ≤ 0,3 mm Combinação freqüente
Concreto Pré-tração com CAA I
protendido nível 1 ou ELS-W wk ≤ 0,2 mm Combinação freqüente
(protensão parcial) Pós-tração com CAA I e II
Concreto Pré-tração com CAA II Verificar as duas condições abaixo
protendido nível 2 ou ELS-F Combinação freqüente
(protensão Pós-tração com CAA III e 1 Combinação quase
ELS-D
limitada) IV permanente
Concreto Verificar as duas condições abaixo
protendido nível 3 Pré-tração com CAA III e ELS-F Combinação rara
(protensão IV 1
ELS-D Combinação freqüente
completa)
ELS-W – estado limite de abertura das fissuras;
ELS-F – estado limite de formação de fissuras;
ELS-D – estado limite de descompressão;
ELS-DP –estado limite de descompressão parcial;
Para as classes de agressividade ambiental CAA III e IV exige-se que as cordoalhas não aderentes
tenham proteção especial na região de suas ancoragens;
1
A critério do projetista, o ELS-D pode ser substituído pelo ELS-DP com ap = 25 mm.
concreto de envolvimento, constituída por um retângulo cujos lados não distam mais de
7,5φ do contorno do elemento da armadura, Figura 5.
É conveniente que toda a armadura de pele φi da viga, na sua zona tracionada,
limite a abertura de fissuras na região Acri correspondente, e que seja mantido um
espaçamento menor ou igual a 15 φi.
Fissuração sistemática
φi σ ⎛ 4 ⎞
wk = ⋅ si ⋅ ⎜⎜ + 45 ⎟⎟ (5.1)
12,5 ⋅ ηi Esi ⎝ ρri ⎠
φi σ 3 ⋅ σ si
wk = ⋅ si ⋅ (5.2)
12,5 ⋅ ηi Esi fctm
σsi, φi, Esi, ρri são definidos para cada área de envolvimento em exame.
sendo:
Total l / 350 +
Pavimentos que devem Ginásios e pistas de contraflecha2
permanecer planos boliche Ocorrido após a
construção do piso l / 600
De acordo com a
Elementos que Ocorrido após o
recomendação do
suportam equipamentos Laboratórios nivelamento do
fabricante do
sensíveis equipamento
equipamento
Efeitos em
elementos não
Alvenaria, caixilhos e Após a construção l / 500 3 ou 10mm ou
revestimentos da parede θ = 0,0017rad4
estruturais
Ocorrido após a
Divisórias leves e
caixilhos telescópicos
instalação da l / 250 3 ou 25mm
divisória
Provocado pela
Paredes
ação do vento para
Movimento lateral de H/1700 ou Hi/8505 entre
combinação
edifícios pavimentos6
freqüente
(ψ1=0,30)
Provocado por
Movimentos térmicos
verticais
diferença de l / 400 7 ou 15mm
temperatura
Provocado por
Movimentos térmicos
diferenças de Hi/500
horizontais
temperatura
Ocorrido após
Forros Revestimentos colados
construção do forro l / 350
Revestimentos Deslocamento
pendurados ou com ocorrido após a l / 175
juntas construção do forro
Deslocamento
Desalinhamento de provocado pelas
Pontes rolantes H/400
trilhos ações decorrentes
na frenação
Efeitos em Afastamento em Se os deslocamentos forem relevantes para o elemento considerado,
elementos relação às hipóteses de seus efeitos sobre as tensões ou sobre a estabilidade da estrutura devem
estruturais cálculo adotadas ser considerados, incorporando-as ao modelo estrutural adotado
Notas:
1
As superfícies devem ser suficientemente inclinadas ou o deslocamento previsto compensado por contraflechas, de
modo a não se ter acúmulo de água.
2
Os deslocamentos podem ser parcialmente compensados pela especificação de contraflechas. Entretanto, a
atuação isolada da contraflecha não pode ocasionar um desvio do plano maior que l / 350 .
3
O vão l deve ser tomado na direção na qual a parede ou a divisória se desenvolve.
4
Rotação nos elementos que suportam paredes.
5
H é a altura total do edifício e Hi o desnível entre dois pavimentos vizinhos.
6
Este limite aplica-se ao deslocamento lateral entre dois pavimentos consecutivos devido à atuação de ações
horizontais. Não devem ser incluídos os deslocamentos devidos a deformações axiais nos pilares. O limite também
se aplica para o deslocamento vertical relativo das extremidades de lintéis conectados a duas paredes de
contraventamento, quando Hi representa o comprimento do lintel.
7
O valor l refere-se à distância entre o pilar externo e o primeiro pilar interno.
Observações: a) Todos os valores limites de deslocamentos supõem elementos de vão l suportados em ambas as
extremidades por apoios que não se movem. Quando se tratar de balanços, o vão equivalente a ser considerado
deve ser o dobro do comprimento do balanço. b) Para o caso de elementos de superfície, os limites prescritos
consideram que o valor l é o menor vão, exceto em casos de verificação de paredes e divisórias, onde interessa a
direção na qual a parede ou divisória se desenvolve, limitando-se esse valor a duas vezes o vão menor. c) O
deslocamento total deve ser obtido a partir da combinação das ações características ponderadas pelos coeficientes
de acompanhamento. d) Deslocamentos excessivos podem ser parcialmente compensados por contraflechas.
Valdirene Maria Silva, Ana Lúcia H. C. El Debs e José Samuel Giongo – USP – EESC – SET - Setembro de 2009 15
Concreto armado: estados limites de serviço
⎧⎪⎛ M ⎞ 3 ⎡ ⎛ M ⎞ 3 ⎤ ⎫⎪
(EI)eq = Ecs ⋅ ⎨⎜⎜ r
⎟⎟ ⋅ Ic + ⎢1 − ⎜⎜ r ⎟⎟ ⎥ ⋅ III ⎬ ≤ Ecs ⋅ Ic (6.2)
M
⎪⎩⎝ a ⎠ ⎢⎣ ⎝ Ma ⎠ ⎥⎦ ⎪⎭
sendo:
Δξ
αf = (6.3)
1 + 50 ⋅ ρ′
sendo:
′
As (6.4)
ρ′ =
b⋅d
( )
ξ(t ) = 0,68 ⋅ 0,996 t ⋅ t 0,32 para t ≤ 70 meses (6.6)
∑ Pi ⋅ t 0i
t0 = (6.8)
∑ Pi
sendo:
Pi = parcelas de carga;
t0i = idade em que se aplicou cada parcela Pi, em meses.
O valor da flecha total deve ser obtido multiplicando a flecha imediata por (1+αf).
7 Exemplo
Este exemplo de viga de concreto armado discute as verificações com relação
aos estados limites de serviço que precisam ser feitas à luz da ABNT NBR 6118:2003.
Considera-se que a ação concentrada, reação da viga V2, é constituída de duas
parcelas: um permanente G = 80 kN e outra variável normal Q = 70 kN. A ação
uniformemente distribuída, oriunda das reações de apoio das lajes, é igual a gk = 14,30
kN/m e qk = 5,70 kN/m. A força gk é relativa às ações permanentes que atuam nas lajes
que se apóiam na viga, o peso próprio da viga e a ação de uma parede de alvenaria a
ser construída sobre a viga. A força qk é por causa das reações de apoio das lajes
levando-se em conta as ações variáveis normais que nelas atuam. Na edificação as
ações acidentais atuantes nas lajes não superam 5 kN/m2.
Lembra-se que este exemplo é continuação do projeto da viga 1, quando se fez
o dimensionamento com relação às tensões normais e tangenciais, inclusive com o
detalhamento completo das barras das armaduras.
Dados para o projeto:
Concreto C30 (fck = 30 MPa) Aço CA-50 (fyk = 500 MPa)
As = 20,10 cm2 (10 φ 16,0 mm) bw = 25cm h = 75cm
A figura 6 mostra o eixo da viga destacando a seção na qual é introduzida força
concentrada, que á a reação de apoio da viga V02, que dista 4m do apoio da esquerda,
a seção transversal da viga na seção mais solicitada a momento fletor, para a qual
foram dimensionadas 10 barras de 16,0mm de diâmetro, conforme já visto em etapa
anterior do curso.
Valdirene Maria Silva, Ana Lúcia H. C. El Debs e José Samuel Giongo – USP – EESC – SET - Setembro de 2009 17
Concreto armado: estados limites de serviço
Ação permanente:
sendo:
α = 1,5 para seções retangulares;
yt = 37,5 cm, ou seja, igual a altura da viga (75cm) dividida por 2;
b ⋅ h3
Ic = = 878.906 cm 4
12
Cálculo da resistência de tração do concreto (fct)
para a verificação do ELS-DEF
fct = fct,m = 0,3 ⋅ fck2 / 3 = 0,3 ⋅ 302 / 3 = 2,90 MPa = 0,290 kN / cm2
fct = fctk,inf = 0,7 ⋅ 0,3 ⋅ fck2 / 3 = 0,7 ⋅ 0,3 ⋅ 302 / 3 = 2,03 MPa = 0,203 kN / cm2
φi σ ⎛ 4 ⎞
w= ⋅ si ⋅ ⎜⎜ + 45 ⎟⎟
12,5 ⋅ ηi Esi ⎝ ρri ⎠
As
ρr =
A cr
A tensão de tração no centro de gravidade das barras da armadura tem que ser
determinada considerando as hipóteses do Estádio II. E, para isto, é preciso calcular a
profundidade da linha neutra no Estádio II (xII) e, depois, o valor do momento de inércia
(III).
A posição da linha neutra no Estádio II, com αe = 15, é calculada pela equação
3.8, com a área das barras da armadura comprimida igual a zero, pois no
dimensionamento a linha neutra, no estado limite último, ficou aquém do valor limite
entre os domínios 3 e 4.
A profundidade da linha neutra é calculada com a equação 3.8, com os dados de
projeto da figura 6 (seção transversal) resultando:
25 ⋅ x II2
− 15 ⋅ 20,1⋅ (69,4 − x II ) = 0 (equação 3.8)
2
portanto,
xII = 30,6cm
USP - EESC - SET - Disciplina SET 410 - Estruturas de Concreto Armado II 20
Concreto Armado: estado limite de serviço - ELS
O momento de inércia no Estádio II, com αe = 15, é calculado pela equação 3.9
e com A sc = A 's igual a zero, pois no dimensionamento da viga, feito em etapa anterior
do projeto, resultou domínio 3 de deformações e, portanto, sem necessidade de barras
de armadura junto a face comprimida da viga.
b ⋅ x II3
+ αe ⋅ A s ⋅ (d − x II )
2
III =
3
25 ⋅ 30,6 3
+ 15 ⋅ 20,1⋅ (69,4 − 30,6 ) = 692.662 cm 4
2
III =
3
αe ⋅ MSd,ser 15 ⋅ 28.460
σ s,II = ⋅ [d − x II ] = ⋅ [69,4 − 30,6]
III 692.662
16 23,9 ⎛ 4 ⎞
wk = ⋅ ⋅⎜ + 45 ⎟ = 0,09 mm < 0,3 mm
12,5 ⋅ 2,25 21.000 ⎝ 0,0414 ⎠
A equação 5.2 deste texto, indicada na ABNT NBR 6118:2003, com a qual se
calcula a abertura de fissuras considerando-as não sistemáticas é dada por:
φi σ 3 ⋅ σsi
wk = ⋅ si ⋅
12,5 ⋅ ηi Esi fctm
16 23,9 3 ⋅ 23,9
wk = ⋅ ⋅ = 0,16 mm < 0,3 mm
12,5 ⋅ 2,25 21.000 0,290
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Concreto armado: estados limites de serviço
⎧⎪⎛ M ⎞ 3 ⎡ ⎛ M ⎞ 3 ⎤ ⎫⎪
(EI)eq = Ecs ⋅ ⎨⎜⎜ r
⎟⎟ ⋅ Ic + ⎢1 − ⎜⎜ r ⎟⎟ ⎥ ⋅ III ⎬ ≤ Ecs ⋅ Ic
M
⎪⎩⎝ a ⎠ ⎢⎣ ⎝ Ma ⎠ ⎥⎦ ⎪⎭
Es 210.000
αe = = = 8,05
E cs 26.072
b w ⋅ x II2
− α e ⋅ A s ⋅ (d − x II ) = 0
2
25 ⋅ x II2
− 8,05 ⋅ 20,1⋅ (69,4 − xII ) = 0
2
ou seja,
USP - EESC - SET - Disciplina SET 410 - Estruturas de Concreto Armado II 22
Concreto Armado: estado limite de serviço - ELS
xII = 24,2cm
b ⋅ x II3
+ αe ⋅ A s ⋅ (d − x II )
2
III =
3
25 ⋅ 24,23
+ 8,05 ⋅ 20,1⋅ (69,4 − 24,2) = 448.678 cm 4
2
III =
3
b w ⋅ h3 25 ⋅ 75 3
Ic = = = 878.906 cm 4
12 12
Portanto, tem-se:
Fd,ser = Gk + Ψ2 ⋅ Qk
Fd,ser = gk + Ψ2 ⋅ qk
fd,ser ⋅ l 4 x ⎡⎛ x ⎞ ⎤
3 2
Fd,ser ⋅ a 2 ⋅ b 2 ⎛x⎞
ai = + ⋅ ⋅ ⎢⎜ ⎟ − 2 ⋅ ⎜ ⎟ + 1⎥
3 ⋅ (EI)eq ⋅ l 24 ⋅ (EI)eq l ⎣⎢⎝ l ⎠ ⎝l⎠ ⎥⎦
400 ⎡⎛ 400 ⎞ ⎤
3 2
101⋅ 4002 ⋅ 3002 0,16 ⋅ 7004 ⎛ 400 ⎞
ai = + ⋅ ⋅ ⎢⎜ ⎟ − 2⋅⎜ ⎟ + 1⎥
3 ⋅ 1.230.631.209 ⋅ 700 24 ⋅ 1.230.631.209 700 ⎣⎢⎝ 700 ⎠ ⎝ 700 ⎠ ⎦⎥
Resultando:
Δξ
αf =
1 + 50 ⋅ ρ′
′
As
ρ′ = =0
b⋅d
Δξ = 2 − 0,68 = 1,32
e, portanto:
α f = 1,32
8 Bibliografia
Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 6118:2003 Projeto de
estruturas de concreto - procedimento, Rio de Janeiro, 2003.
______. ABNT NBR 7222:1994 Argamassa e concreto – Determinação da resistência
à tração por compressão diametral de corpos-de-prova cilíndricos – Método de ensaio,
Rio de Janeiro, 1994.
______. ABNT NBR 12142:1991 Concreto – Determinação da resistência à tração na
flexão em corpos-de-prova prismáticos – Método de ensaio, Rio de Janeiro, 1991.
Amaral, N.A. Construções de concreto I. São Paulo: EPUSP, 1969. (Notas de aula, v.
2).
Carvalho, R.C.; Figueiredo Filho, J.R. Cálculo e detalhamento de estruturas usuais
de concreto armado. São Carlos: UFSCar, 2001.
Comite Euro International du Beton/CEB. Durability of concrete structure: state of art
report. Bulletin D'information, Munich, n. 148,1982.
Mollica Junior., S. O uso da tela soldada no combate à fissuração. São Paulo:
EPUSP, 1979.
Pinheiro, L.M.; Fernandes,S.A. Concreto armado: comportamento na flexão e
método clássico. 1995. (Notas de aulas).
Sales, J.J.; Gonçalves, R.M.; Malite, M. Segurança nas estruturas. São Carlos:
EDUSP, 1993. (Notas de aulas).
Silva, R.C.; Giongo, J.S. Concreto armado: estados limites de utilização. São Carlos:
1994. (Notas de aulas).