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dSP U N IV E R S ID A D E D E SÃ O PA U LO
R e ito r M a rc o A n to n io Z a g o
V ic e - r e it o r V ahan A gopyan
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E D IT O R A D A U N IV E R S ID A D E D E SÃO PA U LO
D ir e to r -p re s id e n te P lin io M a r t in s F ilh o
C O M IS SÃ O E D IT O R IA L
P r e s id e n t e R u b e n s R ic u p e r o
V ic e - p r e s id e n t e C a rlo s A lb e rto B a rb o sa D a n ta s
A n to n io P e n tea d o M e n d o n ç a
C h e s t e r L u iz G a lv ã o C e s a r
M a r ia A n g e la F a g g in P e r e ir a L e ite
M a y a n a Z a tz
T â n ia T o m é M a r t in s d e C a s t r o
V a lé r ia D e M a r c o
E d it o r a - a s s is t e n t e C a rla F e rn a n d a F o n ta n a
C h e f e T e c . D iv , E d i t o r i a l C r is t ta n e S ilv e s tr in
ID E N T ID A D E CO M O PRO BLEM A
Kwame Anthony Appiah é professor da Princeton University. Tradução de I.ótlo I.mnrnço d<
Oliveira e revisão técnica de Ana Maria Sailum.
18 Identidades
que explicam por que hoje em dia costumamos nos referir a elas como so
cial mente construídas.
A meu ver, nem tudo que é importante na vida social o é por ser subjeti
vo desse modo. Escolho as identidades subjetivas por considerar seu papel
crucial em algo muito mais específico: a vida ética.
Para tratar da vida ética, primeiramente observemos quão ampla é
a gama de tipos de pessoas que se ajustam à rubrica geral que estabelecí.
Meu relato responde à questão a que me referi no início deste artigo so
bre o que são coisas “tais como” raça, gênero, orientação sexual, naciona
lidade, religião etc. Agora, podemos acrescentar, por exemplo, identidades
de profissionais liberais (advogado, médico, jornalista, filósofo); profissões
(artista, compositor, romancista); filiações, formais ou informais (fã de bei
sebol, amante de jazz, membro do Partido Conservador, católico, maçom);
e outros rótulos menos consistentes (dândi, conservador, cosmopolita). Em
cada um desses casos, há rótulos, normas e identificações subjetivas.
Se isso é que são identidades, a mim parece tolo querer ser a favor ou
contra elas. Apenas temos de lidar com elas. Para tanto, cabe perguntar: qual
é a extensão do papel desempenhado por essas identidades em nossa vida?
Para responder a essa pergunta, não partirei da vida social propriamente
dita, mas daquilo, como disse, que denomino “vida ética” dos indivíduos. E,
por ética, aqui me refiro ao sentido dado por Aristóteles em Ética a Nicôma-
co: de reflexão sobre o que faz a vida humana ir bem, o que faz uma pessoa
ter eudaimonia. Palavra de Aristóteles que, como agora sabemos, melhor se
traduz não como “felicidade", mas como “florescência”. Ética, nesse sentido,
possui importantes ligações com moralidade, conforme acepção de Ronald
Dworkin. Ética, diz ele, “abrange convicções a respeito de que tipo de vida
é bom ou ruim, e moralidade abrange princípios a respeito de como uma
pessoa deve tratar as outras pessoas”3.
Cada um de nós tem uma vida para ser vivida. Encaramos muitas exi
gências morais, mas estas nos oferecem variadas opções. Não devemos ser
descorteses ou cruéis, por exemplo, mas podemos viver de diversas manei
ras evitando tais vícios. Também enfrentamos pressões de circunstâncias
históricas e de dons físicos e mentais: nasci na família errada para ser o rei
da Suécia e tenho o corpo errado para a maternidade; sou desajeitado de
mais para ter êxito como jogador profissional de basquete e sou também
insuficientemente musical para ser um concertista de piano. Mas ainda que
uma pessoa leve em conta esses limites morais, históricos, físicos e mentais,
3. R. Dworkin, Sovereigit Virtuc, 2000, p .185, nota 1. Observe-se que a definição de Dworkin admite
que o ético pode incluir o moral Rode ser melhor levar uma vida na qual você trate os outros
como dcvcn.im ser IraItulos.
lilnillilihli' i mui t /'i.t/i/i niii
ela poderá dar a largada em sua vida com imiilas po.v,ibllld.idr'i I Ia munir
ras opções, muitos momentos de escolha, grandes e |mh|iumi«>s, iiii i m ril111
ção de uma vida. E um liberal íilosófico (que não é o mesmo que um llbei al
econômico) acredita que, no fim das contas, essas est olhas pn lein em a pes
soa de cuja vida se trata.
Há aqui duas idéias importantes e distintas. Uma delas é loiisliluliva
Cada vida possui aquilo que poderiamos, segundo Herdei, i ham.u dr uma
.......
medida*. Esses são os padrões pelos quais se decidirá se ela é mais ou menos
bem-sucedida. A medida da minha vida, por exemplo, depende consiiluli
vamente do quão bom é meu trabalho filosófico, porque me compronieli a
ser um filósofo. Isso será verdade para a maioria de nós, acadêmicos, uo que
.
temático, pouco teria esse teorema acrescentado à sua vida, por ser, do pou
to de vista matemático, bastante desinteressante; e o que nele é de interesse
matemático já era conhecido de Condorcet6.
■
conselhos, e não coerção. E, assim como a coerção privada será um erro nes
sas circunstâncias, será um erro que governos, interessados na perfeição dc
seus cidadãos, empreendam essa coerção.
Não há dúvida de que esses dois pontos estão ligados. Que eu determino
■ W ../1W ' "•rvj---.,
minha medida de vários modos significa que estou muitas vezes mais bem
4. Refere-sc a Johaim Gottfried von Herder (1744-1803), filósofo, teólogo e poeta alemão, precursor
do romantismo germânico (N. R.).
>. Trata-se do teorema da impossibilidade de Arrow, que lhe valeu o Prêmio Nobel de Economia de
1972. Grossa modo, diz que a soma das racionalidades individuais não produz uma racionalidade
coletiva (N. R.).
m
situado |»ai a saber como clirigir minha própria vida. Mas isso éum fato con
tingente, importante, é verdade, mas ainda assim contingente. Mesmo que
você conheça o bastante sobre minha medida para fazer um juízo quanto ao
que devo fazer, seu papel é aconselhar-me, não tomar a decisão por mim.
Assim, minha individualidade não se produz em um vácuo, antes é molda
da pelas formas sociais disponíveis, e, evidentemente, por nossas interações
com os outros.
O terceiro capítulo de On Liberty [Sobre a Liberdade] (“Sobre a Indivi
dualidade como um dos Elementos do Bem-estar” ) é a formulação inglesa
clássica dessa noção de individualidade7. Porém, como John Stuart Mill ali
reconheceu com franqueza, seu próprio pensamento a respeito desses te
rnas foi profundamente moldado por um ensaio de Wilhelm von Humboldt,
escrito nos anos de 1790, no livro que hoje conhecemos como The Limits
of State Action [Os Limites da Ação do Estado]. No capítulo “Do Homem
Individual e dos Fins Supremos de Sua Existência”, Humboldt escreveu que
é “mediante uma união [...], baseada nas vontades e capacidades de seus
membros, que cada um se habilita a participar dos ricos recursos coletivos
dos outros”8. Os liberais compreendem que temos necessidade de outras
pessoas: o respeito à individualidade não é aprovação do individualismo.
Pode-se objetar que eu esteja compreendendo aqui muitas coisas como
identidade, até mesmo algumas que normalmente não pensamos como
identidades sociais. Creio, porém, que o fato de fazê-lo é, na verdade, uma
vantagem, por serem essas outras identidades tão importantes em nossa
vida ética quanto as identidades sociais usuais. E considero relevante colo
car as identidades sociais sobre as quais norrnalmente falamos no contexto
de todas essas outras porque elas compartilham, do ponto de vista ético, do
traço comum que as pessoas utilizam ao buscar a eudaimonia, desenvolven
do uma concepção de o que é, para sua vida, ir bem e tentando, então, viver
de acordo com essa concepção.
Essas duas contribuições são distintas. Uma identidade pode vir com
metas constitutivas, cuja adoção por nós estabelece padrões para o êxito ou
fracasso de nossos projetos. Assim acontece, por exemplo, com a identidade
“romancista”. Ela proporciona modos de definir uma concepção de o que
é, para minha vida, ir bem, e assim ajuda a estabelecer minha medida. Mas
tuna identidade pode também ajudar-me a viver de acordo com uma con-
cepçáo, proporcionando-me os meios para levá-la a cabo. As identidades
::
religiosas, por exemplo, realizam isso de maneira óbvia: ajudam a eonsl ilmr
comunidades de pessoas que podem apoiar-se umas às outras na busi .1 de
metas que compartilham como membros daquela religião.
Por que dispomos de tão diversa esfera de identidades e relações soe lais?
r*
-li Uma resposta etiológica tratará de nossa evolução como espécie social e do
fato de sermos evolucionariamente destinados ao jogo social de construir
a coalizão na busca de alimento, parceiros e proteção. Por isso é que temos
solidariedades e antagonismos do tipo in-group e out-group, que os psicó
logos sociais têm explorado nos últimos cinquenta anos. A essa resposta
psicológico-evolucionária, podemos acrescentar uma resposta econômica
A diferenciação da economia moderna criou a necessidade de as pessoas
associarem aptidões e treinamentos de novas maneiras. Outrora, havia ape
nas alguns poucos tipos de trabalho: governante, sacerdote, bardo, escriba,
agricultor, soldado, caçador, ferreiro. Hoje, o United States Department of
Labor relaciona milhares de profissões em seu manual de ocupações0. I lá
muitas respostas objetivas semelhantes, relativas às origens da diversidade
da identidade.
No entanto, há também uma resposta ética - não do ponto de vista do
Sinneswelt (mundo dos sentidos), mas do Verstandeswelt (mundo do enten
dimento), para empregar a terminologia kantiana. Porque a psicologia que
a evolução produziu em nós indica que existe um modo pelo qual o mundo
se mostra por dentro, do ponto de vista de uma criatura com aquela psieo
logia. F., dessa perspectiva, há outra resposta igualmente persuasiva: usamos
identidades para construir nossa vida; nós a construímos como homens e
como mulheres, como ganenses e como brasileiros, como cristãos e como
judeus; nós a construímos como filósofos e como romancistas, como pais
e como filhas. As identidades são um recurso essencial nesse processo A
moralidade - que, como já disse, significa para mim a forma como (levemos
tratar uns aos outros - é também parte do andaime sobre o qual erguemos
essa construção. Há então diversos projetos que empreendemos vohmta
riamente, tais como aprender a ser um cozinheiro realmente bom, ou jogar
bridge, ou tocar violão ou, de maneira mais sublime, propor-se a escrever
grandes obras de ficção.
As identidades são tão variadas e extensas porque, no mundo moderno, as
pessoas precisam de um enorme rol de ferramentas para construir sua vida A
gama suficiente de opções para cada um de nós não é a mesma para Iodos nós
De fato, as pessoas estão construindo novas identidades o tempo todo:gtiy lem
basicamente uns quarenta anos; punk é mais jovem.
do sentimento de alguém sobre quem ele próprio é. Como assinala ( M1.11 lc,
Taylor, esse processo começa na vida privada: “No nível íntimo, podemos
-
.
tirei em que há aspectos de nossa identidade que também são mais privados
Antes, porém, quero assinalar que um modo essencial pelo qual nossas
identidades moldam nossa experiência subjetiva é por meio da psicologia
da estima, por meio dos sentimentos gerados em nós pelo respeito t* despir
zo dos outros. Tanto o respeito quanto o desprezo podem ocorrer mediados
ou não pela identidade. Você pode desprezar-me porque fui desonesto Isso
não diz respeito à identidade: seu respeito diminuído por mim não é um
respeito diminuído mediado pela identidade de um desonesto. Você está
reagindo ao fato de ter havido desonestidade, e não a uma suposta idenhda
de desonesta. De outro lado, se você me olha com desprezo por eu ser um ci
gano, julgando-me pelo fato de algum outro cigano ter sido desonesto com
você, então a identidade tem papel indiscutível para explicar sua reação a
mim. Minha atitude em relação a você, que, até onde eu sei, não foi desunes
to com ninguém, é mediada pelo fato de você compartilhar da identidade
com alguém desonesto. Agora, é certo que, se sou cigano e vejo outro cigano
..
10. C. Taylor, Multiculturalism, 1994, p. 36; A. Honneth, The Struggle for Recognition, 199*5.
26 Identidades
trate a cor de minha pele ou minha sexualidade como essenciais |>ui .t minha
vida social. Muito embora minha “raça” ou minha sexualidade possam sei
elementos da minha individualidade, alguém que insista em que eu oi gaiu/.e
minha vida em torno desses elementos não é um defensor da individualidu
de. Insisto na privacidade prática de minha identidade: na necessidade de
deixar para mim sua expressão.
O envolvimento da identidade na política formal significa que multas
identidades são tanto epistêmica quanto praticamente públicas. As pessoas
querem que suas identidades sejam conhecidas - em parte graças ás demandas
de autenticidade -> mas também esperam que o exercício de suas identidades
tenha lugar no contexto de estranhos, que reagem a elas (as identidades pns
tas na política formal) em virtude de suas próprias identidades.
Esse tipo de política é realmente uma característica profunda da vida
democrática moderna. Identificamo-nos com pessoas e partidos por varia
das razões psicológicas, entre as quais identificações do tipo pré-político, e,
por isso, estamos mais inclinados a apoiar todas as políticas de tal pessoa
ou partido. Em parte, isso ocorre porque pessoas sensatas têm coisas mais
importantes a fazer do que descobrir, por si mesmas, qual deve ser o equi
líbrio adequado entre, digamos, imposto de consumo e imposto de renda,
mas também porque pessoas suficientemente semelhantes a você podem
realmente escolher políticas, quando de fato pensam sobre elas, como as
que você escolhería se tivesse tempo para isso. Aqui, pois, como em muitos
lugares na vida, é sensato que se pratique uma divisão cognitiva do traha
lho. Isso costumava funcionar mediante a criação de identidades polítu as
esquerda, direita, liberal ou Liberal, democrata, republicano, denim rata
cristão, socialista e marxista. Porém, em muitas das democracias rn as, as
filiações a partidos são menos vigorosas do que costumavam ser, e outras
identidades vêm ganhando mais peso político. Penso que isso se dá poique
muitas das filiações partidárias mais antigas tinham por base a classe sm ial,
e a definição de classe relacionada com o trabalho tem perdido iniporláin ia
para a identificação das pessoas. De modo bem profundo, um novo tipo de
política de identidade, baseada na preponderância cada vez menor d.w lasse
social - sua importância decrescente como identificação subjetiva , lem
aumentado no Ocidente a partir da década de 1960.
Na maior parte do restante do mundo, as identidades políticas mais impui
tantes jamais se basearam na classe social. Eram étnicas, etnorrcgionais, irli
giosas, baseadas em castas ou em uma identidade nacional. A ma inn.ilidade
também foi extremamente importante no Ocidente nos últimos dois s<’s tilns,
assim como a religião, especialmente em países como Grã-Brctan! ia, A lei 11.111lia
Suíça e Estados Unidos, que possuem significativo número lanlo de <alolh os
28 Identidades
dam tanto as atividades dos portadores dos rótulos como as dos que reagem
a estes. A aplicação dos rótulos e o conteúdo das normas são comumenlc
contestados, embora seja comum também haver exemplares inconlestados
e normas quase universalmente aceitas.
Temos grande quantidade de identidades porque elas são úteis para
a construção da vida, mesmo que o sejam de maneiras diferentes. Algu
mas ajudam a determinar a medida de nossas vidas: o que representa para
nossas vidas ir bem. Uma patriota norte-arnericana tem uma vida que vai
melhor se o país for melhor, e pior em caso oposto. Essa é sua escolha.
Não é porque ela é não norte-americana - o que pode ter sido determi
nado pelo nascimento - , mas porque escolheu que fosse assim, uma vez
que ela se identifica como norte-americana. Outras identidades - como
as de profissões e suas primas institucionalizadas, as profissões liberais -
oferecem projetos e metas. Identidades-padrão, as que recebemos de nos
sas famílias, imputadas ou não, estritamente falando, são essenciais para
a moldagem de nossas escolhas e nossos planos. Nossas identidades por
filiação, estruturadas socialmente e proporcionadas pelas contribuições
conceituais, institucionais e materiais de outros, agregam-se às nossas
identidades- padrão à medida que crescemos.
Nossa construção de vida é tanto privada quanto pública. Algumas iden
tidades desempenham seu papel principalmente em nossas vidas íntimas,
'»• vhs*'*;
<le solidariedade que fazem dela a base natural para a perseguição de metas
que Iodos têm: compartilhamento de dinheiro, poder e estima socialmente
disponível - a conexão com suas normas aqui será externa.
Quão importante é o reconhecimento para uma identidade - quanto
desejamos ser publicamente reconhecidos e estimados sob seu rótulo - de
pende de quanto consideramos que ela deve ser epistêmica e praticamente
pública, c, frequentemente, isso depende de ter havido histórico de não re
conhecimento, um passado social em que o desprezo assomava.
No entanto, de que maneira uma identidade figurará em todos esses m o
dos não está gravado em pedra, evidentemente. As identidades oscilam para
dentro e para fora da visão pública, alteram as próprias normas, empenham-
-se pela solidariedade por algum tempo, depois desistem. Em suma, elas são
históricas e orgânicas. Talvez, por isso, sejam tão variadas. A história de vida
produz diversidade: observemos a gama de organismos e de culturas. Hoje
em dia, estamos preocupados com a extinção de espécies e de culturas. Por
isso, talvez valha a pena lembrar que novas espécies e novas culturas - e n o
vas identidades - também estão sendo geradas a cada momento.
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