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212

La Ganalla
Traducción Oe T. Orts-Ramoj y Climent

T O IVI O I

UNIVERSIDAD DE NUEVO LEOK

BIBLIOTECA UNIV€«SIPñs?
Provrijza, «a "ALFONSO RcYES"
»ode. 1625 MONTERREY, MEXIW

BARCELONA
Tip. Lit. de P e r t i e r r a , B a r t o l í y Uroña
Provenza, fit y (!3
1001
pQzjjj

K. /

LA CANALLA

E r a tal el n ú m e r o de c a r r u a j e s q u e r e g r e s a b a n
p o r la orilla del lago, q u e la c a r r e t e l a no t u v o
o t r o r e m e d i o q u e p o n e r s e al paso, l l e g a n d o á s e r
tan g r a n d e la confusión, q u e en c i e r t o rao n e n t o le
fué preciso detenerse. .-.<..
Declinaba el sol r á p i d a m e n t e s o b r e u n cielo de
Octubre, grisáceo, surcado por pequeñas nubéci-
llas, y s u s ú l t i m o s r a y o s , q u e p a r e c í a n c a e r d e s d e
las l e j a n a s e s p e s u r a s de la c a s c a d a , e n v o l v í a n e n
IUÍ: r o j i z a , u n t a n t o pálida, la i n t e r m i n a b l e h i l e r a
de i n m o v i b l e s c a r r u a j e s .

185987 Al c o n t a c t o de aquella luz, l a n z a b a n d o r a d o s

r e f l e j o s los c u b o s d e las r u e d a s ; y l a s b r i l l a n t e s
LA C A N A L L A . — 1 TOMO L
c a j a s , b a r n i z a d a s de azul o b s c u r o , r e f l e j a b a n , co-
m o u n e s p e j o , t r o z o s de p a i s a j e .
C a y e n d o d e lleno la e n c e n d i d a c l a r i d a d q u e los
i l u m i n a b a p o r la e s p a l d a y h a c í a r e l u c i r los boto-
n e s m e t á l i c o s de s u s d o b l a d o s c a p o t e s , q u e c a f a n
s o b r e el a>iento a n t e r i o r de un c a r r u a j e , el coche-
r o y el l a c a y o , con su librea a z u l - p r u s i a , s u s c h a -
lecos á r a y a s a m a r i l l a s y n e g r a s , y s u s calzones
de c o l o r d e g a r b a n z o , m a n t e n í a n s e rígidos, g r a -
v e s y p a c i e n t e s s o b r e s u s altos a s i e n t o s , c o m o
c r i a d o s d e c a s a g r a n d e , á q u i e n e s no p e r t u r b a n
e s t a s c o n f u s i o n e s de v e h í c u l o s .
A d o r n a d o s s u s s o m b r e r o s con e s c a r a p e l a n e g r a ,
t e n í a n c i e r t o a i r e g r a v é , y s o l a m e n t e los c a b a l l o s ,
magnifico tronco bayo, piafaban impacientes en
m e d i o d e a q u e l forzoso alto.
—¡Mira, m i r a , R e n a t a ! — d i j o d e p r o n t o Máximo.
—Allá a b a j o , en un c u p é , e s t o y viendo á L a u r a de
Aurigny...
Se i n c o r p o r ó R e n a t a , y c o n t r a y e n d o los p á r p a -
dos, o b l i g a d a p o r la debilidad de su v i s t a :
— L a c r e í a bien lejos,—contesló.—¡Calla! ha
c a m b i a d o el color de sus cabellos ¿ v e r d a d ?
— S í , — d i j o Máximo s o n r i e n d o . — l i s q u e á s u
n u e v o a m a n t e n o le g u s t a el r o j o .
La m a n o a p o y a d a en la p o r t e z u e l a , i n c l i n a d a
h a c i a a d e l a n t e , y y a despierta del t r i s t e e n s u e ñ o ,
q u e h a c í a l a r g o r a t o la t e n í a s i l e n c i o s a y a c u r r u -
c a d a en el f o n d o del c a r r u a j e , c o m o en u n sillón
de c o n v a l e c i e n t e , m i r a b a R e n a t a el punto q u e indi-
có Máximo. Vestía R e n a t a un paletó de p a ñ o b l a n -
co, con v u e l t a s de t e r c i o p e l o v e r d e , b a j o el cual s e
d e s c u b r í a u n e l e g a n t e t r a j e de s e d a , t a m b i é n v e r -
de o b s c u r o , con d e l a n t a l y t ú n i c a , a d o r n a d o con
a n c h o s v o l a n t e s ; a p e n a s oculta b a j o el s o m b r e -
rillo c o n r o s a s d e B e n g a l a , se d e s t a c a b a la e x t r a -
ña cabellera, cuyo amarillento matiz pálido
r e c o r d a b a el d e la m a n t e c a fina. Con el a d e m á n
d e un chico i m p e r t i n e n t e , c o n t i n u a b a g u i ñ a n d o
los ojos s o b r e los c u a l e s , s e p r o n u n c i a b a m á s la
a r r u g a q u e s u r c a b a su f r e n t e t e r s a , c o n t r a y e n d o
a d e m á s su boca, c u y o labio i n f e r i o r , algo saliente,
p a r e c í a d a r l e c i e r t a expresión de e n o j o . T o m ó un
l e n t e de h o m b r e , con a r m a d u r a d e caucho, p a r a
v e r m e j o r , y sin c o l o c a r l o s o b r e la n a r i z , e x a m i n ó
d e t e n i d a m e n t e á L a u r a de A u r i g n y , con a i r e t r a n -
quilo.
Los c o c h e s s e g u í a n p a r a d o s , y e n t r e las m a n -
c h a s o b s c u r a s de la fila, o r a b r i l l a b a de r e p e n t e ,
r e f l e j a n d o la luz, el cristal d e un f a r o l , el b r u ñ i d o
bocado de un caballo, ó los g a l o n e s de un lacayo
e n c a r a m a d o en su p u e s t o . En los descubiertos
l a n d o s r e s p l a n d e c í a n r i q u í s i m a s telas, y se d e s -
b o r d a b a n l u j o s o s v e s t i d o s de seda y terciopelo.
Todo r u m o r e x t i n g u i d o , é inmóvil todo, f u é do-
m i n a n d o m á s y m á s el silencio, h a s t a el p u n t o d e
 Al c o n t i n u o y a c o m p a s a d o t r o t e de los caballos,
q u e , d e s d e el i n t e r i o r d e los c o c h e s , o í a n s e distin-
prosiguió el desfile con los m i s m o s r u i d o s y los
t a m e n t e las c o n v e r s a c i o n e s de los que p a s a b a n á
m i s m o s reflejos d e sol, sin c e s a r , s e g u i d o y u n i f o r -
pie. De c o c h e á c o c h e c a m b í a b a n s e m u d a s m i r a -
m e , como si t o d o s los coches e s t u v i e r a n u n i d o s á
das y nadie hablaba.
los p r i m e r o s .
T o d o P a r í s e s t a b a allí, á p e s a r de lo a v a n z a d o
R e n a t a , c e d i e n d o á la s u a v e oscilación d e la ca-
de la estación, y v e í a s e á la d u q u e s a de S t e r n i c h ,
r r e t e l a al p o n e r s e e n m a r c h a , d e j ó c a e r el l e n t e ,
en h e r m o s a c a r r e t e l a de ocho r e s o r t e s ; á la seño-
y volvió á r e c o s t a r s e s o b r e los b l a n d o s a l m o h a -
r a de L a u w e r e n s , en u n a v i c t o r i a ; á la b a r o n e s a
d o n e s , c u b r i é n d o s e , p u e s el f r e s c o se d e j a b a s e n -
de Meinhold; á la c o n d e s a d e V a n s k a , con s u s ca-
t i r y a , con u n e x t r e m o de la piel de osó q u e lle-
b a l l i t o s píos; á Silvia, la p e q u e ñ a Silvia, como la
n a b a el c a r r u a j e , h u n d i e n d o s u s m a n o s e n g u a n -
n o m b r a b a n , en u n l a n d o azul, y a d e m á s , á Don
t a d a s e n t r e los s u a v e s m e c h o n e s de la rizada
Garlos, m u y e n l u t a d o , c u y o s c o c h e r o s o s t e n t a b a n
piel.
l i b r e a a n t i g u a y c e r e m o n i o s a ; á S e l i m - P a c h á , con
s u g o r r o e n c a r n a d o ; á la d u q u e s a de R o z a n , en Habíase l e v a n t a d o u n a f r e s c a b r i s a , y la t a r d e
su r e d u c i d o cupé; al conde d e C h i b r a y , en su dog- p r i m a v e r a l d e a q u e l m e s de O c u b r e , amenazaba
c a r t ; al Mr. S i m p s o n , en un m a i l e l e g a n t e ; á casi t e r m i n a r en n o c h e de i n t e n s o frío.
t o d a la colonia a m e r i c a n a , y p o r fin á d o s a c a d é - A b a n d o n ó s e R e n a t a u n o s m o m e n t o s al volup-
micos en un m o d e s t o coche de p u n t o . t u o s o m o v i m i e n t o de a q u e l l a s r u e d a s q u e veja gi-
r a r m o n o t a m e n t e , p e r o a l z a n d o la v i s t a h a s t a Má-
D e s p u é s de a l g ú n r a t o , p u d i e r o n los p r i m e r o s
ximo, que gozaba en despojar mentalmente de sus
c a r r u a j e s a b r i r s e paso, y l e n t a m e n t e la fila e n t e r a
l u j o s o s t r a j e s á las m u j e r e s q u e o c u p a b a n l.os co-
se p u s o en m o v i m i e n t o , p a r e c i e n d o q u e todo s e
ches inmediatos:
animaba. Resplandores fugitivos brillaron de
—¿Es v e r d a d — p r e g u n t ó — q u e te p a r e c e b o n i t a
p r o n t o , r e l á m p a g o s l u m i n o s o s c r u z a r o n e n t r e los
L a u r a de A u r i g n y ? Como la e l o g i a b a s t a n t o el
r a d i o s de las r u e d a s , y s a l t a r o n de los r e l u c i e n t e s
o t r o día, c u a n d o s e a n u n c i ó la v e n t a d e s u s d i a -
a r n e s e s , s a c u d i d o s p o r los c a b a l l o s al m a r c h a r , y
mantes!... ¡Ahí no viste el c o l l a r y la dia'dema
s o b r e el p a v i m e n t o y s o b r o los á r b o l e s , pasaron
q u e allí m e ha c o m p r a d o tu p a d r e ?
f u g i t i v o s y a n c h o s , r e f l e j o s d e los c r i s t a l e s , h e r i -
d o s p o r l o s r a y o s del sol m o r i b u n d o . —¡Mi p a d r e lo entiende!—-exclamó Máximo síel^ \fffis

11 p' m
c o n t e s t a r d i r e c t a m e n t e , s o n r i e n d o maliciosamen-
te.—Así, paga las d e u d a s de h o n r a y r e g a l a dia-
m a n t e s á su m u j e r .
— ¡Libertino!—murrr.uró R e n a t a , con leve son-
r i s a , e n c o g i é n d o s e de h o m b r o s .
E n t r e tanto, el j o v e n , seguía con la vista á una
s e ñ o r a , c u y o v e r d e t r a j e p a r e c í a i n t e r e s a r l e . Re-
nata, con los ojos medio c e r r a d o s , m i r a b a perezo-
s a m e n t e , a u n q u e en r e a l i d a d , s i n d a r s e c u e n t a , á
uno y o t r o lado del c a r r u a j e .
A la izquierda, d o r m í a el lago, t e r s o como un
espejo, y aliá, al o t r o lado d e la superficie, levan-
t á b a n s e las dos islas, e n t r e las cuales, d e s t a c á n -
dose el p u e n t e q u e las u n í a , r e s a l t a b a s o b r e el pá-
lido c e l a j e con t e a t r a l e s lineas, s e m e j a n d o las
m a s a s v e r d o s a s *de pinos y á r b o l e s de p e r p é t u o
follaje, múltiples c o r t i n a j e s g r a c i o s a m e n t e plega-
dos en el fondo del horizonte. En la m a r g e n opues-
t a , como si h u b i e r a sido b a r n i z a d o la v í s p e r a , el
Chalet de los tilos se a l z a b a con el brillo propio de
un j u g u e t e n u e v o , y las f r a n j a s de a r e n a d e los
c a m i n o s que f e s t o n e a b a el césped, d i b u j a b a n de
un modo e x t r a ñ o los jardinillos á inglesa.
R e n a t a , h a b i t u a d a á este paisaje, m i r a b a s u s
finos d í d o s . j u g u e t e a n d o con los l a r g o s mecho-
n e s de la piel d e oso que la c u b r í a , p e r o á c a u s a '
de u n a sacudida súbita que i n t e r r u m p i ó la m a r -
cha de los c a r r u a j e s , levantó la cabeza y saludó á
dos h e r m o s a s m u j e r e s , q u e r e c o s t a d a s l á n g u i d a -
m e n t e una j u n t o á o t r a en los mullidos asientos
del cuche que las condu 'ia, a l e j á b a n s e r á p i d a m e n t e
t e por una de las a v e n i d a s laterales. -
Las dos m u j e r e s e r a n j ó v e n e s . Una era la m a r -
quesa de Esponet, cuyo esposo, a y u d a n t e de cam-
po del e m p e r a d o r , a c a b a b a de e n L z a r s e , r u i d o s a -
m e n t e p o r el escándalo, á la antigua nobleza y figu-
r a b a e n t r e las m á s ilustres d a m a s del segundo
Imperio. La o t r a , la s e ñ o r a Hat'fner, e s t a b a casa-
da con un famoso i n d u s t r i a l de Colmar, archimi-
llonario y c o n v e r t i d o p o r el g o b i e r n o de Napoleón
III en un h o m b r e político.
R e n a t a conocía d e s d e el colegio á las dos inse-
p a r a b l e s , como se las decía intencionadamente,
y llamábalas Adelina y S u s a n a , q u e e r a n sus
n o m b r e s propios. D e s p u é s de h a b e r l a s dirigido
u n a sonrisa p r e p a r ó s e á r e c o g e r s e d e n u e v o en
sus almohadones, p e r o u n a c a r c a j a d a de Máximo
la obligó á volverse hacia él.
—No te rías, estoy t r i s t e . . . d e v e r a s . . . — e x c l a -
mó viendo q u e Máximo la c o n t e m p l a b a todavía
burlonamente.
Máximo contestó con i m p e r t i n e n c i a :
—¡Bien! ¡Melancólica y todo! ¿Gelitos eh?
—¿Gelosa yo? ¿Por qué?—preguntó R e n a t a sor-
prendida.
Y haciendo un gesto desdeñoso, añadió;
 —¡Ah! ¡Laura! No m e a c o r d a b a . Si Arístides
c o m o m e decís todos, ha p a g a d o las d e u d a s de e s a
m u c h a c h a , e v i t á n d o l e u n v i a j e p o r el e x t r a n j e r o ,
es señal d e q u e a p r e c i a el d i n e r o m e n o s de lo q u e
yo c r e í a . Esto le g r a n j e a r á el f a v o r d e las de-
m á s . P o r mi p a r t e está bien l i b r e ese b u e n se-
ñor.
R e n a t a al d e c i r e s t a s p a l a b r a s , s o n r e í a , m a r -
c a n d o el buen señor con a c e n t o i n d i f e r e n t e y f r í o .
L u e g o volvió á c a e r en su s o ñ o l i e n t a t r i s t e z a ,
murmurando:
—¡Oh! ¡no s o y celosa, n a d a c e l o s a ! . . .
Detúvose vacilando, y añadió después brusca-
mente:
—¡Mira, cómo mfe a b u r r o ! . . .
Calló. Los c a r r u a j e s p r o s e g u í a n e n t a n t o su des-
file p o r la orilla del lago, m o n o t o n a m e n t e . El p a -
n o r a m a h a b í a c a m b i a d o . El b o s q u e s e a b r í a en
a m p l i a s p r a d e r a s , y s o b r e la a l f o m b r a de v e r d u -
r a , s e alzaban aquí y allá b o s q u e r i l l o s d e á r b o l e s .
E x t e n d í a s e aquella a l f o m b r a h a s t a la P u e r t a de
la Muette, c u y a v e r j a , se distinguía en l o n t a n a n -
za, y allá, s o b r e las c u e s t a s , d o n d e el t e r r e n o as-
c e n d í a , p a r e c í a la h i e r b a de un tono a z u l a d o .
R e n a t a lo m i r a b a todo con la v i s t a fija, cual si
a q u e l l a d u l c e n a t u r a l e z a , s a t u r a d a del a i r e frío del
c r e p ú s c u l o la h u b i e r a hecho s e n t i r m á s v i v a m e n t e
el vacío de la v i d a .
Después, repitió c o n a c e n t o d e s o r d a i n d i g n a -
ción:
—¡Me a b u r r o , si, m e a b u r r o m o r t a l m e n l e !
—Debes e s t a r n e r v i o s a , — r e p u s o M á x i m o , — y . . .
es m u y poco a g r a d a b l e .
La j o v e n contestó s e c a m e n t e :
—Sí, e s t o y n e r v i o s a .
Luego, con e x p r e s i ó n m a t e r n a l y c a r i ñ o s a , a ñ a -
dió:
—Me voy h a c i e n d o vieja, h i j o m í o . . . Pronto
c u m p l i r é t r e i n t a a ñ o s . . . ¡y e s t o e s h o r r i b l e ! No
e n c u e n t r o p l a c e r en n a d a . ¡Oh! á los v e i n t e años
no te p u e d e s i m a g i n a r . . . '
—¿Hemos salido p a r a q u e te confieses? S e r í a la
confesión d e m a s i a d o l a r g a . . .
R e n a t a s o n r i ó á esta i m p e r t i n e n c i a , t o m á n d o l a
como u n c a p r i c h o de niño m i m a d o , y p r o s i g u i ó :
—Puedes quejarte... Gastas en vestir más de
cien mil f r a n c o s al a ñ o , vives e n u n h e r m o s o ho-
tel, tienes soberbios caballos, t u s caprichos son
s a t i s f e c h o s , y los p e r i ó d i c o s citan t u s t r a j e s . . . Las
m u j e r e s e s t á n celosas d e tí, y los h o m b r e s q u i s i e -
r a n p a r e c e r s e á t í . . . ¿Es c i e r t o ?
Sin c o n t e s t a r el j o v e n , hizo un signo a f i r m a t i v o
con la c a b e z a . D e s p u é s e x c l a m ó :
— V a y a , no s e a s t a n m o d e s t a . Confiesa á tu vez
q u e e r e s una de l a s c o l u m n a s del I m p e r i o de Na-
poleón III. En t o d a s p a r t e s , en las T u l l e r í a s , e n
los d e s p a c h o s de los m i n i s t r o s , en c a s a d e los po-
t e n t a d o s , r e i n a s como s o b e r a n a ; no h a y placer
que no conozcas, y si no me c o h i b i e r a el respeto
que te debo, t e d i r i a . . .
Detúvose Máximo u n o s instantes, y después ter-
minó:
— ¡Diría q u e h a s s a b o r e a d o todas las m a n z a n a s !
R e n a t a no se inmutó al oir tal g r o s e r í a .
—¿Y aún te a b u r r e s ? — p r o s i g u i ó el j o v e n . —
¿Qué q u i e r e s entonces?
R e n a t a , se encogió de h o m b r o s , p a r a e x p r e s a r
q u e ni ella misma lo sabía.
Máximo la vió tan s e r í a , que j u z g ó prudente
g u a r d a r silencio, y p ú s o s e á c o n t e m p l a r la m a r -
cha de los c a r r u a j e s . Estos, m á s á m p l i a m e n t e , da-
b a n la v u e l t a , y el r á p i d o t r o t a r de los caballos
r e s o n a b a con e s t r é p i t o s o b r e el d u r o suelo.
Cediendo d e s p u é s al deseo de a b r u m a r á R e n a -
t a con su c h a r l a , continuó:
—¿Sabes que m e r e c í a s ir en un coche de alqui-
ler? ¡Mira toda esa multitud q u e t e s a l u d a como
á una r e i n a , y poco le falta p a r a q u e tu excelente
amigo el s e ñ o r De Mussy no t e eche besos!
Un j i n e t e s a l u d a b a en aquel m o m e n t o á R e n a t a ,
quien a p e n a s se volvió, haciendo u n a m u e c a d e
disgusto.
Máximo, herido p o r el obstinado silencio, aña-
dió:
— E n fin, si tienes c u a n t o p u e d e s a p e t e c e r , ¿qué
deseas?
Alzó R e n a t a la c a b e z a . Sus ojos b r i l l a b a n con
a r d i e n t e c l a r i d a d , y t r a s l u c í a s e e a su m i r a d a la
a b r a s a d o r a sed d e lo desconocido.
— Sí, deseo algo...—contestó q u e d a m e n t e .
— P e r o si lo tienes todo... ¿ese algo, qué es?
—¿Ese algo?...—repitió la j o v e n .
No continuó. Vuelta de e s p a l d a s á Máximo con-
t e m p l a b a n u e v a m e n t e el p a i s a j e . Distinguíase ya
el lago de f r e n t e , dándole los últimos reflejos del
día las a p a r i e n c i a s de u n a g r a n placa de e s t a ñ o .
S o b r e el confuso p a n o r a m a , la bóveda de los cie-
los se extendía infinita, ofreciendo el espectáculo
d e un cielo tan g r a n d e , tendido s o b r e un r i n c ó n
t a n p e q u e ñ o de la n a t u r a l e z a , algo de m e d r o s a y
triste v a g u e d a d . Tal e r a la melancolía que respi-
r a b a n aquellas a l t u r a s , tan desolada la obscuri-
dad c r e c i e n t e , q u e todo el Bosque, envuelto lenta-
m e n t e en un s u d a r i o s o m b r í o , perdía s u s afecta-
d a s g r a c i a s p a r a a d q u i r i r la g r a n d e z a s e v e r a de
las selvas. El r o d a r de los coches, r e m e d a b a el le-
j a n o r u m o r de un t o r r e n t e . Todo se a p a g a b a p o r
m o m e n t o s , y s o b r e el lago sólo se distinguía como
u n a m a n c h a a m a r i l l e n t a la-vela latina de la b a r c a
d e paseo.
R e n a t a , á pesar de su fastidio, experimentó an-
t e aquel panorama, singulares sensaciones y se»
 cretos deseos. Aquella naturaleza, tan mundana
poco a n t e s , de la q u e habia hecho la m e d r o s a no-
che un bosque sagrado, en cuyas entrañas pare-
cíala o c u l t a r los a n t i g u o s dioses s u s a m o r e s mons-
truosos, sus adulterios y sus incestos divinos,
tenía p a r a la j o v e n e n c a n t o s no s o ñ a d o s , d o n d e
h a b í a a p a g a d o la sed da a r d i e n t e s g o c e s en q u e s e
a b r a s a b a su c o r a z ó n e n f e r m o .
Guando el lago y los bosquecillos, d e s v a n e c i d o s
ya en la o b s c u r i d a d , no e r a n m á s q u e u n t r a z o
negro s o b r e el h o r i z o n t e , i n c o r p o r ó s e brusca-
m e n t e R e n a t a , y c o n v o z d o l o r o s a , r e a n u d ó su in-
terrumpida frase.
—¡Sí, d e s e o o t r a c o s a ! ¿Sé yo a c a s o cual? Si lo
supiera... tantas fiestas, t a n t o s bailes y b a n q u e -
tes, m e c a n s a n . ¡ S i e m p r e lo m i s m o ! ¡Es cosa de
m o r i r s e ! Y los h o m b r e s son t a n fastidiosos...
Máximo se e c h ó á r e i r . Ya la j o v e n no g u i ñ a b a
los ojos, la a r r u g a de s u f r e n t e s e pronunciaba
c o n d u r e z a , y su labio bello, r e s a l t a b a m á s sa-
liente, como ávidamente enardecido p o r aquellos
g o c e s q u e R e n a t a a m b i c i o n a b a sin p o d e r d a r l e s
forma.
C o n t i n u ó con c r e c i e n t e a g i t a c i ó n :
—Sí, sois m u y f a s t i d i o s o s los h o m b r e s . Y no lo
digo p o r tí, Máximo; tú e r e s m u y j o v e n a ú n . ¡Pero
si te d i j e s e c u á n t o m e f a s t i d i a b a A r í s t i d e s al p r i n -
cipiol... P u e s ¿y l o s o t r o s , los q u e m e decían q u e
— 43
m e a m a b a n ? Entre, n o s o t r o s n(
te a s e g u r o q u e á v e c e s m e s i e n t í
v i d a de m u j e r r i c a y considerad
s e r u n a L a u r a de A u r i g n y , u n a de
q u e v i v e n á su c a p r i c h o . . . MONTERREY, H . L*
Máximo s o n r e í a .
—Sí,—prosiguió la j o v e n ; — u n a L a u r a de A u r i g -
n y . Eso d e b e ser m á s n u e v o . . .
Galló un i n s t a n t e , c o m o p a r a p e n s a r la v i d a q u e
hacía Laura. Luego continuó, con acento menos
animado:
—Pero hombre, esas mujeres deben tener sus
r a t o s a b u r r i d o s . ¡Oh! necesito o t r a c o s a .
Acaso tú no m e c o m p r e n d e s . . . P e r o o t r a cosa ..
algo q u e no o c u r r a á nadie, q u e sea un placer
r a r o , desconocido.
Su v o z s e iba a p a g a n d o , y e s t a s ú l t i m a s p a l a -
b r a s apenas se oyeron.
La c a r r e t e l a c a m i n a b a y a p o r la calle de á r b o -
les q u e c o n d u c e á la s a l i d a del B o s q u e , y el ruido
d e las r u e d a s , el r u m o r s o r d o é igual de los c a -
r r u a j e s q u e v o l v í a n á P a r í s , s e e x t e n d í a p o r la
d e s i e r t a a v e n i d a , l e v a n t a n d o á s u paso t r i s t e s y
extraños ecos.
Máximo, t e n d i d o como R e n a t a , n e g l i g e n t e m e n t e
s o b r e el asiento, y d a n d o á s u s f r a s e s melancólica
e n t o n a c i ó n , e x c l a m ó t r a s el l a r g o silencio:
—¡Tienes r a z ó n , e s t o e s m o r t i f i c a n t e ! No c r e a s

— 14 —
q u e yo rae d i v i e r t o . T a m b i é n he s o ñ a d o en o t r a s
cosas. Ganar dinero, viajar, nada más tonto. Pre-
fiero c o m e r , a u n q u e t a m p o c o m e d i v i e r t e á v e c e s .
Sin e m b a r g o , a m a r , s e r a m a d o . . . c u a n d o el e - t ó "
m a g o e s t á lleno... ¿No e s v e r d a d ?
Y c o m o R e n a t a , a b s t r a í d a no le c o n t e s t a s e , p r o -
siguió, d e s e o s o de s o r p r e n d e r l a c o n a l g u n a f r a s e
cínica:
— Q u i s i e r a s e r a m a d o p o r u n a m o n j a . ¿Eh? T a l
vez sea d i v e r t i d o . ¿No h a s s o ñ a d o tú n u n c a en u n
h o m b r e á q u i e n no p u d i e r a s a m a r sin c o m e t e r u n
crimen?
P e r o R e n a t a p e r m a n e c í a silenciosa. A p o y a d a la
n u c a en el m u l l i d o b o r d e del c a r r u a j e , d o r m í a con
los ojos a b i e r t o s , d e l i r a b a a b i s m a d a en s u s f a n t a -
sías, y de vez en c u a n d o c o n t r a í a nerviosamente
los l a b i o s . Acaso, m i e n t r a s c o n t e m p l a b a l a s r o -
b u s t a s e s p a l d a s del l a c a y o s e n t a d o en el p e s c a n t e ,
p e n s a b a en los p l a c e r e s de la v í s p e r a , e n las fies-
t a s q u e e n c o n t r a b a t a n i n s í p i d a s y la aburrían
t a n t o . Veía su vida p a s a d a , la m o n o t o n í a i n c e s a n -
t e d e las m i s m a s c a r i c i a s y las m i s m a s infelicida-
d e s . D e s p e r t á b a s e d e s p u é s en SJ alma la i d e a de
aquella otra cosa y la p a l a b r a a m b i c i o n a d a p a r e -
cía h u i r d e ella o c u l t á n d o s e en la o b s c u r i d a d c r e -
ciente y p e r d i é n d o s e en el r o d a r c o n t i n u o de los
c a r r u a j e s . L i g e r a s r á f a g a s de v i e n t o acariciaban
su r o s t r o , y d e s e o s c o n f u s o s , f a n t a s í a s sin tér-
biblioteca uwmrmA
"ALFONSO Retís» '
1625 M
°XITVtoEY, M&fGB
mino, v o l u p t u o s i d a d e s sin n o m b r e , t o d o a q u e l l o
q u e en la h o r a del c r e p ú s c u l o , p u e d e h a b e r de de-
licado V m o n s t r u o s o en el f a t i g a d o c o r a z ó n de u n a
m u j e r , todo d e s f i l a b a al m i s m o tiempo a n t e los
ojos de la j o v e n , al s e n t i r las d u l c e s c a r i c i a s d e la
b r i s a . D e s e a n d o no v a r i a r la c ó m o d a p o s t u r a en
q u e s e h a l l a b a , a l a r g ó u n o de s u s pies, p a r a apo-
y a r l o en la d e l a n t e r a de la c a j a , r o z a n d o de p i s o ,
l i g e r a m e n t e , con el tobillo u n a d e las p i e r n a s d e
Máximo, q u i e n n o hizo caso alguno de ello. El
simple c o n t a c t o q u e r e c o r r i ó t o d o su s e r , sacó á
R e n a t a d e s u p o s t r a c i ó n , y l e v a n t a n d o la c a b e z a ,
m i r ó de u n m o d o s i n g u l a r al j o v e n , t e n d i d o con
t o d a e l e g a n c i a s o b r e el b l a n d o a s i e n t o del c a -
rruaje.
En a q u e l m o m e n t o salían del B o s q u e , y la Ave-
n i d a de la E m p e r a t r i z s e e x t e n d í a e n t r e las s o m -
b r a s del c r e p ú s c u l o . En el e s p a c i o r e s e r v a d o á los
ginetes, c o m o u n a m a n c h a c l a r a , se d e s t a c a b a so-
b r e el f o n d o plomizo la figura d e u n caballo b l a n -
co, m i e n t r a s al o t r o lado, á lo l a r g o de la calle,
a c á y allá, c o m o p u n t o s n e g r o s , se d i s t - n g u i a n
a l g u n o s p a s e a n ' e s r e t a r d a d a s q u e se dirigían con
lento paso h a c i a P a r í s , y allá, e n todo lo alto, al
e x t r e m o , s e l e v a n t a b a el A r c o del T r i u n f o , colo-
cado al sesgo y cuya b l a n c a s i l u e t a p a r e c í a r e c o r -
t a d a s o b r e el o b s c u r o cielo.
Máximo c o n t e m p l a b a á a m b o s l a d o s de la Ave-
 nida los edificios de c a p r i c h o s a a r q u i t e c t u r a , c u -
yos j a r d i n i l l o s i n g l e s e s l l e g a b a n casi h a s t a el pa-
seo de los c a b a l l o s .
E n t r ó la c a r r e t e l a p o r la A v e n i d a d e la R e i n a
H o r t e n s i a , y d e t ú v o s e , al fin, en el e x t r e m o de la
calle de Monceaux, c e r c a del b o u l e v a r d M a l e s h e r -
bes, a n t e un hotel edificado e n t r e un j a r d í n y u n
patio.
Las v e r j a s , c a r g a d a s de adornos dorados, se
h a l l a b a n f l a n q u e a d a s p o r s e n d a s f a r o l a s , e n for -
m a de j a r r o n e s , t a m b i é n s o b r e d o r a d a s , h a b i t a n d o
el p o r t e r o un p a b e l l ó n que, colocado e n t r e a m b a s
v e r j a s , r e c o r d a b a v a g a m e n t e un t e m p l o griego e n
miniatura.
A n t e s q u e el c o c h e s e d i s p u s i e r a á e n t r a r e n el
p a t i o , Máximo s a l t ó p r e s t a m e n t e á t i e r r a .
—Ya s a b e s , — d í j o l e R e n a t a r e t e n i é n d o l e la m a -
n o — q u e c o m e m o s á las siete y m e d i a . Dispones
d e una h o r a p a r a v e s t i r t e . No te h a g a s e s p e r a r .
Y añadió sonriendo:
— E s t a r á n los M a r e n i l . . . tu p a d r e desea q u e s e a s
m u y g a l a n t e con L u i s a .
El j o v e n s e encogió de h o m b r o s y m u r m u r ó con
a c e n t o en q u e d e n o t a b a su poco g u s t o :
— ¡Qué fastidio! Que m e «asen c o n ella .. ¡bue-
no p e r o h a c e r l a la c o r t e , e s m u y necio. ¡Oh!
¡qué b u e n a s e r i a s , si m e l i b r a s e s de Luisa esta
noche!
Luego, t o m a n d o su a i r e malicioso y c o n el gesto
q u e h a b í a copiado de L a s s o u c h e , c u a n d o decía
a l g u n a de sus g r a c i a s h a b i t u a l e s , a ñ a d i ó :
—¿Quieres h a c e r l o , mi b u e n a m a m á ?
R e n a t a sacudió la m a n o del j o v e n como entre
c a m a r a d a s , y e x c l a m ó en t o n o d e b r o m a :
—Si no f u e r a la m u j e r d e tu p a d r e , ¿ s a b e s q u e
m e d e b í a s h a c e r la c o r t e ?
El j o v e n debió e n c o n t r a r m u y r i d i c u l a esta idea,
p o r q u e d e s p u é s d e h a b e r d o b l a d o la e s q u i n a del
b o u l e v a r d , t o d a v í a se e s c u c h a b a n s u s r u i d o s a s
carcajadas.
El coche p e n e t r ó en*re t a n t o e n el patio, p a r á n -
dose a n t e la e s c a l i n a t a q u e c o n d u c í a al v e s t í b u l o .
La l u j o s a e s c a l i n a t a d e amplios y c ó m o d o s esca-
lones, e s t a b a al a b r i g o de u n a m a r q u e s i n a g u a r t
n e c i d a d e u n a vistosa c r e s t e r í a d o r a d a .
C o n s t a b a el hotel de d o s pisos. La escalinata
c o n d u c í a á la p u e r t a del v e s t í b u l o y se a d e l a n t a b a
s o b r e aquella f a c h a d a del edificio, flanqueada por
d e l i c a d a s c o l u m n a s a d o s a d a s al m u r o , constitu-
yendo así u n a e s p e c i e de c u e r p o s a l i e n t e con a b e r -
t u r a s c i r c u l a r e s e n c a d a piso, q u e l l e g a b a hasta
la c u b i e r t a del h o t e l , d o n d e t e r m i n a b a p o r un f r o n -
tón; á a m b o s l a d o s del r e f e r i d o c u e r p o se e x t e n -
dían cinco v e n t a n a s p o r piso. La c u b i e r t a s e a l z a -
ba s o b r e todo e s t o , c u a d r a d a y c o n g r a n d e s p a ñ o s
casi v e r t i c a l e s .
L A CANALLA.—2 T O M O T.
 No e r a m e n o s s u n t u o s o s u a s p e c t o p o r la parte
del j a r d í n . Una r e g í a e s c a l i n a t á g u i a b a á u n a g a -
l e r í a q u e c o r r í a á lo l a r g o del e n t r e s u e l o , y c u y a
balaustrada veíase aun m á s recargada de do-
r a d o s q u e la m a r q u e s i n a y los f a r o l e s del patio.
En el c e n t r o y á n g u l o s d e e s t a f a c h a d a se e l e v a -
b a n o t r a s t a n t a s t o r r e c i l l a s , d e las q u e , u n i d a s e n
un punto las de los e x t r e m o s al cuerpo del
edificio, p r o p o r c i o n a b a n al h o t e l , habitaciones
circulares.
L a s v e n t a n a s e s t r e c h a s en los p a b e l l o n e s , en-
s a n c h á b a n s e h a s t a p a r e c e r c u a d r a d a s en la p a r t e
d e la f a c h a d a , o s t e n t a n d o b a l a u s t r e s de p i e d r a e n
el e n t r e s u e l o y a n t e p e c h o s de h i e r r o f o r j a d o y d o -
r a d o s en los d e m á s p i s o s .
A lo l a r g o de las c o r n i s a s s e e x t e n d í a n capri-
c h o s a s g u i r n a l d a s ; los balcones s e m e j a b a n c a n a s -
tillas de v e r d u r a , s o p o r t a d o s , á g u i s a de cariáti-
des, p o r m u j e r e s d e s n u d a s , de r e d o n d a s c a d e r a s y
firmes pechos.
A l r e d e d o r d e la c u b i e r t a , c o r r í a u n a b a l a u s t r a -
d a , q u e sostenía d e t r e c h o en t r e c h o , j a r r o n e s
flameros, y e n t r e los t r a g a l u c e s de las b o a r d i l l a s ,
volvían á aparecer las mujeres desnudas, jugando
en diversas posturas.
La t e c h u m b r e , s o b r e c a r g a d a c o n t a n t o s a d o r -
n o s , y c o r o n a d a p o r c r e s t e r í a s de plomo recorta-
do, p r o v i s t a de dos p a r a r r a y o s y c u a t r o s i m é t r i c a s
c h i m e n e a s , p a r e c í a s e r á m o d o de r a m i l l e t e final,
en aquellos j u e g o s artificiales d e la arquitectura
moderna.
A la d e r e c h a , veíase un vasto i n v e r n a d e r o , q u e
c o m u n i c a b a con el e n ' r e s u e l o p o r medio de una
v e n t a n a , en q u e u n o de los s a l o n e s e r a como su
prolongación.
H a l l á b a s e s e p a r a d o el j a r d í n del P a r q u e de
Monceaux p o r u n a v e r j a de escasa a l t u r a , o c u l t a
e n t r e el r a m a j e de u n h a y a . E r a d e m a s i a d o p e q u e -
ño p a r a el h o t e l , y t a n e s t r e c h o , q u e u n a c a n a s t i -
lla de c e s p e d y a l g u n o s á r b o l e s f r o n d o s o s le lle-
naban.
Desde el P a r q u e , a q u e l g r a n edificio, n u e v o c o m -
p l e t a m e n t e , t e n í a el a s p e c t o indefinido y la im-
p o r t a n c i a a l t a n e r a y e s t ú p i d a de a d v e n e d i z o , con
su pesada c u b i e r t a de p i z a r r a , s u s d o r a d o s ante-
pechos y su p r o f u s i ó n de e s c u l t u r a s .
Podía t o m a r s e p o r una r e d u c c i ó n del moderno
L o u v r e , y p o r t a n t o , p o r u n o de los m á s c a r a c t e -
rísticos m o d e l o s del estilo N a p o l e ó n III, o p u l e n t o
y b a s t a r d o de todos los estilos...
El lacayo había a y u d a d o á R e n a t a con t o d o r e s -
peto á b a j a r del c o c h e .
Las c a b a l l e r i z a s , d e rojizos ladrillos, a b r í a n á la
derecha sus amplias puertas de roble barnizado,
en el f o n d o / d e un c o b e r t i z o de c r i s t a l e s . Como
p a r a g u a r d a r s i m e t r í a , había, á la i z q u i e r d a , ado-,

s a d a al m u r o d e la c a s a v e c i n a , u n a h o r n a c i n a r e -
c a r g a d a d e a d o r n o s , en la c u a l , b r o t a n d o de una
c o n c h a q u e s o s t e n í a n d o s a m o r c i l l o s con los b r a -
zos t e n d i d o s , c o r r í a u n a c a s c a d a artificial cons-
tantemente,
P e r m a n e c i ó R e n a t a u n o s i n s t a n t e s al pie d e la
e s c a l i n a t a , d a n d o l i g e r o s golpecitos con s u s m e -
n u d a s m a n o s á la r e b e l d e falda del v e s t i d o , c u y a s
a r r u g a s la i m p e d í a n d e s c e n d e r , m i e n t r a s el patio
r e c o b r a b a su a s p e c t o s o l i t a r i o y su a r i s t o c r á t i c o
silencio, e n m e d i o del c u a l , r e s o n a b a el c o n t i n u o
m u r m u l l o de la c a s c a d a , i n t e r r u m p i d o m o m e n t á -
n e a m e n t e por el r u i d o del c o c h e .
S o b r e la o b s c u r a m a s a del h o t e l d o n d e el pri-
m e r b a n q u e t e otoñal iba á h a c e r e n c e n d e r b i e n
p r o n t o las a r a ñ a s de los salones, d e s t a c á b a n s e las
v e n t a n a s b a j a s , a r r o j a n d o en el e n l o s a d o del p a t i o
limpio y r e g u l a r c o m o u n t a b l e r o d e d a m a s , los
vivos r e s p l a n d o r e s de las l u c e s .
R e n a t a , al t r a n s p o n e r el v e s t í b u l o , halló al a y u -
da de c á m a r a de su e s p o s o , quien d e s c e n d í a á las
d e p e n d e n c i a s con u n a v a s i j a de p l a t a . Vestido
a q u e l h o m b r e de r i g u r o s o t r a j e n e g r o , alto, f o r n i -
do, de r o s t r o b l a n c o , l u c i e n d o c o r r e c t a s p a t i l l a s
de diplomático inglés, y el a i r e e s t i r a d o de u n
j u e z , e r a u n a a r r o g a n t e figura.
- B a u t i s t a , — p r e g u n t ó la j o v e n , — ¿ h a vuelto el
señor?
—Sí, s e ñ o r a , e s t á v i s t i é n d o s e , — c o n t e s t ó el c r i a -
do h a c i e n d o u n a p r o f u n d í s i m a r e v e r e n c i a .
R e n a t a sin a ñ a d i r u n a p a l a b r a s u b i ó l e n t a m e n t e
la e s c a l e r a , q u i t á n d o s e los g u a n t e s .
E r a el v e s t í b u l o en e x t r e m o l u j o s o ; al e n t r a r e n
él s e e x p e r i m e n t a b a c i e r t a s e n s a c i ó n e x t r a ñ a . L a s
t u p i d a s a l f o m b r a s q u e c u b r í a n el suelo, y la esca-
l e r a y los a m p l i o s t a p i c e s d e t e r c i o p e l o c a r m e s í
q u e d e c o r a b a n p u e r t a s y m u r o s p o b l a b a n el am-
b i e n t e de un silencio, d e u n p e r f u m e t i b i o y s u a v e
de capilla. Caían las c o l g a d u r a s d e s d e el e l e v a d o
techo, d e c o r a d o p ^ r salientes r o s e t o n e s q u e se
d e s t a c a b a n s o b r e u n tejido de filigrana de oro.
A b r í a s e la es-calera e n d o s t r a m o s con d o b l e b a -
l a u s t r a d a de m á r m o l b l a n c o , c o n p a s a m a n o s de
terciopelo c a r m e s í , m o s t r á n d o s e al f o n d o una
p u e r t a q u e d a b a al s a l ó n p r i n c i p a l . L l e n a b a el
m u r o en la p r i m e r a m e s e t a u n g r a n e s p e j o , y so-
b r e zócalos de m á r m o l dos e s t a t u a s de m u j e r , de
b r o n c e d o r a d o , d e s n u d a s h a s t a la c i n t u r a , que
sostenían s o b e r b i o s c a n d e l a b r o s d e cinco m e c h e -
r o s , c u y a d e s l u m b r a n t e c l a r i d a d d u l c i f i c a b a n opa-
cos g l o b o s de c r i s t a l , a l i n e á n d o s e á u n o y ' o t r o
lado, m a g n í f i c o s j a r r o n e s de mayólica, q u e conte-
nían extrañas y hermosas plantas.
R e n a t a c o n t e m p l á b a s e al s u b i r la e s c a l e r a en el
g r a n e s p e j o , con la c o q u e t e r í a de una d i v a , p r e -
g u n t á n d o s e si e r a t a n l i n d a como d e c í a n .
 Ciiando llegó á su h a b i t a c i ó n , en el p r i m e r piso, sin t é r m i n o d e q u e h a c í a d i e z a ñ o s g o z a b a , loca,
c u y a s v e n t a n a s c a í a n s o b r e el P a r q u e , llamó á m a n c h a d a p o r las e s p e c u l a c i o n e s de su m a r i d o ,

Celeste, s u d o n c e l l a , y s e hizo vestir p a r a el b a n - en las que él mismo a c a b a r í a p o r h u n d i r s e . Esta

q u e t e . D e s p u é s d e u n a h o r a l a r g a , t e r m i n a d a la i d e a , de c u y o f u n d a m e n t o no p u d o d a r s e c u e n t a ,
fué entonces como un presentimiento. Turbada
toilette, y sintiendo demasiado calor, abrió una
p o r estos p e n s a m i e n t o s d e v e r g ü e n z a y c a s t i g o ,
v e n t a n a , y o l v i d á n d o s e de todo, a p o y ó s e en el
cedió l e n t a m e n t e á l o s m o d e s t o s i n s t i n t o s que
a n t e p e c h o , m i e n t r a s Celeste ponía e n o r d e n los ob-
d o r m í a n e n el f o n d o de s u a l m a , p r o m e t i e n d o s u
j e t o s del t o c a d o r .
e n m i e n d a como en los felices d í a s de colegiala,
R e n a t a , d e j a b a v a g a r su m i r a d a en el e s p a c i o .
c u a n d o las c o m p a ñ e r a s , c a n t a b a n al c o r r o b a j o
E x t e n d í a s e el P a r q u e con s u s m a s a s n e g r u z c a s de
los á r b o l e s : ISo iremos más al bosque...
follaje, s a c u d i d a s p o r las b r u s c a s r á f a g a s d e vien-
Celeste q u e h a b í a b. j a d o á las h a b i t a c i o n e s in-
to t r a y e n d o á la m e m o r i a el f r a g o r d e las olas q u e
f e r i o r e s , volvió e n t o n c e s diciendo en voz b a j a :
se e s t r e l l a n c o n t r a las r o c a s de la plaza.
—El s e ñ o r suplica á la s e ñ o r a q u e b a j e . H a y y a
A n t e el s o m b r í o e s p e c t á c u l o de a q u e l l a n a t u r a -
m u c h a g e n t e en el s a l ó n .
l e z a , sentía R e n a t a i n u n d a r s e su c o r a z ó n de u n a
I n t e r r u m p i d a e n s u s m e d i t a c i o n e s por Celeste,
v a g a tristeza, r e c o r d ó su infancia, en a q u e l silen-
c u y a voz la v o l v í a á la r e a l i d a d , t e m b l ó al s e p a -
cioso hotel de su p a d r e en la isla de San Luís,
r a r s e de la v e n t a n a , d o n d e h a b í a e s t a d o algún
d o n d e , d e s d e h a c i a d o s siglos, h a b í a n s e p u l t a d o
tiempo sin s e n t i r el soplo f r í o del a m b i e n t e q u e
los B e r a u d du Chatel s u s o m b r í a g r a v e d a d d e
helaba sus hombros desnudos.
m a g i s t r a d o s . R e c o r d ó su m a t r i m o n i o , p e n s ó e n
Al p a s a r a n t e el t o c a d o r se c o n t e m p l ó maqui-
a q u e l v i u d o q u e se había v e n d i d o al c a s a r s e c o n
n a l m e n t e en el e s p e j o , s o n r ó s a t i s f e c h a y salió
ella, y t r o c a d o su n o m b r e de R o u g o n p o r el d e
en s e g u i d a .
S a c c a r d , en aquel h o m b r e q u e s e h a b í a a p o d e r a d o
Casi t o d o s los i n v i t a d o s e s t a b a n allí: su h e r m a -
d e ella, p a r a a r r o j a r l a sin c o m p a s i ó n en la v i d a
na Cristina, joven de veinte años, v e s t i d a senci-
que llevaba, d o n d e s e n t í a v a c i l a r su débil espíri-
l l a m e n t e de m u s e l i n a b l a n c a ; su lia I s a b e l , v i u d a
tu. Con infantil a l e g r í a r e c o r d ó d e s p u é s las d i v e r -
del n o t a r i o D' A u b e r t a t , a n c i a n a de s e s e n t a a ñ o s
tidas partidas de raqueta que había jugado en
m u y a m a b l e , q u e vestía d e s a t í n n e g r o ; la h e r m a -
o t r o tiempo con su h e r m a n a C r i s t i n a , los p l a c e r e »
n a de s u m a r i d o , S i d o n i a R o u g o n , d e l g a d a , c a r - u n m a n i q u í y de su figura pequeña, hipócrita y
g a n t e , sin e d a d d e f i n i d a , de r o s t r o de c e r a ; los o b s c u r a , d e s t a c á b a s e u n a m a n c h a r o j a : la c r u z d e
M a r e u i l , el p a d r e , q u e a c a b a b a de q u i t a r s e el l u t o la Legión d e H o n o r q u e lucía m u y a n c h a en el
p o r su m u j e r , s e ñ o r d e e l e v a d a e s t a t u r a , e s t i r a d o ojal.
y s e r i o , m u y p a r e c i d o al a y u d a de c á m a r a Bautis- R e n a t a a p a r e c i ó , l e v a n t a n d o u n m u r m u l l o de
t a , y L u i s a , su h i j a , la p o b r e Luisa, c o m o la lla- a d m i r a c i ó n . Vestía de tul c o n r i q u í s i m o s e n c a j e s
m a b a n , j o v e n d e diecisiete a ñ o s , r a q u í t i c a , c a r g a - de I n g l a t e r r a , r e c o g i d a la f a l d a con g r a n d e s ra-
d a d e e s p a l d a s l i g e r a m e n t e , q u e lucía sin g r a c i a m o s de v i o l e t a s . Los a d o r n o s d e la c a b e z a y el
alguna un t r a j e de fulard blanco con lunares ro- cuerpo eran verdaderamente encantadores, re-
j o s ; g r u p o s de h o m b r e s g r a v e s , c o n d e c o r a d o s , pá- gios, y de u n a r i q u e z a t a l vez algo recargada.
l i d o s y t i e s o s ; m á s allá j ó v e n e s de a s p e c t o vicioso, B i j a b a el e s c o t e h a s t a el p e c h o , con los brazos

r o d e a n d o á las s e ñ o r a s e n t r e las c u a l e s d e s t a c á - descubiertos, pareciendo surgir su cuerpo tenta-

b a n s e l a s i n s e p a r a b l e s , la d e l g a d a m a r q u e s a de d o r de aquella v a p o r o s a e n v o l t u r a d e t u l e s y ñ o -
r e s . Llevaba el p e i n a d o alto, y s u s s e d o s o s y
E s p a n e t , con su v e s t i d o a m a r i l l o , y la g r u e s a se-
arnarilletos cabellos, s u j e t o s p o r u n a r a m a de ye-
ñ o r a de Hat'fner, d e violeta; el s e ñ o r De Mussy,
d r a , y a t a d o s en f o r m a de c a s c o , a u m e n t a b a m á s
a q u e l j i n e t e á c u y o e l e g a n t e s a l u d o no h a b í a con-
la d e s n u d e z , c u b r i e n d o la n u c a s o m b r e a d a l i g e r a -
t e s t a d o R e n a t a ; v e í a s e t a m b i é n allí y en m e d i o d e
m e n t e p o r algunos e n s o r t i j a d o s c a b e l l o s de o r o .
t o d o s , á C h a r r i e r y Mignon, dos c o n t r a t i s t a s e n r i -
L l e v a b a u n collar de d i a m a n t e s d e a d m i r a b l e s
q u e c i d o s , c o n q u i e n e s , S a c c a r d , debía n e g o c i a r a l
a g u a s , y s o b r e su f r e n t e r e s p l a n d e c í a u n a d i a d e m a
día s i g u i e n t e , los c u a l e s lucían s u s e n o r m e s c o r -
de h o j a s d e p l a t a e s m a l t a d a s d e d i a i n a n t e s t a m b i é n .
p a c h o n e s , c o n las m a n o s á la e s p a l d a , r e v e n t a n d o
H a b í a b a j a d o r á p i d a m e n t e al salón, y s u respira-
d e n t r o de s u s t r a j e s .
ción p a r e c í a algo a g i t a d a . S u s ojos q u e h a b í a lle-
A.rístides S a l c a r d , en pie c e r c a de la p u e r t a ,
n a d o d e s o m b r a la m a s a o b s c u r a del P a r q u e , con-
p e r o r a b a r o d e a d o d e h o m b r e s g r a v e s , c a n la v e r - t r a í a n s e a n t e aquella b r u s c a ola d e luz, dándola
b o s i d a d y g a n g u e o ' p r o p i o s del Mediodía, hallan- el a i r e tímido de los m i o p e s q u e e r a e n ella un
do s i e m p r e m e d i o de s a l u d a r á los q u e llegaban, uuevo encanto.
e s t r e c h a r l e s la m a n o y d i r i g i r l e s a l g ú n c u m p l i d o .
Bajo de estatura, y encanijado, se movía como La M a r q u e s i t a , al d i s t i n g u i r l a , l e v a n t ó s e viva-
m e n t e , y c o r r i e n d o á su lado la e s t r e c h ó l a s m a -
m i l f r a n c o s y el c o l l a r c i n c u e n t a mil. Citóse t a m -
n o s . D e s p u é s de e x a m i n a r su tocado murmuró
bién un s o b e r b i o c h d de c a c h e m i r a q u e vendía
con voz a f l a u t a d a :
L a u r a . L a s e ñ o r a de Espauet l l a m a n d o á S a c c a r d ,
—¡E.stás m u y h e r m o s a , q u e r i d a mía! exclamó:
N o t ó s e e n t o n c e s un g r a n m o v i m i e n t o en la c o n —Venga usted á r e c i b i r n u e s t r a felicitación.
c u r r e n c i a . T o d o s los i n v i t a d o s s e a p r e s u r a b a n á —Ahí tienen u s t e d e s u n b u e n m a r i d o .
s a l u d a r l a , y R e n a t a , e s t r e c h ó la m a n o d e c a s i A p r o x i m ó s e A r i s t i d e s , inclinóse c o n modestia,
t o d o s los c a b a l l e r o s , luego a b r a z ó á C r i s t i n a , p r e - p e r o en su r i s u e ñ o s e m b l a n t e s e r e v e l a b a la s a -
g u n t á n d o l a p o r su p a d r e , quien no v i s i t a b a nun- tisfacción, m i r a n d o de r e o j o á los dos c o n t r a t i s -
ca el h o t e l , y p e r m a n e c i ó en pie, s o n r i e n d o y tas q u e e s c u c h a b a n de c e r c a a q u e l l a s c i f r a s d e
s a l u d a n d o a u n con la c a b e z a á los r e z a g a d o s . miles de f r a n c o s con c i e r t o r e s p e t o .
Las m u j e r e s c o n t e m p l a b a n con c u r i o s i d a d el Máximo, q u e llegaba e n t o n c e s , m u y c o m p u e s t o ,
c o l l a r y la d i a d e m a . de r i g u r o s a e t i q u e t a , apoyó la m a n o f a m i l i a r m e n -
La s e ñ o r a H a f f n e r , no p u d o r e s i s t i r la t e n t a c i ó n te en el h o m b r o de su p a d r e , h a b l á n d o l e en voz
y a p r o x i m á n d o s e sin e t i q u e t a s , miró largo rato b a j a é i n d i c á n d o l e con la vista á los dos c o n t r a -
las alhajas, exclamando después con acento zum- tistas. A r i s t i d e s S a c c a r d s o n r i ó d i s c r e t a m e n t e co- •
bón: mo un a c t o r a p l a u d i d o .
—¿Son esto el c o l l a r y la d i a d e m a ? L a s c o n v e r s a c i o n e s , i n t e r r u m p i d a s un m o m e n -
R e ü a t a hizo u n g e s t o a f i r m a t i v o . to p o r la llegada d e R e n a t a , v o l v i e r o n á e m p e z a r ,
L a s s e ñ o r a s e l o g i a r o n las a l h a j a s , q u e en rea- e s c u c h á n d o s e l i g e r o s r u i d o s d e vagilla y c u b i e r -
lidad lo merecían, pues eran verdaderamente tos.
s o b e r b i a s . Se h a b l ó d e s p u é s d e la a l m o n e d a do B a u t i s t a a b r i ó al fin u n a p u e r t a d e dos h o j a s ,
L a u r a de A u r i g n y , con a d m i r a c i ó n envidiosa. y con t o n o s o l e m n e , p r o n u n c i ó la f r a s e s a c r a -
S a c c a r d habia c o m p r a d o en ella Jas a l h * j as y se mental:
l a m e n t a r o n de que las L a u r a s a c a p a r a s e n los d i a - —¡La s e ñ o r a está s e r v i d a !
m a n t e s , que bien p r o n t o f a l t a r í a n , á e s e paso, Comenzó el desfile l e n t a m e n t e . R e n a t a tomó el
p a r a las m u j e r e s h o n r a d a s . Conocíase el precio b r a z o de un a n c i a n o , el s e n a d o r barón Gauraud,
de e s t a s j o y a s : la d i a d e m a h a b í a c o s t a d o quince ante q u i e n todo el m u n d o se i n c l i n a b a ; Saccard,
dió el b r a z o á su M a r q u e s i t a , y Máximo, vióse
obligado á o f r e c é r s e l o á Luisa de Marenil. Suce-
d í a n s e e n procesión los i n v i t a d o s r e s t a n t e s , y e n d o
e n p o s de todos, los c o n t r a t i s t a s c o n los b r a z o s
colgando grotescamente.
E r a el c o m e d o r u n a v a s t a h a b i t a c i ó n cuadrada
con m o l d u r a s e n p e r a l y filetes de o r o . L o s p a ñ o s
del m u r o , d e b i e r o n s e r d e s t i n a d o s á r e c i b i r cua-
d r o s d e n a t u r a l e z a m u e r t a , p e r o el d u e ñ o , desis-
tió d e s p u é s de a q u e l g a s t o p u r a m e n t e artístico, ó
hizo c u b r i r l o s c o n t e r c i o p e l o v e r d e o b s c u r o .
El d e c o r a d o y los m u e b l e s t a p i z a d o s con la mis-
m a tela, d á b a n á la e s t a n c i a u n aspecto g r a v e y
s o m b r í o , sin d u d a c a l c u l a d o , p a r a c o n c e n t r a r e n
la m e s a el e s p l e n d o r de las l u c e s .
En el c e n t r o , s o b r e la m u e l l e a l f o m b r a p e r s a , á
m a n e r a de i l u m i n a d o a l t a r , s o b r e la d e s l u m b r a n -
t e b l a n c u r a del m a n t e l , i r r a d i a b a n c o n i n n ú m e r o s
r e s p l a n d o r e s la c r i s t a l e r í a y la p l a t a .
De los t a l l a d o s r e s p a l d o s d é l o s sillones, en la
i n c i e r t a s o m b r a , a p e n a s s e d i s t i n g u í a n las c o l g a -
d u r a s y los d e t a l l e s d e las p a r e d e s , o b l i g a n d o así
á los ojos á volver s o b r e la m e s a , donde queda-
ban deslumhrados.
El c e n t r o de m e s a , de p l a t a m a t e cincelada, s e
d e s t a c a b a e n t r e a q u e l l a p r o f u s i ó n de o b j e t o s , figu-
r a n d o u n a porción d e f a u n o s y n i n f a s , s a l i e n d o de
un ancho caracol, y cayendo alrededor guirnal-
d a s d e flores n a t u r a l e s q u e s e g u í a n enlazándose
h a s t a dos vasos l a t e r a l e s q u e los r e o o g í a n .
La l a r g a h i l e r a d e platos, copas, v a s i j a s l l e n a s
de a g u a y de d i s t i n t o s vinos, los d i m i n u t o s sale-
r o s , t o d a la c r i s t a l e r í a y v a j i l l a , e n fin, e r a deli-
c a d a y l i g e r a , de tal d i a f a n i d a d q u e n o p r o y e c t a b a
sombra alguna.
E n t r e todo a q u e l l o , las p i e z a s p r i n c i p a l e s seme-
j a b a n f u e n t e s d e f u e g o ; vivos f u l g o r e s c o r r í a n p o r
el pulido f r e n t e d e las estufillas, y los t e n e d o r e s ,
las c u c h a r a s , los cuchillos c o n m a n g o d e n a c a r
p r o d u c í a n el e f e c t o de e n c e n d i d a s l l a m a s ; la luz
al q u e b r a r s e en las c o p a s del limpio c r i s t a l , se
d e s c o m p o n í a con todos los c o l o r e s del i r i s , y e n
m e d i o d e aquella especial l l u v i a d e r e l á m p a g o s , e n
aquella m e s a d e s l u m b r a n t e , las v a s i j a s d e v i n o r e -
flejaban v i s t o s a m e n t e s o b r e el b l a n c o m a n t e l , m a -
t i z á n d o l e de r o s a .
Los c o n v i d a d o s d a n d o el b r a z o á las d a m a s , al
e n t r a r en el c o m e d o r , d i e r o n á s u s semblantes
c i e r t o e x p r e s i ó n de b e a t i t u d d i s c r e t a .
L a s flores e s p a r c í a n s u s a r o m a s e n el tibio a m -
b i e n t e , y las e m a n a c i o n e s d e l a s v i a n d a s y de los
v i n o s s e m e z c l a b a n al p e r f u m e d s las r o s a s , do-
m i n a n d o el á s p e r o olor de los c a n g r e j o s y el ácido
de los limones.
D e s p u é s q u e c a d a u n o halló su n o m b r e e s c r i t o
al r e v e r s o d e las t a r j e t a s del menú, colocadas
 « o b r e cada c u b i e r t o , s e dejó oir el r u m o r de sillas
a r r a s t r a d a s y el a g u d o de los t r a j e s d e s e d a al ro-
z a r s e e n t r e sí. L a s e s p a l d a s d e s n u d a s s e m b r a d a s
de p e d r e r í a , s e d e s t a c a b a n e n t r e los r í g i d o s f r a k s
negros.
Comenzó el s e r v i c i o en m e d i o de a l g u n a s s o n r i -
s a s c a m b i a d a s e n t r e v e c i n o s , c o n c i e r t o silencio,
i n t e r r u m p i d o sólo p o r el r u i d o de los cubier-
tos.
B a u t i s t a con su a s p e c t o g r a v e de d i p l o m á t i c o ,
t e n i e n d o á s u s ó r d e n e s , a d e m á s de los c r i a d o s d e
la c a s a , á c u a t r o a y u d a n t e s q u e b u s c a b a p a r a es-
t a s s o l e m n i d a d e s , d e s e m p e ñ a b a las f u n c i o n e s d e
mayordomo. Tres criados daban lentamente la
v u e l t a en t o r n o d e la m e s a , c o n un plato en la
m a n o , o f r e c i e n d o á m e d i a v o z p o r su n o m b r e , c a -
d a u n a de las v i a n d a s , q u e Bautista había t r i n -
chado p r e v i a m e n t e s o b r e una mesa de servicio.
Los d e m á s s i r v i e n t e s e s c a n c i a b a n los v i n o s y cui-
d a b a n de que. no f a l t a s e n n u n c a el p a n á los seño-
r e s y ios líquidos en l a s v a s i j a s .
En r e a l i d a d , el n ú m e r o de c o n v i d a d o s e r a poco
á p r o p ó s i t o p a r a q u e la c o n v e r s a c i ó n p u d i e s e ge-
n e r a l i z a r s e . Sin e m b a r g o , al e m p e z a r el s e g u n d o
servicio, c u a n d o los a s a d o s y los e n t r e m e s e s h u -
bieron o c u p a d o el l u g a r de los vetevés y los e n t r a n -
tes, y c u a n d o el P o m a r d , B o r g o ñ a y C h a m b e r t í n
s u c e d i e r o n al C h a t e a u - L a f i t t e y al Leovilie, creció
el rumor de las c o n v e r s a c i o n e s y las ritStsWa^
das.
R e n a t a , colocada e n el c e n t r o d e la m e s a , t e n í a
á su d e r e c h a al b a r ó n G o u r a u d y á su i z q u i e r d a
al S r . T o u t i n - L a r o c h e , c o n s j e r o m u n i c i p a l y a n -
t i g u o f a b r i c a n t e de b u g í a s , m i e m b r o del c o n s e j o
de vigilancia de la Sociedad gene ral d
tos de Marruecos, d i r e c t o r del Crédito vitícola, hom-
b r e a c a r t o n a d o , y d e r e s p e t o , á quien A r i s t i d e s ,
colocado en f r e n t e , e n t r e las s e ñ o r a s de E s p a u e t
•y d e I l a f f n e r n o m b r a b a : «Nuestro sabio adminis-
t r a d o r » «Mi q u e r i d o colega.»
Seguían d e s p u é s los políticos: el s e ñ o r Hufel d e
la Noue, un a l c a l d e q u e s e p a s a b a casi todo el año
en P a r í s , t r e s d i p u t a d o s , e n t r e ellos el señor
H a f f n e r con su r e d o n d a fisonomía a l s a c i a n a , el
s e ñ o r de S a f f r é , j o v e n , c o r r e c t o , s e c r e t a r i o p a r -
t i c u l a r de un m i n i s t r o ; el s e ñ o r Michelin, j e f e del
Negociado d e c a r r e t e r a s , y a d e m á s o t r o s a l t o s e m -
pleados.
El s e ñ o r d e M a r e u i l , c a n d i d a t o p e r p e t u o á la
Diputación, s e h a l l a b a colocado f r e n t e al alcalde,
con q u i e n s e m o s t r a b a m u y a t e n t o . E n c u a n t o
á E s p a u e t , n o a c o m p a ñ a b a n u n c a á su e s p o s a .
Las s e ñ o r a s de la f a m i l i a t e n í a n su sitio e n t r e
los m á s n o t a b l e s de a q u e l l o s p e r s o n a j e s , h a b i e n d o
colocado, sin e m b a r g o , A r i s t i d e s á su hermana
Sidonia e n u n l u g a r m á s r e t i r a d o , e n t r e los dos
 d i c i e n d o g r a v e m e n t e , c o m o si e s t u v i e s e h a b l a n d o
c o n t r a t i s t a s . La s e ñ o r a Michelin, m u j e r del j e f e d e
e n p l e n a sesión m u n i c i p a l :
n e g o c i a d o , q u e e r a u n a l i n d a m o r e n a , algo re-
— E s t e e m p r é s t i t o d e la Villa, s e r á u n a d e l a s
g o r d e t a , veíase al l a d o del s e ñ o r de S a f f r é , con
operaciones financieras m á s h e r m o s a s de la épo-
quien c o n v e r s a b a en v o z b a j a . A los dos e x t r e m o s
ca! ¡Ah! s e ñ o r e s . . .
de la m e s a e s t a b a , finalmente, la j u v e n t u d , a u d i -
t o r e s del Consejo de E s t a d o , hijos d e c a p i t a l i s t a s , Aquí su voz f u é n u e v a m e n t e a p a g a d a p o r l a s

el s e ñ o r de Musey q u e m i r a b a á R e n a t a c o n d e s e s - r i s a s q-ie e s t a l l a r o n e n uno d e los e x t r e m o s de la

p e r a c i ó n , Máximo d a n d o la d e r e c h a á Luisa d e m e s a , d e s t a c a n lose la voz d e Máximo q u e a c a b a b a

Mareuil, q u e p a r e c í a h a c e r s u c o n q u i s t a . A m b o s una anécdota.

c o m e n z a r o n las r i s o t a d a s q u e luego s e h i c i e r o n — ¡Oh! no he c o n c l u i d o . . . La p o b r e a m a z o n a f u é

generales. l e v a n t a d a del suelo p o r un peón c a m i n e r o , á q u i e n
se dice ha m a n d a d o e d u c a r p a r a c a s a r s e c o n él,
El s e ñ o r Hufel de la Noue, p r e g u n t a b a c o n g a -
p u e s no q u i e r e q u e n i n g ú n h o m b r e p u e d a vana-
lantería:
g l o r i a r s e de h a b e r visto c i e r t o l u n a r s i t u a d o enci-
— ¿ T e n d r e m o s el p l a c e r d e v e r e s t a n o c h e á Su
m a d e una d e s u s r o d i l l a s .
Excelencia?
Volvieron á e s t a l l a r las r i s a s c o n m á s f u e r z a .
—Lo d u d o , — c o n t e s t ó S a c c a r d con c i e r t o aire
Luisa r e í a m á s alto y l e n t a m e n t e , como si h u b i e r a
de importancia que ocultaba secreta contrarie-
sido s o r d a , un c r i a d o a l a r g a b a en a q u e l m o m e n t o ,
dad.—Mi h e r m a n o está m u y o c u p a d o . Sin e m b a r -
e n t r e c a d a c o n v i d a d o , un p l a t o , o f r e c i e n d o e n voz
go, ha e n v i a d o á s u s e c r e t a r i o , el s e ñ o r de S a f f r é ,
b a j a a g u j a s de á n a d e s i l v e s i r e .
para excusarse.
A r i s t i d e s S iccard e s t a b a d i s g u s t a d o p o r la f a l t a
El s e c r e t a r i o , á quien la s e ñ o r a de Michelin
d e a t e n c i ó n c o m e t i d a con el s e ñ o r T o u t i n L a r o -
a c a p a r a b a , l e v a n t ó la c a b e z a al oir p r o n u n c i a r su
che, y p a r a d e m o s t r a r l e q u e se le h a b í a e s c u c h a -
n o m b r e , y g r i t ó al a z a r , c r e y e n d o q u e s e h a b í a n
do, repitió a l g u n a s p a l a b r a s p r o n u n c i a d a s p o r el
dirigido á él:
digno f u n c i o n a r i o :
—Sí, d e b e c e l e b r a r s e esta n o c h e , á las n u e v e ,
—El e m p r é s t i t o de la Villa...
C o n s t o de m i n i s t r o s e n casa del G u a r d a s e l l o s . P e r o el s e ñ >r T o u t i n Lar o c h e no s e t u r b a b a .
M i e n t r a s , el s e ñ o r de Toutin L a r o c h e , á q u i e n —¡Ah, s e ñ o r e s ! — p r o s i g u i ó . — S e a c u s a al Gon-
s e h a b í a i n t e r r u m p i d o e n el d i s c u r s o , c o n t i n u a b a
L A CANALLA.—3 TOMO L
 sejo de c o n d u c i r al Municipio á la r u i n a , y de*de
el m o m e n t o en q u e el A y u n t a m i e n t o p r e t e n d e
empréstito, todos s e a p r e s u r a n á l l e v a r allí su
dinero.
- V e r d a d e r a m e n t e h a n hecho u s t e d e s m i l a -
g r o s - d i j o S a c c a r d , — P d r í s está c o n v e r t i d o en la
capital del o r b e .
—rPrpdigi ' s o l - i n t e r r u m p i ó el s e ñ o r FIuM de
ja Noue - P a r í s está d e s c o n o c i d o . ¡Es p r o d i g i o s o ,
prodigioso!
T o d o s los h o m b r e s g r a v e s e s c u c h a b a n a h o r a .
-Esta t r a n s f o r m a c i ó n de P a r í s , - c o n t i n u ó
s e ñ o r Toutin L a r o c h e ; - s e r á la g l o r i a de este r e í -
n a d o . Esta m a ñ a n a lo decía yo en el Consejo: «Se-
ñ o r e s , dejen u s t e d e s c h a r l a r lo que q u i e r a n á e s o s
v o c i n g l e r o s d e la oposición... C a m b i a r y r e n o v a r
á P a r í s es f e r t i l i z a r l o !
S a - c a r d , c e r r a n d o los ojos, s o n r e í a c o m o p a r a
s a b o r e a r m e j o r la f r a s e . Inclinóse d e s p u é s d e t r á s
de la s e ñ o r a d e E s p a u e t p a r a d e c i r al s e ñ o r II f, 1
d e la Noue, a l u d i e n d o al s e ñ o r Toutin-Laroche,
b a s t a n t é alto á lin de q u e f u e r a oído:
— ¡Oh! tiene u n a ¡me rgencia a s o m b r o s a !
E s e ñ o r C h a r r i e r , d e s d e que s e h a b l a b a de ' o s
t r a b a j o s de P a r í s , a l a r g a b a el cuello como para
m e z l a r s e en U c o n v e r s a c i ó n , m i e n t r a s su asocia-
do Mignon, sólo se o c u p a b a de la s e ñ o r a S i d o n i a ,
q u e Je d a b a m u c h o q u e h a c e r ,
S ' c c a r d no c e s a b a de v i g i l a r á los c o n t r a t i s t a s
un
con el rabillo del o j o .
—Los s e ñ o r e s Mignon y Charrier,—prosiguió
S a e c a r d , — p o n e n en esto s u t r a b a j o , y t e n d r á n su
p a r t e de g l o r i a .
Los c o n t r a t i s t a s r e c i b i e r o n la l i s o n j a con a i r e
beatifico. Mignon c o n t e s t ó con a i r e de m o d e s t i a :
— ¡Olí! Usted es m u y a m a b l e ; n o s o t r o s hemos,
h e e l n ya n u e s t r o n e g o c i o .
El o t r o , C h a r r i e r , a p u r a n d o u n a copa de Po-
mard, exclamó:
el
— L o s t r a b a j o s de P a r í s h a n d a d o la v i d a á m u -
chos o b r e r o s .
—Y magnifico impulso á los ne-zocios financie-
r o s , — a ñ a d i ó el s e ñ o r T o n t í n - L a r o c h e .
—Y no olviden el a s p e c t o a r t í s t i c o , — s e a v e n t u -
r ó á d e c i r el s e ñ o r f l u p e l do la Noue q u e s e j a c t a -
b a de t e n e r buen g u s t o .
— Las n u e v a s vías a b i e r t a s son m a j e s t u o s a s , —
a ñ a d i ó el s e ñ o r de Mareuil por d e c i r a l g o .
— N u e s t r o s hijos las p a g a r á n , — d e c l a r ó g r a v e -
m e n t e el d i p u t a d o l i a f n e r q u e no a b r í a la boca
m á s q u e en las g r a n d e s s o l e m n i Jad e s , — S e r á m u y
justo.
T o d o s h a b í a n p r o n u n c i a d o s o f r a s e excepto el
s e ñ o r MicheMn, el j>-fe de n e g o c i a d o , quien sonri ía
m o v i e n d o la c a b e r a , q u e e r a , c o m u n m e n t e su
modo de t o m a r p a r t e e n la c o n v e r s a c i ó n ; tenía
 sonrisas para saludar, para responder, para apro-
b a r , p a r a d e s p e d i r s e , es d e c i r , toda una cole-.ción
t a d o de q u e alguien h u b i e r a c r e í d o p o r u n m o -
d e s o n r i s a s , q u e casi s i e m p r e le d i s p e n s a b a n d e
m e n t o q u e a p l i c a b a las p a l a b r a s del c o n t r a t i s t a al
s e r v i r s e de la p a l a b r a , lo cual j u z g a b a m á s fácil
d u e ñ o de la casa, quien lanzó una m i r a d a tan e x -
y conveniente.
p r e s i v a á S i d o n i a , q u e a c a p a r a n d o é s t a de n u e v o
El b a r ó n C - m r a n d . o c u p a d o s o l a m e n t e en co-
á Mignon, le dijo c o m o si c o n t i n u a s e la c o n v e r s a -
m e r , c u i d a d o s o l í c i t a m e n t e por R e n a t a , á la q u e
ción i n t e r r u m p i d a p o r a q u e l a c c i d e n t e :
p a g a b a con g r u ñ i d o s de s a t i s f a c c i ó n , l e v a n t ó la
—A. usted le g u s t a , pu-.s, el color de r o s a . . .
c a b e z a y d i j o l i m p i á n d o s e los l a b i o s m a n c h a d o s
de g r a s a : D e s p u é s S a c c a r d , dirigió un c u m p l i d o á la se-
ñ o r a de Espanet, y su r o s t r o o b s c u r o , d e s m i r r i a -
— P u e s yo q u e s o y p r o p i e t a r i o , c u a n d o h a g o de- do, t o c a b a casi los h o m b r o s b l a n e o s d e la j o v e n ,
c o r a r ó r e p a r a r una h a b i t a c i ó n , a u m e n t o el p r e c i o
quien s» d e s v i a b a s o n r i e n d o l i g e r a m e n t e .
del a l q u i l e r .
S e r v í a n s e los p o s t r e s . Los c r i a d o s d a b a n la
El s e ñ o r H a f f n e r con su f r a s e « n u e s t r o s h i j o s las vuelta con m á s p r e s t e z a en t o r n o de la m e s a , y
p a g a r á n » , h a b í a c o n s e g u i d o d e s p e r t a r al s e n a d o r ;
h u b o un i n s t a n t e de p a u s a , en el c u a l , el m a n t e l
t o d o s a p l a u d í a n d i s c r e t a m e n t e , y el s e ñ o r d e Sa-
se c u b r i ó d e d u l c e s y f r u t a s .
ffré gritó:
En u n o de los e x t r e m o s d e la m e s a , del lado de
¡Deliciosa, deliciosa! Yo h a r é q u e m a ñ a n a r e -
Máximo, las r i s a s se h a c í a n m á s c l a r a s y s e e s c u -
p r o d u z c a n los periódicos la f r a s e .
c h a b a la voz agria de Luisa, q j e decía:
— E s v e r d a d , vivimos en un tiempo h e r m o s o , —
- S i l v i a llevaba un t r a j e azul d e satín en su p a -
dijo el s e ñ o r M i g n o n . - Y o c o n o z c o m á s de u'no
pel de Dindonette.
q u e h a n r e d o n d e a d o l i n d a m e n t e su f o r t u n a . Guan-
Otra voz de chico a ñ a d i ó :
do .se g a n a d i n e r o , todo es h e r m o s o .
- , B a h ! el t r a j e e s t a b a p l a g a d o d e e n c a j e s b l a n -
E s t a s ú l t i m a s p a l a b r a s c a y e r o n c o m o un j a r r o cos.
de agua fría, é h i c i e r o n e n m u d e c e r á los h o m b r e s
El a m b i e n t e e r a s o f o c a n t e . Los r o s t r o s e n r o j e -
graves.
cidos, e s t a b a n a n i m a d o s < orno p o r u n a i n t e r n a
Mi helín. q u e en aquel i n s t a n t e c o n t e m p l a b a á satisfacción.
S a c c a r d con a i r e apacible, cesó de s o n r e í r , a s u s -
Dos c r i a d o s dieron la v u e l t a á la m e s a s i r v i e n d o
el J e r e z y el T o k a i .
 D e s d e el c o m i e n z o de la c o m i d a p a r e c í a R e n a t a
distraída, cumpliendo maquinalmente sus deberes
de a m a de c a s a . Se a b u r r í a .
Máximo y Luisa la ponían n e r v i o s a c o n s u s c a r -
c a j i.las. Los h o m b r e s g r a v e s la f a s t i d i a b a n . Las
s e ñ o r a s de Esp&net y ILiffaer la l a n z a b a n m r a d a s
l l e n a s de d e s e s p e r a c i ó n .
—¿Cómo se p r e s e n t a n las n u e v a s elecciones?—
p r e g u n t ó de p r o n t o S a c c a r d al s e ñ o r f i u p e l de la
Noue.
—Muy b i e n , — c o n t e s t ó é s t e s o n r i e n d o . — A u n no
e s t á n d e s i g n a d o s los c a n d i d a t o s de m i d i s t r i t o .
P a r e c e s e r q u e el m i n i s t r o d u d a .
El s e ñ o r Mareuil p a r e c í a a g r a d e c e r con la m i r a -
d a á S a c c a r d h a b e r t r a í d o la c o n v e r s a c i ó n á a q u e l
terreno.
Parecía estar sobre ascuas, y mucho más aun,
c u a n lo el a l c a l d e d i r i g i é n d o s e á él, a ñ a d i ó :
—Me han h a b l a d o b a s t a n t e de usted en mi país,
c a b a l l e r o . Las g r a m l e s p r o p i e d a d e s q u e t i e n e us-
t e d allí le h a n g a n a d o m u c h o s a m ; g o s , y s e s a b e
a d e m á s c u á n d e v o t o e s usté 1 del E m p e r a d o r . Us-
ted t i e n e todas las p r o b a b i l i d a d e s .
—Oye, p a p á ; ¿ v e r d a d que Silvia v e n d í a c i g a r r i -
llos de papel en Marsella el «ño 1849?—gritó e n
a q u e l m o m e n t o Máximo d e s d e su s i n o .
S a . c a r d a f e c t a n d o no oirle, hizo q u e c o n t i n u a s e
en t o n o m á s b a j o :
—Sí, mi p a d r e la ha c o n o c i d o .
O y é r o n s e a l g u n a s r i s a s s o f o c a d a s , y m i e n t r a s el
s e ñ o r Mareuil s a l u d a b a s i - m p r e , el s e ñ o r I l a l f u e r
p r o s e g u í a la c o n v e r s a c ón en tono s e n t e n c o s \
— Q lien a m e al E m p e r a d o r a m a á F r a n c i a . . .
—Las g r a n d e s f o r t u n a s d e b e n a g r u p a r s e a ' r e -
d e d o r del t r o n o , — d i j o á su vez el s e ñ o r Tontin-
Laroche.
. R e n a t a ya no p u d o m á s :
— P o r f a v o r , a m i g o mío—le dijo á su e s p o s o ,
—ten un poco d e p i e d a d y d é j e n s e u s t e d e s ya de
política.
El s e ñ o r Ilupel d e la N o u e , g a l a n t e como u n
p r e f e c o, dijo q u e t e n í a n r a z ó n las s e ñ o r a s y dió
p r i n c i p i o á una h i s t o r i a e s c a b r o s a q u e había s u c e -
dido en la capital d e su p r e f a c t u r a .
La m a r q u e s a , la s e ñ o r a H a f f n e r y las o t r a s d a -
m a s , r i e r o n m u c h o al e s c u c h a r c i e r t o s d e t a l l e s : el
alcalde r e f e r í a un c u e n t o p i c a n t e con a i r e i n o c e n -
t ó n . Después se habló del p r i m e r m a r t e s de la d u -
q u e s a , de una bufón -da q u e ya se había e s t r e n a d o
Ja víspera en c i e r t o t e a t r o , de la m u e r t e de un
poeta y de las c a r r e r a s de o t o ñ o .
El s e ñ o r T n n t i n L a r o c h e , q u e t e n í a r a t o s felices,
c o m p a r a b a las m u j e r e s . á las r o s a s , y el s e ñ o r Ma-
r e u i l , en la t u r b a c i ó n q u e le habían* d e j a d o s u s
e s p e r a n z a s electorales, e n c o n t r ó p a l a b r a s r o g r a t t
profundidad respecto da la nueva forma da

sombreros... Renata permanecía siempre dis-
traída.
Ya no se cernía. Un viento cálido y d e s t r u c t o r
p a r e c í a h a b e r p a s a d o s o b r e la mesa, e m p a ñ a n d o
la crist d e r í a , desrnigando el pan, ensn iando los
p l a t o s con las m o n d a d u r a s de las f r u t a s y r o m -
p i e n d o en fin, l i simeiria del servicio.
M a r c h i t á b a n s e las llores en s u s g r a n d e s r e c e p -
táculos de pin ta y los convi lados se olvidaban de
todo en aquel in-tante, satisfechos ya, y sin á n i -
mos para levantarse.
Medio inclinados en s u s asientos y con un b r a z o
apoyado en la mesa, tenían la m i r a d a opaca y hue-
ca, el decaimiento y vaga quietud de aquella em-
briague/. d e las gentes distinguidas que se e m b o -
r r a c h a n con vinos selectos.
Apenas se h a b l a b a , y los c a b a l l e r o s c o n d e c o r a -
dos parecían a u n m á s g r a v e s en su silencio. L a s
s e ñ o r a s s e n t í a n s e h u m e d e c i d a s por el s u d o r que
b r o t a b a de sus f r e n t e s y de s u s e s p a l d a s desnu-
d a s , e s p e r a n d o el momento d e pasar al salón,
algo pálidas, como si s u s c a b e z a s no e s t u v i e r a n
muy firmes.
La s e ñ o r a de Espanet e s t a b a r o j a d e calor,
m i e n t r a s los d e s n u d o s h o m b r o s de la d e Haíf-
n e r habían tomado la t r a s p a r e n t e b l a n c u r a de la
cera.
E l í a ñ o r Hupel de la Noue e x a m i n a b a el mango
UNiVENSIDAS DE NÜEV0 LEON
BIBLIOTECA UNIVERSITARIA
_ 4i _ "ALFONSO R t V t S "
M> de. 1625 MONTERREY, MEXICO
de un cuchillo; T o u t i n - L a r o c h e m u r m u r a b a aun
f r a s e s c o r t a d a s q u e el s e ñ o r I I a f f n e r acogía mo-
viendo la cabeza l e n t a m e n t e . El de Mareuil s o ñ a b a
mir ndo á Michelin que le s o n r e í a c o r t e s m e n t e .
La l i n d a s e n >ra Michelin, c a p a b a también, m u y
a c a l o r a lo el r o s t r o , d e j a n d o c a e r u n a n a n o b;ijo
el mantel, u n a m a n o que S a f r é debía r e t e n e r en-
t r e las suyas, á j u z g a r por la p o s t u r a .
Sidonia, c o n v e r s a b a en voz baja con Mignon y
C h i r ier, q u e la escuchaban con atención Contesá-
bales q u e deliraba por Lodo cuanto se hacía con
leche, y que tenia miedo á los a p a r e c i d o s .
Aristides S a c c a r d , medio adormilado, gozando
la satisfacción de dueño d e c a s a q u e c r e e haber
logrado e m b o r r a c h a r con t o d a c o r r e c c i ó n á s u s
convidados, no pensaba en l e v a n t a r s e .
R e n a t a a p u r ó m a q u i n a l m e n t e el último s o r b o
de Tokai, sintiendo a r d e r su r o s t r o . Sus labios se
c o n t r a í a n n e r v i o s a m e n t e como los de un niño que
b e b e vino p u r o , y entonces, s u s p e n s a m i e n t o s m o -
destos y humildes que le hablan sugerido l a s s o m -
b r s del P a r q u e , t r o c á b a n s e en otros muy distin-
tos, a h o g a d o s p o r aquel a m b i e n t e , per t u r b a d o s ,
donde se c r u z a b a n hálitos de f u - g o .
Ya no sonreía á su h e r m a n a Cristina y á su tía
Isabel, s i e m p r e modestas, silenciosas; con la mi-
r a d a d u r a hacía b a j a r los ojos al p o b r e De Mussy,
y en su forzada distracción, sentía extremecerse
30^X1
 cada ve* q u e e s c u c h a b a l a s r i s a s de Máximo ,
tela. Un e n o r m e r e l o j d e cristal d e r o c a d e c o r a b a
I" 1 » c o n t i n u a b a n b r o m e a n d o
la c h i m e n e a ; las c o n s o l a s sostenían g r a n d e s j a r r c -
T S l , V Jelt0enl P,>nU,nbra
e „ p„i ei eB aBu t ivs!t a ', c' o n su b l"a n c o r o s t r o', n e s d e la China y el o r o r e l u c í a en t o d a s p a r t e s
en y el asp(K .
do ide las lelas ó a d o r n o * d e j a b a n un hueco.
to i r r e p r o ü h i b l e y d e s d e ñ o s o del c r i a d o q u o ,a
En cada á n g u l o del salón se l e v a n t a b a n grandes
~ - , 0 V U S S e
" 0 r e
" H 80,0
™ n t e n i a s e co. c a n d e l a b r o s , de b r o n c e , c o l o c a d o s s o b r e zócalos
d e ^ d " ? "lifere e l M
'"
^ - d e s n u d o s
C n 6 a r e s u m s 0 d e m a r m o l r o j i z o , y p e n d i e n t e s del t e c h o , colga-
° ' ' ' de la s e r , , d n m .
Kre ) g u a r d a n d o , coíno p o r h á b i t o , ia d i g n i d a d de b a n t r e s a r a ñ a s de t r a s p a r e n t e cristal que d e s -
su p e r s o n a . componía la luz en c a m b i a n t e s azules, ri j o s y
a m a r i l l o s , y en cuya c l a r i d a d d e s l u m b r a d o r a , p a r e -
R e n a t a , s e l e v a n t ó p o r fin, i m i t á n d o l a t o d o s y
cía f u n d i r s e todo el oro de la e s t a n c i a .
p a s a n d o a . s a l ó n d o n d e el c a f é e s t a b a ya Ser-
Los s e ñ o r e s s e h a b i a n r e t i r a d o á la s a l a d e fu-
m a r , y De Mussy, t o m a n d o el b r a z o de Máximo, á
E r a e s t e s a l ó n u n a pieza l a r g a y e s p a c i o s a q „e
quien conocía del colegio, si b i e n le a v a n z a b a seis
og,a toda la f a c h a d a l i n d a n t e a, j a r d í n , y en
a ñ o s , le c o n d u j o á la g a l e r í a d e s c u b i e r t a que d a b a
o r m a de g a i e r i a iba de u n o á o t r o paLllón!
s o b r e el j a r d í n , q u e j á n d o s e a m a r g a m e n t e d e R e -
e o m u n , c a n d o con la escalinata por una a „cba
pueril, nata.

El salón e s t a b a r e s p l a n d e c i e n t e , el techo l i g e r a - —¿Qué t i e n e ? — d e c í a . — A y e r la vi y estaba

^ e n t e abovedado, veíase a d o r n a d o con gr.les m u y a m a b l e , hoy m e t r a t a como si no nos cono-

medallones dorados, rosetón ¿ ^ ciésemos, ¿ q u é he podido h a c e r p a r a d i s g u s t a r l a ?

y g u ¡ r n a l )

d a s ; s o b r e los m i r o s s e e x t e n d í a n , encuadrando ¡Oh, Máximo, c u á n t o le a g r a d e c e r í a q u e la inte-

os t a p i e s , filetes d e oro, lazos, h a c e s de trigo ca- rrogase sobre este punto, diciéndola que sufro
yendo los l a d o s d e los e s p e j y s o b r e el f n t a r i - m u c h o con s u s d e s d e n e s !
—¡Eso n o ! — c o n t e s t ó Máximo riendo.—Renata
m a d o p a v i m e n t o , una muelle a l f o m b r a d e Aubus-
está n e r v i o s a , y no me a t r e v o á r e c i b i r el sofión.
s o n e x t e n d í a s u s fi.res d e p ú r p u r a .
U s t e d e s se a r r e - ; l a r á ' i . . .
Los m u e b l e s e s t a b a n tapiz ,dos d - seda gr.na,
C O f t i
Y a ñ a d i ó d e s p u é s de a r r o j a r u n a b o c a n a d a d e
^ y c o l g a d u r a s de la mishlá
humo:
 1
'1
i

ti
1 1
1 1 1 ' - P u e s b o „ i t „ pape,, , , l e r l a ü s t e d q o e
t a p i z a d o de c h a g r í n , v a r i o s p u f s y b u t a c a s , u n a
t i :í
De M u , s y , „ „ a m i l a n ó p o r esto; h a b l ó de s u a r a ñ a p e q u e ñ a q u e p e n d í a del t e c h o y el \e'ador
:
I I se

de laca con a d o r n o s de b r o n c e (1 >reutino, pareci-

i ] 81 e p o n , a prueba Además, ¡a,lla6a ¡ ® dos á los de la c h i m e n e a , c o m p l e t a b a n el mobilia-
I
n d l a
y . e ra , a
" desgraciado! r i o del saloncito.
I - D u e „ o , _ d ü o Máximo p „ r fi„._Yo Las d a m a s h a b í a n q u e d a d o en c o m p a ñ í a do. a l -
g u n a j ó v e n e s y d e los viejos q u e t e n i a n horror
11
T i-: o' ° r e, e n i a ,,siedq,,e
s e g u r o q u e rne e o v i , pase„.
. al t a b a c o . En el s a l o n c i t o se b r o m e a b a libremen-
I ff á
te. Ilupel de la None, c o n t a b a o t r a vez su histo-
'a sala d e f u m a r , y s e
a r r e l l a n a r o n e „ d o s e s p a c i o s a s b u t a c a s . A i De r i e t a , c o m p l e t á n d o l a a h o r a con detalles m i s ín-
A
« • » r . co„to a M á x „ „ 0 s a s d - ^ timos. Esta e r a su e s p e c i a l i d a d : tenía d o s v e r s i o -
- c o m o s e h a „ a e n a m o r a d o de R e n a t a , e l nes p a r a t o d a s s u s h i s t o r i a s , u n a p a r a las s e ñ o r a s
al principio Je h a b í a d i s t i n g u i d o y o t r a p a r a h o m b r e s solos.
Máximo e s p e r a b a á t e r m i n a r su c i g a r r o para Cuando e n t r ó S a c c a r d , r o d e á r o n l e t o d o s y le
t i
i ,„sT " ? C
°mpariero' dá
" d ° t e Maternales conse-
cumplimentaron.

d,tó d0le COm S a f f r é le d j o u n a f r a s e m u y a p l a u d i d a ; que h a -

r f "; " ° debía c o n d u c i r s e con T a
» 1 1I madrastra para dominarla. bía m e r e c i d o bien de la p a t r i a , i m p i d i e n d o que
S a c c a r d , q u e s e a c a b a b a de s e n t a r | p o c n s p a - la bella L a u r a se h u b i e r a p a s a d o á los i n g l e s e s .
« M t o l o , j ó v e n e s , Íes b i s o . c o r t a r la c o n v e r s a - —Se equivocan ustedes, s e ñ o r e s , — m u r m u r a b a
I j
1 S a c c a r d con falsa m o d e s t i a .
- S a usted raás atrevido,—concluyó MáIimo> —¡No te defiendas!— decía Máximo riendo.—A
tu edad eso e s muy h e r m o s o .
—eso Je g u s t a á <?¿/a. '
El j o v e n , tiró p o r fin el c i g a r r o , y volvió al sa-
J - a sala de f u m a r o c u p a b a una de l a , piezas cir- lón q u e e s t a b a m á s c o n c u r r i d o . Los c r i a d o s co-
Odiares q u e habia en los á n g u l o s de, s a l ó , , El d e - m e n z iban á p a s e a r b a n d e j a s de p l a t a c o n h e l a d o s
rado era sobrio, estaba t a p i a d o con i m J . y vasos de p o n c h e .
í e s de c u e r o de Córdoba, y los c o r t i n a j e s e r a n de Máximo, d e s e a n d o h a b l a r á Ren ita, a t r a v e s ó el
«e a a r g e l i n a , c u b r i e n d o el p.so una j f o m b r a de s a l ó n . Al o t r o e x t r e m o h a c i e n d o j u e g o con el sa-
a q U e
° " P«M. 0. d i v 4 n circo,
 l o n c i t o h a b í a o t r a p i e z a r e d o n d a t a p i z a d a de sa-
tín, botón de oro, de un s a b o r o r i g i n a l . Los es-
p l e n d o r e s d e la a r . ñ a . delicadamente velados
atenu.iban el color .amarillo/ d á n d o l e un tono d e
sol v e s p e r t i n o . La a l f o m b r a i m i t a b a un s e m b r a d o
d e h o j a s seca--. El p i a n o de é b a n o , e s p e j o s , u n a
m e s a Luis XVI y una consola q u e s o s t e n í a g r a n *
des ramos eran los m u e b l e s del saloncillo, e n
c o m p a ñ í a de los c o n f i d e n t e s , pufs y sillones t a p i -
z a d o s , lo m i s m o q u e las p a r e d e s . No f a l t a b a n las
m e c e d o r a s , sillas b a j a s y t a b u r e t e s d e e l e g a n t e s
v a r i e d a d e s q u e no d e j a b a n v e r la m a d e r a , c u b i e r -
ta p o r c o m p l e t o con la muelle t a p i c e r í a . T o d o s los
m u e b l e s , en fin, p a r e c í a n d i s c r e t o s lechos de p l u -
m a , d o n d e se p u d i e r a d o r m i r , a m a r y d e s v a n e c e r -
s e en u n a s i n g u l a r h a r m o n í a de tonos a m a r i l l o s y
lánguidos.
R e n a t a g u s t a b a m u c h o d e aquel saloncillo, y
d u r a n t e el día pagaba en él s u s r a t o s de ocio.
La t a p i c e r í a , en vez de a p a g a r el color d e s u s
cabellos, p r e s á b a n l e e s t r a ñ o s r e s p l a n d o r e s , y ha-
cía d e s e c a r su c a b e z a s o n r o s a d a c o m o la de u n a
diana delicada.
Allí e s t a b a e n t o n c e s con s u s . a m i g a s . Su tía y s u
h e r m a n a a c a b a b a n de s a b r , y sólo q u e d a b a n e n
el saloncillo c a b e c i t a s l i g a r a s . Casi tendida e n su
c o n f i d e n t e , e s c u c h a b a R e n a t a los s e c r e t o s de Ade-
lina. S u s a n a I l a f f u e r , no p e r d í a su l a n g u i d e z ale-
m a n a ni su a i r e p r o v o c a t i v o , r o d e a d a p o r un g r u -
po de j ó v e n e s . S i d o n i a , en un rincón, dal a leccio-
n e s en voz b a j a á una m u c h a c h a de r o s t r o v i t ^ i -
i O'
nal. Luisa, m á s lejos, én pie, h a b ' a b a con un jo-
ven muy a p u e s t o y m u y tim do, q u e s e r u b o r i z a -
b a con f r e c u e n c i a , m i e n t r a s el b a r ó n Gourand,
c o r p u l e n t o c o m o un e ' e f a n l e , d o r m i t a b a en s u
b u t a c a , sin a t e n d e r á n a d i e .
Ilacía m u c h o c a l o r , y el aleteo de los a b a n i c o s ,
despedía un l á n g u i d o p e r f u m e e n el a m b i e n t e .
R e n a t a , al v e r á Máximo en el dintel de la p u e r -
ta, se levantó v i v a m e n t e , p r e t e x t a n d o s u s d e b e r e s
de a m a d 3 casa, y p a s ó al g r a n s a l ó n , d o n d e la
siguió el j o v e n .
—Yaya,—le d i j o r e u n i é n d o s e á él, con espre-
sión i r ó n i c a , — l a j o r o b a d i l l a es a g r a d a b l e . . . ¿Ya
n o te p a r e c e tan e s t ú p i d o h a c e r l a la c o r t e ?
—No e n t i e n d o , — c o n t e s t ó Máximo, q u e iba d e -
cidido á d e f e n d e r la c a u s a de su c o m p a ñ e r o De
Mussy.
— Creo q u e he h e c h o bien en no l i b r a r t e d e
L u i s a . . . Confiesa q u e eso es i n d e c e n t e e n una
mesa...
Máximo se e c h ó á r e í r .
—¡ \ h ! vamos, ya r e c u e r d o . . . Nos h e m o s c o n t a -
do historias. No c o n o c í a á e s a n i ñ a , y es graciosi-
lla, p a r e c e un mu l i a r h o .
R e n a t a c o n t i n u a b a i r r i t a d a c o m o una mujer
h o n e - t i , y Máximo, q u e no conocía en ella t a l e s
e n f a d o s , a ñ a d i ó con n a t u r a l i d a d :
—¿Crees tal vez, m a m á , q le la pellizcaba p o r
d e b a j o d e la m e s a ? Es preciso s a b e r c o n d u c i r s e
con u n a p r o m e t i d a . . . P e r o d. j e m o s e s t o , t e n g o
q u e de i r t e algo m á s g r a v e . E s c u c h a . , .
Y en voz b a j a c o n t i n u ó :
— A c a b a b a d e d e c i r m e De Mussy q u e e s m u y
d e s g r a c i a d o . Ya c o m p r e n d e r á s q u e mi papel d e
a r r e g l a r o s si e s t á i s d e m o n o s , no es muy airoso,
p e r o ya s a b e s q u e Id he c o n o c i d o en el colegio y
c o m o le veo t a n d e s e s p e r a d o , le he p r o m e t i d o de-
cirte algo...
R e n a t a le m i r a b a d e u n m o d o i n d e f i n i b l e .
—¿No m e c o n t e s t a s ? — c o n t i n u ó Máximo.—.Bien,
mi comisión e s t á c u m p l i d a , a h o r a a r r e g l a o s c o m o
o s p a r e z c a , p e r o c o n s t e q u e ese p o b r e h o m b r e m e
d a lástima.
R e n a t a sin q u i t a r la v i s t a de Máximo, c o n -
testó:
—Dile q u e m e f a s t i d i a .
Y c o m e n z ó á p a s e a r e n t r e los g r u p o s , s o n r i e n d o
y saludan lo; Máximo, q u e d ó s o r p r e n d i d o y p a r a -
do en su s i t i o .
La liesta tocaba á s u t é r m i n o y como e r a cerca
de media n o c n e , la g e n t e iba desfilan l o l e n t a -
mente.
No q u e r i e n d o M á x i m o a c o s t a r s e b a j o u n a i m -
p r e s i ó n d e s a g r a d a b l e , decidió b u s c a r á L u i s a . P a -
s a b a c e r c a de la p u e r t a de s a l i d a , c u a n d o vió e n
el vestíbulo á la linda s e ñ o r a Miclielin, á quien su
m a r i d o envolvía en una s a l i d a d e b a i l e , azul y
rosa.
—¡Oh! ha e s t a d o e n c a n t a d o r — d e c í a la j o v e n á
su esposo — Hemos h a b l a d o de ti d u r a n t e la comi-
d a , y él h a b l a r á p o r su p a r t e al m i n i s t r o . . . Sólo
q u e no es á él a quimil c o r r e s p o n d e s u a s c e n s o . . .
Y C' rno p a s a r a el Barón Gouraud.
— Este s e ñ o r s e r í a quien lo p o d r í a h a c e r — a ñ a -
dió a l ' ido de su e s p o s o . — H a c e lo q u e q u i e r e en
el M i n i f t e r i o . M a ñ a n a s e r á preciso intentar en
casa de los M a r e u i l . . .
Michelin s o n r i e n d o , salió con su m u j e r , con t a n -
ta p r e c a u c i ó n , como si h u b i e s d l l e v a d o al b r a z o un
o b j e t o f r á g i l y precioso.
Asi que Máximo vió q u e Luisa n o e s t a b a en el
v e s t í b u l o , dirigióse al s a l o n c i t o , d o n d e la e n c o n -
t r ó casi sola, e s p e r a n d o á su p a d r e . Sólo q u e d a b a
la s e ñ o r a Sidonia, diciendo q u e p r e f e r í a los ani-
m a l e s á a l g u n a s m u j e r e s de f u n c i o n a r i o s públi-
cos.
— ¡Ya e s t á a q u í mi m a l d i t o ! — g r i t ó Luisa.—
Siéntese aquí y d í g a m e e n q u é b u t a c a se h a po-
dido d o r m i r mi p a d r e . D e fijo h a b r á c r e í d o q u e
e s t a b a en el P a r l a m e n t o .
Y los j ó v e n e s v o l v i e r o n á r e í r c o n i g u a l g a n a
LA CANALLA.—I T O M O I.
 q u e d u r a n t e la c o m i d a . S e n t a d o á los p i e s de Lui-
sa, en u n a silla m u y b a j a , a c a b ó p o r t o m a r l e las finas c o m o e s p a d a s , y e s p i n o s a s y d e n t a d a s c o m o
m a n o s , j u g a n d o con ella como un c a m a r a d a Cre- p u ñ a l e s m a l a y o s ; y á ñ o r de a g u a , viviendo en la
y é n d o s e solos, s e r e í a n COP e n t e r a c o n f i a n z a , sin le-'piada atmósfera de a q u e l cristal dormido,
s o s p e c h a r q u e R e n a t a , en pie en medio del i n v e r - abrían los n e n ú f a r e s s u s e s t r e l l a s s o n r o s a d a s , en
n a d e r o , y medio oculta, les m i r a b a d e s d e lejos. tanto q u e l o s e u r í a l o s a r r a s t r a b a n s u s h'-jas r e d o n -
d a s y 1.'prosas q u e n a d a b a n e x t e n d i d a s y planas
Un poco a n t e s había d i s t i n g u i d o á Máximo y á
como e s p a l d a s d e s a p o s m o n s t r u o s o s , cubiertas
L u i s a y su p r e s e n c i a la d e t u v o d e t r á s de un a r b u s -
de p ú s t u l a s .
to. La t e m p e r a t u r a en el i n v e r n a d e r o era b a s t a n t e
U n a especie de h e l e c h o e n a n o , á m a n e r a de al-
alta, y a l r e d e d o r de R e n a t a un m a r de hojas y
f o m b r a , f o r m a b a e s p e s o tapiz de m u s g o v e r d e cla-
v e r d u r a s s e extendía b . j o a q u e l l a especie de n a v e
r o , r o d e a b a el e s t a n q u e ; y al o t r o lado de la g r a n
d e una iglesia, c u y a s d e l g a d a s c o l u m n i l l a s s u b í a n
calle c i r c u l a r , c u a t r o c o r p u l e n t o s y e s p e s o s á r b o -
h a s t a s o s t e n e r la b ó v e d a d e c r i s t a l e s .
les subian con v i g o r o s o i m p u l s o h a s t a la b ó v e d a
En el c e n t r o , en un e s t a n q u e oval, al nivel del del i n v e r n a d e r o .
s u e l o , vivía con la vida m i s t e r i o s a y o p a c a d e las
Las p a l m e r a s , l i g e r a m e n t e i n c l i n a d a s , abrían
p l a n t a s d e a g u a , toda Ja flora a c u á t i c a de los pai-
sus p e n a c h o s y e x t e n d í a n s u s c a b e z a s redondas,
ses orientales.
p e r m i t i e n d o coger s u s r a m o s , como r e m o s aban-
Los cicla utos l e v a n t a b a n s u s v e r d e s p e n a c h o s ,
d o n a d o s en su e t e r n o v i a j e p o r la a t m ó s f e r a .
c i ñ e n d o c o m o con u n c í n t u r ó n monumental el'
Los b a m b ú e s d e la I n d i a s u b í a n d e r e c h o s , del-
s u r t i d o r , q u e p a r e c í a el capitel t r u n c a d o de a l g u -
g a d o s y d u r o s , h a c i e n d o c a e r d e s d e lo a l t o una
n a c o n s t r u c c i ó n ciclópea; en los e x t r e m o s g r ¡ n -
lluvia de hojas; el r a b e n a l , el á r b o l del v i a j e r o ,
d e s t o r n e l i a s e x t e n d í a n f u e r a de la tasa s u s e x t r a -
alzaba también allí su r a m i l l e t e d e i n m e n s o s a b a -
ñ a s y e n m a r a ñ a d a s h o j a s y s u s r a m a s secas, d e s -
nicos c h i n e s c o s ; y en un e x t r e m o , un p l á t a n o c a r -
nudas y torcidas como serpientes, dejando caer
g a d o de f r u t o s , a l a r g a b a en t o d a s d i r e c c i o n e s s u s
s u s r a i c e s , s e m e j a n t e s á r e d e s de p e s c a d o r colga-
l a r g a s h o j a s h o r i z o n t a l e s , d o n d e h u b i e r a n podido
d a s en el a i r e .
d o r m i r p e r f e c t a m e n t e dos a m a n t e s e s t r e c h á n d o s e
En el m i s m o b o r d e casi, un p a n d a n o do J a v a , el uno c o n t r a el o t r o .
d i l a t a b a s u s v e r d o s a s h o j a s , e s t r i a d a s , d e blanco^
Veíanse e n los á n g u l o s e u f o r b i o s do Abisinia,

q u e r e m e d a b a n cirios espinosos, contrahechos,
llenos d e v e r g o n z o s a s j o r o b a s , s u d a n d o veneno;
y bajo los á r b o l e s , para c n b r . r el suHo, M e c h ó *
e n a n o s , a d i a n t o s y p t é r i d e s , o s t e n t a b a n s u s deli-
c a d o s e n c a j e s y s u s finos r e c o r t e s .
Los a l s ó f i b s de la m< j .r especie, tendían en zo-
n a s s u s filas de s i m é t r i c a s r a m a s , de seis á n g u l o s ,
tan r e c u l a r e s q u e s e m e j a b a n g r a n d e s piezas d e
porcelana.
Una orla de begoní i s y caladlo* r o d e a b a los g r u -
pos vegetales; las b e g o n i a s , de hojas r e t o r c i d a s ,
m a n c h a d a s de v e r d e y r< j » , y los caladlos, c u y a s
h o j a s l a n c e o l a d a s , b l a n c a s y con n e r v i o s v e r d e s ,
p a r e c í a n a n c h is a l a s de m a r i p o s a .
Otra s e g u n d a calle, d e t r á s de los g r u p i s v e g e -
tales, d a b a v u e l t a al i n v e r n a d e r o y allá s o b r e l a s
g r a d a s que o c u l t a b a n los t u b o s de la e s t u f a , flore-
cían las m a r a n t a s , s u a v e s c o m o el terciopelo, la
g l o x i n i a , c o n c a m p a n i l l a s d e color violado, las
dracenáceas, semejantes á placas barnizadas.
C u a t r o b ó v e d a s f o r m a d a s de v e r d u r a , con plan-
t a s t r e p a d o i as, c o n s t i t u í a n uno de los e n c a n t o s
p r i n c i p a l e s d e e s t e j a r d í n de i n v i e r n o .
El á r b o l de 1.x vainilla, c u y o m a d u r o f r u t o e x h a -
l a b a u n olor p e n e t r a n t e , c o r r í a en t o r n o de un
p ó r t i c o g u a r n e c i d o de m u s g o ; c u b r í a n las c o l u m -
nillas las c á s c a r a s de L e v a n t e c o n s u s h o j a s re-
d o n d a s , y los b a u h i n i a s d e e n c e n d i d o s r a c i m o s ; y
f M K w m m
0 ' u m w n ' f i n
- 53 -4,*,isa«OmE m m m
o t r a s p l a n t a s e x t r a ñ a s , c u y a s flores c o l g a b a n co-
m o c o l l a r e s d e vidrio, m o s t r á b a n s e ya en h i l e r a s ,
y a deslizándose en d e s o r d e n , ya a n u d á n d o s e e n t r e
sí, c o m o finos c o r d o n e s q u e j u g a b a n y c o r r i a u s i n
t é r m i n o s o b r e el o b s c u r o f o n d o del follaje.
Suspendidos por cadenillas de hierro pendían
e n t r e los macizos, aquí y allí, c a n a s t i l l o s , en los
c u a l e s se h a l l a b a n las o r q u i d á c e a s , p l a n t a s r a r í s i -
m a s cuyos vástagos rechonchos, nudosos y encor-
v a d o s , como m i e m b r o s e n f e r m o s , p r e n d e n en t o -
das p a r t e s .
Veíanse t a m b i é n z a p a t o s de V e n u s ; c u y a flor
a s e m e j a una p a n t u f l a , y s t a n h o p e a , d e flor pálida
y a t i g r a d a , q u e e x h a l a de l e j o s un hálito a c r e y
fuerte.
Mas la v e r d a d e r a m a r a v i l l a , e r a u n g r a n híbis-
co de la China, c u y a p r o f u s i ó n de flores y follaje
cubría por c o m p l e t o el flanco del hotel en el q u e
la estufa s e a p o y a b a . Las a n c h a s y p u r p ú r e a s flo-
r e s d e e s t a m a l v a g i g a n t e s c a , qne sin c e s a r se r e -
p r o d u c í a n , y viven sólo a l g u n a s h o r a s , se h u b i e s e
c r e í d o bocas s e n s u a l e s de m u j e r q u e se a b i í a n ,
labios rojos, t i e r n o s y h ú m e d o s de a l g u n a g i g a n -
t e s c a Mesalina, cuyo b j s o s a s e s i n a r a n y s i e m p r e
r e n a c i e r a n con su ávida y s a n g r i e n t a s o n r i s a .
R e n a t a , j u n t o al e s t a n q u e d o n d e vivían las flo-
r e s a c u á t i c a s , t e m b l a b a en m e d i o d e a q u e l l a tro-
pical e f l o r e s c e n c i a .
 D e t r á s de una esfinge de m á r m o l n e g r o , e c h a d a
s - b r e un bloque de g r a n i t o , vuelta la c a r a hacia el
a c u a r i u m , tenia u n a s o n r i s a d e g a t a d i s c r e t a y
cruel, y era , con s u s c o n t o r n o s i e l u c i e n t e s , el
ídolo s o m b r í o d e a q u e l l a t i e r r a de f u e g o .
En el a g u a e s p e s a y d o r m i d a del e s t a n q u e , e x -
t r a ñ o s y j u g u e t o n e s r a y o s de luz se e u t r e c h o c a -
ban, iluminando tenuemente vagorosas formas,
masas azuladas, semejantes á bosquejos mons-
truosos.
Los globos de c r i s t a l e s m e r i l a d o l l e n a b a n el fo-
Uaje de b l a n c o s r e s p l a n d o r e s , h a c i e n d o d e s t a c a r
el c o n t o r n o m a r m ó r e o de los b u s t o s de m u j e r , y
en t o r n o de a q u e l círculo d u l c e m e n t e i l u m i n a d o ,
la o b s c u r i d a d r e i n a b a p o r c o m p l e t o .
R e n a t a d e n t r o de e s t e circulo, p e n s a b a m i r a n -
do d e s d e l e j o s á Luisa y á Máximo. No e r a ya el
v a g o e n s u e ñ o del B o s q u e , su p e n s a m i e n t o e r a u n
deseo distinto, a g u d o q u e se d e s b o r d a b a .
Un a p e t i t o de v o l u p t u o s i d a d , un a m o r i n m e n -
so, ílo'aba en aquella n a v e c e r r a d a , d u n d e h e r v í a
la a r d i e n t e savia de los trópicos.
Sentí se c o m o s u b y u g a d a en p r e s e n c i a d e las
b o d a s potentes de la t i e r r a , q u e á su a l r e d e d o r
e n g e n d r a b a n aquel follaje y aquellos t r o n c o s co-
losales, a q u e l d e s b r d a n . i - u t o de selva, aquella
aglomeración de v e g e t a c i o n e s q u e abrasaban,
c a r g a d a s de e m b r i a g u e z y deleite.
A sus pies, el e s t a n q u e , c u y a s u p e r f i c i e h u -
m e a b a , caliginosa, con el jugo d e las n o t a n t e s r a í -
ce--, c u b r í a s u s h o m b r o s como con un velo de pe-
s a d o s v a p o r e s q u e e n c e n d í a s u piel como, al con-
tacto de u n a m a n o h ú m e d a y f e b r i l .
S o b r e su c a b e z a s e n t í a el m o v i m i e n t o oscilante
de las p a l m e r a s , y m á s q u e el c a l o r sof c a n t e ,
m á s que el brillo d e las luc^s y la p r o f u s i ó n d e
flores, los o l o r e s e r a n lo q u e t r a s t o r n a b a s u espí-
r i t u . Indefinible p e r f u m e , f u e r t e , a v a s a l l a d o r , ex-
citante, r e u n i ó n de mil p e r f u m e s d i v e r s o s ; t r a s p i -
r a c i o n e s h u m a n a s , alientos de m u j e r e s , a m b i e n t e s
de c a b e l l e r a s y d u l c e s r á f a g a s c o r t a d a s p o r r u d o s
hálitos pestilenciales y v e n e n o s o s . Y e n t r e a q u e l l a
e x t r a ñ a r e u n i ó n de o l o r e s , s o f o c a n d o las delicade-
z a s de la vainilla y las a g u d e z a s d e las o r q u í d e a s
s i e m p r e d o m i n a n t e el olor h u m a n o , s e n s u a l , pe-
n e t r a n t e , el olor q u e s a l e p o r las m a ñ a n a s d e la
habitación de dos e s p o s o s j ó v e n e s .
Apoyada R e n a t a e n el zócalo de g r a n i t o de la
esfinje, e n r o j e c i d o el r o s t r o y b a ñ a d o e n la luz
que fulguraban sus diamantes, parecía una flor
m á s , una g r a n lior, ro.-a y v e r d e , u n o de los ne-
n ú f a r e s del e s t a n q u e oval, p o r el c a l o r desfalle-
cido.
Todos s n s b u e n o s p r o p ó s i t o s d e s v a n e c í a n s e en
a q u e l l a hora, y la e m b r i a g u e z del b a n q u e t e , vic-
toriosa y avasalladora, subió ¿ su cabeza, centu-
 pilcada por las e m a n a c i o n e s del i n v e r n a d e r o Sos
e x t r a ñ a m e n t e b a j ó la bóveda de v e r d u r a , p e r o n o
e j i d o s de m u j e r a r d i e n t e . s u s c a p r i c h o s d e ™
fueron más que vano r u m o r en el delirio de Re-
• " r ; e " deS"erU""n vigor n a t a , á cuyos ojos se p r e s e n t a b a con la atracción
notado y s o b r e e n a . i a g r a „ & f i , , j e de m á r l ,
del vértigo, un placer desconocido, traspirando
negro, re,a m i s t e r i o s a m e n t e , como si hubiera
el c r i m e n , m á s á s p e r o q u e todos aquellos que ha-
eio^d q a[ galvanizaba
bía ya a p u r a d o . . . el ú l t i m o que la q u e d a b a p o r
aquel corazon muerto, el deseo tanto tiempo vago
gozar.
8
" — • buscada en v a n o por R e n a !
El a r b u s t o t r a s el cual e s t a b a , e r a u n a planta
a <lueacababa de r e v e l a r s e b r u s c a m e n t e . s n s s e n -
maldita, u n a tanghin de M a d a g a s c a r , d e hojas a n -
•dos bajo e esplendor de las luces, en med.o de
chas s i e m p r e verdes, y b l a n q u e c i n o s tallos, cuyos
aquel j a r d í n d e fuego, la presencia de Luisa y d e
nervios destilaban un h u m o r ponzoñoso.
Máximo, q u e r e í a n y j u g a b a n con las m a n o s enla-
AI ver á Luisa y á Máximo riendo satisfechos,
R e n a t a , f u e r a de sí, con la b o c a seca é i r r i t a d a ,
Un rumor d e voces que r e s o n ó de p r o n t o en u n a
tomó e n t r e s u s labios una r a m a de t a n g h i n , que á
d e las g r u t a s , á la que Aristides S a c c a r d había
la a l t u r a d e su boca e - t a b a , y m o r d i ó sin d a r s e
conducido á gn'on y C h a r r i e r , vino i h e n r l e en
cuenta de ello, una d e las a m a r g a s h o j a s .
Kied.o d ¿ s <s e n s u e ñ o s .
- N o es posible, s e ñ o r S a c c a r d , - d e c í a Ja voz
g r u e s a de C h a r r i e r . - N o podemos c o m p r a r d e
n u e v o ese t e r r e n o á m á s de doscientos / r a u c o s el
metro.
Saccard c o n t e s t a b a con voz a g r i a :
- B . e n , pero d e Ja p a r t e que°á mi me c o r r e s -
pondia, ustedes me h a n - a d j u d i c a d o c a d a m e t r o á
doscientos cincuenta f r a n c o s .

- P u e s entonces, P e g a r e m o s á los doscientos

veinticinco f r a n c o s .

Y la conversación continuó, brutal, resonando

 II

El "siguiente día al 2 d e D i c i e m b r e , A r í s t i d e s
R o u g o n había c a í d o s o b r e P a r í s c n n la v o r a c i d a d
de las a v e s de r a p i ñ a q u e d e s d e lo alto o l f a t e a n
los c a m p o s de b a t a d a . A c a b a b a de llegar de Pla-
ssan-', en el Mediodía, d o n d e su p a d r e había lo-
g r a d o p e s c a r p o r fin, en el río r e v u e l t o de los
acontecimientos u n e m p l e o l a r g o t i e m p o a p e t e -
cido.
Joven a u n , y d e s p u é s d e h a b e r s e c o m p r o m e t i d o
sin g l o r i a ni p r o v e c h o , a c u d í a á P a r í s con apeti-
tos de lobo y p e r j u r a n d o qu-1. «yi no s e r i a tonto»,
f r a s e q u e s u b r a y a b i con una irónica s o n r i s a á la
q u e s u s d e l g a d o s labios d a b a n u n a significación
terrible.
 L l e v a b a consigo á su esposa Angela, pálida é p a r t e d e la c o m ú n r i q u e z a q u e i n j u s t a m e n t e le h u -

insípida, c a n d o llegó en los p r i m e r o s d í a s d e bieran rehusado.

185-2; Instaló á la p o b r e m u j e r en una e s t r e c h a h a - Y en su d i s c u l p a , h u b i e r a invocado sus a e r a -

bitación de la calle de SanHago, c o m o s. f u e r a u n ciones laicutes d u r a n t e di<-z a ñ >s, su v i d t Misera-

ble de provin ia, s u s p r i v a c i o n e s , todo a q u e l l o e n
m u e b l e e m b a r a z o s o de c u a l tuviese p r e c i s i ó n d e
fin de q u e h a c í a á lu sociedad e n t e r a respon-
deshacerse.
sable.
La j o v e n no h a b í a q u e r i d o s e p a r a r s e de u n a
D »minado e n t o n c e s p o r la e m o c i ó n del j r g a d o r
n i ñ a de c u a t r o a ñ o s q u e A r í s t i d e s h u b i e s e d e j a d o
q u e p o r fin .se a c e r c a al t a p e t e v e r d e , e s t a b a lleno
d e b u e n a g a n a á c a r g o d e su f a m i l i a , p e r o cedió
de júbilo, con un júbilo especial suyo, en el q u e
al d e s e o d e Angela, c o n la condición de que q u e -
se mezclaban las e n v i d i a s y las e s p e r a n z a s del
d a s e en el colegio P l a s s a n s su h.jo Máximo, q u e
m a l h e c h o r i m p u n e . El a i r e d e la g r a n ciudad le
t e n í a á la s a z ó n o n c e a ñ o s , y s o b r e q u i e n habia
e m b r i a g a b a y creía e s c u c h a r e n t r e el ruí lo de los
p r o m e i i d o v e l a r su a b u e l a .
c a r r u a j e s y el m u r m u l l o de la m u l t i t u d la voz de
R o u g ó n q u e r í a t e n e r las m a n o s l i b r e s y s u m u -
Macbeth q u e le g r i t a b a : «¡Tú s e r á s rico!»
j e r y su hija le p a r e c í a n ya b a s t a n t e c a r g a para
No había e s t a d o en P a r í s d e s d e el feliz añ^ q u e
u n h o m b r e c o m o él d e c i d i d o á todo.
h a b í a p a s a d o allí c o m > e s t u d i a n t e . . . Por espacio
La m i s m a . t a r d e de su llegada, m i e n t r a s Angela
d e d o s h o r a s a n d u v o así d e calle en calle. La no-
a b r í a los b a ú l e s , s i n t i ó el ansia de r e c o r r e r P a r í s
c h e se a c e r c a b a y s u s p e n s a m i e n t o s s e crecían
e n seguida, de p i s a r con s u s g r u e s o s zapatones
a n t e el r e s p l a n lor d e los e s c a p a r a t e s y de los
de p r o v i n c i a n o aquel codiciado suelo de donde
cafés r e p l e t o s de g e n t e . A c a b ó por extraviarse
e s p e r a b a h a c e r b r o t a r los m i l l o n e s .
en su paseo, y c u a n d o alzó los ojos, e n c o n t i ó s e
Aquel p a s e o f u é una v e r d a d e r a t o m a de pose-
en el F a b o u r g Saint H o n o r é , e n u n a de c u y a s ca-
sión; a n d a b a p o r a n d a r , y c a m i n a b a ya como p o r
lles m á s p r ó x i m a s , en el c o n m e d i o , la de P e n t h i e -
país conquistado.
vre, habitaba Eugenio Rougón, uno de sus her-
A n t e s u s ojos se r e p r e s e n t ba el c o m b a t e q u e manos.
h a b í a de l . b r a r y no s e a s u s t a b a al compararse A n t e s de p o n e r s e e n c a m i n o , h a b í a c o n t a d o c o n
c o n un hábil f o r z a d o r de c e r r a d u r a s , que, por él, q u e e r a e n a q u e l m o m e n t o u n a p o t e n c i a ocul-
violencia ó p o r a s t u c i a , v a á a p o d e r a r s e d e una
 ta, un abogadillo del cual s u r g í a un h o m b r e po-
Eugenio, sin s o l t a r la p l u m a le e s c u c h a b a en
lítico, d e s p u é s de h a b e r sido uno de los a g e n t e s
silencio. Cuando hubo t e r m i n a d o Arístides, ex-
m á s activos del golpe de Estado.
clamó:
Tor una de esas supersticiones d e j u g i d o r , no
—Bien, pero todas las faltas s e r e p a r a n . El p o r -
quiso p r e s e n ' a r s e aquella t a r d e á Eugenio. Volvió
v e n i r es largo.
p u e s l e n t a m e n t e á g a n a r la calle de Santiago
Eugenio p r o n u n c i ó e s t a s p a l a b r a s con acento
p e n s a n d o en su h e r m a n o con s o r d a e n v i d . a , y
tan claro que su h e r m a n o b a j ó la cabeza sintiendo
m i r a n d o su t r a j e usado y c u b i e r t o aun del polvo
en lo m á s hondo d e su s é r su m i r a d a penetrante
del c a m i n o .
y e s c u d r i ñ a d o r a . Después continuó cou r u d a y
Caminaba i r r i t a d o , en medio de s u s s u e ñ o s ,
amistosa f r a n q u e z a :
c o n t r a el a m b i e n t e de aleg.ía que p a r e c í a respi-
—Vienes p a r a q u e t e coloque, ¿ v e r d a d ? Ya mo
r a r la ciudad. J a m á s l u b i a sentido apetitos tan
g r a n d e s d e riqueza. h e a c o r d a d o de tí, pero no he e n c o n t r a d o nada
todavía. Ya c o m p r e n d e r á s q u e n o voy á colocarte
Al o t r o día p o r la m a ñ a n a , estaba ya en casa de
en cualquier sitio. Ilace falta un empleo donie
su h e r m a n o . H a b i t a b a esto dos v a s t a s piezas,
p u e d a s hacer tu negocio sin peligro de n i n g u n o
f r í a s y a m u e b l a d a s a p e n a s , q u e desilusionaron á
de los dos. No t e digo más. E s t a m o s solos y pode-
Arí-tides. E s p e r a b a este h a b a r á Eugenio n a d a n -
mos hablar ciertas c^sas.
do e n la opulencia. Estaba t r a b a j a n d o a n t e u n a
Arístides s o n r i ó .
m e s a n e g r a y p e q u e ñ a , y al v e r e n t r a r á Arísti-
—Yo sé q u e e r e s i n t e l i g e n t e — c o n t i n u ó Euge-
des, se contentó con d e c i r l e l e n t a m e n t e y son-
nio - y q u e n o c o m e t e r á s u n a t o r p e z a . Cuando
riendo:
h a y a una ocasión te colocaré. Si d e aquí á enton-
—¡Eres tú!... Te e s p e r a b a .
ces n e : e s i U s algún d i n e r o ven á p e d í r m e l o .
El f o r a s t e r o estuvo m u y á s p e r o ; acusó á su
Después h a b l a r o n de la i n s u r r e c c i ó n del Medio-
h e r m a n o de h a b e r l e negado hasta los consejos.
día, d o n d e había g a n a d o su p a d r e su especial
No debía p e r d o n a r s e n u n c a , el h a b e r permaneci-
destino.
d o adicto á la r e p ú b l i c a hasta el 2 de Diciembre;
Eugenio vistióse m i e n t r a s h a b l a b a , y ya en l a
esta e r a su c o n t i n u a q u e j a , su e t e r n o remordi-
calle, a n t e s d e s e p a r a i a e d i j o á su h e r m a n o e n
miento.
voz b a j a ;
UNIVEHSIDASi DE NUÉVO LÉÜfc
BIBLIOTECA UN'Q** : 'T -RÍA

"UKjíWÜ KtVES"
üípíiTERftEY. MEXIQ®
 " ' -me

— 64 —
— 65 —
—No p a s e e s m u c h o y e s p e r a t r a n q u i l o en tu
los m e n o r e s indicios del b a n q u e t e de c a r n e c a -
c a s a el e m p ' e o q u e te he p r o m e t i d o . No m e a g r a -
l i e n t e y viva de q u e la villa iba á s e r t e a t r o .
d a r í a ver á mi h e r m a n o h a c i e n d o a s é s a l a s .
Estuvo dos v e c e s en c a s a de su h e r m a n o para
Arístides s e p i l a p o r E u g e n i o c i e r t o r e s p e t o , te-
a c t i v a r su negocio, y a u n q u e E u g e n i o le r e c i b í a
n i é n d o l e como h o m b r e o s a d o , y a u n q u e no le per-
b r u s c a m e n t e , n o d e j a b a d e r e p e t i r l e , sin e m b a r -
d o n a b a s u s d e s c o n f i a n z a s , pero sí su f r a n q u e z a ,
go, q u e n o le olvidaba y q u e e r a p r e c i s o e s p e r a r
e n c a m i n ó s e á e n c e r i a r s e d ó c i l m e n t e en la calle de
aún.
Santiago.
P o r fin llegó á m a n o s de A r í s t i d e s u n a c a r t a e n
T o d o su capital era q u i n i e n t o s f r a n c o s q u e h a -
que le l l a m a b a . E n c o n t r ó á E u g e n i o s e n t a d o c o m o
bí" pedido p r e s t a d o s á su s u e g r o , con los c u a l e s ,
s i e m p r e a n t e su mesilla n e g r a en la v a s t a p i e z a
d e s p u é s de a t e n d e r á los g a s t o s del viaje, m a n t u v o
h e l a d a q u e le s e r v í a d e d e s p a c h o .
u n m e s á su f a m i l i a .
El a b o g a d o al v e r l e , le t e n d i ó un p a p e l di-
Angela e r a m u y g a s t a d o r a , y c r e y ó q u e debía
ciendo:
a d o r n a r su i r a j e de calle con u n a g u a r n i c i ó n d e
— T o m a : a y e r r e c i b í tu c r e d e n c i a l . H a s sido
c i n t a s color de m a l v a . El m e s d e e s p e r a parecíale
n o m b r a d o c o m i s a r i o de vías p ú b l i c a s a g r e g a d o al
i n t e r m i n a b l e á A r í s t i d e s y la i m p a c i e n c i a le a b r a -
A y u n t a m i e n t o . Tu s u e l d o s e r á d e d o s mil c u a t r o -
saba.
cientos f r a n c o s al a ñ o .
A s o m a d o á la v e n t a n a s e n t í a á s u s p i e s la gi-
A r í s t i d e s , sin m o v e r s e , palideció sin a t r e v e r s e
g a n t e s c a a c t i v i d a d de P a r í s , y se a p o d e r a b a de él
á t o m a r el papel, c r e y e n d o q u e su h e r m a n o s e
u n d e s e o i n m e n s o d e a r r o j a r s e en aquel h o r n o
c h a n c e a b a . E s p e r a b a p o r lo m e n o s u n d e s t i n o de
v a s t o p a r a a m a s a r allí su o r o c o m o si fuese blan-
seis mil f r a n c o s .
d a c e r a . A s p i r a b a con delicia a q u e l l a s r á f a g a s va-
Eugenio, a d i v i n a n d o lo q u e p e n s a b a , g i r ó s o b r e
g a s a ú n del n a c i e n t e I m p e r i o , q u e a r r a s t r a b a n y a
su a s i e n t o y c r u z á n d o s e de b r a z o s p r o s i g u i ó :
el olor s e n s u a l d e las a l c o b a s , el de los agios m e r -
— S u p o n g o q u e no s e r á s u n e s t ú p i d o . Tú que-
c a n t i l e s y el c a l o r d e los p l a c e r e s . Le decía su ins-
r í a s d e s d e un p r i n c i p i o t e n e r b u e n a c a s a , q u e r i d a ,
t i n t o q u e la g r a n c a c e r í a d e a v e n t u r a s , de m u j e r e s
c r i a d o s , c o m e r bien... Tú y los q u e c o m o tú sue-
y de millones s e a p r o x i m a b a y sus n a r i c e s se dila-
ñ a n si se les dejase o b r a r á su a n t o j o , v a c i a r í a i s
t a b a n , y su instinto d e a n i m a l h a m b r i e n t o s e n t í a
las a r c a s a n t e s de q u e se llenasen. jBab! ¡ten u n
LA CANA1.LA.—5 TOM* I
p o c o de p a c i e n c i a ! ¡Ya ves como yo vivo; t ó m a t e
al m e n o s el t r a b a j o de b a j a r t e p a r a r e c o g e r una
fortuna!
E u g e n i o s e n t í a p r o f u n d o d e s p r e c i o p o r las i m -
p a c i e n c i a s de su h e r m a n o , y en su r u d o l e n g u a j e
h a b í a n a m b i c i o n e s m á s a l t a s , d e s e o s de p o d e r í o ,
p o r lo cual a q u e l simple apetito p a r e c í a l e p u e r i l y
de mal g u s t o .
Sonriendo irónicamente, a u n q u e con tono m á s
amable prosiguió:
— T u s p r o p ó s i t o s son e x c e l e n t e s y no m e o p o n -
d r é á ellos; los h o m b r e s como tú s o n m u y útiles.
P e r o p o r f a v o r e s p e r a q u e el m a n t e l se e x t i e n d a
s o b r e la m e s a , y si q u i e r e s h a c e r m e caso, t ó m a t e
la molestia de i r á b u s c a r s i q u i e r a tu c u b i e r t o á
la oficina.
A r í s t i d e s no c o n t e s t a b a . Las c o m p a r a c i o n e s d e
su h e r m a n o no p a r e c í a n a g r a d a r l e , y E u g e n i o ,
c e d i e n d o de n u e v o á la c ó l e r a , e x c l a m ó :
— ¡ E r e s u n e s t ú p i d o ! ¿Qué e s p e r a b a s de mí?
¿Qué q u e r í a i s q u e h i c i e s e de tu i l u s t r e p e r s o n a ?
No h a s tenido s i q u i e r a el valor de a c b a r tu ca-
r r e r a , y te h a s e n t e r r a d o en u n a m i s e r a b l e p l a z a
d e c o m i s a r i o de s u b p r e f a c t u r a , llegas á mí con la
d e t e s t a b l e ' r e p u t a c i ó n de r e p u b l i c a n o , ¿y te c r e í a s
ya m i n i s t r o lo m e n o s en c u a n t o l l e g a r a s á Parí.-,?
¡Ya lo sé! tú Lienes un d e s e o feroz de llegar a r r i b a
p o r todos los m e d i o s posibles, y t e n i e n d o en c u e n -
ta tu t e s ó n t e h e h e c h o e n t r a r e n el A y u n t a -
miento.
P ú s o s e e n pie al d e c i r e s t o , y e n t r e g á n d o l e la
credencial, prosiguió:
— T o m a . A l g ú n día m e lo a g r a d e c e r á s . Yo mis-
m o h e escogido el d e s t i n o , p o r q u e s é lo q u e p u e -
des s a c a r de él. Limítate á m i r a r y o i r . M i e n t r a s ,
a c u é r d a t e d e esto: e n t r a m o s e n un período en q u e
todas las f o r t u n a s s o n posibles. Gana mucho
diníro, pero no c o m e t a s ninguna tontería ni
des n i n g ú n e s c á n d a l o , d e lo c o n t r a r i o , te su-
primo.
Esta a m e n a z a p r o d u j o e n A r i s t i d e s el efecto q u e
las p r o m e s a s no h a b í a n l o g r a d o . Su fiebre s e e n -
c e n d i ó de n u e v o a n t e la idea de aquella f o r t u n a de
que su h e r m a n o le h a b l a b a , p a r e c i é n d o l e y a q u e
le d e j a b a ir c o n t r a las m a s a s y d e s p o j a r l a s , c o n
tal que lo hiciese l e g a l m e n t e y s i n r u i d o .
E u g e n i o le e n t r e g ó doscientos f r a n c o s p a r a t e r -
m i n a r el m e s , y p e r m a n e c i ó u n r a t o p e n s a t i v o ,
diciendo p o r fin:
— T e n g o el p r o y e c t o d e c a m b i a r d e n o m b r e y
tú d e b í a s h a c e r lo m i s m o . T e n d r í a m o s así m á s li-
bertad.
—Como q u i e r a s — c o n t e s t ó A r í s t i d e s .
—Yo m e e n c a r g a r é de q u e s e c u m p l a n las f o r -
m a l i d a d e s l e g a l e s . . ¿Quieres l l a m a r t e S i c a i d o t ,
t o m a n d o el apellido d e tu m u j e r ?
 Arístides pareció repetir interiormente silaba
p o r sílaba e s t e apellido.
—No m e a g r a d a - d i j o d e s p u é s — e s m u y p e s a -
do... Seria preciso c o r t a r l o .
—Busca otro pues—repuso Eugenio.
— P r e f e r i r í a S i c a r d s o l a m e n t e . . . A r í s t i d e s Si-
c a r d . . . no s u e n a m a l . . .
D e t ú v o s e un m o m e n t o y al fin e x c l a m ó c o n a i r e
de triunfo:
-¡Ya ¡o he e n c o n t r a d o ! ¡ S a c c a r d l ¡Arístides
S a c c a r d ! Así, con d o s ees ¿eh? ¡ P a r e c e q u e h a y
algo q u e s u e n a á d i n e r o e n e s t e n o m b r e !
Eugenio m i r á b a l e s o n r i e n d o y le d e s p i d i ó al ca-
b o con esta b r o m a c r u e l :
—Me p a r e c e b i e n . ¡Es u n n o m b r e p r o p i o para
g a n a r millones ó p a r a i r á p r e s i d i o ! (1).
Un día d e s p u é s Arístides S a c c a r d t o m a b a pose-
sión d e su e m p l e o en el A y u n t a m i e n t o . C o m p r e n -
diendo q u e su h e r m a n o habría necesitado g r a n
i n f l u e n c i a p a r a q u e le a d m i t i e s e n allí sin e x a m e n .
Entonces comenzó su vida monotona de emplea-
do de c o r t o s u e l d o . A r í s t i d e s y su m u j e r volvie-
r o n á las c o s t u m b r e s de P i a s s a n s , c a y e n d o d e s d e
la a l t u r a de s u s s u e ñ o s d o r a d o s á la t r i s t e r e a l i -
dad de una vida q u e m i r a b a n c o m o u n t i e m p o de
p r u e b a , cuya duración desconocían.
(I) S a c c a r d , un f r a n c é s , «altsador.
S e r p o b r e en P a r í s e s s e r dos v e c e s p o b r e .
Angela, sin e m b a r g o , a c e p t a b a la m i s e r i a con
la i m p a s i b i l i d a d de una m u j e r c l o r ó t i c a y d e j a b a
t r a n s c u r r i r los días, u n a s v e c e s en la cocina y
o t r a s j u g a n d o e n el suelo con s u h i j a , sin acor-
d a r s e ' d e n a d a m i e n t r a s la q u e d a b a una m o n e d a
de v e i n t e sueldos.
A r í s t i d e s , en c a m b i o , r e v o l v í a s e c o l é r i c o c o m o
fiera e n j a u l a d a . Aquellos días f u e r o n p a r a él de
s u f r i m i e n t o s indecibles: s u a m o r p r o p i o h e r i d o
b r o t a b a s a n g r e . E u g e n i o , e n t r e t a n t o , h a b í a lo-
g r a d o un a c t a en el C u e r p o L e g i s l a t i v o , r e p r e s e n -
t a n d o á P i a s s a n s , y e s t e t r i u n f o q u e debía s e r la
b a s e de su f o r t u n a , hacía s u f r i r á A r í s t i d e s . Co-
n o c í a la s u p e r i o r i d a d de su h e r m a n o y no eran
celos s o l a m e n t e lo q u e s e n t í a , sino el no h a b e r
h e c h o en su f a v o r lo q u e h u b i e r a podido fácil-
mente.
En v a r i a s ocasiones, y o b l i g a d o p o r la necesi-
d a d , A r í s t i d e s r e c u r r i ó á su h e r m a n o , y si b i e n
éste no s e n e g ó á d a r l e d i n e r o , e c h á b a l e e n c a r a
al d á r s e l o su f a l t a d e v o l u n t a d , con tal dureza,
que hiriendo vivamente á Arístides, j u r ó desde
a q u e l m o m e n t o no m o l e s t a r á n a d i e .
Los últimos d í a s del m e s , A n g e l a comía pan
duro, suspirando indolentemente, y aquel apren-
d i z a j e c n i e l puso térmiiio a la t e r r i b l e educación
de S a c c a r d .
 En pocos m e s e s , el e m p l e a d o , s e h a b í a conver-
No volvió á s o ñ a r c o n m i l l o n e s llovidos del
tido e n u n cómico p r o d i g i o s o . T o d a la v e r b o s i d a d
cielo, a h o g a n d o t o d a s s u s p a s i o n e s con su vo-
m e r i d i o n a l , se h a b í a d e s p e r t a d o en él y llevaba
l u n t a d de h i e r r o , a c a r i c i a b a u n a idea c o n s t a n t e .
tan lejos el disimulo, q u e s u s p r o p i o s c o m p a ñ e r o s
Al ir d e s d e la calle de S a n t i a g o al A y u n t a m i e n -
del A y u n t a m i e n t o le m i r a b a n c o m o u n a buena
to, s u s t a c o n e s g a s t a d o s r e s o n a b a n sordamente
p e r s o n a , á quien su p a r e n t e s c o con u n d i p u t a d o
s o b r e el p i s o , y t a p a d o con su r a í d o g a b á n , hus- le d e s i g n a b a p a r a o c u p a r un b u e n p u e s t o .
m e a b a s a c a n d o el h o c i c o al a i r e de la calle.
A t r a í a l e aquel p a r e n t e s c o , t a m b i é n la benevo-
En los p r i m e r o s d í a s d e 1857, A r í s t i d e s S a c c a r d
lencia d e s u s jefes, a d q u i r i e n d o u n a especie de
f u é n o m b r a d o I n s p e c t o r de vías p ú b l i c a s , c o n cua-
a u t o r i d a d t á c i t a d e n t r o de su e m p l e o q u e le a b r í a
t r o mil q u i n i e n t o s f r a n c o s .
las p u e r t a s de t o d a s las d e p e n d e n c i a s p a r a meter
El a s c e n s o no p o d i a l l e g a r m á s á t i e m p o . Ange-
la n a r i z e n los e x p e d i e n t e s , sin q u e n a d i e n o t a r a
la desfallecía v i s i b l e m e n t e , y la n i ñ a , Clotilde, es- sus indiscreciones.
t a b a m e d i o a n é m i c a . Arístides h a b í a c o n s e r v a d o
Dos a ñ o s e s t u v o r e c o r r i e n d o los pasillos, d e t e -
su m o d e s t a v i v i e n d a , e v i t a n d o l a s d e u d a s y no
n i é n d o s e c o m o a b s t r a í d o en los n e g o c i a d o s , le-
q u e r i e n d o m e t e r l a s m a n o s en el d i n e r o de los
v a n t á n d o s e v e i n t e v e c e s al día p a r a h a b l a r c o n
d e m á s h a s t a q u e p u d i e r a s e p u l t a r l a s h a s t a el c o d o .
algún compañero, subir ó bajar expedientes y
Así e n g a ñ a b a s u s p r o p i o s i n s t i n t o s y p e r m a n e -
h o j e a r r e g i s t r o s , t o d o lo c u a l h a c í a d e c i r á s u s
cía s i e m p r e e n a c e c h o . Su m u j e r p a r e c í a d i c h o s a colegas:
e n t o n c e s ; c o m p r ó s e a l g u n o s a d o r n o s y comió b i e n
—¡Qué d e m o n i o d e p r o v e n z a l l ¡No p u e d e e s t a r -
t o d o s los d í a s , no e n t e n d i e n d o la silenciosa có-
s e q u i e t o , p a r e c e de azoguel
l e r a de Arístides, q u e e r a la del h o m b r e q u e p e r -
En c a m b i o , s u s í n t i m o s t e n í a n l e p o r u n p e r e z o -
s i g u e sin t r e g u a la solución d e a l g ú n espantoso
so y A r í s t i d e s s e r e í a c u a n d o le c o l g a b a n la f a m a
problema.
de r e g a t e a r sus s e r v i c i o s á la A d m i n i s t r a c i ó n .
S i g u i e n d o A r í s t i d e s los consejos d e su h e r m a n o ,
N u n c a cometió la t o r p e z a de e s p i a r p o r l a s ce-
miraba y escuchaba, y cuando fué á verle p a r a
r r a d u r a s , p e r o tenía u n a m a n e r a d e a b r i r las
d a r l e las g r a c i a s p o r s u a s c e n s o , c o m p r e n d i ó é s t e
p u e r t a s , d e c r u z a r los d e s p a c h o s s i e m p r e con p a -
e n s e g u i d a la revolución q u e en él s e h a b í a o p e r a -
pales en la m a n o , con a i r e a b i e r t o , y p a s o l e n t o ,
do, felicitándole p o r ello.
 q u e no p e r d í a j a m á s u n a p a l a b r a de las c o n v e r s a -
c i o n e s q u e c o n su p r e s e n c i a s o r p r e n d í a .
Aquella f u é s u táctica, q u e le valió el q u e n a d i e
s e fijase en él ni i n t e r r u m p i e s e l a s c o n v e r s a c i o n e s
c u a n d o el a c t i v o f u n c i o n a r i o se deslizaba p o r l a s
o f i c i n a s , p r e o c u p a d o y diligente, O f r e c í a s e t a m -
b i é n á ios c o m p a ñ e r o s p a r a a y u d a r l e s , y si a l g u n o
se r e t r a s a b a en la h o r a , e s t u d i a b a los d o c u m é n t o s
q u e c a í a n b a j o s u inspección, c o n el p r e t e x t o d e
ordenarlos.
T r a b ó a m i s t a d con los d e p e n d i e n t e s de la c a s a ,
t r a t á n d o l e s c o m o de i g u a l á i g u a l , c o n t á n d o l e s
h i s t o r i e t a s y p r o c u r a n d o s u s c o n f i d e n c i a s . Así d e -
cían d e él; «Ese si q u e n o e s o r g u l l o s o » .
Si o c u r r í a a l g ú n e s c á n d a l o , e n t e r á b a s e e n s e g u i -
d a , y en el A y u n t a m i e n t o no h a b í a m i s t e r i o s p a r a
é l . Conocía el p e r s o n a l h a s t a el ú l t i m o mozo y los
p a p e l e s h a s t a l á s n o t a s del a l u m b r a d o de cada
despacho.
P a r a un h o m b r e como Arístides Saccard, ofre-
cía P a r í s e n t o n c e s un espectáculo interesante:
a c a b a b a d e s e r p r o c l a m a d o el I m p e r i o después
del f a m o s o v i a j e e n el cual el p r í n c i p e - p r e s i d e n t e
h a b í a l o g r a d o d e s p e r t a r el e n t u s i a s m o en a l g u n a s
p r o v i n c i a s b o n a p a r t i s t a s . Un g o b i e r n o f u e r t e p r o -
tegía la s o c i e d a d y la l i b r a b a h a s t a de la molestia
d e pe o s a r , y en la t r i b u n a y e n la p r e n s a r e i n a b a
11 Al 6 Ü 3 Í Ó Í
La ú n i c a p r e o c u p a c i ó n de t o d o s c o n s i s t í a en sa-
b e r l a s d i s t r a c c i o n e s que se p r e p a r a b a n p a r a m a -
t a r el tiempo y s e g ú n la e x p r e s i ó n de Eugenio
R o u g o n , P a r í s se s e n t a b a á la m e s a y s o ñ a b a con
c h i s t e s á los p o s t r e s .
Los á n i m o s , c a n s a d o s de política, s e v o l v i e r o n
los n e g o c i o s y á los p l a c e r e s ; los q u e poseían
d e s e n t e r r a b a n su d i n e r o , y los q u e n a d a tenían
b u s c a b a n p o r los r i n c o n e s o l v i d a d o s t e s o r o s . E n
m e d i o del p r o f u n d o silencio del o r d e n , en. la pací-
fica planicie del n u e v o r e i n o , s e e s c u c h a b a n t o d a
s u e r t e de a g r a d a b l e s r u m o r e s , de d o r a d a s p r o m e -
s a s y v o l u p t u o s i d a d e s , p a r e c i e n d o c o m o si se p a -
s a s e a n t e esos l u g a r e s , á t r a v é s d e c u y a s c o r t i -
n a s c u i d a d o s a m e n t e c e r r a d a s , s e e s c u c h a el so-
nido del o r o s o b r e el m á r m o l d e las c h i m e n e a s .
P a r í s iba á c o n v e r t i r s e , p o r o b r a del Imperio
e n la m á s viciosa de las c a p i t a l e s d e Europa.
A q u e l l a legión de a v e n t u r e r o s q u e a c a b a b a n d e ro-
b a r u n t r o n o , pedían u n r e i n a d o de a v e n t u r a s , d e
n e g o c i o s sucios, de c o n c i e n c i a s c o m p r a d a s , de
m u j e r e s v e n d i d a s , de e m b r i a g u e z , en fin; y en la
c i u d a d d o n d e a p e n a s se h a b í a n b o r r a d o l a s h u e l l a s
d e la s a n g r e de Diciembre, c r e c í a , t í m i d a a u n se-
m e j a n t e sed de p l a c e r e s , q u e d e b í a , á la p o s t r e ,
a r r o j a r á l a p a t r i a en el o p r o b i o s o l u g a r de las n a -
ciones corrompidas.
T 3 3 3 é s t o á'cHviriatsa c l a r a m e n t e AristideSj f u e
veía a c e r c a r s e la c r e c i e n t e ola de la e s p e c u l a c i ó n ,
cuya e s p u m a , debía c u b r i r e n b r e v e á todo P a -
r í s . S e g u í a con a t e n c i ó n s u s p r o g r e s o s , viéndose
r e a l m e n t e en el c e n t r o de la lluvia de o r o q u e i b a
á c a e r s o b r e la p o b l a c i ó n .
En s u s c o r r e r í a s p o r los d e s p a c h o s del A y u n -
t a m i e n t o , h a b í a s o r p r e n d i d o el vasto p r o y e c t o de
la t r a n s f o r m a c i ó n q u e i b a á r e a l i z a r s e en P a r í s ,
los p l a n o s de a q u e l l a s d e m o l i c i o n e s , de a q u e l l a s
n u e v a s vías, de a q u e l agio f o r m i d a b l e p r o d u c i d o
p o r la v e n t a de t e r r e n o s é i n m u e b l e s q u e e n c e n -
d í a á P a r í s p o r s u s c u a t r o c o s t a d o s en una b a t a l l a
d e i n t e r e s e s y de lujo r e f i n a d o . Su a c t i v i d a d tuvo
d e s d e e n t o n c e s un objeto. En la oficina se h a b í a
hecho más hablador, más atento que nunca, y su
h e r m a n o , le felicitaba p o r h a b e r p u e s t o t a n p e r -
f e c t a m e n t e en p r á c t i c a s u s c o n s e j o s .
H a c i a los p r i m e r o s d í a s de 1854, S a c c a r d l e con-
fió q u e tenía en e s t u d i o m u c h o s negocios para
cuya realización necesitaría grandes adelantos.
—¡Oh! se b u s c a n — d i j o d e s p u é s de oirle, Eu-
genio.
— Es v e r d a d — h a b í a c o n t e s t a d o Arístides sin
d e m o s t r a r c o n t r a r i e d a d al v e r q u e s u h e r m a n o
r e h u s a b a facilitarle los p r i m ? r o s fondos.
Los p r i m e r o s f o n d o s e r a lo q u e m á s o c u p a b a
su p e n s a m i e n t o . Su p l a n e s t a b a t r a z a d o y lo ma*
d u r a b a l e n t a m e n t e , p e r o los p r i m e r o s miles du
f r a n c o s no s e e n c o n t r a b a n y s u s e s p e r a n z a s hu-
b i e r o n de d i l a t a r s e por a l g ú n t i e m p o .
Ya no m i r a b a con la a r r o g a n c i a d e a n t e s , sino
n e r v i o s a y d e t e n i d a m e n t e , c o m o si en el p r i m e r o
c o n quien t r o p e z a s e h u b i e r a de e n c o n t r a r un p r e s -
t a m i s t a . En la casa, A n g e l a p r o s e g u í a su v i d a
o b s c u r a y feliz, y s u s r i s a s se h a c í a n c a d a vez
m á s j a g u d a s , á m e d i d a q u e aquella ocasión t a r d a b a
en p r e s e n t a r s e .
T e n í a Arístides u n a h e r m a n a e n P a r í s ; S i d o n i a
R o u g ó n , cwsada en P l a s s a u s , con un p a s a n t e de
p r o c u r a d o r . H a b í a s e i n s t a l a d o el m a t r i m o n i o e n
la calle d e S a i n t - I I o n o r é c o n el p r o p ó s i t o d e es-
t a b l e c e r u n c o m e r c i o de f r u t o s del Mediodía, p e r o
c u a n d o la e n c o n t r ó su h e r m a n o , h a b í a desapare-
cido el m a r i d o y el a l m a c é n h a c í a l a r g o tiempo
q u e no existia.
S i d o n i a h a b i t a b a e n la calle del F a b o u r g Pois-
sonniere un reducido entresuelo compuesto de
t r e s piezas y a d e m á s la t i e n d a del piso b a j o ; e r a
esta e s t r e c h a y m i s t e r i o s a y en ella, pretendía
t e n e r u n c o m e r c i o de b l o n d a s y e n c a j e s c o m o al
p a r e c e r lo d e m o s t r a b a n r e t a z o s de g u i p u r e y va-
l e n c i e n n e s , q u e s u s p e n d i d o s de listones d o r a d o s ,
se e x h i b í a n en el e s c a p a r a t e ; p e r o en el interior,
en lo q u e podría l l a m a r s e a n t e c á m a r a , todo esta-
b a r e s p l a n d e c i e n t e y sin el m e n o r vestigio do
mercancía,

T a n t o el e s c a p a r a t e c o m o la p u e r t a estaban
g u a r n e c i d o s d i s c r e t a m e n t e de l i g e r a s c o r t i n i l l a s ,
q u e d a n d o u n a i r e v e l a d o á la t i e n d a , c o m o
pieza d e e s p e r a , q u e se a b r e s o b r e u n t e m p l o des-
conocido, ponía el i n t e r i o r al a b r i g o de las m i r a -
das indirectas.
Decía Sidonia, q u e la disposición d e la casa la
había o b l i g a d o á a l q u i l a r l a t i e n d a y el e n t r e s u e -
lo q u e se c o m u n i c a b a n p o r m e d i o de una e s c a l e r a
e m p o t r a d a en el m u r o . La v e n d e d o r a d e e n c a j e s ,
en e f e c t o , s i e m p r e e s t a b a f u e r a . Se la v e í a e n t r a r
y salir apresuradamente m u c h a s v e c e s al día, y
podía d e d u c i r s e d e s d e luego q u e lo q u e m e n o s la
o c u p a b a e r a el c o m e r c i o de e n c a j e s . Ello es q u e
u t i l i z a b a el e n t r e s u e l o y p a g a b a el a l q u i l e r , con
d i n e r o r e c o g i d o Dios s a b e d o n d e .
En su t i e n d e e i l l a h a b í a v e n d i d o o b j e t o s de
c a o u t c h u c , z a p a t o s , t i r a n t e s , e t c . , luego y sucesi-
v a m e n t e u n n u e v o aceite p a r a h a c e r c r e c e r
cabello, aparatos ortopédicos y unas cafeteras
a u t o m á t i c a s c o n p r i v i l e g i o d e i n v e n c i ó n c u y o éxi-
to f u é b i e n m a l o p o r c i e r t o .
G u a n d o su h e r m a n o f u é á v e r l a , s e d e d i c a b a al
a l q u i l e r de p i a n o s , y t e n í a el e n t r e s u e l o a t e s t a d o
* d e estos i n s t r u m e n t o s ; h a b í a p i a n o s h a s t a en la
a l c o b a , la cual e s t a b a , p o r o t r a p a r t e , decorada
c o n tal c o q u e t e r í a , que d e s e n t o n a b a e n t r e aquel
b f t t l b ü M l i e t n e r e a a U ! que l l e n a b a las otí*«
cKSlom DE NUEVO LEW
ütBdOTECA U W ; » 9 t T , K , ' . ,
_ 77 - "ALFONSO R e m "
1525
. . . MONTERREY MEXICO
h a b i t a c i o n e s . C o n s e r v a b a m e t ó d i c a m e n t e los dos
comercios; los p a r r o q u i a n o s q u e i b a n p o r la m e r -
de
cancía del e n t r e s u e l o , e n t r a b a n y salían p o r u n a
p u e r t a c o c h e r a q u e tenía la c a s a á la calle de
P a p i l l ò n , siendo m e n e s t e r q u e s e c o n o c i e r a el se-
c r e t o d e la e s c a l e r a i n t e r i o r p a r a e s t a r al t a n t o d e l
d o b l e t r á f i c o de la v e n d e d o r a d e e n c a j e s .
En el e n t r e s u e l o , se l l a m a b a la s e ñ o r a T o u c h e ,
que e r a el apellido de su m a r i d o , y e n la m u e s t r a
su n o m b r e propio, lo cual hacía q u e se la cono-
c i e r a g e n e r a l m e n t e p o r S i d o n i a . T e n í a esta t r e i n -
t a y cinco a ñ o s , p e r o se vestía c o n t a l descuido y
e r a t a n poco f e m e n i n a en s u s n e g o c i o s , q u e se la
hubiera creído una vieja.
Vestía s i e m p r e el mismo t r a j e n e g r o r o s a d o e n
l a s c o s t u r a s , a j a d o y deslucido p o r el uso, r e c o r -
d a n d o las t o g a s de los a b o g a d o s usadas en los
t r i b u n a l e s . L l e v a b a un s o m b r e r o t a m b i é n negro,
el q u e b a j a n d o s o b r e la f r e n t e , o c u l t a b a el c a b e l l o ,
y c a l z a d a con g r u e s o s z a p a t o n e s , t r o t a b a p o r l a s
calles con un cestillo al b r a z o , c u y a s a s a s e s t a b a n
r e c o m p u e s t a s con b r a m a n t e .
A q u e l l a cesta q u e j a m á s a b a n d o n a b a , e r a u n
m u n d o en p e q u e ñ o ; c u a n d o la e n t r e a b r í a , salían
d e ella t o d a clase de o b j e t o s , a g e n d a s , c a r t e r a s ,
p a p e l sellado, cuya ilegible e s c r i t u r a d e s c i f r a b a
diestramente.
M Sidonia t e n í a algo del c o r r e d o r y del alguacil,

vivía e n t r e d e s a h u c i o s , e m p l a z a m i e n t o s y p r o v i -
d e n c i a s . Después d e v e n d e r p o r v a l o r d e c i n c o
f r a n c o s de p o m a d a ó e n c a j e s , s e i n s i n u a b a en el
á n i m o del p a r r o q u i a n o , se c o n v e r t í a en a g e n t e d e
n e g o c i o s , se e n c a r g a b a de v i s i t a r á los p r o c u r a d o -
r e s , j u e c e s y a b o g a d o s , é iba de a q u í p a r a allí c o n
s u s l e g a j o s de p a p e l sellado e n el f o n d o de su ces-
ta, durante semanas enteras, tomándose un tra-
b a j o i m p r o b o y e n d o de u n o á o t r o e x t r e m o d e
P a r í s , con s u p a s o igual y m e n u d o , sin tomar
n u n c a un c a r r u a j e .
N a d i e h u b i e r a a d i v i n a d o el p r o v e c h o q u e Sido-
n i a s a c a b a d e s e m e j a n t e oficio. Lo h a c í a , desde
l u e g o , p o r a m o r instintivo á los n e g o c i o s o b s c u -
r o s y á los e n r e d o s , p e r o obtenía m u c h o s b e n e f i -
cios, como e r a n , c o m i d a s en u n a c a s a ú o t r a y
p i e z a s d e u n f r a n c o r e c o g i d a s en d i s t i n t a n p a r t e s .
No o b s t a n t e la v e r d a d e r a g a n a n c i a consistía e n
l a s c o n f i d e n c i a s q u e r e c i b í a de t o d o s y q u e la co-
l o c a b a n s o b r e la p i s t a d e e x t r a ñ o s n e g o c i o s .
Viviendo en las c a s a s a g e n a s y m e t i d a e n los
a p u n t o s de o t r o s , e r a un d e p ó s i t o a n d a n t e de
o f e r t a s y d e m a n d a s . Sabía d o n d e vivía u n a j o v e n
q u e d e s e a b a c a s a r s e en s e g u i d a , d o n d e una fami-
lia q u e n e c e s i t a un p r é s t a m o de mil f r a n c o s , d o n -
d e un p r e s t a m i s t a q u e o f r e c í a f u e r t e s s u m a s c o n
c r e c i d o s i n t e r e s e s ; y sabia cosas' m á s d e l i c a d a s
a ú n , l a s t r i s t e z a s d e u n a s e ñ o r a p á l i d a no c o m -
- 79 —
p r e n d i d a p o r su m a r i d o , los g u s t o s de u n b a r ó n
m u y r i c o aficionado á l a s m u j e r e s y á la b u e n a
m e s a . De u n lado p a r a o t r o l l e v a b a las d e m a n d a s
y las o f e r t a s , a n d a b a d o s l e g u a s p a r a h a c e r q u e
se e n t e n d i e s e n d o s e n e m i g o s i r r e c o n c i l i a b l e s , en-
v i a b a el b a r ó n á c a s a de la s e ñ o r a p á l i d a y tenía
e n fin g r a n d e s n e g o c i o s .
Estos negocios podía c o n f e s a r l o s e n voz m u y
alta; u n l a r g o pleito c u y a p r o s e c u c i ó n la h a b í a
e n c a r g a d o u n a familia n o b l e a r r u i n a d a , y u n a deu- -
d a c o n t r a í d a p o r I n g l a t e r r a e n f a v o r de F r a n c i a ,
del t i e m p o de los E s t u a r d o s , y c u y a s u m a total,
con los i n t e r e s e s c o m p u e s t o s , a s c e n d í a á c e r c a d e
tres billones.
Esta d e u d a e r a su pesadilla. E x p l i c a b a el a s u n t o
con g r a n l u j o d e detalles, y c o n t a b a la historia
a c a l o r a d a m e n t e , i n t e r e s a d a en d e m o s t r a r el as-
pecto legal del pleito. A veces, e n t r e u n a e n t r e -
vista con el a l g u a c i l del j u z g a d o y u n a visita á
u n a a m i g a , v e n d í a u n p a r d e m e t r o s de puntilla ó
alquilaba un p i a n o , a u n q u e estos e r a n n e g o c i o s
p e q u e ñ o s q u e no p o r eso d e s p e r d i c i a b a . Después,
llegaba p r e s u r o s a á su t i e n d a d o n d e una p a r r o -
q u i a n a le h a b í a d a * o cita p a r a v e r una pieza d e
G h a n t d y; llegaba la p a r r o q u i a n a y s e d e s l i z a b a
como u n a s o m b r a en la t i e n d a d i s c r e t a y v e l a d a ,
y no e r a r a r o q u e u n c a b a l l e r o , e n t r a n d o p o r la
p u e r t a c o c h e r a d e la calle P a p i l l o n , f u e s e al mis-
 rao t i e m p o á v e r los p i a n o s d e la s e ñ o r a T o u c h e ,
en el e n t r e s u e l o .
Si no h a c i a f o r t u n a la s e ñ o r a S i d o n i a , no e r a
p o r q u e t r a b a j a s e c i e r t a m e n t e p o r a m o r al a r t e .
Aficionada á los p r o c e s o s , o l v i d a n d o s u s m i s m o s
negocios p o r los de los d e m á s , d e j á b a s e s a q u e a r
p o r los alguaciles, lo c u a l , p o r o t r a p a r t e le p r o -
c u r a b a a l e g r í a s c o n o c i d a s sólo de los l i t i g a n t e s .
D e s a p a r e c í a Sidonia p a r a q u e d a r el a g e n t e d e
negocios. De p e q u e ñ a e s t a t u r a , d e l g a d a , d e s c o l o -
r i d a , vestida c o n a q u e l t r a j e n e g r o q u e p a r e c í a
h e c h o de la toga de u n a b o g a d o , h a b í a s e a c a r t o -
n a d o , p o r d e c i r l o a s í , y al v e r l a t r o t a r á lo l a r g o
de las a c e r a s , s e la h a b r í a t o m a d o p o r un e s c r i -
b i e n t e de n o t a r i o , v e s t i d o de m u j e r .
Tenía su r o s t r o la a m a r i l l e n t a p a l i d e z de papel
sellado, s u s labios e s t a b a n p l e g a d o s s i e m p r e p o r
u n a s o n r i s a a p a g a d a , en t a n t o q u e s u s ojos p a r e -
c í a n n a d a r en el bullicio d e los n e g o c i o s y de las
p r e o c u p a c i o n e s de todo g é n e r o , q u e l l e n a b a n su
c a b e z a d e m o v i m i e n t o s tímidos y d i s c r e t o s , con
c i e r t o v a g o o l o r , a d e m á s , d e c o n f e s o n a r i o y de
g a b i n e t e de c o m a d r o n a ; s e h a c í a á veces dulce y
m a t e r n a l c o m o una r e l i g i o s a , q u e , h a b e n d o r e -
n u n c i a d o á las a f e c c i o n e s d e e s t e m u n d o t i e n e
p i e d a d d e los s u f r i m i e n U s del c o r a z ó n .
J a m á s h a b l a b a de su m a r i d o , ni d e su infancia,
de su familia ni d e s u s i n t e r e s e s . Sólo h a b í a u n a
cosa q u e ella no vendiese, y e s t o , e r a su p e r s o n a ,
p e r o no p o r q u e t u v i e r a e s c r ú p u l o s p a r a h a c e r l o ,
sino p o r q u e n u n c a se le había o c u r r i d o la idea de
tal c o m e r c i o . E r a s e c a c o m o u n a f a c t u r a , f r í a co-
mo el p r o t e s t o d e una letra, i n d i f e r e n t e y r u d a en
el f o n d o corno un c o r c h e t e .
Saccard no p u d o al p r i m e r golpe de v i s t a , y co-
m o r e c i e n llegado, d e s c e n d e r h a s t a las p e l i g r o s a s
p r o f u n d i d a d e s de a q u e l l o s oficios sin n ú m e r o q u e
desempeñaba S i d o n i a , p e r o f u é h a r t o p o b r e la
idea q u e f o r m ó de la i n t e l i g e n c i a de su h e r m a n a ,
cuando, suponiendo versado á A r í s t i d e s en la
ciencia, p o r h a b e r s e g u i d o un c u r s o de D e r e c h o ,
le h a b l ó un día d e los t r e s millones de I n g l a t e r r a
con la g r a v e d a d e x t r a ñ a de q u e s a b í a r e v e s t i r s e
al t r a t a r de e s t e asunto. R e a n u d a d a s no o b s t a n t e
las r e l a c i o n e s de familia, y l l e v a d a d e aquel espí-
r i t u i n q u i s i t i v o q u e la c a r a c t e r i z a b a , Sidonia re-
g i s t r ó con todo e s c r ú p ' i l o los r i n c o n e s d e la casa
de la calle d e S i n t i a g o y e s t u d i ó á Angela c o n u n a
m i r a d a ; sólo c u a n d o s u s i n c e s a n t e s c o r r e r í a s la
l l e v a b a n á aquel b a r r i o , ó c u a n d o experimentaba
la n e c e s i d a d de h a b l a r con a l g u i e n de la e t e r n a
c u e s t i ó n inglesa, y en la cual c r e y ó en s e g u i d a An-
gela, e r a c u a n d o a p a r e c í a p o r la c a s a d e Arís-
tides.
E n t o n c e s la c o r r e d o r a volvía á una idea f a v o r i t a
y h a c í a c o r r e r e! o r o de s u s l a b i o s c o n v e r d a d e r a
LA C A N A L L A . — 6 TOMO I.
 f r i c c i ó n . Aquel e r a el ú n i c o flaco de e s p í r i t u sutil;
calle de P e n t h i c o s e , c r e y ó v e r salir de c a s a de s u
la l o c u r a pacífica e n q u e mecía su e x i s t e n c i a , p e r '
h e r m a n o á Sidonia, y a u n q u e c o r r i ó p a r a alcan-
d i d a p o r lo d e m á s en m i s e r a b l e s tráficos, el m á -
z a r l a , no lo c o n s i g u i ó c o n f u n d i é n d o s e su v u l g a r
gico i n c e n t i v o , en fin, c o n q u e a l u c i n a b a á s u s pa-
c o n t o r n o n e g r o con la m u l t i t u d . S a c c a r d d e t ú v o -
r r o q u i a n o s m á s c r é d u l o s y sencillos. De e s t e mo-
se un i n s t a n t e pensativo, y s e p r o p u s o e s t u d i a r
do, c o n v e n c i d a ella m i s m a , a c a b a b a p o r h a b l a r d e
a t e n t a m e n t e á su h e r m a n a , no t a r d a n d o en c o m -
l o s t r e s billones c o m o de su p r o p i a f o r t u n a , e n
p r e n d e r lo i n m e n s o del t r a b a j o q u e a q u e l s é r de-
c u y a posesión h a b í a n de p o n e r l a t a r d e ó t e m p r a n o
m a c r a d o é indefinido p r e s t a b a . Sintió d e s d e e n -
los t r i b u n a l e s ; idea a n t e la cual a p a r e c í a á los
t o n c e s p o r ella el m á s vivo r e s p e t o , y en verdad
ojos d e s u s c l i e n t e s r o d e a d o d e u n a a u r e o l a m á g i -
no d e s m e n t í a la s a n g r e de los R o u g o n . Vió e n Si-
ca su s o m b r e r i l l o n e g r o , d o n d e se b a l a n c e a b a n
donia a q u e l l a sed i n s a c i a b l e de d i n e r o , aquella
algunas violetas descoloridas, cuyos tallos de
necesidad d e e n r e d o s é i n t r i g a s q u e c a r a c t e r i z a b a
a l a m b r e se veían al d e s c u b i e r t o .
á la f a m i l i a , si bien g r a c i a s á l a s d i s t i n t a s i n d u s -
A n g e l a al o í r l a , a b r í a los ojos d e s m e s u r a d a m e n - t a i a s q u e e j e r c í a , el t e m p e r a m e n t o c o m ú n se veía
te, y v a r i a s v e c e s h a b l ó á su m a r i d o r e s p e c t o de viciado en ella, p r o d u c i e n d o aquel e x t r a ñ o h e r m a -
su c u ñ a d a , d i c i é n d o l e tal v e z q u e un día Sidonia f r o d i t i s m o d e la m u j e r c o n v e r t i d a e n s é r n e u t r o .
les h a r í a ricos; p e r o Arístides s e e n c o g í a d e s d e ñ o -
s a m e n t e de h o m b r o s ; p r e c i s a m e n t e h a b í a v i s i t a d o Cuando tuvo S a c c a r d su p l a n c o n c e b i d o , y deci-

la t i e n d a de Sidonia a q u e l día y no h a b í a e n c o n - dióse á b u s c a r los p r i m e r o s f o n d o s i n d i s p e n s a -

trado más que señales de una quiebra próxima. bles, p e n s ó en s e g u i d a en su h e r m a n a . Sidonia al

Sin e m b a r g o , q u e r i e n d o c o n o c e r la opinión de su e s c u c h a r l e movió la c a b e z a y s u s p i r ó r e c o r d á n d o -

h e r m a n o r e s p e c t o á Sidonia, h a b l ó l e d e ella e n le los t r e s millones, p e r o el e m p l e a d o m u n i c i p a l

c i e r t a o c a s i ó n , p e r o E u g e n i o se limitó á r e s p o n d e r no le t o l e r a b a s e m e j a n t e m a n í a , y c a d a vez q u e

g r a v e m e n t e á las p r e g u n t a s d e S a c c a r d , m a n i f e s - hacía alusión á la d e u d a de los E s t u a r d o s b u r l á -

t á n d o l e q u e no la veía a p e n a s y q u e la j u z g a b a b a s e dé ella, p a r e c i é n d o l e q u e tal d e s v a r í o des-

bastante inteligente, aunque un tanto comprome- h o n r a b a u n a inteligencia t a n p r á c t i c a como la de

tedora. Sidonia.

Esta, q u e e s c u c h a b a con la m a y o r tranquilidad

A l g u n o s d í a s d e s p u é s v o l v i e n d o A r í s t i d e s d e la
las i r o n í a s m á s á g r i a s sin q u e s u s convicciones s e

q u é b r a n t a s e n , p o r ello lo m á s m í n i m o , le explicó
e n t o n c e s con g r a n lucidez q u e no h a l l a r í a q u i e n
le p r e s t a s e u n c u a r t o , c a r e c i e n d o de g a r a n t í a s q u e
o f r e c e r en c a m b i o .
Sostenían e s t a c o n v e r s a c i ó n d e l a n t e de la Bol-
s a , d o n d e Sidonia d e b í a j u g a r s e g u r a m e n t e s u s
e c o n o m í a s : allí, a p o y a d a e n la v e r j a , á la izquier-
da del buzón del c o r r e o , había la c e r t i d u m b r e de
h a l l a r l a h a c i a las t r e s de la t a r d e , y e r a a q u e l el
sitio en el c u a l d a b a a u d i e n c i a á g e n t e s t a n d u d o -
sas é indefinibles como ella. Convencido de que
n a d a podía o b t e n e r e n beneficio de s u s p l a n e s ,
S a c c a r d disponíase ya á s e p a r a r s e de su h e r m a -
n a , c u a n d o con a c e n t o d e s o l a d o d e j ó e s c a p a r e s t a
exclamación:
—¡Si no e s t u v i e r a s c a s a d o !
Lo s i n g u l a r de la f r a s e y lo e x t r a ñ o de la reti-
cencia c u y o s e n t i d o p r e c i s o no quiso i n q u i r i r , d e -
jaron á Saccard profundamente preocupado.
T r a n s c u r r i e r o n los m e s e s sin h a b e r c a m b i a d o
la situación en n a d a . La g u e r r a de C r i m e a a c a b a -
b a de s e r d e c l a r a d a , y P a r í s i n d i f e r e n t e á s u c e s o
t a n r e m o t o se e n t r e g a b a e n b r a z o s de las e s p e c u -
l a c i o n e s y de las m u j e r e s .
Saccard presenciaba aquel delirio creciente
m o r d i é n d o s e los p u ñ o s , y a q u e l e s p e c t á c u l o le im-
p a c i e n t a b a c o l é r i c a m e n t e . Tal e r a la disposición
4 e su e s p í r i t u c u a n d o , no s i n i r r i t a c i ó n y sin s o r -
JhiJ
WFVO l FÜÍI
_ "ALFCftáO fcfts»
^ I Í Z B M O M M Y , M I C 9
p r e s a halló una n o c h e , al v o l v e r á su c a s a á An-
g e l a e n f e r m a y a c o s t a d a . Aquel a c c i d e n t e a c a b ó
de e x a s p e r a r l e . La p o b r e m u j e r q u e j á b a s e t í m i -
d a m e n t e . S e n t í a e s c a l o f r í o s , y el m é d i c o c u a n d o
llegó á v e r l a , m a n i f e s t ó á S a c c a r d en el d e s c a n s o
de la e s c a l e r a , q u e su m u j e r tenía u n a fluxión al
pecho y no r e s p o n d í a de s u v i d a .
Desde e n t o n c e s A r í s t i d e s s e c o n s a g r ó al c u i d a d o
de la e n f e r m a , dejó d e i r á la oficina, y no s e
a p a r t a b a de la c a b e c e r a de la e n f e r m a á q u i e n
m i r a b a con e x p r e s i ó n indefinible c u a n d o , d e v o r a -
da p o r la fiebre y con la r e s p i r a c i ó n fatigosa caía
en un l e t a r g o . Sidonia á p e s a r de s u s n u m e r o s a s
o b l i g a c i o n e s , halló medio de ir t o d a s las n o c h e s á
y
p r e p a r a r las tisanas, c u y a v i r t u d p r e t e n d í a ser
m a r a v i l l o s a , p u e s unía á s u s d e m á s p r o f e s i o n e s la
de e n f e r m e r a p o r v o c a c i ó n , e n c o n t r a n d o u n sin-
g u l a r placer en el d o l o r a j e n o , e n las e s t a n c i a s de
los e n f e r m o s e s c u c h a n d o l a s c o n v e r s a c i o n e s c o m -
p u n g i d a s q u e se e n t a b l a n en voz b a j a en t o r n o
del lecho de los m o r i b u n d o s . A d e m á s , parecía
s e n t i r una t i e r n a a m i s t a d p o r A n g e l a : p r o c u r a b a
h a c e r s e a g r a d a b l e s i e m p r e á las m u j e r e s e n a m o -
r a d a s , con mil f r u s l e r í a s , sin d u d a p o r el p l a c e r
q u e p r o p o r c i o n a n á los h o m b r e s ; las t r a t a b a c o n
la d e l i c a d a a t e n c i ó n con q u e el c o m e r c i a n t e m i r a
los objetos p r e c i o s o s de su a n a q u e l e r í a ; las llama-
b a « q u e r i d a m í a , h e r m o s a mía» y l a s arrullaba
 c o m o u n e n a m o r a d o . A u n q u e de Angela no espe-
r a b a s a c a r n a d a , la m i m a b a c o m o á las d e m á s ,
p o r c o s t u m b r e , y así c u a n d o la j o v e n c a y ó e n f e r -
m a , las e f u s i o n e s de su c u ñ a d a s e h i c i e r o n m á s
t i e r n a s , l l e n á n d o l a de a t e n c i o n e s y c u i d a d o s , q u e
A r í s t i d e s m i r a b a a b s o r t o y a b i s m a d o en un d o l o r
mudo y profundo.
La e n f e r m e d a d en t a n t o se a g r a v a b a y u n a no-
che, el m é d i c o les confesó q u e la e n f e r m a no sal-
d r í a d e la m a d r u g a d a . Sidonia había l l e g a d o t e m -
p r a n o y se m o s t r a b a p r e o c u p a d a , m i r a n d o á su
h e r m a n o y á Angela a l t e r n a t i v a m e n t e , con a q u e -
llos ojos opacos, d o n d e b r i l l a b a a l g u n a luz de v e z
e n c u a n d o : y así q u e el m é d i c o h u b o salido, tem-
pló la c l a r i d a d d e la l á m p a r a , q u e d a n d o t o d o e n
silencio.
P a r e c í a s e n t i r s e llegar la m u e r t e en aquella h a -
bitación c a l i e n t e y h ú m e d a d o n d e la r e s p i r a c i ó n
i r r e g u l a r de la m o r i b u n d a r e m e d a b a el tic-tac del
p é n d u l o q u e s e v a p a r a n d o . Sidonia h a b í a a b a n -
d o n a d o las pócimas; s e n t a d a al lado d e la c h i m e -
n e a , j u n t o á su h e r m a n o , quien a t i z a b a con m a n o
febril la l u m b r e , a r r o j a n d o s o b r e el lecho d o n d e
e s p i r a b a Angela m i r a d a s i n v o l u n t a r i a s .
Saccard enervado por aquella pesada atmósfe-
r a , e n t r ó en la h a b i t a c i ó n vecina, donde había
e n c e r r a d o á Clotilde, quien j u g a b a con s u s m u ñ e -
c a s s o b r e la a l f o m b r a . L a n i ñ a s o n r e í a á su p a -
d r e , c u a n d o e n t r ó Sidonia, y le c o n d u j o á un ex-
t r e m o de la h a b i t a c i ó n p a r a h a b l a r l e en voz b a j a .
La p u e r t a h a b í a q u e d a d o a b i e r t a y !se percibía el
e s t e r t o r de Angela.
—¿lías oído lo q u e h a dicho el médico?—dijo la
c o r r e d o r a . — T u p o b r e m u j e r . . . c r e o q u e todo h a
concluido.
S a c c a r d inclinó la c a b e z a sin c o n t e s t a r .
— E r a m u y b u e n a , — p r o s i g u i ó Sidonia h a b l a n d o
de Angela c o m o si y a h u b i e s e m u e r t o . — P o d r á s
encontrar o t r a m á s de m u n d o , m á s r i c a , p e r o
n u n c a un c o r a z ó n c o m o el s u y o .
Y como c a l l a s e p a r a e n j u g a r s e los ojos, pare-
ciendo b u s c a r u n a t r a n s i c i ó n , p r e g u n t ó Saccard
sin r o d e o s :
— ¿ T i e n e s algo q u e d e c i r m e ?
—Sí... Me he o c u p a d o de lo q u e s a b e s , y m e pa-
rece haber encontrado... P e r o no es ahora oca-
sión... t e n g o el c o r a z ó n d e s t r o z a d o .
Enjugóse otra vez los ojos. D e s p u é s prosi-
guió:
— E s u n a m u c h a c h a que q u i e r e n c a s a r en segui-
d a . . . Ha s u f r i d o la p o b r e un c o n t r a t i e m p o y t i e n e
u n a tía q u e h a r i a u n s a c r i f i c i o . . .
I n t e r r u m p i ó s e de n u e v o g i m o t e a n d o , llorando
c a d a f r a s e como si e s t u v i e r a dol é n d o s e de la in-
f o r t u n a d a A n g e l a . Era esto u n r e c u r s o p a r a i m p a -
c i e n t a r á su h e r m a n o y o b l i g a r l e á preguntar,
 p a r a no c a r g a r con t o d a la r e s p o n s a b i l i d a d del
asunto. —¿Y la familia, es r i c a y h o n r a d a ?
—De la clase m e d i a . El p a d r e ha sido m a g i s t r a -
A r i s t i d e s ya i m p a c i e n t e , dijo:
d >. Muy bonita f o r t u n a .
—¡Bueno, acaba! ¿Por qué quieren casar á esa
chica? —¿De c u á n t o s e r á el sacrificio de la tía?
—Cien mil f r a n c o s .
- V e r á s , r e c i é n salida del c o l e g i o - p r o s i g u i ó Si-
Callaron. Ya no l l o r a b a Sidonia. Se t r a t i b a de
d o m a - l a p e r d i ó un h o m b r e , en el c a m p o , en c a s a
u n negocio y su t o n o a d q u i r í a las n o t a s m e t á l i c a s
de los p a d r e s de u n a de s u s a m i g a s . El p a d r e s e
de la v e n d e d o r a q u e r e g a t e a b a su mercancía.
h a e n t e r a d o . . . la q u e r í a m a t a r . . . La tía p o r s a l v a r
A r i s t i d e s la c o n t e m p l a b a silencioso. Después p r e -
* la p o b r e n i ñ a , se h a c o n v e r t i d o e n su cómplice
guntó:
y e n t r e Us dos h a n f o r j a d o una h i s t o r i a q u e h a n
r e f e r i d o al p a d r e , d i c i é n d o l e que el c u l p a b l e es u n —¿Y tú, qué q u i e r e s ?

m u c h a c h o h o n r a d o q u e no q u i e r e m á s q u e r e p a - —¡Oh! Ya v e r e m o s , — c o n t e s t ó ella.—Ya m e s e r -
r a r su f a l t a . v i r á s á t u vez algún día.
Y como S a c c a r d v o l v i ó s e á su silencio, le pre-
- ¿ B i e n , y el h o m b r e del c a m p ó s e c a s a r á con
g intó sin r o d e o s :
Ja m u c h a c h a ? r e p u s o S a c c a r d e n t r e e n o j a d o y
sorprendido. —Díme lo q u e d e c i d e s . Esas p o b r e s m u j e r e s es-
t in c o m p l e t a m e n t e d e s o l a d a s y q u i e r e n i m p e d i r á
—No... e s c a s a d o .
t o d a costa el e s c á n d a l o . M a ñ a n a , s e g ú n le h a n p r o -
A estas p a l a b r a s sucedió un silencio. El e s t e r t o r m e t i d o , c o n f e s a r á n al p a d r e el n o m b r e del culpa-
d e Angela s e e s c u c h a b a m á s d o l o r o s o , la n i ñ a
ble. Si a c e p t a s voy á e n v i a r l e s e n s e g u i d a una
Clotilde había d e j a d o s u s m u ñ e c a s y m i r a b a á Si-
tarjeta tuya.
dorna con ojos m u y a b i e r t o s , y S a c c a r d sin re-
S a c c a r d p a r e c í a d e s p e r t a r de u n s u e ñ o o y e n d o
p a r a r en n a d a c o m e n z ó á p r e g u n t a r e n tono
á su h e r m a n a . Visiblemente a g i t a d o s e volvió n e r -
breve:
vioso hacia la h a b i t a c i ó n de la e n f e r m a , d o n d e le
—¿Qué e d a d tiene la chica?
había parecido e s c u c h a r un ligero r u i d o .
—Diez y n u e v e a ñ o s .
—Bien s a b e s q u e no p u e d o . . . — d i j o al fin c o n
— ¿ C u a n t o tiempo el e m b a r a z o ?
angustia.
— T r e s meses... sin d u d a a b o r t a r á .
S i d o n i a le c o n t e m p l a b a fijamente con a i r e frío
 y desdeñoso. La s a n g r e d e Jos R o u g o n , con s u s
d e s o r d e n a d o s y a r d i e n t e s a p e t i t o s le s u b í a hasta
la g a r g a n t a . P o r fin A r í s t i d e s tomó de la c a r t e r a
u n a t a r j e t a y la e n t r e g ó á s u h e r m a n a , q u e se
a p r e s u r ó á g u a r d a r l a e n un s o b r e , d e s p u é s de r a s -
p a r c u i d a d o s a m e n t e las s e ñ a s .
Después b a j ó á la calle. E r a n a p e n a s las n u e v e
de la n o c h e .
S a c c a r d q u e d ó solo, y sin s a b e r lo q u e h a c í a ,
f u é á a p o y a r su í r e n t e a b r a s a d a s o b r e los h e l a d o s
Vidrios del b a l c ó n , o l v i d á n d o s e de c u a n t o le r o -
d e a b a , h a s t a el p u n t o d e p o n e r s e á t o c a r con los
d e d o s s o b r e el c r i s t a l la r e t r e t a .
La n o c h e e r a t a n o b s c u r a q u e e x p e r i m e n t a n d o
u n e x t r a ñ o m a l e s t a r , a p a r t ó s e del balcón y volvió
m a q u i n a l m e n t e á la habitación d o n d e Angela espi-
r a b a . En medio de s u s f e b r i l e s p e n s a m i e n t o s , ha-
b í a s e o l v i d a d o de s u m u j e r , y al e n c o n t r a r l a in-
c o r p o r a d a á m e d i a s s o b r e la a l m o h a d a , s u f r i ó u n a
s a c u d i d a t e r r i b l e . T e n í a los ojos m u y a b i e r t o s y
p a r e c í a q u e u n a oleada de v i d a h a b í a vuelto á ani-
m a r l a , c o l o r e a n d o s u s mejillas, y s u s labios tré-
m u l o s y d e m a c r a d o s . L a n i ñ a en tanto, s e n t a d a
a h o r a en el b o r d e d e la c a m a de su m a d r e , hasta
d o n d e se h a b í a d e s l i z a d o , j u g a b a o t r a vez con s u s
muñecas.
A n t e la p r e s e n c i a de A n g e l a , m o m e n t á n e a m e n t e
r e a n i m a d a , S a c c a r d , vió y a p o r t i e r r a su s u e ñ o , y
u n a idea c r i m i n a l c r u z ó p o r su m ^ n t e y d e b i ó r e -
flejarse en su m i r a d a . La p o b r e Angela q u i s o vol-
v e r s e c a r a á la p a r e d p a r a no v e r á su m a r i d o ,
p e r o la m u e r t e s e a c e r c a b a y a q u e l r e l á m p a g o de
vida e r a la última l l a m a r a d a de la l á m p a r a q u e s e
e x t i n g u e . No p u d o m o v e r s e , y s i e m p r e c o n los
ojos a b i e r t o s y fijos e n su m a r i d o p a r e c í a c o m o si
vigilase s u s movimientos. Este, q u e había c r e i d o
p o r un m o m e n t o e n u n a m i l a g r o s a resurrección
ideada p o r el d e s t i n o por a p l a s t a r l e , s e tranquili-
zó al fin viendo q u e la q u e d a b a n p o c o s m o m e n t o s
de v i d a .
Los ojos de la m o r i b u n d a r e v e l a b a n q u e h a b í a
oído la c o n v e r s a c i ó n de Sidonia c o n su m a r i d o , y
q u e t e m í a q u e la e x t r a n g u l a s e sino m o r í a b a s t a n -
te p r o n t o . R e s p l a n d e c í a en s u s ojos a u n la t e r r i b l e
a d m i r a c i ó n de u n a l m a dulce é i n o f e n s i v a , a n t e
quien en su h o r a p o s t r e r a , se d e s c o r r e el velo q u e
c u b r e las infamias del m u n d o , e s t r e m e c i é n d o s e al
p e n s a r los a ñ o s q u e había p a s a d o al lado d e un
\ miserable.
L e n t a m e n t e su m i r a d a f u é t o r n á n d o s e d u l c e sin
m a n i f e s t a r s e t e m o r en e l l a . Tal vez d i s c u l p a b a al
c u l p a b l e p e n s a n d o en la feroz l u c h a q u e t a n t o
tiempo s o s t e n í a co < la f o r t u n a .
S a c c a r d , p e r s e g u i d o p o r aquella m i r a d a q u e iba
a p a g á n d o s e poco á poco, b u s c a b a los r i n c o n e s
m á s sombríos p a r a librarse de ella. Luego, con
 r e p u g n a n t e cinismo, y q u e r i e n d o o l v i d a r su pe<a-
didas y e x t e n d i ó c u i d a d o s a m e n t e u n p a ñ u e l o so-
dilla, adelantóse has.a el r a d i o l u m i n o s o de la
b r e el r o s t r o de la m u e r t a . D e s p u é s , a c o m o d á n -
l á m p a r a como si f u e s e á h a b l a r , p e r o Angela le
dose en u n a b u t a c a , d u r m i ó t r a n >uilame..te h a s t a
Sena d e c a
" a r a y continuó mirándole con la m a ñ a n a .
suprema angustia mezclada de reproche y de
S a c c a r d pasó la n o c h e en la pieza inmediata,
perdón.
e x t e n d i e n d o p a p e l e t a s de defunción, interrum-
A r i s t i d e s , c o m o p a r a s i n c e r a r s e , s e inclinó h a -
p i é n d o s e con f r e c u e n c i a en su t a r e a , y o l v i d á n d o -
cia C l o t i l d e p a r a s a c a r l a de aquella h a b i t a c i ó n ,
se de lo q u e hacía, a l i n e a b a en un p a p e l c o l u m n a s
p e r o la m o r i b u n d a q u e r í a v e r l a h a s t a el último
de g u a r i s m o s .
m o m e n t o exigiendo q u e p e r m a n e c i e s e allí c o n u n
leve m o v i m i e n t o . La m i s m a t a r d e del e n t i e r r o c o n d u j o Sidonia á
su h e r m a n o al e n t r e s u e l o d e su t i e n d a , d o n d e to*
La p o b r e Angela s e e x t i n g u í a l e n t a m e n t e , sin
marón grandes resoluciones, decidiendo enviar á
s e p a r a r d e su e s p o s o la m i r a d a , c a d a vez m á s
la n i ñ a con uno de s u s h e r m a n o s , P a s p u a l , m é d i c o
dulce, á m e d i d a q u e palidecía el r o s t r o del mise-
en P l a s s a n s , q u e vivía, s o l t e r o , c o n s a g r a d o á la
r a b l e , á q u i e n p e r d o n ó en su ú l t i m o s u s p i r o , m u -
r i e n d o c o m o h a b í a vivido, t r a n q u i l a m e n t e , d e s v a - ciencia y á quien h a b i a ofrecido muchas veces

n e c é n d o s e en la m u e r t e d e s p u é s d e h a b e r s e d e s -
v a n e c i d o en v i d a .
Saccard permaneció tembloroso ante aquellos
ojos m u e r t o s q u e le m i r a b a n a ú n , m i e n t r a s Ja
n i n a m e c í a d u l c e m e n t e á su m u ñ e c a e n v u e l t a e n
u n trozo de la s á b a n a q u e s e r v í a á Angela de s u -
dario.
Al r e g r e s o de S i d o n i a todo h a b i a concluido.
H a b i t u a d a á estos t r a n c e s , c e r r ó h á b i l m e n t e l o s
ojos de A n g e l a , y d e s p u é s de h a b e r a c o s t a d o á la
p e q u e ñ a , p r e p a r ó en u n m o m e n t o la c á m a r a m o r -
t u o r i a . Colocó s o b r e la c ó m o d a dos b u j í a s e n c e n -
d e j a r l e á Clotilde p a r a q u e le a c o m p a ñ a r a u n a
temporada.
Sidonia a c o n s e j ó á A r i s t i d e s q u e no p e r m a n e -
ciese p o r m á s t i e m p o e n la calle de S a n t i a g o ,
p a r a lo c u a l le a l q u i l a r í a p o r m e s e s una h a b i t a -
ción e l e g a n t e m e n t e a m u e b l a d a c e r c a del A y u n t a -
m i e n t o , p r o c u r a n d o q u e f u e s e e n u n a c a s a de v u l -
g a r a p a r i e n c i a á fin de q u e no d e s e n t o n a r a con s u
posición. R e s o l v i e r o n v e n d e r los m u e b l e s de la
calle d e S a n t i a g o , p a r a b o r r a r h a s t a el ú l t i m o r e -
c u e r d o del p a s a d o , y t r e s días d e s p u é s , f u é envia-
d a Clotilde á P l a s s a n s , a c o m p a ñ a d a p o r u n a s e ñ o -
r a q u e iba al Mediodía. universidad DE NUEVO UQt*
BIBLIOTECA .T-Ri*
"ALFONSO BnUS"
.,,«, 1625M0NTERREY.ME»»
 T r a n s f o r m a d o Arístides d u r a n t e aquellos tres
d í a s p o r las p r i m e r a s s o n r i s a s de la f o r t u n a , f u é
á o c u p a r e n Marais, calle P a y e n n o , e n una c a s a
r e s p e t a b l e , u n a linda h a b i t a c i ó n d e cinco piezas.
Aquella h a b i t a c i ó n h a b í a p e r t e n e c i d o á un s a c e r -
dote joven, que había partido inopinadamente
p a r a Italia, d e j a n d o e n c a r g a d o q u e b u s c a s e un in-
quilino, á s u c r i a d a , a m i g a de S i d o n i a , q u e e r a
algo a f i c i o n a d a á las g e n t e s d e iglesia y á los c u -
r a s e s p e c i a l m e n t e , c o m o lo e r a á las m u j e r e s , e s -
t a b l e c i e n d o q u i z á s u n a c i e r t a a n a l o g í a e n t r e las
s o t a n a s y las f a l d a s d e s e d a .
S a c c a r d e s t a b a d e s d e el p r i m e r m o m e n t o dis-
p u e s t o á todo; t r a z a d o su c a m i n o e s p e r a b a deci-
dido t o d a s l a s d i f i c u l t a d e s y p e l i g r o s d e la s i t u a -
ción a c e p t a d a .
Sidonia h a b í a r e f e r i d o en p o c a s p a l a b r a s el su-
ceso de la familia B e r a n d , c u y o j e f e el s e ñ o r B e -
r a n d Du Ghatel, a n c i a n o r e s p e t a b l e , e r a el último
r e p r e s e n t a n t e d e u n a a n t i g u a familia de la c l a s e
m e d i a , c u y o s b l a s o n e s se r e m o n t a b a n m á s allá
q u e los d e ^muchas f a m i l i a s n o b l e s . Uno de s u s
antepasados h a b í a sido c o m p a ñ e r o de Esteban
Marcel, en 1793 s u p a d r e h a b í a m u e r t o en el ca-
d a l s o , d e s p u é s de h a b e r v i t o r e a d o la República
con todo el e n t u s i a s m o de q u e e r a capaz la b u r -
guesía de P a r í s ; él m i s m o e r a u n o de a q u e l l o s
r e p u b l i c a n o s d e E s p a r t a , s o ñ a n d o s i e m p r e con u n
g o b i e r n o j u s t o y q u e i n t e r p r e t a s e b i e n la l i b e r t a d .
En el d e s e m p e ñ o de la m j g i s t r a t u r a h a b í a a d q u i -
r i d o la r i g i d e z del c a r g o , p r e s e n t a n d o su d i m i s i ó n
de P r e s i d e n t e d e Sala en 1851, c u a n d o el golpe de
E s t a d o , d e s p u é s de r e h u s a r s e r m i e m b r o d e aque-
llas comisiones mixtas q u e tanto d e s h o n r a r o n á la
magistratura de Francia. Desde e u t o n c e s vivió
r e t i r a d o e n u n hotel d e la isla de S a n Luis, c a s i
fronterizo al hotel L a m b e r t , su mujer había
m u e r t o j o v e n , y acaso a l g ú n d r a m a s e c r e t o a ñ a -
día g r a v e d a d al r o s t r o del m a g i s t r a d o .
B e r a n d tenía y a u n a n i ñ a de o c h o a ñ o s , lla-
m a d a R e n a t a , c u a n d o s u m u j e r m u r i ó , al d a r á
luz la s e g u n d a , q u e se l l a m ó Cristina, y á quien
r e c o g i ó u n a h e r m a n a del s e ñ o r B e r a n d , c a s a d a
con el n o t a r i o A u b e r a t .
R e n a t a f u é e n v i a d a á u n c o n v e n t o p a r a s u edu-
c a c i ó n , y la s e ñ o r a A u b e r l a t , q u e no tenia hijos y
s e n t í a p o r C r i s t i n a u n a t e r n u r a m a t e r n a l , la r e -
t u v o y educó á su l a d o . H a b i e n d o m u e r t o su m a -
r i d o , llevó la n i ñ a á su p a d r e , y s e decidió á v i v i r
e n t r e aquel a n c i a n o silencioso y a q u e l l a r u b i a
s o n r i e n t e , q u e d a n d o o l v i d a d a R e n a t a e n el co-
legio.
D u r a n t e l a s v a c a c i o n e s , sin e m b a r g o , Renata
a r m a b a tal e s t r é p i t o en el s o m b r í o h o t e l , que s u
tía q u e d a b a t r a n q u i l a c u a n d o la devolvía á la Vi-
s i t a c i ó n , d o n d e e s t a b a de p e n s i o n i s t a d e s d e los
 oeho a ñ o s , y d o n d e p e r m a n e c i ó h a s t a los diez y
n u e v e , s a l i e n d o d e allí p a r a p a s a r u n a t e m p o r a d a
en c a s a de los p a d r e s de su a m i g a Adelina, que
p o s e í a n una h e r m o s a p r o p i e d a d en el N i v e r n a i s .
C j a n i l o en el m e s d e O c t u b r e volvió á la c a s a de
su p a d r e , la tía Isabel q u e d ó a s o m b r a d a al en-
contrarla grave y profundamente triste.
C i e r t a n o c h e la e n c o n t r ó s o l l o z a n d o en el lecho,
en u n a crisis de a g u d o d o l o r , y e n el a b a n d o n o
de su d e s e s p e r a c i ó n r e f i r i ó l a u n a h i s t o r i a d o l o r o -
sa: u n h o m b r e de c u a r e n t a años, r i c o , c a s a d o , y
c u y a m u j e r j o v e n y e n c a n t a d o r a estaba allí, la
h a b í a f o r z a d o en el c a m p o , sin q u e o s a r a ni p u -
d i e r a d e f e n d e r s e . E s t a confesión llenó de t e r r o r á
la tía Isabel, y a c u s á b a s e c o m o si h u b i e r a sido
cómplice en la d e s g r a c i a , d e s u predilección por
Cristina, p u e s si a c a s o h u b i e r a v e l a d o i g u a l m e n t e
p o r R e n a t a , la p o b r e n i ñ a no h u b i e r a sucum-
bido.
Atormentada por aquel remordimiento, amparó
á la c u l p a b l e , t e m p l ó la c ó l e r a del p a d r e , é i n v e n -
tó solícita el e x t r a ñ o p r o y e c t o del m a t r i m o n i o c o n
el cual le p a r e c í a a r r e g l a r t o d o , d e s a g r a v i a r al
p a d r e y h a c e r e n t r a r á R e n a t a en el m u n d o de las
mujeres honradas.
N u n c a se pudo a v e r i g u a r como había llegado á
oídos d e Sidonia a q u e l b u e n negocio y c o m o la
h o n r a d e a q u e l l a n o b l e c a s a h a b í a ido á p a r a r al
c e s t i l l o de la c o r r e d o r a . La tía Isabel a c a b ó p o r
creerse obligada á aquella señora tan humilde y
t a n a m a b l e , q u e p a r e c í a t a n i n t e r e s a d a en la d e s -
g r a c i a de R e n a t a , h a s t a el e x t r e m o d e b u s c a r l a
u n e s p o s o e n su familia.
La p r i m e r a e n t r e v i s t a d e S a c c a r d y la t í a I s a -
bel, s e c e l e b r ó en la c a l l e del F a b o u r g P o i s s o n -
n i è r e . A r i s t i d e s , q u e h a b i a llegado p o r la p u e r t a
c o c h e r a d e la calle de P a p i l l o n , c o m p r e n d i ó al v e r
v e n i r á la s e ñ o r a A u b e r t o t por la e s c a l e r a de la
t i e n d a la i n g e n i o s a c o m b i n a c i ó n d é l a s dos en-
tradas.
M a n t ú v o s e d i s c r e t o e n la c o n f e r e n c i a , y t r a t ó
del m a t r i m o n i o con s u m o t a c t o , c o m o u n o de t a n -
tos n e g o c i o s . L a tía I s a b e l , m u y c o n m o v i d a , b a l -
b u c e a b a s i n a t r e v e r s e á n o m b r a r los cien mil
francos que tenía ofrecidos.
Aristides, c o n el t o n o de u n a b o g a d o q u e h a b l a
del a s u n t o de un cliente, f u é el p r i m e r o en a b o r -
d a r la c u e s t i ó n : s e g ú n él, cien mil f r a n c o s e r a u n a
c a n t i d a d r i d i c u l a p a r a él m a r i d o de la señorita
R e n a t a , y su s e ñ o r p a d r e d e s p r e c i a r í a d e s d e luego
u n y e r n o p o b r e , e c h á n d o l e en c a r a quizá de ha-
b e r seducido á su hija p o r su dote, y esto en ver-
d a d , no e r a c o r r e c t o . L a tía I s a b e l d e s l u m b r a d a
p o r el t o n o enfático y culto de S a c c a r d , p e r d i ó la
cabeza y consintió en d o b l a r la s u m a , al oirte de-
c l a r a r q u e , con m e n o s de d o s c i e n t o s mil f r a r c o s ,
T0M0 L
LA CANALLA.—T
 n o s e a t r e v e r í a á p e d i r l a en m a t r i m o n i o . La s e ñ o -
r a Aubertot partió t u r b a d a y sin s a b e r qué pen-
s a r d e a q u e l h o m b r e que t e n í a s e n t i m i e n t o s d e
d i g n i d a d tan e n c o n t r a d o s .
Llegó d e s p u é s la v i s i t a oficial d e l a s e ñ o r a á
A r í s t i d e s , en su h a b i t a c i ó n d e l a c a l i e P a y e n n e ,
y a en n o m b r e del s e ñ o r B e r a n d . Había é s t e r e h u -
sado ver á .aquel h o m b r e » c o m o l l a m a b a al se-
d u c t o r d e su h i j a , m i e n t r a s la b o d a n o se h u b i e s e
c e l e b r a d o . La tía I s a b e l llevaba y a p l e n o s p o d e r e s
y p a r e c i ó c o m p l a c e r l a el l u j o r e l a t i v o del e m p l e a -
do, en quien t e m í a e n c o n t r a r u n h o m b r e g r o s e r o
y o r d i n a r i o . S a c c a r d la r e c i b i ó vestido con un
elegante t r a j e de casa. Entonces entraba Arístides
j u s t a m e n t e en el n ú m e r o de a q u e l l o s a v e n t u r e r o s
del 2 d e D i c i e m b r e q u e , d e s p u é s d e p a g a d a s s u s
deudas, a r r o j a b a n sus prendas deterioradas y se
a f e i t a b a n l a s b a r b a s d e o c h o días, c o n v i r t i é n d o s e
en hombres elegantes.
C o n v e r s ó g a l a n t e m e n t e c o n la s e ñ o r a A u b e r t o t ,
y c a m b i a n d o d e t á c t i c a , m o s t r ó s e lleno d e d e s i n -
t e r é s en t o d o s los p u n t o s q u e se t r a t a r o n , y c u a n -
d o se h a b l ó del c o n t r a t o , m o s t r ó / c o n u n e x p r e s i v o
g e s t o , q u e a q u e l l o le d a b a poco q u e p e n s a r . Ocho
d í a s l l e v a b a h o j e a n d o el Código, m e d i t a n d o cues-
tión t a n g r a v e , de l a c u a l d e p e n d í a t o d o su p o r -
venir.
-Acabemos,-dijo,-esta desagradable cues-
t i ó n d e i n t e r e s e s . Yo opino q u e la s e ñ o r i t a R e n a t a
debe quedar siendo dueña de su f o r t u n a y yo de
la m í a .
La s e ñ o r a A u b e r t o t a p r o b ó la i d e a , q u e n o es-
p e r a b a c i e r t a m e n t e , t e m b l a n d o p o r su s o b r i n a , si
éste h u b i e r a q u e r i d o m e t e r la g a r r a en l a dote d e
Renata.
— L a f o r t u n a d e m i h e r m a n o , — d i j o e n fin la se-
ñ r a , - c o n s i s t e la m a y o r p a r t e e n p r o p i e d a d e s é
i n m u e b l e s , y n o le c r e o c a p a z d e c a s t i g a r á s u
h i j a d e s h e r e d á n d o l a . Así p u e s , l a h a c e e n t r e g a d e
u n a finca s i t u a d a en S o l o g n e . v a l u a d a e n d o s c i e n -
tos mil f r a n c o s , y d e u n a c a s a , en P a r í s , cuyo va-
lor asciende á otra cantidad casi igual.
A r í s t i d e s , q u e veía c o l m a d a s s u s esperanzas,
casi q u e d ó d e s v a n e c i d o al e s c u c h a r e s t o , v o l v i é n -
dose á m e d i a s p a r a o c u l t a r la o l e a d a d e s a n g r e
q u e le s u b í a al r o s t r o .
—Todos estos bienes,—prosiguió la tía,—suman
unos q u i n i e n t o s mil f r a n c o s , p e r o c r e o d e m i obli-
gación n o o c u l t a r l e q u e la p r o p i e d a d d e la S o l o g n e
no r e n t a m á s q u e un d o s p o r c i e n t o .
Arístides S a c c a r d r e p i t i ó s u s d e m o s t r a c i o n e s d e
d e s i n t e r é s , significando q u e n a d a de aquello le
i m p o r t a b a , p u e s no p e n s a b a i n m i s c u i r s e e n la for-
tuna de Renata.
S e n t a d o en su b u t a c a , c o n s e r v a b a su actitud
d e a m a b l e i n d i f e r e n c i a , h a c i é n d o s e el d i s t r a í d o ,
c o m o h o m b r e q u e e s c u c h a p o r p u r a c o r t e s í a , La r e b r o d e S a c c a r d u n m u n d o d e i d e a s , y la s e ñ o r a
tía Isabel, señora bondadosa y vulgar, hablaba A u b e r t o t , c r e y e n d o h a b e r l e o f e n d i d o al h a b l a r d e l
d i f í c i l m e n t e , e s c o g i e n d o l a s p a l a b r a s p a r a n o he- hijo d e R e n a t a , p e r m a n e c í a c o r t a d a y sin a c e r t a r
r i r la d i g n i d a d d e s u f u t u r o s o b r i n o . á proseguir.
Después prosiguió: —¡Ah! ¿En q u é c a l l e s e e n c u e n t r a e s a finca d e
— U l t i m a m e n t e , yo, p o r m i p a r t e , q u i e r o h a c e r d o s c i e n t o s mil f r a n c o s ? — p r e g u n t ó S a c c a r d con
u n o b s e q u i o á R e n a t a . Gomo n o t e n g o h i j o s , y m i a c e n t o b o n d a d o s o . — . . . C r e o q u e m e lo h a d i c h o
f o r t u n a h a d e s e r ' p a r a m i s s o b r i n a s , no quiero usted...
c e r r a r a h o r a la m a n o p o r q u e una de ellas haya — E n la c a l l e d e la P e p i n i e r e , — c o n t e s t ó la b u e -
tenido una desgracia. n a s e ñ o r a , — c a s i e s q u i n a á la d e A s t o r g .
' L o s r e g a l o s del m a t r i m o n i o e s t á n acordados E s t a s e n c i l l a f r a s e p r o d u j o en él u n e f e c t o deci-
p a r a a m b a s , y el d e R e n a t a , c o n s i s t e en v a s t o s s i v o . Ya no f u é d u e ñ o d e o c u l t a r s u a l e g r í a , y
terrenos, situados hacia Charonne, y que pueden a p r o x i m a n d o s u b a t a c a á la d e la tía I s a b e l , ex-
e v a l u a r s e e n d o s c i e n t o s mil f r a n c o s . . . S o l a m e n t e
c l a m ó c o n a c e n t o z a l a m e r o y la v o l u b i l i d a d p r o -
que...
v e n z a l q u e le e r a p r o p i a :
A p e s a r d e su e s t u d i a d a i n d i f e r e n c i a n o p u d o r e - — B a s t a , m i q u e r i d a s e ñ o r a . No h a b l e m o s m á s
p r i m i r S a c c a r d un l i g e r o e s t r e m e c i m i e n t o al o i r d e ese m a l d i t o d i n e r o . A h o r a q u i e r o c o n f e s a r m e
la palabra terrenos. á u s t e d con e n t e r a f r a n q u e z a , p u e s s e r í a muy
La s e ñ o r a A u b e r t o t n o e n c o n t r a b a , sin d u d a , l a g r a n d e m i d o l o r si n o m e r e c i e s e la e s t i m a c i ó n d e
p a l a b r a , y se h a b í a p u e s t o e n c e n d i d a . usted. Hace poco tiempo perdí á mi m u j e r , tengo
— S o l a m e n t e q u e . . . — p r o s i g u i ó al fio,—desearía d o s h i j o s y m e t e n g o p o r p r á c t i c o y r a z o n a b l e . Al
q u e la p r o p i e d a d d e e s t o s t e r r e n o s s e p u s i e r a á c a s a r m e con s u s o b r i n a h a g o u n b u e n n e g o c i o e n
n o m b r e d e l p r i m e r h i j o d e R e n a t a . Ya c o m p r e n - c o n c e p t o del m u n d o . Y en fio si a l g u n a preven-
d e r á la i n t e n c i ó n q u e m e g u í a . No q u i s i e r a q u e e s e ción r e s t a á u s t e d , c o n t r a mí, e s p e r o q u e m e per-
n i ñ o p u d i e r a s e r p a r a u s t e d u n a c a r g a el día d e donará más adelante, cuando haya enjugado
m a ñ a n a . En el c a s o q u e m u r i e s e , R e n a t a q u e d a r í a las lágrimas de todos y enriquecido hasta á
propietaria de ellos. mis tataranietos. El éxito es una llama que
L o s t e r r e n o s d e C h a r o n n e d e s p e r t a r o n en el c e - ío p u r i f i c a t o d o , y q u i e r o q u e el misino señor

B e r a n d m e t i e n d a su m a n o y m e dé l a s g r a -
cias.
H a b l ó l a r g o r a t o con un cinismo b u r l ó n y c h a n -
cero, q u e á c a d a p a l a b r a se t r a s l u c í a . S a c ó á co-
l a c i ó n á su h e r m a n o el d i p u t a d o , á su p a d r e el
recaudador de-Plassans, y terminó por conquistar
el á n i m o de la b u e n a s e ñ o r a . Convínose finalmen-
t e en q u e al día s i g u i e n t e s e f o r m a l i z a r í a el con-
t r a t o en c a s a del e s c r i b a n o .
C u a n d o se h u b o r e t i r a d o la s e ñ o r a Aubertot,
e n c a m i n ó s e S a c c a r d al A y u n t a m i e n t o , e m p i e a n d o
el r e s t o del día en h o j e a r c i e r t o s d o c u m e n t o s , p o r
él b i e n conocidos, q u e p a r e c í a n i n t e r e s a r l e m u -
cho.
U n a vez e n c a s a del e s c r i b a n o , al f o r m u l a r las
c l á u s u l a s del c o n t r a t o , p r e s e n t ó con t o d a inten-
ción en ellas la dificultad de q u e , no c o n s t i t u y e n -
d o la d o t e d e R e n a t a , o t r a clase de b i e n e s q u e los
r a í c e s , temía p a r a ella m u c h a s m o l e s t i a s é i n c o n -
v e n i e n t e s , c r e y e n d o m á s p r u d e n t e v e n d e r p o r lo
m e n o s el i n m u e b l e de la calle de P e p i n i e r e , p a r a
c o n s t i t u i r l a con su i m p o r t e u n a r e n t a s o b r e el
g r a n libro d e la D e u d a p ú b l i c a . Sin a t r e v e r s e á
r e s o l v e r p o r sí m i s m a la s e ñ o r a A u b e r t o t esta
c u e s t i ó n , q u i s o c o n o c e r la opinión del s e ñ o r Be-
r a n d , y al día s i g u i e n t e la tía Isabel m a n i f e s t ó q u e
el s e ñ o r B e r a n d a p r o b a b a p o r a n t i c i p a d o lo q u e
ella hiciera, q u e d a n d o r e d a c t a d o e c o n t r a t o b a j o
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«1625 m m E Y , ^
l a s b a s e s c o n v e n i d a s : Aristides l l e v a b a al m a t r i -
monio d o s c i e n t o s mil f r a n e o s , y R e n a t a , c o m o
dote, la p r o p i e d a d d e la Sologne y el i n m u e b l e de
la calle d e P e p i n i e r e , q u e s e o b l i g a b a á v e n d e r , y
a d e m á s , en caso de m u e r t e del p r i m e r h i j o , que-
d a b a ella p r o p i e t a r i a ú n i c a d e los t e r r e n o s d e
C h a r o n n e q u e le d o n a b a su tía.
Establecióse el c o n t r a t o b a j o el r é g i m e n de la
s e p a r a c i ó n de b i e n e s , el c u a l c o n s e r v a á c a d a u n o
de los esposos la e n t e r a a d m i n i s t r a c i ó n de su f o r -
tuna respectiva.
La s e ñ o r a A u b e r t o t , q u e a t e n d í a ^ la l e c t u r a del
d o c u m e n t o , p a r e c í a s a t i s f e c h a de aquella c l á u s u l a ,
c u y a s d i s p o s i c i o n e s a s e g u r a b a n la i n d e p e n d e n c i a
de su s o b r i n a , p o n i e n d o s u s b i e n e s al a b r i g o d e
t o d a t e n t a t i v a . A r i s t i d e s s o n r e í a v i e n d o á la bue-
n a s e ñ o r a a p r o b a r c o n u n a i n c l i n a c i ó n de c a b e z a
cada u n a d e l a s c l á u s u l a s q u e se l e í a n , q u e d a n d o
f i j a d a la c e r e m o n i a p a r a un plazo m u y b r e v e .
E n t o n c e s , c u a n d o t o d o e s t u v o a r r e g l a d o , deci-
dióse A r i s t i d e s S a c c a r d á p o n e r l o en c o n o c i m i e n -
t o d e su h e r m a n o E u g e n i o , p r o d u c i e n d o en é s t e
v e r d a d e r a e s t u p e f a c c i ó n la n o t i c i a .
Aristides se apresuró á decirle:
—¿No m e d i j i s t e q u e b u s c a s e ? P u e s y a h e b u s -
cado, y he encontrado.
E n g e n i o e n t r e v i e n d o la v e r d a d , e x c l a m ó :
—Vamos, veo que, e r e s un h o m b r e hábil ¿Quiü-
 r e s q u e sea testigo, v e r d a d ? P u e s c u e n t a conmigo
y si t e h a c e f a l t a , l l e v a r é á la c e r e m o n i a m e d i o
C u e r p o Legislativo. Eso t e d a r á i m p o r t a n c i a .
Luego al a c o m p a ñ a r l e h a s t a la p u e r t a , a ñ a d i ó
en voz m á s b a j a :
—Mira, n o q u i e r o c o m p r o m e t e r m e d e m a s i a d o
en estos m o m e n t o s en q u e t e n e m o s u n a ley m u y
d u r a q u e h a c e r v o t a r . . . El e m b a r a z o , p o r lo m e -
nos, no s e r á m u y a v a n z a d o .
A r i s t i d e s , al e s c u c h a r esta f r a s e , a r r o j ó á s u
hermano una mirada tan colérica, que pensó
m i e n t r a s c e r r a b a la p u e r t a :
—¡Una b r o m a q u e m e c o s t a r í a c a r a , si n o fuese
Rougon!
C e l e b r ó s e el m a t r i m o n i o e n la iglesia d e San
Luis de la I s l a . Los p r o m e t i d o s no se vieron h a s t a
la v í s p e r a del día s e ñ a l a d o , u n a t a r d e , al a n o c h e -
c e r , en u n a sala b a j a del hotel B e r a n d . Al v e r s e
se examinaron curiosamente. Renata desde que
s e p r e p a r a b a s u m a t r i m o n i o había r e c o b r a d o s u
a i r e d e s c o m p u e s t o , y s u c a b e z a loca d e m u j e r b o -
n i t a e d u c a d a en m e d i o de s u s c a p r i c h o s de cole-
giala.
P a r e c i ó l e S a c c a r d p e q u e ñ o y feo, p e r o de u n a
fealdad atenuada é inteligente que no desagra-
d a b a . El, p o r su p a r t e , p r e s e n t ó s e c o n maneras
escogidas, é hizo u n gesto al v e r l a , pareciéndole
m u y a l t a , m á s alta q u e él, sin d u d a ; cambiaron,
sin c o r t a r s e , a l g u n a s p a l a b r a s , y si el p a d r e los
h u b i e s e e s c u c h a d o , h u b i e r a podido c r e e r , e n e f e c -
to, q u e s e conocían d e s d e l a r g o t i e m p o y q u e
una f a l t a c o m ú n , existía e n t r e a m b o s . La s e ñ o r a .
A u b e r t o t q u e e s t a b a p r e s e n t e , e n r o j e c i ó p o r ellos
de vergüenza.
Al s i g u i e n t e día del m a t r i m o n i o e n el q u e f u é
p a r a la isla de San Luís u n a c o n t e c i m i e n t o la p r e -
sencia d e Eugenio R o u g ó n , d o n d e h a b í a p r o n u n -
ciado hacía poco un n o t a b l e d i s c u r s o , R e n a t a no
p u d o m e n o s de d e r r a m a r a l g u n a s l á g r i m a s al e n -
c o n t r a r á su p a d r e m á s g r a v e y m á s envejecido.
S a c c a r d , al q u e n a d a h a b í a d e s c o n c e r t a d o , quedó
t u r b a d o a n t e la f r i a l d a d y la o b s c u r i d a d d e a q u e -
lla h a b i t a c i ó n y a n t e la t r i s t e s e r i e d a d d e aquel
anciano, cuya mirada profunda, parecía sondear
h a s t a el fondo de su c o n c i e n c i a .
Besó el a n c i a n o á su h i j a e n la f r e n t e , c o m o p a c -
to m u d o d e p e r d ó n y v o l v i é n d o s e á su y e r n o le
dijo:
—Caballero, hemos sufrido mucho... Espero
que usted nos h a r á o l v i d a r s u s faltas.
T e n d i ó la m a n o á A r i s t i d e s , q u e permanecía
t e m b l o r o s o , p e n s a n d o q u e si el señ r B e r a n d no
se h u b i e r a d e j a d o a g o b i a r p o r el d o l o r , habría
con el m e n o r e s f u e r z o , d e s t r u i d o acaso la m a n i o -
b r a de Sidonia, quien, d e s p u é s de h a b e r p u e s t o e n
c o m u n i c a c i ó n á su h e r m a n o y á la tía I s a b e l , ha-
 b í a s e r e t i r a d o p r u d e n t e m e n t e , no q u e r i e n d o
a u n asistir á la c e r e m o n i a .
A r í s t i d e s s e m a n i f e s t ó silencioso con el a n c i a n o
e n c u y o s o j o s leyó la s o r p r e s a q u e le p r o d u c í a e !
v e r l e a l r e d e d o r d e su h i j a p e q u e ñ o , feo y ya de
e d a d de c u a r e n t a a ñ o s . P a s a r o n las p r i m e r a s n o -
c h e s los e s p o s o s e n el h o t e l B e r a n d , de d o n d e
h a c í a ya un m e s q u e s e h a b í a alejado á Cristina,
á fin d e q u e la niña q u e a p e n a s c o n t a b a entonces
c a t o r c e a ñ o s , no s o s p e c h a r a n a d a del d r a m a que
s e d e s a r r o l l a b a en aquella c a s a t r a n q u i l a y silen-
ciosa c o m o el c l a u s t r o d e un c o n v e n t o . A su re-
g r e s o . q u e d ó suspensa a n t e el m a r i d o d e su h e r -
m a n a , al q u e halló t a m b . é n v i e j o y feo, en c u y o s
d e f e c t o s R e n a t a tal vez no s e h a b í a fijado s i q u i e -
r a t r a t á n d o l e con c i e r t a c o r t e s í a no e x e n t a
desdén.
A r í s t i d e s se c o n t o n e a b a , valía en sí; y p o r su
v e r b o s i d a d y solicitud supo c a p t a r s e la amistad
d e t o d o s , h a s t a el p u n t o de q u e c u a n d o el m a t r i -
1 0 0 0 1 0 f u é :í o c u ar
P elegante habitación en
u n a c a s a n u e v a d e la calle de Rivoli, el s e ñ o r Be-
r a n d h a b í a s e a c o s t u m b r a d o á su t r a t o , y Cristina
j u g a b a con su c u ñ a d o a m i g a b l e m e n t e . Renata
e s t a b a e m b a r a z a d a de c u a t r o meses, y su marido
p r o p u s o llevarla al c a m p o con objeto de ocultar
l u e g o la e d a d q u e Ja c r i a t u r a , a u n c u a n d o , s e g ú n
la previsión de S i d o n í a , debía s e r un a b o r t o , p u e s
ni la joven s e h a b í a a p r e t a d o el c u e r p o de t a l modo
p a r a o c u l t a r su e s t a d o , q u e s e vió o b l i g a d a á g u a r -
d a r c a m a por espacio de a l g u n a s s e m a n a s , lo c u a l
a l e g r ó á S a c c a r d q u i e n r e c o n o c i ó q u e al fin le
a y u d a b a la s u e r t e , a d q u i r i e n d o una d o t e c r e c i d a ,
una mujer hermosa y ninguna carga. Total, que
s e había vendido p o r u n feto á quien no quería
v e r ni su m i s m a m a d r e . P e n s ó d e s d e e n t o n c e s c o n
c a r i ñ o e n los t e r r e n o s de C h a r o n n e , y p o r el mo-
m e n t o d e d i c a b a t o d a su a t e n c i ó n á u n a e s p e c u -
lación q u e d e b í a s e r la b a s e de s u f o r t u n a . No
p r e s e n t ó S a c c a r d i n m e d i a t a m e n t e la d i m i s i ó n d e
su destino á p e s a r d e su n u e v a posición, con el
p r e t e x t o de t e n e r a l g u n o s t r a b a j o s sin c o n c l u i r ,
p e r o e n r e a l i d a d , q u e r í a p e r m a n e c e r h a s t a el úl-
de timo m o m e n t o en el c a m p o de b a t a l l a , d e s d e don-
de, c o m o e n su p r o p i a casa, podía h a c e r cuantas
c o m b i n a c i o n e s quisiese.
Su p l a n e r a sencillo: d e s d e q u e c o n t a b a con
m á s d i n e r o del q u e j a m á s s o ñ ó p a r a d a r c o m i e n z o
á s u s o p e r a c i o n e s , p r o p ú s o s e l l e v a r á la p r á c t i c a
s u s p r o y e c t o s en g r a n d e e s c a l a . Se s a b í a á P a r í s
de m e m o r i a y p r e s e n t í a q u e el o r o h a b í a de co-
r r e r en a b u n d a n c i a h a s t a el p u n t o q u e las g e n t e s
no t e n d r í a n m á s q u e a b r i r los bolsillos, y como él
leía t o d o esto e n las oficinas del Ayuntamiento
vivia p r e v e n i d o .
Su c a r g o oficial le li bi t e n s e ñ a d o lo que p o d í a
 r o b a r en la c o m p r a y v e n t a d e i n m u e b l e s y t e r r e -
nos, e s t a n d o al c o r r i e n t e de todas las e s t a f a s clá-
sicas, conociendo como se r e v e n d e por un millón
l o q u e ha c o s t a d o solo q u i n i e n t o s mil f r a n c o s
corno se p a g a el d e r e c h o de v i o l e n t a r las
del Estado, y cómo, p a r a a b r i r u n a n u e v a vía se
e s c a m o t e a n casas de seis pisos. En aquellos mo-
mentos de d e s o r d e n en que el c á n c e r d e la espe-
culación estaba i n c u b á n d o s e todavía, lo q u e ha-
cia de S a c c a r d un j u g a d o r t e r r i b l e , e r a que veía
m á s allá a u n que sus mismos jefes el p o r v e n i r q u e
estaba r e s e r v a d o á P a r í s , y h u b i e r a podido hasta
profetizar el espectáculo q u e en 1870 o f r e c e r í a n
os c u a r t e l e s que estaban en proyecto. Deteníase
á veces en las calles c o n t e m p l a n d o c i e r t a s c a s a s
como s. f u e r a n amigos cuya s u e r t e , conocida d é
él solo, le a f e c t a b a p r o f u n d a m e n t e .
Un p a r de meses a n t e s de la m u e r t e de Angela
había ido con ella un domingo á las a l t u r a s
M o n t m a r t r e . Conceptuábase dichosa la p o b r e m u -
j e r cuando d e s p u é s de un l a r g o paseo la convida-
ba á c o m e r su m a r i d o en algún m e r e n d e r o de los
a l r e d e d o r e s de P a r í s . Aquel día comieron en lo
alto del c e r r o , en un r e s t a u r a n t c u y a s v e n t a n a s
d o m i n a b a n P a r í s . La mesa ocupada p o r ellos es-
taba d e l a n t e de u n a de estas v e n t a n a s y el espec-
táculo q u e o f r e c í a la g r a n ciudad puso de buen
Humor a S a c c a r d . A los p o s t r e s pidió u n a botella
de Borgoña, y estuvo tan g a l a n t e que su m i s m a
m u j e r le desconocía. Sus m i r a d a s descendían amo-
r o s a m e n t e s o b r e aquella extensión populosa en
cuyo fondo se sentía el r u m o r de las m u c h e d u m -
arcas
bres.
La ciudad, b a j o un cielo pálido de otoño, des-
vanecíase en un tono gris, dulce y suave, esmal-
tado á t r e c h o s por la m a n c h a m á s o b s c u r a d e los
árboles que p a r e c í a n l a r g a s h o j a s de m e m i f a r flo-
t a n d o s o b r e un lago; el sol se a c o s t a b a en un le-
cho d e oro ardiente, y m i e n t r a s q u e en el c e n t r o d e
la ciudad se c e r n í a la b r u m a , un polvo en o r o , u n
rocío d o r a d o caía s o b r e la orilla d e r e c h a de P a r í s ,
del lado de la Magdalena y de las Tullerías. P a r e -
cía un rincón e n c a n t a d o de las mil y una noches,
con á r b o l e s de e s m e r a l d a , techos d e zafiros y ve-
letas d e r u b í e s . P o r un instante deslizóse u n r a y o
de sol e n t r e dos nubes, t a n r e s p l a n d e c i e n t e , que
dé
las casas parecían a r d e r como un lingote de o r o
al f u n d i r s e .
—¡Oh! m i r a — e x c l a m ó S a c c a r d con infantil son-
risa—¡llueven s o b r e P a r í s m o n e d a s d e oro!
Después, acercándose á la v e n t a n a , prosiguió:
—Fíjate, allá abajo se v é la columna de Vendó-
m e . . . más á la d e r e c h a la M a g d a l e u a . . . No es mal
b a r r i o , pero tiene mucho q u e m e j o r a r todavía ..
¡Ahora p a r e c e que va á a r d e r todo! ¿Ves?
Su voz se t o r n ó g r a v e y conmovida, su compa-
 r a c i ó n le h a b í a s a t i s f e c h o . A d e m á s , había b e b i d o
B o r g o ñ a , y o l v i d á n d o s e de todo, e x t e n d i e n d o el
brazo para mostrar P a r í s á su esposa, conti-
1
nuo:
- H e d i c h o b i e n . . . Los b a r r i o s v a n á f u n d i r s e y
el o r o q u e d a r á e n t r e las m a n o s de l a s g e n t e s .
¡Qué . n o c e n t e es P a r í s ! ¡Mira q u e i n m e n s o y q u e
t r a n q u i l o se d u e r m e ! ¡Oh! son i d i o t a s e s t a s g r a n -
d e s u r b e s . El día m e n o s p e n s a d o s e v e r á a t a c a d o
p o r un e j é r c i t o de p i q u e t a s y a n t e s de c u a t r o a ñ o s
h a b r á n c a í d o a l g u n o s h o t e l e s de la calle de \ n -
jou.
Angela e s c u c h a b a á su m a r i d o a s o m a d a j u n t o á
él á la v e n t a n a , c r e y e n d o q u e b r o m e a b a . Reía
p e r o con un v a g o t e m o r , viendo a q u e l h o m b r e dé
t a n escasa e s t a t u r a l e v a n t a r s e s o b r e el g i g a n t e
t e n d i d o á s u s p l a n t a s , y a m e n a z a r l e con los „ « .
F
nos.
- Y a se ha e m p e z a d o - c o n t i n u ó S a c c a r d - p e r o
eso no es m á s q u e u n a p e q u e ñ e z . Mira allá a b a j o ,
h a c a el M e r c a d o , h a n dividido á P a r í s en c u a t r o
pedazos...
Y su m a n o a b i e r t a y afilada c o m o u n a cuchilla,
h a c a ademán de s e p a r a r la c i u d a d e n cuatro
partes.
-Hablas del nuevo boulevard que s e -está
abnendoyde la calle de R i v o l l ? - p r e g U n t ó An-
—Sí—contestó.—La g r a n e n c r u c i j a d a d e P a r í s ,
como la l l a m a n . S e p a r a r el A y u n t a m i e n t o y el
L o u v r e , es u n j u e g o d e n i ñ o s , b u e n o sólo p a r a
d e s p e r t a r el apetito. C u a n d o s e t e r m i n e la p r i m e r a
r e d de calles, c o m e n z a r á la fiesta. La s e g u n d a r e d
se a b r i r á paso p o r t o d a s p a r t e s , p a r a e n l a z a r los
a r r a b a l e s c o n la p r i m e r a . S i g u e la d i r e c c i ó n de
mi m a n o , d e s d e el b u l e v a r d del T e m p l e á la b a -
r r e r a dei T r o n o , t o d o ello un c o r t e ; luego, en este
mismo l a d o , d e s d e la M a g d a l e n a á la l l a n u r a de
Monceaux, o t r o c o r t e , y un t e r c e r o e n e s t e senti-
do, y l u e g o o t r o a c á y a c u l l á , c o r t e s p o r t o d o s
lados; P a r í s e n t e r o p a r t i d o á s a b l a z o s , con las ve-
n a s a b i e r t a s , a l i m e n t a n d o cien mil t r a b a j a d o r e s y
a t r a v e s a d o en fin p o r a d m i r a b l e s vías....
La n o c h e se a c e r c a b a . La m a n o seca y n e r v i o s a
de Arístides c o r t a b a s i e m p r e en el vacío, y A n g e l a
t e m b l a b a a n t e a q u e l cuchillo a n i m a d o y a q u e l l o s
dedos de hierro que despedazaban sin compa-
sión la m a s a sin límites. Las b r u m a s del h o r i z o n t e
r o d a b a n l e n t a m e n t e d e s d e las a l t u r a s , y Angela,
b a j o l a s tinieblas q u e s e h a c i n a b a n en el vacío,
c r e í a e s c u c h a r l e j a n o s c r u j i d o s , c o m o si la m a n o
de su esposo d e s t r u y e n d o á P a r í s de u n o á o t r o
extremo, rompiendo techumbres y paredes dejara
en t o r n o m o n t o n e s de r u i n a s . L a p e q u e ñ e z d e
aquella m a n o , e n c a r n i z á n d o s e en a q u e l l a m a s a gi-
gantesca, acababa por causar inquietud, y mien-
t r a s d e s g a r r a b a sin e s f u e r z o las e n t r a ñ a s de la
e n o r m e c i u d a d , h a b r í a s e dicho q u e a d q u i r í a ex- —Mira allá a b a j o — p r o s i g u i ó Angela—allí d e b e

t r a ñ o s r e f l e j o s m e t á l i c o s en el a z u l a d o c r e p ú s c u l o .
— A d e m á s — p r o s i g u i ó S a c c a r d , d e s p u é s de un
m o m e n t o d e silencio c o m o si h a b l a r a s o l o — h a b r á
u n a t e r c e r a r e d . P e r o e s t o e s t á l e j a n o y no lo v e o
t a n b i e n . Sólo h e e n c o n t r a d o leves indicios y s e r á
u n a v e r d a d e r a l o c u r a . . . ¡un g a l o p i n f e r n a l de mi-
ser la c a j a g e n e r a l .
S a c c a r d r i ó la o c u r r e n c i a , y p e r m a n e c i ó a ú n
algunos i n s t a n t e s con su m u j e r á la v e n t a n a , a b s -
t r a í d o s p o r aquella lluvia i m a g i n a r i a de m o n e -
das.
Cuando r e g r e s a b a n á c a s a , a r r e p i n t i ó s e Arísti-

llones! P a r í s e m b r i a g a d o y envilecido. d e s d e h a b e r c h a r l a d o t a n t o y r o g ó á su m u j e r
que o l v i d a s e a q u e l l a s t o n t e r í a s , o b r a tal vez del
Volvió á c a l l a r , c o n los ojos fijos c l a v a d o s fe-
B o r g o ñ a , p u e s , c o m o él decía, e r a u n hombre
b r i l m e n t e en la c i u d a d , s o b r e la q u e acumulaban
serio.
l a s s o m b r a s c a d a vez m á s t u p i d a s , p a r e c i e n d o q u e
interrogaba aquel porvenir lejano. Sin e m b a r g o , hacía y a m u c h o tiempo q u e Sac-
c a r d tenía b i e n e s t u d i a d a s a q u e l l a s t r e s r e d e s d e
Hízose d e n o c h e p o r c o m p l e t o y la c i u d a d d e s -
b u l e v a r e s y calles, y c u a n d o Angela m u r i ó , no le
a p a r e c i ó e n t r e las tinieblas, o y é n d o s e su r e s p i r a -
pesó q u e s e llevase al o t r o m u n d o a q u e l l a s h a b l a -
ción m o n s t r u o s a , s e m e j a n t e á u n m a r en el q u e
d u r í a s a c h a c a d a s al B o r g o ñ a .
solo s e d i s t i n g u e n l a s c r e s t a s d e las olas. B l a n -
q u e a b a n a ú n a l g u n a s p a r e d e s , y las luces del g a s En a q u e l l o s i m a g i n a r i o s cortes dados desde
f u e r o n e s m a l t a n d o las t i n i e b l a s como e s t r e l l a s en- M o n t m a r t r e e s t a b a t o d a su f o r t u n a , y decidió n o
c e n d i d a s en el f o n d o de Ja n o c h e . p a r t i c i p a r á nadie su i d e a , c o m p r e n d i e n d o q u e el
dia del botín, s o b r a r í a n c u e r v o s q u e c a e r í a n s o b r e
Angela, d e s e c h a n d o su m a l e s t a r , y c o n t i n u a n d o
la c i u d a d , Su p r i m e r p e n s a m i e n t o f u é a d q u i r i r á
la b r o m a d e su m a r i d o , d i j o s o n r i é n d o s e :
plazos a l g ú n i n m u e b l e , de lo q u e s a b í a d e s t i n a -
— P u e s t o q u e y a h a n llovido las m o n e d a s , con-
dos á p r ó x i m a e x p r o p i a c i ó n , d i s p u e s t o á o b t e n e r
t e m p l a a h o r a las p i l a s q u e s e l e v a n t a n á n u e s t r o s
como beneficio u n a c r e c i d a i n d e m n i z a c i ó n . Tal
pies.
vez a n t e s d e c a s a r s e no se h u b i e r a a r r i e s g a d o e n
Y s e ñ a l a b a las calles q u e d e s c e n d í a n f r e n t e á
esta a v e n t u r a , sin c o n t a r c o n f o n d o s , p e r o ahora
M o n t m a r t r e , y c u y a s dos h i l e r a s de f a r o l e s e n c e n -
su p l a n se e n g r a n d e c í a y s u s cálculos e s t a b a n he-
d i d o s p a r e c í a n b r i l l a n t e s m o n e d a s de o r o .
chos. Gompr.tba á su m u j e r , con el n o m b r e de u n

LA. CANALLA.—8 TOMO I .

 i n t e r m e d i a r i o , sin p a r e c e r s u n o m b r e p a r a n a d a ,
la c a s a de la calle de P e p i n i e r e , t r i p l i c a n d o el ca-
p i t a l , g r a c i a s á s u s c o n o c i m i e n t o s a d q u i r i d o s en-
t r e los p a p e l o t e s del A y u n t a m i e n t o y á sus b u e n a s
r e l a c i o n e s c o n c i e r t o s p e r s o n a j e s . El sitio don-
de se l e v a n t a b a la casa, e r a p r e c i s a m e n t e el
p u n t o del t r a z a d o d e u n a calle cuya a p e r t u r a sólo
s e conocía e n el d e s p a c h o p a r t i c u l a r del p r e f e c t o
del S e n a .
Dicha calle la o c u p a b a p o r c o m p l e t o el b u l e v a r
Malesherbes, siendo éste un antiguo proyecto
de Napoleón I, « p a r a , como decían los hombres
g r a v e s , d a r s a l i d a á l o s b a r r i o s de e s t r e c h a s ca-
l l e j u e l a s , s o b r e las e s c a r p a d a s l a d e r a s q n e r o d e a n
á P a r í s » . E s t a v e r s i ó n oficial, no d e m o s t r a b a e l
i n t e r é s q u e tenía e n t o n c e s el I m p e r i o en aquel
enorme trasiego de tierras, y Arístides se permi-
tió u n día c o n s u l t a r e n el d e s p a c h o del P r e f e c t o
a q u e l plano famoso d e P a r í s , d o n d e « u n a mano
a u g u s t a » h a b í a t r a z a d o con t i n t a r o j a las p r i n c i -
p a l e s v í a s del p r o y e c t o . Estos s a n g r i e n t o s r a s g o s
c o r t a b a n á P a r í s m á s p r o f u n d a m e n t e q u e la m a n o
d e S a c c a r d . Uno d e los t r a b a j o s q u e p r i m e r o s e
r e a l i z a r í a n , iba á s e r el del b u l e v a r Malesher-
bes, c o n g r a n d e s p r o y e c t o s d e h o t e l e s e n las c a -
lles d e A n j o u y d e la Ville-l'Eveque.
R e n a t a , l u j o s a m e n t e i n s t a l a d a e n la c a s a de la
calle de Rívoli, en el c e n t r o d e aquel n u e v o P a r í s ,
d o n d e iba á s e r la r e i n a , p r o y e c t a b a f u t u r o s v i a -
jes, y e n s a y a b a su papel d e d a m a del g r a n mun-
do, m i e n t r a s su m a r i d o p l a n t e a b a su p r i m e r ne-
gocio.
La casa de la calle de la P e p i n i e r e f u é c o m p r a d a
p o r mediación de u n tal S a n s o n n e a u , á quien ha-
bía conocido c u r i o s e a n d o , c o m o él, e n los despa-
chos del A y u n t a m i e n t o , p e r o q u e h a b í a t e n i d o la
desgracia de d e j a r s e s o r p r e n d e r r e v o l v i e n d o los
c a j o n e s del p r o y e c t o . H a b í a s e e s t a b l e c i d o San-
s o n n e a u c o m o a g e n t e d e negocios al final de la
calle de S a n t i a g o , e n el f o n d o de un patio feo y
o b s c u r o . H a l l á b a s e en la m i s m a s i t u a c i ó n q u e
S a c c a r d a n t e s del m a t r i m o n i o , y había ideado
t a m b i é n «una m á q u i n a p a r a h a c e r m o n e d a s » , so-
l a m e n t e que le f a l t a b a capital p a r a e m p e z a r el ne-
gocio. No t a r d ó en p o n e r s e de a c u e r d o c o n Arís-
tides, t r a b a j a n d o t a n b i e n el a s u n t o q u e a d q u i r i ó
la finca de R e n a t a p o r ciento c i n c u e n t a mil f r a n -
cos.
Dos m e s e s d e s p u é s , y a n e c e s i t a b a o t r a vez di-
n e r o la m u j e r de S a c c a r d , é s t e no t u v o m á s q u e
a u t o r i z a r l a p a r a q u e v e n d i e r a , y una vez h e c h a la
v e n t a r o g ó á s u m a r i d o q u e e m p l e a r a cien mil
f r a n c o s , de los c u a l e s le hizo e n t r e g a c o n e n t e r a
confianza, sin d u d a para halagarle y hacerle
p a s a r p o r alto los c i n c u e n t a mil f r a n c o s q u e se
quedaba.
 lo cual c o n s e g u í a n un d o b l e beneficio: el a u m e n t o
S a c e a r d , en c u y o s c á l c u l o s e n t r a b a que su mu-
del a l q u i l e r y el q u e la i n d e m n i z a c i ó n p a s a r a á
jer malgastase mucho dinero, sonrió maliciosa-
poder de Arístides. Sidonia v i n o en a y u d a de s u
m e n t e , pues a q u e l l o s c i n c u e n t a mil f r a n c o s q u e
h e r m a n o , e s t a b l e c i e n d o en la finca un a l m a c é n d e
i b a n á c o n v e r t i r s e en j o y a s y t e l a s , le debian p r o -
p i a n o s en t o d a r p g l a , y d o m i n a d o s p o r la fiebre,
p o r c i o n a r á él el c i e n t o p o r ciento, y q u e d ó t a n
S a c c a r d y S a n s o n e a u l l e g a r o n h a s t a i n v e n t a r li-
c o m p l a c i d o de s u p r i m e r negocio, q u e llevó s u
b r o s de c o m e r c i o y falsificar e s c r i t u r a s , p a r a d e -
h o n r a d e z h a s t a e m p l e a r , e n e f e c t o , los c i e n mil
m o s t r a r en u n dia u n a v e n t a de p i a n o s f a b u l o s a .
f r a n c o s de R e n a t a , y e n t r e g a r l e d e s p u é s los títu-
P o r la n o c h e t r a b a j a b a n j u n t o s . Así la c a s a tri-
los, q u e , no p o d i e n d o ella e n a g e n a r l o s , s i e m p r e los
plicó su v a l o r , y e n t r e el ú l t i m o c o n t r a t o d e ven-
tenia s e g u r o s y t o d o q u e d a d a e n c a s a .
ta, los a u m e n t o s d e f a l s o s i n q u i l i n a t o s y el a l m a -
— T o m a , q u e r i d a m í a , — l e dijo g a l a n t e m e n t e ; —
cén de p i a n o s d e S i d o n i a , p o d í a e v a l u a r s e lo
eso s e r á p a r a t u s alfileres.
m e n o s en q u i n i e n t o s mil f r a n c o s a n t e la Comisión
U n a vez e n posesión de la finca, t u v o el tino de
de i n d e m n i z a c i o n e s .
v e n d e r l a dos v e c e s á d i s t i n t o s t e s t a f e r r o s , a u m e n -
Aquellas c o m b i n a c i o n e s de la e x p r o p i a c i ó n t r a s -
t a n d o cada vez el p r e c i o d e la v e n t a , a d q u i r i é n -
t o r n a r o n durante quince años á París, arruinan-
dola el ú l t i m o en t r e s c i e n t o s mil f r a n c o s . San-
do á u n o s y e n r i q u e c i e n d o á o t r o s , s i e n d o el en-
s o n n e a u e r a el ú n i c o q u e , c o m o r e p r e s e n t a n t e de
g r a n a j e de lo m á s sencillo: d e s p u é s d e d e c r e t a d a
los s u c e s i v o s p r o p i e t a r i o s y r e h u s a n d o renovar
la a p e r t u r a de u n a n u e v a v í a , l o s a g e n t e s - v e n d e d o -
l o s c o n t r a t o s d e a l q u i l e r , s e e n t e n d í a con los in-
r e s l e v a n t a b a n el plano p a r c e l a r i o y t a s a b a n las
quilinos, á m e n o s q u e no a c e p t a r a n c o n s i d e r a b l e s
p r o p i e d a d e s . P o r lo c o m ú n , d e s p u é s del i n f o r m e
a u m e n t o s . Los i n q u i l i n o s q u e e s p e r a b a n la e x p r o -
se c a p i t a l i z a b a el a l q u i l e r total, p r e s e n t a n d o u n a
p i a c i ó n , concluían p o r a c e p t a r el a u m e n t o , tanto
c i f r a a p r o x i m a d a . Componían la Comisión miem-
m á s , c u a n t o q u e el m e d i a d o r les a s e g u r a b a q u e
b r o s del Consejo municipal q u e o f r e c í a s i e m p r e
aquello s e r í a p r o v i s i o n a l d u r a n t e los cinco p r i m e -
u i tipo i n f e r i o r á aquella c i f r a , c o n t a n d o con las
ros años.
m u t u a s c o n c e s i o n e s . Si no h a b í a a v e n e n c i a , se
Los v e c i n o s q u e r e h u s a b a n , f u e r o n r e e m p l a z a -
llevaba el a s u n t o al J u r a d o , q u e d e c í a sin a p e l a -
dos p o r g e n t e s infelices á los q u e d i e r o n v i v i e n d a
eión. UNIVERSIDAD Ot NUfcVD >.»>**
g r a t i s , y les h i c i e r o n firmar c u a n t o q u i s i e r o n , c o n BIBLIOTECA • ' -KiA
"ALFONSO fc'YtS"
• K 1 6 2 5 MONTERREY, M E X I C t
 A r í s t i d e s no d e j ó el e m p l e o h a s t a el m o m e n t o
decisivo. P e n s ó un m o m e n t o en h a c e r s e elegir
m i e m b r o del J u r a d o p a r a t a s a r él mismo su casa,
p e r o t e m i ó a t e n u a r su influencia s o b r e la Comi-
sión de i n d e m n i z a c i o n e s é hizo elegir á u n o de s u s
compañeros, joven amable y risueño, llamado
Michelín y c u y a m u j e r , m u y bella p o r cierto, s e
t o m a b a la molestia de d i s c u l p a r l e c e r c a de s u s j e -
f e s c u a n d o f a l t a b a á la oficina, cosa q u e á m e n u -
do o c u r r í a .
S a c c a r d h a b í a p r e s e n t i d o en la l i n d a m u j e r d e
Michelín u n a p o t e n c i a , al v e r l a e n t r a r h u m i l d e -
m e n t e en los d e s p a c h o s , al p a r q u e su m a r i d o as-
cendía en c a d a u n a de s u s e n f e r m e d a d e s .
En n a o de estos eclipses, y en t a n t o q u e la se-
ñ o r a Michelín iba casi t o d a s las m a ñ a n a s á d a r
noticias s u y a s al A y u n t a m i e n t o , e n c o n t r ó l e Arís-
t i d e s e n los b u l e v a r e s , f u m a n d o t r a n q u i l a m e n t e
un c i g a r r o , con r o s t r o c o m p l a c i d o é i n a l t e r a b l e .
Esto d e s p e r t ó c i e r t a s i m p a t í a en S a c c a r d h a c i a
aquel matrimonio tan práctico é ingenioso,
c u a n d o f u é á v e r la e n c a n t a d o r a m u j e r , q u i s o q u e
conociera á R e n a t a , y h a b l ó d e su h e r m a n o el
i l u s t r e o r a d o r y d i p u t a d o . La s e ñ o r a Michelín
comprendió, y desde entonces, su marido intimó
c o n el c o m p a ñ e r o , el cual sin q u e r e r e n t e r a r d e
s u s negocios al j o v e n , limitóse á e n c o n t r a r l e allí
coníó c a s u a l m e n t e el día q u e s e t a s a b a s u i n m u e -
ble. Michelín, c u y a i n t e l i g e n c i a n o e r a n o t a b l e , s e
r e d u j o á seguir las i n s t r u c c i o n e s de s u m u j e r q u e
le había r e c o m e n d a d o c o m p l a c e r en todo á Arísti-
des. Los a r r i e n d o s , los falsos i n q u i l i n a t o s y los li-
b r o s de la s e ñ o r a S i d o n i a , p a s a r o n p o r las m a n o 3
de su c o m p a ñ e r o , sin q u e t u v i e s e l u g a r p a r a com-
p r o b a r las c i f r a s q u e a q u e l r e z a b a a n t e S a n s o n -
n e a u , p r e s e n t e allí, q u i e n fingía no c o n o c e r á s u
compinche.
—Bien, por g a u s t e d q u i n i e n t o s mil f r a n c o s , —
t e r m i n ó S a c c a r d . — V a l e m á s la finca... ¡Ah! d e s -
p a c h e m o s , pues c r e o q u e va h a b e r movimiento d e
p e r s o n a l e n el A y u n t a m i e n t o y q u i e r o q u e h a b l e -
m o s del a s u n t o , p a r a q u e u s t e d p r e v e n g a á su
mujer.
De e s t a m a n e r a c o m e n z ó el negocio, p e r o a u n
h a b i a algo q u e t e m e r . La s u m a de q u i n i e n t o s mil
f r a n c o s p o d í a p a r e c e r e x c e s i v a á la Comisión,
p u e s la c a s a n o valía á t o d a s luces m á s de dos-
cientos mil, y una i n f o r m a c i ó n p o d r í a e s t r o p e a r l e
y
s u s p l a n e s . R e c o r d ó l e s la f r a s e d e su h e r m a n o :
«Nada de e s c á n d a l o s ó te s u p r i m o » , y s a b í a q u e
E u g e n i o e r a capaz d e h a c e r lo q u e decía. E r a p u e s
n e c e s a r i o , q u e los s e ñ o r e s de la Comisión cerra-
sen los ojos. Se fijó en dos h o m b r e s i n f l u y e n t e s ,
de q u i e n e s s e h a b í a h e c h o a m i g o p o r la m a n e r a
q u e t e n í a d e s a l u d a r l e s c u a n d o los e n c o n t r a d e n
los d e s p a c h o s . El Consejo m u n i c i p a l e s t a b a esco-
 gido p o r el m i s m o E m p e r a d o r , y á p r o p u e s t a del
H a b í a v e n d i d o p r i m e r a m e n t e su n o m b r e á u n a d e
p r e f e c t o e n t r e los s e n a d o r e s , d i p u t a d o s , a b o g a d o s ,
esas s o c i e d a d e s q u e hicieron c r e c e r s e t a s veneno-
m é d i c o s y g r a n d e s i n d u s t r i a l e s , p e r o , e n t r e los
s a s s o b r e los e s t e r c o l e r o s d e las e s p e c u l a c i o n e s
t r e i n t a y seis q u e lo c o m p o n í a n , los m á s distin-
imperiales.
g u i d o s p o r el f a v o r de l a s T u l l e r í a s e r a n el s e ñ o r
P o r e n t o n c e s se v i e r o n g r a n d e s c a r t e l e s e n las
T o n l í n - L a r o c h e y el b a r ó n G o u r a n d .
e s q u i n a s q u e decían: Sociedad general de los puer-
Los blasonen del obeso b a r ó n se c o m p e n d i a b a n
tos de Marruecos, con el n o m b r e del s e ñ o r T o n t í n -
en esta b r e v e b i o g r a f í a : Napoleón I le o t o r g ó e l '
L a r o c h e , consejero m u n i c i p a l , á la c a b e z a d e u n a
t í t u l o en p r e m i o al s u m i n i s t r o de g a l l e t a s ave-
lista de n o m b r e s d e s c o n o c i d o s q u e f o r m a b a n el
riadas p a r a el e j é r c i t o . Bajo los r e i n a d o s de
Consejo de vigilancia. Este p r o c e d i m i e n t o , del q u e
Luis XVIII, Carlos X y Luis Felipe f u é p a r , y se-
d e s p u é s se a b u s ó t a n t o , hizo p r o d i g i o s , a c u d i e r o n
n a d o r b a j o el de N a p o l e ó n III. E r a un a d o r a d o r
los a c c i o n i s t a s , por m á s q u e el n e g o c i o de t a l e s
del t r o n o , de los c u a t r o t a b l o n e s f o r r a d o s de t e r -
p u e r t o s no f u e s e m u y c l a r o , y q u e los Cándidos
ciopelo f u e s e q u i e n f u e s e el q u e lo o c u p a r a . Con-
q u e l l e v a b a n s u d i n e r o no p u d i e s e n p o r sí m i s m o s
t á b a n s e d e él h i s t o r i a s q u e solo al oído podían s e r
e x p l i c a r s e el e m p l e o q u e s e le d a r i a . Anunciaba
r e f e r i d a s , y con s u s s e t e n t a y ocho a ñ o s florecía
el c a r t e l e n f á t i c a m e n t e el p r o y e c t o d e e s t a b l e c e r
en plena b a c a n a l . Dos v e c e s h a b í a sido n e c e s a r i o
estaciones c o m e r c i a l e s á lo l a r g o del M e d i t e r r á -
echar tierra sobre aventuras escandalosas para
q u e su b o r d a d o u n i f o r m e no r o d a s e p o r s a l a s d e neo, y los p e r i ó d i c o s v e n í a n h a c í a d o s a ñ o s ha-

las a u d i e n c i a s .
El s e ñ o r T o n t í n - L a r o c h e , alto y d e l g a d o , inven-
t o r de una m e z c l a de e s t e a r i n a y sebo p a r a la fa-
b r i c a c i ó n de b u g í a s , s o ñ a b a con el S e n a d o . E r a el
i n s e p a r a b l e del b a r ó n G o u r a n d , p e g a d o á él c o m o
u n a l a p a , con la e s p e r a n z a de a l c a n z a r lo q u e d e -
c i e n d o el r e c l a m o á la e m p r e s a .
El s e ñ o r T o n t i n - L a r o e h e p a s a b a en el Consejo
municipal p o r s e r u n g r a n a d m i n i s t r a d o r , y su
a c r e tiranía s o b r e s u s c o l e g a s sólo e r a c o m p a r a -
ble con la devota a d h e s i ó n h a c i a el p r e f e c t o .
P o r e n t o n c e s t r a b a j a b a e n la creaoión de u n a
/

s e a b a , y c o m o en el f o n d o e r a p r á c t i c o , si h u b i e s e g r a n c o m p a ñ í a f i n a n c i e r a , El Crédito Vitícola, caja

hallado en v e n í a un sillón s e n a t o r i a l , lo h u b i e s e de p r é s t a m o s p a r a los viticultores, de q u e h a b l a b a

c o m p r a d o , p e r o d e s p u é s de r e g a t e a r el p r e c i o . con t o n o s g r a v e s q u e e n c e n d í a n el a p e t i t o de los
imbéciles.
 A r í s t i d e s g a n ó la v o l u n t a d de a q u e l l o s d o s p e r -
s o n a j e s h a c i é n d o l e s f a v o r e s c u y a i m p o r t a n c i a fin-
gió d e s c o n o c e r . P u s o al B a r ó n á quien e n t o n c e s
c o m p r o m e t í a u n a h i s t o r i a de las m á s sucias, e n
r e l a c i ó n con Sidonia, c o n el p r e t e x t o de q u e la r e -
c o m e n d a s e p a r a la concesión d e u n a c o m p r a de
c o r t i n a s p a r a las T u l l e r í a s . Sidonia o f r e c i ó s e al
B a r ó n y é s t e le e n c o m e n d ó el a r r e g l o de u n a s u n -
t o en q u e m e d i a b a u n a n i ñ a d e diez a ñ o s .
S a c c a r d le inició en fin en m e c a n i s m o s financie-
r o s d e p r o d i g i o s o ingenio, y c u a n d o el s e ñ o r T o n -
t i n - L a r o c h e s e s e p a r ó de él, le e s t r e c h ó e s p r e s i v a -
m e n t e la m a n o diciéndole:
- ¡ U s t e d será un hombre, merece serlo!
S a c c a r d m a n e j ó d i e s t r a m e n t e á los dos p e r s o n a -
jes, h a s t a el p u n t o de no h a c e r cómplices á u n o d e
o t r o . Los visitó s e p a r a d a m e n t e i n t e r e s á n d o l e s vi-
v a m e n t e en f a v o r de un c o n o c i d o s u y o q u e iba á
s e r e x p r o p i a d o en la calle de la P e p i n i e r e , t e n i e n -
do b u e n c u i d a d o de d e c i r á c a d a u n o q u e n o ha-
b l a r í a del a s u n t o á n i n g ú n o t r o m i e m b r o de la
Comisión.
Cuando f u é p r e s e n t a d o el e x p e d i e n t e sucedió
q u e p r e c i s a m e n t e u n o d e los m i e m b r o s vivía en la
calle d e A s t o r g , y conocía la casa, e s c a n d a l i z á n -
d o s e a n t e la s u m a de q u i n i e n t o s mil f r a n c o s , y pi-
d i e n d o q u e s e r e d u j e s e á m e n o s de la m i t a d .
El s e ñ o r T o n t i n - L a r o c h e q u e e s t a b a de u n h u -
m o r e n d e m o n i a d o t o m ó la d e f e n s a de los p r o p i e -
tarios.
—Señores—exclamó:—todos somos propieta-
r i o s . El E m p e r a d o r q u i e r e h a c e r las cosas en g r a n -
de; no d i s c u t a m o s s o b r e p e q u e ñ e c e s . Esa finca
d e b e v a l e r quinientos mil f r a n c o s . . . u n o de n u e s s
t r o s a g e n t e s , un e m p l e a d o del A y u n t a m i e n t o es el
q u e la h a t a s a d o . S e ñ o r e s , s i g u i e n d o así, conse-
g u i r e m o s h a c e r n o s sospechosos los u n o s á lo-
otros.
El B a r ó n , m i r a b a c o n s o r p r e s a á su c o l e g a ,
q u i e n l a n z a b a t o d o g é n e r o de a r g u m e n t o s e n f a -
v o r del p r o p i e t a r i o d é l a calle P e p i n i e r e . Sospechó
algo, p e r o v i e n d o q u e e s t o le e v i t a b a f o r m a r la
p a l a b r a , asintió c o n u n m o v i m i e n t o de c a b e z a . El
m i e m b r o d e la calle de A s t o r g d e b a t í a s e e n é r g i c a -
m e n t e , y e n t o n c e s el s e ñ o r T o n t i n - L a r o c h e , no-
t a n d o las m u e s t r a s de a s e n t i m i e n t o del Barón, to-
m a n d o el e x p e d i e n t e e x c l a m ó con voz d u r a :
— B a s t a . A c l a r a r e m o s t o d a s las d u d a s . Yo m e
e n c a r g a r é del a s u n t o si se m e p e r m i t e , y el b a r ó n
Gouraud informará conmigo.
—Eso e s — d i j o g r a v e m e n t e el B a r ó n — t o d o d e b e
estar claro en nuestras resoluciones.
D e s a p a r e c i ó el e x p e d i e n t e e n el bolsillo del se-
ñ o r T o n t i n - L a r o c h e , y la comisión h u b o de con-
formarse.
U n a vez e n la calle, los d o s amigos s e m i r a r o n
 sin r e i r s e . J u z g á b a n s e cómplices, lo cual les d a b a
m á s a p l o m o . O t r o s h u b i e r a n p r o v o c a d o u n a expli-
c a c i ó n , p e r o los c o m p a d r e s c o n t i n u a r o n defen-
diendo m u y s e r i o s á los p r o p i e t a r i o s , c o m o si a ú n
les e s c u c h a s e n , l a m e n t a n d o aquella i n j u s t i f i c a d a
desconfianza que empezara á germinar.
Guando i b a n á s e p a r a r s e , d i j o el B a r ó n son-
riendo:
— | A h ! O l v i d á b a m e d e a d v e r t i r á usted, m i que-
r i d o colega, q u e he de m a r c h a r m e f u e r a , y esti-
m a r í a q u e r e d a c t a r a usted el i n f o r m e y le r u e g o
n o h a b l e de mi m a r c h a , p u e s esos s e ñ o r e s p i r e c e
q u e se q u e j a n d e m i s f r e c u e n t e s a u s e n c i a s .
—Bien, b i e n , — c o n t e s t ó el c o l e g a — a h o r a m i s m o
v o y á p a s a r p o r la calle de la P e p i n i e r e p a r a in-
formarme.
Y se f u é á su casa tranquilamente, admirando
al B a r ó n q u e t a n f á c i l m e n t e resolvía las situacio-
n e s d e l i c a d a s . G u a r d ó el e x p e d i e n t e y en la sesión
i n m e d i a t a d e c l a r ó en n o m b r e del B a r ó n y en el
s u y o q u e e n t r e la o f e r t a de q u i n i e n t o s mil f r a n c o s
y la d e m a n d a de s e t e c i e n t o s mil e r a uecesario
conceder un término medio seiscientos mil
francos.
Nadie s e o p u s o y el m i e m b r o de la calle de As-
t o r g , q u e sin d u d a h a b í a m e d i t a d o m á s despacio,
d e c l a r ó s o l e m n e m e n t e q u e se h a b í a c o n f u n d i d o
c o n la c a s a i n m e d i a t a .
Así alcanzó S a c c a r d s u p r i m e r a v i c t o r i a , c u a -
d r i p l i c a n d o u n a s u m a y g a n a n d o dos cómplices.
S o l a m e n t e u n a cosa le p r e o c u p a b a : c u a n d o quiso
d e s t r u i r los l i b r o s de S i d o n i a no los halló. San-
s o n n e a u le confesó d e s c a r a d a m e n t e q u e él los te-
nía, y q u e se q u e d a b a con ellos.
S a c c a r d no s e e n f a d ó , d i c i é n d o l e q u e lo s e n t í a
p o r él si a c a s o le c o m p r o m e t í a n e s t a n d o e s c r i t o s
casi t o d o s de su p u ñ o y l e t r a , p e r o en fin, q u e d a b a
tranquilo por su parte.
Claro q u e d e b u e n a . g a n a h u b i e r a e s t r a n g u l a d o
al a m i g o S a n s o n n e a u , p u e s r e c o r d a b a , e n t r e o t r o s ,
u n d o c u m e n t o m u y c o m p r o m e t e d o r , u n falso in-
v e n t a r i o q u e h a b í a c o m e t i d o la t o r p e z a de firmar
y q u e debía c o n s t a r en el r e g i s t r o .
El a v i s p a d o a m i g o e s p l é n d i d a m e n t e r e c o m p e n -
s a d o , instaló u n a oficina de n e g o c i o s e n la calle de
Rívoli, c o n g r a n l u j o , y S a c c a r d , d e s p u é s de r e -
n u n c i a r á su e m p l e o , c o n t a n d o ya con f o n d o s p a r a
e m p e z a r s u s negocios, l a n z ó s e á la e s p e c t a c i ó n ,
m i e n t r a s su m u j e r , a t u r d i d a c o n s u s t r e n e s y b o a -
t o s se h u n d i ó en el caos de u n a bulliciosa v i d a .
E r a el hotel B e r a n d , u n a edificación de p r i n c i -
pios del siglo XVII, d e e s a s t a n n u m e r o s a s en el
Marais, s e v e r a s y o b s c u r a s , con a l t a s y e s t r e c h a s
v e n t a n a s , q u e a c a b a b a n p o r c o n v e r t i r s e e n cole-
gios ó a l m a c e n e s . Esta n o e s t a b a m a l c o n s e r v a d a .
Tenía t r e s pisos s o b r e la calle de San Luís de la
 — 12G —
Is a El b a j o , de m e n o r elevación q u e los o t r o s ,
e s t a b a lleno de v e n t a n a s e n r e j a d a s ; tenía una
p u e r t a cas, t a n alta c o m o a n c h a , llena de h e r r a j e s
P i n t a d a d e v e r d e y a d o r n a d a de e n o r m e s c l a v o s
L a s d e m á s v e n t a n a s d e los o t r o s pisos, e s t a b a n
p r o v i s t a s de l i j e r o s a n t e p e c h o s . En lo alto y de
Jante de las b o h a r d i l l a s el t e j a d o e s t a b a cortado
o q u e a u m e n t a b a m á s la a u s t e r a d e s n u d e z d e la'
f a c h a d a sin una p e r s i a n a ni un a d o r n o . El edificio
con su a s p e c t o v e n e r a b l e , d o r m í a s o l e m n e m e n t e
en medio del r e c o g i m i e n t o d e l b a r r i o y del silencio
de la calle no i n t e r r u m p i d o por el r o d a r d e los
coches.
En el c e n t r o del hotel a b r í a s e el patio c o m o una
m i n i a t u r a de la Plaza R e a l , y h a l l á b a s e enlosado
c o n e n o r m e s losas, c o m p l e t a n d o el aspecto s o m -
b r í o de la v e t u s t a m a n s i ó n . F r e n t e al soportal
veíase u n a f u e n t e c u y o s u r t i d o r e r a u n a cabeza
de león, por cuya entreabierta boca vertía un
c h o r r o de a g u a m o n ó t o n a y p e s a d a q u e saltaba
s o b r e la t a z a c u b i e r t a de m u s g o y d e s g a s t a d a .
E n t r e las losas c r e c í a la y e r b a y d u r a n t e el estío
un r a y o d e sol b a j a b a h a s t a el p a t i o c o m o r a r a
visita q u e b l a n q u e a b a un ángulo de la f a c h a d a
En el fondo de a q u e l s o m b r í o p a t i o , á la luz m o r -
t e c i n a del i n v i e r n o , c u a l q u i e r a s e j u z g a r í a trans-
p o r t a d o á mil l e g u a s del n u e v o P a r í s , e n el q u e
c o m e n z a b a u n a b a t a h o l a de l u j o y de d i n e r o
- 1 2 7 ^
""OHTtRKy
# 0009
En t o d a s las h a b i t a c i o n e s del hotel s e r e s p i r a b a
la m i s m a f r í a s o l e m n i d a d del p a t i o . Subíase á
ellas p o r u n a a n c h í s i m a e s c a l e r a con b a r a n d i l l a
de h i e r r o , r e s o n a n d o allí los pasos c o m o b a j o la
b ó v e d a de u n a iglesia. A u t i g u o s m u e b l e s d e c o r a -
b a n las v a s t a s h a b i t a c i o n e s v i é n d o s e en la s e m i -
o b s c u r i d a d c o n f u s a m e n t e las p á l i d a s figuras de
los tapices. Todo el e x t r a ñ o l u j o de la a n t i g u a cla-
se media p a r i s i é n veíase allí; sillas de e n c i n a c u -
b i e r t a s c o n r í g i d a s telas, a r c o n e s i n m e n s o s , e n los
que la r u d e z a de las t a b l a s las h a c í a inservibles
p a r a los d e l i c a d o s v e s t i d o s m o d e r n o s .
El s e ñ o r B e r a n d d u Chatel, h a b í a elegido sus
h a b i t a c i o n e s en la p a r t e m á s r e t i r a d a del h o t e l ,
en el p r i m e r piso, viviendo allí r e c o g i d o e n t r e la
s o m b r a y el silencio.
En aquella m a n s i ó n m u e r t a , e n a q u e l claustro,
h a b í a u n r i n c ó n de e n c a n t a d o r a niñez de aire
puro y alegre. Era necesario subir y volver á ba-
j a r , h a c e r u n v e r d a d e r o v i a j e p a r a l l e g a r p o r úl-
t i m o á u n a e s p a c i o s a h a b i t a c i ó n á e s p a l d a s del
h o t e l que d a b a s o b r e el muelle de B e t h u n e . T e n í a
la v e n t a n a m u y g r a n d e al Mediodía p o r d o n d e e n -
t r a b a la luz con lodo el a m b i e n t e de u n azul ilimi-
tado. S u s p e n d i d a c o m o un p a l o m a r , s e veían # e n
aquella estancia g r a n d e s c a j a s y m a c e t a s c o n flo-
r e s , una i n m e n s a p a j a r e r a y ni un solo mueble.
S o l a m e n t e en el suelo v e í a s e e x t e n d i d o u n felpu-

do. Aquel e r a el « c u a r t o d e las n i ñ a s » conocién-
dosele en todo el hotel p o r e s t e n o m b r e . Tan hú-
m e d a y f r i a e r a la c a s a q u e la tía I s a b e l había
llegado á t e m e r p o r Cristina y R e n a t a , c o n c i b i e n -
do la idea de h a c e r p r e p a r a r p a r a ellas aquel ol-
v i d a d o r i n c ó n único de la c a s a d o n d e el sol pene-
traba.
D u r a n t e las v a c a c i o n e s , h a b i t a b a allí R e n a t a
c o n v e r t i d o el c o u a r t o de las n i ñ a s , en un p a r a í s é
r o m a n o c o n el c a n t o d e los p á j a r o s y la a n i m a d a
c h a r l a d e las m u c h a c h a s . L l a m á b a n l e «nuestro
c u a r t o » y s e e n c o n t r a b a n en él c o m o en s u s p r o -
pios dominios, l l e g a n d o e n ocasiones á c e r r a r s e
con llave, p a r a c o n v e n c e r s e d e q u e e r a n las úni-
cas dueñas.
El i n m e n s o h o r i z o n t e a b i e r t o á s u s m i r a d a s e r a
p a r a las n i ñ a s el m a y o r e n c a n t o . Vislumbrábase
t o d o el e x t r e m o del S e n a , y l a p a r t e de París que
s e e x t i e n d e d e s d e la Cité h a s t a el p u e n t e de B e r c y .
S o b r e el m u e l l e d e B e t h u n e , v e í a n s e las b a r r a c a s
de m a d e r a medio h u n d i d a s , e n t r e u n a c o n f u s i ó n
d e vigas y t e j a d o s a g u j e r e a d o s , p o r e n t r e los c u a -
les se veían c o r r e r e n o r m e s r a t a s . Más allá la
p e r s p e c t i v a e r a o t r a , la e s t a c a d a extendiendo'sus
tablones y sus sostenes de catedral gótica v el
p u e n t e de C o n s t a n t i n a , columpiándose corro un
e n c a j e b a j o las p i s a d a s de los t r a n s e ú n t e s , pare-
c i e n d o . n t e r r u m p i r el c u r s o del r í o . Al f r e n t e ' l o s
á r b o l e s del M e r c a d o d a Vinos, y m á s allá las espe-
suras del J a r d í n de P l a n t a s , m i e n t r a s á la o t r a
orilla el muelle E n r i q u e IV y el de la R a p é e , ali-
n e a b a n s u s c o n s t r u c c i o n e s , q u e d e s d e la v e n t a n a
p a i e c í a n c a s i t a s d e j u g u e t e . A la d e r e c h a y m á s
en el fondo, la c u b i e r t a p i z a r r o s a de la S a l p e t r i e -
r e s o b r e s a l í a e n t r e los á r b o l e s , y e n m e d i o , ba-
j a n d o h a s t a el S e n a , f o r m a b a n las r i b e r a s dos
l a r g a s filas g r i s e s c o r t a d a s e n a l g u n o s sitios p o r
h i l e r a s de b a r r i c a s , pilas d e m a d e r a s ó c a r b ó n
amontonado.
El a l m a de todo aquello e r a , sin e m b a r g o , el
S e n a , salien lo de allá a b a j o y c o r r i e n d o m a j e s -
tuoso hacia la casa, p a r a e x t e n d e r s e y e n s a n c h a r -
se como u n a s á b a n a en la p u n í a de la i la.
El p u e n t e de Bercy y el d e A u s t e r l i z , q u e c o r -
t a b a n el r í o , p a r e c í a n p r e s a s n e c e s a r i a s puestas
allí p a r a i m p e d i r l e s u b i r h a s t a la v e n t a n a . Te-
n i a n l e ' c a r i ñ o las dos m u c h a c h a s y s e e x t a s i a b a n
en la c o n t e m p l a c i ó n de su c o r r i e n t e , q u e s e n t í a n
d e s a p a r e c e r á d e r e c h a ó i z q u i e r d a , con la s u a v i -
dad del g i g a n t e ya v e n c i d o .
Allá á lo lejos, la s u p e r f i c i e del Sena h a c í a s e
m á s a d m i r a b l e y p r e c i o s a , como la g a s a e n c a n t a -
d a y t r a n s p a r e n t e de u n a h a d a , r e f l e j á n d o s e so-
b r e ella t r é m u l o , la b ó v e d a c i l e s t e , l á s filas d o
las c o n s t r u c c i o n e s y el v e r d e f o l l a j e d e los d o s
parques.
LA CANALLA.—« TOMO L
 En a l g u n a s o c a s i o n e s , R e n a t a , ya c r e c i d a , can-
s a d a de aquel vasto h o r i z o n t e , llena de i n c o n s -
ciente s e n s u a l i s m o , t o r n a b a los ojos á la e s c u e l a
d e natación de los b s n o s P e t i t , cuya b a r c a a m a -
r r a d a , p a r e c í a e s p e r a r los c u e r p o s d e s n u d o s d e
los n a d a d o r e s , q u e se a d i v i n a b a n á t r a v é s de las
s á b a n a s t e n d i d a s á m a n e r a de c u b i e r t a s o b r e el
establecimiento.

III

Máximo, el hijo d e S a c c a r d , c o n t i n u ó en el co-

legio de P l a s s a n s h a s t a l a s v a c a c i o n e s d e 1854.
H a b í a cumplido los d o c e a ñ o s y a c a b a b a d e ter-
m i n a r el b a c h i l l e r a t o , p o r lo q u e , su p a d r e , deci-
dió t r a e r l e á P a r í s , p e n s a n d o q u e e s t o le daría
c i e r t a r e s p e l a b i l i d a d en su papel d e viudo r i c o
c e s a d o en s e g u n d a s n u p c i a s .
C i a n d o c o m u n i c ó su p r o y e c t o á R e n a t a , c o n -
t e s t ó é s t a con a c e n t o i n d i f e r e n t e :
—Sí, t r á e t e a l chiquillo. Nos s e r v i r á de d i s -
t r a c c i ó n . Estas m a ñ a n a s son t a n a b u r r i d a s . . .
El chiquillo llegó o c h o días d e s p u é s . E r a un g a -
lopín ya c r e c i d o c o n c a r a de chica, constitución
e n d e b l e , a i r e d e s c a r a d o y pelo r u b i o c l a r o . R a -
 En a l g u n a s o c a s i o n e s , R e n a t a , ya c r e c i d a , can-
s a d a de aquel vasto h o r i z o n t e , llena de i n c o n s -
ciente s e n s u a l i s m o , t o r n a b a los ojos á la e s c u e l a
d e natación de los b s n o s P e t i t , cuya b a r c a a m a -
r r a d a , p a r e c í a e s p e r a r los c u e r p o s d e s n u d o s d e
los n a d a d o r e s , q u e se a d i v i n a b a n á t r a v é s de las
s á b a n a s t e n d i d a s á m a n e r a de c u b i e r t a s o b r e el
establecimiento.

III

Máximo, el hijo d e S a c c a r d , c o n t i n u ó en el co-

legio de P l a s s a n s h a s t a l a s v a c a c i o n e s d e 1854.
H a b í a cumplido los d o c e a ñ o s y a c a b a b a d e ter-
m i n a r el b a c h i l l e r a t o , p o r lo q u e , su p a d r e , deci-
dió t r a e r l e á P a r í s , p e n s a n d o q u e e s t o le daría
c i e r t a r e s p e l a b i l i d a d en su papel d e viudo r i c o
c a s a d o en s e g u n d a s n u p c i a s .
C i a n d o c o m u n i c ó su p r o y e c t o á R e n a t a , c o n -
t e s t ó é s t a con a c e n t o i n d i f e r e n t e :
—Sí, t r á e t e a l chiquillo. Nos s e r v i r á de d i s -
t r a c c i ó n . Estas m a ñ a n a s son t a n a b u r r i d a s . . .
El chiquillo llegó o c h o días d e s p u é s . E r a un g a -
lopín ya c r e c i d o c o n c a r a de chica, constitución
e n d e b l e , a i r e d e s c a r a d o y pelo r u b i o c l a r o . R a -
p a d o p o r completo veíase la b l a n c u r a de su c r á -
neo a p e n a s c u b i e r t o por u n a ligera s o m b r a . Ves-
El pequeño la d e v o r a b a con los ojos. Aquella
tía un pantaloncillo c o r t o , zapatos d e g a ñ á n y u n a
s e ñ o r a de piel tan blanca, c u y o pecho se adivina-
c h a q u e t a ancha y raí la que le hacia m e d i o j o r o -
ba e n t r e los pliegues de la c h a m b r a , aquella
b a d o . Miraba t í m i d a m e n t e á su a l r e d e d o r , con
b r u s c a aparición, con su alto peinado, s u s manos
a i r e s a l v a j e y malicioso s e m b l a n t e d e chico p r e -
e n g u a n t a d a s , sus botillos de h o m b r e , cuyos taco-
coz q u e vacila a n t e s de salir J e su a s o m b r o .
nes se hundían en la a l f o m b r a , le s o r p r e n d í a y
Un c r i a d o le a c a b a b a de r e c o j e r en la estación
sonrió sin b a j a r la vista.
y el chico e n c o n t r á b a s e en el salón maravillado
—¡Vaya, es gracioso!—exclamó R e n a t a . —¡Pero
a n t e la vista de tanto d o r a d o y tan'.o lujo, ínti-
es un h o r r o r como le lian c o r l a d o el pelo! Venga
m a m e n t e gozoso, c u a n d o R e n a t a , q n e volvía d e
usted, a m i g u i t o , su papá 110 volverá tal vez hasta
casa del s a s t r e , e n t r ó como un torbellino en la
la hora de c o m e r y voy á i n s t a l a r l e . . . S >y su ma-
sala. Q jitóse r á p i d a m e n t e el s o m b r e r o y el blanco
drastra d e usted, c a b a l l e r i t o . Vamos, ¿quieres
a l b o r n o z q u e c u b r í a s u s hombros, m o s t r á n d o s e á
d a r m e un besu?
los ojos a d m i r a d o s de Máximo con toda la elegan-
—Con mucho gusto,—contestó Máximo muy de-
cia de su maravilloso vestido.
cidido.
Máximo creyó q u e iba d i s f r a z a d a : l l e v a b a u n a Y besó á R e n a t a en a m b a s mejillas, apoyando
linda falda azul con volantes, y u n a especie d e las manos en s u s h o m b r o s . R e n a t a le s e p a r ó des-
casaca de g u a r d i a f r a n c é s , de seda gris. Las vuel- pués rien ' o y e x c l a m a n d o :
t a s de las m a n g a s y las g r a n d e s solapas del c o r - —¡Eres muy gracioso, pelón! S e r e m o s amigos,
piño e s t a b a n f o r r a d a s de la misma tela, y c o m o ¿verdad? Deseo ser p a r a ti una m a d r . ¡Oh! Ya lo
a t r e v i d o r a s g o d e originalidad, g r a n d e s botones, tengo bien p e n s a d o y esto s e r á delicioso:
i m i t a n d o záfiros p r e n d i d o s en lazos azules, c a í . n Máximo c o n t i n u a b a m i r á n d o l a sin d e s c a n s o , y
á lo largo de la levita en dos hileras. El cor.juuto brevemente preguntó:
e r a r a r o y e n c a n t a d o r á un tierppo. — ¿Cuántos a ñ o s tiene usted?
R e n a t a , cuand > vió á Miximo, p r e g u n t ó al c r i a - — ¡E o no se pregunta nunca, niño! —dijo la j o -
do; s o r p r e n d i d a al verle tan alto como ella. ven j u n t a n d o las m a n o s . — S e r á m e n e s ' e r ense-
—Ese es el p e q u e ñ o , ¿verdad? ñ a r t e muchas cosas. P o r f o r t u n a ; a ú n puedo decir
la edad que tengo: veintiún años.
 —•Pues yo c u m p l i r é m u y p r o n t o c a t o r c e . . . Po-
d r í a usted ser mi h e r m a n a .
No c o n t i n u ó su idea, p e r o bien claro se com-
prendía que no e s p e r a b a hallar tan j o v e n á la se-
g u n d a m u j e r de su p a d r e .
Mirábala a ú n sin p e s t a ñ e a r con tal insistencia,
q u e R e n a t a acabó por r u b o r i z a r s e . Sin e m b a r g o ,
su cabeza de p á j a r o no l o g r a b a r e t e n e r un pensa-
m i e n t o fijo, y olvidándose de q u e se dirigía al
n i ñ o , comenzó á h a b l a r l e de s u s vestidos, luego
continuó:
—Quisiera h a b e r estado en la estación p a r a r e -
cibirte, p e r o figúrate q u e W o r m s m e ha t r a i d o
e s t e t r a j e esta m a ñ a n a , y no m e s e n t a b a bien. ¿Te
gusta?
Se había colocado ante el espejo y Máximo d a b a
vueltas á su a l r e d e d o r p a r a c o n t e m p l a r l a .
—¿Ves? Aquí, en e s t e costado, m e hace una
a r r u g a , ¿lo n o t a s ? Está m u y feo, p a r e c e q u e tengo
los h o m b r o s d e s i g u a l e s .
Máximo p a s a b a los dedos s o b r e la a r r u g a como
p a r a e s t i r a r l a , y su m a n o d e colegial vicioso
parecía dormirse con cierto placer en aquel
sitio.
—Te juro,—prosiguió Renata,—que no pude
a g u a r d a r . Hice e n g a n c h a r , y fui á c a s a de W o r m s .
P o r fin me ha ofrecido a r r e g l a r l o ,
Despüés quedóse.ante el espejo contemplándose
a b s t r a í d a , y acabó por decir en voz b a j a , como sí
hablase consigo misma:
— P u e s sí, p a r e c e que falta algo...
Y con un movimiento r á p i d o , plantóse ante Má-
ximo, p r e g u n t á n d o l e :
—Vamos á v e r , ¿qué te p a r e c e que falta?
El colegial, animado por aquella confianza, se
alejó un paso, volvió á a p r o x i m a r s e , y e n t o r n a n d o
los ojos, m u r m u r ó :
—No falta n a d a , es m u y bonito, m á s bien pare-
ce que s o b r a algo.
Y t r a z a n d o con el índice un á n g u l o s o b r e la
g a r g a n t a de R e n a t a , prosiguió:
—Yo d e usted, a b r i r í a algo m á s estos e n c a j e s y
m e p o n d r í a un collar con u n a c r u z m u y bo-
nita.
La joven aplaudió la o c u r r e n c i a , e x c l a m a n d o :
—¡Es v e r d a d ! Lo tenía en la p u n t a d e la len-
gua...
Colocóse n u e v a m e n t e ante el e s p e j o , y s e p a r a n -
do un poco la c h a m b r a , desapareció un m o m e n t o
y volvió con el collar y la c r u z .
— A h o r a si que está b i e n , — d i j o . — ¡ N o eres
tonto! Según eso, ¿tú vestías á las m u j e r e s d e tu
pueblo? Vaya, s e r e m o s b u e n o s amigos: p e r e es
necesario que me obedez a s . En p r i m e r lugar t e
d e j a r á s c r e c e r el pelo y no volverás á p o n e r t e esa
h o r r i b l e cháqutkn» D c j i u é - M>ií<i!'rrtt» iid< í.'-riu»
n e s de b u e n o s m o d a l e s . Quiero h a c e r t e un pollo
elegante.
—Si, s í , — c o n t e s t ó s e n c i l l a m e n t e el c h i c o ; — p u e s
p a p á e s r i c o y usted es su e s p o s a .
—Bien, pues e m p e z i r e m o s p o r t u t e a r n o s , — d i j o
Renata.—¿Me quieres mucho?
—Con to.ia mi a l m a , — c o n t e s t ó Máximo con
t o d a la e f u s i ó n d e un g r a n u j i l l a a f o r t u n a d o .
Esta f u é la" p r i m e r a e n t r e v i s t a de Máximo c o n
su m a d r a s t r a . El niño no f u é al colegio h a s i a pa-
s a d o un mes, y R m a t a j u g ó con él los p r i m e r o s
d í a s c o m o con una m u ñ e c a , le d e s b a s t ó un poco y
el chico puso de su p a r t e todo lo q u e p u d o .
El día q u e se p r e s e n t ó vestido de p i e s á c a b e z a
p o r el s a s t r e d e su p a d r e , R e n a t a q iedó admira-
da; e s t i b a lindo c o m o un niño de c e r a : tal f u é la
expresión de su m a d r a s t r a . S o l a m e n t e su pelo
e r a lo q u e e m p l e a b a g r a n lentitud en c r e c e r , p u e s
ella d ; c i a q u e la belleza del r o s t r o d e p e n d í a en
g r a n p a r t e del cabello, y p o r su p a r t e cuid.ba
el s u y o con g r a n devoción. H a b í a l a preocupado
p o r m u c h o t i j r n p o a q u e l color especial a m a r i l l o
pálido, p a r e c i d o al de la m a n t e c a fina, p e r o c u a n -
do vino la mo la del cabello a m a r i l l o , su gozo f u é
indecible, y p a r a h a c e r c r e e r q u e s e g u í a la me d a ,
j u r a b a q u e se lo t e ñ í a .
Teiií-i Máximo u n a de esas n a t u r a l e z a s d e l i c a d a s
y p r e c o c e s t u las q u e los s e n t i d o s se d e s a r r o l l a n
p r e m a t u r a m e n t e , y a n t e s de d e s p e r t a r s e en él los
deseos, a p a r e c i ó el vicio. Un par de veces e s t u v o
á pique de s e r e x p u l s a d o del colegio.
R e n a t a habia visto q u e á p e s a r d e lo iftal p e r -
geña lo q u e se h a b í a p r e s e n t a d o el p e l ó n , - c o m o
ella le l l a m a b a , - s o n r e í a , volvía la o a b e z i , y ex-
t e n d í a los b r a z o s con s o l t u r a . T r a í a las m a n o s
m u y c u i d a d a s , q u e e r a n d e l g a d a s y de finos ded. 8,
y si iba r a p a d o , e r a por o r d e n del D i r e c t o r del
colegio, coronel r e t i r a d o de I n g e n i e r o s . Tenia u n
espejillo q u e s a c a b a del bolsillo d u r a n t e las h o r a s
de c l a s e , y colocándole t r a s el libro, m i r á b a s e los
ojos y la boca, h a c i e n d o m u e c a s y c o q u e t e r í a s .
Los colegiales se c o l g a b a n de su b l u s a como de
u n a falda, y él s e a j u s t a b a de tal m o d o q u e t e n í a
el talle d e l g i d o y el b a l a n c e o de c a d e r a s p r o p i o
de u n a s e ñ o r i t a . E r a el colegio de P l a s s a n s u n a
m a d r i g u e r a de b a n d i d o s i n f a n t i l e s , d o n d e la in-
f a n c i a s a c a el mal d e no s e s a o e q u é o r i g e n des-
conocido. F e l i z m e n t e , la e d a d i b a i m o d . f i c a r l * ,
p e r o la huella de s u s a b a n d o n o s de niño, y a q u e l l a
a f e m i n a c i ó n de t o d o su s é r , debía q u e d a r y h e r i r l e
en su virilidad t o d a su v i d a .
Su m a d r a s t r a le llamaba «señorita» sin s u p o n e r
q u e seis a ñ o s a n t e s h u b i e r a dicho la v e r d a d . En-
contrábale muy obediente y zalamero, cansándole
& m e n u d o con s u s c a r i c i a s . Su m o d o de b e s a r
a b r a s a b a U piel. El m a y o r e n c a n t o q u e en él h a .
 "aba e r a su t r a v e s u r a g r a c i o s a , a t r e v i d a , ha-
b l a n d o ya de las m u j e r e s con s o n r i s a s p i c a r e s c a s ,
h a c e n d ó cara á las a m i g a s de R e n a t a , á Ja que-
r i d a Adelma, que a c a b a b a d e c a s a r s e con el s e ñ o r
de Espanet, y á , a o b e s a Susana, casada reciente-
m e n t e con el g r a n industrial H a f f n e r , por quien
sintió á los c a t o r c e años una pasión, y había to-
m a d o á su m a d r a s t r a p o r confidente, lo cual la
divertía en e x t r e m o .
- Y o hubiera preferido á Adelina,-decía la jo-
ven;—es mucho más bonita.
- S í p e r o S u s a n a es m á s g r u e s a , - c o n t e s t a b a
el m u c h a c h o . - M e g u s t a n las m u j e r e s g r u e s a s .
jlJebias h a b l a r l e tú en favor mío!
. R e n a L a s e r e í a > p a r e c í é n d o l e delicioso su mu-
ñeco, d e s d e q u e e s t a b a e n a m o r a d o . La s e ñ o r a
H a f f n e r , llegó un m o m e n t o en q u e se tuvo que
defender seriamente.
De todos modos, las s e ñ o r a s a n i m a b a n á Máxi-
m o con sus medias p a l a b r a s y sus p r o v o c a t i v a s
p o s t u r a s que tomaban delante del niño precoz
Aquellas tres m u j e r e s a b r a s a d a s p 0 r | a pasión ( n
su agitada vida, c o n s a g r á b a n s e i J a e n c a n t a d o r a
d e p r a v a c i ó n del chico, t o m a n d o su t a r e a como un
aperitivo delicioso. D á b a n l e tocar sus vestidos
y s u s h o m b r o s cuando en la a n t e c á m a r a las ayu^
a b a a ponerse los abrigos, y e n s e ñ á b a n l e el a r t e
<181* l l a n t e r í a y á ser a g N d a b - e con las s e ñ o r a
Teníanle como un j u g u e t e , como un h o m b r e c i -
llo de ingenioso artificio q u e b e s a b a , s o n r e í a y te-
nía los m á s divinos vicios del m u n d o , con el cual
podían d i v e r t i r s e sin peligro.
Cuando empezó el curso, asistió Máximo al Li-
ceo B o n a p a r t e , el centro d e e n s e ñ a n z a del g r a n
m u n d o , que fué elegido p o r S a c c a r d . El chico,
a u n q u e de enfermiza constitución, t e n í a u n a clara
inteligencia, e s t u d i a n d o todo con afición, m e n o s
los libros clásicos. F u é un e s t u d i a n t e distinguido
que no descendió hasta la bohemia, c o r r e c t o siem-
p r e y r i g u r o s a m e n t e vestido á la última m o d a .
P r e s e n t á b a s e en clase como en un s a l ó n , calza-
do d e l i c a d a m e n t e , e n g u a n t a d o , luciendo e l e g a n t e s
s o m b r e r o s y flamantes c o r b a t a s . F o r m a b a n una
veintena de c o m p a ñ e r o s a r i s t o c r á t i c o s q u e m u t u a -
m e n t e se ofrecían h a b a n o s á la salida, haciéndo-
se l l e v a r los libros por un c r i a d o con l i b r e a .
Máximo tenia un tilburí y u n caballito n e g r o
q u e conducía él mismo, llevando en el asiento pos-
t e r i o r un lacayo con los b r a z o s c r u z a d o s , q u e s o s -
tenía s o b r e las rodillas su c a r t e r a de e s t u i i a n f .
En diez minutos s e p l a n t a b a desde la calle de
Rívoli á la del H a v r e , d e t e n í a su caballo a n t e la
p u e r t a del Liceo, y d a b a la b r i d a al lacayo, di-
ciendo: «Santiago, vuelve á las c u a t r o y med.a».
Los comerciantes vecinos e s t a b a n m a r a v i l l a d o s de
la gracia de aquel jovencillo r u b i o , al q u e velan
 — UO —
m o r d í a l o s l a b i o s c o m o p a r a d e j . r a d i v i n a r el r e s -
invariablemente dos veces a. día llegar y m a r c h a r to, p u e s e n v e r d a d se c o n t a b a n c o s a s d e e s t a s d o s
en s u c o c h e . A. m a r c h a r , s o l í a i n v i t a r é q u e s u -
amigas b a s t a n t e i n d e c o r o - a s . La s e ñ o r a deLan-
b i e s e con ól a l g ú n a m i g o .
w e r e n s , e r a muy hermosa pero bastante compro-
K e n , t a , q u e s e p r o p u s o t o m a r en s e r i o s u p a p e l metedora.
de madre y de institutriz, es.aba encantada con M á x i m o q u i s o c o l e c c i o n a r los r e t r a t o s d e e s t a s
d i s c í p u l o . P e r o v e r d a d e r a m e n t e , no se t o m a b a b u e n a s s e ñ o r a s y los p u s o e n u n á l b u m q u e t e n i a
n i n g u n a m o l e s t i a e n p e r f e c c i o n a r su educación. e n sn c u a r t o . P a r a p o n e r e n u n a p r i e t o á s u ma-
Atravesaba entonces una época de despecho y draslra, preguntaba detalles sobre mujeres de
t r i s t e z a p r o f u n d o s ; un a m a n t e la h a b í a a b a n d o n a - e q u i v o c a f a m a , c o m o s>. l a s c o n f u n d i e r a c o n l a s
d o e s c a n d a l o s a m e n t e á la v i , t a d e t o d o P a r í s para
que p a s a b a n p o r h o n r a d a s y ella contestaba que
e n r e d . r s e c o n la d u q u e s a d e S e r n i c h . E n t o n c e s '
e r a n t e m i b l e s s é r e s d e los c u a l e s h a y q u e s e p a r a r -
redoblo c u . d a d o s p a r a c o n su h , ¡ a s t r o , y s e
s e c o n h o r r o r . C o m p l a c í a n e s p e c i a l m e n t e en h a -
c o n v i r t i ó e n el m e n t o r m á s e x t r a v a g a n t e q u e s e
b l a r d e la d u q u e s a d e S t e r n i c h , á la c u a l , R e n a t a ,
p u e d e i m a g i n a r . A l g u n o s d í a s , ella m i s m a iba á
d e s t r o z a b a sin p i e d a d , c o m o r i v a l s u y a ; ¡ - r a u n a
b u s c a r l e al L i c e o en s u c a r r u a j e . G u a r d a b a n el
v i e j a ! ¡Y e n c u á n t o s e n r e d o s e s t a b a m e f d a ! T e n i a
c a r t a p a c i o d e b a j o del a s i e n t o y s e iban a, B o s q u e . a m a n t e s o c u l t o s d e b a j o d e i o d o s los c a n a p é s , y se
Al « le d a b a l e c c i o n e s d e b u e n g u s t o , le s e ñ a l a b a h a b í a e n t r e g a d o á u n c h a m b e l á n p o r el c a p n c h o
g r a n d e s p e r s o n a j e s del P a r i s i m p e r i a l , feliz y
d e e n s u c i a r el l e c h o i m p e r i a l .
s a t i s f e c h o a ú n b a j o la i n f i u e n c i a d e a q u e l g o l p e N u n c a le f a l t a b a t e l a p a r a c o r l a r e n e s t e a s u n -
que había cambiado los g r a n u j a s d e la t o y M á x i m o , la e x a s p e r a b a , d i c i e n d o q u e la se-
víspera en millonarios y g r a n d e s s e ñ o r e s
ñ o r a d e S t e r n i c h e r a e n c a n t a d o r a . El d i s c í p u l o e n
M á x i m o la i n t e r r o g a b a p a r t i c u l a r m e n t e r e s p e c t o fin a p r o v e c h a b a las l e c c i o n e s , y lo q u e m á s d e h -
A «a» m - j e r e s , d,Índole e l l a d e t a l l e s í n t i m o s : la cio'so h a l l a b a , e r a v i v i r e n t r e f a l d a s , b e s u g u e o s y
s e ñ o r a de C a n d e e r a imbéci, pero estaba muy p o l v o s d e a r r o z . S g u i a t e n i e n d o a l g o de n i ñ a c o n
men formal.; la c o n d e s a V a n , k a , m u y r i c a , h a b í a s u s a f i l a d o s d e d o s su i m b e r b e r o > t r o y su cuello
c a n t a d o p o r las c a l l e s a n t e s d e c a s a r s e c o n un p o -
blbuco y r e g o r d e t e , y á los diez y siete a ñ o s no
pegaba, y Susana l l o r e r a la in.e- babía modista que no hubiese visitado aquel raro
de la
^ Eiípacetíí, Renata 59
 e n g e n d r o , q u e en clase leía los p r o s p e c t o s del
p e r f u m i s t a , h u b i e r a podido s o s t e n e r u n a p o l é m i c a
en c u e s t i ó n de m u j e r e s á esa e d a d en q u e los jó-
v e n e s d e p r o v i n c i a s no s e - a t r e v e n a ú n á m i r a r
c a r a á c a r a á su n i ñ e r a .
Su e n t r e t e n i m i e n t o m e j o r e r a a c o m p a ñ a r á R e -
n a t a á casa del m o d i s t o W o r m s , el s a s t r e i n g e n i o -
so ídolo d e l a s r e i n a s del s e g u n d o i m p e r i o . El sa-
lón del i l u s t r e s a s t r e e r a e s p a c i o s o , cuadrado
r o d e a d o d e d i v a n e s . Allí Máximo sentía certa
v e n e r a c i ó n relig.osa h a c i a las telas, p l u m a s , en-
c a j e s y b l o n d a s e s p a r c i d a s s o b r e los maniquíes
q u e c o n f u n d í a n s u s v a p o r o s o s a r o m a s c o n los d e
l a s c a b e l l e r a s p e r f u m a d a s . Aquel i n c i e n s o d e c a r -
ne y de l u j o , c o n v e r t í a el salón en m i s t e r i o s a c a -
pilla d e d i c a d a á a l g u n a d i v i n i d a d f e m e n i n a y mis-
teriosa.
En ocasiones, v e í a n s e o b l i g a d o s á h a c e r an-
tesala, h a b í a allí u n a d o c e n a de parroquianas
e s p e r a n d o t u r n o , r e m o j a n d o m i e n t r a s t a n t o biz-
c o c h a s en v i n o de m a d e r a , ó t o m a n d o un t e n t e e n
p i e a l r e d e d o r de u n a m e s a llena d e bóteJlas y
fiambres.
A q u e l l a s s e ñ o r a s e s t a b a n c o m o en s u c a s a , h a -
b l a n d o l i b r e m e n t e , c o m o una b a n d a d a d e c o t o -
r r a s Máximo e r a el único h o m b r e a d m i t i d o e n t r e
ellas. Allí d i s f r u t a b a d e s u s m á s d i v i n o s goces
a s p i r a n d o el p e r f u m a d o a m b i e n t e que t r a s p i r a b a n
con el r e c o g i m i e n t o de un n i ñ o d e c o r o r e c i b i e n -
do la s a g r a d a c o m u n i ó n .
— E s t e c h i q u i t o se m e t e p o r t o d a s partes,-de-
cía la b a r o n e s a d e Meinhold, d á n d o l e c a r i ñ o s a s
p a l m a d i t a s en la mejilla.
Gomo e s t a b a poco d e s a r r o l l a d o , a q u e l l a s s e ñ o -
r a s n o le s u p o n í a n m á s q u e c a t o r c e a ñ o s , y se e n -
t r e t e n í a n en a l e g r a r l e con el M a d e r a del i l u s t r e
sastre, haciéndole charlar cosas t a n estupendas
que se m o r í a n de r i s a .
Un día la m a r q u e s a de E s p a n e t e n c o n t r ó la f r a -
se q u e c o n v e n í a á la s i t u a c i ó n , v i é n d o l e s e n t a d o á
su e s p a l d a en u n o d e los á n g u l o s del d i v á n :
— E s t e niño debía h a b e r n a c i d o c h i c a .
Cuando p o r fin el i l u s t r e W o r m s , r e c i b í a á R e -
n a t a , e n t r a b a con ella en el g a b i n e t e . A l g u n a >ez
s e había p e r m i t i d o h a b l a r y el m a e s t r o s e d i g n ó
' s o n r e í r a n t e la j u s t i c i a d e s u s o b s e r v a c i o n e s , obli-
g a n d o á R e n a t a , en t a n t o , á c o l o c a r s e d e l a n t e del
e s p e j o q u e o c u p a b a todo un t e s t e r o , la e x a m i n a b a
atentamente.
El m i e s t r o c o m o si s ú b i t a m e n t e se s i n t i e r a ins-
p i r a d o , e x c l a m a b a con f r a s e s s e c a s y c o r t a d a s :
— F a l d a r e d o n d a . . . g r a n d e s n u d o s d e s a t é n gris,
d e l a n t e r o b u l l o n a d o d e tul g r i s p e r l a reparado
p o r b a n d a s de s a t é n color c e n i z a . . . vestido Mon-
tespan, completo...
P e r o e n o t r a s o c a s i o n e s , e n v a n o i n v o c a b a la
 i n s p i r a c i ó n . A r q u e a b a i n ú t i l m e n t e las c e j a s , s u j e -
t á b a s e la f r e n t e con las m a n o s , y d e s e s p e r a d o al
fin, s e d e j a b a c a e r e a u n sillón m u r m u r a n d o c o n
voz d o l i e n t e :
- I l o y no p u e d e s e r . . . imposible. El m a n a n t i a l
está a g o t a d o . Venga, v e n g a usted o t r o día, hoy n o
puedo comprenderla.
La s e l e c t a e d u c a c i ó n d e Máximo dió p o r fin su
p r i m e r o y n a t u r a l r e s u l t a d o : á los diecisiete a ñ o s
s e d u j o á la c a m a r e r a d e su m a d r a s t r a . Q u e d ó em-
b a r a z a d a , y f u é n e c e s a r i o m a n d a r l a á su pueblo y
asegurarla una pensión. Renata sufrió grande-
m e n t e con aquella a v e n t u r a , y S a c o r d , por su
p a r t e , sólo so o c u p ó del a s u n t o p a r a a r r e g l a r la
c u e s t i ó n p e c u n i a r i a . La m a d r a s t r a del j o v e n
r e p r e n d i ó s e v e r a m e n t e . ¡ C o m p r o m e t e r s e c o n se-
m a j a n t e m u c h a c h a ! ¡Qué m a n e r a d e c o m e n z a r t a n
r i d i c u l a y q u é c a l a v e r a d a t a n v e r g o n z o s a ! ¡Si al
m e n o s h u b i e s e sido con a l g u n a de a q u e l l a s seño-
ras!
—¡Qué d i a n t r e ! - c o n t e s t ó Máximo sencillamen-
t e . - S i tu a m i g a S u s a n a h u b i e s e q u e r i d o , h u b i i r a
sido ella la q u e h a b r í a n e c e s i t a d o m a r c h a r al
pueblo.
Y o l v i d a n d o R e n a t a su p a p e l de m a d r e s e v e r a ,
preguntóle sonriendo:
- D i m e . ¿lía sido Adelina quien te h a s e d u c i d o
y q u i e n h a d i r i g i d o la e s c e n a ? . . .
No t e r m i n ó . Máximo reía maliciosamente al
mismo tiempo q u e ella, y así salió d e r r o t a d a mo-
r a l m e n t e R e n a t a en aquella e s c a r a m u z a .
Saccard no se o c u p a b a p a r a n a d a d e los dos
n i ñ o s , c o m o á su hijo y á s u s e g u n d a m u j e r lla-
m a b a . Dejábales a b s o l u t a l i b e r t a d , t e n i é n d o s e p o r
feliz al v e r l o s en b u e n a a m i s t a d y coi l e n t o s siem-
p r e . El e x e m p l e a d o r e c i b í a d e n u e v e á o n c e á las
gentes más extrañas que puede imaginarse: s e n a -
d o r e s y p a s a n t e s de e s c r i b a n o , d u q u e s a s y v e n d e -
d o r e s d e q u i n c a l l a , p e r s o n a j e s de f r a c y h o m b r e s
de b l u s a , acogiendo á t o d o s c o n el m i s m o a i r e
a f e c t u o s o y d i s t i n g u i d o . D e s p a c h a d o s los n e g o c i o s ,
lj
en d o s m i n u t o s resolvía v e i n t e d i f i c u l t a d e s á la
vez, y d a b a s o l u c i o n e s i n m e d i a t a m e n t e p a r a lodo.
A las o n c e , salía á la calle, y no s e lo volvía á v e r
en t o d o el d í a , a l m o r z a b a f u e r a , y a l g u n a s veces
t a m b i é n comía, d e j a n d o la c a s a á m e r c e d de Re-
n a t a y Máximo, q u i e n e s p e n e t r a b a n en el g a b i n e -
t e del p a d r e , d e s e m p a q u e t a b a n y a b r í a n en él las
c a j a s de c a r t ó n de los p r o v e e d o r e s , y c o l g a b a n las
telas s o b r e los r e s p a l d o s de las sillas. R e n a t a ha-
cía e n g a n c h a r diez v e c e s al día, y a q u e l l a vida
desordenada de ruido, negocios y placeres atrave-
s a b a el hotel como un h u r a c á n con su r u m o r de
oro, s e d a s y e n c a j e s .
Arístides S a c c a r d h a b í a p o r fin e n c o n t r a d o lo
q u e buscaba, revelándose como gran especulador
LA. CANALLA.—10 TOMO L
y f a b r i c a n t e d e m i l l o n e s . D e s p u é s del negocio d e
la calle d e la P e p i n i e r e , j u g ó p a r t i d a s seguras,
comprando inmuebles que sabia iban á expropiar
s i r v éndose de a m i g o s p o r l o g r a r b u e n a s indem-
n i z a c i o n e s . En u n a ocasión se r e u n i ó c o n cinco
c a s a s de a q u e l l a s q u e h a b í a e c h a d o ya el ojo c u a n -
do e r a un p e l a g a t o s . P e r o t o d o e s t o e r a sólo la
i n f a n c i a del a r l e , c u a n d o h u b o a p r o v e c h a d o los
arriendos, especulado los i n q u i l i n o s y r o b a d o
al E s t a d o , puso s u g e n i o al s e r v i c i o de p l a n e s m á s
complicados.
I d e ó el j u e g o d e c o m p r a r i n m u e b l e s p o r c u e n t a
del Municipio y b a j o c u e r d a . P o r u n a disposición
del Consejo de Estado, el A y u n t a m i e n t o s e h a l l a b a
en u n a situación difícil. Este h a b í a c o m p r a d o m u -
c h a s fincas con la i d e a de a p r o v e c h a r los a r r i e n -
dos, y p o d e r a r r o j a r á los i n q u i l i n o s sin i n d e m n i -
zarles, pero fueron consideradas como verdaderas
e x p r o p i a c i o n e s , y tuvo q u e p a g a r . A r í s t i d e s , e n -
t o n c e s , s e o f r e c i ó c o m o t e s t a f e r r o del Municipio,
c o m p r a n d o y a p r o v e c h a n d o los a r r i e n d o s , y e n -
t r e g a n d o el i n m u e b l e m e d í a n t e u n a p r i m a en el
m o m e n t o c o n v e n i d o . Acabó p o r h a c e r d o b l e s j u -
g a d a s , c o m p r a n d o p o r el A y u n t a m i e n t o y para
el p r e f e c t o , y c u a n d o el negocio e r a d e mucha
i m p o r t a n c i a , e s c a m o t e a b a la c a s a , p a g a n d o el Es-
tado.
En r e c o m p e n s a á s u s s e r v i c i o s , o b t u v o S a c c a r d
concesiones de t r o z o s d e calles, p r o y e c t o s de ca-
r r e t e r a , todo lo c u a l , t r a s p a s a b a a n t e s d e empe-
zado á c o n s t r u i r . E r a un j u e g o t i r a d o ; j u g á b a n s e
barrios enteros, y algunas señoras amigas intimas
de altos f u n c i o n a r i o s e r a n de la p a r t i d a ; u n a de
ellas, c u y a b l a n c a d e n t a d u r a e r a c é l e b r e , llegó á
r o e r c o m o ella en m u c h a s o c a s i o n e s c a l l e s e n -
teras.
A r í s t i d e s no veía a p l a c a d a su a m b i c i ó n , p a r e -
ciéndole q u e u n m a r de m o n e d a s de o r o s e exten-
día á su a l r e d e d o r , i n u n d a n d o el a i r e c o n u n e x -
traño ruido de oleaje, una música acariciadora
s i e m p r e c r e c i e n t e q u e le a t u r d í a .
Los t i e m p o s a n u n c i a d o s p o r S a c c a r d d e s d e las
a l t u r a s d e M o n t m a r t r e h a b í a n llegado, y la g r a n
c i u d a d , dividida á s a b l a z o s , l l e n á b a s e de escom-
b r o s y d e s a p a r e c í a b a j o una c a p a d e y e s o . Arísti-
d e s s e vió c o m p r o m e t i d o en u n negocio de la calle
d e R o m a , m u y d e l i c a d o , del cual salió á flote g r a -
c i a s á su h e r m a n o E u g e n i o q u e p u d o i n t e r v e n i r á
t i e m p o . En Chaillot a y u d ó á d e s m o n t a r al c e r r o y
t e r r a p l e n a r con él u n a h o n d o n a d a p a r a q u e p a s a -
s e el b u l e v a r q u e v a d e s d e el A r c o de T r i u n f o al
P u e n t e de A l m a , él f u é q u i e n ideó p o r el l a d o de
P a s s y e s p a r c i r los e s c o m b r o s del T r o c a d e r o s o b r e
el l l a n o , de m o d o q u e la t i e r r a firme y b u e n a s e
e n c u e n t r a h o y á dos m e t r o s de p r o f u n d i d a d , y ni
la h i e r b a c r e c e s o b r e a q u e l l o s e s c o m b r o s . En u n
 das de los l i b r o s t a l o n a r i o s y d a r l a s el a s p e c t o d e
m i s m o día v i s i t a b a los t r a b a j o s del A r c o de T r i u n -
títulos que ya h u b i e r a n c i r c u l a d o m u c h o , tuvo Sac-
fo, del b u l e v a r San Miguel, los t e r r a p l e n e s d e
c a r d la i n g e n i o s a o c u r r e n c i a de h a c e r l a s r i s o t e a r
Chaillot, l l e v a n d o t r a s si un v e r d a d e r o e j é r c i t o d e
y a r r a s t r a r p >r el suelo, d u r a n t e toda u n a n o c h e ,
o p e r a r i o s , alguaciles, a c c i o n i s t a s , t o n t o s y pillas-
p o r los m o z o s de la oficina a r m a d o s de e s c o b a s .
tres.
E s t a s o f i : i n a s s e m e j a b a n p o r su a s p e c t o un
T e r o su m a y o r g a l a r d ó n e r a el Créiito Vilicola.
B i n c o , con su a n c h o p o r t e o , m o n u m e n t a l e - c a l e -
que había fundado con Tontin-Laroche, director
ra y su e j é r c i t o de e m p l e a d o s y l a c a y o s con li-
oficial d d m i s m o , en el c u a l a p a r e c í a como indi-
b r e a s . Na la, sin e m b a r g o , p r o d u c í a en el p ú b l i c o
v i d u o del Consejo de Vigilancia. G r a c i a s á Euge-
i m p r e - i ó n tan g r a n d e c o m o el s a n t u a ' i o , la c a j a ,
nio a u t o r i z ó el Gobierno la c o m p a ñ í a y la vigiló
á la q u e c o n d u c í a un c o r r e d o r de s a g r a d a d e s n u -
con e x t r e m a b e n e v o l e n c i a , p r o t e g i é n d o l a h a s t a tal
dez, y d o n d e se d e s t a c a b a el c o f r e d e h i e r r o , el
e x t r e m o , q u e e n c i e r t a ocasión c r i t i c a y con mo-
di >s e m b u t i d o y pegado al m u r o , h i n c h a d o y d o r -
t i v o d e las c e n s u r a s de un p e r i ó d i c o , llegóse á
mido con su triple c e r r a d u r a , s u s g r u e s o s c o s t a d o s
p u b l i c a r e n el Monitor Oficial una orden prohi-
y su aspecto de d i v i n o b r u t o .
b i e n d o toda discusión a c e r c a d e u n a c a s a t a n res-
A r i s t i d e s p r e p a r a b a u n b o n i t o n e g o c i o c o n el
p e t a b l e , p a t r o c i n a d a p o r el Estado.
A y u n t a m i e n t o , el c u a l , e m p e ñ a d o y a g o b i a d o por
Los negocios q u e r e a l i z a b a el Crédito Vitícola
su d e u d a , se veía a r r a s t r a d o en a q u e l b a i l e de mi-
e r a n excelentes; p r e s t a b a á los c u l t i v a d o r e s h a s t a
llones q u e h a b í a p u e s t o en d a n z a .
la m i t a d del v a l o r de la tasación de s u s p r o p i e d a -
P a r a l l e n a r c i e r t o s bolsi los y h a l a g a r al E m p e -
d e s , g a r a n t i z a n d o el p r é s t a m o con la hipoteca d e
r a d o r , veíase o b l i g a d o á h a c e r d i s f r a z a d o s em-
l a s m i s m a s , y r e c i b í a de los d e u d o r e s los i n t e r e s e s
p ' é s t i t o s , sii. q u e r e r c o n f e s a r la fiebre q u e le po-
a c r e c e n t a d o s con el beneficio d e la a m o r t i z a c i ó n .
seía. II ibía c r e a d o p o r e n t o n c e s lo q u e llamó b o n o s
El m e c a n i s m o no podía s e r m á s p r u d e n t e . Merced
de delegación, v e r d a d e r a s l e t r a s de c a m b i o á l a r -
al f o r m i d a b l e impulso q u e con solo e s t o le dio su
g a fecha, p a r a p a g a r c o a e l l a s á los c o n t r a t i s t a s
d i r e c t o r , el Crédito Vitícola a d q u i r i ó bien p r o n t o
el mismo día en q u e se f i r m a b a n los c o n t r a t o s y
r e p u t a c i ó n de solidez y p r o s p e r i d a d .
facilitarles asi el medio d e h a l l a r f o n d o s , negocian-
C u a n d o e m p e z a r o n , y p a r a l a n z a r de u n a vez e n
do a q u e l l o s b o n o s .
la Bolsa cierta c a n t i d a d de a c c i o n e s r e c i é n c o r t a -
 El Crédito Vitícola, había aceptado semejante
p a p e l de los c o n t r a t i s t a s , y c u a n d o el Municipio no
t u v o d i n e r o , A r í s t i d e s se p r e s t ó á a d e l a n t a r l e u n a
c a n t i d a d s o b r e una e m i s i ó n de aquellos b o n o s q u e
T o n t í n - L a r o c h e a s e g u r a b a h a b e r a d q u i r i d o de las
c o m p a ñ í a s c o n c e s i o n a r i a s . Así el Crédito Vitícola
se hizo i n v u l n e r a b l e , teniendo á P a r í s e n t e r o co-
gido en s u s r e d e s . S u d i r e c t o r h a b l a b a s o n r i e n d o
d e la Sociedad general de los puertos de Marrue-
cos, q u e a u n v i v í a , y los p e r i ó d i c o s s e g u í a n ensal-
zando.
T o n t í n - L a r o c h e a n i m ó cierto día á S a c c a r d p a r a
q u e tomase a c c i o n e s de a q u e l l a sociedad, y é s t e ,
echándose á reir e n s u s b a r b a s , p r e g u n t ó l e si
le c r e í a t a n imbécil q u e c o l o c a s e su d i n e r o e n la
c o m p a ñ í a g e n e r a l de Las Mil y una noches.
Bien p r o n t o a q u e l a g i o t a j e no b a s t ó á satisfa-
cer las a n s i a s d e S a c c a r d , d e s d e ñ a n d o r e c o g e r el
oro q u e los Gousad y T o n t í n - L a r o c h e d e j a b a n c a e r ,
y m e t i ó l a s m a n o s h a s t a el codo, a s o c i á n d o s e c o n
los Mignon, G h a r r i e r y c o m p a ñ í a , a q u e l l o s f a m o -
sos c o n t r a t i s t a s q u e e m p e z a b a n e n t o n c e s , y h a b í a n
de hacer luego inmensos capitales.
El Municipio cedía ya los b o u l e v a r e s p o r con-
t r a t a , c o m p r o m e t i é n d o s e las c o m p a ñ í a s á e n t r e -
g a r l e la vía t e r m i n a d a c o n s t r u i d a , con á r b o l e s ,
bancos y faroles,, mediante cierta indemnización
c o n v e n i d a . A v e c e s , s e h a c í a n estos t r a b a j o s c a s i
por nada, considerándose recompensados con
creces, c o n los t e r r e n o s que al l e d e d o r q u e -
daban.
Mignon y C h a r r i e r que al comienzo f u e r o n c r e a -
ciones de S a c c a r d , se reían viendo los l u j o s o s tre-
nes de este, v i s t i e n d o g e n e r a l m e n t e s u s b l u s a s y
no r e h u s a n d o a l t e r n a r con los o b r e r o s y volvien-
do á s u s c a s a s sucios de y e s o .
Si A r í s t i d e s i m p u l s ó el n e g o c i o d e los dos con-
t r a t i s t a s , con su m a r c h a p a u s a d a y su a d m i n i s t r a -
ción r u t i n a r i a , s a l v á r o n l e m u c h a s veces de f r a c a -
s a r . No q u i s i e r o n e s t a b l e c e r s o b e r b i a s o f i c i n a s n i
c o n s t r u i r u n e x p l é n d i d o hotel c o m o el de S a c c a r d .
T a m p o c o a c e p t a r o n los n e g o c i o s q u e s e d e r i v a b a n
del s u y o , c o m o e r a n , la c o n s t r u c c i ó n d e c a s a s d e
b a ñ o s e n los t e r r e n o s a d y a c e n t e s , c a m i n o s de hie-
r r o , g a l e r í a s de c r i s t a l e s , e t c . , q u e hiciesen d e c u -
p l i c a r el v a l o r ; p a r a c o r t a r d e r a í z e s t o s proyec-
tos que les espantaban, decidieron repartirse
e n t r e los t r e s socios los t e r r e n o s a n e j o s , y q u e
c a d a cual hiciese lo q u e q u i s i e r a con s u p a r t e .
A r í s t i d e s e d i f i c a b a e n los s u y o s y r e m o v i e n d o
los capitales, no t a r d ó eu r e u n i r o c h o c a s a s s o b r e
los n u e v o s b o u l e v a r e s . C u a t r o e s t a b a n y a conclui-
das, y s e l e v a n t a b a n dos en el b u l e v a r Haussman
y las o t r a s c u a t r o en el de M a l e s h e r b e s .
E r a n p o r aquella época t a n t í s i m o s los n e g o c i o s
y e m p r e s a s e n q u e se v e í a m e t i d o , q u e sin q u e -
 d a r l e un m o m e n t o p a r a o t r a s atenciones, vefaso
posición y d u p l i c a b a la c i f r a p r o b a b l e de s u ca-
o b l i g a d o á leer su c o r r e s p o n d e n c i a en el c a r r u a j e .
pital. M « t r á b a s e con s u m u j e r a g r a d a b l e y cari-
Su caja p a r e c í a i n a g o t a b l e . Era a c c i o n i s t a de to-
ñoso siendo p a r a él una a s o c i a d a inconsciente. A
d a s las s o c i e d a d e s , c o n s t r u í a sin d e s c a n s o , s e in-
v e c e s , la e n v i a b a á c a s a de algún p e r s o n a j e p a r a
m i s c u í a en t o d o s los negocios sin r e a l zar u n o solo
L u s c a r a l g u n a r e s p u e s t a ó c o n s e g u i r a l g u n a auto-
limpio ni e m b o l s a r s e una sola c a n t i d a d legal-
rización, y c u a n d o ella volvía d e s p u é s de lograr
mente.
lo q u e d e s e a b a , f r o t á b a s e S a c c a r d las m a n o s r e -
Aquella o l e a d a d e o r o sin p r o c e d e n c i a c o n o c i d a ,
p i t i e n d o : «¿lias tenido juicio?» lo q u e h a c i a r e i r á
q u e p a r e c í a b r o t a r de su d e s p a c h o , c o n v i r t i ó l e p o r
R e n a t a m a l i c i o s a m e n t e . No e r a p o r q u e Arístides
u n m o m e n t o en un g r a n h o m b r e , á q u i e n los p e -
d e s e a r a t e n e r en su m u j e r u n a Michelin, p e r o le
riódicos elogiaban.
g u s t a b a n las b r o m a s e s c a b r o s a s . De t o d a s m a n e -
R e n a t a podía d e c i r s e q u e no e s t a b a c a s a d a , te-
r a s , si R e n a t a no « h u b i e s e t e n i d o juicio» no ha-
niendo s e m e j ó t e m a n d o . Transcurrían semanas
b r í a e x p e r i m e n t a d o su esposo m i s que el d e s p e -
e n t e r a s c a s i sin verle, p e r o S a c c a r d tenía s i e m p r e
c h o de h a b e r p a g a d o r e a l m e n t e la g r a c i a del p e r -
a b i e r t a s u c a j a p a r a ella, y en el f o n d o , le a m a b a
sonaje.
como á un banquero agradable. Hacía grandes
S u placer f a v o r i t o e r a d a r á las g e n t e s m e n o s
elogios de él d e l a n t e d e su p a d r e , á quien la f o r -
de lo q u e r e c i b í a y f r e c u e n t e m e n t e d e c í a : «Si f u e -
t u n a de su y e r n o le i n s p i r a b a f r í o y s e v e r i d a d . El
s e m u j e r , tal vez m e v e n d i e r a , p e r o no s e r í a tan
d e s p r e c i o de ella h a b í a s e d e s v a n e c i d o , pues era
n e c i o q u e e n t r e g a s e la m e r c a n c í a » .
e v i d e n t e q u e aquel h o m b r e solo h a b í a n a c i d o p a r a
f a b r i c a r m o n e d a con todo lo que p a s a b a p o r sus R e n a t a q u e se m o s t r ó u n a n o c h e e n el cielo

manos, mujeres, piedras, sacos de yeso ó con- p a r i s i é n c o m o el h a d a e x t r a ñ a de t o d a s las v o l u p -

ciencias, y R e n a t a no le podía r e p r o c h a r q u e hu- t u o s i d a d e s , e r a m u y difícil de a n a l i z a r . E d u c a d a

biese e m p e z a d o por comerciar con su matri- e a un c o n v e n t o , e m b o t a d o el d e s e o por alguca
monio. o t r a s itislacción n e r v i o s a , m o r t i f i c á b a l a y la e n -
lo piecia sin e m b a r g o á c a d a i n s t a n t e . E r a r e f l e x i -
R e n a t a f u é p a r a él los c i m i e n t o s d e su f o r t u n a
vamente burguesa, y lenía enorme cantidad
y deseaba verla bien puesta, fastuosa y admiran-
d e p r e o c u p a c i o n e s , p a r e c i é n d o s e en e s t o á su pa-
d o á P a r í s e n t e r o , p u e s t o d o a q u e l b o a t o le d a b a
dre, á aquella raza p r u d e n t e y serena e n la q u e
 floreciendo las v i r t u d e s del h o g a r , c r e c í a n á p e s a r
d e todo en su n a t u r a l e z a m a r a v i l l o s a s f a n t a s í a s .
Mientras permaneció e n t r e las s e ñ o r a s de la
Visitación, su e s p í r i t u , v a g a n d o l i b r e m e n t e entre
las místicas voluptuosidades de la capilla y l a s
c a r n a l e s a m i s t a d e s de s u s c o m p a ñ e r a s , habíase
e d u c a d o f a n t á s t i c a m e n t e , a p r e n d i e n d o el vicio y
m e z c l a n d o á ól d e u n m o d o e x t r e m o la f r a n c a
condición d e su n a t u r a l e z a , h a s t a el p u n t o d e s o r -
p r e n d e r á s u c o n f e s o r , al r e v e l a r l e q u e c i e r t o d í a ,
d u r a n t e la misa, h a b í a s e n t i d o el b r u t a l d e s e o d e
l e v a n t a r s e y d a r l e un beso. Luego s e d a b a g o l p e s
d e p e c h o y t e m b l a b a a n t e la idea del d i a b l o y de
s u s c a l d e r a s . Más t a r d e , a q u e l l a violación de q u e
f u é v í c t i m a , y s u f r i ó e s p a n t a d a , la hizo d e s p r e -
c i a r s e á sí m i s m a , é influyó m u c h o en el a b a n d o -
no de t o d a su v i d a . P e n s ó q u e tenía q u e luchar
c o n el m a l q u e r e s i d í a en ella y e s t e p e n s a m i e n t o
e r a m á s bien una c u r i o s i d a d q u e u n a p e t i t o .
C h a r l a b a sin d i f i c u l t a d , s i e n d o , e n l o s e x t r a o r -
dinarios casos de tierna amistad de Susana y
A d e l i n a , de los b e s o s á precio fijo d e la c o n d e s a
V a n s k a , p e r o m i r a b a todo e s t o c o m o u n a cosa q u e
ella d i s f r u t a r í a tal vez. No la h a b í a n corrompido
s u s p r i m e r o s a m a n t e s y p o r t r e s veces se h a b í a
creído víctima de u n a p a s i ó n p r o f u n d a , e s t a l l a n d o
s u a m o r como u n p e t a r d o c u y a s c h i s p a s no llega-
b a n á su corazón.
Aquellas l o c u r a s d u r a b a n un mes, enseñaba á
su a m a n t e p o r todo Parí«, y luego, u n a mañana
c u a l q u i e r a lo o l v i d a b a todo.
S u p r i m e r a m a n t e el D u q u e de R o s á n , un j o v e n ,
f u é u n r a y o d e sol p a s a j e r o ; h a b i é n d o l a cautiva-
do su d u l z u r a y a i r e d i s t i n g u i d o , le e n c o n t r ó al
t r a t a r l e í n t i m a m e n t e insulso y v a n o .
Siguió d e s p u é s Mister S i m p r ó n , a g r e g a d o á la
e m b a j a d a a m e r i c a n a q u e llegó á z u r r a r l a , y g r a -
c i a s á e s t o le s o p o r t ó c a s i u n a ñ o .
T o m ó d e s p u é s al Conde d e C h i b r a y , ayudante
d e c a m p o del E m p e r a d o r , m u y v a n i d o s o y a p u e s -
t o y q u e e m p e z a b a y a á a b u r r i r l e , c u a n d o se le
a n t o j ó e n a m o r a r s e d e él á la d u q u e s a d e S t e r n i c h
q u e se le quitó. R e n a t a lloró y quiso h a c e r c r e e r
á s u s a m i g a s q u e su c o r a z ó n e s t a b a d e s t r o z a d o y
no volvería á amar más.
E n t o n c e s llegaba el s e ñ o r de Mussy, u n s e r in-
significante, q u e h a c i a su c a r r e r a d i p l o m á t i c a d i -
r i g i e n d o cotillones y á quien t u v o l a r g o t i e m p o ,
s i e m p r e d i s g u s t a d a y llena de hastío, esperando
algo i m p r e v i s t o q u e la o b l i g a s e á v a r i a r .
Y así, á l o s v e i n t i o c h o a ñ o s e s t a b a horrible-
mente cansada; sufría jaquecas espantosas, se
cerraban s u s s a l o n e s y c u a n d o volvía á a b r i r l o s
e r a p a r a d a r paso á u n m o n t ó n d e s e d a s y e n c a -
j e s q u e c u b r í a n u n a c r i a t u r a lujosa y a l e g r e , sin
u n a p e n a e n el c o r a z ó n n i u n r u b o r e n la f r e n t e .
 Cierta a v e n t u r a de n o v e l a a l t e r ó , sin e m b a r g o ,
la monotonía d e su vida g liante. Un día, á la h o r a
del c r e p ú s c u l o , y s a l i e n d o á pie en d i r e c c i ó n á la
c a s a de su p a d r e , á quien d i s g u s t a b a el r u i d o de
c o c h e s e n su p u e r t a , n o t ó q u e la s e g u í a u n j o v e n .
Ilacia c a l o r y el día s e extinguí i con a m o r o s a
d u l z u r a . A o s t u m b r a l a á q u e no l i siguiesen
m á s q u e á c a b a l l o en l a s a v e n i d a s del Rosque,
h a ' l ó s i n g u l a r la a v e n t u r a y s e e n v a n e c i ó cual si
r e c i b i e s e un n u e v o homen.-je, algo b r u t a l , pero
c u y a g r o s e r í a misma lo hacia e x c i t a n t e . En vez de
c o n t m u a r su c a m i n o , tornó la calle del temple,
h a c i e n d o p a s e a r á su galán á lo l a r g o de los b u -
l e v a r e s . A n i m a d o el h o m b r e , s e hizo de tal modo
i n s i n u a n t e , q u e R e n a t a algo c o n f u s a siguió h a c i a
la calle del F a b o u r g P o i s s o n n i e r e , y se refu-
gió en la t i e n d a de la hermana de su ma-
rido.
Su p e r s e g u i d o r e n t r ó decidido t r a s ella. La s e -
ñ o r a Sidonia, c r e y e n d o c o m p r e n d e r la situación,
s o n r i ó y los d e j ó solos. Quiso s e g u i r l a Renata,
p e r o el d e s c o n o c i d o la h a b l ó con tal emoción y
g a l a n t e r í a q u e le p e r d o n ó su a t r e v i m i e n t o . Era
e s t e s u j e t o un e m p l e a d o q u e s e l l a m a b a J o r g e , á
q u i e n j a m á s R e n a t a p r e g u n t ó su apellido.
S¿ v i e r o n dos veces; ella e n t r a b a p o r el a l m a -
cén y él p o r la calle Papillón. En aquel a m o r en-
c o n t r ó u n o d e s u s m á s vivos p l a c e r e s , y s i e m p r e
p e n s ó en él con a l g u n a v e r g ü e n z a , p e r o con s i n -
gular s o n r i s a de p l a c e r .
Así la s e ñ o r a Sidonia, debido á la c a s u a l i d a d ,
p u d o s e r , p o r fin, c ó m p l i c e d e la s e g u n d a m"j-r
de su h e r m a n o , p a p e l q u e a m b i c i o n a b a d e s d e el
día q u e é s t e se c a s ó .
La p o b r e S i d o n i a h a b í a s u f r i d o u n a d e c e p c i ó n .
Sin p e r j u i c i o de m a n i p u l a r el m a t r i m o n i o , espe-
r a b a en p a r t e c a s a r s e t a m b i é n con R e n a t a , e s de-
cir, h a c e r de ella una de s u s clientes y o b t e n e r
p o r tal c o n c e p t o m u l t i t u d de beneficios.
Conocía á las m u j e r e s á la p r i m e r a ojeada,
igual q u e los c h a l a n e s inteligentes conocen á los
caballos. F u é g r a n d e , p o r c o n s i g u i e n t e , su c o n s -
ternación, cuando pasado un mes, comprendió
q u e llegaba t a r d e al r e p a r a r e n la s e ñ o r a de Lau-
w e r e n s r e p a n t i g a d a en m e d i o del s a l ó n . E r a é s t a
u n a h e r m o s a m u j e r de veintiséis a ñ o s , c u y o oficio
e r a d a r á conocer á las r e c i e n c a s a d a s . Pertene-
cía á u n a familia a n t i g u a y e s t a b a c a s a d a con u n
individuo de la alta b a n c a , q u e tenía el mal gusto
de no p a g a r las c u e n t a s d e la m o d i s t a d e su mu-
j e r , por cuya razón, ésta, que era m u y inteli-
g e n t e , p r o c u r a b a p r o v e e r s e de lo n e c e s a r i o .
O d i a b a , s e g ú n decía, á los h o m b r e s , p e r o a b a s ;
t e c í a de ellos á todas s u s a m i g a s , y s i e m p r e t e n i a
u n s i n n ú m e r o d e p a r r o q u i a n a s en la habitación
q u e o c u p a b a en la calle de P r o v e n c e , e n f r e n t e de
 las oficinas de su m a r i d o . D a b a r e u n i o n e s , y allí
que r e c i b i r á a l g ú n a m i g o q u e n o f u e r a del a g r a d o
se v e r i f i c a b a n las e n t r e v i s t a s p r e p a r a d a s , sin q u e
de su p a d r e » .
t u v i e r a n a d a d e p a r t i c u l a r q u e una j o v e n f u e s e
En aquel c u a r t o de Sidonia p a s ó m u c h o s ratos
á v e r á su a m i g a la s e ñ o r a L a u w e r e n s , y q u e allí
con la p o b r e c a m a r e r a , q u e h u b ' e r o n de e n v i a r
s e e n c o n t r a s e c a s u a l m e n t e c o n a l g ú n c a b a l l e r o de
d e s p u é s al pueblo. Sidonia, q u e a p r e c i a b a m u c h o
la b u e n a s o c i e d a d .
al chico, le p r e s t a b a d i n e r o y le llenaba d e solíci-
P o r lo d e m á s , la s e ñ o r a de la c a s a e s t a b a e n -
tos c u i d a d o s y a t e n c i o n e s .
c a n t a d o r a , y m u c h a s v e c e s los v i s i t a n t e s la h u -
Máximo e r a y a un h o m b r e c i t o , d e l g a d o y lindo,
b i e r a n p r e f e r i d o á las d e m á s , p e r o la m a l e d i c e n -
q u e h a b í a c o n s e r v a d o su c a r i l l a s o n r o s a d a y los
cia n o s e c e b a b a e n e l l a . P r e c i s a m e n t e en esto
ojos azules de n i ñ o . P a r e c í a s e á la p o b r e A n g e l a ,
e s t r i b a b a todo el s e c r e t o , t e n i e n d o á los h o m b r e s
su mirada e r a dulce también y sus c a b ' l l o s ru-
c o m o b u e n o s a m i g o s , s i e n d o ella u n a m u j e r hón-
r a l a y g o z a n d o el p l a c e r d e q u e o t r a s m u j e r e s ca- bios r i z a d o s c o m o los d e e l l a , p e r o no v a l í a , á

y e s e n p a r a su p r o v e c h o . p e s a r d e todo, lo q u e a q u e l l a m u j e r n u l a é i n -
dolente.
S i d o n i a , c u a n d o s e e n t e r ó de aquella preciosa
L a s a n g r e d e los R o u g o n s e a f i n a b a en él, h a -
c o m b i n a c i ó n , sintió p r o f u n d o d e s p e c h o , p u e s c o m -
ciéndole delicado y vicioso. H>jo d e u n a madre
p r e n d i ó q u e ella r e p r e s e n t a b a el a n t i g u o s i s t e m a
d e m a s i a d o j o v e n , m a n c h a d o con los f u r i o s o s a p e -
y s e hallaba e n f r e n t e de o t r o m á s m o d e r n o y refi-
titos del p a d r e y la molicie de la m a d r e , e r a u n
n a d o . T r i u n f ó e s t a e s c u e l a y la s e ñ o r a de L a u w e -
p r o d u c t o d e f o r m e en quien t o l o s los d e f e c t o s de
rens miraba desdeñosamente á Sidonia, en ü que
s u s p r o g e n i t o r e s se c o m p l e t a b a n , e x t r a ñ o h e r m a -
vió u n a r i v a l . L a e s c u e l a clásica, no e n t r ó e n
f r o d i t a n a c i d o á s u tiempo e n u n a s o c i e d a d p o - .
a c c i ó n , h a s t a q u e el a z a r no llevó á R e n a t a á la
t i e n d a de la z u r z t d o r a d e v o l u n t a d e s , s i é n d o des- drida.

de e n t o n c e s la c o r r e d o r a su c o n f i d e n t e . Cuando i b a al B o s q u e con el talle c e ñ i d o , b a i -

l a n d o s u a v e m e n t e s o b r e el caballo q u e le m e c í a á
Uno d e los c l i e n t e s m á s a s i d u o s d e é s t a , f u é su
u n ligero g a l o p e , e r a el dios d e la e d a d presenta,
s o b r i n o Máximo, q u i e n d e s d e los p r i m e r o s a ñ o s
c o n su c a r a e n f e r m i z a y p i c a r e s c a , su i r r e p r o c h a -
iba á e n r e d a r á s u c a s a , l l e g a n d o , m á s t a r d e , á
ble e l e g a n c i a y su a r g o t de e s c e n a r i o . L l e g a d o á
p r e s t a r l e las llaves de s u h a b i t a c i ó n , «por si tenía
los v e i n t e a ñ o s , i n d u d a b l e m e n t e h a b í a y a s o ñ a d o
 Asi, M á x i m o , c o n v i r t i ó s e en el m e n t o r d e Re-
n a t a , y c u a n d o iba con ella al B o s q u e , c o n t á b a l a
t o d a s l a s s u c i e d a d e s y el vicio e n él e r a c o r r i e n t e
historias de m u c h a c h a s q u e la h a c í a n r e í r á c a r -
c o m o u n a e f l o r e s c e n c i a n a t u r a l d e su t e m p e r a -
c a j a d a s . Conocía las i n t i m i d a d e s de las s e ñ o r a s , y
m e n t o y su e d u c a c i ó n .
era u n v e r d a d e r o catálogo de t o d a s las m u c h a -
P e r o lo m á s c a r a c t e r í s t i c o en él, e r a n los ojos;
chas d e P a r í s . En L o n g c h a m p s , los d í a s de c a r r e -
ojos c l a r o s y s o n r i e n t e s de m u j e r pública, q u e no
ras, escuchaba R e n a t a con placer cómo Blanca
se b a j m n u n c a , en a c e c h o s i e m p r e del p l a c e r q u e
Muller e n g a ñ a b a c o n s u p e l u q u e r o á u n a g r e g a d o
s e b u s c a sin f a t i g a .
de E m b a j a d a , ó c ó m o el B a r o n c i t o h a b í a e n c o n -
T o d a s e s t a s c u a l i d a d e s a u m e n t a b a n en el j o v e n
t r a d o al Conde en calzoncillos, e n la a l c o b a de
á m e d i d a q u e S a c c a r d se e n r i q u e c í a y q u e R e n a t a
una hermosura muy delgada, de cabellos rojos, á
s e h u n d í a en el t o r b e l l i n o de su g a l a n t e v i d a , y
la q u e a p o d a b a n «el c a n g r e j o » .
aquellos t r e s s é r e s a c a b a r o n p o r c o n q u i s t a r u n a
e x i s t e n c i a m a r a v i l l o s a de l o c u r a y libertad, q u e T e n í a M á x i m o u n a colección de f o t o g r a f í a s de
e r a c o m o el f r u t o m á g i c o de t o d a u n a época. a q u e l l a s d a m a s , y llevaba r e t r a t o s e n los bolsillos
E r a n c o m o t r e s cama-radas, t r e s e s t u d i a n t e s , que de a c t r i c e s y b a i l a r i n a s , q u e i b a n á p a r a r á su
c o m p a r t i e n d o el mismo a l o j a m i e n t o , no h u b i e r a n á l b u m , d o n d e se veían t a m b i é n los d e a c t o r e s , es-
u s a d o de su l i b e r t a d p a r a o t r a c o s a , q u e para critores y diputados. Este álbum e r a objeto de
i n s t a l a r en él s u s a m o r e s y s u s r u i d o s a s fiestas. largas conversaciones los d í a s lluviosos y de
S a l u d á b a n s e con a m i s t o s o s a p r e t o n e s de m a n o s , spleen.
sin p r e o c u p a r s e de la c a u s a q u e en u n m o m e n t o E n t a b l á b a n s e g r a n d e s d i s c u s i o n e s s o b r e los ojos
d a d o les r e u n í a b a j o el mismo t e c h o . de la de L a u w e r e n s , los c a b e l l o s de la «Cangrejo»,
El s e n t i m i e n t o del h o g a r habíanle reemplazado la g a r g a n t a de B l a n c a Muller, la n a r i z algo torci-
p o r u n a especie de c o m a n d i t a en q u e los b e n e f i - da de la m a r q u e s a , ó la boca de Silvia, c é l e b r e
cios e r a n r e p a r t i d o s p o r lotes iguales; c a d a cual p o r s u s g r u e s o s labios, c o m p a r a n d o á u n a s muje-
r e t i r a b a su p a r t e d e goce, h a b i e n d o convenido r e s con las o t r a s .
t á c i t a m e n t e en q u e n i n g u n o s e o c u p a r í a del em-
—Si yo f u e r a h o m b r e , — d e c í a R e n a t a , — e s c o g e -
pleo q u e d e él hiciese, l l e g a n d o h a s t a á r e l a t a r s e
ría á A d e l i n a .
s u s p l a c e r e s y h a c e r a l a r d e de ellos del m o d o m á s —¡Pues mira que Silvial-contestaba Máximo.
n a t u r a l del m u n d o . LA C A N A L L A - 1 1 ™ M 0
 H o j e a n d o el á l b u m , a p a r e c í a á ve^es el d u q u e
de R o z a n , S i m p s o n , ó el c o n d e de Ctiibrav, y Má-
x i m o añ.tdia b r o m e a n d o :
— ¡Oh! t i e n e s un gusto deplorable... ¡Habrá
n a d a m á s tonto q u e la c a r a de e s t o s c a b a l l e r o s !
R o z a n y C h i b r a y t i e n e n todo el a r t e de G u s t a v o ,
mi peluquero.
R e n a t a a r r u g a b a los labios c o m o diciendo q u e
la t e n i a sin c u i d a d o , y c o n t i n u a b a a b s o r t a ante
a q u e l l a s f i s o n o m í a s q u e c o n t e n í a el á l b u m , e s t u -
d i a n d o m i n u c i o s a m e n t e los r e t r a t o s de las m u j e -
r e s , y r e p a r a n d o en los m á s p e q u e ñ o s d e t a l l e s .
Un día llegó h a s t a p e d i r u n lente, p o r q u e c r e í a
v e r un pelo en la n a r i z de la « C a n g r e j o » . Efectiva-
m e n t e , en medio de la n a r i z se p e r c i b í a un pelillo
d e s p r e n d i d o de l a s c e j i s , y a q u e l l o les s i r v i ó de
d i v e r s i ó n p o r m u c h o t i e m p o , h a c i e n d o q u e lo n o -
tasen las señoras que visitaban á Renata.
Con a q u e l l e n t e p u d i e r o n e s c u d r i ñ a r los d e m á s
r e t r a t o s , y R e n a t a hizo g r a n d e s d e s c u b r i m i e n t o s ,
halló a r r u g a s i g n o r a d a s , c u l i s á s p e r o s , h o y u e l o s
mal c u b i e r t o s p o r los p o l v o s de a r r o z , c o n c l u y e n -
do Máximo p o r o c u l t a r el lente, diciendo q u e le
q u i t a b a la ilusión.
Y la v e r d a d e r a , que R e n a t a s o m e t í a á un exa-
m e n d e m a s i a d o r i g u r o s o los g r u e s o s l a b i o s de
Silvia, hacia q u i e n Máximo s e n t í a especial inclina-
ción. I d e a r o n un j u e g o m u y d i v e r t i d o , p l a n t e a n d o
la s i g u i e n t e p r e g u n t a : «¿Con quién m e a c o s t a r í a
de b u e n a g a n a esta noche?» Y a b r í a n el álbum
q u e e s t a b a lleno d e r e s p u e s t a s , d a n d o l u g a r á c o m -
binaciones muy chuscas.
T a m b i é n las a m i g a s g o z a r o n de esta d i v e r s i ó n
d u r a n t e m u c h a s noches, v i é n d o s e í l - n a t a d e a q u e l
m o d o , y s u c e s i v a m e n t e c a s a d a c o n el a r z o b i s p o
de P a i i s , con G o u r a n d y con el s e ñ o r de C h i b r a y ,
lo q u e hizo r e i r m u c h o á todos, incluso á su m a -
r i d o , lo c u a l , la molestó. A Máximo, s e a p o r c a s u a -
l i d a d ó por malicia, s i e m p r e q u e a b r í a el álbum
l e salía la m a r q u e s a . P e r o lo m á s d i v e r t i d o era
c u a n d o la s u e r t e un'n á dos h o m b r e s ó á dos m u -
jeres.
La a m i s t a d de Máximo con su m a d r a s t r a llegó
h a s t a el e x t r e m o de c o n t a r l e la j o v e n s u s p e n a s
a m o r o s a s , c o n s j l á n d o l a él y d á n d o l a c o n s e j o s .
Más t a r d e , llegaron á h a c e r s e r e c í p r o c a s c o n f i d e n -
c i a s , como si S a c c a r d 110 e x i s t i e r a p a r a ellos. En
s u > paseos por el Bosque sentían n e c e s i d a d de co-
m u n i c a r s e difíciles s e c r e t o s con la a l e g r í a de los
n i ñ o s q u e s e c u e n t a n c o s a s al oído. G j z a b a n con
esto voluptuosamente, como b u e n o s camaradas
que recuerdan sus primeras a v e n t u r a s convir-
t i é n d o s e e n f a n f a r r o n e s de s u s m a l a s costum-
bres.
R e n a t a le c o n f e s a b a q u e e n el colegio e r a n m u y
licenciosas s u s c o m p a ñ e r a s , y Máximo, e x a g e r a n -
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- 465 - ^KMbxíqq
do, atrevióse á contar algunas indecencias del
— E n t r a , h o m b r e . V a y a u n a a l g a z a r a que e s t á i s
colegio de P l a s s a n s .
m o v i e n d o . ¿Con q u i é n está«?
Tenia el j o v e n una colección d e m a s i a d o r i c a de
—Con L a u r a de Auvigny, Silvia, la «Cangrejo»
anécdotas p a r a que se quedara atrás, y Renata,
y un p a r m á s . Están deliciosas, m e t e n l a s m a n o s
c a n t á n d o l e al oído couplets picantes, s u m e r g í a n s e
e n los platos y se t i r a n la e n s a l a d a á la c a r a . Mira
e n u n e s t a d o de b e a t i t u d p a r t i c u l a r , a g u i j o n e a d o s
c o m o m e h a n p u e s t o la levita.
p o r ciertos d e s e o s i n e x p r e s a b l e s .
—¡Ah! ¡la j u v e n t u d ! No sois como nosotros,
R o d a b a el c o c h e s u a v e m e n t e y r e g r e s a b a n á
¿ v e r d a d , g a t i t a mía? N o s o t r o s h e m o s comido t r a n -
c a s a con u n c a n s a n c i o delicioso, m á s lánguidos
quilamente, y ahora vamos á arrullarnos.
q u e á la m a ñ a n a s i g u i e n t e de una n o c h e d e a m o r .
—¡Hola Máximo!—exclamaba la m u j e r . — Y a .no
Mayor f a m i l i a r i d a d r e i n a b a a u n e n - r e el hijo y
se te ve. M a ñ a n a t e m p r a n o e s t a r é en c a s a . . . t e n -
el p a d r e . Este h a b í a c o m p r e n d i d o q u e á un g r a n
go que d e c i r t e u n a cosa.
h a c e n d i s t a d e b í a n g u s t a r l e las m u j e r e s , y q u e de-
Saccard añadía, dulcemente:
b í a h a c e r a l g u n a l o c u r a p o r ellas. P e r o su a m o r
—¡Oh! si os m o l e s t o , a h o r a rne i r é . Ya llama-
e r a b r u t a l , y a u n q u e p r e f e r í a el d i n e r o , g u s t á b a l e
réis cuando se pueda e n t r a r .
r e c o r r e r las a l c o b a s , s e m b r a r de billetes c i e r t a s
L u e g o s e llevaba á la d a m a , ó iba á reunirse
c h i m i n e a s , y p o n e r de v e z en c u a n d o a l g u n a m u -
con t o d o s en el g a b i n e t e i n m e d i a t o . Máximo y él
j e r de m o d a , c o m o m u e s t r a d o r a d a d e s u s nego-
cios. Con f r e c u e n c i a el p a d r e y el hijo se e n c o n - c o m p a r t í a n los m i s m o s h o m b r o s , s u s m a n o s s e

t r a b a n en la casa de las m i s m a s m u j e r e s , ó c u a n d o e n c o n t r a b a n a l r e d e d o r de los mismos talles, y s e

el joven c o m í a en la Maison d'Or, f o r m a n d o p a r t e c o n t a b a n en voz alta las c o n f i d e n c i a s q u e las mu-

de a l g u n a r e u n i ó n a l e g r e , oía la voz de S a c c a r d j e r e s les hacían al oído.
e n un g a b i n e t e c o n t i g u o . En Mabille e s p e c i a l m e n t e , e r a n m u y conocidos.
Comían y b e b í a n j u n t o s , e n c o m p a ñ í a de las mu-
— P a p á e s t á aquí al l a d o , — e x c l a m a b a c o n el
c h a c h a s , y h a s t a m e d i a n o c h e se les veia cogidos
gesto q u e a p r e n d í a d e los a c t o r e s d e m o d a .
del b r a z o p e r s i g u i e n d o faldas, b a j o la viva luz del
Y se d i r i g í a á la p u e r t a del c u a r t o p a r a curio-
gas á lo l a r g o de las s o m b r í a s a v e n i d a s .
sear. El a b a n d o n o y la molicie con q u e el p a d r e d a b a
—¡Ah! ¿ e r e s t ú ? — d e c í a Arístides alegremente.
la itíatio al h i j o , c u a n d o d e j a b a n a q u e l lUgais b a s -
 — ir.fi —
t a b a p a r a h a c e r e n t e n d e r de d o n d e v e n í a n . Cuan«
do R e n a t a les veía r e g r e s a r j u n t o s r e s p i r a b a en
aquel a m b i e n t e de q u e v e n í a n s a t u r a d o s , t o d o s s u s
caprichos y ansiedades.
—¿De d ó n d e vendréis?—Ies d e c í a , — o l é i s á p i p a
y á almizcle. De s e g u r o c o n s e g u i r é i s q u e m e dé
la j a q u e c a .
Y aquel < x t r a ñ o o l o r la a t u r d í a p r o f u n d a m e n t e .
Aquel e r a el p e r s i s t e n t e p e r f u m e de s e m e j a n t e
hogar doméstico.
Máximo se había a p a s i o n a d o d e la p e q u e ñ a Sil-
via, f a s t i d i a n d o y a á su m a d r a s t r a c o n aquella
c h i c a . R e n a t a , la conoció en s e g u i d a de p i e s á ca-
b e z a : T e n í a Silvia u n a señal a z u l a d a s o b r e la ca-
dera; sus rodillas eran seductoras, sus espaldas
e s t a b a n m a r c a d a s p o r u n solo h o y u e l o . C i e r t a t a r -
de 1 >s c o c h e s de, R e n a t a y Silvia t u v i e r o n q u e de-
t e n e r s e u n o al lado del o t r o e n medio de la c o n f u -
sión de los C a m p o s Elíseos. M i r á b a n s e las dos
m u j e r e s con viva c u r i o s i d a d , m i e n t r a s Máximo,
a t r a í d o p o r aquel c r í t i c o lance, b r o m e a b a e n voz
b a j a . Cuando el c o c h e c o m e n z ó á r o d a r , viendo
q,je su m a d r a s t r a g u a r d a b a s o m b r í o silencio, es-
p e r ó a l g ú n r e g a ñ o de Jos q u e a c o s t u m b r a b a á
e c h a r l e e n sus h o r a s de h a s t í o .
—¿Conoces al j o y e r o de esa s e ñ o r a ? — l e p r e g u n -
t ó b r u - c a m e n t e c u a n d o l l e g a b a n á la plaza de lá
Concordia.
- ifi 1 -
—Sí, p o r d e s g r a c i a , — c o n t o s t ó Máximo s o n r i e n -
do.—Le d e b o diez mil f r a n c o s , ¿por q u é m e lo
preguntas?
—Por nada.
Y d e s p u é s de u n a p a u s a , a ñ a d i ó :
— L l e v a b a un b r a z a l e t e m u y b o n i t o . H u b i e r a
q u e r i d o verle d e c e r c a .
No dijo más, p e r o al día s i g u i e n t e c u a n d o Máxi-
mo se disponía á salir con su p a d r e , llamóle á
p a r t e y le habló en voz b a j a con a l g u n a t u r b a c i ó n ,
como p i d i é n d o l e a l g ú n f a v o r .
Aquella t a r d e la llevó el b r a z a l e t e de Silvia p a r a
que lo viese.
— A q u í e s t á , — d i j o . — P o r tí s e r í a u m h a s t a la-
drón, querida mamá.
—Na s a b e q u e lo h a s t r a í d o — p r e g u n t ó R e n a t a
e x a m i n a n d o la j o y a .
—Me p a r e c e q u e no. Como lo llevó a y e r , no
q u e r r á lucirlo hoy.
M i e n t r a s , R e n a t a se lo había p u e s t o y a c e r c á n lo-
se á la v e n t a n a l e v a n t a n d o el b r a z o le hacia g i r a r
lentamente.
— E i m u y bonito. U n i c a m e n t e las e s m e r a l d a ^ no
me gustan.
En a q u e l m o m e n t o e n t r ó S a c c a r d .
—¡El b r a z a l e t e de S i l v i a J - e x c l a m ó c o n a s o m b r o .
—¿Lo c o n o c í a s ? — d i j o la j o v e n m á s t u r b a d a q u e
ól f sin ftftbef d ó n d e p o n e f é l b r a á o ,
 - 168 —
S a c c a r d i n d i c a n d o á s u hijo, e x c l a m ó :
—Ese t u n a n t e n o s t r a e r á el m e j o r dia el brazo
d e la d a m a con el b r a z a l e t e .
—No h e sido y o , — r e p u s o Máximo con m a l i g n a
intención. — l i a sido Renata quien ha querido
verlo.
— ¡ A h í — s e limitó á d e c i r el m a r i d o .
Y e x a m i n a n d o la j o y a , r e p i t i ó c o m o su m u j e r :
—¡Es m u y b o n i t o , m u y bonito!
Retiróse después tranquilamente, y Renata re-
gaño á Máximo p o r haberla vendido de aquel
m o d o , p e r o é s t e contestó q u e su p a d r e no s e p r e o -
cupaba de aquello.
• - P j e s b i e n , — d i j o la j o v e n , — t o m a el b r a z a l e t e
y e n c a r g a al m i s m o j o y e r o u n o igual p a r a mi,
solo q ie, en l u g a r d e e s m e r a l d a s q u i e r o z á f i r o s .
A r i s t i d e s S a c c a r d no podía poseer n a d a sin q u e
p e n s a s e e n s a c a r de ello a l g u n a u t i l i d a d . Aun no
h a b í a c u m p l i d o su h i j o v e i n t e a ñ o s , c u a n d o p e n s ó
en b u s c a r l e m u j e r y d o t e , sin p e r j u i c i o d e a p l a z a r
ó a n t i c i p a r el c a s a m i e n t o s e g ú n lo exigiesen los
a c o n t e c i m i e n t o s . T u v o s u e r t e , h a l l a n d o e n un Con-
s e j o de Vigilancia de q u e f o r m a b a p a r t e u n s e ñ o r
á p r o p ó s i t o , el s e ñ o r Mareuil, d e q u i e n en dos d í a s
se hizo d u e ñ o .
Era este caballero un antiguo refinador del
l l a v r e , q u e se l l a m a b a B o n n e t y que d e s p u é s de
h a b e r r e u n i d o u n a g r a n f o r t u n a se habia catado
— 169 —
c o n u n a j o v e n de la n o b l e z a , m u y r i c a t a m b i é n y
q u s b u s c a b a u n m a r i d o necio p e r o de b u e n aspec-
to. B o n n e t consiguió u s a r el apellido d e su m u j e r ,
y su m a t r i m o n i o le h a b í a d e s p e r t a d o locas am-
biciones, s o ñ a n d o c o n u n a e l e v a d a posición po-
lítica.
P u s o su d i n e r o al s e r v i c i o d e los n u e v o s p e r i ó -
dicos, c o m p r ó p r o p i e d a d e s en la N i e v r e y no p a r ó
hasta prepararse una candidatura en el Cuerpo
Legislativo.
F r a c a s ó , p e r o su a s p e c t o c o n t i n u a b a soberbio
m e r c e d á s u r o s t r o pálido de h o m b r e p e n s a d o r y
á su m a g e s t a d s o l e m n e . E n t o n c e s s e a g a r r ó á Sac-
c a r d como á su tabla d e s a l v a c i ó n , sabiendo q u e
i b a á quedar nuevamente vacante una candidatu-
r a en la N i e v r e .
Aristides Saccard c o m o h e r m a n o del ministro
le hizo s u y o y le indicó e n s e g u i d a la idea de un
e n l a c e e n t r e s u hija Luisa y Máximo. Mareuil s e
deshizo en e f u s i o n e s y llegó á c r e e r q u e h a b í a
sido él el p r i m e r o en c o n c e b i r tal i d e a , conside-
r á n d o s e dichoso al e m p a r e n t a r con la familia d e
un ministro, pareciéndole además q u e esperaba á
Máximo u n b r i l l a n t e p o r v e n i r .
Luisa t e n d r í a s e g ú n s u p a d r e un millón de d o t e .
Fea, contrahecha pero agradable, estaba conde-
n a d a á m o r i r j o v e n . Una afección al p e c h o m i n a b a
BU v i d a y la p r o d u c í a c i a r l a g r a c i a a t r a c t i v a . L a i
 j ó v e n e s e n f e r m a s e n v e j e c e n de p r i s a y se h a c e n del p a r q u e Monceaux s o b r e t e r r e n o s r o b a d o s ai
m u j e r e s a n t e s de tiempo. Luisa inocentemente Municipio. Habíase r e s e r v a d o en el p r i m e r piso
sensual, parecía haber n a c i d o á los q u i n c e a ñ o s un s o b e r b i o g a b i n e t e , d e c o r a d o de p a l o s a n t o y
e n plena p u b e r t a d . Su m a d r e h i b í a sido una mu- oro, con r e g i a biblioteca, sin u n solo l i b r o , y en
j e r s a n a y r o b u s t a , y Mareuil c r e í a r e c o r d a r a l g ú n el q u e u n a e n o r m e c a j a de h i e r r o s e d e s t a c a b a
detalle que explicaba el r a q u i t i s m o de aquella s o b r e el m u r o c o m o u n s a n t u a r i o .
n i ñ a , y su fealdad viciosa y s o n r i e n t e . Decíase que S u a s o c i a c i ó n con los s e ñ o r e s Mignon y Cha-
E l e n a de Mareuil h a b í a m u e r t o en medio d e los r r i e r le p r o d u c í a c u a n t i o s o s beneficios, el negocio
desbordamientos más vergonzosos. de los i n m u e b l e s iba cada vez m e j o r y el Crédito
La puerilidad d e aquella j o v e n e r a una conti- Vitícola era una mina inagotable. Enumerando
n u a c i ó n de los vicios de su m a d r e . N a d a la asom- s u s r i q u e z a s a t u r d í a á las g e n t e s ; su a c e n t o gan-
b r a b a á m e iida q u e c r e c í a , no i g n o r a b a n a d a , dis- goso de p r o v e n z a l , p a r e c í a m a r c a r s e m á s , y a q u e -
c u r r i e n d o s o b r e las c o s á s p r o h i b i d a s con el des- lla t u r b u l e n c i a mímica de h o m b r e r i c o contri-
embarazo y la s e g u r i d a d de quien al v o l v e r d e buía en p a r t e á p r o p o r c i o n a r l e f a m a d e e m p r e n -
u n a l a r g a a u s e n c i a , no t i e n e m á s q u e a l a r g a r la dedor afortunado que había conquistado.
m a n o p a r a e n c o n t r a r las c o s a s en s u sitio. Su capital limpio, no e r a c i e r t a m e n t e c o n o c i d o
Aquella c h i c u e l a i n f o r m e , mezcla i n c o m p r e n s i - y sus mismos asociados que forzosamente habían
b l e de c a n d o r y travesura, debía concluir por de e s t a r e n t e r a d o s de su situación con r e s p e c t o
a g r a d a r á Máximo y parecerle mucho más gracio- al negocio q u e con ellos tení-in, e s p l i c á b a n s e s u
sa q u e Silvia. colosal f o r t u n a , c r e y e n d o en s u a b s o l u t a suerte
A c o r d ó s e el m a t r i m o n i o y s e c o n v i n o en d e j a r y en o t r a s e s p e c u l a c i o n e s q u e d e s c o n o c í a n .
c r e c e r á los c h i c o s . Las d o s f a m i l i a s vivían, p u e s , G a s t a b a el d i n - r o á m a n o s l l e c a s , aquello e r a
e n i n t i m o t r a t o y m i e n t r a s el s p ñ o r d e Mareuil d e m e n c i a , r a b i a de d i n e r o , p u ñ a d o s de o r o a r r o -
t r a b a j a b a en c a n d i d a t u r a , Arístides acechaba su j a d o s por las v e n t a n a s , la caja v a c i a d a t o d a s l a s
presa, prometiéndole como regalo de boda su t a r d e s y vuelta á l l e n a r d u r a n t e la n o c h e sin s a -
n o m b r a m i e n t o d e a u d i t o r e n el C o n s e j o d e Es- ber cómo.
tado. E n t r e a q u e l l a colosal f o r t u n a q u e p a r e c í a el
S a c c a r d a c a b a b a d é h a c e r s e o o n s t í u i t eu hotói desbordámlfif.irt de ün t o r r e n t e , iba a r r a s t r a d a y
 R e n a t a s e n t í a , como todo el m u n d o , un p r o f u n -
a h o g a d a la dote d e R e n a t a . Quiso e s t a , al p r i n c i -
do r e s p e t o hacia la m o n u m e n t a l caja de su mari-
pio, a d m i n i s t r a r s u s b i e n e s , p e r o se c a n s ó en se-
do, sin q u e s e la o c u r r i e s e i n q u i r i r el o r i g e n de
g u i d a , c o n s i d e r á n d o s e d e s p u é s p o b r e en c o m p a -
aquel río de o r o q u e c o r r í a p o r s u c a s a . Duplica-
r a c i ó n de .su m a r i d o . A g o b i a d a de d e u d a s , hubo
r o n el n ú m e r o de s u s c o c h e s y s u s t r e n e s , vistie-
d e r e c u r r i r á él, p e d i r l e p r é s t a m o s y p o n e r s e á
r o n d e g r a n l i b r e a azul u n e j é r c i t o d e c r i a d o s y
d i s c r e c i ó n s u y a . Cada vez q u e p a g a b a u n a c u e n t a
d e s p l e g a r o n un l u j o d e s m e d i d o en las h a b i t a c i o -
s e iba e n t r e g a n d o m á s , le c o n f i a b a títulos de r e n -
n e s e x t e r i o r e s c u y o s c o r t i n a j e s d e s c o r r í a n los d í a s
ta y le a u t o r i z a b a p a r a v e n d e r algo.
de r e c e p c i ó n .
C u a n d o se a l o j a r o n en el hotel del P a r q u e Mon-
En medio de a q u e l l a s e s p l é n d i d a s h a b i t a c i o n e s ,
c e a u x , y a e s t a b a R e n a t a casi del t o d o d e s p o j a d a .
en a q u e l mágico palacio d e a d v e n e d i z o , a s p i r á b a -
S a c c a r d , r e e m p l a z a n d o al E s t a d o , la p a s a b a la
se el olor de Maville, s e n t í a s e el descoco d e las
r e n t a d e cien mil f r a n c o s p r o c e d e n t e s de la calle
b a i l a r i n a s , y se veía p a s a r toda la é p o c a c o n s u s
de la P e p i n i e r e , d e s p u é s de h a c e r l a v e n d e r l a pro-
l o c u r a s y su sed de placeres. Allí v i v í a un m a t r i -
p i e d a d d e la Sologne, p a r a c o l o c a r el d i n e r o , se-
monio l i b r e m e n t e á la vista de s u s c r i a d o s . Ha-
g ú n él decía, en u n g r a n negocio. Quedábanla
b í a n s e r e p a r t i d o el edificio c o m o si f u e r a u n hotel
sólo los t e r r e n o s de C h a r o n n e , los c u a l e s no que-
a l q u i l a d o d e s p u é s d e un l a r g o v i a j e , d o n d e a u n
r í a e n a g e n a r . p o r no a f l i g i r á su e x c e l e n t e lia I s a -
no h u b i e r a n tenido tiempo de a b r i r l a s maletas
bel. P e r o S a c c a r d p r e p a r a b a un i u g e u i o s o golpe
por c o r r e r en b u s c a de los g o c e s de una ciudad
c o n la a y u d a de L a n s o n e a u .
n u e v a . Solo p e r m a n e c í a n en él los d í a s d e gran
De e s t e m o d o R e n a t a d e b í a e s t a r l e a g r a d e c i d a , c o m i d a , e n t r a n d o á veces c a d a v e i n t i c u a t r o h o r a s
p u e s si s e había a p o d e r a d o d e t o d a su f o r t u n a , la u n m o m e n t o como se e n t r a en el c u a r t o de u n a
p a g a b a en c a m b i o la r e n t a cinco ó seis v e c e s . La f o n d a p a r a d e s c a n s a r un m o m e n t o e n t r e u n a y
de los cien mil f r a n c o s , u n i d a al p r o d u c t o de la otra coireria.
S o l o g n e , a s c e n d í a á u n o s n u e v e ó diez mil f r a n -
R e n a t a s e n ü a s e á veces n e r v i o s a é i r r i t a d a b a j o
cos, lo n e c e s a r i o j u s t a m e n t e p a r a p a g a r á su ca-
m i s e r a y á su z a p a t e r o . I m p o n a b a p u e s lo q u e la aquellos ricos a r t e s o n a d o s , q u e d a n d o a b u r r i d a y

d a b a S a c c a r d ó p a g a b a p o r ella, q u i n c e ó v e i n t e c a n s a d a d e s p u é s de las g r a n d e s fiestas; hubiera

veces más. d e s e a d o p a r a l l e n a r aquel lujo a l g u n a d i v e r s i ó n

 d r a d o y m u y b a j o . No lucía ni u n a flor ni un lazo,
s u p r e m a , q u e en v a n o b u s c a b a , allá en el salonci-
s o l a m e n t e lucía b r a z a l e t e s y d i a d e m a de o r o sin
to de color d e s o í y en el i n v e r n a d e r o de vejeta-
cincelar.
ción tropical y l u j u r i o s a .
Cuando al s e p a r a r s e d e su m a r i d o s e vió á ple-
R e s p e c t o á S a c c a r d , h . b i a l l e g a d o á su i d e a l , r e -
n a luz en los s a l o n e s e x p e r i m e n t ó c i e r t a e s p e c i e
cibía á la alta b a n c a en el s e ñ o r Tuntiri L a r o c h e
de t r a s t o r n o , e n t r e a q u e l l a barahunda de v o c e s
y L a u w e r e u s , á los e x i m i o s políticos en el b a r ó n
fracs negros y hombros blancos. Entonces apare-
G o u r a n d , el d i p u t a d o I l a f f n e r y su h e r m a n o el
ció el E m p e r a d o r . Cruzaba l e n t a m e n t e el s a l ó n ,
m i n i s t r o q u e t a m b i é n h a b i a ido dos ó t r e s v e c e s á
cogido del b r a z o de un g e n e r a l b a j o y r e g o r d e t e ,
d a r l e i m p o r t a n c i a con su p r e s e n c i a . Volvíase t a n
q u e r e s p i r a b a f a t i g o s a m e n t e Las d a m a s se sepa-
i m p e t u o s o q u e s u s a m i g o s d e c í a n de él: «Este d e -
r a r o n á su paso en dos filas d i s c r e t a m e n t e . R e n a -
monio de A r í s t i d e s , g a n a d e m a s i a d o , y a c a b a r á
ta h a l l á b a s e en el e x t r e m o d e la fila c e r c a de la
p o r p e r d e r la r a z ó n « . En 1S60 f u é c o n d e c o r a d o e n
s e g u n d a p u e r t a , hacia la c u a l s e d i r i g í a el E m p e -
p r e m i o á c i e r t a g e s t i ó n s e c r e t a r e f e r e n t e ai p r e -
r a d o r con v a c i l a n t e paso.
fecto, s i r v i e n d o de t e s t a f e r r o á c i e r t a d a m a en u n
c h a n c h u l l o de t e r r e n o s . Iba de f r a c , con la b a n d a r o j a del g r a n c o r d ó n
c r u z a d a s o b r e el p e c h o , y c o m o R e n a t a á c a u s a
Recién i n s t a l a d o en el P a r q u e M a u c e a u x o c u r r i ó
de la emoción distinguía mal, p a r e c í a l e aquella
u n s u c e s o e n la vida de R e n a t a q u e la dejó i m p r e -
m a n c h a una m a n c h a s a n g r i e n t a q u e l l e n a b a todo
sión indeleble. El h e r m a n o de A r i s t i d e s había r e -
el pecho del principe, á quien e n c o n t r ó pequeño
s i s t i d o á las s ú p l i c a s de s u c u ñ a d a q u e a r d í a e n
con las p i e r n a s d e m a s i a d o c o r t a s y el b j s t o d e m a -
d e s e o s de s e r i n v i t a d a á los g r a n d e s b a i l e s de la
siado flexible, p e r o e s t a b a tan d e s l u m b r a d a , que
c o r t e . Cedió el Ministro al cubo. C u a n d o vió ase-
le c r e í a h e r m o s o , á p e s a r d e su r o s t r o bilioso y
g u r a d a la posición d e A r i s t i d e s y R e n a t a vió lle-
a m a r i l l e n t o y s u s pesados y plomizos p á r p a d o s q u e
g a r p o r fin la g r a n n o c h e .
caían s o b r e s u s a d o r m e c i d o s ojos. E n t r e a b r í a b a j o
I b a vestida e s p l é n d i d a m e n t e ; "Worms se h a b í a
el bigote p e r e z o s a m e n t e la boca, en t a n t o q u e su
e x c e d i d o en un m o m e n t o d e i n s p i r a c i ó n . El t r a j e
n a r i z s o b r e s a l í a h u e s o s a y p r o m i n e n t e en m e d i o
consistía e n u n a sencilla g a s a b l a n c a , g u a r n e c i d a
de su fisonomía d e s v a n e c i d a .
de v o l a n t e s e s t r e c h o s r e c o r t a d o s y r i b e t e a d o s c o n
terciopelo n e g r o . L a t ú n i c a teiria el e s c o t e c u a - E! Em, e r a d o r a p o y a d o en el r e c h o n c h o g e n e r a l ,
 te f o r t u n a de su m a r i d o , volvía á representarse
continuaba avanzando lentamente. Miraban á las
al p r í n c i p e d o m i n a n d o t o d a s las c a b e z a s inclina-
d a m a s i n c l i n a d a s a n t e ellos, y s u s o j e a d a s desli-
das, d i r i g i é n d o s e á ella, y c o m p a r á n d o l a á un cla-
z á b a n s e á d e r e c h a é i z q u i e r d a e n t r e los esco-
vel q u e el obeso g e n e r a l le a c o n s e j a b a c o l o c a r en
tes. el ojal de su levita.
R e n a t a sintió de p r o n t o s u s m i r a d a s fijas s o b r e
A q u e l episodio f u é p a r a R e n a t a la n o t a m á s
ella. El g e n e r a l la c o n t e m p l a b a c o n ojos m u y
a g u d a de su e x i s t e n c i a .
a b i e r t o s , m i e n t r a s el E m p e r a d o r , l e v a n t a n d o s u s
dormidos párpados, lanzaba insolentes íulgores
de s u s o j o s m o r t e c i n o s . R e n a t a , c o n f u s a , b a j ó la
c a b e z a , inclinóse, y no vió m á s q u e las flores d e
la a l f o m b r a , p e r o siguió con la vista la s o m b r a d e
los dos p e r s o n a j e s , y c o m p r e n d i ó q u e se d e t e n í a n
u n i n s t a n t e a n t e ella. P a r e c i ó l a oir al E m p e r a d o r
que m u r m u r a b a contemplándola:
— G e n e r a l , h e ahi u n a flor sin c o g e r , u n miste-
r i o s o clavel m a t i z a d o de b l a n c o y n e g r o .
Y el g e n e r a l c o n t e s t a b a con voz b r u s c a :
—Señor, esa flor sentaría bien en vuestro
ojal.
R e n a t a l e v a n t ó la c a b e z a , lá a p a r i c i ó n había
d e s a p a r e c i d o y u n a o l e a d a de la m u l t i t u d ocultó
la p u e r t a .
D i s d e a q u e l l a vez volvió f r e c u e n t e m e n t e á l a s
T u l l e r í a s , y tuvo el h o n o r d e s e r c u m p l i m e n t a d a
p o r S u M a j e s t a d , p e r o n o olvidó j a m á s el p a s o
t a r d o y p e s a d o del E m p e r a d o r , e n m e d i o del sa-
l ó n , e n t r e l a s d o s filas de m u j e r e s d e s c o t a d a s ; y
c u a n d o d i s f r u t a b a algún n u e v o goce e n la c r e c i e n - LA;CANALLA.—LA TOMO J.
 IV

Aquel deseo i n s a n o y v e h e m e n t e q u e los exci-

t a n t e s p e r f u m e s del i n v e r n a d e r o h a b í a n h e c h o n a -
c e r en el c o r a z ó n d e R e n a t a , m i e n t r a s Luisa y
Máximo b r o m e a b a n en el saloncito, p a r e c i ó des-
v a n e c e r s e c o m o u n a pesadilla, q u e no d e j a de s u
p a s o m á s q u e u n v a g o r e c u e r d o . T o d a la n o c h e
había c o n s e r v a d o la j o v e n en s u s labios el a m a r -
go a r d o r de la h o j a m a l d i t a , e n c e n d i e n d o en s u
e s p í r i t u p a s i o n e s d e v o r a d o r a s . Luego, el s u e ñ o
s u m e r g i ó a q u e l l a i m p r e s i ó n en g r a n d e s o l e a d a s
de s o m b r a .

Cuando d e s p e r t ó , c r e y e n d o e s t a r e n f e r m a , l l a m ó
al médico y e s t u v o d o s d í a s sin salir d e su h a b i -
t a c i ó n . Máximo p r o c u r ó v e r l a i n ú t i l m e n t e .
 El j o v e n no d o r m í a e n el hotel, á fin d e dispo-
n e r m á s l i b r e m e n t e de su c u a r t o , y h a c í a u n a y o r q u e sentía p o r si m i s m a , y p o r la d e p r a v a c i ó n
m á s p e l i g r o s a a u n de s u s c a p r i c h o s .
v i d a n ó m a d a , v i v i e n d o en las c a s a s n u e v a s d e su
p a d r e , p o r c a p r i c h o , m u d á n d o s e con f r e c u e n c i a , C i e r t a l a r d e , c o n f e s ó á Máximo q u e s e n t í a vehe-
m e n t e s d e s e o s de ir á un b a i l e q u e Blanca Muller,
á veces p a r a d e j a r los pisos á i n q u i l i n o s f o r m a l e s .
actriz e n t o n c e s de m o d a , d a b a á l a s e s t r e l l a s de
Como e s t a b a a c o s t u m b r a d o á los c a p r i c h o s de su
v i d a e q u í v o c a , y a u n q u e él no e r a m u y e s c r u p u -
m a d r a s t r a , fingió s e n t i r g r a n compasión p o r ella,
loso, sintióse c o n f u s o a n t e la petición de s u ma-
p r e g u n t a n d o c o n s t a n t e m e n t e á la d o n c e l l a . Al t e r -
drastra.
c e r día e n c o n t r ó á R e n a t a en el saloncito, r i s u e ñ a
T r a t ó de d i s u a d i r l a y h a c e r l a c o m p r e n d e r q u e
y sonrosada.
aquel no e r a su sitio, q u e n o v e r í a n a d a de p a r t i -
¿Yaya, te h a s d i v e r t i d o m u c h o con Celeste?—
c u l a r y a d e m á s , si l l e g a b a n á c o n o c e r l a , d a r í a pie
la p r e g u n t ó .
p a r a u n e s c á n d a l o . P e r o R e n a t a sin c o n v e n c e r s e
— S í , — c o n t e s t ó l a j o v e n , — e s u n a c h i c a q u e no
seguía suplicando:
t i e n e p e r o . S i e m p r e t i e n e las m a n o s heladas; m e
— V a y a , Max-imito, s é a m a b l e . Yo lo q u i e r o . . .
las ponía en la f r e n t e y c a l m a b a a l g ú n t a n t o mi
L l e v a r é un d o m i n ó m u y o b s c u r o y solo e s t a r e m o s
pobre cabeza...
un rato.
—¿Con q u e esa m u c h a c h a e s u n a m e d i c i n a ? —
Máximo q u e c o n c l u í a s i e m p r e p o r c e d e r y q u e
r e p u s o M á x i m o . — P u e s si t e n g o la d e s g r a c i a d e
la h a b í a llevado p o r él á sitios p e o r e s , c o n s i n t i ó
e n a m o r a r m e , tendrás que prestármela para que
en a c o m p a ñ a r l a . Renata p a l m o t e o gozosa c o m o
p o n g a s u s m a n o s s o b r e mi c o r a z ó n .
u n niño que o b t i e n e u n a g o l o s i n a .
B r o m e a r o n u n r a t o y t e r m i n a r o n p o r d a r su
—Que guapo eres,—dijo.—Vendrás m a ñ a n a á
a c o s t u m b r a d o p a s e o p o r el B o s q u e .
b u s c a r m e muy t e m p r a n o , ¿eh? Ya m e e n s e ñ a r á s y
Unos d i a s d e s p u é s , Renata,^se l a n z a b a con m á s
m e d i r á s c o m o se llaman todas las s e ñ o r a s . Nos
f r e n e s í q u e n u n c a en s u v i d a d e fiestas y v i s i t a s ,
d i v e r t i r e m o s m u .ho...
c o m o si su c a b e z a t r a s t o r n a d a , n o se v i e r a a q u e j a -
Lu^go r e f l e x i o n a n d o , a ñ a d i ó :
d a y a d e n i n g ú n disgusto. P a r e c í a c o m o si h u b i e s e
— P e r o no, no v e n g a s . E>pérame en u n coche en
s u f r i d o algún s e c r e t o d e s e n g a ñ o del q u e n o q u e r í a
el b u l e v a r M a l e s h e r b e s . Yo s a l d r é p o r el j a r d í n .
h a b l a r , p e r o q u e se a d i v i n a b a e n el d e s p r e c i o m a -
Aquella p r e c a u c i ó n inútil e r a u n simple r e f i n a -
m i e n t o de goce, p u e s a u n q u e hubiese salido á me-
dia noche p o r la p u e r t a p r i n c i p a l , su m a n d o no
se h a b r í a m o l e s t a d o en e n t e r a r s e .
Llegada la h o r a , d e s p u é s d e r e n m e n d a r á Ce-
l e s t e q u e la e s p e r a r a , a t r e v e s ó t e m b l o r o s a y sin-
t i e n d o el p l a c e r de un miedo apetecido, la s o m b r í a
o b s c u r i d a d del P a r q u e Monceaux.
A r í s t i d e s , a p r o v e c h a n d o su influencia en el Mu-
nicipio tenía la llave d e una puertecilla del Par-
q u e , y R e n a t a d e s e ó i g u a l m e n t e o t r a . Poco la faltó
p a r a e x t r a v i a r s e , g u i á u d o l a al c a b o los a m a r i l l o s
r e s p l a n d o r e s de los f a r o l e s q u e l l e v a b a el c a r r u a -
j e de Máximo. El b u l e v a r Malesherbes, en aquella
época, e r a a u n p o r la n o c h e u n v e r d a d e r o d e -
sierto.
U n a vez al lado de Máximo, q u e medio a d o r m i -
l a d o f u m a b a t r a n q u i l a m e n t e e n el f o n d o del co-
che, R e n a t a , l a t i é n d o l e el c o r a z ó n d e l i c i o s a m e n t e ,
como si a c u d i e r a á una cita a m o r o s a , b u s c ó en la
o b s c u r i d a d el b r a z o del j o v e n .
—No m e g u s t a el olor del t a b a c o , ya lo s a b e s , —
e x d a m ó , — p e r o e s t a n o c h e es noche de d i v e r t i r s e
y t e doy p e r m i s o p a r a / j u e f u m e s , t r á t a m e como
si f u e r a un c a m a r a d a t u y o .
A medida q u e el coche iba d e s c e n d i e n d o en di-
rección á la M a g d a l e n a , a u m e n t a b a la o b s c u r i d a d
en el i n t e r i o r del c a r r u a j e , d e tal m o d o , q u e n o sa
veían.
S o l a m e n t e , c u a n d o el j o v e n llevaba á s u s la-
bios el c i g a r r o , un p u n t o r o j o a t r a v e s a b a las es-
p e s a s tinieblas. Máximo no h a b l a b a , e s t a b a abu-
rrido.
El c a p r i c h o de su m a d r a s t r a le h a b i a i m p e d i d o
asistir al Café I n g l é s , d o n d e le e s p e r a b a n u n a s
cuantas mujeres, decididas á empezar y concluir
el baile de B l a n c a Muller. R e n a t a a d i v i n ó su mal-
humor.
—¿No te e n c u e n t r a s bien?—le p r e g u n t ó .
— T e n g o f r í o , — c o n t e s i ó Máximo.
— P u e s m i r a , yo e s t o y a r d i e n d o . P o n el b o r d e
d e mis f a l d a s s o b r e t u s r o d i l l a s .
—¡Tus f a l d a s ! — m u r m u r ó el j o v e n con d e s d é n ,
—¡Estoy de ellas h a s t a la c o r o n i l l a !
Aquella sali ia le hizo r e í r á él m i s m o ; y poco á
poco s e f u é a n i m a n d o . R e n a t a le c o n t ó el m i e d o
q u e habia p a s a d o en el P a r q u e Monceaux, c o n f e -
s á n d o l e q u e o t r o de s u s d e s e o s e r a p a s a r u n a n o -
c h e en el lago del P a r q u e , en una b a r c a q u e s e
v e í a a t a d a á la orilla d e s d e s u s v e n t a n a s .
El j o v e n sintió q u e su m a d r a s t r a s e volvía ele-
giaca, y el coche en tanto seguía a n d a n d o , incli-
n á n d o s e el uno h a c i a el o t r o p a r a o i r s e , r o z á n d o -
se los r o s t r o s , a s p i r a n d o s u s a l i e n t o s tibios c u a n d o
u n v a i v é n les a p r o x i m a b a m á s . A i n t e r v a l o s , el
c i g a r r o de Máximo r e a v i v á b a s e y m a n c h a b a d e
r o j o la s o m b r a , l a n z a n d o r o s a d o s r e l á m p a g o s so-
b r e el r o s t r o de R e n a t a , quien á la luz del r á p i d o
f u l g o r , e s t a b a t a n e n c a n t a d o r a , q u e llamó la a t e n -
ción de s u h i j a s t r o .
—¡Oh!—dijo é s t e . — E s t á s m u y b o n i t a e s t a no-
che, m a m á . V e a m o s u n m o m e n t o .
A p r o x i m ó su c i g a r r o y dió a l g u n a s chupadas.
R e n a t a , s u m i d a e n su r i n c ó n vióse i l u m i n a d a p o r
u n a luz c á l i d a y e x t r a ñ a .
H a b í a l e v a n t a d o un p o c o su c a p u c h ó n , y su ca-
b e z a , c u b i e r t a d e r i c i t o s y a d o r n a d a con u n a s e n -
cilla cinta azul, p a r e c í a la de u n chiquillo saliendo
d e la a m p l i a b l u s a de] s e d a n e g r a c e r r a d a hasta
a r r i b a . S o n r e í a R e n a t a al v e r s e m i r a d a de a q u e l
m o d o ¿ la luz de u n c i g a r r o , y volvía la c a r a e n
t a n t o q u e Máximo a ñ a d í a con tono d e cómica g r a -
vedad:
— ¡ ü i a n t r e ! s e r á p r e c i s o q u e t e vigile, si q u i e r o
v o l v e r t e á mi p a d r e sin d e t r i m e n t o .
El c a r r u a j e , e n t a n t o , d a b a la v u e l t a á la Mag-
d a l e n a , i n t e r n á n d o s e p o r los b u l e v a r e s , donde
se llenó de l u c e s f u g i t i v a s y r e f l e j o s d e las tien-
das.
B l a n c a Muller vivía allí c e r c a , en u n a d e las
c a s a s n u e v a s , c o n s t r u i d a s s o b r e los t e r r e n o s le-
v a n t a d o s en la calle Basse-du R e m p a r t . No e r a n
m á s q u e las diez, y en la p u e r t a se veían p o c o s
c o c h e s . Máximo q u i s o h a c e r tiempo d a n d o una
vuelta por los bulevares, pero Renata, impa-
cíente, se opuso. H a b í a s e p u e s t o la c a r e t a y s u -
b i e r o n del b r a z o . Husmeó la j o v e n t o d a s las h a b i -
t a c i o n e s l e v a n t a n d o t o d o s los p o r l i e r s , exami-
n a n d o todos los m u e b l e s , y h u b i e r a llegado á
a b r i r todos los c a j o n e s , si el t e m o r de q u e la vie-
sen no s e lo h u b i e r a i m p e d i d o .
E n la h a b i t a c i ó n d e B l a n c a s e olía á la l e g u a el
f a u s t o b o h e m i o de la g e n t e d e t e a t r o . Allí, s o b r e
todo, f u é d o n d e R e n a t a s e d e t u v o , h a c i e n d o q u e
su c o m p a ñ e r o a n d u v i e s e d e s p a c i o p a r a no p e r d e r
n i n g ú n d e t a l ' e . Llamó su a t e n c i ó n , e s p e c i a l m e n t e ,
el g a b i n e t e - t o c a d o r , a b i e r t o de p a r en p a r . Lo
e n c o n t r ó v u l g a r y algo sucio, c o n la a l f o m b r a
s e m b r a d a de q u e m a d u r a s p r o d u c i d a s p o r l a s pun-
t a s de c i g a r r o . Las c o l g a d u r a s d e s e d a b l a n c a
e s t a b a n m a n c h a d a s de j a b ó n y de p o m a d a s .
Después de inspeccionar las habitaciones y
a p u n t a r en su m e m o r i a ios m e n o r e s detalles, pasó
á las p e r s o n a « . Conocía al sexo f u e r t e . Eran los
mismos políticos, b a r q u e r o s y v i v i d o r e s q u e c o n -
c u r r í a n á todas parces, c r e y é n d o s e u n m o m e n t o
en su propia c a s a . AI e x a m i n a r á las m u j e r e s , no
se d e s v a n e c i ó por c o m p l e t o la ilusión: L a u r a d e
A u r i g u y iba d e a m a r i l l o c o m o Susana I l a f f n e r , y
Blanca Muller, llevaba un t r a j e b l a n c o , tan deseo-
t a d a q u e se la veía h a s t a m e d i a e s p a l d a , como
Adelina de E s p a n e t .
S e n t a d a e n u n c o n f i d e n t e al l a d o de Máximo,
 — 18'5 - — l'<7
d e s c a n s a r o n un m o m e n t o , él m u y a b u r r i d o , y ella
p r e g u n t á n d o l e sin r e s a r los n o m b r e s de a q u e l l a s
m u j e r e s , á q u i e n e s d e s p u j a b a con la vista de s u s
t r a j e s vistosos. E n t r e t e n i d a en tan g r a v e o c u p a r
ción, a p r o v e c h ó Máximo la o p o r t u n i d a d , y o b e d e -
c i e n d o á las s e ñ a s q u e le hacia L a u r a de Aurigtiy;
e s c a p ó s e del lado de su m a d r a s t r a , y se a c e r c ó á
s u a m a n t e , quien, d e s p u é s de e m b r o m a r l e con la
s e ñ o r a q u e a c o m p a ñ a b a , le hizo p r o m e t e r q u e s e
r e u n i r í a e n ellas, á la u n a , en el Café I n g l é s .
— E s t a r á tu p a d r e , — a ñ a d i ó al tiempo q u e Má-
ximo s e r e u n í a con R e n a t a .
Se h a l l a b a ésta r o d e a d a d e u n g r u p o de m u j e r e s
q u e - r e í a n m u y f u e r t e , en t a n t o q u e el s e ñ o r d e
S a f f r é , a p r o v e c h a n d o la a u s e n c i a d e M á x i m o , s e
h a b í a s e n t a d o á su lado y la d i r i g í a c u m p l i d o s d e
cochero.
Renata, aturdida y fatigada, se levantó enton-
c e s diciendo á Máximo:
— V a m o n o s en s e g u i d a . E s t a s g e n t e s son m u y
bestias.
c
Al salir t r o p e z a r o n - c o n el s e ñ o r de M u s v , q u e
e n t r a b a . Sin fijarse en la m u j e r e n m a s c a r a d a q u e
a c o m p a ñ a b a el j o v e n , le d i j o :
—¡Ay, amigo mí,.! No m e r e c i b e , d í g a l a usted
q u e m e h a visto l l o r a r p o r ella.
—Cumpliré el encargo,—dijo Máximo son-
riendo.
-
Y ya en la e s c a l e r a , a ñ a d i ó :
— V a m o s , m a m á , ¿no te ha c o n o c i d o ese p o b r e
muchacho?
R e n a t a no c o n t e s t ó . E r a n e s c a s a m e n t e las d o c e
y el b n l e v a r e s t a b a a ú n a n i m a d o .
—¿Pero nos v a m o s á m e t e r en c a s a ? — m u r m u r ó
con a c e n t o d i d i s g u s t o .
— Si q u i e r e s q u e p a s e e m o s un r a t o m á s e n co-
che...
R e n a t a aceptó. T o d a s s u s e s p e r a n z a s d e m u j e r
curiosa s e habían d e s v a n e c i d o , y se dese.-peraba
al v e r s e con u n í ilusión m e n o s y un p r i n c i p i o de
j a q u e c a Habíase figurado q u e un baile de a c t r i -
c e s s e r í a m u y d i v e r t ' d o . Como s u e l e o c u r r i r e n
los ú l t i m o s d i a s . d e O c t u b r e , hacía un t i e m p o q u e ,
m á s q u e de otoño, p a r e c í a de p r i m a v e r a . Era la
n o c h e t e m p l a d a , y a l g u n a s r á f a g a s de a i r e f r e s c o
d a b a n m a y o r e n c a n t o al a m b i e n t e .
R e n a t a , a b s t r a í d a en v a g o s p e n s a m i e n t o s , se
h a b í a p u e s t o m u y s e r i a . Aquella a n c h a a c e r a b a -
r r i d a p o r los v e s t i d o s de las m u c h a c h a s , y e n la
q u e las b o t a s d e los h o m b r e s s o n a b a n con familia-
r i d a d e x t r a ñ a , d e ^ p e r t ^ b a s u s d e s e o s d o r m i d o s , la
h a c í a o l v i d a r aquel b a i l e r i d í c u l o p a r a d e j a r l a so-
ñ a r en g o c e s m á s d e l i c a d o s . 4
En las v e n t a n a s d e los g a b i n e t e s de B r e b a n t ,
v i s l u m b r ó s o m b r a s de m u j e r e s , y Máximo la r e -
firió u n a h i s t o r i a e s c a n d a l o s a de u n m a r i d o b u r l a -

do q u e h a b í a s o r p r e n d i d o también t r a s de una
c o r t i n a la s o m b r a de s u m u j e r e n flagrante delito
con u n a m a n t e . La j o v e n a p e n a s le e s c u c h a , y M á -
ximo, r e c o b r a n d o s u b u e n h u m o r , c o n c l u y ó p o r
t o m a r l e las m a n o s y e m b r o m a r l a con el p o b r e se-
ñ o r ,de M u s s y .
Guando v o l v i e r o n á p a s a r p o r f r e n t e á B r e b a n t ,
dijo R e n a t a de p r o n t o :
— E l s e ñ o r de S a f f r é m e ha i n v i t a d o á cenar
esta noche...
—¡Ah! h u b i e r a s c o m i d o m a l , — c o n t e s t ó M á x i m o
r i e n d o . — E s u n m a l goiirmet. A ú n le g u s t a la e n -
salada de cangrejo.
—No; m e h a b l a b a de o s t r a s y p e r d i c e s e s c a b e -
c h a d a s ; p e r o m e h a t u t e a d o y eso m e d i s g u s t ó .
Calló R e n a t a , y d e s p u é s de e c h a r u n a m i r a d a
al b u l e v a r , a ñ a d i ó :
—Lo peor es q u e t e n g o un apetito a t r o z .
—¿Apetito? P u e s la cosa e s bien sencilla, v a m o s
á cenar juntos; ¿quieres?
El j o v e n d i j o esto con n a t u r a l i d a d ; R e n a t a e m -
pezó por r e h u s a r , r e c o r d a n d o q u e Celeste la tenía
p r e p a r a d a u n a colación en el hotel. M i e n t r a s Má-
x i m o , no q u e r i e n d o ir al Café I n g l é s , habia h e c h o
p a r a r el coche á la esquina de la calle de P e l l e t i e r ,
d e l a n t e del r e s t a u r a n t del c a f é R i e h e .
Apeóse el j o v e n , y v i e n d o q u e su m a d r a s t a d u -
d a b a a ú n , dijo:
— M i r a , si t i e n e s m i e d o q u e te comprometa,
dilo f r a n c a m e n t e . . . S u b i r é al p e s c a n t e c o n el co-
c h e r o y te l l e v a r é al lado de tu m a r i d o .
R e n a l a s e s o n r i ó y b a j ó del c a r r u a j e , h a c i e n d o
r e m i l g o s como un p á j a r o q u e t e m e m o j a r s e las pa-
titas. E s t a b a sin e m b a r g o muy c o n t e n t a , y aquella
a c e r a q u e s e n t í a b a j o s u s pies y q u e a b r a s a b a s u s
t a l o n e s , c o m u n i c a b a á su piel c i e r t a s e n s a c i ó n de
m i e d o y d e c a p r i c h o s a t i s f e c h o . A h o r a su e s c a p a -
t o r i a t o m a b a t o d o s los c a r a c t e r e s de u n a aventu-
r a , y no sentía h a b e r r e h u s a d o la invitación d e
Saffré.
S u b i ó M á x i m o la e s c a l e r a m u y d e p r i s a , como si
e n t r a r a e n su c a s a , s i g u i é n d o l e R e n a t a algo fati-
g a d a . S e n t í a n s e ligeros o l o r e s de p e s c a d o s y c a r -
n e s a s a d a s , y la a l f o m b r a de la e s c a l e r a d e j a b a
e s c a p a r u n olor especial á polvos a r o m á t i c o s q u e
a u m e n t a b a n la e x t r a ñ a s e n s a c i ó n .
L l e g a d o s al e n t r e s u e l o , un c a m a r e r o d e d i g n o
a s p e c t o s e a r r i m ó á la p a r e d p a r a d e j a r l e s p a s o .
— C a r l o s , — l e d jo M á x i m o , — n o s v a s á s e r v i r
t ú , ¿ v e r d a d ? D a n o s el salón b l a n c o .
I n c l i n ó s e el m o z o , volvió á s u b i r a l g u n o s esca-
l o n e s y a b r i ó la p u e r t a de u n g a b i n e t e , c u y o s me-
c h e r o s de g a s e s t a b a n á m e d i a luz, p a r e c i é n d o l e
á R e n a t a q u e p e n e t r a b a en la p e n u m b r a de un lu-
gar mágico y sospechoso.
P o r la v e n t a n a a b i e r t a de p a r en p a r e n t r a b a
 — rx> - ~
el r u i d o i n c e s a n t e del r o d a r de los coches, y s o b r e
el techo, á los r e f l e j o s del c a f é q u e h a b í a d e b a j o ,
se d j b u j a b a a y se veían p a s a r r á p i d a m e n t e l a s
s o m b r a s de los t r a n s e ú n t e s .
El c a m a r e r o d i ó t o d a la luz á los m e c h e r o s , y
las s o m b r a s del t e c h o s e b o r r a r o n , l l e n á n d o s e el
g a b i n e t e d e v i v a c l a r i d a d , q u e iluminó de lleno la
cabeza de R e n a t a .
Había echado ésta hacia a t r á s su capuchón, y
c o n t r a r i a d a p o r el m o d o con q u e la m i r a b a el
m o z o , púsose á p a s e a r , m i e n t r a s a q u e l e n t o r n a n -
do los ojos p a r a v e r l a m e j o r , p a r e c í a p e n s a r : «A
ésta no la c o n o c í a yo t o d a v í a . »
—¿Qué s e r v i r e m o s al s e ñ o r ? — p r e g u n t ó e n v o z
alta.
Máximo, se dirigió á R e n a t a :
— L a c e n a del s e ñ o r d e S a f f r é ¿ v e r d a d ? — d i j o , —
ostras, una perdiz...
Y v i e n d o s o n r e í r a l j o v e n , Garlos le i m i t ó dis-
cretamente, murmurando:
— E n t o n c e s , la c e n a del m i é r c o l e s , si usted
gusta...
—¿La c e n a del m i é r c o l e s ? — r e p u s o M á x i m o .
Y luego, recordando, añadió:
—Sí, m e es i g u a l , ^danos la c e n a del miérco-
les.
Después q u e salió el c a m a r e r o , tomó R e n a t a u n
l e n t e y c o m e n z ó á e x a m i n a r el saloncito. E r a u n a
mi _
pieza c u a d r a d a , adornada de blanco y oro, y
a m u e b l a d a con la c o q u e t e r í a de un t o c a d o r . A d e -
m á s d e las m e s a s y de las sillas h a b í a u n m u e b l e
b a j o , una e s p e c i e de consola p a r a c o l o c a r el s e r -
vicio, y u n a n c h o d i v á n , u n v e r d a d e r o l e c h o , co-
locado e n t r e la v e n t a n a y la c h i m e n e a .
A d o r n a b a n la c h i m e n e a d e m á r m o l b l a n c o u n
r e l o j y d o s c a n d e l a b r o s L u i s XVI, p e r o lo m á s cu-
rioso e r a el e s p e j o b a j o y a n c h o , q u e las s e ñ o r a s
con s u s d i a m a n t e s , h a b í a n l l e n a d o de n o m b r e s ,
f e c h a s , v e r s o s , p e n s a m i e n t o s y a d m i r a b l e s confe-
s i o n e s . R e n a t a c r e y ó leer allí u n a i n d e c e n c i a y no
se atrevió á continuar.
Miró el d i v á n , y s i n t i e n d o a n t e , é l n u e v a confu-
sión, á fin de s e r e n a r s e , a f e c t ó c o n t e m p l a r el te-
cho y la l á m p a r a de b r o n c e d o r a d o c o n cinco m e -
cheros. Después, preguntó á Máximo:
— ¿ Q u é e s esa cena del m i é r c o l e s ?
—¡A.h! u n a a p u e s t a q u e h a p e r d i d o u n o d e m i s
amigos.
En o t r a p a r t e la h u b i e r a c o n t a d o sin vacilar,
q u e aquello significaba q u e h a b í a c e n a d o el m i é r -
coles con u n a m u j e r e n c o n t r a d a en el bulevar,
p e r o d e s d e q u e había e n t r a d o e n el g a b i n e t e t r a t a -
ba instintivamente á Renata como á una mujer á
quien es p r e c i s o a g r a d a r y e v i t a r l e los celos. Ella,
p o r su p a r t e , no insist o, y s e dirigió á la ven-
t a n a , y e n d o Máximo á a s o m a r s e c o n e l l a . D e t r á s
de ellos, Carlos, e n t r a b a y salía c o n r u i d o de v a j i -
lla y p ' a t a . se destacaban aquellos rostros y aquellas figuras
EQ e{ b u l e v a r se a g i t a b a P a r í s 1 p r o l o n g a n d o el que desfilaban.
día a n t e s d e d e c i d i r s e á b u s c a r el lecho. A l r e d e d o r de las r e d o n d a s m e s a s , b e b í a n l a s
Las h i l e r a s d e á r b o l e s d e l i n e a b a n c o n f u s a m e n t e m u j e r e s m e z c l a d a s con los h o m b r e s . Vestían t r a -
las a c e r a s y la v a g a o b s c u r i d a d del a r r o y o , por j a s l l a m a t i v o s , l l e v a b a n la c a b e z a desc.ib e r t a y
donde pasaban rápidamenie los c a r r u a j e s . Los h a b l a b a n en voz alta. R e n a t a se fijó en u n a que
k i o s k o s de los v e n d e d o r e s de periódicos b r i l l a b a n e s t a b a sola, vestida con un t r a j e azul m u y vivo.
d e t r e c h o en t r e c h o , c o m o e n o r m e s f a r o l e s vene- Bebía á s o r b o s u n b o c k de c e r v e z a y tenía todo
cianos, grandes, pintarrajeados, puestos simétri- el a i r e p a c i e n t e y r e s i g n a d o de q u i e n e s p e r a .
c a m e n t e á los e x t r e m o s del b u l e v a r . Perdíanse
Y e n t a n t o aquel desfile i n t e r m i n a b l e s i e m p r e e l
las a c e r a s de v i s t a sin la m á s l i g e r a s o m b r a , b a j o
m i s m o , volvía á p a s a r con p a s m o s a regularidad,
u n a lluvia d e r a y o s q u e las i l u m i n a b a c o n polvo
e n medio d e los r e s p l a n d o r e s m á s v i v o s atrave-
d e oro, s e m e j a n t e á la tibia y r e s p l a n d e c i e n t e luz
s a n d o los t r e c h o s o b s c u r o s , en el m á g i c o t u m u l t o
del sol.
d e a q u e l l a s mil l l a m a s i n q u i e t a s , q u e , c o m o un
Máximo m o s t r ó á R e n a t a e n f r e n t e de ellos, e l oleaje, salían de las t i e n d a s , d e los k i o s k o s , co-
Café I n g l é s , c u y a s v e n t a n a s e s t a b a n i l u m i n a d a s , y rrían sobre las f a c h a d a s e n f o r m a de letras,
c o m o l a s r a m a s d e los á r b o l e s les m o l e s t a b a n p a r a d e d i b u j o s de f u e g o , l l e n a n d o la s o m b r a de e s -
v e r las c a s a s y la a c e r a de e n f r e n t e , inclináronse trellas.
s o b r e la v e n t a n a y m i r a r o n h a c i a a b a j o .
El r u i d o e n s o r d e c e d o r s u b í a c o m o un r o n q u i d o
E r a aquello un vaivén continuo. Los transeún-
p r o l o n g a d o y m o n ó t o n o , corno n o t a s d e ó r g a n o
t e s c i r c u l a b a n en g r u p o s , l a s m u j e r e s de d o s en
q u e a c o m p a ñ a n á la procesión a u t o m á t i c a de u n o s
dos, l e v a n t a n d o s u s f a l d a s con l á n g u i d o a d e m á n ,
muñecos. Renata había creído por un momento
lanzaban á alrededor miradas perezosas y risue-
q u e algo a n o r m a l o c u r r í a e n Ja calle. Un g r u p o de
ñ a s . El c a f é R i c h e , b a j o la m i s m a v e n t a n a , o s t e n -
g e n t e se dirigía h a c í a la i z q u i e r d a , un poco m á s
t a b a s u s m e s a s á la l u z d e l a s l á m p a r a s , cuyo
allá del P a s a j e de la O p e r a , p e r o t o m a n d o su l e n -
r e s p l a n d o r a l c a n z a b a h a s t a m i t a d de la calle, y e n
te, r e c o n o c i ó el d e s p a c h o d e los ó m n i b u s . I l a b í a
el c e n t r o d e a q u e l f o c o a r d i e n t e e r a d o n d e m á s
allí m u c h a g e n t e en la a c e r a , de pie, e s p e r a n d o y
precipitándose cuando llegaba un coche.
IA CANAI.LA._I3 T C ,M> ¡
 Se oia la voz r u d a del a c o m o d a d o r l l a m a n d o los S e n t í a s e r e j u v e n e c í la con aquella e s c a p a t o r i a .
n ú m e r o s , y los s o n i d o s del t i m b r e llegaban h a s t a Sus m o v i m i e n t o s e r a n f e b r i l e s , r á p i d o s , y a q u e l

allí c l a r a m e n t e . A t r a í a n t a m b i é n las m i r a d a s d e g a b i n e t e , a q u e l b a r u l l o de la calle, la a n i m a b a n y

R e n a t a los a n u n c i o s de un k¡o.«-ko, p i n t a d o s con la d a b >n el a s p e c t o d^ u n a m u c h a c h a .

c o l o r e s chillones, q u e r e p r e s e n t a b a n un diablo de •Como M x mo 110 t u v i e r a a p e t i t o , la veía d e v o -

b u r l e s c a e x p r e s i ó n , de c u y o s i g n i f i c a d o no p u d o r a r á ella s o n r i e n d o .

darse cuenta. —Diantre,— murmuró, — hubieras hecho una

El ó m n i b u s de Batignolles p a s a b a c a d a cinco b u e n a c o m p a ñ e r a de Cenas.

m i n u t o s , con s u s f a r o l e s e n c a r n a d o s y su c a j a R e n a t a se d e t u v o , e n o j a d a d e c o m e r t a n de-
amarilla, haciendo temblar las casas con su prisa.

ruido. —¿Tengo h a m b r e , verdad? ¿qué q u i e r e - ? El

—¡\h!— ecclamó Renata—¿qué tranquilamente tiempo q ue h e m o s p e r d i d o en ese e s t ú p i d o b a i l e

d u e r m e á e s t a s h o r a s el P a r q u e M o n c e a u x ? ha d e b i l i t a d o mi e s t ó m a g o . ¡Ah! ¡ P o b r e Máximo!

Esta f u é la ú n i c a f r a s e q u e p r o n u n c i ó . Continua- Te c o m p a d e z c o al v e r e n t r e q u é clase d e g e n t e s

r o n allí silenciosos v e i n t e m i n u t o s , e n t r e g a d o s al
a t u r d i m i e n t o de los r u i d o s y las luces.
D e s p u é s , p u e s t a ya la m e s a , s e s e n t a r o n á ella,
y n o t a n d o Máximo q u e m o l e s t a b a á R e n a t a la p r e -
s e n c i a del moz>, le d e s p i d i ó .
—D.'j inos. Ya l l a m a r é p a r a los p o s t r e s .
La j o v e n t e n i a las m e j i l l a s e n c e n d i d a s y s u s ojos
b r i l l a b a n como si a c a b a s e d e c o r r e r , pintándose
en su r o s t r o a l ^ o de la a n i m a c i ó n del b u l - v a r . Y
c o m o i-u c o m p a ñ e r o quisiera c e r r a r la v e n t a n a ,
o p ú s o s e á ello, e x c l a m a n d o al v e r q u e M á x i m o s e
q u e j a b a de! r u i d o :
—Eso n o s s e r v i r á de o r q u e s t a . V e r á s q u e b i e n
acompaña á nuestras ostras y á nuestra perdiz.
vives.
—Ya s a b e s , — d i j o el j o v e n — q u e te he o f r e c i d o
d e j a r á Silvia y á L a u r a d e A u r i g n y , el día que t u s
a m i g a s s e d e c i d a n á venir á c e n a r c o n m i g o .
— T i e n e s r a z >11,—contestó R e n a t a . — N o s o t r o s
nos d i v e r t i m o s de o t r o m o d o q u e e s a s mujeres,
confiésalo... Si a l g u n a d e n o s o t r a s a g o b i á s e m o s á
un a m a n t e , c o m o tu Silvia y tu L a u r a d e b e n ago-
b i a r o s , le a s e g u r o q le no le d u r .ría á la b u e n a
m u j e r su a m a n t e u n a s e m - n a . . . Y tú no q u i e r e s
h a c e r m e c a s o . P r u e b a a l g ú n día.
Máximo, p a r a no l l a m a r al c a m a r e r o , s e l e v a n - '
ló, r e t i r ó las o s t r a s y a c e r c ó la p e r d i z q u e e s t a b a
s o b r e el a p a r a d o r , y luego de pie, c o n su serville-
ta al b r a z o , s e r v í a á R e n a t a c o n cómica solicitud,
diciéndola:
—¿Q ió te h a podido d e c i r el s e ñ o r de S a f f r ó
p a r a e n o j a r t e tanto? ¿ T e ' h a e n c o n t r a d o fea? *
— ¡Ah! — c o n t e s t ó la j iven,—es un indecente.
N u n c a h u b i e s e c r e í d o q u e un s e ñ o r tan distingui-
do, tan c o r t é s c u a n d o está e n mi c a s a , u s a r e tal
l e n g u a j e . P e r o le p e r d o n o . Lo q u e m á s m e h a a t a -
c a d o á los n e r v i o s h a n sido las m u j e r e s ; p a r e c í a n
v e r d u l e r a s . Una s o b r e todo, s e q u e j a b a de u n di-
vieso q u e tiene en la c a d e r a , y á poco s e l e v a n t a
l a s f a l d a s p a r a e n s e ñ á r s e l o á todo el m u n d o .
Máximo reía á c a r c a j a d a s .
— T e a s e g u r o , — c o n t i n u ó R e n a t a , — q u e n o les
c o m p r e n d o . Son n e c i a s y e s t ú p i d a s . ¡Y p e n s a r q u e
c u a n d o yo te veía ir á casa de tu Silvia, me figu-
r a b a c o s a s p r o d i g i o s a s , f e s t i n e s deliciosos, y vo-
luptuosidades extraordinarias! Y ahora salimos
Con un t o c a d o r sucio y un s a l ó n lleno de m u j e r e s
q u e juran c o m o c a r r e t e r o s . ¡ P a r a eso, no vale la
p e n a de s e r m a l a !
Máx mo quiso c o n t e s t a r , pero R e n a t a i m p ú s o l e
silencio y s u j e t a n lo con la p u n t a de los d e d o s u n
hueso d? perdiz que ruía delicadamente, añadió
e a voz m á s b i j a :
—Sí, el s e r m a l a d e b e p r o d u c i r algún p l a c e r
e x q u i s i t o , q u e r i d o m í o . . . Yo,, q u e soy u n a m u j e r
h o n r a d a , c u a n d o m e a b u r r o y c o m e t o el p e c a d o
de s o ñ a r lo imposible, e s t o y s e g u r a de e n c o n t r a r
cosas m u c h o m á s d e l i c i o s a s q u e B l a n c a M u l l e r .
Y con g r a v e e n t o n a c i ó n terminó con esta frase
de Cándido cinismo:
— T o d ^ e s cuestión de educación ¿compren- •
des?
C o n t i n u a b a el r u i d o d e los c o c h e s , sin q u e se
oyera ninguna nota más fuerte. Renata veíase
obligada á l e v a n t a r la voz p a r a d e j a r s e o í r y los
c o l o r e s de s u s mejillas a u m e n t a b a n .
Q u e d a b a n a u n s o b r e el a p a r a d o r t r u f a s , un s e -
g u n d o plato a z u c a r a d o y e s p á r r a g o s , cosa r a r a en
aquella e s t a c i ó n . Máximo a p r o x i m ó todo p a r a no
t e n e r q u e v o l / e r á l e v a n t a r s e , y c o m o la m e s a e r a
algo e s t r e c h a , colocó al Jado, e n el suelo, un c u b o
de plata Jleno d e hielo, en el cual h a b í a u n a b o t e -
lla d e c h a m p a g n e . El b u e n a p e t i t o de la j o v e n
acab'» p o r e x c i t a r el s u y o , comió, y v a c i a r o n la
botella de c h a m p a g n e , d e s a h o g a n d o d e s p u é s s u s
c o r a z o n e s en m u t u a s c o n f i d e n c i a s .
El r u i d o del b u l e v a r h a b í a d i s m i n u i d o , p e r o á
R e n a t a , p o r el c o n t r a r i o , creí d e q u e a u m e n t . b a
y q u e todos los r u m o r e s s e a g i t a b a n d e n t r o d e su
cabeza.
C u a n d o l l a m a r o n p a r a los p o s t r e s , ella se le-
v a n t ó y s a c u d i e n d o s u l a r g a b l u s a de s e d a , p a - a
d e j a r éú'er las m i g a j a s , e x c l a m ó !
— V á y á , ya s a b e s q u e puedes f ü m - r ,

Sintiéndose algo a t u r d i d a , se dirigió á la v e n -
tana.
—Mira, — dijo volviéndose hacia Máximo,—el
r u i d o va c s a n d o .
Los c a r r u a j e s pasaban en m e n o r n ú m e r o , y á
los lados á lo largo de las a c e r a s , extendíanse
g r a n d e s s o m b r a s delante d e las t i e n d a s que se ha-
bían c e r r a d o . Desde la calle de Dronot á la d e
l l e l d e r distinguíase u n a l a r g a fila d e claros y obs-
c u r o s á t r a v é s de los cuales s u r g í a n y se desva-
n e c í a n las siluetas de los últimos t r a n s e ú n t e s . Las
m u j e r e s , s o b r e todo, a d q u i r í a n el aspecto de apa--
riciones s u c e s i v a m e n t e iluminadas y obscurecidas
p o r los r e s p l a n d o r e s d e los cafés, a b i e r t o s toda-
vía. Los kiofckos p a r e c í a n en la obscuridad man-
c h a s más s o m b r í a s .
De vez en c u a n d o veíase p a s a r u n a t u r b a de
g e n t e , que salía d e algún t e a t r o , pero bien p r o n t o
r e i n a b a el silencio, y sólo p a s a b a n b a j o la venta-
na g r u p o s de dos ó tres h o m b r e s , á los que asalta-
b a alguna m u j e r . Discutían algunos m o m e n t o s y
la m u c h a c h a g e n e r a l m e n t e se m a r c h a b a cogida
del brazo d e a l g u n o d e los h o m b r e s . O t r a s rouje-
r e s . e n i r a b a n de café en c.'fé, d a b a n la vue ta al-
r e d e d o r de las mesas, lecogían e l a z ú a r o ! vi l a d o
y m i r a b a n d e s c a r a d a m e n t e á los c o n s u m i d o r e s r e -
zagadífi.
Én la esquttía de la acera, reconoció ReaaU á
la m u j e r v e s t i d a d e azul, de pie, volviendo la ca-
beza y s i e m p r e en acecho.
Cuando Mixuno se aproximó á la v e n t ' n a , son-
rió al ver e n t r e a b i e r t a u n a de las del c. fe l u g ' é s ,
p e n s i n d o que su p a d r e e - t a b a c e n a n d o al i, p e r o
aquella noche sentía uu p u d o r e x t r a ñ o que conte-
nia sus b r o m a s .
R e n a t a dejó su o b s e r v a t o r i o . La luz d e la lám-
p a r a la h zo e n t o r n a r los p á r p a d o s , listaba algo
pálida y sentía ligeras c o n t r a c c i o n e s n e r v i o s a s en
la c o m i s u r a de los labios. E n t r e tanto Carlos, p r e -
p a r a b a los p o s t r e s e n t r a n d o y s a l i e n d o con su em-
paque respetable.
—No quiero c o m e r más,—exclamó R e n a t a , —
p u e d e n llevarse esos p ' a t o s y s e r v i r n o s el café.
£1 mozo, a c o s t u m b r a d o á los c a p r i c h o s de s u s
p a r r o q u i a n a s , r e t i r ó los p o s t r e s y sirvió el café.
Llenaba todo el saloncito con su i m p o r t a n c i a .
— Despídelo,—dijo en voz b a j a la j o v e n , c u y o
c o r a z ó n latía con violencia.
Apenas había salido, volvió o t r a vez p a r a c o r r e r
las g r a n d e s cortinas con a d e m á n d i s c r e t o . C u a n -
do p o r fio se hubo r e t i r a d o , dijo Máximo dirigién-
dose á la p u e r t a :
— V e r á s como nos deja en paz.
Y c o r r i ó el c e r r o j o .
—tlien,—iifnídió Rehala,—asi estaremos como
8ti üüeelíNi casa,
- Empezó la c h a r l a n u e v a m e n t e , y R e n a t a q u e
bebía su c a f é á s o r b i t o s , p e r m i t i ó s e t o m a r a d e m á s
u n a copita de C h a r t r e u s e . La e s t a n c i a e s t a b a so-
f o c a n t e y s e llenaba d e h u m o . La j o v e n se puso de
c o d o s s o b r e la m e s a y a p o y ó la b a r b a e n t r e s u s
p u ñ o s m e d i o c e r r a d o s . B j j o la influencia d e a q u e -
lla l i g é r a c o n t r a c c i ó n , su b o c a se h a c í a m á s p e -
q u e ñ i t a y s u s ojos m á s a c h i c a d o s . P a r e c í a así su
c a r i t a m á s e n c a n t a d o r a b a j o los r i c i t o s d o r a d o s
q u e ya e n t o n c e s d e s c e n d í a n hasta s u s c e j a s . Máxi-
m o la c o n t e m p l a b a á t r a v é s del h u m o de s u ciga-
rro, hallándola muy original.
H a b í a m o m e n t o s en q u e no e s t a b a s e g u r o de
su s e x o ; la g r a n a r r u g a q u e c r u z a b a su f r e n -
t e , s u s l a b i o s , su indecisivo m i r a r d e miope,
la d a b a n u n a s p e c t o v a r o n i l , con su blusa c e r r a d a
h a s t a a r r i b a , q u e a p e n a s d e j a b a v e r u n a línea de
su cuello. D' J a b a s e m i r a r s o n r e n d o sin m o v e r s e ,
c o n la m i r a d a v a g a é i n d e c i s a .
L u e g o , d e s p e r t a n d o b r u s c a m e n t e , f u é h a c i a el
e s p e j o . A p o y ó l a s m a n o s en la c h i m e n e a y c o m e n -
zó á leer a q u e l l a s firmas y a q u e l l a s f r a s e s a t r e v i -
d a s q u e t a n t o la h a b í a n i m p r e s i o n a d o a n t e s de la
c e n a . D e l e t r e a b a las sílabas, r e í a y s e g u í a l e y e n d o
c o m o u n colegial q u e r e p a s a su l i b r o .
— « C i a r a y E r n e s t o » , — d e c í a , — y h a y un c o r a -
zón d e b a j o q u e p a r e c e un e m b u d o . . . ¡Vayal e s t o
fts m e j o r . «Me ¿ u s t a a las H b f t t a s , M U I me
g u s t a n las t r u f a s » , firmado « L a u r a » . Di, Máximo,
¿es la d e A u r i g n y la q u e ha e s c r i t o esto? A d e m á s
veo aquí, á lo q u e p a r e c e , las a r m a s de a l g u n a s
d e e s t a s s e ñ o r a s : u n a s e ñ i r i t a f u m a n d o en u n a
e n o r m e pipa... Y todo el c a l e n d a r i o . — V í c t o r , Ale-
jandro, Amalia, Margarita, Eduardo, Luisa, Re-
n a t a . . . ¡Una q u e se llama c o m o yo!
Máximo veía por el e s p e j o su a r d i e n t e c a b e z a .
R e n a t a s e e m p i n a b a p a r a l e e r m e j o r y s u do-
minó tendiéndose p o r la e s p a l d a , d e l i n e a b a el
c o n t o r n o de s u s c a d e r a s . El. j o v e n seguía c o n la
vista el c o n t o r n o y se l e v a n t ó t i r a n d o el c i g a r r o .
Sentía c i e r t o m a l e s t a r : le f a l t a b a , sin d u d a algo
acostumbrado.
— ¡ Ah! m i r a aquí tu n o m b r e , M á x i m o , — e x c l a m ó
R e n a t a , — m i r a «Amo...»
El j o v e n , s e n t a d o en el e x t r e m o del d i v á n , c a s i
á los pies de ella, l o g r ó c o g e r l a las m a n o s con u n
r á p i d o m o v i m i e n t o , y la s e p a r ó del e s p e j o , dictán-
dola con s n g u l a r a c e n t o :
—No l e a s e s o . . .
Renata luchaba para desprenderse, riendo ner-
viosamente.
— ¿ P o r qué? ¿No soy a c a s o tu c o n f i d e n t e ?
—No, esta n o c h e no.
No la s o l t a b a , y R e n a t a d a b a l i g e r a s s a c u d i d a s
p a r a d e s p r e n d e r s e . M i r á b a n s e de u n m o d o q u e no
hübitfSíi soépeehado, eoa sotirisa algo contraída
 y v e r g o n z o s a . La j o v e n c a y ó de r o d i l l a s s o b r e el
El r u i d o de la calle h a b í a c e s a d o ; la falta s e
b o r d e del d i v á n , y al v e r q u e el la cogía en s u s
h a b í a c o m e t i d o e n t r e el ú l t i m o a c o r d e .del bule-
b r a z .s, le d ' j o con f o r z a d a y débil s o n r i s . :
v a r y el lejano r u m o r de los c o c h e s .
— Vamos, s u é l t a m e , m e haces d a ñ o .
B a j o la v e n t a n a , el c a f é Riche, e s t á c e r r a d o ; n i
Aquel f u é el único m u r m u d o de s u s labios. En
u n a r á f a g a de luz se deslizaba á t r a v é s d e los r e s -
m e d i o del p r o f u n d o silencio del g a b i n e t e , d o n d e
quicios de s u s p u e r t a s .
el gas p a r e c í a b r i l l a r m á s vivo, sintió o s c i l a r el
piso y oyó el r u i d o del ó m n i b u s de Batignolles, Al o i r o lado, b r i l l a n t e s r e s p l a n d o r e s ilonvna-

-que volvia sin d u d a la e s q u i n a de, la c a l l e . . . Y b a u la f a c h a d a del Café Ing és, e s c a p á n d o s e , de

lodo h . b í a concluido. C u a n d o s e v o l v i e r o n á mi- una ventana entreabierta, risas amortiguadas.

r a r a l l a d o u n o del o t r o , s e n t a d o s e n el d i v á n , R e n a t a alzó la c a b e z . : los á r b o l e s d e s t a c a b a n
b a l b u c e ó Máximo, en m e d i o del mismo i n a l e s l a r s u s r a m a s s u p e r i o r e s s o b r e un cielo c l a r o , e n
q u e les a g o b i a b a : t a n t o q u e la linea i r r e g u l a r de las r a s a s s e d e s v a -
necía c o m o á o r d l a s d e un azu a d o m a r . A q u e l l a
— ¡ B a h ! Esto I n b i a de s u c e d e r un día ú o t r o . . .
f r a n j a d e cielo la e n t r i s t e c í a más,'.y sólo e n t r e
R e n a t a no h a b l a b a .
l a s tinieblas del b u l e v a r e n c o n t r a b a a l g ú n con-
C m t e m p l a b a con s e m b l a n t e a l t e r a d o l a s fl r e s
suelo.
d e la a l f o m b r a .
Creía s e n t i r q u e d e s d e la a c e r a s u b í a h a s t a ella
— ¿ P e n s a b a s tú a c a s o e n lo q u e h a sucedido-
el c a l o r d e los p a s o s de t o d o s a q u e l l o s h o m b r e s y
c o n t i n u ó Máximo b a l b u c e a n d o m á s q u e h a b l a n d o .
m u j e r e s ; la v e r g ü e n z a q u e p o r allí se h a b í a a r r a s -
—Yo, p o r mi p a r t e , ni r e m o t a m e n t e . . . Debí d e s -
t r a d o , d e s e o s m o m e n t á n e o s , o f r e c i m i e n t o s en voz
confiar de e s t e g a b i n e t e . . .
b a j a , todo a cuello q u e s e e v a p o r a b a y p a s a b a en
P e r o ella, con a c e n t o p r o f u n d o , y como si t o d a
la n i e b l a , q u e ya a r r a s t r a b a el soplo matutino.
la h o n r a d e z de los R e r a n d Du Chatel h u b i e s e d e s -
I n d i n a d a hacia la s o m b r a , r e s p i r a b a a q u e l silen-
p e r t a d o en medio de su L i l a , m u r m u r ó d e s i m p r e -
cio p a v o r o s o , aquel olor de a l c o b a , c o m o e x c i t a n -
s i o n a d a ya y con el r o s t r o a j a d o y serio:
t e con q u e le b r i n d a b a n a q u e l l a s p r o f u n d i d a d e s ,
—Lo q u e a c a b a m o s de h a c e r es i n f a m e .
c o m o u n a v e r g ü e n z a y una con plicidad r e p a r t i d a .
No bodírt rtwpihih Dirigióse d la v e n t a n a , deseo-
**ió l a s c o r l l h a s y ié apoyó de d o i U Oh e! ttlfeJMáh Y c u a n d o su vista f u é a c o s H i m b r á h d o s e á la ob«-
Qdi'idád, vislumbró á la mujer déi vestido üfcúi,
 s o h en m e d i o de aquella l ó b r e g a s o l e d a d , d e pie
en el mismo sitio, e s p e r a n d o y o f r e c i é n d o s e á l a s
v a c i a s tinieblas.
R e n a t a , al v o l v e r s e , e n c o n t r ó á C a r l o s q u e mi-
r a b a en d e r r e d o r d e sí, c o m o b u s c a n d o algo
fimdistinguió la c i n t , azul de s u m a d r a s t r a , a r r u -
g a d a y caída s o b r e el d i v á n , y s e a p r e s u r ó á en-
tregarla corfesmenle.
Sintió e n t o n c e s toda s u v e r g ü e n z a , de, pie de-
l a n t e del e s p e j o , c o n las m a n o s t e m b l o r o s a s . In-
t e n t ó v o l v e r á colocarse la c i n t a , p e r o s u p e i n a d o
e s t a b a d e s h e c h o , y no p u d o c o n s e g u i r l o .
El c a m a r e r o q u e a c a b a b a de e n t r a r , f u é en s u
a u x . l . o , con la m i s m a n a t u r a b d a d con q u e la h u -
| = o ü f r e c e r „ n p a l i , l o p a r a l p s t o i l e s >
— ¿ Q u i e r e el p p i n e la s e ñ o r a ?
- ¡ N o , e s i n ú t i l ! — i n t e r r u m p i ó Máximo, m i r a n -
do al c a m a r e r o con i m p a c i e n c i a . - V e á b u s c a r n o s
un c o c h e .
R e n a t a c u b r i ó su c a b e z a con el c a p u c h ó n , v a l
i r á s e p a r a r s e del e s p ( j ( , s e e m p n ó l i g e r a m ; n t Q
P a r a l e e r .as p a l a b r a s q u e el a t a q u e d e Máximo la
h a b í a i m p e d i d o l e e r , hallando"en dirección del t e -
cho, y en c a r a c t e r e s t o r p e s y g r a n d e s , e s t a decla-
ración firmada p o r Silvia: «Amo á Máximo.» S e
S *bioays9cubrióaúd
U n a vez en el c o c h e , s i n t i e r o n u n h o r r i b l e e m -
b a r a z o . II ibian.se c o l o c a d o en la misma f o r m a q u e
al d e s c e n d e r del P.irque M o n c e a u x , y no h a l l a b a n
p a l a b r a a l g u n a q u e d i r i g i r s e . El i n t e r i o r del ca-
Al
r r u a j e e s t a b a s u m i d o en la o p a c a o b s c u r i d a d , y el
c i g a r r o de Máximo no l a n z a b a ya aquella luz roji-
za de b r a s a e n c e n d i d a .
P e r d i d o el j o v e n nuevamente entre aquellas
f a l d a s , «de las q u e e s t a b a h a s t a la c o r o n i l l a » , se
h a l l a b a molesto, silencioso, a n t e a q u e l l a mujer
m u d a q u e s e n i i a á s o lado, y c u y o s ojos se figu-
r a b a v e r c o m p l e t a m e n t e a b i e r t o s e n t r e las s o m -
bras.
P a r a parecer m e n o s cortado, acabó por buscar
la m a n o de R e n a t a , y c u a n t o la e s t r e c h ó , s u si-
t u a c i ó n le. p a r e c i ó ri)ás t o l e r a b l e .
A t r a v e s a b a el coche la plaza de la M a g d a l e n a .
R e n a t a p e n s a b t q u e no e r a c u l p a b l e , p u e s no e r a
ella quien d e s e ó el i n c e s t o . Y c u a n t o m á s reflexio-
n a b a , m á s in >cente se veía, en las p r i m e r a s h'>ras
d e su e s c a p a t o r i a , en el P a r q u e , en c a s a de Blan-
ca, y en el mismo g a b i n e t e del r e s t a u r a n t .
E n t o n c e s , ¿por q u é había c e di lu? No lo s a b í a .
S e g u r a m e n t e no h a b í a m e d i t a d o en ello, p u e s d e
lo c o n t r a r i o se h u b i e r a d e f e n d i d o enérgicamente.
La intención había sido r e i r , d i v e r t i r s e s e n c i l l a -
m e n t e . Y en medio de aquel ruí lo del c a r r u a j e ,
volvía á e s c u c h a r aquella a t r o n a d o r a o r q u e s t a del
 b u l e v a r , a q u e l v a i v é n d e h o m b r e s y m u j e r e s , en
c e a u x . c r e y e n d o v e r t r a s e'la á. Silvia y á L a u r a
t a n t o q.,e s e n t í a a b r a s a r s e s u s ojos p o r ráfagas
de f u e g o . de A u r i g n y q u e la p e r s e g u í in.
T e n i a m u c h a fiebre y f u é preciso q u e Celeste la
Máximo, t a m b i é n m e d i t a b a c o n t r a r i a d o , enoja-
a c o - t a r a y la velase basta bien de d i i . Mximo,
do ,.or la a v e n t u r a , e c h a n d o la culpa d e todo al
p a s e a n d o p o r el b u l e v a r M a l e s h e r b e s , meriiió un
d o m i n ó n e g r o . ¿Qué n m j -r s e v e s t í a de a q u e l mo-
m o m e n o p a r a s a b e r si iiía á r e u n i r s e coo la a l e -
do? ¡Si no s e la veía a.-í e, cuello! De fijo q u e no
Ja h u b i e r a t o c a d o ni los d e d o s , si Je hubiese g r e b i n d a del Café I n g l é s , p e r o p o r ú l t i m o , y co-
e n s ñ a d o u n o de s u s hombros. Entonces ha- m o un c a s t i g o q u e se i m p u s i e r a , decidió m a r c h a r -
bria recordado q u e e r a la m u j e r de su pa- se á a c o s t a r .
dre. Al s i g u i e n t e día despertó=e R e n a t a y a m u y a v a n -
zada la m a ñ a n a ; d e s p u é s d e un s u e ñ o p r o f u n d o y
F i n a l m e n ' e , c o m o no e r a a f i c i o n a d o á reflexio-
pesado Mandó e n c e n d e r la c h i m e n e a y d i j o q u e
nes desagradables, a c a b ó p o r d i s c u l p a r s e . ¡Des-
no p e n s a b a salir de su h a b i t a c i ó n , la cual era
p u é s de todo, t a n t o p e o r ! P r o c u r a r í a únicamente
p a r a ella un r e f u g i o en las h o r a s d e melanco-
q u e no s e r e p i t i e s e .
lía.
Detúvose el c o c h e y M i x i m o b a j ó el primero
A la h o r a de a l m o r z a r , c o m o no b j a s e al c o -
p a r a a y u d a r á R o n a í a . Se d i e r o n la m a n o como
m e d o r , su m a r i d o la hizo p a s a r un r e c a d o p r e g u n -
de c o s t u m b r e , y R e n a t a , p o r d e c i r algo, y confe-
t á n d o l e si p o d r í a h a b l a r l a un m o m e n t o .
s a n d o sin q u e r e r u n a preocupación q u e vagaba
en s u p e n s a m i e n t o d e s d e la e s c e n a del g a b i n e t e , No s e hallaba m u y d i s p u e s t a R e n a t a á a c c e d e r
preguntó: á los d e s e o s d e su esposo, p e r o r e c o r d ó q u e el día
a n t e - i o r le h a b í a e n v i a d o una f a c t u r a de YVorms,
~ ¿ Q <é significaba a q u e l p e i n e de q u e h a b l a b a
el ca r u a r e n ? q u e i m p o r t a b a ciento t r e i n t a y seis mil francos,
u n a s u m a ya r e s p e t a b l e , y p e n s ó q u e sin d u d a él
—¿Aquel peine?... p ¡es no lo *é.
mismo ibaá entregársela galantemente.
La j o v e n c o m p r e d,ó en s g u i d a . Sin d u d a en
Volvió á su m e m o r i a el r e c u e r d o d e la ligera
aquel ga< j „ e t e había un peine, c o m o había un di-
s a c u d i d a e x p e r i m e n t a d a el día a n t e r i o r ; miróse a l
v á n , un ce r o j o . . . Y sin a g u a r d a r o t r a explicación,
e s p ' j o y vió s u s cabellos q u e Celeste había reco-
d e s a p a r e c i ó e n t r e Jas t i n i e b l a s del P a r q u e Mon-
g i d o e n g r a n d e s t r e n z a s , y d e s p u é s d e esta i q a ^ o tEQi1*

s ^ S g r
 ello no se d i e r a c u e n t a c o n t i n u ó S a c c a r d , son-
peccíón s e sentó al lado del fuego, o c u l t a e n t r e los
riendo:
e n c a j e s de su p e i n a d o r .
—Tú sabes que j a m á s intervengo en tus gastos;
Las h a b i t a c o n e s de Saccard h a d a n j u e g o o n la*
p e r o me e s i np s i b l e n e g a r q u e a l g u n o s detalles
de su e s p o s a , y en la neg cu q u e se hallaba en
d e e>ta f a c t u r a m e han s o r p r e n d i d o . Aquí tienes
ellas pasó á las d , R e n a t a . Muy de t a r d e en l a r d e
en la s e g u n d a p á g i n a : <-Un t r u j e de b a i l e : tela se-
a c a e c í a n s e m e j a n t e s visitas, y c u a n d o o c u r r í a n
e r a p a r a t r a t a r s i e m p r e d e la cuestión d e inte- tenta francos; hechuras seiscientos; prestado en

reses. d i n e r o , cinco mil; a g u a del D r . P i e r r e , seis«. Me

p a r e c e q u e es un t r a j e d e s e t e n t a f r a n c o s , b a s t a n -
Su a s p e c t o , al p r e s e n t a r s e , e r a el del h o m b r e
te s u b i d o de pr< c i ó . . . NO, no es q u e t e riña...
q u e no ha d o r m i d o ; tenía los pjos e n c e n d i d o s y
c o m p r e n d o todo eso p e r f e c t a m e n t e . L o q u e o c u r r e
d e s c o l o r i d o el r o s t r o .
es q u e la f a c t u r a a s c i e n d e á ciento t r e i n t a y seis
A c e r c ó s e g a l a n t e m e n t e á s u e s p o s a y la b e s ó la
mil f r a n c o s , y a u n q u e no m e p a r e c e e x a j e r a d a , lo
m a n o , s e n t á n d o s e en s e g u i d a al lado o p u e s t o d e
r e p i t o , m e es i m p o s i b l e p a g a r l a y eso m e mo-
la c h i m e a e a .
lesta.
—¿No te s i e n t e s b i e n , q u e r i d a m í a ? - p r e g u n t ó .
R e n a t a tendió la m a n o , y con tono d e s p e c h a d o
— A aso la j a q u e c a ¿ n o es v e r d a d ? Peí d o n a que
q u e en v a n o quiso d i s i m u l a r , dijo s e c a m e n t e :
v e n g a á m o l e s t a r t e c o n todos esos f a s t i d i o s p r o - ,
pios del h o m b r e de negocios, p e r o s e t r a í a de un — Bueno; d a m e la f a c t u r a . Ya p r o c u r a r é yo

a s u n t o g r a v e . . . - a n a d i ó , y s a c ó de u n o do sus arreglarme.

bolsillos la ¡factura de W o r m s , c u y o p a p e l t a t , n a - — S e n t i r í a q u e no me c r e y e r a s — a ñ a d i ó S a c c a r d ,
do r e c o n o c i ó cn s e g u i d a R e n a t a . á quien le placía q u e su m u j r d u d a s e a c e r c a de
s u s a n g u s t i a s p e c u n i a r i a s . — N o es q u e yo diga q u e
— A y e r m e e n c o n t r ó con e s t a f a c t u r a cn mi d s-
mi situación s e a difícil e a e x c e s o ; p e r o mis n e g o -
p a c h o - p r o s i g u i ó diciendo S a c c a r d - y no tenes
cios no van b i e n en e s t e m o m e n t o . . . Voy á espli-
idea d é l o q u e me molesta no poderla t ag,r en
este m e m e n t o . c a r t e , si no l e molesto, cuál es n u e s t r a v e r d a d e r a
s i t u a c i ó n ; s o y d e p o s i t a r i o de tu doto y d e b o ha-
Y m i r a n d o d e r e o j o á su e s p o s a , quiso estu l i a r
blarte con entera f r a n q u e z a .
e l efecto q u e a q u e l l a s p a l a b r a s le p r . d u c i a n . Re-
D e j ó la f a c t u r a s o b r e la c h i m e n e a , y c o n las
nata quedo como asombrada; p e r o como si de
L A CANALLA.—1 I TOMO I .
 t e n a z a s comenzó á r e m o v e r la l u m b r e . Entrete-
n e r s e en aquella operación e r a u n a e s t r a t a g e m a
q u e había a c a b a d o por c o n v e r t i r s e en c o s t u m b r e .
C u a n d o se e m b a r u l l a b a ya fuese h a b l a n d o d-í ci-
f r a s ó de o t r a cosa, un golpe en las ascuas las
d e s a r r e g l a b a , y en seguida se e n t r e g a b a á la ope-
ración de a r r e g l a r l a s de nuevo. A veces se m e t í a
casi d e n t r o d e la c h i m e n e a p a r a b u s -ar un tizón.
Y con la voz sorda y casi p e r d i d a conseguía im-
p a c i e n t a r é i n t e r e s a r á las p e r s o n a s q u e le e s c u -
chaban, hasta que por fin c a n s a d o s le a b a n d o n a -
b a n , pero s i e m p r e contento«. H a s t a en las casas
d é l o s d e m á s se a p o d e r a b a d e las tenazas. En
v e r a n o r e c u r r í a á una pluma, á la p l e g a d e r a , á un
cortaplumas, para j u g a r y e n t r e t e n e r s e .
—Te ruego, amiga mí . , - d i j o d a n d o un golpe
que ( e s p a r r a m ó todo el f u e g o - . , u o me p e r d o n e s
si m e veo precisado á m o l e s t a r t e e n t r a n d o en t o -
dos estos detalles .. P u n t u a l m e n t e te he e n t r e g a -
d o la r e n t a de la c a n t i d a d q u e me confiaste, y sin
intención de m o l e s t a r t e puedo a s e g u r a r q u e he
considerado ese dinero como perteneciera á tu
bolsillo p a r t i c u l a r , p a r a tus g a s t o s p r i v a d o s , sin
que nunca se me haya o c u r r i d o exigirte la mitad
que te c o r r e s p o n d e p a g a r de los g a s t o s c o m u n e s
d e la casa.
Calló u n a vez dichas e s ' a s p a l a b r a s . R e n a t a s u .
f r í a , viéndole h a c e r un a g u j e r o en la ceniza p a r a
e n t e r r a r un tronco: sin d u d a llegaba á u n punto
escabroso.
— l i e necesitado, debes c o m p r e n d e r l o , hacer
que tu din >ro p r o d u z c a u n a r e n t a considerable:
el capital está a s e g u r a d o , en c u a n t o á eso no tie-
n e s por q u é t e m e r .. La s u m a p r o c e d e n t e de t r e s
fincas d e la Sologne, una p a r t e se ha i n v e r t i d o en
el pago del hotel en q u e vivimos, y el r e s t o está
colocado en un negocio magnifico: La sociedad
general de puertos de Marruecos... No estarnos en
el c a s o de r e d u c i r n u e s t r o t r e n , es verdad; pero
quisiera q u e reconocieses que en m u c h a s ocasio-
n e s se c e n s u r a á los p o b r e s m a r i d o s i n j u s t a m e n t e .
Debía e x i s t i r un motivo p o d e r o s o para que
aquella vez no mintiese con igual d e s c a r o que d e
c o s t u m b r e . P e r o de todos modos la v e r d a d era
que la dote d e R e n a t a , hacia ya mucho tiempo que
h a b í a d e s a p a r e c i d •; seguía figuran lo en la c a j a
de S a c c a r d como valor nominal, y si bien p a g a b a
i n t e r e s e s fabulosos, en «-arabio le h u b i e r a sido im-
posible p r e s e n t a r n a d a q u e equivaliese en v a l o r e s
r e a l e s al capital primitivo. Contesaba á m e d i a s
que los quinientos mil f r a n c o s q u e habían produ-
cido los bienes de Sologne fueron d e s t i n a d o s á
p a g a r el p r i m e r plazo del hotel y el mobiliario,
q u e en j u n t o venían á c o s t a r unos dos millones,
d e los c u a l e s m á s de un millón Jos debía a ú n al
t a p i c e r o y al contratista.
 —No te r e c l a m o n a d a — a c a b ó p o r d e c i r Rena-.
t a — y a sé q u e t e d e b o g r a n d e s c a n t i d a d e s .
— ¡ P e r o a m i g a m í a ! — e x c l a m ó el esposo, c o g i é n -
dole las m a n o s y r e t e n i e n d o también las t e n a z a s . —
¡Q ié idea t a n e q u i v o c a d a ! . . En una p a l a b r a , be
sido d e s g r a c i a d o en la B j l s a . T o n l í n Laroche ha
c o m e t i d o lijerezas; M'guón y C h a r r i e r s o n d o s i m -
béciles q u e p t r a nuda s i r v e n , y e s a e s la razón
p o r q u é no puedo pugar e s a c u e n t a . P e r o tú n o
te e n f a d a r á s conmigo ¿verdad?
P a r e c í a r e a l m e n t e c o n m o v i d o . H u n d i ó las t e n a -
z a s en el fuego p r o d u c i e n d o un g r a n chisporro-
teo. R e n a t a h a b i i n o t a d o el d e s a l i e n t o q u e le do-
m i n a b i d e s d e h a c í a a l g ú n tiempo; p e r o no le e r a
p o s i b l e a c e r t a r la v e r d a d e r a c a u s a . S a c c a r d h a b í a
nece&ita !o h a c e r d i a r i a m e n t e u n e s f u e r z o . Vi-
v i e n d o en un hotel d e dos millones, c o n un tren
de p r í n c i p e , m u c h a s m a ñ a n a s , al l e v a n t a r s e , no
t e n í a en su c a s a ni mil f r a n c o s . S u s g a s t o s no dis-
minuían; vivía del c r é d i t o , a p r e m i a d o por los
a c r e e d o r e s , q u e d a b a n al t r a s t e con los b e n e f i c i o s
e n o r m e s q u e e n o c a s i o n e s r e a l i z a b a con c i e r t o s
negocios.
P o r a q u e l l o s d í a s , y en a q u e l m i s m o i n s t a n t e ,
h a b í a s o c i e d a d e s q u e se h u n d í a n b a j o s u s pies;
cada vez s e a b r í a n n u e v o s y p r o f u n d o s a b i s m o s
d e l a n t e d e él, y en la i m p o s i b i l i d a d d e l l e n a r l o s ,
los v a d e a b a . Y así p r o s e g u í a su c a m i n o s o b r e u n
t e r r e n o falso, en u n a crisis c o n t i n u a , viéndose
o b l i g a d o á sati.-facer c u e n t a s de c i n c u e n t a mil
f r a n c o s y d e j a n d o al c o c h e r o p o r p a g a r , y c a d a
vez con m a y o r a p l o m o , m á s m a j e s t u o s o , v a c i a n d o
s o b r e P a r í s su c a j a ya e x a u d a , y de la c u a l , no
o b s t a n t e , aún salía a q u e l r í o d e o r o d e desconoci-
do y f a n t á s t i c o o r i g e n :
E r a aquel un m o m e n t o crítico p a r a los e s p e c u -
l a d o r e s , y S a c c a r d , d i g n o hijo del Municipio, se
h a b í a d e j a d o a r r a s t r a r p o r la r a p i d e z en que s e
d e s e a b a la t r a n s f o r m a c i ó n , y p o r la e m b r i a g u e z
d e p l a c e r e s y el a n s i a de d e s p i l f a r r o q u e d o m i n a -
b a á P a r í s . Lo mismo q u e el Municipio, s e e n c o n -
t r a b a en a q u e l i n s t a n t e , e n f r e n t e de un déficit
e n o r m e q u e t r a t a b a de s a l v a r s e c r e t a m e n t e , sin
r e c u r r i r á la p r u d e n c i a , á la e c o n o m í a ; á la v i d a
m o d e s t a y t r a n q u i l a . Le e r a i m p o s i b l e a b s t e n e r s e
de a q u e l lujo inútil y p r e f e r í a c o n s e r v a r la mise-
ria real d e a q u e l l a s c a l l e s , de las c u a l e s p o r la
mañana sacaba una fortuna que por la no> he
d e s p i l f a r r a b a . De u n a e n o t r a a v e n t u r a ya no
le r e s t a b a m á s q u e las a p a r i e n c i a s d e la r i q u e z a
poseída.
P a r í s t a m b i é n , en a q u e l l o s d í a s de l o c u r a , c o m -
p r o m e t í a su p ir venir con la m i s m a imprudencia,
y no iba m e n o s e r g u i d o y s a t i s f e c h o á t o d a s las
l i j e r e z t s y á todas las e s t r a t a g e m a s financieras.
La liquidación a m e n a z a b a s e r t e r r i b l e . Los m á s
 p i n g ü e s negocios se d e r r e t í a n e n t r e las roanos de
S a c c a r d . Como h bía co,,f sado, sus pérdidas en ción c u y o alquiler no valía m á s d e o c h o mil f r a n -
la 3 »Isa e r a n c o n s . d e r a b l e s . Toutín L a r o c h e ha cos, ex jía diez mil, y el inquilino, e s c a n d a l i z a d o ,
bía estado á p u n t o d e c o m p r o m e t e r el Crédito Vi - se n e g a b a á f i r m a r el c o n t r a t o , hasta q u e el p r o -
ticola, j u g a n d o al alza, y |a operación resultó p i e t a r i o a c c e d í a á p e r d o n a r l e el p a g o de las d o s
e q u i v o c a d a ; a f o r t u n a d a m e n t e , el G »bienio, indi- p r i m e r a s m e n s u a l i d a d e s , y asi el a l q u i l e r q u e d a -
rectamente, pudo d a r nuevo impulso á Id fa- b a reducido á su j u s t o v a l o r , p e r o en el c o n t r a t o
m o s a m á q u i n a d e p r é s t a m o s , c o n h i p o t e c a , á los f i g u r a b a n diez mil f r a n c o s , q u e e r a lo q u e él de-
viticultores. seaba p a r a r e a l i z a r su n e g i c i o , y c u a n d o e n c o n -
i Q u e b r a n t a d o p o r a q u e l d o b l e golpe, r e ñ i d o p o r t r a l a un c o m p r a d o r y c a p i t a l i z a b a la r e n t a s del
s u h e r m a n o el m i n e r o en vista del peligro que i n m u e b l e , alcanza!) i un v e r d a d e r o c á l c u l o f i n t a s -
h a b í a n c o r r i d o los b o n o s de delegación del Muni- m a g ó r t c o . Como s u s c a s a s no s e a l q u i l a r a n , no
cipio, c o m p r o m e t i d o s j u n t a m e n t e con el Crédito p u d o u s a r m u c h a s veces de la t r e i a ; había o b r a d o
Vitícola, no f u é m á s a f o r t u n a d o S a c c a r d e n s u s d e ligero al e d i f i c a r l a s tan p r o n t o . En invierno,
representaciones sobre inmuebles. e s p e c i a l m e n t e , no había n a d i e q u e se a v e n t u r a s e
M i g n ó a y C h a r r i e r habían t e r m i n a d o s u s r e l a - á i r h a s t a allí p o r t e m o r al b a r r o y al fi n .
c i o n e s con él y ú n i c a m e n t e les a c u s a b a por la Lo q u e m á s le i m p r e s i o n ó f u é q u e Mignón y
c o n c e n t r a d a ira q u e s e n t í a al h a b e r s e e q u i v o c a d o C h a r r i e r le compra.-en el hotel del b u l e v a r Males-
edifi a n d o los t e r r e n o s q u e á él le t o c a r a n , m i e n - h e r í , e s c u y a c o n s t r u -ción él no p u d o lermirar.
t r a s «jue los o t r o s v e n d i e r o n los s u y o s realizando Los c o n t r a t i s t a s e n t r a r o n en d e s e o s de vivir en s u
una bonita f o r - u n a , en tanto q u e él se e n c o n t r a b a bu c v a r , como ellos d e c í a n , y h a b i e n d o vendido
con u n a s c a s a s i n ú l d e s , q m n a d a le p r o d u c í a n , y los t c r e n o s (pie les c o r r e s p o n d í a n , a d i v i n a r o n el
de las cuales no podía d e s h a c e r s e sinó perdiendo a p u r o de su a n t i g u o c o m p a ñ e r o y r e a l i z a r o n un
d i n e r o . P r u e b a d e e s t o es q u e vendió en t r e s c i e n - b mito negocio q u e d á n d o s e el s o l a r , en medio del
tos mil f r a n c o s un hotel de la calle de | a M , g (ale- cual se l e v a n t a b a el hotel hasta el p r i m e r pis >.
ñ a , del cual a ú u d e b í a t r e s c i e n t o s o c h e n t a mil. Dijeron q u e h u b i e r a n pr. feriólo el s o l a r limpio
P a r a e s t o tuvo q u e v a l e r s e de una t r e t a de las d e p i r a p o d e r edilí -ar en él á su gusto, a p i e iandu
su e s p e c i a l i d a d . Véase la clase. P o r u n a h a b i t a - c o m o c a s c o t e inútil a q u e l l o s sól dos c i m i e n t o s de
piedra tallada y tan buenas razones emplearon,
 q u e S a c c a r d tuvo q u e v e n d e r l e s el s o l a r , p e r d i e n -
do todo el d i n e r o q u e allí h a b l a g a s t a d o . No con-
t e n t o s con esto, los c o n t r a t i s t a s se n e g a r o n á p a -
g a r l e á d o s c i e n t o s c i n c u e n t a f r a n c o s el metro,
c a n t i d a d en q u e h a b i a sido v a l o r a d o al v e r i f i c a r s e
la d i s t r i b u c i ó n , y le e s c a t i m a r o n veinticinco f r a n -
cos p o r m e t r o , al igual q u e h a c e n los c o m e r c i a n -
tes sin c o n c i e n c i a , o f r e c i e n d o c u a t r o f r a n c o s p o r
u n o b j e t o q u e ellos m i s m o s h a n vendido el día
a n t e s p o r c i n c o . S a c c a r d pasó p o r todo, y d o s
d í a s d e s p u é s t u v o el d i s g u s t o d e v e r u n a legión
de albañiles i n v a d i r la o b r a y c o n t i n u a r edifican-
do s o b r e a q u e l l o s «c scotes i n ú t i l e s » .
C u a n d o m á s e m b r o lados e s t a b a n s u s a s u n t o s ,
t a n t o m e j o r d i s i m u l a b a el d i s g u s t o d e l a n t e de
su m u j e r . E r a i n c a p a z d e c o n f e s a r s e p o r sólo el
a m o r á la v e r d a d .
— T e r o d i m e , — e x c l a m ó R e n a t a con la d u d a r e -
t r a t a d a en el s e m b l a n t e , — s i tan a p u r a d o e s t a b a s ,
¿por q u é m e has c o m p r a d o el c o l l a r y la d i a d e m a ,
que, s e g ú n c r e o , te h a n c o s t a d o s e s e n t a mil f r a n -
cos?... E s a s j o y a s no m e h a c e n falta, y te r u e g o
q u e m e a u t o r i c e s p a r a d e s h a c e r m e d e ellas, c o n
o b j e t o de d a r á W o r m s algo á c u e n t a .
— ; T e g u a r d a r á s d e h a c e r tal!—dijo Saccard c o n
tono i n q u i e t o . — S i m a ñ a n a en el baile del Ministe-
r i o no te viesen p u e s t a s e s a s j o y a s , s e h a r í a n supo-
, siciones, no m u y f a v o r a b l e s a c e r c a d e mi f o r t u n a .
Aquella m a ñ a n a e s t i b a , h a s t a c i e r t o p u n t o , d e
buen h u m o r , pues a c a b ó p o r s o n r e í r .
- N o s o t r o s , los h o m b r e s d e negocios, — d j o
g u i ñ a n d o los o j o s , — s o m o s c o m o las m u j e r e s Lo-
nita.-; t e n e m o s t a m b i é n n u e s t r a s marrulleiías...
Así p u e s , c o n s e r v a ese c o l l a r y e s a d i a d e m a m
p r u e b a de mi a m o r .
No podía en v e r d a d c o n t a r l a h i s t o r i a , q u e e r a
v e r d a d e r a m e n t e g r a c i o s a , a u n q u e un tanto a r r i e s -
g a d a . Al final d e u n a cena, S a c c a r d y L a u r a d e
A u r i g n y c e l e b r a r o n u n t r a t a d o de a l i a n z a ; L a u r a
e s t a b a a c r i b i l l a d a de d e u d a s , y no p e n s a b a m á s
q u e en e n c o n t r a r un joven q u e q u i s i e r a llevar a á
L o n d r e s . P o r su p a r t e , S a c c a r d , s i n t i e n d o q u e la
t i e r r a se h u n d í a b a j o s u s pies, t o r t u r a b a su i m a -
ginación, y b u s c a b a un e x p e d i e n t e q u e le hiciese
a p a r e c e r a n t e el público c o m o u n Creso. La a v e n -
t u r e r a y el e s p e c u l a d o r s e e n t e n d i e r o n en m e d i o
de la e m b r i a g u e z de los p o s t r e s ; á él se le o c u r r i ó
aquella venta de d i a m a n t e s , q u e a c u d i r á t o d o
P a r í s , y en la q u e c o m p r ó a l g u n a s j o y a s p a r a s u
m u j e r con g r a n d e o s t e n t a c i ó n . Después con los cua-
t r o c i e n t o s mil f r a n c o s q u e a p r o x i m a d a m e n t e p r o -
d u j o aquella v e n t a , p u d o h a c e r c a l l a r á los a c r e e -
d o r e s de L a u r a , y á él le p r o d u j o el negocio u n o s
s e s e n t a y cinco mil f r a n c o s .
C u a n d o se le vió liquidar la situación de la de
A u r i g n y , p a s ó p o r s u a m a n t e , c r e y é n d o s e que h a -
 bía p a g a d o t o d a s s u s d e u d a s y q u e h a c í a l o c u r a s
p o r ella. Su c r é d i t o s e r e h i z o de un m o d o formi-
d a b l e , y t o l a « las m a n o s se t e n d í a n hacia é ' . En
la B )lsa no se h a b l a b a de o t r a cosa, y al a p a r e c e r
él s e ha -ían a l u s i o n e s ü su p a s i ó n y e s t o le delei-
t a b a . Mientras t a n t o , L a u r a d e A u r i g n y , en c u y a
c a s a Saccard no pasó ni una sola noche, fingía e n -
g a ñ a r l e con o c h o ó diez imbéciles, e n g o l o s i n a d o s
con la idea de p e g á r s e l a á un h o m b r e U n p o d e r o -
so, y h .cia el g r a n . egocío, pues en un m e s r e u n i ó
dos m o b i l i a r i o s y m á s d i a m a n t e s d e los q u e h a b i a
v e n d i d o S a c c a r d , al s a l i r d e la Bolsa, iba t o d a s las
t a r d e s á f j m a r un c i g a r r o á c a s a de la q u e p a s a b a
p o r su q u e r i d a , y f r e c u e n t e m e n t e vis'umbraba
a l g ú n faldón d e levita, q u e huía e s p a n t a d o ; p e r o
al q u e d a r s e solos, no podían m i r a r s e sin r e i r -
s e , y la d a b a b e s o s en la f r e n t e , c >mo á una m u -
c l n c h a m a l i c i o s a , c u y a s p i c a r d í a s le entusiasma-
sen. N u n c a la d a b a d i n e r o , y a ú n h u b o ocasiones
en q u e ella le p r e s t a b a a l g u n a cantidad p a r a deu-
d a s del j u e g o .
l l é n a l a insistió, h a b l a n d o al m e n o s de e m p e ñ a r
las j..yas, p e r o su m a r i d o la c o n v e n c i ó de q u e
a q u e l l o e r . imposible, p u e s al día g u í e n t e , todo
P a r í s e s p e r a b < v e r l a s . E n t o n c e s la j . , \ v n . á qu:en
la f a c t u r a de W o r m s c a u s a b a inq . i a u d , buscó
o t r a s -Lición.
Pero, e x c l a m ó d e r e p e n t e , — m i negocio d e
C h a r o n n e va bien ¿no e s v e r d a d ? R e c u e r d o q u e e l
o t r o día me decías q ie los beneficios s e r i a n s o -
b e r b i o s . . Quizás S a n s o n n e a u me adelante los
c i e n t o t r e i n t a y seis mil f r a n c o s .
Hacía u n m o m e n t o q u e S a c c a r d o l v i d a b a las te-
n a z a s e n t r e s u s p i e r n a s . De p r o n t o las volvió á
c o g e r , s e inclinó y casi d e s a p a r e c i ó en la chime-
n e a , d o n d e la j .ven le oyó d e c i r s o r d a m e n t e :
—Sí, sí, q u i z i s S a n s o n n e a u q u i e r a . . .
P o r último R n a t a vino á p a r a r á d o n d e su ma-
r i d o q u e n a c o n d u c i r l a d e s d e el p r i n c i p i o de la
conversación. Desde hacia dos a ñ o s preparaba
S a c c a r d un n e g o c i o s o b r e C h a r o n n e . R e n a t a no
h a b i a q u e r i d o j a m á s d e s h a c e r s e d e los b i e n e s de
su tía Isabel, j u r a n d o á ésta q ie irían á p a r a r ín-
t e g r o s á sus hijos, c a s o d e t e n e r l o s . Saccard no
se d e s c o r a z o n ó y t r a b a j ó en su i m a g i n a c i ó n a q u e l
p r o y e c t o , q u e c o n s t i t u í a la o b r a de un bandido
c o n s u m a d o , u n a e.-tafa colosal d e la q u e h a b í a n
d e s e r victimas el A y u n t a m i e n t o , el E s t a d o , s u
m u j e r y h a s t a el mi-mi > S a n s o n n e a u . N • h a b l ó ya
m á s de v e n d e r los t e r r e n o s , lirni á n d o s e á lamen-
t a r s e d i a r i a m e n t e d e la t nitei í i q u e e r a el d e j a r -
los casi i r p r o l u c t i v o s y c o n t e n t a r s e con una r e n -
ta del dos p o r c i e n t o . R e n a t a , á quien s i e m p r e
faltaba el d i n e r o , a c a b ó p o r a<ep a r la idea de un
negocio c u a l q u i e r a . A r í s t i d e s b a s ó su o p e r a c i ó n
s o b r e la c e r t i d u m b r e d e u n a p r ó x i m a especula-
Ció T con m o t i v o dñ la a p e r t u r a del b u l e v a r d u
Priñen-Euytnt, c u y o t r a z a d o a ú n no e s t a b a bien
d e t e r m i n a d o , y e n t o n c e s f u é c u a n d o decidió a p r o -
v e c h a r s e de su a n t i g u o cómplice S a n s o n n e a n , pre-
s e n t á n d o l e c o m o un a s o c i a d a q u e realizó con s u
m u j e r un c o n v e n i o s o b r e las bases s i g u i e n t e s : Re-
n a t a a p o r t a b a los t e r r e n o s r e p r e s e n t a n d o un v a l o r
de q u i n i e n t o s mil f r a n c o s ; p o r su p a r t e S a n s o n -
neau s e c o m p r o m e t í a á edificar s o b r e aquellos te-
f r e n o s , p o r una s u m a igual, una sala de c a f é can-
t a n t e , con un g r a n j irditi, e n el q u e ¡-e i n s t a l a r í a n
j u e g o « d.'. t o d a s clases, columpios, j u e g o s de b i r -
los, de b >los, e t c . Las g a n a n c i a s y las p é r d i d a s
q u e h u b i e r a s e r í a n a m e d i a s . En el caso d e q u e
u n o d e los a s o c i a d o s q u i s i e r a d e j a r t i negocio po-
dría hacerlo, retirando su parte, que sería apre-
c i a d a p o r los p e r i t o s q ie i n t e r v i n i e s e n . Renata
q u e d ó s o r p r e n d i d a de q u e el v a l o r d e los t e r r e -
nos se h j a s e en q u i n i e n t o s mil f r a n c o s , c u a n d o á
lo s u m o valían t r e s c i e n t o s mil, pero S a c c a r d la
hiz > c o m p r e n 1er q u e a q u e l l o e r a una m a n e r a h á -
bil de h a c e r s e s u y o á S a n s o n n e a u , c u y a s edifica-
ciones no v a l d r í a n j a m á s a q u e l l a s u m a .
S a n s o n n e a u s e h a b í a c o n v e r t i d o en un vividor
e l e g a n t e , y llevaba s i e m p r e g u a n t e s , c a m i s a s r e s -
plandeciente« y corbatas maravillosas. Tenia para
d e s p a c h a r s u s a s u n t o s u n tilburi, ligero c o m o u n a
p l u m a , d e asiento m u y elevado y q u e él m i s m o
g u i a b a . I l a b í a i n s t a l a d o s u s oficinas en la calle d e
Rívoli y c o n s t i t u í a n u n a s e r i e de habitadores
l u j o s a m e n t e a m u e b l a d a s , e n las q u e no se veía
u u leg j > ni una c a r p e t a . Sus e m p l e a d o s e s c r i b í a n
s o b r e mesas d e peral b a r n i z a d o y p i n t a d o de ne-
gro, t a r a c e a d a s y con a d o r n o s d e b r o n c e c i n c e l a -
dos.
Se decía a g e n t e d e e x p r o p i a c i o n e s , n u e v a p r o -
fesión q u e los t r a b a j o s q u e e n t o n c e ? se realiza-
b a n habían c r e a d o . M a n t e n í a c o n s t a n t e s relacio-
n e s con el A y u n t a m i e n t o , q u e le i n f o r m a b a n con
a n t i c i p a c i ó n d e las n u e v a s v í a s p r o y e c t a d a s , y
c u a n d o conseguía q u e a l g ú n a g e n t e le c o m u n i c a s e
el t r a z a d o de un b u l e v a r , iba á visitar á los p r o -
pietarios amenazados de expropiación, ofr cién-
doles s u s servicios, h a c i e n d o v a ' e r s u s a r t i m a ñ a s
p a r a a u m e n t a r la i n d e m n i z ición y g e s t i o n a n d o
a n t e s d e que s e h u b i e s e publicado, el d e c r e t o de
utilidad [ ú b l i c a .
T a n p r o n t o como el p r o p i e t a r i o a c e p t a b a sus
o f r e c i m i e n t o s , t o m a b i S a n s o n n e a u á su c a r g o to-
dos los g i«tos, l e v a n t a b a el p l a n o de la propie-
d a d , e s c r i b í a una m e m o r i a , llevaba el a s u n t o á los
tribunales y pagaba un abogado mediante cierto
t a n t o por ciento s o b r e la d i f e r e n c i a e n t r e la o f e r t a
del A y u n t a m i e n t o y la i n d e m n i z a c i ó n c o n c e d i d a
p o r el j u r a d o . Aquella industria, que denotaba
u n a g r a n inteligencia e n q u i e n la e j e r c í a d a b a lu-
 g a r á o t r o s m u c h o s negocios; p r e s t a b a con u n c r e -
cido i n t e r é s , y no e r a el u s u r e r o de la a n t i g u a es-
c u e l a , a n d r a j o s o , necio, d e pálidos y m u d o s o j o s
q u e p a r e c í a n d e m e t a l , d e labios d e s c o l o r i d o s y
a p r e t a d o s c o m o los c o r d o n e s de una bolsa; p o r el
c o n t r a r i o , s o n r e í a , tenía m i r a las e n c a n t a d o r a s ,
vestía en casa d e D u s a n t o y a l m o r z >ba en el r e s -
t a u r a n t de B r é b a n t con su víctima, á q u i e n llama-
b a oqueri lo amigo» o f r e c i é n d o l e h a b a n o s á los
p o s t r e s . En el f o n d o , d e n t r o d e a q u e l l o s a p r e t a d o s
chalecos q u e le o p r i m í a n la c i n t u r a , S n a s o n n e a u
e r a un h o m b r e t e r r i b l e q u e h u b i e r a p e r s e g u i d o el
c o b r o de un r e c i b o hasta oca>ionar el suicidio d e
su d e u d o r , sin q u e p o r eso d e ^ s e de s e r amable
ni un s o 10 m o m e n t o .
S a c c a r d h u b i e r a b u s c a d o de b u e n a g a n a o t r o
a s o c i a d o , p e r o c o m o no e s t a b a m u / t r a n q u i l o á
c a u s a del i n v e n t a r i o falso q u e S a n s o n n e a u poseía,
p r e f i r i ó m e t e r l e en el negocio, con la e.-peranza
de a p r o v e c h a r al/una circunstancia favorable
p a r a a p o d e r a r s e de a q iel d o c u m e n t o c o m p r o m e -
t e d o r . S a n s o n n e a u c o n s t r u y ó el caf i c a n t a n t e , edi-
ficio c o m p u e s t o de tablas y c a s c o t e s , cor-m . d o de
c a m p a n i l l a s d e h i e r r o , y |n hizo p i n t a r de a m a r i -
llo y e n c a r n a d o . El j a r d í n y los j u e g o s a l c a n z a r o n
a l g ú n é x i t o e n el p o p u l a r b a . r i o de C h a r o n n e , y
al c a b o d e d o s a ñ o s la especulación p a r e c í a p r o s -
p e r a r , a u n q u e e s v e r d a d q u e los b e n e f i c i o s e r a n
reducidos. Hasta entonces Saccard había hablado
s i e m p r e cou e n t u s i a s m o á su m u j e r del porvenir
q u e tan feliz idea o f i e c í a , p o r v e n i r q u e no d e b í a
s e r m u y lejano.
R e n a t a o b s e r v ó q u e su m a r i d o no salí i d a l a
c h i m e n e a , y q u e su voz c a d a ve¿ s e apagaba
más.
— Hoy mismo i r é á v e r á S a n s o n n e a u , — d i j o , —
e s el único r e c u e r d o q u e m e q u e d a .
E n t o n c e s A.rhtiJes, d e j a n d o c a e r el á s c u a , q u e
t a n t o p a r e c i ó p r e o c u p a r l e , contentó s o n r i e n d o :
—Ya está h e c h o , q u e r i d a . . ¿No s a b e s q u e yo
m e a n t i c i p ) á t u s deseos?... A y e r t a r d e vi á San-
sonneau.
—¿Y le p r o m e t i ó los ciento t r e i n t a y s e i s mil
f r a n c o s ? — p r e g u n t ó a n s i o s a m e n t e la j o v e n .
S a c c a r d p a r e c í t en a q u e l m o m e n t o m u y o c u p a -
do, f o r m a n d o e n t r e los dos t r o n c o s u n m o n t o n -
cillo de áscu is, q u e iba r e c o g i e n d o p a c i e n t e m e n t e
con las tenazas, y m i r a b a con la satisfacción q u e
el a r t i s t a c o n t e m p l a su o b r a , c o m o s e iba elevan-
do poco ¿ poco aquel p r o m o n t o r i o .
— ¡Eres muy impaciente!... Ciento treinta y
seis mil f r a n c o s s o n una c a n t i d a d i m p o r t a ate.
S a n s o n n e a u es u n buen m u c h a c h o , p e r o su c a j a
no r e s p o n d e á s u s b u e n o s deseos. No obslaute
h a r á p o r tí c u a n t o p u e d a . . .
H a b l a b a c a l u r o s a m e n t e , g u i ñ a n d o los ojos y
a m o n t o n a n d o de n u e v o l a s á s c u a s q u e s e h a b í a n
derrumbado.
Aún á su p e s a r , R e n a t a seguía las m a n i o b r a s de
s u m a n d o , s u s ideas e m p e z a b a n á t u r b a r s e , y es-
t u v o v a r i a s veces t e n t a d a de a c o n s e j a r l e , v i e n d o
su g r a n t o r p e z a . Por fin, o l v i d a n d o t o d a s s u s p r e -
o c u p a c i o n e s . no p u d o c o n t e n e r s e , y dijo:
—Coloca d e b jo el t r o n c o g r a n d e , y entonces
l o s d e m á s se s o s t e n d r á n .
S a c c a r d la o b e d e c i ó d ó c i l m e n t e , y c o m o si con-
t i n u a s e en voz alta un d i s c u r s o m e n t a l , d i j o :
— P o r a h o r a no dispone m á s q u e de c i n c u e n t a
mil f r a n c o s . D e s p u é s de todo e s u n a b u e n a canti-
dad para d ' r l a á cuenta... U-acámente que no
q u e r e m e z c l a r este negocio con el de C h a r o n n e .
P o r q u e él no es m á s que un i n t e r m e d i a r i o ¿com-
p r e n d e s ? El d i n e r o no es suyo, y la p e r s o n a q u e lo
presta pide intereses enormes. Quiere un pagaré
d e o c h e n t a mil f r a n c o s á seis m e s e s f e c h a .
M i e n t r a s h a b l a b a no había a b a n d o n a d o su o b r a ,
q u e p o r fin q u e d ó t e r m i n a d a , c o r o n á n d o l a con un
á s c u a p u n t i a g u la. Cruzó las m a n o s s o b r e l a s te-
n a z a s , y se q u e d ó m i r a n d o a t e n t a m e n t e á su m u -
jer.
— ¡Ochenta mil f r a n c o s ! — e x c l a m ó R e n a t a ; —
p e r o ¡no es u n r o b o ! . . . ¿Serías tú capaz de acon-
sejarme semejante enormidad?
—No,—contestó sencillamente Saccard.—Pero
si t a n t o necesitas el d i n e r o , t a m p o c o te i m p e d i r é
q u e lo h a g a s .
Y se l e v a n t ó como p a r a m a r c h a r s e . R e n a t a m i r ó
con cruel indecisión á su m a r i d o y á la f a c t u r a
q u e d e j a b a encima d e la c h i m e n e a , y c o n c l u y ó
p o r c o g e r s e la cabeza e n t r e las m a n o s , m u r m u -
rando :
—¡Oh, m a l d i t o s negocios!... Hoy t e n g o la cabe-
za d e s t r o z a d a . . . firmaré el p a g a r é de o c h e n t a mil
f r a n c o s . Me p o n d r í a m a l a si no lo hiciese así; m e
c o n o z c o y p a s a r í a el día en una lucha espantosa.
Es p r e f e r i b l e h a c e r l a s t o n t e r í a s sin pensarlas:
esto m e a l i v i a .
I b a á l l a m a r p a r a q u e f u e s e n á b u s c a r l e papel
sellado, p e r o S a c c a r d se o f r e c i ó á ir él m i s m o . Sin .
d u d a llevaba ya p r e v e n i d o el p a p e l e n el bolsillo,
p u e s a p e n a s si t a r d ó dos m i n u t o s
M i e n t r a s R e n a t a e s c r i b í a en u n a mesita q u e él
h a b í a a c e r c a d o j u n t o á la c h i m e n e a , su m a r i d o la
c o n t e m p l a b a con ojos a b r i l l a n t a d o s p o r el deseo.
En la h a b i t a d o n hacía m u c h o c a l o r , y e s t a b a i m -
p r e g n a d a t o d a v í a con el a m b i e n t e del lecho de la
j o v e n y con los o l o r e s de-su p r i m e r t o c a d o . Dis-
t r a í d a , c h a r l a n d o , había d e j a d o c a e r las v u e l t a s
del peinador q u e la envolvía, y la m i r a d a de su
m a r i d o , d e p i e d e l a n t e d e ella, s e d e s l i z a b a p o r
e n t r e sus c a b e l l o s de oro h a s t a l a s b l a n c u r a s d e
su cuello y seno, s o n r i e n d o c o n s i n g u l a r expre-
LA CANALLA.—15 TOMO I.
s i ó n . Aquel a r d i e n t e f u e g o q u e h a b í a a b r a s a d o s u
c a r a , a q u e l c e r r a d o g a b i n e t e , c u y a pesada a t m ó s -
fera respiraba cierto ambiente amoroso, aquellos
a m a r i l l o s cabellos y a q u e l l a b l a n c a tez q u e le ten-
t a b a n con u n a e s p e c i e de c o n y u g a l d e s d é n , le h a -
cían m e d i t a r , e n s a n c h a n d o los límites del d r a m a
de que acababa de r e p r e s e n t a r una escena, ha-
c i e n d o n a c e r en su c a r n e b r u t a l d e agiotista a l g ú n
secreto y voluptuoso cálculo.
C u a n d o su m u j e r le e n t r e g ó el p a g a r é , r o g á n -
dole t e r m i n a s e el a s u n t o , lo r e c o g i ó sin d e j a r d e
mirarla.
—Estás admirablemente hermosa,—murmuró.
-Y al i n c l i n a r s e R e n a t a p a r a v o l v e r la m e s a á s u
sitio, la b e s ó b r u s c a m e n t e en la n u c a . La j o v e n
l a n z ó u n ligero grito. D e s p u é s se l e v a n t ó , p r o c u -
rando sonreír, nerviosa, y pensando, á pesar
s u y o , en los b e s o s q u e Máximo le h a b í a d a d o la
v í s p e r a . El de su m a r i d o le p r o d u j o asco y d i s g u s -
to. S a c c a r d se r e t i r ó e s t r e c h a n d o a m i s t o s a m e n t e
la m a n o á su m u j e r , y p r o m e t i é n d o l a q u e a q u e l l a
m i s m a n o c h e t e n d r í a los c i n c u e n t a mil f r a n c o s .
R e n a t a d u r m i ó j u n t o á l a c h i m e n e a t o l o el d í a . E n
los m o m e n t o s de c r i s i s s e n t í a l a n g u i d e c e s d e c r i o l l a ;
t o d a su t u r b u l e n c i a s e hacia p e r e z o s a , fría y so-
ñolienta. Temblaba, necesitaba fuegos ardientes,
c a l o r s o f o c a n t e , q u e hiciese b r o t a r el s u d o r de s u
f r e n t e y q u e la a d o r m e c i e s e n . En medio d e a q u e l
a i r e a b r a s a d o r , de aquel b a ñ o de f u e g o , s e e n c o n -
t r a b a bien. Su d o l o r se c n v e r t í a en ligero s u e ñ o ,
e n v a g a o p r e s i ó n , c u y a m i s m a indecisión acaba-
ba p o r s e r v o l u p t u o s a . De aquel m o d o a d o r m e c i ó
h a s t a la n o c h e s u s r e m o r d i m i e n t o s de la v í s p e r a ,
e n t r e la r o j a luz del h o g a r y f r e n t e á un t e r r i b l e
f u e g o q u e h a c í a c r u j i r los m u e b l e s de la h a b i t a -
ción, q u i t á n d o l a p o r m o m e n t o s la c o n c i e n c i a d e
su s é r . P u d o p e n s a r en Máximo c o m o un p l a c e r
a r d i e n t e c u y o s r a y o s le a b r a s a b a n y tuvo u n a p e -
s a d i l l a de e x t r a ñ o s a m o r e s , en medio d e h o g u e r a s
y s o b r e lechos i n c a n d e s c e n t e s . Celeste iba y v e -
nía p o r la h a b i t a c i ó n con a i r e t r a n q u i l o ; tenía o r -
d e n d e no d e j a r p a s a r á nadie, y h a s t a despidió á
las i n s e p a r a b l e s Adelina d e E s p a n e t y S u s a n a
I l a f f n e r , q u e l l e g a b a n de v u e l t a de u n a l m u e r z o
q u e a c a b a b a n de h a c e r j u n t a s en un pabellón al-
q u i l a d o p o r ellas en Saint G e r m a i n . No o b s t a n t e ,
á la c a í d a de la t a r d e , Celeste a n u n c i ó á su a m a
q u e la s e ñ o r a S i i o n i a , la h e r m a n a d e Saccard
q u e r í a h a b l a r l a , y r e c i b i ó la o r d e n d e h a c e r l a p a -
sar. »
G e n e r a l m e n t e la s e ñ o r a S i d o n i a , no iba m á s q u e
d e n o c h e . Su h e r m a n o h a b í a c o n s e g u i d o q u e s e
p u s i e s e vestidos de s e d a , p e r o , sin s a b e r en q u e
c o n s i s t í a , la seda que l l e v a b a , a u n c u a n d o f u e s e
r e c i é n s a l i d a de la tienda, s i e m p r e p a r e c í a vieja;
s e a r r u g a b a , p e r d í a su brillo y p a r e c í a u n g u i ñ a -
po. T a m b i é n h a b í a c o n s e n t i d o Sidonia en no lle- su p e i n a d o r blanco, c u y o s e n c a j e s a s e m e j a b a n ro-

v a r la cesta á c a s a d e su h e r m a n o , p e r o su bolsi- sados.

llo e s t a b a s i e m p r e lleno de papelotes. R e n a t a d e En la s o m b r a n o s e distinguía m á s q u e el ne-

quien no p o d í a h a c e r una cliente r a z o n a b l e , r e s i g - g r o vestido d e la s e ñ o r a Sidonia y s u s dos m a n o s ,

n a d a á las n e c e s i d a d e s de la v i d a la interesaba e n c u b i e r t a s con g u a n t e s d e a l g o d ó n g r i s , c r u z a d a s .

e x t r e m o . La visitaba r e g u l a r m e n t e , s o n r i e n d o con S u débil voz salía d e las t i n i e b l a s .

la d i s c r e c i ó n del médico q u e no q u i e r e e s p a n t a r —¡Angustia de dinero todavía!—dijo con u n

al e n f e r m o d i c i é n d o l e el n o m b r e de su e n f e r m e - tono lleno de d u l z u r a y de p i e d a d , c o m o h u b i e r a

d a d , y se c o m p a d e c í a de s u s p e q u e ñ a s m i s e r i a s y podido d e c i r p e n a s del c o r a z ó n .

de s u s m a l e s q u e ella t e n í a la s e g u r i d a d de c u r a r R e n a t a , e n t o r n a n d o los p á r p a d o s , hizo un g e s t o

i n m e d i a t a m e n t e con sólo q u e la joven a c c e d i e s e á afirmativo.

ello. —¡Ab! Si mis h e r m a n o s q u i s i e r a n h a c e r m e caso,

t o d n s s e r í a m o s r i c o s . P e r o se e n c o g e n de hom-
R e n a t a q u e p r e c i s a m e n t e se h a l l a b a en uno d e
b r o s s i e m p r e q u e les h a b l o de e s a d e u d a d e t r e s
e s o s m o m e n t o s e n q u e se s i e n t e la n e c e s i d a d de
mil millones, q u e y a c o n o c e s . . . No o b s t a n t e , ten-
s e r c o m p a d e c i d a , la hizo e n t r a r ú n i c a m e n t e p a r a
go g r a n d e s e s p e r a n z a s . Diez a ñ o s h a c e q u e q u i e -
d e c i r l a q u e s e n t í a t e r r i b l e s d o l o r e s de c a b e z a .
r o h a c e r un v i a j e á I n g l a t e r r a . ¡ P e r o t e n g o t a n
—¡Eh, h e r m o s a m í a ! — m u r m u r ó la s e ñ o r a Sido-
poco tiempo de q u e d i s p o n e r ! . . . P o r ultimo me h e
nia d e s v a n e c i - n d o s e en la p e n u m b r a del g a b i n e -
decidido á e s c r i b i r á L o n d r e s y a h o r a e s p e r o la
t e . — ¡ P e r o si a q u í t e e s t á s a h o g a n d o ! . . . Siempre
contestación.
con tus n e u r a l g i a s ¿no es eso? Es el fastidio. To-
m a s la v i d a m u y en s e r i o . Al vor q u e la joven s o n r e í a , a ñ a d i ó :
—Ya sé q u e tú t a m p o c o lo c r e e s . P e r o á p e s a r
—Sí, t e n g o d e m a s i a d a s preocupaciones,—con-
de eso ya te a l e g r a r í a d e q u e el d í a m e n o s p e n s a -
t e s t ó R e n a t a con l a n g u i d e z .
do te r e g a l a s e u n m i l l ó n . . . Mira, la historia es
A p e s a r de q u e ya e r a d e n o c h e , no h a b í a q u e -
bien sencilla: es u n b a n q u e r o de P a r í s que p r e s t ó
r i d o q u e Celeste e n c e n d i e s e la luz. U n i c a m e n t e la
d i n e r o al hijo del r e y de I n g l a t e r r a , y como el
l u m b r e d e la c h i m e n e a l a n z a b a un g r a n r e s p l a n -
b a n q u e r o m u r i ó sia h e r e d e r o f o r z o s o , el E s t a d o
d o r r o j i z o q u e i l u m i n a b a de lleno á la j o v e n q u e
p u e d e hoy día e x i g i r el r e e m b o l s o d e la d e u d a
c o n t i n u a b a a r r e l l a n a d a en su sillón y e n v u e l t a e n

c o n los i n t e r e s e s c o m p u e s t o s . He h e c h o el cálculo
y a s c i e n d e á dos mil n u e ^ e c i e n t o s c u a r e n t a y t r e s
millones d o s c i e n t o s diez mil f r a n c o s j u s t o s . No te
apunes, los t e n d r e m o s .
— M i e n t r a s t a n t o , — d i j o i r ó n i c a m e n t e la j o v e n ,
—bien podías proporcionarme un préstamo de
c i e n mil f r a n c o s . . . Asi p o d r i a p a g a r á mi modisto
y m e d e j a r í a en p a z .
—Cien mil f r a n c o s s e e n c u e n t r a n fácilmente,—
c o n t e s t ó la s e ñ o r a S i d o n i a . — U n i c a m e n t e s e n e c e -
sita p a r a ello fijar la c a n t i d a d q u e se h a d e d e -
volver.
La l u m b r e r e l u c í a : R e n a t a m á s l á n g u i d a , esti-
r a b a las p i e r n a s y e n s e ñ a b a las p u n t a s d e las chi-
n e l a s b a j o el b o r d a d o del p e i n a d o r . La c o r r e d o r a
p r o s i g u i ó , c o m o s i e m p r e , en tono c o m p a s i v o .
— ¡ P o b r e c j l l a mía! En v e r d a d q u e no q u i e r e s
s e r r a z o n a b l e . Conozco m u c h a s m u j e r e s , p e r o n o
h e v i s t o n i n g u n a q u e a b a n d o n e h a s t a tal p u n t o s u
s a l u d . Mira la p e q u e ñ a Michelin; ¡esa si q u e lo
e n t i e n d e ! Y c u a n d o la veo feliz y c o n tan b u e n
p o r t e , no p u e d o m e n o s q u e a c o r d a r m e de t í . . . ¿Sa-
b e s q u e M. de S a l f r é e s t á l o c a m e n t e e n a m o r a d o
de ella y q u e y a le h a d a d o c e r c a d e diez mil
f r a n c o s en r e g a l o s ? Creo q u e su s u e ñ o d o r a d o e s
t e n e r una c i s a d e c a m p o .
La s e ñ o r a Sidonia se iba a n i m a n d o y p a r e c í a
Usoar a;go en sus,'bolsillos»
— 23l
—Todavía t e n g o a q u í la c a r t a de u n a p o b r e j o -
v e n . . . Si t u v i é s e m o s luz t e la l e e r í a . . . f i g ú r a t e
q u e su m a r i d o no se o c u p a de ella. H a b í a firmado
u n o s p a g a r é s p o r q u e se vió o b l i g a d a á p e d i r p r e s -
t a d o á u n s e ñ o r á q u i e n c o n o z c o . Yo h e sido
q u i e n la h a s a c a d o , n o sin t r a b a j o , d e l a s g a r r a s
de los alguaciles... Esos p o b r e s j ó v e n e s , ¿crees
a c a s o q u e hacen mal? Yo les r e c i b o e n mi c a s a
c o m o si f u e s e n h i j o s míos.
—¿Conoces a l g ú n prestamista?—preguntó Re-
n a t a con n e g l i g e n c i a .
—Conozco m á s de d i e z . . . T ú e r e s demasiado
b u e n a y e n t r e m u j e r e s se p u e d e n d e c i r l a s c o s a s ,
¿ v e r d a d ? , y no p o r q u e tu m a r i d o sea mi h e r m a n o
le he de d i s c u l p a r yo el q u e a n d e s i e m p r e m e t i d o
e n t r e p e r d i d a s y no h a c e r c a s o , e n c a m b i o , d e
u n a m u j e r t a n h e r m o s a como t ú . . . Esa L a u r a de
A u r i g n y le c u e s t a u n ojo de la c a r a , y n o m e e x -
t r a ñ a r í a q u e á ti te h u b i e s e n e g a d o d i n e r o . Te lo
h a n e g a d o ¿no es c i e r t o ? ¡Oh, mal h o m b r e !
R e n a t a e s c u c h a b a con p l a c e r aquella v o z s u a v e
q u e salía de las s o m b r a s , c o m o el eco todavía
v a g o de s u s p r o p i o s p e n s a m i e n t o s . Con los p á r p a -
d o s s e m i c e r r a d o s , casi t e n d i d a e n el s i l l ó n , olvi-
d á b a s e de todo y c r e í a s o ñ a r q u e s u s m a l o s pen-
s a m i e n t o s se r e a l i z a b a n , e x p e r i m e n t a n d o p o r ello
u n a s e n s a c i ó n de p l a c e r .
La c o r d e r a eottlitiUó su c h a r l a d u f a n t e ^ i a f g a
rato, s e m e j a n d o su voz la m o n o t o n a caída del — Y a i r é , p e r o no m a ñ a n a . Le d a r é algo á c u e n -
agua. ta á W o r m s , y y a se c o n t e n t a r á . C u a n d o m e m o -
—La señora de Sawerens h a sido quien ha leste o t r a vez. ya v e r e m o s . No m e p a b l e s m á s de
a t o r m e n t a d o tu v i d a . T ú no h a s q u e r i d o c r e e r m e esto. T e n g o la c a b e z a a r d i e n d o .
n u n c a . Si h u b i e r a s t e n i d o c o n f i a n z a en mí, q u e t e La s e ñ o r a Sidonia p a r e c i ó contrariada. Iba
q u i e r o c o m o á las n i ñ a s d e m:s ojos, no e s t a r í a s n u e v a m e n t e á s e n t a r s e y á c o n t i n u a r su a c a r i c i a -
l l o r a n d o eo un rincón d é tu c h i m e n e a . T i e n e s u n d o r monólogo, p e r o la a c t i t u d de R e n a t a , la hizo
p í e e n c a n t a d o r . Se q u e t e b u r l a r á s de mí, p e r o a p l a z a r p a r a o t r a ocasión su negocio. Sacó del
voy á c o n t a r t e m i s t o n t e r í a s ; c u a n d o estoy tres bolsillo m u c h o s p a p e l o t e s , e n t r e los c u a l e s había
d í a s sin v e r t e , s i e n t o u n a necesidad a b s o l u t a de u n a c a j a de color d e r o s a .
venir á admirarte, ¡sí!, m e p a r e c e q u e m e falta —He venido para recomendarte un nuevo j a -
algo, y no t e n g o m á s r e m e d i o q u e c o n t e m p l a r t u s b ó n , — d i j o r e c o o r a n d o su t o n o de corredora.—
h e r m o s o s cabellos, tu b l a n c o y delicado r o s t r o y T e n g o v e r d a d e r o i n t e r é s p o r el i n v e n t o r , q u e e s
tu d e l g a d o talle. V e r d a d e r a m e n t e , t i e n e s un talle u n joven m u y s i m p á t i c o . Y no le c r e a s , el ja-
c o m o h e v i s t o pocos. bón e s m u y s u a v e y no p e r j u d i c a la piel. Ya
R e n a t a t e r m i n ó p o r s o n r e í r s e . Ni s u s m i s m o s lo p r o b a r á s ¿ v e r d a d ? Recomiéndalo también á
a m a n t e s , al h a b l a r de su belleza, lo h a c í a n con tus amigas. Aquí lo dejo, e n c i m a d e la chime-
t a n t o c a l o r ni e n t u s i a s m o . La s e ñ o r a S i d o n i a o b - nea.
s e r v ó s u s o n r i s a , y dijo l e v a n t á n d o s e a p r e s u r a d a - Ya e s t a b a en la p u e r t a , c u a n d o e n t r ó de n u e v o ,
mente: y sin s e n t a r s e , e m p e z ó á e l o g i a r u n a nueva faja
— V a y a , q u e d a m o s en ello. Hablo sin p a r a r y d e s t i u a d a á r e e m p l a z a r los c o r s é s .
m e olvido de q u e t e e s t o y c a l e n t a n d o la c a b e z a . —Da al talle un c o r t e p e r f e c t a m e n t e c i r c u l a r ,
¿Mañana v e n d r á s á casa? H i b l a r e m o s d e n u e s t r o c o n v i r t i é n d o l o en un talle de a v i s p a . He podido
n e g o c i o y b u s c a r e m o s un p r e s t a m i s t a . s a l v a r esto de u a a q u i e b r a . Cuando v e n g a s á c a s a
La j o v e n , sin m o v e r s e y c o m o a l e t a r g a d a p o r el y a te p r o b a r á s los m o d e l o s . . . T o d a la s e m a n a he
c a l o r , r e s p o n d i ó d e s p u é s d e u n a g r a n p a u s a y co- andado consultando a b o g a d o s . TeDgo el expe-
m o si le h u b i e s e costado m u c h o e s f u e r z o com- d i e n t e en el bolsillo y a h o r a voy á v e r al p r o c u r a -
p r e n d e r t o d o lo q u e sucedía en t o r n o s u y o . dor p a r a extender una nueva demanda... Hasta
d e n t r o d e p o c o . . . Ya s a b e s lo m u c h o q u e te quie- ella h a b í a salido del a t o l l a d e r o c o n r i s a s de con-

r o , y s o b r e t o d o , no l l o r e s . . . •va'eciente.
Sin h a c e r r u i d o d e s a p a r e c i ó . R e n a t a q u e d ó sola Al a t r a v e s a r los s a l o n e s con ese t r a j e d e faya
allí, s e n t a d a a n t e el f u e g o q u e se c o n s u m í a l e n t a - r o s a y l a r g a cola á lo Luís XIV, g u a r n e c i d a de
mente, amodorrada por el c a l o r c o n la c a b e z a anchos encajes blancos, se levantó un murmullo
h i r v i e n d o , o y e n d o c o m o un eco las v o c e s de su d e a d m i r a c i ó n y los h o m b r e s se p r e c i p i t a r o n á
c u ñ a d a y su m a r i d o q u e la o f r e c í a n s u m a s consi- v e r l a , m i e n t r a s los í n t i m o s s e i n c l i n a b a n con u n a
d e r a b l e s e n el t o n o q u e e m p l e a r í a un tasador discreta sonrisa, rindiendo homenaje á aquellos
p a r a s u b a s t a r un m o b i l i a r i o . S o b r e su cuello s e n - h e r m o s o s h o m b r o s , t a n c o n o c i d o s d e t o d o el Pa-
tía el beso b r u t a l d e su m a r i d o , y cu i n d o se vol- r í s oficial y q u e e r a n firmes c o l u m n a s del I m p e -
v í a , veía á la c o r r e d o r a á s u s pies, con su pálido r i o . Llevaba un e s c o t e e x a j e r a d o y á p e s a r d e esto
s e m b l a n t e , s u vestido de seda n e g r o , d i r i g i é n d o l a se paseaba tan tranquila y n a t u r a l m e n t e su des-
frases apasionadas, ensalzando sus perfecciones n u d e z , q u e llegaba á p a r e c e r lo m á s n a t u r a l del
é implorando humildemente una cita c o m o un mundo. Eugenio R o u g ó n , el político e m i n e n t e ,
a m a n t e . A e s t e p e n s a m i e n t o s o n r e í a . Cada vez s e que encontraba aquella garganta desnuda más
h a c í a m á s s o f o c a n t e el c a l o r de la h a b i t a c i ó n , y e l o c u e o t e q u e s u s h e r m o s o s d i s c u r s o s en la Cá-
el estupor de la j o v e n , las extrañas ilusiones m a r a , a c u d i ó p r e s u r o s a m e n t e á felicitar á su cu-
que e m b a r g i b a n tsu mente no e r a n más que ñ a d a p o r su feliz y a t r e v i d a i n n o v a c i ó n . Casi t o -
u n l i g e r o s u e ñ o , u n s u e ñ o artificial, en cuyo dos los d i p u t a d o s y s e n a d o r e s e s t a b a n allí y al
f o n d o volvía á v e r s i e m p r e el g a b i n e t e del bu- o b s e r v a r el m i n i s t r o el m o d o con q u e a d m i r a b a n
l e v a r y el a n c h o d i v á n e n q u e c a y ó de rodi- á l a j o v e n , p r o m e t i ó s e al día s i g u i e n t e u n gran
lla*. é x i t o en la d e l i c a d a [cuestión d e los empréstitos
Ya no s u f r í a , y c u a n d o a b r í a l o s ojos le p a r e - del m u n i c i p i o d e P a r í s .
cía v e r c r u z a r p o r e n t r e las b r a s a s e n c e n d i d a s la No e r a posible v o t a r c o n t r a un p o d e r q u e h a c í a
figura d e Máximo. g e r m i n a r e n t r e el mantillo de los millones una
Al s i g u i e n t e d í a , en el b a i l e del m i n i s t e r i o , Re- flor c o m o R e n a t a , de lan e x t r a ñ a voluptuosidad,
n a t a e s t u v o a d m i r a b l e . W o r m s se h a b í a c o n f o r - c o n c a r n e s de seda y d e s n u d e c e s de e s t a t u a ; goce
m a d o ooti loa ciíicueiita mil francos á cuenta» y v i v i e n t e que d e j a b a t r a s de &i u n a m b i e n t e d e
p l a c e r e s . P e r o lo q u e hizo c u c h i c h e a r á t o d o s los
olvidado su « t o n t e r í a del b u l e v a r » c o m o decía
c o n c u r r e n t e s al baile f u é el c o l l a r y la diadema:
Máximo. S o l a m e n t e le dijo con un tono de voz
los h o m b r e s r e c o n o c í a n las j o y a s y las m u j e r e s
singular:
se las m o s t r a b a n unas á otras furtivamente con
—¿Es m u y g r a c i o s a e s a j o r o b a d i t a de Luisa?
la m i r a d a . En toda la n o c h e no s e h a b l ó de otra
¿Verdad?
c o s a . Los salones, p r o l o n g a n d o su e x t e n s i ó n , ilu-
—¡Oh! sí, m u c h o , — c o n t e s t ó el joven riéndose
m i n a d o s p o r la b l a n c a luz de las l á m p a r a s , a t e s -
a ú n . — ¿ T e h a s fijado en la d u q u e s a de S t e r n i c h
tados de resplandeciente mucoedumbre, parecían
q u e lleva un p á j a r o a m a r i l l o e n t r e el pelo? P u e s
u n h a c i n a m i e n t o de a s t r o s caídos en un rincón
bien; Luisa p r e t e n d e q u e e s un p á j a r o m e c á n i c o
demasiado estrecho.
q u e agita las a l a s y g r i t a á t o d a s h o r a s al p o b r e
A. la u n a s e m a r c h ó S a c c a r d , s a b o r e a n d o el
d u q u e : ¡Cu, cu!
t r i u n f o obtenido p o r s u m u j e r , c o m o h o m b r e co-
R e n a t a e n c o n t r ó muy d e su g u s t o a q u e l chiste
n o c e d o r de los efectos t e a t r a l e s . Su c r é d i t o se
d e colegiala d e s e n v u e l t a . G u a n d o - l l e g a r o n al ho-
había a f i r m a d o m á s . Tenía q u e a r r e g l a r un n e g o -
tel, al v e r q u e Máximo s e d e s p e d í a , le d i j o :
cio con L a u r a de A u r i g n y y al m a r c h a r s e r o g ó á
—¿No s u b e s ? Celeste m e h a b r á p r e p a r a d o algo
Máximo q u e al t e r m i n a r el baile a c o m p a ñ a s e á
para cenar.
R e n a t a b a s t a el hotel.
Máximo subió con su h a b i t u a l a b a n d o n o . Una
M á x i m o p a s ó p r u d e n t e m e n t e la n o c h e al lado
v e z a r r i b a se e n c o n t r a r o n sin c e n a y q u e Celeste
de Luisa de Mareuil, m u y e n t r e t e n i d o s los dos e n
se h a b í a a c o s t a d o . R e n a t a t u v o n e c e s i d a d de e n -
h a b l a r pestes y c r i t i c a r á t o d a s las m u j e r e s . Y
c e n d e r las ' e l a s de un p e q u e ñ o c a n d e l a b r o de
cuando se trataba de alguna cuya historia era más
t r e s b r a z o s . Su m a n o t e m b l a b a algo.
e s c a n d a l o s a q u e la de las o t r a s , se t a p a b a n la
— E s a t o n t a — d e c í a r e f i r i é n d o s e á la c a m a r e r a
b o c a c o n el p a ñ u e l o p a r a s o f o c a r s u s ri.-as. Fué
— n o ha e n t e n d i d o bien mis o r d e n e « . . . Me p a r e c e
p r e c i s o q u e R e n a t a p i d i e s e el b r a z o al j o v e n p a r a
q u e no voy á poder d e s n u d a r m e sola.
que é s t e a b a n d o n a s e los s a l o n e s . En el c o c h e mos-
Pasó á un tocador seguida de Máximo, q u i e n
tró Renata una alegría n e r v i o s a ; a ú n s e n t í a las
la c o n t a b a u n a n u e v a o c u r r e n c i a de Luisa, tran-
v i b r a c i ó n e s de la e m b r i a g u e z , de luz, d e p e r f u -
q u i l a m e n t e y como sí s e e n c o n t r a s e en casa de
m e s y de los r u m o r e s . A d e m á s , le p a r e c í a haber
algún a m i g o , b u s c a n d o e n su p e t a c a u n haba-
 no p a r a e n c e n d e r l o . P e r o c u a n d o R e n a t a hubo
colocado ya el c a n d e l a b r o s o b r e u n a m e s i t a , vol-
v i ó s e c a y e n d o en b r a z a s del j o v e n , m u d a ó inquie-
ta, p e g a n d o á la b o c a de M á x i m o s u s labios a r d o -
rosos.
El t o c a d o r de R e n a t a e r a un n i d o de seda y e n -
caje, una v e r d a d e r a m a r a v i l l a d e lujo y c o q u e t e -
r í a . El budoir, de r e d u c i d a s d i m e n s i o n e s , p r e c e -
día al d o r m i t o r i o y a m b a s piezas f o r m a b a n una
sola, ó m e j o r d i c h o , el budoir no e r a m á s q u e
el u m b r a l del d o r m i t o r i o , espaciosa habitación,
a m u e b l a d a con sillones, sin p u e r t a y c e r r a d a p o r
un d o b l e p o r t i e r . Las p a r e d e s , en u n a y o t r a pie-
za, e s t a b a n t a p i z a d a s de seda g r i s m a t e , b r o c h a d a
con g r a n d e s r a s u r de r o s a s , lilas b l a n c a s y boto-
n e s d e o r o , s i e n d o l a s c o l g a d u r a s y los portiers
d e g u i p u r e de Venecia, con t r a n s p a r e n t e s de s e d a
á listas g r i s e s y r o s a . En el d o r m i t o r i o , la c h i m e -
n e a de m a r m o l b l a n c o , u n a v e r d a d e r a j o y a , os-
tentaba, á modo de canastilla de flores, incrusta-
ciones de lápiz-lázuli y d e p r e c i o s o s mosáicos,
r e p r o d u c i e n d o las r o s a s , las lilas y los b o t o n e s de
o r o d e la t a p i c e r í a . El g r a n d i o s o lecho, g r i s y
rosa, cuya madera estaba completameute cubierta
de tela y flecos y c u y a c a b e c e r a e s t a b a apoyada
c o n t r a la p a r e d , l l e n a b a la mitad d e la alcoba c o n
u n a oleada d e g u i p u r e s y seda b r o c h a d a d e r a m o s ,
q u e c o l g a b a d e s d e el t e c h o h a s t a la alfombra.
Parecía un traje de mujer, contorneado, adornado
con b u l l o n e s , lazos y volantes; y aquel a n c h o c o r -
t i n a j e q u e s e a h u e c a b a c o m o una f a l d a , h a c í a pen-
s a r en a l g u n a d a m a g i g a n t e s c a , i n c l i n a d a , d e s v a -
n e c i d a y p r ó x i m a á c a e r s o b r e las a l m o h a d a s . L a
r o p a q u e había b a j o los c o r t i n a j e s p a r e c í a desti-
n a d a á un m a r a v i l l o s o a l t a r : r i z a d a s b a t i s t a s c o n
m e n u d o s plieguecitos, v a r i a d o s c o p o s d e c a l a d o
e n c a j e , todo g é n e r o de c o s a s t r a n s p a r e n t e s y d e -
l i c a d a s , q u e s e c o n f u n d í a n en la p e n u m b r a de
u n a m e d i a luz m i s t e r i o s a . Al lado d e la cama,
m o n u m e n t o cuya d e v o t a a m p l i t u d le d a b a a s p e c -
to de una capilla p r e p a r a d a p a r a a l g u n a fiesta,
d e s a p a r e c í a todo lo d e m á s ; sillas b a j a s , un psiqué,
t o c a d o r de espejos m o v i b l e s de dos m e t r o s , m u e -
b l e s p r o v i s t o s de i n f i n i d a d d e c a j o n c i t o s . La al-
f o m b r a d e un color g r i s y a z u l a d o , e s t a b a s e m -
b r a d a de r o s a s pálidas y d e s h o j a d a s , y á a m b o s
l a d o s de la c a m a h a b í a dos g r a n d e s p i e l e s d e oso
negro, guarnecidas de terciopelo rosa, con las
s e ñ a s de plata y las c a b e z a s v u e l t a s h a c i a la v e n -
t a n a , á t r a v é s de la cual p a r e c í a n m i r a r fijamente
el vacío con s u s r j o s de c r i s t a l .
En aquella h a b i t a c i ó n s e r e s p i r a b a c i e r t a d u l c e
a r m o n í a , c i e r t o silencio i m p o n e n t e , sin que nin-
g u n a n o t a a g u d a , de r e f l e j o m e t á l i c o y r e s p l a n d e -
ciente se m e z c l a s e al c a n t o d e la s o ñ a d o r a frase
r o s a y g r i s , q u e e r a la d o m i n a n t e , H a s t a el a d o r -
UMBRIDA»
«M.FÜN90 R^'ES"
 no de la c h i m e n e a , el m a r c o del e s p e j o , el r e l o j y
los c a n d e l a b r o s e r a n de a n t i g u o S e v r e s , q u e ape-
nas d e j a b a n v e r el b r o n c e del m o n t a j e . Aquel j u e -
go e r a una m a r a v i l l a , s o b r e s a l i e n d o el r e l o j , con
s u s m o f l e t u d o s a m a r i l l o s q u e descendían y s e in-
c l i n a b a n a l r e d e d o r de la p é n d o l a , como si f u e s e n
una bandada de pilluelos, c o m p l e t a m e n t e desnu-
dos, b u r l á n d o s e del r á p i d o c u r s o de las horas.
Aquel lujo s u a v i z a d o , a q u e l l o s c o l o r e s y a q u e l l o s
o b j e t o s , t i e r n o s y r i s u e ñ o s , q u e el g u s t o de R e n a -
ta h a b í a e s c o g i d o , p r o d u c í a n u n c r e p ú s c u l o , una
especie de luz v e l a d a y m i s t e r i o s a , a n t e la cual
p a r e c í a p r o l o n g a r s e el lecho llenando la h a b i t a -
ción e n t e r a , con s u s a l f o m b r a s , s u s pieles de oso,
s u s sillas g u a r n e c i d a s de flecos, s u s tapices acol-
c h a d o s q u e e x t e n d í a n , a s c e n d i e n d o p o r las p a r e -
d e s h a s t a el techo, la m n ü c i e del s u e l o . Y c . r a o
en un lecho, d e j a b a allí la j o v e n , sobre todos
a q u e l l o s o b j e t o s , la huella, la tibieza y el p e r f u m e
de su c u e r p o . Guando se e n t r e a b r í a el d o b l e corti-
n a j e del budoir, p a r e c í a que s e l e v a n t a b a una col-
c h a de seda, q u e s e e n t r a b a en un i n m e n s o lecho,
t o d a v í a i m p r e g n a d o de u n a h u m e d a d c a l i e n t e , y
s o b r e c u y a s finas s á b a n a s s e e n c o n t r a b a n las ado-
r a b l e s f o r m a s , los e n s u e ñ o s y l a s ilusioues de una
p a r i s i n a d e t r e i n t a años.
La pieza i n m e d i a t a , el g u a r d a r o p a , espaciosa
h a b i t a c i ó n t a p i z a d a de a n t i g u o P e r s i a , e s t a b a s e n -
c i l l a m e n t e r o d e a d a de u n a s é r i e de altos a r m a r i o s
de palo d e r o s a , en c u y o i n t e r i o r h a b í a colgados
i n n u m e r a b l e s v e s t i d o s de t o d a s clases. Celeste los
colocaba p o r o r d e n d e a n t i g ü e d a d , los n u m e r a b a ,
los m e z c l a b a con los c a p r i c h o s a m a r i l l o s ó azules
de su a m a , c u i d a n d o el g u a r d a r o p a c o n la m i s m a
devoción q u e u n a s a c r i s t í a y c o n la l i m p i e z a d e u n
g r a n g u a d a r n é s . No h a b í a allí n i u n m u e b l e d e
m á s ni s e v e í a u n t r a p o q u e no e s t u v i e s e e n su si-
tío: los t a b l e r o s de los a r m a r i o s r e l u c í a n f r í o s y
limpios como la c a j a b a r n i z a ía d e u n cupé.
P e r o la m a r a v i l l a del d e p a r t a m e n t o , la pieza de
q u e s e h a b l a b a e n t o d o P a r í s , e r a el g a b i n e t e -
t o c a d o r . Se decía el « g a b i n e t e - t o c a d o r de la her-
m o s a s e ñ o r a S a c c a r d » , en el m i s m o tono q u e s e
h u b i e r a dicho «la g a l e r í a de e s p e j o s de V e r s a l l e s » .
Aquel g a b i n e t e se e n c o n t r a b a en u n a de las t o r r e -
cillas del hotel, p r e c i s a m e n t e e n c i m a del s a l o n c i t o
botón d e o r o . Al e n t r a r en él, p a r e c í a q u e se p e n e -
t r a s e en u n a e s p a c i o s a y r e d o n d a t i e n d a , u n a
t i e n d a m á g i c a l e v a n t a d a en s u e ñ o s p o r a l g u n a di-
v i n i d a d a m a n t e y belicosa. En el c e n t r o del t e c h o ,
u n a c o r o n a de p l a t a c i n c e l a d a s o s t e n í a los lienzos
d e la t i e n d a , q u e p a r t í a n en r e d o n d o h a s t a u n i r s e
á las p a r e d e s , d e s d e d o n d e caían r e c t o s h a s t a el
s u e l o . A q u e l l o s lienzos f o r m a b a n r i c a t a p i c e r í a ,
h e c h a de u n t e g i d o d e s e d a , cubierta de muselina
m u y c l a r a , r i z a d a á g r a n d e s p l i e g u e s de t r e c h o e n
LA C A N A L L A . — ! 6 TOMO T
 t r e c h o ; un e n t r e d ó s d e g u i p u r e s e p a r a b a los plie-
g u e s , y v a r i t a s d e plata b r u ñ i d a , descendiendo
d e s d e la c o r o n a , se e x t e n d í a n á lo l a r g o del tapiz,
á los d o s b o r d e s d e c a d a e n t r e d ó s . El g r i s r o s a del
d o r m i t o r i o e r a allí m á s c l a r o , c o n v i r t i é n d o s e su
blanco rosa semejante á carne desnuda. Y bajo
aquella b ó v e d a de e n c a j e , b a j o a q u e l l o s c o r t i n a j e s
q u e no d e j a b a n v e r del techo, á t r a v é s del e s t r e c h o
a r o de la c o r o n a , m á s q u e u n p e q u e ñ o a g u j e r o a z u -
l a d o , e n el q u e Maplin h a b í a p i n t a d o u n r i s u e ñ o
a m o r c i l l o y p r e p a r a n d o su flecha, u n o s e h u b i e r a
c r e í d o en el f o n d o de una c a j a de d u l c e s ó d e u n
p r e c i o s o e s t u c h e a g r a n d a d o y dispuesto, no p a r a
q u e en él b r i l l a s e u n d i a m a n t e , sino la d e s n u d e z
de u n a m u j e r h e r m o s a .
La a l f o m b r a , de u n a i n m a c u l a d a b l a n c u r a , se
e x t e n i i a sin la m á s l i g e r a semilla d e flores. El m o -
b i l i a r i o d e la p i e z a se componía de un a r m a r i o d e
l u n a , cuyos t a b l e r o s e s t a b a n i n c r u s t a d o s de p l a t a ,
u n a chaisse-loug, d o s silloncitos d e r a s o blanco y
una gran mesa-tocador con t a b l e r o d e mármol
r o s a , c u y o s pies d e s a p a r e c í a n b a j o v o l a n t e s d e
muselina y guipure.
L a c r i s t a l e r í a de la mesa t o c a d o r , f r a s c o s , va-
sos, j o f a i n a , e r a n de a n t i g u a B o h e m i a , jaspeada
d e r o s a y b l a n c o . H a b í a t a m b i é n o t r a m e s a incrus,-
t a d a d e plata como el a r m a r i o de l u n a , en la q u e
s e e n c o n t r a b a n o r d e n a d o s todos los útiles y e n s e -
r e s de t o c a d o r , magnífico e s t u c h e e n el q u e se veía
considerable número de i n s t r u m e n t o s , cuyo uso
no s e e x p l i c a b a á p r i m e r a vista; rasca-espaldas,
b r u ñ i d o r e s , l i m a s de t o d a s f o r m a s y t a m a ñ o s , ti-
j e r a s r e c t a s y c u r v a s , y t o d a s las v a r i e d a d e s de
tenacillas y alfileres. Aquellos objetos, de plata y
m a r f i l , t e n í a n t o d o s la inicial d e R e n a t a .
P e r o lo q u e d a b a t o d a su c e l e b r i d a d al g a b i n e t e ,
e r a un r i n c ó n v e r d a d e r a m e n t e delicioso; f r e n t e á
la v e n t a n a los lienzos de la t i e n d a s e a b r í a n y de-
j a b a n v e r , e n el fondo d e u n a e s p e c i e d e alcoba
l a r g a y poco p r o f u n d a , u n b a ñ o , u n a pila de m á r -
m o l r o s a , h u n d i d a e n el suelo, y c u y o s a c a n a l a d o s
b o r d e s s e m e j a n t e s á los de una g r a n c o n c h a , lle-
g a b a n al nivel d e la a l f o m b r a . Se b a j a b a al m á r -
mol, p o r escalones t a m b i é n de m á r m o l y e n c i m a
de los g r i f o s d e p l a t a , figurando cuellos de cisne,
u n a l u n a de Venecia, de f o r m a r e g u l a r , sin m a r c o ,
con d i b u j o s g r a b a d o s e n el c r i s t a l , o c u p a b a el t e -
c h o . T o d a s las m a ñ a n a s s e m e t í a allí R e n a t a por
e s p a c i o de a l g u n o s m i n u t o s y a q u e l b a ñ o i m p r e g -
n a b a el g a b i n e t e , p a r a t o d o el día, d e c i e r t a h u -
m e d a d y olor de c a r n e f r e s c a m o j a d a . A l g u n a s v e -
ces un f r a s c o d e s t a p a d o ó u n c a j ó n f u e r a de s u
c a j a m e z c l a b a n su olor m á s p e n e t r a n t e e n a q u e l l a
l a n g u i d e z i n a n i m a d a . G u s t a b a á la j o v e n p e r m a -
n e c e r allí h a s t a m e d i o d í a , casi d e s n u d a . Aquel
baño rosado, aquellas mesas y jofainas rosadas,
«

a q u e l l a m u s e l i n a del techo y las p a r e d e s , b a j o la»

c u a l e s p a r e c í a c i r c u l a r la s a n g r e del m i s m o t e n u e la e m p u j a b a n h a c i a el c r i m e n , y a ú n e n a q u e l mo*
color, a d q u i r í a n c a r n a l e s c u r v a s de h o m b r o s y d e m e n t ó , c u a n d o b u s c a b a n s u s labios los de Máximo
s e n o s , y s e g ú n la h o r a del d i a h u b i é r a s e d i c h o q u e en el o b s c u r o f o n d o del g r a n lecho, seguía vién-
e r a , ya el niveo c u t i s d e una n i ñ a ó ya el c u t i s a r - d o l e en m e d i o d e la l u m b r e d e la v í s p e r a , m i r á n -
d o r o s o d e u n a m u j e r . C u a n d o R e n a t a salía d e l d o l a c o n ojos q u e la a b r a s a b a n .
b a ñ o , e n m e d i o d e a q u e l l a i n m e n s a d e s n u d e z , sólo
a ñ a d í a u n a n o t a su b l a n c o c u e r p o al tono r o s a d o
de la e s t a n c i a .
Máximo f u é q u i e n d e s n u d ó á R e n a t a . E r a m a e s -
t r o e n a q u e l l a s c o s a s y su3 á g i l e s d e d o s a d i v i n a -
b a n los alfileres, y s e d e s l i z a b a n p o r la c i n t u r a
con u n a e x q u i s i t a d e l i c a d e z a . La deshizo el p e i n a -
do, q u i t ó l a los d i a m a n t e s , la hizo el p e i n a d o de
n o c h e , r i e n d o y a c a r i c i á n d o l a al m i s m o tiempo,
m i e n t r a s R e n a t a t a m b i é n r e í a i m p ú l i c a y sofoca- Fin del primer volúmen
d a m e n t e , e n t a n t o q u e la seda d e su v e s t i d o c r u -
gía y las f a l d a s c a í a n u n a á u n a .
C u a n d o e s t u v o d e s n u d a , a p a g ó las l u c e s del c a n -
d e l a b r o y llevó, ó m e j o r dicho a r r a s t r ó á Máximo
h a s t a el d o r m i t o r i o . El baile la h a b í a a t u r d i d o p o r
c o m p l e t o . A p e s a r d e su fiebre t e n í a c o n c i e n c i a
del d í a d e la v í s p e r a , p a s a d o al lado d e la c h i m e -
n e a , d e aquel día de a r d i e n t e e s t u p o r , de r i s u e ñ o s
y vagos sueños.
Seguía o y e n d o la v o z de S a c c a r d y de S i d o n i a ,
p r o n u n c i a n d o c i f r a s c o n el g a n g u e o d e u n a l g u a -
cil. Aquellas g e n t e s e r a n l a s q u e le a g o b i a b a n y
 Confie León Toljtoy

EL SUPREMO HT5TAHTB

E L CAITO B E L CISHE

DOS SEIERACIQHES

1 L HQMBE2 LIBES

m BUSCA BE LA BICHA
DirectorJiterario:
LA AURüEA SOCIAL
Tomás Ort$-Ramo$
I7AH EL IMBECIL
Barcelona EL TRABAJO
MI INFANCIA Y MI JUVEITUD
\

Nueve hermosos libros que ofrecemos á

los amantes de la buena literatura, y á loa
admiradores y prosélitos de las doctrinas
del eminente escritor ruso.

Un tomo, UNA. peseta

LA ALEGRIA DE AMAR...
Alejandro Dumas

U n libro moderno en que palpita la vida;

u n libro sincero sobre todo, en que el inte-

Hermosa obra, con apéndices, notas y co-
rés se desprende por la realidad del dolor,
mentarios de Luís Julián Echegaray y en la
y la intimidad de la pasión.
que su autor clasifica de u n m o d o admirable
Forma u n tomo de 3 0 0 páginas con cu- la degradación de la mujer.
bierta al tricolor, UNA p e s e t a .
Un tomo, UNA. peseta
 1 Menenòez Äfutfy
LÂHIJÂ DE BOI QUIJOTE
NOVELA ORIGINAL
Es el relato de las aventuras de u n a m u -
jer, digna en lo psicológico de ser hija del
famoso hidalgo manchego. Su vehemente
t e m p e r a m e n t o , altruista de u n m o d o eleva-
do y sutilísimo, la arrastran á las más piado-
sas y apasionadas empresas y por ellas su-
cumbe sin ser de nadie c o m p r e n d i d a .
UN TOMO
Ü N a P E S E T A
L a obra del abate Brantome, como mode-
lo de gracia y desenvoltura, es famosa en la
historia de la literatura francesa, del siglo
X V I . Todos sus relatos son rigurosamente
exactos, y la naturalidad de lenguaje que
emplea, propio de la época en que escribió,
no puede ser un inconveniente, para que
este libro circule en lengua española.
U n tomo de 3 0 0 páginas, UNA p e s e t a .
 3. Barbey 5' flurevilly
BIBLIA BEL AHOB

LAS DIABÓLICAS
AVENTURAS GALANTES
TRADUCCION
POR
— DE —

U n escritor del m é r i t o y fama del ilustre

Extracto de las memorias del célebre aven-
turero italiano, cuyo nombre ha.hecho famo-
so, quizás más que sus hechos, la forma de
relatarlos, en que la ingenuidad corre parejas
con la gracia del estilo.
Barbey d ' Aurevilly, había d e f i g u r a r en
este catálogo y para ello, hemos escogido su
obra maestra: Las Diabólicas.
Dos tomos con artísticas cubiertas en foto-
cromía.

U n tomo de cerca de 3 0 0 páginas con mag- $

El tomo, UNA peseta
níficas cubiertas en fototipia, UNA p e s e t a '
 (ItA T B A T A DE B L A I C A S )

POR

lE^^IMZOltf" SEMPAU

El título revela lo que la obra es: la des-

cripción del repugnante mercado de m u j e -
res, que es una de las llagas sociales más
difíciles de extirpar.

Un tomo de 300 páginas, UNA p e s e t a .